Livro Ilustrado Guia da Sustentabilidade

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por André Fortes

Volume 1 Belém - Pará - Brasil 2013



Introdução Este livro tem como objetivo, apresentar de forma clara os vários ramos da sustentabilidade. Serão lançadas cerca de 5 edições, sendo 1 por ano, iniciando em 2013 até 2017. Cada edição abordará temas específicos da sustentabilidade desde o âmbito da energia, reutilização de materiais, á informações sobre empresas e ongs. A maior parte das ilustrações deste livro são de autoria de André Fortes, as demais de banco de dados. Espero que goste do livro, pois foi feito com muito amor e carinho. Todos nós de alguma forma, podemos contribuir para a saúde de nosso planeta, que tanto carece de atitudes positivas e construtivas. Você pode também fazer parte de tudo isso, colocando qualquer ponto deste livro em prática. Então, não seja apenas um crítico, faça você a diferença, enquanto uns estão sentado esperando a chuva, outros constroem sisternas.

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Principal agente financeiro do Governo Federal na Região, o Banco da Amazônia tem uma política de atuação socioambiental que abarca todos os programas e ações desenvolvidas pela Instituição. Na área de patrocínio, esta política também é implementada, daí a escolha por apoiar a publicação do ‘Livro Ilustrado: Guia da Sustentabilidade – Volume I’, um dos projetos selecionados pelo Edital de Patrocínios 2013 do Banco da Amazônia. A ideia do pesquisador André Fortes, autor do Guia, vem ao encontro desta política institucional, pois, ao mostrar a importância da sustentabilidade para a preservação do meio ambiente, fomenta a criação de uma consciência ambiental. O livro traz, ainda, outra grande vantagem, o fato de se comunicar com os leitores de uma forma simples e direta, o que facilita a interação com os mais diversos públicos, especialmente crianças e adolescentes, contribuindo, desta forma, para a educação dessas e de futuras gerações. O Banco da Amazônia sempre incentivará iniciativas que contribuam para o desenvolvimento sustentável e para a construção de um mundo melhor. Desejamos que as práticas sustentáveis demonstradas no Guia se disseminem, assim como as reflexões que o mesmo suscita no sentido de melhorar, cada vez mais, a qualidade de vida em nosso Planeta. Parabéns ao autor!

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Livro Ilustrado: Guia da Sustentabilidade Volume 1 Autor: André Fortes Ilustração: André Luiz Cardoso Fortes Correção Ortográfica: Ediany Ambé de Souza FortesCaptação de Imagens e Vetores: Áreas livres internet e banco de dados Ano de 2013 Belém - Pará, Brasil

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Conceito de sustentabilidade Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, a sustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável.

Ações relacionadas a sustentabilidade > Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada, garantindo o replantio sempre que necessário. > Preservação total de áreas verdes não destinadas a exploração econômica. > Ações que visem o incentivo a produção e consumo de alimentos orgânicos, pois estes não agridem a natureza além de serem benéficos à saúde dos seres humanos;

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> Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma controlada, racionalizada e com planejamento. > Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, solar e hidráulica) para diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Esta ação, além de preservar as reservas de recursos minerais, visa diminuir a poluição do ar. > Criação de atitudes pessoais e empresarias voltadas para a reciclagem de resíduos sólidos. Esta ação além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo no solo, possibilita a diminuição da retirada de recursos minerais do solo. > Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o desperdício de matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo consumo de energia. > Atitudes voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao máximo o desperdício. Adoção de medidas que visem a não poluição dos recursos

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hídricos, assim como a despoluição daqueles que se encontram poluídos ou contaminados.

Benefícios A adoção de ações de sustentabilidade garantem a médio e longo prazo um planeta em boas condições para o desenvolvimento das diversas formas de vida, inclusive a humana. Garante os recursos naturais necessários para as próximas gerações, possibilitando a manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios, lagos, oceanos) e garantindo uma boa qualidade de vida para as futuras gerações.

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Geração de Energia O conceito de energia está relacionado à capacidade de produzir trabalho. A energia causa modificações na matéria e, em muitos casos, de forma irreversível. A energia elétrica é a forma de energia mais utilizada no mundo. Ela pode ser obtida de várias maneiras, mas a principal fonte provém das usinas hidrelétricas. Como o próprio nome (hidrelétrica) já indica, a força da água é responsável pela geração de energia, e o processo consiste em grandes volumes de águas represadas que caem pelas tubulações fazendo girar turbinas acopladas a um gerador, produzindo assim energia elétrica. As redes de transmissão são responsáveis pela distribuição da energia elétrica para as diferentes regiões do país.

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Vejamos outras formas de obtenção de energia

Energia solar - Ideal Dentre todas os meios de geração de energia, a energia solar, é a mais limpa e que menos degrada a natureza. É proveniente de uma fonte inesgotável: o Sol. Os painéis solares possuem células fotoelétricas que transformam a energia proveniente dos raios solares em energia elétrica. Tem a vantagem de não produzir danos ao meio ambiente.

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Veja essa ilustração de como seria um sistema de energia solar para aquecimento de água.

Consumidor que produzir energia limpa terá desconto na conta de luz. Aneel já aprovou sistema de compensação, que vale para todo o país. Contempla energia solar, eólica, hidráulica e biomassa. Asista a reportagem.

A energia solar é absorvida pelos coletores solares que são instalados no telhado de casas ou condomínios

O calor das placas é transmitido para a água que circula no interior de suas tubulações, normalmente feitas de cobre.

