Jornal Vila Meã

TAXA PAGA 4605 Vila Meã

Diretor: José Ismael Mendes

Edição: 168

Preço: 0,60 €

Entrevista Lino Macedo

junho de 2014

Dolmen inaugura o Espaço Douro & Tâmega em PÁGINA 3 Amarante

OPINIÃO Presidente da União de Freguesias de Real, Ataíde e Oliveira PÁGINAS 7 8 e

OPINIÃO

Cancro Oral: como prevenir e como ter acesso ao seu rastreio PÁGINA 9

Viajar com os animais de estimação PÁGINA 4

YEU lança curso e-learning sobre empreendorismo PÁGINA 5

CETS promoveu debate sobre Escolinha dos Bombeiros Cooperação Empresarial com Voluntários de Vila Meã Angola

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junho de 2014 - Jornal de Vila Meã

OPINIÃO A Propósito do Centenário da Grande Guerra

José Ismael Mendes (*)

“ A Guerra... copiou a vassoira das bruxas, o corcel alado das valquírias e vem pelo escuro semear a destruição e a morte” Aquilino Ribeiro

A 28 de julho de 1914, a Áustria declara guerra à Sérvia, um mês após o assassinato de Sarajevo. A 4 de agosto de 1914, chegava a notícia da declaração de guerra da Inglaterra à Alemanha e o recado britânico aconselhando o governo português a abster-se de proclamar a neutralidade.

Entre 1914 e 1918 partiram para a guerra mais de 100 mil soldados portugueses. Combateram em África, lutaram em Flandres, contam-se mais de 40 mil baixas.

Hoje, os nossos jovens não

partem para a guerra, partem para o estrangeiro à procura de trabalho, desistem do seu país porque não vislumbram qualquer futuro. Hoje Portugal não está em guerra está perante uma crise de valores, onde ninguém respeita ninguém. Quem diria? Ninguém respeita o passado. Mas quem não honrar o passado não tem futuro.

A história evidentemente não se repete; conhecê-la, porém, ajuda a uma melhor compreensão do presente e uma perspectiva mais informada quanto ao futuro.

A Primeira Guerra Mundial representou realmente um momento determinante e indelével no percurso da história contemporânea europeia e mundial, provocou

significativamente a história de Portugal.

A Primeira Guerra Mundial foi, em tudo e para nós, uma ruptura em dimensões múltiplas e determinou uma viragem; foi um tempo e um espaço de concentração, em que confluíram tensões e fracturas, até ao estado da saturação e da explosão, inexorabilidade a partir do qual o mundo mudou e Portugal também.

O balanço da Primeira Guerra foi pesado. Intenso e duradouro.

Desde logo para o regime político recentemente implantado.

A República a prazo, soçobraria, tendo os efeitos da guerra tido um peso determinante neste desfecho.

O impacto da guerra e da participação portuguesa foi profundo

e a impotência das soluções conjuntamente encontradas.

Não estranha ninguém, o mal estar social instalado, ou a contestação crescente, e como o clima de instabilidade e violência abriu caminho a sucessivas conjunturas politicas, em particular, a ditadura de Sidónio Pais e, a prazo no esgotamento político liberal da própria república.

A grande guerra, como aconteceu à escala internacional e individualmente em cada país, constituiu um momento de ruptura, de transição para um mundo diferente, ou seja, a passagem para o século XX. No nosso caso, a guerra irrompeu no momento em que superara a transição de regime político que

"O impacto da guerra e da participação portuguesa foi profundo e duradouro. Os seus efeitos actuaram num contexto de elevada crispação política, acentuada e crescente instabilidade e insatisfação social, transpondo os limites da resistência entre a fome e a carestia" fracturas, desencadeou efeitos duradouros que, como não poderia deixar de acontecer, envolveram, marcaram e determinaram muito

"Hoje, os nossos jovens não partem para a guerra, partem para o estrangeiro à procura de trabalho, desistem do seu país porque não vislumbram qualquer futuro. Hoje Portugal não está em guerra está perante uma crise de valores, onde ninguém respeita ninguém"

e duradouro. Os seus efeitos actuaram num contexto de elevada crispação política, acentuada e crescente instabilidade e insatisfação social, transpondo os limites da resistência entre a fome e a carestia.

A guerra, como se repetiria mais tarde, no quadro da Segunda Guerra Mundial, deixava bem à vista a fragilidade da economia nacional, a incapacidade do seu tecido produtivo, a vulnerabilidade crónica da situação financeira

colocara Portugal ao lado da França e da Suíça, como únicas repúblicas no quadro europeu, acabando, é certo, por condicionar o seu percurso. Independentemente disso, o seu impacto foi efectivamente penetrante e brutal, perene na história e na memória do país, contido na história colectiva e dos que a viveram directa ou indirectamente.

Importa, hoje, mais do que nunca, memorá-los.

Engenheiro (*)

Director: José Ismael Mendes Colaboradores:Maria do Rosário Meneses, Delfina Carvalho, Idalina Silva, Domingos Amaro, António José Queiroz, Clínica Medimeã, Albano Teixeira e Vanessa Babo (imagem gráfica).

Jornalista: Bruna Silva Propriedade: Associação Empresarial de Vila Meã Pessoa Colectiva nº: 504 603 949 Urbanização da Cruz - Real 4605-359 Vila Meã Telef. 255 735 050 Fax 255 735 051 E-mail: jornalvilamea@gmail.com Registo no ICS: 123326 . Depósito Legal: 139555/99 Tiragem média: 1.000 ex. Impressão: Gráfica do Norte (Amarante) Preço de capa: 0,60 euros

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Jornal de Vila Meã - junho de 2014

CONCELHO Abertas as candidaturas aos estágios internacionais do Inov Contacto Numa iniciativa apoiada pela União Europeia, Ministério da Economia no âmbito do QREN/ POPH e gerida pela AICEP Portugal Global decorrem, até 24 de agosto, candidaturas a estágios internacionais para jovens quadros, inseridas no Programa Inov Contacto que visa apoiar a formação de jovens com qualificação superior em contexto internacional, permitindo a transmissão de informação entre os participantes

no programa, através de uma rede informal de conhecimento e de uma crescente rede de contactos internacionais: a networkcontacto.

O programa foi reconhecido, em 2007, “best practice” na área do Management Development Programmes e sub-área Graduate Programmes pelos Peritos Nacionais do Grupo de Trabalho “Apoios à Internacionalização das PME’s”.

Foi, ainda, considerado, em 2008, um Case Study pela OCDE com

recomendação de replicação para a Escócia - Welsh Government. A par disso, o Inov Contacto integra uma publicação de boas práticas da Entreprise and Industry DirectorateGeneral, da Comissão Europeia, com o intuito de percecionar como as políticas públicas podem apoiar as Pequenas e Médias Empresas, no seu esforço de crescimento internacional, numa orientação cada vez mais europeia e internacional.

