Trilogia de Defesa

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Defesa

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TRILOGIA DE

A Revista do Poder Naval, Poder Aéreo e Forças Terrestres Número 1 • abr/mai/jun • 2011 • Venda exclusivamente pela Internet: www.trilogiadefesa.com.br

NESTA EDIÇÃO: QQCRUZEX

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Da internet para o papel

TRILOGIA DE

O Grupo DCNS é um líder mundial em defesa naval, mas também um agente inovador no setor de energia. O sucesso do Grupo é construído sobre uma base excepcional de conhecimento e recursos industriais únicos. A DCNS projeta, constrói e mantém navios de combate de superfície e submarinos, assim como sistemas integrados e infraestruturas vinculadas.

Defesa

No ano de 1997 o site do Poder Naval OnLine estreava na rede mundial (internet). Pioneiro, o site tornou-se uma referência na área, ganhando credibilidade, respeito e um expressivo número de leitores. Na esteira do sucesso do Poder Naval, surgiram em 2008 os sites do Poder Aéreo e das Forças Terrestres (ForTe), completando a “Trilogia de Defesa”. Desde então o nosso número de acessos cresceu exponencialmente e hoje, somando os três sites, temos mais de um milhão de acessos por mês! Tornou-se quase uma obrigação criar uma versão impressa. Assim nasceu a revista Trilogia de Defesa. O primeiro número da revista, especial para a LAAD 2011, traz as melhores matérias feitas por nossa equipe no ano de 2010, além de outras inéditas. Acreditamos que ambos os meios (internet e revista impressa) se complementam: por um lado, a agilidade e a interatividade têm lugar garantido nos sites. Por outro, as reportagens especiais e históricas, de conteúdo aprofundado, ficam ainda melhores no formato impresso, incluindo imagens e textos exclusivos. E, por todos os lados, quem ganha é você, nosso leitor. Agradecemos a todos os leitores e parceiros que apoiaram a Trilogia e que acreditam no nosso trabalho. Esperamos repetir no papel o sucesso que fizemos na Internet. Alexandre Galante - Editor-Chefe

www.trilogiadefesa.com.br www.naval.com.br www.aereo.jor.br www.forte.jor.br Ano 1 - Número 1 2011 Editor-Chefe e Jornalista Responsável Alexandre Galante alexgalante@trilogiadefesa.com.br Editores de Fotografia Luiz Padilha luizpadilha@trilogiadefesa.com.br Guilherme Wiltgen wiltgen@trilogiadefesa.com.br Equipe Editorial Guillherme Poggio poggio@trilogiadefesa.com.br Fernando “Nunão” De Martini nunao@trilogiadefesa.com.br José Carlos V. Cinquini cinquini@trilogiadefesa.com.br Consultor Técnico Ricardo T. Ogata ogata@trilogiadefesa.com.br Impressão WalPrint Gráfica e Editora Rua Frei Jaboatão, 295 Bonsucesso Rio de Janeiro-RJ CEP: 21041-115 Tel.: 21 2209-1717 walprint@walprint.com.br Publicidade publicidade@trilogiadefesa.com.br Trilogia de Defesa Periodicidade: trimestral Av. Princesa Isabel 334 Bl3 406 Copacabana - CEP 22011-010 Rio de Janeiro - RJ 55(21)3042-6365 55(21)7586-7099 Nossa Capa: Gripen NG Demo e Gripen D, em foto da Saab P

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V Q AFA: Veteranos NG de volta ao ninho escoltas Q Fuzil Imbel IA2 para a Marinha Q NAe São Paulo E muito mais... EXCLUSIVO: EXERCÍCIO AGULHAS NEGRAS Q Gripen Q Novas

www.dcnsgroup.com

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A Revista do Poder Naval, Poder Aéreo e Forças Terrestres Número 1 • abr/mai/jun • 2011 • Venda exclusivamente pela Internet: www.trilogiadefesa.com.br

NESTA EDIÇÃO:

DCNS do Brasil Rua Lauro Müller, 116 - sala 3102 Botafogo - Rio de Janeiro - 22290-160

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O grupo DCNS desenvolve também soluções inovadoras no setor da engenharia civil nuclear ou da energia marinha renovável.

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CRUZEX V: o maior exercício aéreo da América do Sul Saab Gripen NG para o Programa F-X2 da FAB detalhes do Gripen Demo e Sea Gripen ‘Dogfight’: a disputa entre Rafale e Super Hornet De volta ao ninho: oficiais da reserva retornam à AFA Novas escoltas para a Marinha do Brasil Fotex do novo Pégasus: recepção do UH-15 Top Gun por um dia: Voando com os Falcões Nae São Paulo de volta ao mar!

