Revista Digital Security #17 (Jan/2013) - Rua Amauri

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Ano 3 • No 17 • Janeiro/2013

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comunicação integrada

Referência em tecnologia para o mercado de segurança eletrônica

o

rua amauri - são paulo

equilíbrio perfeito entre gastronomia e segurança

Entrevista

Gilmar Miralha: “O preço é decisivo em muitos casos, mas é preciso haver um conceito de segurança”

9 772238 571102

www.revistadigitalsecurity.com.br

ISSN 2238-5711

comunicação integrada


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Gastronomia e segurança A Associação de Moradores da Rua Amauri leva ao polo gastronômico de São Paulo mais segurança com sistema de monitoramento criado pela Embrase/Controbrás Por Eduardo Boni Fotos: Érica myiagi e divulgação

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onhecida por ser um polo gastronômico e reduto dos restaurantes refinados da cidade de São Paulo, a Rua Amauri ganhou há alguns meses uma repaginação. Desta vez, para garantir a segurança dos visitantes que passam por ali em busca de locais para se comer bem. A AMERA (Associação de Moradores da Rua Amauri) se uniu a Embrase, empresa especializada em Segurança Patrimonial e à Controbrás, divisão tecnológica do holding, para criar um sistema de segurança que oferecesse absoluta tranquilidade aos visitantes. Inaugurado no mês de outubro, o Sistema de Redundância de Comando Operacional monitora os 150 metros da via com câmeras posicionadas estrategicamente e transmissão sem fio das imagens. “Trata-se de um complexo sistema de segurança criado para atender, especificamente, às necessidades desse local”, afirma Marcelo Sesso, gerente da Controbrás. De acordo com Marcelo, esse projeto é fruto de muita pesquisa e dedicação, que envolveu vários profissionais para ser elaborado. Entre as empresas que colaboram com o projeto estão a distribuidora paulista Alpha-Digi e a fabricante de equipamentos de segurança catarinense Venetian. Para monitorar a mais famosa rota gastronômica da cidade, as empresas forneceram diversos equipamentos, entre

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câmeras, soluções de rádio, storages e NVRs. No projeto foram instaladas 22 câmeras da Vivotek ao longo da via, sendo vinte delas modelos fixos IP8335H tipo Bullet, além de outras duas Speed Dome, modelo SD8362E. “A Rua Amauri é muito arborizada. Em determinados momentos do dia podem gerar áreas com muita sombra e áreas com muita luminosidade. Por isso, as câmeras escolhidas contam com o recurso WDR PRO que gera imagens com luminosidade equilibrada e uniforme, através de um sistema de compensação entre sombra e luz”, explica Ueric Melo, Gerente de Projetos da Alpha-Digi. O executivo lembra que outro recurso de grande importância foi o Day Night que auxilia na definição das imagens em ambientes de baixa luminosidade possibilitando a identificação de pessoas a noite. Além disso, há uma infraestrutura de transmissão via rádio ponto multiponto da Witelcom,também fornecidos pela Alpha-Digi. Foram escolhidas duas estações base modelo (APT55-90) que estão conectadas à Central de Monitoramento e a doze rádios clientes modelo CPT-55-17. Cada rádio cliente foi conectado as câmeras. Completam a instalação em uma unidade móvel, uma antena Omni direcional MIMO Hyperlink instalada com radio Witel-


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Na central de controle, os homens da equipe de segurança têm acesso às imagens das câmeras instaladas ao longo da via com modelo CPT 55 C em frequência 5.8Ghz para receber as imagens da rua captadas por todas as câmeras do sistema, permitindo assim que os dados sejam enviados e recebidos mesmo com a van em movimento. “Esta infraestrutura via rádio foi a escolhida por causa da tecnologia e por apresentar alto desempenho e performance, já que se trabalha com câmeras HD e Full HD. A implantação rápida e com menor impacto sobre a infraestrutura complexa também pesou na escolha”, complementa Marcelo Sesso, gerente da Controbrás. Além disso, há dois Backhaul, responsáveis por fazer a ligação entre o núcleo de rede e as sub-redes. “Nosso maior desafio foi o fato de trabalharmos com radiofrequência nesse projeto, já que estamos em uma região com um índice altíssimo de interferência. Através de ferramentas de análise de espectro identificamos uma frequência e um canal que nos dessem tranquilidade na operação”, lembra Sesso.