Os jovens com idade até 30

anos, com qualificação superior e que reúnam os requisitos, disponível em: www.portugalglobal.pt/PT/InovContacto podem candidatar-se a estágios remunerados, com uma duração de seis a nove meses, nas áreas de Gestão, Economia, Marketing, Engenharias Civil, Mecânica, Biologia Biotecnologia, Industrial e Tecnologias de Informação, incluindo Matemática Aplicada, Redes e Telecomunicações.

Amarante recebe pela primeira vez a iniciativa Ignite Portugal A Athos (Associação de Trabalho Humanitário e de Organização Social) vai organizar, no dia 5 de julho, pela primeira vez em Amarante, a iniciativa Ignite Portugal com o mote “A Nossa Terra”. A iniciativa vai decorrer no Clube Amarantino (por cima do café bar, no Largo de São Gonçalo) e qualquer pessoa pode dar o seu contributo como orador.

O Ignite Portugal pretende dar

aos amarantinos a oportunidade de dizer o que pensam d’ ”A Nossa Terra” e de mostrar o que de melhor se fez e se faz. O evento decorre entre as 18h30 e as 21h00 e conta com um wine-break, onde os amarantinos das mais diversas áreas vão partilhar as suas histórias, as suas vivências e os seus projetos.

Esta iniciativa vai de encontro ao principal objetivo da Athos – promo-

ver o empreendedorismo social em Amarante. Agitar as mentalidades, abrir horizontes e dar a oportunidade a qualquer pessoa de se fazer ouvir é o que se pretende com o Ignite Portugal.

Ignite Portugal é um ciclo de conferências informais à escala mundial, abertas à participação de todos e que giram em torno de apresentações sobre temas como inovação, criatividade, empreendedorismo ou

tecnologia, em que os apresentadores têm apenas 5 minutos para falar, com 20 slides que rodam automaticamente a cada 15 segundos.

Para ser um dos oradores, basta inscrever-se em igniteportugal.clix. pt e, para assistir, pode comprar bilhete pela Internet em last2ticket. com ou no próprio evento. O preço do bilhete é de 3€ e o valor será doado à Rede Capacitar Tâmega.

Dolmen inaugura o Espaço Douro Jovem amarantina vence prémio & Tâmega em Amarante para melhor artigo científico No próximo dia 3 de Julho será inaugurado o novo espaço da Dolmen, no piso térreo do edifício da Casa da Calçada, o Espaço Douro & Tâmega, constituído de um centro interpretativo e promocional do território do Douro Verde.

O Douro & Tâmega terá ainda uma loja de turismo, para a promoção e venda de produtos locais, promoção do vinho verde, instalações dos serviços técnicos e ainda um centro de informação da Rota do Românico.

Juntando-se às instalações da

sede da Dolmen em Marco de Canaveses, aos serviços técnicos de Baião, e aos Centros de Promoção dos Produtos Locais nestas duas localidades, este espaço em Amarante responderá de forma mais abrangente à diversidade do território contribuindo para a aposta na promoção do território do Douro Verde, dos produtos locais deste espaço territorial, nomeadamente o Vinho Verde, e de informação turística quanto à oferta de alojamento, gastronomia e itinerários no património natural e patrimonial da região.

Com uma investigação sobre algoritmos usados em aplicações de monitorização de actividade física, Joana Silva, de 24 anos, venceu o “Young Scientist Best Paper Award” A investigadora, natural de Amarante, desenvolveu no seu projecto da dissertação de mestrado em Bioengenharia um algoritmo que permite distinguir as actividades de um utilizador, isto é, se ele está parado, a caminhar, a correr, a subir ou descer escadas, através de um sensor de telemóvel.

A trabalhar no centro de investigação Fraunhofer Portugal AICOS, Joana Silva utilizou, inicialmente, “um ‘data set’ público, disponível numa base de dados online, que já continha infor-

mações dos sensores usados em telemóvel”. Posteriormente “desenvolveu técnicas de ‘machine learning’ e algoritmos de classificação que permitem distinguir entre as várias actividades e respectivas transições”.

A jovem recorreu a “smartphones” com sensores como acelerómetros e levou a cabo “vários testes com um grupo de idosos com idades entre os 60 e os 70 anos, conseguindo resultados com uma taxa de precisão na ordem dos 86%”.

O “Young Scientist Best Paper Award” foi entregue na conferência internacional pHealth, que decorreu em Viena de Áustria. A investigadora portuguesa partilhou a distinção com um colombiano, recebendo cada um 350 euros.

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OPINIÃO TOPONÍMIA DE VILA MEÃ Rua António Nobre

de S. Mamede de Recesinhos, concelho de Santa Cruz de Riba-Tâmega).

Extinto este concelho (com sede em Vila Meã), em 24 de Outubro de 1855, essa freguesia passou a pertencer desde então ao concelho de Penafiel.

Após os estudos na sua cidade natal (Colégios Senhor do Bonfim, S. Lázaro, Glória, e Liceu Central do Porto) António Nobre matriculou-se na universidade de Coimbra para cursar Direito. Em termos académicos, porém, dois anos de Coimbra equivaleram a dois anos perdidos. A segunda reprovação obrigou-o mesmo a deixar a Universidade e a rumar até Paris (onde chega a 26 de Outubro de 1890).

Pese embora estas circunstâncias, foi em Coimbra que fez as mais duradouras amizades, alheado das correntes e das escolas literárias, fossem elas parnasianas, simbolistas, nefelibatas ou decadentistas. A poesia (que sempre o interessou mais do que os estudos) era para si, tão-somente, “o coração desfeito em tiras.”

Na capital francesa, inscreveu-se na Faculdade de Direito, na Faculdade de Letras e na Escola Livre de Ciências Políticas. No isolamento do seu quarto, é invadido pela nostalgia do seu

Situada na freguesia de Ataíde, a Rua António Nobre homenageia um grande nome da Literatura Portuguesa com raízes familiares em Vila Meã.

Situada na freguesia de Ataíde, inicia-se na Rua da Igreja, continuando a Avenida Nova até à divisão com S. Mamede de Recesinhos (junto às Alminhas de Pinheiro).

O poeta António Nobre (cujo nome civil era António Pereira Nobre) nasceu no Porto em Agosto de 1867, na Rua de Santa Catarina, n.os 467-469. No dia 7, segundo o registo de baptismo; no dia 16, segundo um apontamento manuscrito do pai. Nessa cidade, concretamente na Foz do Douro, haveria de falecer, vítima de tuberculose, na manhã do dia 18 de Março de 1900, na Estrada de Carreiros, n.º 23 (actual Avenida do Brasil, nº 531). Era filho de José Pereira Nobre (1817-1893), natural da Lixa (freguesia de Borba de Godim, concelho de Felgueiras), e de Ana de Jesus e Sousa (1837-1886), natural do lugar do Seixo (freguesia

SAÚDE ANIMAL

VIAJAR COM OS ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO Com a aproximação das férias, surgem sempre algumas dúvidas sobre o que fazer com os nossos animais de estimação.