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EDITORIAL

EDITORIAL

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FLIR: novos olhos para o Lince ‘Homens de ferro em navios de madeira’ USS ‘Carl Vinson’ no Rio de Janeiro Passex Ocean 2010: embarcamos no HMS Ocean CFN e Royal Marines juntos na Marambaia Simulador tático dos Fuzileiros Navais no CADIM Exercício Agulhas Negras no interior de São Paulo Terceiro ‘Teamday’ de Airsoft no Rio de Janeiro O substituto do FAL: novo fuzil IA-2 da IMBEL

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PODER AÉREO

CRUZEX V

REPORTAGEM

Participamos da cobertura da CRUZEX V, em Natal-RN, o maior exercício de combate aéreo combinado da América do Sul. Com a participação das Forças Aéreas do Brasil, Estados Unidos, França, Chile e Uruguai, o Exercício levou para o Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco caças F-16 dos Estados Unidos e Chile, Rafale e Mirage 2000 da França e F-2000, A-1, A-29 e F-5EM do Brasil

Luiz Padilha

PODER AÉREO

REPORTAGEM

QQ Alexandre Galante e Luiz Padilha alexgalante@trilogiadefesa.com.br luizpadilha@trilogiadefesa.com.br

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s editores da Trilogia de Defesa, Alexandre Galante e Luiz Padilha, chegaram a Natal-RN no dia 10 de novembro de 2010 de madrugada, a fim de participar da cobertura da CRUZEX V, realizada pela FAB (Força Aérea Brasileira). Nosso colaborador Ícaro Luiz “Joker” Gomes – residente em Natal – estava lá para nos ajudar. Pela manhã do dia 10 a imprensa participou de um “briefing” da Direção do Exercício (DIREX) e da Força Aérea

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Componente (JFACC). Logo depois, pudemos visitar as instalações da DIREX e JFACC. No “briefing” feito pelo CoronelAviador Paulo Eduardo Vasconcellos foram explicados vários aspectos da CRUZEX V, que é um exercício baseado na simulação de um conflito que evoca um cenário semelhante ao da primeira Guerra do Golfo, em 1991, quando o Iraque invadiu o Kuwait e mais tarde foi forçado a retirar-se por uma ampla coalizão formada sob a tutela do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). O cenário simulava um conflito entre países fictícios: envolveu a invasão

do país Amarelo pelo país Vermelho e a formação de uma força de coalizão, liderada pelo País Azul, para impor a paz na região. Todo o planejamento do exercício baseou-se nas regras da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Foi enfatizado que a CRUZEX é mais um exercício de C2 (Comando e Controle) do que um exercício tático, como o “Red Flag” da Força Aérea dos EUA (USAF). Na CRUZEX, o aspecto tático é secundário. A DIREX controla as forças dos dois lados do conflito e as direciona para exercitá-las, podendo assim decidir quem vence e quem perde. Não

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ESPECIAL

Saab Gripen NG Um caça sueco para a Força Aérea Brasileira A Suécia oferece ao Brasil a possibilidade de participar do projeto da nova geração do caça Gripen, com acesso a todas as tecnologias e autonomia para modificar sistemas e integrar novas armas. Conheça a história do avião considerado um forte candidato ao Programa F-X2, da FAB

PODER AÉREO

QQ O cockpit do Saab Gripen JAS39C apresenta o que há de melhor hoje em interface homemmáquina: displays coloridos e HUD de grande ângulo. O Gripen NG será ainda mais avançado

Gripen International

PODER AÉREO

ESPECIAL

QQ Alexandre Galante

alexgalante@trilogiadefesa.com.br

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Menor e mais ágil

Em meados dos anos 1970, sur­ giram os primeiros rascunhos de um substituto para o jato de trei­ namento Saab 105, conhecido na Real Força Aérea da Suécia (Flygvapnet) como SK 60. Na ver­ dade o conceito era um pouco di­ ferente. O Saab 105 era uma aeronave biplace (lado a lado) de treina­ mento com capacidade secundá­ ria de ataque leve. A proposta da Saab naquele momento era desen­ volver um caça tático de interdi­ ção do campo de batalha, mas que também atuasse como jato de trei­ namento avançado em tempo de paz. O substituto do SK 60 começou como uma iniciativa privada, com o objetivo de apresentar à FMV (Försvarets materielverk - Admi­ nistração de Material de Defesa