No reservatório térmico, um recipiente de cobre ou aço inoxidável isolado termicamente, armazena a água aquecida.

A água quente do reservatório fica pronta para uso geral, principalmente para o banho. Também pode ser usado para aquecimento de água para cozinha lavanderia e piscina.

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Nesse ilustração, veja como ficaria uma distribuição simples de uso inteligente da energia, combinando com a energia externa dos postes, que em modo geral são provenientes de energia gerada por hidroelétricas.

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Como funciona uma placa solar? Existem dois tipos. O primeiro utiliza a luz do Sol apenas para aquecimento, geralmente de água (Vimos na página anterior). Essa placa consiste em uma superfície escura, que absorve a energia do Sol e a transforma em calor. O outro tipo de placa solar é aquele que converte a energia do Sol diretamente em eletricidade. Ela é composta de células solares, feitas de materiais semicondutores como o silício. São as chamadas células fotovoltaicas. Quando as partículas da luz solar (fótons) colidem com os átomos desses materiais, provocam o deslocamento dos elétrons, gerando uma corrente elétrica, usada para carregar uma bateria. O efeito fotovoltaico foi descoberto em 1887 pelo físico alemão Heinrich R. Hertz (1857-1894). Geradores elétricos como esses são cada vez mais usados em aparelhos eletrônicos e em satélites. Fora da atmosfera terrestre, um sistema de placas solares é capaz de absorver 14% da energia solar que incide sobre elas. Cada metro quadrado de coletor fornece 170 watts (pouco menos que três lâmpadas comuns de 60 watts).

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Energia nuclear - Opção duvidosa Energia térmica transformada em energia elétrica, é produzida nas usinas nucleares por meio de processos físico-químicos. As usinas nucleares utilizam o princípio da fissão nuclear para gerar calor. Dentro do Reator Nuclear, centenas de varetas contendo material radioativo são fissionadas, liberando muito calor. Este calor irá aquecer a água (totalmente pura) que fica dentro do reator. Ela pode chegar á incríveis 1500°C a uma pressão de 157atm. Essa água quente irá seguir por tubos, até o vaporizador, depois volta ao reator, completando o circuito primário. No vaporizador, uma outra quantidade de água será fervida, pelo calor de tubos onde passam a água extremamente quente do reator. O vapor gerado sairá por canos, até onde ficam localizadas as turbinas e o gerador elétrico. O vapor d’água pode girar as pás das turbinas a uma velocidade de 1800rpm. Depois que o vapor

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executar sua função, ele segue para o condensador, onde vai virar água novamente e retornar ao vaporizador. Este é o chamado circuito secundário. Para que o condensador transforme o vapor do circuito secundário em água, é necessário que ele seja abastecido de água fria. Essa água fria pode vir de rios e lagos próximos. Ao passar pelo condensador, esta água fica quente, necessitando ser resfriada

Linhas de Vapor Área de Contenção Turbina Vaporizador Gerador Hastes de Controle

Urânio

Urânio Bombeador

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Condensador


Vapor d´agua

Torre de Resfriamento

Entrada de Água Quente Eletricidade

Transformador

Bombeador

Bacia de Água Fria

Fonte de Água Água Fria

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nas torres de resfriamento (a maior parte de uma usina nuclear). Este é o circuito terciário (ou sistema de água de refrigeração).

Questões de Segurança Uma usina nuclear é munida de vários sistemas de segurança, que entram em ação automaticamente em casos de emergência. O principal deles é o sistema que neutraliza a fissão nuclear dentro do reator. São centenas de barras, feitas de materiais não fissionáveis (isto é, mesmo absorvendo nêutrons livres, não se dividem), como boro e cádmio, que são injetadas no meio reacionário. O reator fica envolvido por uma cápsula de 3cm de espessura, feita de aço. O edifício é protegido com paredes de 70cm, feitas de concreto e estrutura de ferro e aço, e podem aguentar ataques terroristas (mísseis, aviões). Existem também órgãos internacionais, que vistoriam periódicamente as usinas nucleares, em busca de irregularidades, falhas, etc.

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Energia Aeólica Boa opção

A energia eólica é a energia que provém do vento. O termo eólico vem do latim aeolicus, pertencente ou relativo a Éolo, deus dos ventos na mitologia grega e, portanto, pertencente ou relativo ao vento. Utiliza-se a energia eólica para mover aerogeradores - grandes turbinas colocadas em lugares com muito vento. Essas turbinas têm a forma de um catavento ou um moinho. Esse movimento, através de um gerador, produz energia elétrica. Precisam agrupar-se em parques eólicos, concentrações de aerogeradores, necessários para que a produção de energia se torne rentável, mas podem ser usados isoladamente, para alimentar localidades remotas e distantes da rede de transmissão. É possível ainda a utilização de aerogeradores de baixa tensão quando se trata de requisitos limitados de energia elétrica. A energia eólica pode ser considerada uma das mais promissoras fontes naturais de energia, principalmente porque é renovável, ou seja, não se esgota, limpa,

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amplamente distribuída globalmente e, se utilizada para substituir fontes de combustíveis fósseis, auxilia na redução do efeito estufa. Em países como o Brasil, que possuem uma grande malha hidrográfica, a energia eólica pode se tornar importante no futuro, porque ela não consome água, que é um bem cada vez mais escasso e que também vai ficar cada vez mais controlado. Em países com uma malha hidrográfica pequena, a energia eólica passa a ter um papel fundamental já nos dias atuais, como talvez a única energia limpa e eficaz nesses locais. Além da questão ambiental, as turbinas eólicas possuem a vantagem de poderem ser utilizadas tanto em conexão com redes elétricas como em lugares isolados, não sendo necessário a implementação de linhas de transmissão para alimentar certas regiões (que possuam aerogeradores).