Se não tivermos com quem o deixar, podemos perfeitamente levá-lo connosco.

A viagem deve ser bem planeada. Para tal, em primeiro lugar devemos assegurar-nos, cerca de um mês antes, de que as vacinas e a desparasitação estão em dia. Se a viagem for para o estrangeiro, deverá pedir ao seu médico veterinário um atestado de saúde, três a cinco dias antes de atravessar a fronteira. Este atestado faz parte do “Passaporte para Animal de Companhia da União Europeia”, um documento obrigatório para viajar para o estrangeiro.

O meio de transporte mais comum é

o automóvel, pelo que vamos deixar alguns conselhos para que a viagem decorra da melhor forma.Cerca de 10 horas antes da viagem, o cão deve fazer uma refeição leve, devendo viajar em jejum para diminuir o risco de vómito, a não ser que a viagem dure mais de 12 horas. Caso o cão tolere mal viagens de carro, existem medi-

camentos que poderão ser prescritos pelo médico veterinário para evitar o enjoo.

Se for uma viagem longa, recomenda-se fazer várias paragens para permitir ao animal fazer as suas necessidades e beber água.

O cão deve viajar no banco de trás e não no porta-bagagens, pois é um compartimento fechado, mal ventilado e a temperatura, particularmente no Verão, pode atingir valores elevados, prejudiciais à saúde do animal.

Pela mesma razão, deve procurar-se realizar a viagem durante os períodos mais frescos do dia e não se deve deixar o cão dentro do carro enquanto se faz uma paragem. A temperatura do automóvel sobe rapidamente e pode comprometer a ventilação e a saúde do animal, podendo originar uma situação conhecida por golpe de calor, que pode ser fatal caso não seja tratado rapidamente. Atenção: as janelas semi-abertas não permitem arejamento suficiente.

Embora muitos cães gostem de viajar com a cabeça fora da janela, esta situação deve ser evitada, pois existe risco de desenvolver irritações oculares e otites. É também possível viajarmos com o nosso animal de estimação em transportes públicos (autocarro, comboio, avião, barco), de que falaremos numa próxima edição.Para qualquer esclarecimento adicional não hesite em contactar o seu Médico Veterinário.

Domingos Amaro Médico Veterinário Centro Veterinário de Vila Meã

país distante. Em 1892, em carta a um amigo, escreve: “Comecei a amar Portugal depois que o deixei, se é na ausência que se conhece o amor. Perdida a ilusão do estrangeiro, voltei-me para a nossa terra e é lá que moram as minhas predilecções e para lá vão as minhas saudades.” Nesse ano, em Abril, saíra a primeira edição do Só, editado em Paris por Léon Vanier, o célebre editor dos poetas do simbolismo-decadentismo francês.

Em Janeiro de 1895, António Nobre termina a licenciatura em Direito, na Sorbonne, e regressa a Portugal. Em Maio, na capital portuguesa, realiza provas para o concurso ao Ministério dos Negócios Estrangeiros. Permanecerá em Lisboa nos dois meses seguintes, não conseguindo ocupar (devido à doença que lhe minava os pulmões) o lugar de cônsul em Pretória, na África do Sul, ao qual havia concorrido.

Começará então um verdadeiro calvário, com peregrinações e estadias mais ou menos longas em Portugal (Cascais, Belas, Monte Estoril, Ilha da Madeira, Foz do Douro, Leça da Palmeira, Casais Novos, Seixo) e no estrangeiro (Suíça e Estados Unidos da América).

Tal como dois outros grandes poe-

tas, Cesário Verde e Camilo Pessanha, António Nobre é essencialmente autor de um livro, pese embora, após a sua morte, terem sido publicados, por decisão de seu irmão Augusto, mais dois: Despedidas (1895-1899), em 1902, e Primeiros Versos (1882-1889), em 1921.

O Só é uma obra-prima. António Lobo Antunes diz mesmo que “é o grande livro da nossa literatura”. Na sua dispersão forma uma unidade inteligível. É um livro de memórias, premonições e viagens onde paira, constantemente, uma quase tangível obsessão pela morte, que talvez mais não seja que a forma (hipersensível) de o poeta manifestar o seu entranhado amor à vida.

Falecido, como se disse, a 18 de Março de 1900, o seu corpo ficou em câmara ardente na Igreja da Trindade.

No dia seguinte, perante “copiosa assistência”, realizaram-se as cerimónias fúnebres. O desditoso poeta ficou sepultado no cemitério portuense do Prado do Repouso até 4 de Junho de 1946, data em que, por decisão de seu irmão Augusto Nobre, foi trasladado para um simples mas belo jazigo do cemitério que fica junto da Igreja Matriz de Leça da Palmeira.

António José Queiroz

Programa do mês de julho na Biblioteca de Vila Meã

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Jornal de Vila Meã - junho de 2014

ESPAÇO EMPRESARIAL

“Marca Portugal” promovida a nível internacional O Ministério da Economia está a promover a “Marca Portugal” nos eventos internacionais em que têm participado empresas nacionais. Com o objetivo de criar uma identidade caracterizadora do país nos mercados externos espera-se que o uso da logomarca seja facilitadora no processo de cooperação entre as diversas entidades associativas setoriais, pólos de competitividade, clusters e empresas, quando desenvolvem

a promoção externa em conjunto.

Este procedimento vem suprimir uma lacuna no tecido empresarial exportador que carecia de uma marca nacional referenciadora da imagem externa do país. Para isso as empresas nacionais contam com o contributo do governo português, enquanto entidade promotora ativa da imagem e qualidade da produção nacional no exterior, e com a AICEP Portugal Global, enquanto responsável pela promoção,

articulação e acompanhamento da presença das empresas e associações empresariais nos mercados externos.

Correspondendo à versão anteriormente desenvolvida para a vertente exportação, no âmbito do Programa “Portugal Sou Eu”, este processo diferencia-se no sentido em que se pretende valorizar a imagem nacional nos mercados externos ao nível da marca e não de produtos específicos ou empresas.

Apresentação de candidaturas ao SIFIDE II A apresentação de candidatura ao Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação & Desenvolvimento Empresarial (SIFIDE) decorre até 31 de julho. O SIFIDE visa o reforço da competitividade das empresas num mercado onde a concorrência é cada vez mais forte. O Governo português considera que o desenvolvimento de atividades de Investigação & Desenvolvimento (I&D) são essenciais para a diferenciação do produto e para o incremento da produtividade. Neste sentido, foi criado um incentivo fiscal aplicável às ativida-

des de I&D, o qual constitui um contributo importante para as empresas que realizam investimentos desta natureza.

Este programa tem um caráter anual e estará disponível até 31 de julho de 2020. As despesas elegíveis que podem ser alvo de incentivo fiscal dizem respeito ao ano civil anterior e incluem: aquisições de ativos fixos tangíveis; despesas com pessoal diretamente envolvido em tarefas de I&D; despesas com a participação de dirigentes e quadros na gestão de instituições de I&D; despesas de

funcionamento; custos com registo e manutenção de patentes; e, despesas com auditorias à I&D, entre outros.

