Paróquia São João Evangelista

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PARÓQUIA SÃO JOÃO EVANGELISTA 70 ANOS - 1941-2011


JOAQUIM GONÇALVES DOS SANTOS JOSÉ RICARDO PETRY

PARÓQUIA SÃO JOÃO EVANGELISTA 70 ANOS 1941 – 2011

BIGUAÇU – SC 2011


2011, Joaquim Gonçalves dos Santos e José Ricardo Petry

Todos os direitos reservados Capa: Igreja Matriz de Biguaçu

Realização: os Autores Apoio: Academia de Letras de Biguaçu Presidente: Dr. Adauto Beckhäuser Prefeitura Municipal de Biguaçu Prefeito Sr. José Castelo Deschamps Câmara de Vereadores de Biguaçu Presidente Sr. Luiz Roberto Feubak

Santos, Joaquim Gonçalves dos e Petry, José Ricardo   Paróquia São João Evangelista de Biguaçu 70 anos – 1941-2011. Blumenau: Nova Letra.   152 Páginas   ISBN nº 978-85-7682-657-6   1 – Paróquia. 2 – São João Evangelista. 3 – História. 4 – Título: Paróquia São João Evangelista de Biguaçu – 70 anos – 1941-2011 Biguaçu – Santa Catarina – Brasil 2011

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PARÓQUIA SÃO JOÃO EVANGELISTA - BIGUAÇU Criada em 21 de dezembro de 1941 Igreja Matriz: Rua Rio Branco, 54 Centro – Biguaçu – SC CEP 88160-000 Fone: (48) 3243-3130 Site: www.psje.org.br

Arquidiocese de Florianópolis Arcebispo Metropolitano: Dom Wilson Tadeu Jönch Pároco: Pe. José Luiz de Sousa Vigários Paroquiais: Pe. João Elias Antero Pe. Joselito Schmitt Pe. Valdir Staehelin Secretário: Jarbas João Crescêncio Amanda Martins da Silva Diáconos Permanentes: Ademiro Antônio Kretzer Aldo Olívio Martins Manoel Virgílio de Andrade Nilson D´Agostin


NOSSO PAPA

Sua Santidade o Papa Bento XVI Nascimento: 16 de abril de 1927, na Alemanha Ordenação: 29 de junho de 1951 Eleito Papa: 19 de abril de 2005 Posse: 24 de abril de 2005

NOSSO ARCEBISPO METROPOLITANO

Dom Wilson Tadeu Jönch, scj Nascimento: 10 de julho de 1951, em Vidal Ramos, SC Ordenação: 17 de dezembro de 1977 Nomeação: 28 de setembro de 2011 Posse: 15 de novembro de 2011

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AGRADECIMENTOS

A Santíssima Trindade, pelo dom da vida. A Nossa Senhora, nossa madrinha. A São João Evangelista, nosso padroeiro. Ao Pároco Pe. José Luiz de Sousa. Aos Vigários Paroquiais: Pe. João Elias Antero, Pe. Joselito Schmitt, e Pe. Valdir Staehelin. Ao Secretário da Paróquia, Jarbas João Crescêncio. A Maria Fermina de Cunha. Aos Membros do Conselho Paroquial Comunitário (CPC), de todas as capelas. Aos funcionários do Arquivo Histórico da Arquidiocese de Florianópolis. Ao Adauto Beckhäuser. Ao Mário César de Souza. Arquidiocese de Florianópolis. A Ana Lúcia Coutinho. A Catarina Maria Rüdiger. Ao Orival Prazeres. Ao José Braz da Silveira. Ao Salvador de Campos. A Lenice Silva de Souza do Nascimento. A Fernanda Carla Kair A Maria Natália da Silva. A Alzira Maria Silva dos Santos. A Cesar Augusto Petry da Luz Aos nossos familiares e amigos que nos deram carinho e apoio. A Academia de Letras de Biguaçu. A Prefeitura Municipal de Biguaçu. A Câmara de Vereadores de Biguaçu

Os autores

AGRADECIMENTOS


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SUMÁRIO

Agradecimentos...........................................................................   7 Sumário........................................................................................   9 Prefácio........................................................................................  11 Apresentação................................................................................  13 Evangelho Segundo São João......................................................  15 Mensagem aos paroquianos.........................................................  17 Capítulo I – São Miguel da Terra Firme......................................  19 Capítulo II – Paróquia São João Evangelista . ............................  24 Capítulo III – Párocos .................................................................  47 Capítulo IV – Vigários Paroquiais...............................................  57 Capítulo V – Diáconos Permanentes...........................................  61 Capítulo VI – Padres Naturais de Biguaçu..................................  63 Capítulo VII – Ministros Extraordinários....................................  67 Capítulo VIII – Capelas...............................................................  69 Capítulo IX – Grutas....................................................................109 Conclusões...................................................................................115 Fontes...........................................................................................116 Anexos.........................................................................................117 O Autor........................................................................................149 O Coautor.....................................................................................151