Vantagens da energia eólica A produção de energia elétrica através de energia eólica tem várias vantagens das quais podemos ressaltar as principais. É uma fonte renovável, não emite gases de efeito estufa, gases poluentes e nem gera resíduos na sua operação, o que a torna uma fonte de energia de baixíssimo impacto ambiental. Os parques eólicos (ou fazendas eólicas) são compatíveis com os outros usos do terreno como a agricultura ou pecuária, já que os atuais aerogeradores têm dezenas de metros de altura. O grande potencial eólico no mundo aliado com a possibilidade de gerar energia em larga escala torna esta fonte a grande alternativa para diversificar a matriz energética do planeta e reduzir a dependência ao petróleo. Em 2011 na União européia ela já representa 6,3% da matriz energética,14 e no mundo mais de 3,0% de toda a energia elétrica.

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Para onde ela vai?

Turbinas Aeólicas Modernas

1. Energia Solar cria correntes do vento, o que, por sua vez, giram as pás da turbina eólica.

Controlador

A máquina começa com a velocidade do vento de 12 km a 18 km da máquina e desliga a 80 km / h

Eixo de alta velocidade

2. No interior do gerador de turbina, o eixo gira devido às lâminas rotativas e faz rodar o gerador para produzir energia eletrical.

Aciona o gerador

Generator

Gerador de indução que produz até 5 MW (megawatts)

Caixa de Velocidades

3. Um transformador converte a energia eletrica de alta de voltagem para a transmissão em longas distâncias.

Ligações do eixo de alta velocidade para o eixo de baixa velocidade e controla a velocidade de rotação

Generator

Gerador de indução que produz até 5 MW (megawatts)

4. Eletricidade é distribuído pelos linhões a centenas de milhares de casas e empresas

Eixo de baixa velocidade

O rotor gira o eixo de baixa velocidade no eixo de baixa velocidade em cerca de 30 a 60 rotações por minuto.

Tipos de Turbinas

Perfis dos tipos de turbinas Turbina Darrieus

Gorlov Helicoidal

Eixo Horizontal

Turbina Savonius

Giromill

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A energia do vento pode ser uma alternativa na busca por fontes mais limpas. Brasil conta com 57 campos e贸licos e que geram 1,11 GW de pot锚ncia

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Finalmente, com a tendência de redução nos custo de produção de energia eólica, e com o aumento da escala de produção, deve se tornar uma das fontes de energia mais barata.

Desvantagens da energia eólica As desvantagens da energia éolica relacionam-se essencialmente com a implementação dos aerogeradores. Como são muito grandes e geralmente os locais são de dificil acesso é necessário abrir caminhos, fazer as fundações onde as torres (aerogeradores) acentam o que acarreta grandes impactes ambientais. As torres também são uma intrusão visual e fazem muito barulho o que é deveras incómodo para as pessoas que vivam nas zonas em redor. Há também impactes relacionados com aves que chocam com as torres, com as espécies animais que vivam na zona e que acabam por ser afectadas, etc... E também é preciso instalar cabos e torres de alta tensão para conduzir a energia produzida nas torres à central eléctrica.

Para o Proximo Volume Conheça mais sobre as Hidroelétrica, suas vantagens e desvantagens. e mais: Usinas de Biodiesel e Energia das Ondas do Mar.

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O que significa realmente? A reciclagem é o termo geralmente utilizado para designar o reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para um novo produto. Muitos materiais podem ser reciclados e os exemplos mais comuns são o papel, o vidro, o metal e o plástico. As maiores vantagens da reciclagem são a minimização da utilização de fontes naturais, muitas vezes não renováveis; e a minimização da quantidade de resíduos que necessita de tratamento final, como aterramento, ou incineração. O conceito de reciclagem serve apenas para os materiais que podem voltar ao estado original e ser transformado novamente em um produto igual em todas as suas características. O conceito de reciclagem é diferente do de reutilização. O reaproveitamento ou reutilização consiste em transformar um determinado material já beneficiado em outro. Um exemplo claro da diferença entre os dois conceitos, é o reaproveitamento do papel. O papel chamado de reciclado não é nada parecido com aquele que foi beneficiado pela primeira vez. Este novo papel tem cor diferente, textura diferente e gramatura diferente. Isto acontece devido a não possibilidade de retornar o material utilizado ao seu estado original e sim transformá-lo em uma massa que ao final do processo resulta em um novo material de características diferentes.

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Lixeira Marron e Cinza Lixo não reciclável

Resto de Alimentos

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Orgânicos

Embalagens de biscoito, salgadinhos, Balas, Bombons. Papeis carbono, Parafinados, plastificados. Fio dental, cristais, espelho, lâmpadas. Cerâmicas, porcelanas, pyrex, fotografia, etiquetas adesivas, guardanapos e leços sujos. Fraldas descartáveis, adesivos. Embalagens com lâminas metalizadas. Fita crepe, papel toalha, guardanapos engordurados. Latas de tintas, latas de combustível e pilhas. Cabos de panela, tomadas, isopor. Vidros não recicláveis como ampola de medicamentos. Louças, vidros temperados planos. Esponjas de aço, grampos, clipes e embalagens de aerossóis.