Dado o grande volume de candidaturas tem-se verificado, de ano para ano, um escrutínio cada vez mais apertado na aceitação das atividades de I&D (que obriga as empresas a uma maior atenção e profissionalização no enquadramento e justificação das suas atividades de I&D).

Todas as informações sobre o SIFIDE estão disponíveis em sifide. adi.pt.

IAPMEI apoia jovens empreendedores O IAPMEI irá apoiar 247 novos empreendedores no desenvolvimento dos seus projetos empresariais, na sequência dos resultados da 8.ª fase do programa Passaporte para o Empreendedorismo.

Os novos apoios, que envolvem 138 projetos de empreendedorismo jovem, foram anunciados no passado dia 20 de junho num Encontro com Jovens Empreendedores, realizado na Faculdade de Economia da Universidade do Porto, numa iniciativa promovida pelo IAPMEI, em parceria com a Universidade do Porto.

Mais de metade dos projetos dos mais variados setores têm origem na região do Norte, cabendo à região Centro cerca de 38% das ideias de negócio aprovadas nesta última fase de candidaturas à medida Passaporte para o Empreendedorismo.

Em termos globais, os últimos resultados fazem ascender a mais de

mil o universo de jovens a beneficiar deste instrumento do IAPMEI, que visa incentivar promotores com formação universitária a desenvolver as suas ideias para projetos empresariais.

Através desta medida, o IAPMEI apoia projetos de empreendedorismo inovador com potencial de crescimento, desenvolvidos por jovens licenciados, com idade até aos 30 anos, ou até aos 34 anos, no caso de possuírem mestrado ou doutoramento.

O objetivo é dar-lhes condições para poderem trabalhar e explorar ideias de negócio que possam transformar-se em projetos empresariais viáveis e ajustados ao mercado.

Os jovens que viram as suas candidaturas aprovadas irão ter acesso durante 4 meses a uma bolsa mensal de 691,70 euros, para os ajudar a fortalecer a sua

ideia de negócio, podendo este apoio ser prolongado por mais oito meses, após uma avaliação intercalar do projeto.

Para além da bolsa, os jovens contam ainda no Passaporte para o Empreendedorismo com o acesso privilegiado a uma rede nacional de mentores, que lhes pode assegurar aconselhamento na fase de desenvolvimento da ideia de negócio, bem como assistência técnica à medida para planeamento do seu projeto empresarial.

Em ano e meio de programa, foram aprovados pelo IAPMEI mais de 600 projetos, envolvendo apoios na ordem dos seis mil milhões de euros.

A medida Passaporte para o Empreendedorismo foi criada no âmbito do Programa Impulso Jovem e tem apoio do FEDER, através do PO Norte, do PO Centro e do PO Alentejo do QREN.

YEU lança curso e-learning sobre empreendorismo Foi desenvolvido um curso e-learning sobre empreendorismo promovido pelo projeto YEU - Youth Enterprise and Unemployment. Produzido com base no YENTELS - Serious Game for Entrepreneurs, este curso tem por objetivo educar, auxiliar e sensibilizar a geração de jovens para a aquisição das competências empresariais necessárias para gerir o seu próprio negócio.

Abordando os temas considerados essenciais para dotar o leitor de aptidões que, de forma autodidata, lhe permitam pesquisar, planear, configurar e gerir o seu negócio, o curso é composto por 9 módulos interativos: criar um negócio; explorar ideias para o teu negócio; planear para o sucesso; questões financeiras; questões legais; o marketing do teu negócio; guia das vendas para principiantes; o cliente é rei; e, desenvolver através do capital humano. Encontrandose traduzidos em 7 línguas diferentes (inclusive português), os conteúdos deste curso são gratuitos e vão agora ser aplicados num jogo, de modo a tornarem-se mais atrativos para o público-alvo.

O jogo vai basear-se no cenário de um jovem que decide criar o seu próprio negócio como DJ. O objetivo do jogo é aplicar de forma divertida os ensinamentos teóricos do curso, num contexto próximo do mundo real, percorrendo os mesmos passos e as mesmas dúvidas de uma pessoa que pretende iniciar um novo negócio a partir do zero. Prevêse que o jogo esteja disponível até ao final do mês de agosto no website do YEU: www.y-e-u.eu.

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junho de 2014 - Jornal de Vila Meã

VILA MEÃ Aspirantes a bombeiros frequentam a escolinha dinamizada pela AHBVVM A criação de uma escolinha de bombeiros tornou-se uma realidade para a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Meã (AHBVVM) após um projeto adiado por 5 anos, que só agora foi possível concretizar.

Albano Teixeira, comandante dos bombeiros, explica que o objetivo principal do projehto é incutir a vontade de ajudar o próximo e iniciar um processo de qualificação moderada�������������������������� , formando de maneira progressiva o essencial para que os alunos se sintam úteis e valorizem a aprendizagem, estando agregado simultaneamente um processo educativo para desenvolvimento na vertente da carreira de bombeiro.

Neste momento, a escolinha tem 28 alunos: os infantes, com idades entre os 8 e os 13 anos, e os cadetes, com idades entre os 16 e os 17 anos, que participam ativamente nas actividades, nomeadamente na aprendizagem das tarefas e missões dos bombeiros e o seu funcionamento. “Assistiram recentemente à realização de um simulacro e estamos agendar para o próximo mês uma visita ao heliporto

de Baltar. Preocupamo-nos também em colocá-los a assistir a algumas ações de formação internas dos bombeiros e iremos tentar que, até ao final do ano, iniciem um processo de

a decorrer uma nova recruta paraestagiários, com idades compreendidas entre os 17 e os 45 anos, com o objetivo de até junho de 2015 estes alunos estarem aptos a serem

de Bombeiros, no nosso quartel.

Esta recruta e a escolinha contabilizam um total de 60 novos elementos candidatos a futuros bombeiros”.

Os interessados poderão con-

conhecimento e utilização dos extintores perante situações de simulação”.

O comandante salienta que está

bombeiros. “ Já frequentaram um curso de socorrismo de 50 horas, administrado pela Escola Nacional

sultar a página de facebook das escolinhas para visualizar as atividades desenvolvidas.

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Jornal de Vila Meã - junho de 2014

ENTREVISTA LINO MACEDO

Presidente da União de Freguesias de Real, Ataíde e Oliveira

“É na resolução de pequenas coisas, mas que para as pessoas representa muito, que nos constituímos como agentes ativos para a melhoria da qualidade de vida das populações” O Jornal de Vila Meã falou com o presidente da União de Freguesias de Real, Ataíde e Oliveira, Lino Macedo, para perceber como tem sido a aceitação das pessoas a esta nova configuração que abrange as três freguesias; as prioridades de intervenção na vila e a dinamização de actividades em parceria com as instituições locais.