SUMÁRIO


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PREFÁCIO

PARÓQUIA SÃO JOÃO EVANGELISTA – 70 ANOS Ao celebrar 70 anos da criação da Paróquia São João Evangelista – Biguaçu (1941-2011) que é formada por 27 comunidades, temos a grata satisfação de apresentar esse importante trabalho que foi fruto da iniciativa e dedicação do Sr. Joaquim Gonçalves dos Santos e colaboração do Sr. José Ricardo Petry. O que aqui veremos, é resultado de muitas pesquisas, entrevistas, conversas com amigos e conhecidos, visitas as comunidades, etc. A presente obra procura abordar a vida pastoral de nossas comunidades, suas lideranças, os párocos e vigários, que por aqui passaram, entre outros. Um trabalho simples, mas que foi feito com muita dedicação, alegria e amor. São, portanto, 70 anos de muito trabalho, sofrimentos e alegrias, onde muitas pessoas se doaram, se esforçaram para que o Evangelho de Jesus Cristo fosse a todos anunciado. Pedimos ao nosso Santo Padroeiro, São João Evangelista que continue abençoando a todos e a todas, para que nossa Paróquia continue dando muitos frutos para o Reino de Deus. Amém. Pe. José Luiz de Sousa PÁROCO

PREFÁCIO  11


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APRESENTAÇÃO

N

a data de 21 de dezembro de 2011, comemoramos os 70 anos de criação da Paróquia São João Evangelista de Bi-

guaçu. Com a finalidade de prestar uma merecida homenagem a nossa paróquia, elaboramos o presente trabalho de modo simples e objetivo. O Capítulo I, faz um breve resgate da Vila de São Miguel da Terra Firme, onde focalizamos alguns fatos históricos que julgamos importantes. O Capítulo II, trata do nascimento da Paróquia São João Evangelista, destacando-se os fatos que merecem registros. O Capítulo III, refere-se aos párocos que trabalharam em Biguaçu no período de 1941-2011. Trata-se dos resultados das pesquisas que realizamos, cujo relato é de forma resumida. O Capítulo IV, registramos os nomes dos vigários paroquiais que também foram importantes no desenvolvimento da paróquia. O Capítulo V, relacionamos os diáconos permanentes da paróquia, e alguns dados que julgamos necessários. O Capítulo VI, mencionamos os padres que nasceram em Biguaçu, fazendo também algumas observações. O Capítulo VII, informamos o trabalho desempenhado pelos ministros extraordinários da Sagrada Comunhão. O Capítulo VIII, registramos os dados históricos das capelas da paróquia, sendo que alguns estão incompletos devido a falta de registros competentes nas referidas comunidades, onde utilizamos a história oral. APRESENTAÇÃO 13


O Capítulo IX, mencionamos de modo breve, a existência de grutas devocionais no território da paróquia. Quanto as conclusões, as fontes pesquisadas, os anexos, os dados dos autores, estão citados no final do presente trabalho. Os Autores

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EVANGELHO SEGUNDO SÃO JOÃO

“J

unto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava disse à sua mãe: Senhora, eis aí teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desta hora em diante o discípulo a levou para sua casa”. (Jo, 19, 25-27)

EVANGELHO SEGUNDO SÃO JOÃO 15


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MENSAGEM AOS PAROQUIANOS

“Q

ue vossa caridade não seja fingida. Aborrecei o mal, apegai-vos solidamente ao bem. Amai-vos uns aos outros com amor terno e fraternal. Preveni-vos uns aos outros. Não relaxeis o vosso zêlo. Sêde fervorosos em espírito. Servi ao Senhor. Sêde alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração. Socorrei as necessidade dos fiéis. Exercei a hospitalidade”. (Rom 12,9-13)

MENSAGEM AOS PAROQUIANOS  17


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CAPÍTULO I SÃO MIGUEL DA TERRA FIRME

“D

o Senhor é a terra e tudo que ela encerra”. (I Cor, 10, 26)

Julgamos necessário o resgate histórico da Vila de São Miguel, antes de efetuarmos os registros da Paróquia São João Evangelista de Biguaçu, que na data de 21 de dezembro de 2011, completou e festejou os 70 anos de sua criação e da trajetória histórica religiosa. CAPÍTULO I