Não Reciclável

Garrafas, tampas, planos. Esponjas de aço, grampos, clipes e embalagens de aerossóis. Garrafas PET, CD e DVD. Tubos vazios de creme dental e utensílios plásticos como caneta e escovas de dente.

Plásticos


Manual de reciclagem em lixeiras Vermelho Amarelo Azul Verde

Lixo Reciclável Lata e papel, limpo de alumínio, Talheres de aço, embalagens limpas de marmita de alumínio, Fios, pregos e parafusos.

Metais

Envelopes, cartões e cartolinas, cadernos. Papéis de embrulho limpos e papéis impressos em geral, como jornais e revistas.

Papéis

Garrafas, potes, frascos limpos de produtos de limpeza. Produtos alimentícios, cacos de qualquer um dos intens citados acima.

Vidros

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Outro exemplo é o vidro. Mesmo que seja “derretido”, nunca irá ser feito um outro com as mesmas características tais como cor e dureza, pois na primeira vez em que foi feito, utilizou-se de uma mistura formulada a partir da areia. Já uma lata de alumínio, por exemplo, pode ser derretida de volta ao estado em que estava antes de ser beneficiada e ser transformada em lata, podendo novamente voltar a ser uma lata com as mesmas características. A palavra reciclagem ganhou destaque a partir do final da década de 1980, quando foi constatado que as fontes de petróleo e de outras matérias-primas não renováveis estavam se esgotando rapidamente, e que havia falta de espaço para a disposição de resíduos e de outros dejetos na natureza. A expressão vem do inglês recycle (re = repetir, e cycle = ciclo).

Quanto pagam em média • Papel branco e A4: R$ 0,35/kg • Papelão: R$ 0,20/kg • Jornal: R$ 0,12/kg • Revista: R$ 0,08/Kg • Plástico transparente: R$ 0,35/kg • PVC: 0,30/kg • Metal: R$ 5/kg • Cobre: R$ 8/kg • Lata de refrigerante: R$ 1,80/kg • Sucata em geral: R$ 0,16/kg

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Assista ao vídeo e entenda por que em menos de 30 dias, a lata de refrigerantes que você descartou hoje voltará para as suas mãos


O que pode ser reciclado? Papel Os papéis podem ser classificados da seguinte maneira: papéis de escrever- cadernos, papéis de escritório em geral; papéis de impressão - jornais, revistas; papéis de embalagem - papéis de embrulho em geral, papel de seda, etc.; papéis para fins sanitários - papéis higiênicos, papel toalha, guardanapos, lenços de papel; cartões e cartolinas -caixas de papelão e cartolinas em geral; papéis especiais - papel kraft, papel heliográfico, papel filtrante, papel de desenho.

Não serve para reciclar papel vegetal; papel celofane, papéis encerados ou impregnados com substâncias impermeáveis; papel-carbono; papéis sanitários usados; papéis sujos, engordurados ou contaminados com alguma substância nociva à saúde;

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papéis revestidos com algum tipo de parafina ou silicone; fotografias; fitas adesivas e etiquetas adesivas. Os papéis recobertos com outro tipo de material, como o plástico (papéis plastificados) ou alumínio (papéis laminados) são de difícil reaproveitamento, portanto são também considerados não-recicláveis. Um caso distinto, com relação a papéis em várias camadas, é o das embalagens cartonadas tipo longa vida, cujo material é formado por três tipos diferentes de matérias-primas (papel, alumínio e plástico). Sua reciclagem é possível, porém dificultada pela existência de poucas plantas industriais que atuam no reprocessamento e pelas condições impostas por essas empresas para sua coleta (exige-se que o material esteja limpo, prensado e em grande tonelagem).

1. Coloque o papel picado de molho, por 24h, com aproximadamente 10 litros de água.

A reciclagem do papel apresenta muitas vantagens, como a preservação de recursos naturais, economia de água e energia e menor custo da matéria-prima. A manutenção das florestas naturais, com a redução de áreas reservadas ao plantio de espécies próprias para a produção de papel é um importante fator de manutenção do equilíbrio ecológico

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2. Lave bem o papel para retirar as impurezas


Fazendo papel reciclado em casa

3. Pague pequenoas porções de papel, coloque no liquidificador e bata com um litro de água por mais ou menos um minuto.

6. Mergulhe uma tela de náilon na caixa plástica e comece a tirar o papel.

4. Coloque a massa em uma caixa plástica e , se a mistura estiver muito grossa, adicione mais água na caixa.

7. Depois coloque-o em uma prensa para eliminar o excesso de água.

5. Mergulhe uma tela de náilon e comece a tirar o papel.

8. Pendure em uma varal para secar.

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do planeta e redução dos poluentes atmosféricos. Por outro lado, a qualidade do papel produzido com aparas é inferior à do material produzido com matéria-prima virgem, desvantagem que tem sido paulatinamente solucionada, por conta das inovações tecnológicas. O Brasil reciclou, nos últimos anos, cerca de 35% do papel existente. Considerandose que uma parcela do papel não é mesmo reciclável e que parte desse material é utilizado para fins não descartáveis (como livros e documentos, por exemplo), essa porcentagem é muito significativa. O papel é um material de fácil encaminhamento para reciclagem, quando segregado em programas de coleta seletiva, pois tem sido sempre possível encontrar um catador autônomo, uma instituição beneficente ou mesmo um sucateiro interessado em retirá-