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da Suécia) uma opção para ocupar o lugar do SK 60. O projeto era identificado como B3LA ou proje­ to 1806. Ao mesmo tempo foi feito um projeto modificado do SK 60, o Saab 105-80, mantendo a configu­ ração de assentos lado a lado, com asas modificadas, novos motores (GE J85 ou Turbomeca Larzacs) e aviônica melhorada. Gradualmente a Força Aérea e a FMV interessaram-se pelo B3LA, cujas características estavam de acordo com os novos estudos táti­ cos em vigor. Agora era possível preencher a maioria das missões da Força Aé­ rea com um novo tipo de caça leve. A guerra convencional prevista para o final dos anos 1980 não era mais o encontro maciço de forças concentradas em grandes bata­ lhas decisivas, mas sim um grande número de unidades pequenas e móveis enfrentando-se em escara­ muças numa longa fronteira. Os requisitos táticos previam um alto grau de capacidade para encontrar e combater alvos camu­ flados e defendidos à noite e de dia, com com grande probabilida­ de de sobrevivência no ar e no solo. A concepção do B3LA era mui­ to parecida com a do jato AMX ítalo-brasileiro e, de fato, uma

grande quantidade de informa­ ções foi trocada pela Itália e Sué­ cia até 1978, quando o projeto foi cancelado. Do cancelamento do projeto B3LA, surgiram as bases para a criação do programa JAS 39 (Jakt, Attack, Spaning - caça, ataque ao solo e reconhecimento em sueco), posteriormente deno­ midado ‘Gripen’.

Começando com uma folha de papel em branco…

Em fevereiro de 1980, os requi­ sitos preliminares para um suces­ sor do Viggen foram definidos e em novembro daquele ano foi de­ cidido que o General Dynamics (agora Lockheed Martin) F-16 se­ ria usado como “benchmark” (re­ ferência) para performance, peso e capacidade de carga. Uma RFP (Request for Propo­ sal - solicitação de proposta) foi enviada para a Northrop, General

Gripen International

uando os primeiros caças Saab Viggen começaram a ser entregues à Força Aérea Sueca em 1971, já se pensava em sua substituição em meados dos anos 1990. O rápido desenvolvi­ mento de novos materiais de bai­ xo peso e alta resistência, bem como a miniaturização dos com­ ponentes eletrônicos, levantaram questões sobre a próxima geração de caças: ela precisaria ser tão grande quanto o Viggen? Não se­ ria possível poduzir um caça mais leve e menor, mantendo as mes­ mas capacidades?

Dynamics e McDonnell Douglas, seguida por um pedido à Saab para um estudo em linha com a RFP. Quando o sucessor do Vig­ gen foi planejado, a ideia era fazer um avião multimissão, já que esse era o conceito original do Viggen, embora o antecessor do Gripen não tivesse alcançado a meta, le­ vando ao desenvolvimento de vá­ rias versões, devido à tecnologia da informação disponível em sua época.

QQ O Gripen NG possui novo motor mais potente, novo radar AESA, maior capacidade de combustível interno e novos sistemas defensivos

Desde o começo todos os esfor­ ços foram focados no desenvolvi­ mento de uma única plataforma capaz de cumprir as missões de in­ terceptador/caça, ataque e reco­ nhecimento, realizadas por qua­ tro versões do Viggen. Preferivelmente, o piloto pode­ ria mudar sua missão ainda em

voo, dependendo das armas trans­ portadas nos pilones. Por exemplo, depois de realizar uma missão de ataque, a aeronave poderia atuar como caça em ope­ rações de defesa aérea ou ainda realizar missões de reconheci­ mento.

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PODER AÉREO

FINALISTAS DO F-X2 tência do motor com o objetivo de conquistar clientes fora dos EUA. Além das modificações já incluídas no programa EDE, a introdução de um novo fan (com consequente aumento do fluxo) permitiu a elevação da potência bem como uma flexibilidade operacional maior. Como se não bastasse tudo isso, a GE Aviation, em conjunto com a Marinha dos EUA e a Boeing, desenvolve um programa que visa qualificar o F414 para empregar biocombustíveis. Em abril do ano passado o primeiro ‘Green Hornet’ voou com uma mistura 50 / 50 de biocombustível e JP5. Para um país como o Brasil, tal desenvolvimento é de grande interesse.

Autonomia maior, mas nem tanto

O Hornet é um eficiente avião, mas os pilotos da Marinha dos EUA costumavam reclamar da pouca autonomia da aeronave quando comparada com os antigos A-7 Corsair II e o A-6 Intruder. Os projetistas da McDonnell Douglas (posteriormente Boeing) aceitaram o desafio e estabeleceram como meta para o Super Hornet maior alcance e maior carga de armamentos. Porém, durante os testes e avaliações operacionais, descobriu-se que não havia espaço suficiente entre os

cabides das asas para garantir uma separação segura dos armamentos em relação à aeronave. Como não havia mais sobra de espaço para afastar um cabide do outro, eles foram ligeiramente inclinados para fora, sendo que os cabides externos tiveram uma inclinação menor. Esta solução melhorou muito a separação dos armamentos, mas trouxe alguns inconvenientes, entre eles uma maior resistência ao ar que provocava um arrasto indesejado. Com isso, o alcance do Super Hornet, um dos pilares do seu desenvolvimento, sofreu uma redução.

