Os romanos -

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Senado - Assembleia de patrícios (aristocrático, nobre) que constituía o conselho supremo da antiga Roma A Professora da disciplina de História e Geografia de Portugal pediu-nos para apresentar um trabalho sobre os romanos… Deitei mãos à obra e imaginei que era jornalista e que ia entrar na máquina do tempo. Carreguei no botão da máquina que me levou até ao século III a. C. Precisava de informações sobre a vida dos romanos e o local para me fornecer essas informações era esperar à porta do Senado… e esperar que a sessão acabasse e surgisse alguém com vontade de me ajudar. A sorte chegou e um magistrado idoso com um ar muito bondoso decidiu ajudar-me. O seu nome era Marcus Traianus e colocou-se mesmo ao meu dispor. Então fiz-lhe algumas perguntas… Sara – Senhor Traianus, será que me podia ajudar. Sou jornalista e preciso de realizar um trabalho para o meu jornal “O Jornal Histórico do Povo” sobre a vida no Império Romano, o dia-a-dia do povo romano… Marcus Traianus – Com muito prazer menina Sara. Sociedade: a divisão de classes Sabes, a nossa sociedade estava dividida em: Os abastados e poderosos, que são os guerreiros, os membros do Senado e todas as pessoas que têm um relacionamento mais próximo com o Imperador, que é o senhor supremo. São os patrícios: descendentes das primeiras famílias que povoaram Roma, os patrícios eram proprietários de terras e ocupavam importantes cargos públicos. Considerados cidadãos romanos, possuíam muita riqueza e escravos. Ocupavam o topo da pirâmide social romana, compunham a minoria da população. Clientes: homens livres que se associavam aos patrícios, prestando-lhes diversos serviços pessoais em troca de auxílio económico e protecção social; Plebeus: homens livres que se dedicavam ao comércio, ao artesanato e ao trabalho agrícola. A plebe representava a maioria da população romana, sendo composta por imigrantes, vindos, sobretudo de regiões conquistadas pelos romanos, eram pequenos comerciantes, artesãos e outros trabalhadores livres. Possuíam poucos direitos políticos e de participação na vida religiosa. Escravos: eram, em sua maioria, prisioneiros de guerra. Trabalhavam nas mais diversas actividades, como serviços domésticos e trabalhos agrícolas. Desempenhavam funções de capatazes, professores, artesãos etc. Eram vendidos como mercadorias para patrícios e plebeus e não recebiam pagamentos pelo trabalho, mas apenas comida e roupas. Executavam tarefas pesadas e também serviam como serviçais domésticos. Na época do Império Romano, o número de escravos aumentou de forma extraordinariamente. O escravo era considerado bem material, propriedade do senhor, que tinha o direito de castigá-lo, vendê-lo, alugar seus serviços, decidir sobre sua vida ou morte.


Clientes: embora livres, os clientes viviam "presos" aos patrícios, pois possuíam uma forte relação de dependência. Esta classe era formada basicamente por estrangeiros e refugiados pobres. Tinham apoio económico e jurídico dos patrícios, porém deviam dar-lhes ajuda em trabalhos e questões militares. Libertos: ex-escravos que obtinham a liberdade por concessão de seus proprietários, por abandono ou até mesmo pela compra própria da liberdade. Geralmente trabalhavam para seu ex dono. Sara – Estou a perceber. Não era uma sociedade muito igual… Sabe, um dia fui com os meus pais a Conímbriga, cidade situada na Península Ibérica. Na minha visita às ruínas de Conímbriga, o guia contou-nos muitas coisas interessantes. Disse-nos que no século I d. C, esta bela cidade se encheu de belos edifícios públicos e de belas cidades com muitas casas luxuosas. – .É verdade Sara. Olha, eu tinha um primo que vivia lá. Muitas vezes fui visitá-lo. Era realmente uma bonita cidade que se situava a cerca de 16 quilómetros de Coimbra. O meu primo vivia na casa de Cântaber, que era a maior domus de Conímbriga, com um grande lago interior rodeado de lagos. A “Casa dos Repuxos” também era um domus importante nesta cidade. Aí moravam alguns amigos do meu primo. Sara – Então, o seu primo era muito importante porque o guia disse-nos que as domus eram casas muito luxuosas, onde viviam as famílias mais importantes da cidade. Marcus Traianus – Sim, o meu tio, Titus era na verdade o patrício mais importante de Conímbriga. Sara – Havia também outros espaços públicos na cidade de Conímbriga, como o fórum. Explique-me o que é o fórum. Marcus Traianus – No fórum de Conímbriga, destacava-se um tribunal, uma cúria (local de reunião dos governantes da cidade) e um templo. Era o centro da vila da cidade, onde se fazia os negócios e se tratavam de assuntos importantes da comunidade local. Era rodeado de modestos bairros de populares (as insulae), com prédios de 3 ou 4 andares. No rés-do-chão ficavam as lojas. Sara – Que giro, também gostava de ter morado nesta cidade. Ainda por cima, porque se fosse poderosa podia ir às termas, descansar, conviver e divertir-me… Marcus Traianus – Sim, Sara. Havia duas grandes termas em Conímbriga, as termas do Sul e as termas de leste. As grandes termas do Sul abrangiam dois tipos de edifícios: os banhos públicos e a “palestra”, o local onde se realizavam exercícios físicos e desportivos. Nas termas de leste situava-se um balneário público, com águas frias, quentes e temperadas. Aí, os Romanos encontravam-se com os amigos e divirtiam-se. Sabes, no século III, foram construídas muralhas para proteger a cidade do perigo ameaçador dos invasores bárbaros.


Sara – Também havia um aqueduto na cidade com mais de 3Km de extensão, que trazia a água para a cidade. Marcus Traianus – É verdade, a água era muito importante para os romanos. Por isso, eles foram exímios em construir aquedutos. Muito obrigada pelas informações, Sr. Marcus Traianus. Marcus Traianus – De nada Sara. Sempre ao dispor.

Ruínas - Conímbriga

Mosaicos romanos

Glossário


Senado - Assembleia de patrícios (aristocrático, nobre) que constituía o conselho supremo da antiga Roma


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