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Algumas empresas já trasnformam plástico reciclável em estruturas semelhantes ao que chama de madeira de plástico (madeira biosintética), para construção e logística.

lo. Isso se deve ao interesse econômico da indústria produtora de papel em absorver todo o material coletado, pois a adição de aparas reduz sensivelmente o custo de produção. O papel apresenta também a possibilidade de reciclagem artesanal, em pequenas oficinas, processo que não exige equipamentos caros nem complexos e pode funcionar como uma laborterapia. Por esse motivo, existem atualmente muitos grupos, principalmente ligados a entidades de auxílio a populações carentes, deficientes físicos ou com problemas mentais, produzindo artigos de papelaria feitos artesanalmente, o que resulta em uma importante fonte de recursos econômicos e de emprego para esses indivíduos.

Plásticos

Nesse link você poderá assistir uma materia sobre esse tipo de tábua.

O plástico é um material proveniente de resinas geralmente sintéticas e derivadas do petróleo. Ambientalmente o uso do plástico é considerado problemático pela sua alta durabilidade (estima-se que a degradação natural do

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Tipos de Plásticos mais Usados PET (Polietileno Teraftalado) Frascos de refrigerantes, produtos farmacêuticos, produtos de limpeza, mantas de impermeabilização e fibras têxteis, etc;

PEAD (Polietileno de Alta Densidade) Embalagens para cosméticos, frascos de produtos químicos e de limpeza, tubos para líquido e gás, tanques de combustível para veículos automotivos, etc.

V ou PVC (Polietileno de Vinila) Frascos de água mineral, tubos e conexões de encanamento, calçados, encapamentos médicocirúrgico, esquadrias e revestimentos, etc.

PEBD (Polietileno de Baixa densidade) Embalagens de alimentos, sacos industriais, sacos par alixo, lonas agrícolas, filmes flexíveis para embalagens e rótulos de brinquedos, etc.

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PP (Polipropileno) Embalagens de massas e biscoitos, potes de margarina, seringas descartáveis, equipamentos médicos-cirurgicos, fibras e fios têxteis, utilidades domésticas, autopeças (parachoques de carro)

PS (Poliestireno) Copos descartáveis, placas isolantes, aparelhos de som e tv, embalagens de alimentos, revestimento de geladeiras, material escolar.

OUTROS Plásticos especiais e de engenharia, CDs, eletrodomésticos, corpos de computadores.

plástico necessita de muitos séculos para ocorrer) e grande volume na composição total do lixo (que vem aumentando assustadoramente). O consumo de plásticos praticamente dobrou no Brasil, em apenas 7 anos. Quando depositados em lixões, os plásticos apresentam risco pela queima indevida e sem controle, que pode resultar em emanações tóxicas na atmosfera. Quando colocado em aterros sanitários, esse material dificulta a compactação do material e prejudica a decomposição dos elementos biologicamente degradáveis.

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Quadro de Biscicleta feita com Plástico reciclável Uma empresa brasileira desenvolveu um método muito criativo e visionário de recilcar garrafas PET, criando um quadro de bicicleta totalmente renvável, com uso de tecnologia e 120 garrrafas é possível fazer essa quadro. Veja mais informações pelo QRCode ao lado no site da empresa.

A reciclagem do plástico é dificultada pela existência de inúmeros tipos diferentes de resinas plásticas que são incompatíveis entre si e não podem ser misturadas no processo de reciclagem, sob pena de perderem suas qualidades de flexibilidade, resistência ou transparência, entre outras. Por esse motivo, os recicladores de plásticos utilizam-se quase que exclusivamente de matéria-prima advinda de resíduos industriais, pois esse tipo de resíduo é normalmente constituído por um só tipo de resina e não apresenta sujeira ou contaminação. O lixo doméstico é formado por todo tipo de resinas plásticas, uma vez que as embalagens e artigos descartados são produzidos com a resina que mais se adequa às suas necessidades específicas de cada produto. Outro elemento complicador para

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a reciclagem do plástico é o fato de que é muito difícil reconhecer os diferentes tipos de resinas plásticas a olho nu, impossibilitando a separação dos resíduos por leigos. Acrescentem-se a esses fatores o custo muito baixo da matéria-prima virgem e a carga de impostos (que recai em dobro sobre o material a ser reciclado, em comparação com a resina virgem) e o resultado é o seguinte: é quase impossível encaminhar para reciclagem os plásticos separados, pois há pouco interesse econômico da indústria em coletá-los e adquirí-los. Se você quer reciclar seus plásticos, verifique antes ONDE vai levá-los e SE o local aceita todos os tipos de plástico ou só alguns. Não vale a pena separar todo seu plástico e depois acabar enviando tudo para o lixo normal, não é mesmo?

Plásticos recicláveis todos os tipos de embalagens de xampus, detergentes, refrigerantes e outros produtos domésticos; tampas plásticas de recipientes de outros materiais; embalagens de plástico de ovos, frutas e legumes; utensílios plásticos usados, como canetas esferográficas, escovas de dentes, baldes, artigos de cozinha, etc.