Tecnologia de ponta por trás da simplicidade

Ao sentar-se no cockpit no Super Hornet a impressão que se tem é de que os aviônicos dele são menos avançados que o dos seus concorrentes. Ledo engano. Atrás do painel está simplesmente o que há de mais moderno em termos de sistemas embarcados e sensores. Poucos radares atualmente em atividade se comparam ao APG-79 do Super Hornet. Sendo um membro da família AESA (escaneamento eletrônico ativo), o APG-79 oferece diversas vantagens, permitindo que as tripulações possam executar simultanea-

mente ações ar-ar e ar-terra. O radar AESA também pode detectar alvos muito pequenos, tais como mísseis ar-ar se aproximando e é muito mais discreto que o radar anterior, podendo detectar um avião inimigo muitas vezes sem ser detectado pelo seu sistema de alerta radar. Ele também pode ser usado para “jamear” radares inimigos. Os testes foram completados em 2006 e no ano seguinte os radares já estavam a bordo dos jatos da Marinha dos EUA. Mesmo com toda esta tecnologia embarcada, o Super Hornet ainda carece de um sistema eletro-óptico e de um designador a laser interno, pois atualmente há a necessidade de se transportar um casulo AN/ASQ-228 ATFLIR em um dos cabides externos. Além de sua eletrônica de ponta, sem dúvida a mais avançada e comprovada dentre os concorrentes ao programa F-X2, o Super Hornet possui um leque de opções de armamento incrivelmente grande. E, conforme divulgado pela agência do Pentágono DSCA, o pacote de equipamentos e armamentos oferecido ao Brasil é bastante completo, incluindo mísseis AIM-120C-7 e Sidewider versão “Mike”, além de armamento ar-superfície GBU, JSOW, JDAM e HARM. q

HUMOR

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Novas escoltas para a Marinha do Brasil QQ Alexandre Galante

alexgalante@trilogiadefesa.com.br

om o desenvolvimento da Estratégia Nacional de Defesa (END), a Marinha do Brasil (MB) foi encarregada de informar ao Ministério da Defesa os meios necessários para cumprir de maneira satisfatória suas atribuições. Além de informar os meios necessários, a MB precisava detalhar como pretendia obter tais meios e qual seria a articulação com a indústria nacional. Surgiu assim o Plano de Articulação e Equipamento da Marinha do Brasil – PAEMB (antigo PEAMB). Para a execução do PAEMB, a MB prevê investimentos da ordem de US$ 69 bilhões ao longo de vinte anos (de 2011 a 2030). Deste volume total, três quartos seriam desembolsados com a construção de novos meios navais e uma considerável parcela desta fração estaria vinculada à aquisição de novas escoltas (fragatas, corvetas e, eventualmente, contratorpedeiros).

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QQ A fragata francesa FREMM é uma forte candidata ao Programa Prosuper da Marinha do Brasil

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A frota atual

A Marinha do Brasil conta hoje com 14 escoltas. Destas, nove são fragatas (seis da Classe “Niterói” e três da Classe “Greenhalgh”) e cinco são corvetas (quatro da Classe “Inhaúma” e a corveta “Barroso”). As fragatas representam os principais meios navais dentre as escoltas e todas elas atingirão, até o final desta década, a marca dos quarenta anos. Com exceção da Barroso, as demais unidades serão retiradas do serviço ativo até o ano de 2025. A renovação da frota atual de escoltas da MB vem sendo discutida desde o Governo Lula, mas foi adiada pela presidente Dilma Rousseff em 2011, por conta dos cortes no Orçamento da União. Entretanto, a decisão sobre a substituição desses meios navais não deve demorar muito, tendo em vista a idade dos mesmos.

NAVIOS DE GUERRA DCNS

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NAVIOS DE GUERRA

Os requisitos operacionais

Em 2008 foram estabelecidos os Requisitos de Estado Maior (REM) das futuras escoltas. Esses meios deveriam deslocar cerca de 6 mil toneladas, sendo capazes de realizar todas as tarefas designadas pela Marinha do Brasil. O Comando da Marinha fez depois os estudos de RAN (Requisitos de Alto Nível) para a aquisição de 10 novas fragatas, sendo o primeiro lote de 6 navios EG (emprego geral, para guerra antissubmarino e guerra de superfície) e

outro lote de navios para guerra antiaérea (AAW). Posteriormente, com a elaboração do PAEMB, foi definida a aquisição de um total de 30 escoltas ao longo de vinte anos, sendo que o pacote prioritário, definido como PROSUPER, abrangeria cinco fragatas. Depois da seleção da classe do navio, o negócio exigiria um ano de discussões para ajuste da transferência de tecnologia, estabelecimento de fornecedores e compensa-

ções comerciais. Pelo cronograma proposto, esse pacote inicial deveria ser contratado até 2013. A primeira unidade começaria a ser construída um ano após a assinatura do contrato e demoraria entre 5 e 6 anos para ser concluída. A intenção da Marinha é que apenas a primeira fragata seja construída fora do País, com acompanhamento de técnicos e engenheiros brasileiros. As demais seriam produzidas no Brasil. Conforme o planejado, o Brasil teria a primeira das novas escoltas na virada da década, quando as fragatas atuais já estariam com quarenta anos.