Segurança Móvel Para fortalecer a segurança na via, o projeto conta com uma Unidade Móvel de Comando Operacional e Monitoramento (U.M.C.O.M), uma van equipada em conjunto pela Embrase e Controbrás, que complementa o trabalho das câmeras. “O carro é todo equipado com um sistema eletrônico preparado para receber imagens das diversas câmeras estrategicamente posicionadas na Amauri, e ainda os sinais de alarme presentes em todos os estabelecimentos e restaurantes que fazem parte da associação dos moradores e empresários da Rua Amauri”, explica o engenheiro.

Teodorico Assis Mendes Jr., consultor da empresa catarinense, ressalta que essa unidade móvel oferece o diferencial de fazer o monitoramento em tempo real da rua. Depois, as imagens analógicas desta Speed Dome são convertidas para digitais. “O veículo é uma unidade de controle que capta as imagens vindas das câmeras posicionadas. Ao captar esse material, a central envia as mensagens para um centro de controle, que fica instalada estrategicamente fora da rua Amauri, com o objetivo de preservar os arquivos de imagem”, explica o Mendes. Para receber as imagens das câmeras instaladas na via e também aquelas feitas pelo equipamento instalado no furgão, estão disponíveis dois NVRs modelos E-3205 e NVR E-3210 ambos para até 16 canais, com 5 e 9 licenças do software Aimetis Symphony, respectivamente. O NVR E-3205 foi instalado na van e está conectado ao vídeo servidor da Vivotek VS8102. Sua função é gerenciar e gravar a câmera móvel do veículo. O NVR modelo E-3210 foi destinado à sala de segurança, para fazer o gerenciamento e gravação das câmeras IP que estão instaladas por toda a via gastronômica. Ueric Alves Melo ressalta as qualidades do software da Aimetis. “Entre as possibilidades que o Aimetis Symphony Enterprise oferece estão a contagem do fluxo de pessoas e veículos, aleem da detecção de direção. Também é possível criar um mapa térmico para ver por onde as pessoas andaram e seu tempo de permanência, além de detectar a aglomeração de pessoas”.

Teodorico Assis, consultor da Venetian: “O sistema de segurança pensado para atender, especificamente, às necessidades desse local” Rua Amauri: point dos restaurantes badalados da cidade, onde a seguranca e a gastronomia estão presentes

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A infraestrutura de transmissão via rádio ponto multiponto da Witelcon tem duas estações base APT-55-90 conectadas a Central de Monitoramento

O vídeo servidor Vivotek VS8102 está conectado ao NVR E-3205 instalado na van. Sua função é gerenciar a câmera móvel do veículo.

Nessa central de operações, que fica instalada num prédio na rua Amauri, estão instalados também os equipamentos de armazenamento de imagens e back-up, com dois storages modeloTS-419PII, da QNAP. Eles servem para aumentar o tempo de autonomia de gravação, e suportam até 16TB de storage. No caso desse projeto, foram montadas em quatro baias com HDs de 3 TB., com espaço total de 12 TB para armazenar as imagens das câmeras de rua. “Por se tratar de uma solução móvel, a confiabilidade e redundância das imagens é um item de alta criticidade. As gravações são feitas localmente e replicadas para a Central de Monitoramento, onde são armazenadas pelo Storage da QNAP”, lembra Ueric.

Marcelo Sesso, da Controbrás, lembra que as participações da Alpha Digi e da Venetian foram bastante importantes para o projeto. “Apesar de trabalharmos juntos pela primeira vez, a Alpha-Digi entendeu as nossas necessidades e nos ajudou no projeto, adaptando seus ao projeto. A Venetian, por sua vez, nos atendeu prontamente quando pedimos uma câmera diferenciada para a van. Ela teria de ser extremamente robusta e com uma qualidade de imagem incontestável. A escolha da AM-25 foi acertada para aquilo que pretendía-

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Armazenamento sólido: a central de operações conta com dois storages modelo TS‑419PII, da QNAP. No projeto, eles estão montados em quatro baias com HDs de 3 TB em cada uma delas.

Na Rua Amauri foram instaladas 22 câmeras da Vivotek ao longo da via. São vinte modelos fixos IP‑8385H tipo bullet, além de duas speed dome, modelo SD-8362E.