Plásticos não-recicláveis Plásticos (tecnicamente conhecidos como termofixos), usados na indústria eletroeletrônica e na produção de alguns computadores, telefones e eletrodomésticos; plásticos tipo celofane; embalagens plásticas metalizadas, por exemplo, de alguns salgadinhos;

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Vidro O vidro é um material proveniente basicamente de matériasprimas como areia, barrilha, calcário e feldspato. É utilizado para a produção de embalagens, vasilhames, vidros planos lisos (vidro de janelas), cristais, panelas, lâmpadas, miolo de garrafas térmicas e muitos outros artigos. O vidro apresenta a vantagem de poder ser reutilizado, pois possibilita sua esterilização, com alto grau de segurança. O uso de embalagens de vidro reutilizáveis foi uma prática ambientalmente adequada muito difundida até poucos anos atrás, quando começou a ser substituída pelas embalagens plásticas ou mesmo de vidro, porém descartáveis.

Vidros não recicláveis Espelhos; Vidros de janelas; Vidros de automóveis; Lâmpadas, Tubos de televisão e Válvulas; Ampolas de medicamentos, Cristal; Vidros temperados planos ou de utensílios domésticos. Os demais vidros são 100% recicláveis, isto é, os cacos de uma garrafa podem transformar-se em outra garrafa nova igual, sem perda de material.

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A artesã Suzana Dourado Suzana Dourado já é conhecida mundialmente com seus trabalhos com vidro reciclado, denomidado de arte ecologicamente correta. Ela cria lindas semi joias, objetos para decoração confira pelo QRCode o site da artesã.

Vidros recicláveis

(Todos os vidros, exceto os descritos na página ao lado)

Garrafas de bebida alcoólica e não-alcoólica; Frascos em geral (molhos, condimentos, remédios, perfumes, produtos de limpeza); Potes de produtos alimentícios; Cacos de qualquer dos produtos acima. Na prática, a reciclagem do vidro é restrita devido

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Cortando Vidro artesanalmente Veja nesse video como poderas cortar uma garrafa usando, barbante, álcool e muita segurança, podendo transformar velhas garrafas em copos, taças e potes criativos.

ao pouco interesse econômico demonstrado pela indústria vidreira em adquirir os vidros descartados. As exigências para coleta do vidro são muitas (exigese a armazenagem de um volume muito grande para retirada) e o preço de comercialização é muito baixo. O desinteresse econômico na coleta de vidros para reciclagem é difícil de ser compreendido, se levarmos em conta que a inclusão do caco na produção reduz sensivelmente os custos , exigindo menor uso de óleo combustível e eletricidade, sem contar as vantagens ambientais da redução da retirada de matériasprimas da natureza, redução na emissão de gases na atmosfera, economia de espaço nos aterros. Se você quer reciclar seus vidros, tente contatar um catador que passe por sua rua é possível vender seus vidros, se você puder levar até uma companhia vidreira.

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O vidro custa de R$ 0,35 a R$ 0,38, dependendo da especificação.


Metais Os metais são classificados em dois grandes grupos: os ferrosos (basicamente ferro e aço) e os não-ferrosos (alumínio, cobre, chumbo, etc.). Os metais mais presentes no lixo domiciliar são aqueles utilizados para embalagens de produtos alimentícios e tampas de recipientes de vidro. Em menor quantidade encontram-se outros produtos de uso doméstico, como panelas, esquadrias, restos de equipamentos de cozinha, etc. As embalagens metálicas de produtos destinados ao consumo doméstico dividem-se em dois tipos principais: Folha-de-flandres (aço revestido com estanho) Porcentagem de recicalgem de Ex. : latas de óleo, sardinha, utilizado em residências creme de leite, etc.; Alumínio latas de refrigerantes, cerveja, chás.

metal

Reciclagem do metal é ambientalmente muito interessante, pois evita a retirada de minérios do solo, minimizando o impacto ambiental acarretado pela atividade mineradora, além de reduzir em muito o volume de água e energia necessários para a produção de novos artigos.

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Esse princípio vale para todos os tipos de metal, entretanto há maior interesse reciclador na indústria produtora de embalagens de alumínio, o que determina aumento no valor de venda do material. Por esse motivo, (e também devido à situação atual de desemprego) o Brasil é atualmente um dos campeões mundiais na reciclagem de alumínio, coletadas na sua maior parte por catadores autônomos, que reviram os sacos de lixo da população em busca do material para revenda. Embora a folha-de-flandres domine o mercado de embalagens no Brasil (são fabricadas anualmente 7 bilhões de latas), o índice de reciclagem desse material é de apenas 35%, enquanto que cerca de 75 a 80% das embalagens de alumínio produzidas no Brasil são recicladas .

Lixo orgânico A reciclagem tanto pode ser aplicada aos resíduos já citados quanto aos resíduos orgânicos (restos de frutas, legumes, alimentos em geral, folhas , grama, gravetos, etc.), desde que esse lixo seja processado, de maneira a serem transformados em adubo orgânico. Essa transformação chama-se compostagem. O resultado final da compostagem pode ser adicionado ao solo para melhorar suas características, sem oferecer ameaça para o meio ambiente, como acontece com os adubos químicos. A compostagem de resíduos orgânicos pode vir a ter grande importância na redução do volume do lixo do país, pois a parte orgânica constitui-se habitualmente na maior parcela na composição dos resíduos domiciliares municipais (cerca de 62%, em média) . É possível reciclar o lixo orgânico em quintais, escolas, empresas e até em apartamentos. Entre em contato com o GEA através do telefone ou e.mail, para saber mais detalhes. O resultado da compostagem é um adubo com grande capacidade de reposição de sais minerais e vitaminas, que certamente vai ajudar suas plantas, jardins e hortas a ficarem mais fortes e bonitos.