Para esse lote inicial planeja-se capacidade antissubmarino, antissuperfície e antiaérea de ponto, com isso sendo designadas como escoltas de emprego geral (EG). No segundo lote de cinco unidades estariam previstas quatro com capacidade de defesa antiaérea de área, com mísseis de médio e longo alcance. Construídas localmente, as escoltas de emprego geral custariam em torno de R$ 1,8 bilhão a unidade. A versão antiaérea, R$ 2,3 bilhões cada. A Marinha do Brasil emitiu cartas convite a grandes produtores mundiais de escoltas e navios-patrulha e, há mais de um ano, vem negociando especificações e preços com gigantes

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NAVIOS DE GUERRA

NAe ‘São Paulo’ de volta ao mar!

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A. Galante

QQ Em outubro de 2007, alguns serviços foram concluídos e o navio iniciou suas provas de mar, quando foi constatada uma avaria no eixo propulsor de boreste, o que culminou na sua substituição

QQ Luiz Padilha

luizpadilha@trilogiadefesa.com.br

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Trilogia de Defesa tem o prazer de trazer fotos exclusivas do navio-aeródromo São Paulo (A12). O porta-aviões voltou ao mar no dia 6 de outubro de 2010 para dar continuidade aos testes de máquinas e inicio da VSA (Vistoria de Segurança de Aviação). Após passar por estes

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testes, inicia-se a fase mais difícil para o navio e sua tripulação: a “temida” CIASA (Comissão de Inspeção e Assessoria de Adestramento). Após a CIASA, o objetivo do navio é atingir a fase 3 e ser devolvido à Esquadra o quanto antes, para voltar a operar com sua capacidade máxima. O navio-aeródromo (NAe) São Paulo (ex-PA Foch) operou na Marinha do Brasil, ininterruptamente, de 2001 até

2005, quando ocorreu o rompimento em uma rede de vapor principal, o que determinou a sua parada para a realização de reparos. Em função da extensão dos serviços e do tempo necessário à sua consecução, bem como da programação de futuros períodos de manutenção do navio, diversos outros serviços foram oportunamente antecipados. Dessa forma, compatibilizou-se a manuten-

ção corretiva com a preventiva, decorrente do número de horas de funcionamento de determinados equipamentos e sistemas. Segundo informações divulgadas pela Marinha, em outubro de 2007 alguns serviços foram concluídos e o navio iniciou suas provas de mar, quando foi constatada uma avaria no eixo propulsor de boreste, o que culminou na sua substituição. O período de tempo

necessário ao serviço do eixo, cerca de um ano, permitiu a execução de outros serviços de manutenção e a modernização de alguns sistemas componentes da planta propulsora e catapultas. De um modo simplificado, as obras foram feitas em cinco grupos: I – Praças de Máquinas – revisão das turbinas de propulsão do eixo de bombordo; reparos de turbo-geradores, que são as principais fontes de energia

elétrica; e reparo da maioria das bombas principais do navio. II – Praças de Caldeiras – duas caldeiras foram retubuladas completamente. Para se ter uma ideia, são cerca de 1.500 tubos por caldeira. Uma delas ficou pronta no fim de abril de 2009 e a outra em julho do mesmo ano. III – Catapulta lateral – a catapulta lateral está sofrendo uma revisão geral com a troca de inúmeras peças

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QQ Por Alexandre Galante alexgalante@trilogiadefesa.com.br

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porta-helicópteros de assalto HMS Ocean, da Marinha Real britânica (Royal Navy - RN), chegou ao Rio de Janeiro no dia 9 de setembro de 2010 e recebeu a bordo um grupo de jornalistas brasileiros, para um embarque de três dias. Neste período, o grupo pôde conhecer o navio e suas instalações, bem como sua capacidade operacional. A visita do HMS Ocean permitiu a realização de um exercício anfíbio conjunto entre os Royal Marines (Fuzileiros Navais Reais britânicos) e o Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil, ao mesmo tempo em que o navio atuou como base para uma série de encontros diplomáticos e de negócios na área de Defesa. O HMS Ocean deixou o Reino Unido três meses antes da visita e, desde então, conduziu exercícios na costa dos EUA, com a U.S. Navy. Depois, o navio prosseguiu para o Caribe, onde reali-

zou missões de segurança marítima, provendo apoio à “Joint Inter-Agency Task Force”, baseada em Key West. O navio contribuiu em operações contra o tráfico de drogas naquela região, além de missões de apoio humanitário aos territórios britânicos durante

a temporada dos furacões. Na chegada ao Rio, o navio conduziu exercícios anfíbios com a Marinha do Brasil.

