MANAUS, DOMINGO, 23 DE MARÇO DE 2014
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ornar um polo de games O súbito interesse de empresas e profissionais na área de jogos não é à toa. O mercado de games no Brasil vem crescendo exponencialmente e faturando cada vez mais. Segundo dados da empresa de pesquisa de mercado GFK, as vendas cresceram 25% entre 2012 e 2013 somente na área de soſtware. Na de hardware (consoles), o crescimento foi de 43% de 2012 para 2011, o que gerou um aumento também no faturamento com a venda de jogos, de 11%. A análise da GFK aponta o mercado consumidor de games no Brasil como o mais forte se comparado a países do continente europeu como Inglaterra, Alemanha e Espanha. A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) também divulgou dados positivos na área de jogos. Em 2013, mais de 1,3 milhão de consoles de videogames foram produzidos no Polo Industrial de Manaus (PIM). O faturamento no setor foi de R$ 799 milhões. Esses dados foram impulsionados com o início da fabricação de mais duas plataformas de videogames no PIM, o
Playstation 3, da Sony, e o Xbox One, da Microsoſt.
Mercado é ocupado por profissionais de fora Enquanto programadores e designers amazonenses ainda não se qualificam na área de games, o mercado de desenvolvimento de jogos em Manaus “cobre essa lacuna” com profissionais especializados de outros Estados e aos poucos procura se adaptar com o pequeno número de mão de obra local. Quando a Samsung anunciou a criação de um estúdio dedicado a desenvolvimento de
jogos mobile em Manaus, no fim do ano passado, a multinacional optou por também trazer profissionais de outras regiões. “Estamos colocando todos os nossos esforços para atrair profissionais qualificados, recrutando em Manaus, no resto do País e exterior”, disse, à época, a vice-presidente de Media Solution Center para América Latina da Samsung, Fiamma Zarife. O estúdio de games Petit Fabrik, por sua vez, trabalha
100% com profissionais da safra local que, mesmo sem uma formação específica em ga mes possuem experiências anteriores em desenvolvimento de jogos. O produtor executivo da Petit, Olímpio Neto, explica que, por ser uma área tão nova até mesmo para o mercado brasileiro, no geral é normal a falta de profissionais especializados. “O mercado já se adaptou com os profissionais que estão disponíveis, mas com
certeza pessoas com formação mais especializadas em games vão acrescentar ao mercado e será uma nova etapa para o cenário de desenvolvimento de jogos. O nível (dos profissionais) vai ser maior”, sustenta Olímpio. A tendência, segundo Olímpio, é que apareçam cada vez mais cursos relacionados ao desenvolvimento de games na cidade e aqueça o panorama da produção local de jogos com profissionais formados no Amazonas.
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Consumo de jogos em alta
Em Manaus muitas lojas vislumbram o mercado de games