A integração das TIC no processo de ensino-aprendizagem.Uma opção ou uma necessidade? Nos dias que correm a integração das TIC no processo de ensino-aprendizagem é uma necessidade, pois como afirma João Paz, “nunca as TIC estiveram tanto na ordem do dia e na agenda educativa como hoje”, pois devemos reconhecer que a utilização das TIC serve para todos os níveis de ensino, uma vez que a sua utilização em alguns casos começa na escola. Em contrapartida afirma que “ as novas tecnologias não são a pedra filosofal para o sucesso educativo” ou seja, não é por algum professor não utilizar as TIC que deixa de ser um bom professor, pois nem sempre as TIC compensam o método tradicional de ensino ou até mesmo referente ao método de estudo, visto que as pesquisas feitas em livros começam a ser menos frequentes e as pesquisas feitas na internet ganharam uma maior relevância.
A utilização das TIC também possuem alguns dos aspetos menos bons, relativamente ao ensino superior, pois como afirma Patrícia Fidalgo “deparamo-nos com a heterogeneidade das turmas, agora constituídas não apenas por alunos vindos do ensino secundário, mas também por alunos de faixa etária mais avançada provenientes do mercado de trabalho e que estiveram muitos anos sem estudar”, deste modo os alunos mais velhos irão ter algumas dificuldades no recurso às novas tecnologias, sentindo de certo modo excluídos, pois será um obstáculo nem sempre fácil de superar. Um exemplo deste problema é a questão da utilização da plataforma Moodle (plataforma de gestão de aprendizagem) que permite o alargamento do espaço e tempo de aprendizagem para além da tradicional sala de aula, assim quem não tiver alguma agilidade na utilização das tecnologias irá ter algumas dificuldades no acesso às mesmas, pois segundo Patrícia Fidalgo “A democracia das TIC passa essencialmente pela aquisição de competências que permitem a utilização eficaz daquelas e que incorporem o processo de aquisição de conhecimentos, como um percurso que vai além das salas de aula que cuja duração é de uma vida”.
Na opinião da professora Patrícia Fidalgo, com quem estamos completamente de acordo, é importante referir que o uso deste tipo de plataforma, quadros interativos,
televisão, projetores de vídeo e internet também permitem um envolvimento bastante positivo de todos os intervenientes no processo de ensino aprendizagem que sofreu alterações com o Tratado de Bolonha. É também importante referir, que estas mudanças necessitam que exista um aumento das fontes de conhecimento e dos recursos de aprendizagem, não deixando de lado o facto de existir um processo de democratização de acesso às novas tecnologias, pois atualmente não existe igualdade de acesso para todos a este tipo de recursos.
Atualmente ainda se verifica por parte de alguns professores e educadores alguma resistência à utilização das TIC, pois o deu uso muitas vezes obriga a reformular conteúdos, estratégias e materiais didáticos e ainda pela falta de recursos em algumas escolas. Não deixando de lado o facto das novas tecnologias não substituírem a aquisição de competências como a capacidade de interpretar e refletir sobre a informação, mas sim facilitarem acesso a mais informação e ao mundo que nos rodeia.
Achamos que a integração das TIC no processo de ensino aprendizagem se está a tornar cada vez mais uma necessidade, pois a gerações mais novas e em idade escolar têm uma atitude resultante da influência das novas tecnologias, pois as mesmas fazem parte do seu ambiente natural, quer seja lúdico, social ou de formação. O exemplo disso é o facto de grande parte dos jovens terem ao seu dispor computador pessoal (portátil), telemóveis (que servem de maquina fotográfica e de filmar, agenda e às vezes de companhia devido ser o que utilizam para comunicarem com os colegas), videojogos, iPod, mp4, mp3 e aparelhagens, ou seja, os jovens hoje em dia vivem praticamente baseando-se nas novas tecnologias.