Primeiro dia de embarque

Os jornalistas embarcaram numa LCVP Mk 5 no cais do 1º Distrito Naval (Rio de Janeiro), por volta das 14h do dia 9 de setembro, partindo para o HMS Ocean, que estava fundeado na Baía de Guanabara.

Segundo dia de embarque

Às 5h da manhã, fomos despertados para o café e para assistirmos aos preparativos do desembarque dos fuzileiros navais brasileiros e ingleses na Marambaia. Chamou nossa atenção a grande organização dos equipamentos individuais e o preparo da logística da operação de desembarque. A atenção britânica para os detalhes pôde ser constatada, assim como a preocupação com a segurança dos militares envolvidos na operação de desembarque.

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Embarcamos no maior navio de guerra da Royal Navy

Chegando ao navio, a LCVP (embarcação de desembarque de pessoal) foi içada para bordo rapidamente pelos turcos laterais e encaixada no seu lugar. Fomos recebidos a bordo pelos oficiais de RP (Relações Públicas) do HMS Ocean no hangar do navio. De lá fomos deixar as bagagens no nosso alojamento. Logo depois, o grupo de jornalistas foi levado ao passadiço para assistir à saída de porto. Aproveitando também a vista do convoo, pudemos fazer boas fotos do pôr-do-sol, com o navio já fora da barra. Já com o HMS Ocean, a caminho da área de exercícios na Restinga da Marambaia, fomos levados ao hangar para assistir a um “briefing” da operação de desembarque que seria feita no dia seguinte, com a presença de Fuzileiros Navais brasileiros e dos Royal Marines.

GUERRA ANFÍBIA A. Galante

‘Passex Ocean 2010’

A. Galante

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GUERRA ANFÍBIA

O desembarque dos jornalistas estava programado para o período da tarde, então pela manhã visitamos algumas instalações do navio, como o Centro de Operações de Combate, o Centro de Operações Anfíbias, o Centro de Controle de Máquinas e a Praça de Máquinas, onde ficam os motores e os geradores diesel do navio. Estava previsto o desembarque dos jornalistas na Marambaia também por LCVP, para a cobertura das operações. Mas, graças à intervenção do capitão de corveta Espozel do Esquadrão HU-2, pudemos voar de UH14 Super Puma até as instalações do CADIM (Centro de Adestramento da Ilha de Marambaia).

Durante o voo, fotografamos o HMS Ocean e as embarcações que faziam o movimento de tropas navioterra.

Terceiro dia de embarque

Às 9h da manhã desembarcamos do HMS Ocean via LCVP, para assistir a outros exercícios dos Royal Marines e dos Fuzileiros Navais do Brasil. Antes de chegar à praia, presenciamos uma demonstração, por parte dos britânicos, do lançamento de mergulhadores de combate por helicópteros Lynx, bem próximo à LCVP onde estávamos. Após o lançamento, os mergulhadores foram recolhidos por outro helicóptero. Depois da demonstração dos mergulhadores, partimos para o CADIM, onde assistimos a vários treinamentos dos fuzileiros. Na volta para o navio, embarcamos num “hovercraft” (veículo a colchão de ar) e fizemos o trajeto numa fração do tempo que levaríamos numa LCVP. O HMS Ocean retornou ao Rio de Janeiro no domingo, dia 12 de setembro, atracando na Praça Mauá por volta das 9h30 da manhã.

Impressões sobre o HMS Ocean

No tempo em que permanecemos a bordo do maior navio de guerra da Marinha Real, pudemos aprender muitas coisas sobre ele e a natureza das operações anfíbias. Embora o HMS Ocean tenha uma

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EXERCÍCIO

AGULHAS NEGRAS

“Operação Barra Bonita”

Brigada de Infantaria Leve tomavam a região norte da cidade. No centro os blindados do 13º Regimento de Cavalaria Mecanizado (13º RC Mec) já ocupavam as principais posições. Ao final daquela manhã a pequena cidade do interior do estado de São Paulo havia sido reconquistada. A batalha estava vencida, mas a guerra não. Pelo alto, dois helicópteros HM-1 Pantera e um HM-3 Cougar, transportando militares da 12ª Brigada de Infantaria Leve, seguiam no rumo Sudoeste. Um avião C-95 Bandeirante da FAB (Força Aérea Brasileira) com suprimentos a bordo cruzou o céu pouco tempo depois. Estes eram indícios de que os combates prosseguiam em algum outro lugar. Seriam necessários mais alguns dias até que o inimigo recuasse totalmente além das fronteiras.