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O nome “São Miguel da Terra Firme”, começou a ser mencionado em documentos desde quando ocorreu a ocupação das terras que foram doadas aos primeiros casais açorianos vindos do Arquipélago dos Açores e da Ilha da Madeira. As providências para a fixação dos casais foram tomadas pelo Coronel Manoel Escudeiro Ferreira de Sousa, Governador da Capitania da Santa Catarina, no período de 2 de fevereiro de 1749, até 25 de outubro de 1753. Segundo o historiador Cabral, “a póvoa de São Miguel foi fundada e recebeu os primeiros casais açorianos no governo do Coronel Manoel Escudeiro Ferreira de Sousa”. (CABRAL, Oswaldo R. História de Santa Catarina. Florianópolis, PND/SEC, 1968, p. 65). Salientamos que o historiador não citou a data da ocupação das terras distribuídas e nem o número de casais, talvez motivado pela falta de provas documentais. Provavelmente, poderia ter ocorrido no ano de 1750, face a inauguração da igreja de São Miguel no dia 23 de janeiro 1751. Sendo assim, a construção da igreja pode ter sido iniciada em 1750 com o trabalho dos açorianos ali estabelecidos, e sob a invocação de São Miguel Arcanjo. O historiador Piazza, registra uma informação relacionada com a igreja de que “a freguesia de S. Miguel tem somente uma pequena barraca de palha, em que se oficia e fazem as funções dela”. (PIAZZA, Walter F. Santa Catarina : Sua História. Florianópolis, Ed. Lunardelli, 1988, p. 375). Com o passar dos anos, a igreja de São Miguel, com estrutura de madeira e barro, foi recebendo reformas. Na administração do Governador da Capitania de Santa Catarina, Coronel Joaquim Xavier Curado, que governou no período de 3 de junho de 1805 até 14 de agosto de 1817, mandou reedificar as igrejas de Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão, e de São Miguel da Terra Firme, ganhando naquela época mais espaço físico e fortes estruturas. No início do século XX, a igreja de São Miguel, recebeu significativa reforma em suas estruturas. Na segunda metade do século XX, a igreja, devido a infiltração das chuvas, suas paredes e o teto apresentavam sinais eminentes de desabamento. 20

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Vendo a situação dramática das estruturas da igreja e atendendo pedidos das lideranças biguaçuenses, o Governador do Estado, Dr. Antônio Carlos Konder Reis, autorizou a restauração completa daquele patrimônio histórico, inclusive do casarão colonial.

Museu Etnográfico Casa dos Açores

Neste momento vamos retomar os primeiros passos da paróquia de São Miguel Arcanjo. A vila de São Miguel da Terra Firme, elevada a freguesia (Freguesia é o que hoje denominamos de Distrito), por provisão episcopal de 8 de fevereiro de 1752, quando na ocasião foi nomeado o primeiro vigário, padre Domingos Pereira Machado, açoriano, nascido em 13 de novembro de 1707, natural da Ilha do Pico. A nova freguesia era muito extensa, cujos limites de seu território compreendia ao norte com o rio Camboriú, e para o sul até o rio QuebraCabaços (atual rio Carolina), na divisa de Biguaçu com São José. Podemos imaginar os sacrifícios enfrentados pelo vigário da paróquia de São Miguel, para atender aos paroquianos localizados nos povoados distantes, como na Enseada das Garoupas, da ponta e praia de Bombas, dos Zimbros, da enseada das Tijucas, da praia de Palmas, da Armação das baleias etc. No ANEXO I, final deste livro, estão relacionados os nomes e respectivos anos, de todos os padres que trabalharam na paróquia de São Miguel da Terra Firme no período de 1752 até 1898. CAPÍTULO I

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Com a passagem definitiva em 1894, da sede municipal para a Vila de Biguaçu, em 28 de setembro de 1898, a paróquia de São Miguel ficou vaga e sendo, desde então, anexada ora à paróquia de Florianópolis, ora à de Tijucas, até 1941, quando se subordinou à paróquia São João Evangelista, de Biguaçu, então criada. Quando foi criada a Diocese de Florianópolis em 19 de março de 1908, desmembrada de Curitiba, na relação do clero e paróquias, consta que em 1908, o padre Domingos Bonavero, ocupava o ofício de vigário de São Miguel. (MATTOS, Enio de O. Arquidiocese de Florianópolis: Preservando sua História, Ed. Própria do AHAF, 1996, p. 154). Questionamos: teria a igreja de São Miguel recebido no período que antecede a criação da paróquia de Biguaçu, em 1941, alguns vigários? Provavelmente, pensamos que sim. Seria para atendimento aos fiéis das Vilas de São Miguel e de Biguaçu, cessando em 1941 com a criação da paróquia São João Evangelista. Em 1938, o coadjutor de Tijucas, padre Germano Bitter, passa a residir em Biguaçu quando Florianópolis já era um Arcebispado, onde verificamos que o mesmo atendia São Miguel e Biguaçu. No período de 1898 até 1941, os miguelenses e biguaçuenses receberam assistência religiosa de padres das paróquias de Tijucas e Florianópolis, inclusive do padre Jacob Slatter. Concluindo o presente capítulo, queremos fazer o registro de fatos históricos importantes relacionados com a Vila de São Miguel da Terra Firme. Primeiro: em 1777, quando os espanhóis invadiram e ocuparam a Ilha de Santa Catarina, as autoridades da Vila de Desterro (atual Florianópolis), mudaram a sede do governo da capitania para a Vila de São Miguel da Terra Firme. Enquanto Portugal e Espanha, através da diplomacia, providenciavam um “Tratado” para a retirada das tropas invasoras, a Vila de São Miguel, provisoriamente, ficou na condição de capital da Capitania de Santa Catarina no período de 10 de outubro de 1777 até 2 de agosto de 1778. Segundo: quando o Imperador Dom Pedro II, visitou Desterro em 1845, enviou como presente os sinos para a igreja de São Miguel 22

