ÁS DIREITAS QUEM QUER LÊ
Esta é do Valente (c. 1930-40). Ia no comboio, Régua-Porto, a ler o jornal, para impressionar os parceiros de viagem (ele, que não sabia ler). Azar dos Távoras (digo, dos Valentes), levava o jornal ao contrário, o de baixo para cima (e, está visto, o de cima para baixo). Um sujeito mais atrevido permitiu-se chamar-lhe a atenção: - "Ó amigo, olhe que leva o jornal ao contrário"... E o Valente, sem se desmanchar: - "Eu cá leio sempre assim... Às direitas quem quer lê, não é vantagem nenhuma!"...