Jornal de Vila Meã (JVM) Assistimos nas últimas eleições autárquicas à União de Freguesias de Vila meã que abrange Ataíde, Oliveira e Real. Como tem sido a reação das pessoas?

Lino Macedo (LM) - Como já disse em entrevistas anteriores a outros órgãos de comunicação social, no início verificava-se alguma desconfiança perante a novidade que a agregação das freguesias preconizava.

Contudo, é seguro dize-lo, que hoje os vilameanenses já ultrapassaram

independentemente da sua freguesia de origem. Por outro lado, também podemos afirmar, que a profecia apregoada por algumas pessoas, de que o facto do presidente residir numa freguesia iria prejudicar as outras, já foi completamente ultrapassada, e isso temo-lo comprovado no dia-a-dia.

De realçar ainda o facto, da Assembleia de Freguesia ter aprovado, por unanimidade, sob proposta da Junta, a alteração da designação União de Freguesias de Real Ataíde e Oliveira, para freguesia

configuração, a verdade é que esta junta de freguesia continua a depararse com um problema de dimensão, e com a inerente escassez de meios financeiros, técnicos e humanos. É verdade que existe um orçamento maior, e por esse facto estamos capacitados para fazer face a investimentos que individualmente não nos era permitido. Todavia, importa referir que o orçamento desta nova junta é inferior ao somatório das três juntas, razão pala qual nos defrontamos com constrangimentos

todos esses receios, e tanto assim é que é perfeitamente normal cidadãos de Real dirigirem-se à sede da junta em Ataíde ou Oliveira e vice-versa.

Hoje, os vilameanenses já perceberam que ganharam com esta nova configuração. Desde logo, porque em virtude da maior capacidade financeira, os cidadãos percecionam a ação efetiva da junta um pouco por toda a parte, seja nas limpezas das ruas, nas obras que realizamos, nas respostas sociais que criamos e na presença efetiva do executivo,

de Vila Meã, estando já na Assembleia da República o Projeto de Lei n.º 549/XII/3.ª, proposto por diversos deputados do Partido Socialista, que esperamos ver votado ainda este ano.

Ora, este é um sinal claro da simbiose e do comprometimento de todos os vilameanenses, que se assumem como tal, independentemente do seu local de residência e ideologia partidária.

JVM- Quais as principais vantagens e desvantagens da União de Freguesias para a população?

LM- Não obstante desta nova

ao nível dos recursos humanos.

Neste caso, incumbe aos membros eleitos para o executivo e a uma colaboradora desdobraremse pelas três sedes de junta, garantido, desta forma, que nenhum serviço seja vedado aos cidadãos.

Já sabíamos, de antemão, que esta era a realidade que nos esperaria quando nos candidatamos, mas fazemo-lo com todo o gosto e com sentido de missão.

Com esta União de Freguesias, o principal desafio foi conhecer a

realidade local de todo o território e as suas principais reivindicações, visto que o executivo da freguesia é constituído por apenas três elementos e o território e o número de habitantes aumentou exponencialmente.

Obviamente que o nosso programa eleitoral já preconizava um conjunto de ações e intenções, que pretendemos concretizar. Contudo, é contactando com as pessoas, sendo já eleitos, que nos confrontamos com os reais problemas, que em muitos casos é de fácil resolução e, na medida do possível, tentamos corresponder aos seus anseios. Desenganem-se aqueles que pensam que as juntas de freguesia têm capacidade para realizar obras de grande envergadura: É na resolução de pequenas coisas, mas que para as pessoas representa muito, que nos constituímos como agentes ativos para a melhoria da qualidade de vida das populações.

JVM- Como descreve a relação com a Câmara na resolução e celeridade dos projetos da Junta?

LM- A relação da Junta de Freguesia com a Câmara Municipal tem sido, até ao momento, uma relação cordial e cooperante. O Sr. Presidente da Câmara conhece as nossas reivindicações e esperamos que as mesmas possam ser concretizadas o mais breve possível.

JVMComo classifica atualmente Vila Meã em termos de acessibilidades, transito e estacionamento?

LM- Em termos de acessibilidades rodoviárias considero que Vila Meã está bem servida, pois localiza-se numa zona estratégica de acesso à N15, N211, A4 e A11. Contudo, considero que o maior problema rodoviário prende-se com a ligação de Vila Meã à sede do concelho – Amarante.

Espero ainda, que com a ligação da variante dos bombeiros à autoestrada, se resolva grande parte das acessibilidades dentro da vila e ajude a resolver o problema de estacionamento junto ao Externato e na Avenida Nova em Ataíde.

Relativamente às acessibilidades

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junho de 2014 - Jornal de Vila Meã

ENTREVISTA ferroviárias, é nossa esperança que a já tão propalada eletrificação da linha do Douro se concretize e permita que a estação de Vila Meã se constitua como uma estação central para a região.

JVM- Há algum projeto pensado para apoio da atividade económica desenvolvida pelas empresas e para a atracão de novos empresários?

LM- Em primeiro lugar convém esclarecer quais são as atribuições e competências das autarquias locais nesta matéria. As autarquias não se substituem às empresas nem à iniciativa privada. Incumbe, isso sim, às Câmaras Municipais e às Juntas de Freguesia desenvolver e fomentar políticas que facilitem a dinâmica económica, a instalação de empresas, a celeridade de processos, etc.

Poderemos ter ótimos recursos para a instalação de empresas, mas se não houver empresários nem iniciativa privada as mesmas não servirão para nada.

Todavia, e dentro daquilo que são as nossas competências, temos já colaborado e estamos empenhados em nos constituirmos como parceiros, com todos aqueles que recorrem aos nossos serviços, quer ao nível das acessibilidades, limpeza dos espaços envolventes das principais zonas comerciais, animação e promoção do comércio local, desburocratização dos processos, etc. Esta nossa perceção da dinâmica económica de Vila Meã deverá ser discutida com todos os intervenientes locais, nomeadamente com a Associação Empresarial de Vila Meã, por forma a encontrarmos as melhores soluções para os problemas e definirmos claramente qual o papel ativo de cada um.

JVM- Quais são as prioridades de intervenção no que toca a infraestruturas e arruamentos?

LM- A este nível, convém distinguir os tipos de prioridades e os agentes responsáveis. Em primeiro lugar, todas as políticas e todos os investimentos devem ter o foco sempre centrado na melhoria da qualidade de vidas das pessoas.

Posto isto, e porque a freguesia são essencialmente as pessoas, a maior necessidade que constatamos é a falta de emprego e a necessidade urgente de intervenção social aos mais diversos níveis: habitação, alimentação, educação, etc.

Numa pirâmide de necessidades, estas estão, com certeza, na base.