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Um solução para o Lixo orgânico para hortas residenciais

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O minhocário é composto de três caixas plásticas, sendo que as duas de cima, são cheias de terra. No recipiente superior, ficam as cerca de 200 minhocas que vão tocar o trabalho. Em geral, são usadas minhocas californianas “especialistas” em restos orgânicos

Após cobrir tudo com serragem ou palha, para manter a umidade, fechase a tampa e as minhocas partem para a ação. “O sucesso do minhocário depende da nossa alimentação. Quanto mais diversificados for o lixo, mais rico será o adulbo gerado.

Enquanto rola o processo de decomposição do rango, um líquido rico em nutrientes e livre de bactérias escorre para a caixa base, onde fica armazenado. Esse chorume do bem pode ser coletado e depois ser pulverizado nas plantas, servindo de adubo e pesticida.

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Sobras de rango, como cascasa de legumes e pedaços de frutas, são então despejadas nesta caixa. Mas nem tudo por ir para o “prato” das minhocas. Na lista de alimentos vetados estão as carnes e os queijos que podem apodrecer -, além de comidas salgadas ou muito áceidas. Assim que fica cheia, esta caixa vai para o segundo andar onde, por ceerca de dois meses, as minhocas vão trabalhar na digestão. O recipiente que estava no segundo andar vai para o topo, onde receberá os novos restos de comida. À medida que os alimentos são absorvidos, a maioria das minhocas ruma para a caixa do topo em busca de mais comida. No recipiente intermediário, temos o adubo pronto, fresquinho para ser utilizado nos jardins e vasos.

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Lâmpadas de mercúrio As lâmpadas que emitem gases, como as lâmpadas de vapor de mercúrio, de vapor de sódio, de luz mista e as lâmpadas fluorescentes (mais conhecida como luz “fria”) contém substâncias nocivas ao meio ambiente, como metais pesados, onde se sobressai o mercúrio metálico. Enquanto estão inteiras, as lâmpadas não oferecem riscos, mas quando quebradas liberam o mercúrio na atmosfera, podendo causar problemas na saúde dos seres humanos (quando ingerido ou inalado, o mercúrio ataca o sistema nervoso, podendo causar de lesões leves até a vida vegetativa ou a morte). O mercúrio liberado pelas lâmpadas fluorescentes podem causar graves problemas ambientais, contaminando o solo e a água. Existem várias empresas no Brasil que reciclam essas lâmpadas, separando os componentes metálicos, o vidro e o mercúrio, para encaminhamento ao mercado. Entretanto esse processo é mais caro que o valor dos produtos obtidos, portanto as empresas exigem pagamento para desenvolvê-lo, e é preciso ter uma quantidade significativa (pelo menos 100 lâmpadas). Nosso conselho é: no ambiente doméstico deve ser tomado todo o cuidado para que a lâmpada não se quebre e, se isso ocorrer, evitar respirar próximo à lâmpada. Se possível, guarde as caixas de papelão da embalagem para recolocálas de volta, no momento do descarte. Empresas e outros locais onde o descarte de lâmpadas fluorescentes é muito grande deveriam enviá-las para reciclagem, embora arcando com os custos dessa atitude em benefício do meio ambiente.

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Pilhas e baterias Atualmente existem poucos locais que realmente enviam as pilhas para reciclagem, precisamos tomar muito cuidado, pois somente a presença de um coletor ou lixeira especial não quer dizer que as pilhas estejam sendo recicladas. A reciclagem das pilhas (ao contrário dos outros materiais) é cara e não tem retorno financeiro, por isso são poucas as empresas que pagam por esse serviço. Os componentes tóxicos encontrados nas pilhas são: cádmio, chumbo e mercúrio. Todos afetam o sistema nervoso central, o fígado, os rins e os pulmões, pois eles são bioacumulativos. O cádmio é cancerígeno, o chumbo pode provocar anemia, debilidade e paralisia parcial, e o mercúrio pode também ocasionar mutações genéticas.

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Pneus Os pneus causam problemas quando descartados e misturados ao lixo comum, pois não podem ser colocados em aterros sanitários, uma vez que tendem a subir e sair à superfície. Os pneus, por não serem recolhidos pela coleta municipal, costumam ser dispostos inadequadamente pela população, assoreando rios e lagos e constituindo-se em focos de incêndios ou proliferação de insetos transmissores de doenças. Há diversas possibilidades de reciclagem de pneus, como por exemplo para transformação em produto para pavimentação de estradas ou para utilização como combustível na geração de energia. É possível também sua reutilização na engenharia civil, para a construção de quebra-mares, barreiras de contenção ou acostamento de estradas. No Brasil, entretanto, a reutilização desse material é muito limitada e a reciclagem praticamente inexiste A utilização

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São 30 milhões de pneus jogados fora todos os anos no Brasil

A empresa Art Pneus, criada por um borracheiro, mostra que é mais do que possível reaproveitar esses materiais. Ele desenvolveu uma linha ecológica onde tudo é reciclado: poltronas, tapetes, mesas e até lixeiras são produzidos para diminuir os impactos ao meio ambiente. Veja a reportagem.