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Arcanjo, pois devido o mau tempo, não pode realizar a visita planejada, e esperada pelos fiéis miguelenses. Infelizmente os sinos foram roubados na primeira metade do século XX, e que jamais foram recuperados. Como os assaltantes de obras históricas circulam livremente pelo nosso país, em maio de 1979, roubaram o padroeiro São Miguel Arcanjo e o Senhor Bom Jesus da Canaverde, causando um grande impacto e profunda tristeza nos paroquianos. Na época do roubo, poucas providências foram tomadas, e não tiveram êxitos. A imagem do padroeiro São Miguel Arcanjo, durante 32 anos, foi passando de cidade em cidade, até ser localizada no início de dezembro de 2011, dentro de uma loja de acervos históricos, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), com a finalidade de ser vendida aos “apreciadores” de artes sacras roubadas das igrejas e de museus. Feita a denúncia e com a participação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico, da Fundação Catarinense de Cultura e da Polícia Federal, a imagem foi retirada da exposição e enviada imediatamente para Florianópolis, onde ficará aguardando medidas burocráticas e questões relacionadas com segurança, para que a imagem do padroeiro São Miguel Arcanjo ocupe novamente o seu devido lugar, isto é. no altar de onde foi roubada há exatos 32 anos. Para os fiéis e o pároco Pe. José Luiz de Sousa, foi um presente dos 70 anos de criação da Paróquia São João Evangelista de Biguaçu. A data comemorativa de São Miguel Arcanjo é 29 setembro.

Tradicional Festa do Divino           São Miguel Arcanjo Espírito Santo em São Miguel     Foto Ricardo: Arquivo 1979 CAPÍTULO I

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CAPÍTULO II PARÓQUIA SÃO JOÃO EVANGELISTA

Praça Nereu Ramos – com a antiga Matriz

“Q

ualquer coisa que pedirdes, em meu nome, vo-lo farei”. (Jo, 14,14)

O arraial de Biguaçu começou a surgir com a distribuição de terras, que foram recebidas através de “sesmarias” na margem direita do rio Biguaçu, próximo da foz, desde 1753. 24

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A ocupação foi aumentando com a chegada de famílias vindas de São Miguel da Terra Firme, no final do século XVIII, e durante o século XIX, motivada pela decadência econômica, pelo surto de epidemias que era constante naquela comunidade de origem açoriana, causando muitas vítimas. Outros motivos também estavam atraindo lavradores para as planícies do rio Biguaçu, principalmente as terras férteis, bons pastos para a criação de gado, madeiras de qualidade em abundância nos morros, e um movimento comercial que crescia acentuadamente com os produtos agrícolas vindos do Alto Biguaçu, produzidos pelos colonos de origem alemã. Como a sede municipal ficava em São Miguel, o crescimento de Biguaçu era lento, só aumentando quando começaram a surgir lideranças políticas que passaram a defender os interesses dos biguaçuenses. Alguns ocupavam o cargo de vereador, outros também pertenciam a Guarda Nacional em São Miguel, que não impedia o exercício da vereança ao mesmo tempo. Como foram construídas diversas moradias no centro de Biguaçu, aumentando assim o número de famílias, sentiram logo a necessidade de um local para orações. Resolveram, então, construir uma pequena capela de madeira para abrigar uma imagem de São João Evangelista. Sendo assim o ponto de partida para erguer uma capela maior de alvenaria, e um cemitério, pois a distância até São Miguel era de uma légua, isto é, 6.600 metros, com uma estrada sinuosa e muitas vezes intransitável. Em 1873, foi iniciado um movimento para a construção de uma capela de alvenaria no centro de Biguaçu, cuja coordenação dos trabalhos estava nas mãos de lideranças políticas e pessoas de posses, todas católicas. Um anônimo fez um registro importante sobre o que estava ocorrendo em Biguaçu: “No dia 17 de maio passado, teve lugar no arraial de Biguassú, a benção da primeira pedra da Capela “ São João da Barra”, que se pretende ali construir, assistindo esse ato o Dr. Juiz Municipal do Termo e o Reverendo Capelão José Evangelista Franco e muitas pessoas distintas. Aos cidadãos João da Costa Mello, João Nicolau Born, José Luiz do Livramento e Antonio de Souza e Cunha, é devida essa tão importante idéia, que breve aspirão ver realisada. A CAPÍTULO II