Robusta e inibidora

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estaque absoluto no sistema de videomonitoramento da Rua Amauri, a van – ou Unidade Móvel de Comando Operacional e Monitoramento), tem duas funções: uma delas é receber as imagens e retransmitir se por qualquer motivo sair de operação; a outra é puramente inibir ações criminosas, graças ao seu porte. Nesse veículo, o destaque é uma câmera speed dome antivandalismo modelo AM-25, da Venetian, que está instalada na parte externa, com zoom de 36X e IR de 100 metros. O veículo é um centro de monitoramento, que recebe imagens de câmeras espalhadas por toda a via através de um sistema de antenas criado por pela Controbras. “Isso impede de perdermos equipamentos caso a van sofra algum dano”, explica. A van está equipada com um sistema de emissão e recebimento de sinal que funciona através antenas tipo omini direcional e direcional, instaladas no teto do veículo. Dessa forma, é possível atuar em qualquer parte da via, inclusive em movimento. Dentro do veículo estão três monitores (sendo um deles touch screen) aonde chegam as imagens das câmeras instaladas na rua. Um notebook de alta performance funciona como sistema de análise comportamental. “Optamos por uma unidade móvel para comando de operações pela flexibilidade que esse conceito oferece, já que podemos atuar em toda a via. Além disso, há o fator inibidor que o veículo exerce, que nos ajuda a manter a ordem”, conta. A customização do furgão ocupou boa parte das preocupações das equipes. Para manter a comunicação e garantir a segurança foi adaptada uma plataforma para Speed Dome analógica, do tipo robô. Assim, foi possível centralizar o gerenciamento com o uso do Video Server, e esta câmera fosse monitorada pela Solução Aimetis. Em outras palavras, foi possível unificar as tecnologias Analógico e IP numa mesma plataforma de Gerenciamento. Com os equipamentos que estão instalados na unidade móvel é possível atuar em várias frentes para manter a ordem, como o usar vídeo analítico comportamental, enviar

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de imagens aos vigilantes que estão munidos de tablets e recebem imagens. Também há ali um software de recebimento de alarme para os botões de pânico instalados nos estabelecimentos.

Destaque na segurança da Rua Amauri, a van está equipada com uma câmera analógica anti-vandalismo AM-25, da Venetian, que recebe imagens e auxilia os agentes da Embrase


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mos e sem a efetiva e constante participação da equipe técnica da Venetian, não conseguiríamos homologar o equipamento a tempo de entregarmos o projeto”, ressaltou.

Comunicação: o segredo da boa vigilância Um ponto fundamental do projeto fica por conta da preocupação constante com a comunicação da unidade móvel e os vigilantes da Amauri. Marcelo lembra que alguns seguranças possuem um monitor que recebe imagens do sistema e pode agir em casos suspeitos. “Se um dos estabelecimentos estiver em uma situação de risco, com alguém em atitude suspeita, esse centro de controle pode mandar essa imagem para o vigilante, que as receberá de forma muito discreta e terá condições de analisar a situação e, se necessário, tomar as devidas providências, como acionar o comando da Polícia Militar”, exemplifica. A flexibilidade também é um ponto positivo do sistema. No caso de a van, por qualquer motivo, perder o comando da operação, o centro de Monitoramento da Controbras assume automaticamente e por via remota o controle. Dessa forma, não há possibilidade da operação ficar sem comando. Vale lembrar que os restaurantes e lojas também contam com outro apoio de segurança, um sistema de alarme integrado. Para Sesso esse sistema é considerado um avanço no quesito segurança, já que integra área externa e interna de uma mesma região. “Não conheço algo parecido com isso em lugar algum”. Entre os principais desafios do projeto da Rua Amauri estava se adequar ao orçamento do cliente, preservando a qualidade. Por isso, a escolha recaiu sobre os modelos de câmeras IP8335H,

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O gerente de projetos da Alpha Digi, Ueric Alves: “A plataforma Aimetis Symphony Enterprise oferece muitas possibilidades ao cliente”.

uma opção que atendeu a esse requisito. Outro desafio, segundo os técnicos, foi conseguir preservar a comunicação com os tablets, num local onde os deslocamentos pela rua seriam constantes. “A opção foi utilizar uma rede wi-fi instalada no furgão, que oferece uma cobertura parcial da rua. Em pontos de sombra da rede wi-fi entra em atividade a rede 3G, já disponibilizado pelos tablets, para permitir a comunicação”.


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