Ao nível dos investimentos onde as autarquias, nomeadamente a Câmara e a Junta podem intervir diretamente, destaco o Centro Escolar de Vila Meã, visto que as atuais escolas de Ataíde, Real e Oliveira já não correspondem às exigências educacionais dos dias de hoje. Queremos

que as nossas crianças tenham acesso a equipamentos educativos ao nível daqueles que já existem no concelho de Amarante, com biblioteca, refeitório, recintos desportivos, salas de aula por anos de escolaridade, espaços polivalentes, etc.

Destaco a necessidade de construção de um recinto para a feira de Vila Meã, visto que a atual localização, além de não estar preparada para o efeito, representa um perigo eminente aos alunos do Externato de Vila Meã, em caso de catástrofes.

Destaco ainda a necessidade de uma ligação melhorada entre o Lugar do Arrabalde em Oliveira ao Largo da Feira em Ataíde e a ligação da avenida dos bombeiros à autoestrada.

Identifico também como necessidades da freguesia a construção de um pavilhão desportivo coberto e a pavimentação e construção de passeios de várias ruas, como por exemplo a Rua da Ramalhada e a Rua Nova de Balanceiros.

JVM- A Junta tem cultivado relações de cooperação e parceria com organizações e instituições locais?

LM- Até ao momento, penso que o nosso maior feito em termos de exercício autárquico tem sido a relação de parceria e de cooperação com as várias associações locais.

Desde logo, temos apoiado a dinâmica associativa através de subsídios às mais diversas entidades, mas acima de tudo porque temos envolvido as associações em algumas iniciativas da junta e temonos envolvido nas iniciativas das associações. É assim que tem de ser!

A este propósito, destaco com particular agrado, a participação da junta nas Marchas populares, em que pela primeira vez, em mais de 30 anos, conseguimos envolver os dois ranchos folclóricos de Vila Meã, além do Grupo de Cavaquinhos.

Destaco ainda o apoio logístico à Associação Columbófila de Vila Meã e as obras de acesso à Conferência de S. Vicente de Paulo e à Associação do Divino Salvador de Real.

Convém ainda realçar a parceria com a Associação de Pais de Real, na realização da Colónia de férias, que está neste momento a decorrer e a cedência, a título gratuito, do bar do Parque de Lazer do Odres, ao Grupo de Cantares e Danças de Santa Cruz de Riba Tâmega e a cedência das instalações ao Grupo dos Antigos Combatentes do Ultramar.

JVM- Que eventos culturais e recreativos estão planeados para os próximos meses?

LM- Como já disse em entrevistas anteriores e está consagrado no nosso programa eleitoral, é nosso propósito que o orçamento de 2015 seja o

primeiro orçamento participativo para políticas culturais e de juventude. Pretende-se que sejam os jovens a escolher o que querem e que se envolvam diretamente na dinamização dos eventos.

Contudo, colaboramos já na 1ª edição de Passeio de BTT dos Bombeiros Voluntários de Vila Meã, estamos já envolvidos na co-organização de um concurso de bandas de garagem, que decorrerá entre 12 de Julho a 16 de Agosto, em que as duas primeiras eliminatórias realizar-seão na antiga discoteca New York e a final no Parque de Lazer do Odres.

Aquando da comemoração do aniversário da elevação de Vila Meã a vila, em Dezembro próximo, além da comemoração oficial, é nossa intenção organizar uma prova de atletismo noturna, em colaboração com uma associação de atletismo de Amarante, que percorra todas as artérias da vila.

JVM- Em Vila Meã há muitos emigrantes que regressam no Verão. Há alguma iniciativa programada para eles?

LM- Como sabe, no mês de Agosto já se realizam muitas festas populares.

A nossa ação, nesta matéria concreta, situa-se no apoio aos organizadores dessas festas, quer através de apoio financeiro, quer através de apoio logístico. Todavia, temos conhecimento que se irá realizar um festival folclórico no Parque de Lazer do Odres, em homenagem aos nossos emigrantes, contando obviamente com o apoio da junta.

JVM- Na anterior edição, o presidente da CM Amarante referiu que estão a trabalhar no Sistema Viário Central de Vila Meã que permitirá a ligação da via próxima do BVVM à rotunda do Seixo. Quando será efetuada essa ligação?

LM- Em primeiro lugar deixe-me referir que considero absolutamente necessária essa ligação e já comunicamos oficialmente ao Sr. Presidente da Câmara esta nossa reivindicação. Todavia, sugiro que essa pergunta seja dirigida à Câmara Municipal, que é a responsável pela obra, sendo certo que o Sr. Presidente da Câmara nos comunicou que está

determinado em avançar com a empreitada, tendo já reunido com alguns dos proprietários dos terrenos.

JVM- Para a segurança da população não será fundamental rever melhorias ao nível das passadeiras, nomeadamente em frente ao Colégio de Vila Meã, junto à farmácia de Vila Meã e à rotunda do Seixo. Outro local de grande preocupação é o telheiro que está a cair perto da farmácia. Não haverá forma de obrigar os proprietários resolverem a situação?

LM- Como certamente saberá, as competências ao nível do trânsito são da Câmara municipal. Nestas matérias, às Juntas de Freguesias compete-lhes alertar para os problemas com que se depara.

Contudo, saliento o facto de no início de Fevereiro deste ano, a convite da Junta de Freguesia, o executivo municipal realizou uma visita a Vila Meã, onde se discutiu a sinalização horizontal da zona envolvente ao Externato, nomeadamente ao nível da organização dos estacionamentos, tendo ficado acordado que a Câmara Municipal iria reordenar aquela zona, pelo que esperamos que essa intervenção se concretize o mais rapidamente possível.

A Câmara Municipal também já é conhecedora do problema do telheiro da antiga farmácia, e tanto quanto me é dado a conhecer, já oficiou aos proprietários a obrigatoriedade de resolução desse problemas, estando neste momento a decorrer os respetivos procedimentos legais.

Estes casos são de difícil resolução, visto que os imperativos legais nestas situações por vezes arrastam-se demasiado tempo nas teias jurídicas e nos tribunais, sem que os poderes públicos possam fazer alguma coisa.

JVM- Há algum local que mereça acrescida preocupação numa altura em que os fogos florestais começam a ameaçar?

LM- O principal local potencialmente ameaçado pelos fogos florestais é a zona dos montes em frente ao Estádio Municipal. Contudo, estou seguro de que os Bombeiros Voluntários de Vila Meã, saberão, como sempre, dar a resposta adequada nestas situações.

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Jornal de Vila Meã - junho de 2014

OPINIÃO

Cancro Oral: como prevenir e como ter acesso ao seu rastreio O cancro oral, que afeta qualquer localização da cavidade oral (dos lábios à garganta), é o sexto mais comum do mundo e bastante agressivo quando detetado tardiamente. A chave para um bom prognóstico, e para a redução da taxa de mortalidade assim como da morbilidade associada ao tratamento do cancro oral, é o diagnóstico precoce e tratamento atempado. É o diagnóstico precoce que permite um tratamento com resultados estéticos e funcionais compatíveis com uma boa qualidade de vida.