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obra já principiou, achando-se o cemitério prompto, e as paredes em começo. É de esperar que, depois de construída ali a Capella, a Assembléia Provincial, passe para lá a sede da Villa visto ser o Arraial de Biguassú o primeiro ponto do Município, tanto em commércio , como em população. Fazemos votos para que em breve esses cidadãos consigão levar a effeito mais esse melhoramento, que trará não pequenas vantagens aos moradores do Biguassú”. (Jornal O CONSERVADOR, Desterro, 18 de julho de 1873, p. 3). O trecho acima, reproduzido fielmente na ortografia da época, foi publicado no citado jornal. Com dificuldades financeiras, a construção da capela do centro de Biguaçu, continuou lentamente durante o ano de 1874. A Comissão responsável pela construção da capela, constituída por liderança batalhadoras, consegue junto ao Presidente da Província, Dr. João Tomé da Silva, em março de 1875, um auxílio financeiro para o término das obras, no valor de quatrocentos mil réis, que não era muito, no entanto, ajudou bastante. Sendo assim, a capela foi concluída naquele mesmo ano (1875), cuja pedra fundamental fora colocada em 17 de maio de 1873. Como a vila de São Miguel estava em decadência econômica, com sua população pobre e doente, as lideranças de Biguaçu conseguem perante o Presidente da Província, Dr. Antonio Gonçalves Chaves, a assinatura da Lei Provincial nº 971, de 19 de dezembro de 1882, (ANEXO II, no final do livro) criando uma freguesia na foz do rio Biguaçu, sob a invocação de São João Evangelista. Freguesia é o que hoje denominamos de Distrito. A lei que criou a nova freguesia sob a invocação de São João Evangelista, utilizou o nome do santo padroeiro da capela, venerado com muita devoção pelos biguaçuenses. Assim a freguesia de Biguaçu, através de suas lideranças, conseguem a transferência da sede municipal de São Miguel para Biguaçu, conforme Lei nº 1.092, de 5 de agosto de 1886 (ANEXO III, no final do livro). Devido as mudanças políticas de maioria, na Assembléia Provincial, a Lei nº 1.092 foi revogada, tendo a sede municipal retornada para a Vila de São Miguel. (ANEXO IV, no final do livro). 26

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Somente no ano de 1894, já no regime republicano, novamente por uma decisão política, graças as providências tomadas por João Nicolau Born, Biguaçu recebe de volta a sede municipal, em definitivo. (ANEXO V, no final do livro).

Casarão Born - Praça Nereu Ramos

Por outro lado, havia o problema da assistência religiosa aos habitantes de Biguaçu, principalmente pela ausência de sacerdotes. O atendimento espiritual, era dado, quando possível, pelas paróquias de Florianópolis e de Tijucas, isto ocorreu no período de 1898 até 1941. Em 1934, o padre Jacob Slatter, vigário de Tijucas, e em 1938 com o padre Germano Bitter que passou a residir em Biguaçu, muito se esforçaram para amenizar a situação. CAPÍTULO II

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Foram mais de quarenta anos de espera de um município que crescia em população e progresso. Foi então, iluminado pela LUZ DE CRISTO, que sua Excia. Revma. Dom Joaquim Domingues de Oliveira, Arcebispo de Florianópolis, através do Decreto datado de 21 de dezembro de 1941, criou a Paróquia “São João Evangelista de Biguaçu”. (ANEXO VI, no final do livro). Vejamos o significado da palavra “Paróquia”: é uma divisão territorial de uma diocese sobre a qual tem jurisdição ordinária um sacerdote, o pároco. A Paróquia São João Evangelista compreende todo o território do município de Biguaçu, totalizando 326 quilômetros quadrados. Consta no referido Decreto da Criação da paróquia de Biguaçu, que a igreja existente estava sendo elevada a condição de Matriz, ou a que lhe suceder, já projetada. Portanto, já em 1941, provavelmente, já existia um projeto para a construção de uma nova Matriz, vindo a ser concretizada na administração do pároco Cônego Rodolfo Pereira Machado, com a demolição da antiga igreja Matriz. A inauguração da nova matriz ocorreu na data de 8 de maio de 1955.

