Maior pulverizador do mundo disponível para irrigantes

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LUÍS EDUARDO MAGALHÃES, 28 DE FEVEREIRO A 07 DE MARÇO– ANO V – R$ 3,00 – CIRCULAÇÃO: OESTE DA BAHIA

Maior pulverizador do mundo disponível para irrigantes

Com o aproveitamento da estrutura do pivô central, foi idealizado o maior equipamento de pulverização já existente no mercado. A tecnologia está em uso na região da Chapada Diamantina, servindo de referências aos irrigantes do Oeste da Bahia. Consultores avaliaram a tecnologia e apresentaram o potencial para a realidade local.

CIRCUITO

Prova dos 3 Tambores

EVENTO

Super Dia Agrosul

CIDADES

Mutirão contra câncer de pele e hanseníase

Pg. 07

OPORTUNIDADES

Oportunidade de trabalho em LEM.

AGRONEGÓCIO Pg. 03

Pg. 11

NEGÓCIOS

E se o meu nome fosse uma marca? Veja nesse artigo, a importância de um bom nome para composição de uma marca. Pg. 06

A temporada do maior circuito de tambores do Oeste da Bahia foi aberta oficialmente em 25 de fevereiro Pg. 04

Um dos maiores eventos do agronegócio do Oeste da Bahia Pg. 02

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Luís Eduardo Magalhães - Bahia, 27 de Fevereiro a 07 de Março - www.noticiasdooeste.com

Conheça o maior pulverizador do mercado Empresa brasileira cria sistema inédito de pulverização para irrigantes Foto: Marcos Pimenta

As pulverizações de agroquímicos como herbicidas, inseticidas, fungicidas e outros, ou os adubos líquidos, eram de forma manual até a década de 1960. Com o surgimento da mecanização agrícola, os equipamentos tracionados por tratores ou autopropelidos dominaram o mercado no segmento de pulverização. Na sequência a aviação ganhou seu espaço, sendo uma das mais rápidas do momento.

O Brasileiro Francisco Ganzer

A revolução deste sistema se encontra na rapidez e segurança na aplicação. Apenas uma pessoa monitora o sistema e abastece os tanques com produtos. Com isso, em uma noite um operador consegue pulverizar a área de um pivô, que na região Oeste é de aproximadamente 100 hectares. Este sistema inédito já está em uso em todo o país, e na Bahia não é

nômico em café, o mérito deste é que otimiza o pivô para outras finalidades, como a aplicação de defensivos. Além de melhorar a eficiência e a velocidade na aplicação dos produtos, este reduz a estrutura de equipamentos de pulverização da fazenda e o consumo de diesel, promove a segurança dos aplicadores, além de possibilitar o trabalho noturno em que há melhores condições de temperatura, umidade e

Foto: Gaspar

Considerando as especificidades dos sistemas de irrigação, sobretudo o pivô central, diversas empresas investiram na descoberta de um mecanismo que pudesse ser acoplado ao equipamento de irrigação. Porém, uma empresa brasileira, a Ganzer, obteve a inovação esperada, a qual está disponível no mercado.

necessita de constantes aplicações, complementa o Sr. Ono.

Trata-se do “Pivot-Barra”, um pulverizador especifico para pivô central em que a tubulação com os respectivos bicos pulverizadores é acoplada abaixo do sistema de irrigação do pivô central. Uma bomba auxiliar instalada na fonte de água, na faixa de 10 a 20 cv, promove a captação de água até os tanques no centro do pivô, através da adutora do pivô, nos quais são preparadas as caldas de pulverização. Na seqüência, uma eletro-bomba com rotor de inox instalada no centro do pivô, e com triplo sistema de filtragem permite a distribuição no sistema, com uniformidade na vazão e pressão entre as centenas de bicos. Quando uma torre do pivô para de rodar, o sistema automaticamente interrompe a pulverização no intervalo desta com sua antecessora. Pelo sistema antigotejo existente nos bicos, não há formação de gotas, nem aplicação excessiva de produto.