dos pneus como combustível para queima em fornos de cimento está sendo experimentada, embora em pequena escala. o Brasil é um grande reformador de pneus, só perdendo para os Estados Unidos em termos de faturamento e volume. O setor gera uma receita de R$ 5,6 bilhões ao ano (dados de 2007). São 7,6 milhões pneus reformados para caminhões e ônibus, 8 milhões para automóveis, 2 milhões para motos e 300 mil para veículos agrícolas ou off roads anualmente, num total de 17,9 milhões, segundo a Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus (ABR). Cerca da metade dos pneus usados é reaproveitada, são os chamados pneus meia-vida. Levando em conta o valor de 63 milhões de pneus novos produzidos por ano (Fonte: Anip Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos), é como se o Brasil conseguisse reformar bem menos da metade, ou 28%, do que é produzido por ano. Entre as razões para o sucesso da reforma ou recauchutagem, obviamente, está o poder aquisitivo, ou melhor, a falta de poder aquisitivo do brasileiro. Aliás, a reforma de pneus tornou-se um questão política.

A empresa Goóc, faz solados de pneus reciclando os mesmo. Sua venda é feita pelo site www.store. greenvana.com

De qualquer modo, há ainda o chamado pneu inservível, que não pode ser recauchutado ou reformado. Uma destinação para ele é o grande desafio não só no Brasil como no resto do mundo. Segundo a Anip, desde a publicação da resolução, em 1999, até 2007, foram 700 mil toneladas de pneus reaproveitados de várias formas (como componente energético, matéria-prima para outros produtos etc.). Esse número equivale a 139 milhões de pneus de automóveis, o que dá cerca de 18 milhões por ano. Obviamente, ainda é muito pouco, se lembrarmos a estimativa de 30 milhões de pneus jogados fora por ano.

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Quando se fala em sustentabilidade, pensamos em proteger o meio-ambiente, e as atitudes mais comuns a serem tomadas podem começar dentro de casa. Se cada pessoa puder aplicar todos os recursos que tem em mãos da forma correta, isto beneficiará o planeta, a saúde, e também o bolso. Então, separamos 4 dicas que você utilizar para tornar a sua vida mais sustentável.

Água Sim, ouvimos muito falar em desperdício de energia e água, sobre como estes recursos vão ser escassos em um futuro não muito distante. Utilizando da forma correta estes recursos, estaremos não só preservando o planeta, mas também reduzindo os valores de contas de água e luz. Para isso, devemos tomar algumas medidas:

Verifique se há torneiras, chuveiros e mangueiras vazando em sua casa, e, se houver, chame um profissional da área para consertar;

Feche a torneira enquanto estiver escovando os dentes; Não deixe o chuveiro aberto se não estiver tomando banho;

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Ao ensaboar as louças, mantenha a torneira fechada.

Algumas máquinas de lavar roupa reaproveitam água; dê preferência para estas.

Energia Procure comprar eletrodomésticos que consomem menos energia, aqueles com o selo indicando tipo “A” são mais econômicos.

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Opte por lâmpadas mais econômicas. Apesar de serem mais caras, elas consomem menos energia .

Procure não deixar roupas penduradas atrás da geladeira, isso aumenta bastante o consumo; Evite deixar aparelhos em stand by (aquela luzinha da TV quando está acesa, ela fica consumindo energia)

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Alimentos Caso faça uma refeição e sobre muita comida, congele. Você poderá comer outro dia e não precisará jogar nada fora. Reaproveite as cascas e talos, pois eles possuem muitos nutrientes e também podem ser utilizados como alimentos. Faça compras uma vez por semana. Nada de ir ao supermercado uma vez por mês e deixar tudo estragar na geladeira. Compre apenas o que você precisa consumir, e esteja sempre atento ao prazo de validade.

Dia-a-dia Procure ler seus e-mails na tela do computador. Não imprima nada sem absoluta necessidade. Na hora de comprar, escolha produtos com rótulos ecológicos e com menos embalagem, assim você estará escolhendo poluir menos o planeta. Também evite comprar produtos descartáveis ou de uso único. Opte por sacos de compra reutilizáveis, hoje temos supermercados que dão desconto se você não utiliza sacolas plásticas. Dê preferência aos produtos que usam bateria e opte por pilhas recarregáveis. Utilize lâmpadas de baixo consumo, elas economizam até 80% de energia e duram bem mais. Então não perca tempo, pois você também consegue evitar o desperdício em pequenas atitudes no dia-a-dia.

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Conclusão Quando se fala de energia, o qual abordamos nessa edição, podemos concluir que a energia aeólica e solar, seriam as melhoras maneiras de constribuir para amenizar e muito os impactos causados pelas hidroelétricas (que serão abordados na proxima edição), e que a energia nuclear apensar de ser considerada energia limpa, possui um grau elevado de risco, como ja vimos em vários paises que enfrentaram problemas dessa magnitude. Em relação a reciclagem, o pouco que explanamos nessa edição mostra que coisas simples do nosso dia a dia podem ser armazenados e vendidos, para casas de reciclagem, fazendo isso, alem de ganhar um troquinho, estaremos gerando emprego e renda. Na proxima edição mostraremos algumas ongs do Pará que trabalham com diversas formas de reciclagem para podermos ter um foco ainda maior no resultado deste livro. Obrigado por ler este livro, que ele faça parte de sua cabeceira e possa lhe ser muito util por muitas gerações.

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