Matriz São João Evangelista - Biguaçu

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Consta do Decreto de criação da paróquia de Biguaçu, a determinação de “que seja a festa do Titular anualmente celebrada no dia próprio.” Também naquele documento, a paróquia de São Miguel foi anexada à paróquia “São João Evangelista de Biguaçu”, mantendo os seus privilégios. Outro detalhe que consta do Decreto de criação, é a menção dos 40 anos da ordenação sacerdotal do Senhor Arcebispo Metropolitano Dom Joaquim Domingues de Oliveira. Há também outros interessantes detalhes citados no Decreto, que merece uma leitura atenta do leitor. (ANEXO VI, no final do livro). Como encerramento do Capítulo II, transcrevemos a poesia intitulada “PARÓQUIA DE BIGUAÇU”, onde a senhora Alzira Maria Silva dos Santos, paroquiana e acadêmica da Academia de Letras de Biguaçu, presta sua homenagem:

Paróquia de Biguaçu Sua idade está avançada Setenta anos já se passaram És fatia importante da Arquidiocese De um bolo que muitos afermentaram Neste aniversário o bolo é diferente Temos fatias de alegrias e dissabores Pois são feitas por humanos Com defeitos e valores A saudade é forte ingrediente Em nossas lembranças muitos episódios Festas, barraquinhas, músicas e danças Também enchentes, vendavais e velórios O recheio desse bolo é maravilhoso São as vinte e oito comunidades Todas com suas belezas E vivem a fraternidade CAPÍTULO II

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Imaginemos uma vela em formato de águia Acesa, significa fé e bem Ela é o símbolo do Padroeiro Demos a Deus louvores! Amém. Amado São João Evangelista Estivesses lá no calvário junto à cruz És o nosso padroeiro Interceda por nós a Jesus Deus fez alguns chamados aqui Para o ministério presbiteral Nove meninos sua voz escutaram E receberam o Sacramento Sacerdotal Em uma fatia desse bolo estão concentradas Algumas irmãs também consagradas Das capelas e da matriz São mulheres abençoadas. Junto a Deus estão nossos antepassados Que muito pela paróquia trabalharam Doando-se com carinho e dedicação E ótima semente nos deixaram Em nossa Paróquia tem arquitetura antiga Uma igreja bi-centenária É do arcanjo São Miguel Com a parte da frente ainda primária Pessoas talentosíssimas Envolvidas nas diversas pastorais Colaboram com a Paróquia E asseguram benções celestiais Paróquia de Biguaçu Seu aniversário é especial Pois é no mês de dezembro Próximo ao Dia de Natal Alzira Maria Silva dos Santos - 03/11/2011 30

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Projeto Arquitetônico - Construção da nova Matriz-1950

Ponte Metálica sobre o rio Biguaçu CAPÍTULO II

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A ponte Gustavo Richard, inaugurada em 1906, facilitou o tráfego da região, e consequentemente o progresso para Biguaçu. Após a bela poesia da paroquiana Alzira, vamos encerrar o presente capítulo com alguns detalhes sobre o coração palpitante e atuante da Matriz da Paróquia São João Evangelista de Biguaçu. Primeiramente vejamos a composição dos membros efetivos e vocacionados do Conselho da Pastoral Paroquial (CPP), para o período de 2010-2012. Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Sousa. 1º Coordenador: Rafael Machado. 2º Coordenador: Amanda Martins Silva. 1º Secretário: Ronaldo Tomé Silveira. 2º Secretária: Maria Helena Siqueira. Administrador Econômico: Edson Mattos. São muitas as tarefas e responsabilidades de coordenação (CPP), pois está ligada diretamente ao funcionamento das pastorais, dos movimentos de nossa paróquia, inclusive as prioridades e os planejamentos que são inúmeros: - Pastoral do Batismo. - Pastoral da Catequese. - Pastoral dos Coroinhas. - Pastoral do Dízimo. - Pastoral da Juventude. - Pastoral Litúrgica. - Pastoral da Música. - Pastoral da Pessoa Idosa. - Pastoral da Saúde. - Pastoral Vocacional. - Ação Social São João Evangelista. - Apostolado da Oração. - Grupos Biblicos em Família. - Grupos de Auto Ajuda. - Infância Missionária. - Legião de Maria. 32