O cancro da cavidade oral e da orofaringe representa cerca de 2-3 % de todos os cancros. Este ano cerca de 300 000 habitantes de todo o mundo desenvolverão cancro oral e metade destes morrerão devido à doença num período de 5 anos.

O cancro oral é mais frequente em homens após os 40 anos de idade, fumadores e consumidores imoderados de álcool. Sabe-se que o risco de cancro oral é 5 a 9 vezes maior em fumadores do que não fumadores, e que a percentagem de doentes com cancro oral que fuma (cerca de 75 %) é 2 a 3 vezes maior do que a da população geral. O consumo moderado/elevado de álcool aumenta entre 3 a 9 vezes o risco de desenvolvimento de cancro oral.

O consumo de álcool e tabaco em conjunto têm efeito sinérgico sobre o risco de desenvolvimento de cancro oral. Em Portugal é responsável por 4 % das mortes nos homens, sendo nestes a 5ª causa de morte por doença oncológica. Tem-se no

entanto verificado um aumento do número de casos em jovens adultos e mulheres, sugerindo-se uma forte associação com a infeção pelo vírus do papiloma humano (HPV), especialmente os tipos 16 e 18. A exposição solar é também um forte fator de risco do cancro do lábio.

O tratamento é normalmente com cirurgia e radioterapia, isoladas ou combinadas. É importante que se realize o

ço); pode também solicitar-se exames complementares de diagnóstico nomeadamente radiográficos.

O Projeto de Intervenção Precoce no Cancro Oral constitui um importante passo na luta contra o diagnóstico tardio de cancro oral.

Integra médicos de família, médicos dentistas, médicos estomatologistas, médicos hospitalares, IPO e o IPATIMUP, um laboratório de referência. Os utentes, quando dete-

rastreio regular de lesões malignas e potencialmente malignas, pelos profissionais de saúde oral, para que precocemente sejam detetadas e tratadas. Numa consulta de rastreio é feito um exame visual e palpação das estruturas orais (lábios, língua, gengivas, palato, bochechas, pavimento da boca) e das ������������ estruturas anexas à cavidade oral (glândulas salivares, gânglios do pesco-

tam alguma alteração oral suspeita, feridas que não cicatrizam ao fim de 2 semanas, dor ou desconforto, poderão solicitar junto dos respetivos médicos de família a emissão de um cheque-dentista, que poderá ser utilizado em clínica dentária aderente ao Projeto; nos centros de saúde poderão também informar-se sobre a listagem de médicos dentistas aderentes ao Projeto. Com esse

Incêndios Florestais

Os incêndios florestais são uma das principaiscatástrofesnaturaisemPortugal, sendo as suas principais causas o descuido humano e comportamento negligente.

A Portaria n.º 110/2014. D.R. n.º 98, Série I de 2014-05-22 estabeleceu como fase crítica dos incêndios florestais o período entre 1 de Julho a 30 de Setembro. Durante esta época vigoram medidas e a���������� ções������ especiais de prevenção contra incêndios

nos espaços florestais e agrícolas.

Para combater os incêndios florestais e garantir a segurança da população os Bombeiros Voluntários de Vila Meã dispõem de duas equipas permanentes para primeiras ações de intervenção. Estas estão preparadas para atuar em conjunto e de forma articulada com o objectivo de minimizar os danos decorrentes dos incêndios.

Durante estes meses a sociedade civil

tem um dever reforçado de apoiar as corporações de bombeiros facultando, para o efeito, informações sobre: a deflagração de incêndios e a existência de indivíduos de mobilidade reduzida que tenham dificuldades de reagir a situações de perigo. É importante salientar que ������� as pessoas nunca deverão actuar por iniciativa própria e isolada, uma vez que essa atitude pode ser perigosa e colocar em risco as suas vidas.

cheque terão direito a uma consulta de rastreio, podendo posteriormente o médico dentista solicitar a emissão de cheque para realização de biópsia, caso se justifique. Se o resultado da biópsia indicar a presença de cancro então o paciente será referenciado para o IPO de imediato de modo a ter consulta logo após alguns dias. Assim se pretende acelerar o processo de diagnóstico de lesões malignas e o pronto tratamento destes pacientes.

Espera-se que este Projeto permita a redução drástica da mortalidade devida a cancro oral em Portugal durante os próximos anos.

Logicamente que a prevenção do cancro oral passará pelo controlo de fatores de risco, principalmente no que se refere ao consumo de qualquer forma de tabaco e ao uso imoderado de álcool. A exposição exagerada e desprotegida ao sol também deve ser evitada, assim como deverão ser tomadas medidas de proteção durante relações sexuais com parceiros não habituais. Uma alimentação saudável com forte presença de frutas e legumes, ricos em antioxidantes, constitui também um forte fator preventivo do cancro oral.

Cuide de si, pela sua qualidade de vida!

Vanessa Vieira Médica Dentista

No caso de dúvidas deve contactar os Serviços Municipais de Proteção Civil, o Gabinete Técnico Florestal da Câmara Municipal de Amarante ou os Bombeiros Voluntários de Vila Meã.

A prevenção aos incêndios florestais é um dever dos cidadãos. Portugal sem fogos, depende de todos nós.

Albano Teixeira.

Eng. Proteção Civil

Comandante dos Bombeiros de Vila Meã.

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junho de 2014 - Jornal de Vila Meã

ATUALIDADE

CETS promoveu debate sobre Cooperação Empresarial com Angola

O Conselho Empresarial do Tâmega e Sousa (CETS) organizou, no passado dia 27 de Junho, um Jantar-Conferência sobre Cooperação Empresarial com Angola, direcionado aos empresários do Tâmega e Sousa, em Marco de Canaveses.

Em debate estiveram temas como o empreendedorismo em Angola, as dificuldades e os desafios que o empresário encontra no país e, a apresentação de casos concretos de sucesso, como a Universidade Metodista de Angola e o Grupo MCoutinho.

De acordo com o presidente da Associação de Empreendedores de Angola, Jorge Baptista, o país africano “continua a ser um mercado atraente e

generoso para os investimentos portugueses. Porém, é fulcral estudar e analisar as condições que assegurem uma atuação segura e de sucesso em Angola”.

Já o presidente do CETS, Luís Miguel Ribeiro, destacou que “é necessário desenvolver um esforço contínuo que promova a aproximação dos empresários a fontes credíveis, conhecedoras da realidade angolana, de forma a contribuir para o incremento de maior informação e desmistificação de ideias, tão necessário para evitar riscos de negócio”.

O final do evento ficou marcado pela homenagem a Manuel Moreira, presidente da Câmara Municipal do Marco de Canaveses. Um tributo do Conselho

Empresarial “pelo seu importante e ativo papel em prol da cidade, região, país, e

sobretudo, pelo seu apoio incondicional à constituição e atividade do CETS”.