EXCLUSIVO

QQ O exercício Agulhas Negras firmou-se como um dos grandes exercícios anuais

realizado pelo EB. Na foto acima, militares participam de desfile militar

FORÇAS TERRESTRES

FORÇAS TERRESTRES

EXCLUSIVO

O que é o exercício “Agulhas Negras”

QQ Helicóptero HM-1

do Comando de Aviação do Exército apoiando as tropas em solo durante combate à localidade controlada pelo “inimigo”

Fotos de G. Poggio

QQ Guilherme Poggio

exercícios o EB empregou alguns dos seus veículos mais novos. O exemplar da foto é um caminhão MercedesBenz 1720 A 4x4 de 5 toneladas que pertence ao 2º BIL (sediado em São Vicente)

poggio@trilogiadefesa.com.br

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rocurando ocultar-se em meio à vegetação rasteira, um pelotão de combatentes do Exército Brasileiro (EB) deixa para trás a estrada de terra e cruza o Córrego da Olaria. Ainda falta vencer uma ampla colina com cerca de sessenta metros de desnível. O inimigo está próximo. No topo daquela colina existe uma cidade de pequeno porte que precisa ser retomada. Este é um ataque a uma área edificada. Além da dificuldade intrínseca do terreno, o sol que brilhava forte no céu azul daquela manhã ajudava a drenar as forças dos militares. A cada passo em direção ao topo o fuzil FAL 7,62mm parecia ficar mais pesado. As primeiras residências vão aparecendo no horizonte. Tudo parece irritantemente calmo e tranquilo. Baseado nas informações coletadas pelo VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado) no dia anterior, o comandante do pelotão transmite algumas ordens para os

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Trilogia de Defesa

QQ Durante os

seus subordinados e os militares dividem-se em poucos grupos de combate (GC) assim que chegam ao asfalto. A partir da via principal os GC avançam pelas ruas dos bairros da periferia. Pelas ruas “C” e “B” os militares não encontram resistência e assumem a defesa do território conquistado. Mas ao longo da rua “D” a resistência é feroz. Disparos de fuzis e explosões ecoam por todo o bairro. Do alto, um helicóptero HM-1 Pantera do Co-

mando de Aviação do Exército (CAvEx) realiza passagens a baixa altitude em apoio à missão de retomada. O inimigo encontra-se entrincheirado e fortemente armado. Enquanto alguns GC avançam a pé para Oeste, com o propósito de libertar outros bairros do povoado, um grupo segue para o Norte, onde há relatos de que o inimigo mantém um centro de comando no interior do ginásio poliesportivo. Pouco a pouco os militares da 11ª

As ações narradas acima ocorreram ao longo do dia 8 de novembro de 2010 como parte do exercício Agulhas Negras – operação Barra Bonita. O exercício Agulhas Negras é um exercício de defesa externa. Trata-se de um treinamento de defesa territorial que simula a invasão do território brasileiro por tropas de um país estrangeiro. O objetivo do exercício é a expulsão do invasor por meio de combate convencional com largo emprego de ações aerotáticas. Estas ações de adestramento têm por objetivo desenvolver o valor moral da tropa e exercitar as ações de comando e liderança dos comandantes em todos os níveis. Trata-se de um exercício de grande porte com efetivo superior a 4.000 militares. Dessa maneira, o exercício “Agulhas Negras” é considerado um dos maiores no seu segmento em território brasileiro. A complexidade do exercício pode ser medida pela variada lista de operações, que incluem infiltração terrestre, travessia de curso d’água, marcha para o combate, infiltração aeromóvel, assalto aeromóvel, suprimento aeromóvel e aeroterrestre, ataque a uma posição sumariamente organizada, junção, substituição e exfiltração (a pé ou aeromóvel), combate à localidade e aproveitamento do êxito.