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- Mãe Peregrina. - Movimento de Irmãos. - Ministério da Eucaristia. - Ministério da Palavra. - Renovação Carismática Católica. - Diáconos Permanentes. - Religiosos. Na área urbana da cidade de Biguaçu, da competência da Matriz, todos os assuntos relacionados com atendimentos, planejamentos, atos religiosos, eventos, catequese, cursos, encontros, reuniões, palestras, salão e auditório, são da responsabilidade do Conselho Pastoral Comunitário (CPC), constituído por pessoas vocacionadas, para o período de 2010-2012. Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Sousa. 1º Coordenador: Bernadete Salles da Silva. 2º Coordenador: Maria Fermina da Cunha. 1º Secretário: Íria Buss Roveda. 2º Secretário: Gilberto Delavy. Administrador Econômico: Edson Mattos. Além das prioridades de nossa Paróquia, o CPP e o CPC, também cumprem com muito amor o objetivo principal da Arquidiocese que é “EVANGELIZAR”. Restando apenas aos autores deste livro, dar os parabéns pelo aniversário (70 anos) de nossa querida Paróquia de São João Evangelista de Biguaçu. Colocamos uma sequência de fotos históricas relacionadas com a Matriz, iniciando com os nossos Arcebispos Metropolitanos,com a evolução do altar principal através dos anos, e diversas cerimônias ocorridas. Arcebispos Metropolitanos:

CAPÍTULO II

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Dom Joaquim Domingues de Oliveira

Dom Afonso Niehues

Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger

Dom Wilson Tadeu Jönck

Dom Eusébio Oscar Scheid

Altar da Matriz:

Foto do casamento do Sr. Nagib e Srta. Arlete e seus familiares.

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Comemoração do Jubileu de Ouro do Cônego Rodolfo Pereira Machado.

Comemoração dos 60 anos da Ordenação Sacerdotal do Cônego Rodolfo Pereira Machado.

CAPÍTULO II

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Idealizado pelo Pe. Francisco José Gesser.

Idealizado pelo Pe. José Luiz de Sousa.

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Cerimônias:

Casamento. Celebrante Pe. Rodolfo-1959 (José Antônio e Ruth Machado)

Batizado. (Família Wolinger)

Primeira Eucaristia (Celebrante Pe. Francisco Gesser)

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Crisma. (Celebrante Bispo Emérito Dom Vitor)

Festa Nossa Senhora dos Navegantes. (Procissão no Rio Biguaçu)

Assistência Social São João Evangelista.

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Realização de Santa Missa.

Velório. (Do Cônego Rodolfo Pereira Machado – 21-03-2001)

Vista da Igreja Matriz.

CAPÍTULO II

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Concluindo o segundo capítulo, queremos registrar fatos ocorridos no mês de dezembro de 2011, relacionados com as comemorações de aniversário de nossa paróquia. Primeiro: na data de 14 de dezembro de 2011, a Câmara Municipal de Biguaçu, através de uma Sessão Especial, tendo por local o Salão de Eventos da Paróquia São João Evangelista, prestou merecidas homenagens a diversas personalidades que fazem parte da história religiosa de Biguaçu. Na ocasião, foram entregues “Placas” a diversos sacerdotes, diáconos, familiares, e pessoas que tiveram participação ativa no crescimento da paróquia. A Sessão Especial contou com a presença de autoridades e convidados, inclusive do Prefeito Municipal de Biguaçu, senhor José Castelo Deschamps. A solenidade foi abrilhantada com a participação do Coral do Movimento de Irmãos da Matriz. Os Vereadores proponentes da Sessão foram: Luiz Roberto Feubak - Presidente da Câmara. Nacet Tomaz de Souza - Vice Presidente; Vilson Norberto Alves - 1º Secretário; Vilmar Astrogildo Tuta de Souza - 2º Secretário; André Clementino da Silva; José Braz da Silveira; Lídio Gerhardt; Manoel Airton Pereira; Manoel José de Andrade; Salete Orlandina Cardoso. Nossos parabéns pela iniciativa e justas homenagens. Segundo: na data de 21 de dezembro de 2011, aniversário da Paróquia São João Evangelista, foi celebrada uma Missa Solene, organizada pelo Pároco Pe. José Luiz de Sousa, com a presença honrosa de sua Excelência Reverendíssima, Senhor Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönch. A igreja Matriz, totalmente lotada pelos fiéis, ouviram atentamente as palavras carinhosas e orientadoras de Dom Wilson, onde explicou também o significado e a importância da benção intitulada “Dedicação da Igreja Matriz”, sendo a seguir realizada. A Missa Solene contou também com a presença e participação de muitos sacerdotes e diáconos, autoridades e representantes das capelas da paróquia. 40