diferente. O equipamento já é utilizado em algumas fazendas na região da Chapada Diamantina, uma delas, a do produtor Ivo Borré, em Mucugê/ BA, a tecnologia está sendo utilizada a aproximadamente oito anos na produção de batatas. Segundo Hercílio Pereira, gerente geral da Fazenda Progresso, por não terem visto nada igual ficaram com dúvidas para iniciar com o sistema, mas depois de entenderem as funci nalidades, resolveram implementá-lo, e hoje já possuem seis equipamentos em operação e se preparam para receber o sétimo equipamento ainda no mês de março de 2012. A fim de conhecer o desempenho do sistema, produtores e consultores da região estiveram numa missão na Chapada Diamantina no inicio de fevereiro deste ano. A fim de conhecer o desempenho do sistema, produtores e consultores da região estiveram numa missão na Chapada Diamantina. Para Marcos Pimenta, consultor agro-

vento. Com tubos de cobre ou inox, o sistema permite a aplicação de fertilizantes líquidos ou defensivos, sem corrosões no equipamento. Mantendo a mesma velocidade de circulação do pivô, é possível o ajuste de pressão e volume de calda, bem como da altura das barras, atendendo qualquer recomendação agronômica e na cultura que desejar, como café, algodão, milho, etc. Nós temos consciência que o valor de um Pivot-Barra é alto por ter muita matéria prima de alto valor agregado, se comparado diretamente com o valor de tabela dos tratores. Entretanto, o que oferecemos não é tão-somente um equipamento de igual custo e/ou mais barato, mas sim um equipamento que se torna um ótimo investimento com um excelente retorno, adquirido através de uma produtividade maior e de melhor qualidade, e ainda evitando perdas, o que passa a ser bastante viável economicamen-

te também e possui todas as linhas de crédito do mercado, como PSI do Finame-BNDES, por exemplo, afirma Domingos Ganzer, diretor do Grupo Ganzer, fabricante do equipamento. Pensando no potencial de uso nos cerca de 90 mil hectares irrigados no Oeste, o representante regional Yoshiharu Ono está trazendo o sistema à região. Com base nos bem sucedidos casos na região da Chapada, espera-se uma nova era na aplicação de defensivos nas áreas irrigadas, especialmente para o café que

Os sistemas de irrigação e de aplicação de produtos químicos têm origens em países que investem pesado na busca de procedimentos inovadores. Mas desta vez foi um brasileiro que apresentou ao mercado a novidade de otimizar o pivô central e agregar a aplicação de químicos num sistema paralelo ao da irrigação, sem o uso da água do mesmo. Ex-pesquisador da Embrapa, engenheiro agrônomo, e fundador do Grupo Ganzer, o brasileiro Francisco Ganzer é referência nacional quando se trata de irrigação. Possui mais de 30 anos de experiência em projetos de irrigação, com Mestrado em “Irrigação e Drenagem” na Utah State University-USA. Atua no ramo desde o final dos

anos de 1970, seja como pesquisador, quanto na atuação direta com indústria de pivô central, onde já teve uma fábrica no final dos anos de 1980. A Hidrocampo criava os pivôs “Hidromatic”, alguns em uso na região Oeste até hoje. Este contato com a irrigação estimulou sua paixão pela fabricação de equipamentos agrícolas. Assim nasceram os primeiros protótipos do Pivot Barra, que após inúmeros testes ao longo de vários anos, resultaram no modelo atual. O equipamento está patenteado pelo Grupo Ganzer no Brasil e no exterior. Para promover inovações ao sistema, diversas pesquisas no Brasil e especialmente nos Estados Unidos estão sendo realizadas, para demonstrar que o equipamento é seguro no campo, atendendo inclusive aos anseios do mercado americano que é bastante rigoroso.


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