A 2ª Divisão do Exército

O exercício “Agulhas Negras” é organizado pela 2ª Divisão do Exército (2ª DE), sendo esta um Comando Operacional subordinado ao Comando Mi-

QQ Raridade. O Exército exibiu, em condições de rodagem, um exemplar do veículo

de reconhecimento EE-3 Jararaca produzido pela Engesa. Atualmente este veículo encontra-se recolhido no 13º RC Mec (Pirassununga)

litar do Sudeste (CMSE), com jurisdição sobre todo o estado de São Paulo. Também conhecida como “Divisão Presidente Costa e Silva”, a 2ª DE tem suas origens vinculadas à 4ª Divisão de Exército, organizada em 1915. Quatro anos depois foi reorganizada como 2ª Divisão de Exército, mas em 1921 passou a ser chamada de 2ª Divisão de Infantaria (2ª DI). A história moderna da 2ª DE começou em 1952 quando esta se desmembrou da 2ª Região Militar. A sede da 2ª DE localiza-se no Quartel-General do Ibirapuera, região

central da cidade de São Paulo, e compartilha suas instalações com o CMSE e a 2ª Região Militar. Subordinadas diretamente à 2ª DE estão as seguintes unidades: QQ 11ª Brigada de Infantaria Leve (GLO) - Campinas QQ 12ª Brigada de Infantaria Leve (Amv) - Caçapava QQ 12º Grupo de Artilharia de Campanha Leve - Jundiaí QQ 2º Batalhão de Engenharia de Combate – Pindamonhangaba

Trilogia de Defesa

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FORÇAS TERRESTRES

ARMAS DE FOGO

O fuzil IMBEL IA2 QQ José Carlos Viana Cinquini

Fotos: IMBEL

cinquini@trilogiadefesa.com.br

O

O novo fuzil desenvolvido pela IMBEL (Indústria de Material Bélico do Brasil) tem a “missão” de substituir o famoso FAL nas unidades do Exército Brasileiro (EB) e tudo indica que também substituirá os fuzis G33 da Força Aérea, além dos FAL e dos M16 da Marinha e do Corpo de Fuzileiros Navais. Dentre as novidades, o fuzil IMBEL IA2 fará uso de polímero no guarda-mão, punho e coronha. Na fase de desenvolvimento dos protótipos dos fuzis (versões 5,56mm e 7,62mm), destaca-se o apoio da Brigada de Forças Especiais do EB. A fase de avaliação conta com o trabalho do CAEx (Centro de Avaliações do Exército). Segundo algumas informações, o calibre 5,56mm deverá ser utilizado por unidades aeromóveis, de infantaria leve, blindada e paraquedista. O calibre 7,62mm permanece no restante das tropas. O IA2 não é resultado do “retrofit” (modernização) dos FAL, mas estudase oferecê-lo como alternativa (recolhe-se o FAL para retrofit/manutenção e entrega-se o IA2). n

QQ O calibre 5,56mm deverá ser utilizado por unidades aeromóveis, de infantaria leve, blindada e paraquedista (aquelas que têm problemas de peso e/ou espaço)

QQ O lançador de granadas M203 não

pode ser montado sobre o trilho “Picatinny”. Para tanto, será necessário o uso de suporte e guarda-mão adequados

QQ A coronha do

5,56mm é retrátil e rebatível

Principais características QQ QQ QQ

QQ

QQ QQ QQ

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Família de fuzil em dois calibres: 5,56mm e 7,62mm; Uso de polímero no guarda-mão, punho e coronha; Luva isolante (em cor avermelhada) entre o cano e o guarda-mão, podendo ser vista na imagem do alto desta página. A luva também está disponível na versão 7,62mm; Zarelhos de fixação de bandoleira diferentes entre as versões. No 7,62mm o zarelho é rotativo e preso no cano. No 5,56mm ele é preso junto ao guarda-mão e localizado em ambos os lados do corpo da arma (em forma de borboleta); Trilhos “Picatinny” para fixação de acessórios diversos; Coronha do 5,56mm (terceira foto de cima para baixo) retrátil e rebatível; Nova ergonomia do punho com um ângulo bem diferente do usado no FAL e no PARAFAL

Trilogia de Defesa

QQ Usa-se polímero no

guarda-mão, punho e coronha


NASCIDO INDEPENDENTE

NOME

GRIPEN NG

PRÓS

MAIOR CAPACIDADE OPERACIONAL MENOR CUSTO DE AQUISIÇÃO MENOR CUSTO DE MANUTENÇÃO REAL TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA

CONTRAS

PROJETAR, DESENVOLVER e produzir

uma aeronave de caça de superioridade aérea é apenas um sonho para muitas nações. Ao participar do Programa Gripen NG, o Brasil terá a oportunidade única de acesso a todos os níveis da tecnologia desta aeronave de combate, gerando um crescimento industrial e econômico sustentável.

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O Brasil passará a ser fabricante e exportador da aeronave de combate multiemprego mais avançada do mundo. A Força Aérea Brasileira terá a capacidade de manter e integrar seus armamentos e sistemas de forma absolutamente autônoma e independente. Esta liberdade constitui o princípio básico da oferta do Gripen NG ao Brasil.

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O Gripen NG é a garantia do desenvolvimento de uma força aérea soberana e da elevação da capacidade industrial e tecnológica do complexo aeroespacial brasileiro. Para saber mais, visite www.gripen.com.br


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