Farmácia Prestígio dinamizou caminhada para os utentes No passado dia 10 de Junho a farmácia Prestígio organizou uma caminhada designada “Caminhar por Portugal”, à semelhança da que tinha acontecido em Novembro de 2013, no segundo aniversário da farmácia.

“Os colaboradores da farmácia mostraram interesse em repetir a iniciativa e como teria de ser um domingo ou feriado acharam pertinente relacionar o evento cm o início do mundial, daí ter sido no Dia de Portugal”, explicou Mariana Silveira.

O objectivo da actividade foi divulgar a farmácia, mas acima de tudo educar a população para a prática de exercício físico, combatendo o sedentarismo e a obesidade e por conseguinte

muitas outras doenças que daí advêm.

Os 80 participantes, identificados com t-shirts, fizeram um percurso de 7 Km entre as freguesias de Freixo de Cima e Freixo de Baixo, com destino ao parque de merendas de Freixo de Baixo, onde foi oferecido um lanche. “O carro da farmácia serviu de apoio a duas pessoas que se sentiram mais fatigadas durante o caminho.”

A técnica da farmácia disse que a iniciativa foi uma vez mais acarinhada por muitos utentes e que contou com a colaboração da Junta de Freguesia.

“Este tipo de iniciativas proporciona-nos um contacto mais próximo com as pessoas, em que por momentos a relação utente/profissional de farmácia esvai-se e estamos todos do mesmo

lado. As tristezas, as doenças, enfim, as partes negativas da vida, são por algumas horas esquecidas perante um

convívio tão salutar onde mesmo sem medicamentos à mistura flui a alegria e o bem-estar das pessoas”, concluiu.

1º Passeio BTT dos Bombeiros Voluntários de Vila Meã A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Meã, em conjunto com a Associação Movingland, promoveu no passado dia 22 de junho, em Vila Meã, o 1º Passeio BTT que contou com a participação de 100 ciclistas. “A prova que estava dividida em duas partes: 45 km para os mais peritos e 25 km para os mais amadores decorreu sem incidentes, disse a direção AHBV Vila Meã ao JVM. Os objetivos do evento passaram

pela angariação de fundos para a corporação de Bombeiros Vilameanense, proporcionar um dia de convívio a todos os participantes e dar a conhecer as paisagens e alguns dos trilhos para a prática de BTT existentes na zona. Paralelamente à prova, 35 pessoas participaram na aula de zumba que decorreu no quartel.

O evento terminou com um almoço convívio para os participantes e organizadores, com porco no espeto e feijoada.

A organização dará continuidade ao evento em 2015 “mantendo a aposta na qualidade da prova organizada pelos parceiros e contribuindo para o desenvolvimento e promoção do Ciclismo e BTT”. “Certo que uma prova desta dimensão exige uma boa organização, estamos cientes que há erros a corrigir, certamente o II Passeio irá correr melhor”.

O evento contou com o apoio do Município de Amarante, da União de Freguesias de Real, Ataíde e

Encontro de antigos alunos do Externato de Vila Meã As turmas de 1964/1972 do Externato de Vila Meã reuniram-se a 31 de maio, tendo passado 18 anos do primeiro encontro desde a fundação do externato.

Zeferino Queirós, mentor do acontecimento, disse que a comemoração dos 50 anos do Externato foi o mote para que promovesse um novo encontro após alguma insistência de colegas que também cola-

boraram na organização do mesmo.

Os antigos alunos assistiram à celebração de uma missa, na Igreja de Ataíde, em honra de colegas falecidos, realizada pelo p���� ároco Avelino.������������������� O encontro prosseguiu com uma visita ao externato, seguido de um almoço convívio na Quinta de Gatão, em S. Martinho de Recezinhos, que se prolongou até ao final da tarde.

Oliveira, do Instituto Português do Desporto e Juventude, da Associação de Cicloturismo do Porto e da Federação Nacional de Cicloturismo.

Os Bombeiros Voluntários de Vila Meã, continuam em “movimento” com o objetivo de dinamizar atividades lúdicas/culturais para animar a comunidade vilameanense/amarantina.

A próxima iniciativa será o II Passeio de Motorizadas e Motos que decorrerá no próximo dia 12 de Julho.

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Jornal de Vila Meã - junho de 2014

AEVM Cedência de espaços para empresas Gala da Cruz dinamiza tecido Necessita de espaços para a Serviços de Assessoria de Comunicação: empresarial da região realização de reuniões, eventos - assessoria de imprensa ou formação?

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A 3ª edição Gala da Cruz organizada pela Associação Empresarial de Vila Meã (AEVM) irá realizar-se no dia 21 de Novembro, no Hotel Quinta da Cruz, à semelhança do ano anterior.

O evento de cariz empresarial tem como principal objetivo distinguir empresários empreendedores, figuras de referência, responsáveis pelo dinamismo e sucesso da região e das suas coletividades. Em simultâneo também pretende impulsionar empresários revelação, que demonstraram coragem ao empreender em tempos difíceis, e incentivar as coletividades existentes para continuar a responder às necessidades da região e das suas gentes.

Na Gala da Cruz serão atribuídos prémios que prestigiam não só empresas como também coletividades da região, nomeadamente: Prémio Empresa Prestígio Regional de Amarante - 2013 Prémio Empresa Revelação de Amarante - 2013 Prémio Empregado do Ano de Amarante - 2013 Prémio Coletividade de Amarante 2013

Nesta edição será premiado, pela primeira vez, o empregado que, no conjunto das empresas nomeadas, mais se destacar pelo empenho e dedicação ao seu trabalho e à sua empresa.

A AEVM irá homenagear, ainda, uma personalidade notável do panorama empresarial do concelho de Amarante.

Para além dos prémios de carácter simbólico, a entidade promotora premiará os vencedores com a realização de um vídeo promocional da empresa/coletividade e dos seus serviços.

Na cerimónia haverá também lugar para a atribuição de menções honrosas aos restantes nomeados para os prémios em questão.

Gala da Cruz 2013

A 2ª edição da Gala da Cruz contou com a presença de cerca de duas centenas de pessoas entre as quais de destacaram os órgãos autárquicos do concelho, empresas, coletividades e grupos de formação.

Os Vencedores do Prémio Coletividade Amarante 2012 foram: 1º- Associação Humanitária de Santiago 2º- CLAP- Centro Local de Animação e Promoção Rural 3º - CSIF - Comissão Social InterFreguesias “Portas do Concelho” Vencedores do Prémio Empresa Revelação Amarante 2012: 1º- Farmácia Prestígio 2º- Ângela Rocha Cosméticos 3º- Ferteimetal Vencedores do Prémio Empresa Prestígio Regional Amarante 2012: 1º- Albino Monteiro Magalhães, Lda. 2º- Rick & Mark - A Mobiladora de Padronelo, Lda. 3º- Fernando Magalhães da Silva, Lda. - Materiais de Construção A figura homenageada foi Albino Monteiro Magalhães, uma personalidade de referência no desenvolvimento da região e um dos membros fundadores da AEVM.

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