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Na oportunidade foram prestadas homenagens a diversas pessoas que contribuíram para o desenvolvimento religioso e social da paróquia. Toda a cerimônia foi abrilhantada pelo Coral do Movimento de Irmãos da Matriz. Após o término da Missa Solene pelo aniversário da Paróquia, o Conselho Paroquial da Pastoral, ofereceu aos convidados, o “Jantar da Solidariedade”, cujos recursos financeiros arrecadados foram destinados ao fundo paroquial de solidariedade. O jantar foi muito bem organizado no Salão Paroquial, sendo encerrado com um sorteio de brindes surpresas. A presença de Dom Wilson, carismático e atencioso com todos, enriqueceu muito nossa comemoração. O aniversário de 70 anos de criação da Paróquia São João Evangelista de Biguaçu, ficará marcado para sempre na memória dos paroquianos: – a primeira visita de Dom Wilson Tadeu Jönch, nosso Arcebispo Metropolitano; – a “Dedicação da Igreja Matriz”; – o retorno após 32 anos da imagem do padroeiro São Miguel Arcanjo; – as homenagens que foram prestadas. Enceramos com os parabéns dos autores, lembrando que a data comemorativa de São João Evangelista é 27 de dezembro.

CAPÍTULO II

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Sessão Solene Comemorativa da Câmara de Vereadores de Biguaçu para a Paróquia

Homenagem dos Vereadores aos 70 anos da Paróquia São João Evangelista

Prefeito Municipal e Presidente da Câmara prestam homenagem ao Pároco da Paróquia

Coral Movimento de Irmãos

Platéia da Sessão Solene da Câmara

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Missa Solene de Aniversário da Paróquia - 21-12-2011

Sacerdotes e Fiéis participantes da Missa Solene

Cerimonial da Missa Solene com Dom Wilson

CAPÍTULO II

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Ritual do Incenso aos Fiéis

Novo Altar da Paróquia

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Entrega Simbólica do Livro dos 70 Anos da Paróquia, pelos Autores, ao Arcebispo Dom Wilson e ao Pároco Pe. José Luiz

Placa Comemorativa dos 70 Anos da Paróquia

Corte do Bolo pelo Aniversariante Pe. Joselito Schmitt CAPÍTULO II

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Encerramento com o “Jantar da Solidariedade”

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CAPÍTULO III PÁROCOS

“E

u sou o bom pastor. O bom pastor expõe a sua vida pelas ovelhas”. (Jo 10,11)

Pároco, chamado no passado de padre vigário, é o responsável principal pela administração de uma paróquia. Para que um sacerdote assuma a condição de pároco, será necessário a expedição de um documento chamado de “Provisão”, através de uma autoridade da Igreja Católica. Provisão (do latim provisione), significa, provimento. É um documento oficial em que o governo confere cargo, mercê, dignidade, ofício, etc., autoriza o exercício de uma profissão ou expede instruções. A Arquidiocese de Florianópolis – Cúria Metropolitana, sempre emite uma provisão quando faz uma nomeação para o cargo de pároco, de vigário paroquial, de diácono permanente, de ministro extraordinário da Sagrada Comunhão etc. As normas das “Provisões” estão amparadas no Direito Canônico e nas Orientações Pastorais. Vejamos, resumidamente, o conteúdo de uma provisão, quando da nomeação de um sacerdote para exercer o cargo de pároco: “Anunciar a Palavra de Deus e organizar a catequese. Formar a comunidade de fé, culto e caridade. Animar a vida sacramental. Orientar a Liturgia CAPÍTULO III

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segundo as normas da Igreja. Promover a formação e a ação de leigos. Promover a Pastoral Vocacional. Tratar com carinho os pobres, os doentes, os aflitos e os abandonados. Oferecer a “Missa Pro Populo”, nos domingos e dias de preceito. Supervisionar a administração da Igreja Matriz e das Capelas da Paróquia. Programar as atividades pastorais. Cuidar do Arquivo Paroquial. Manter atualizados os livros Paroquiais. Conceder as dispensas ou comutações previstas no Código de Direito Canônico”. (Fonte: Arquivo da Paróquia de Biguaçu). A Seguir, relacionaremos os párocos que administraram a Paróquia de Biguaçu, desde a sua criação em 1941, até o corrente ano de 2011. 1 – 1941 – Pe. ANTÔNIO KONDLICK

Nascimento em 06-12-1903 Ordenação em 30-03-1929 Faleceu em 29-10-1975 Foi Nomeado pelo Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, Dom Joaquim Domingues de Oliveira, para o cargo de pároco da nova paróquia de Biguaçu. Enfrentou dificuldades, pois a paróquia era muito extensa, pois incluía o Alto Biguaçu, e Ganchos. Na época não tinha o auxílio de um padre coadjutor, e nem recursos disponíveis para atender as distantes capelas. Por outro lado, no continente europeu desenrolava a segunda guerra mundial(1939-1945)com a expansão do nazismo. Segundo a história oral de Biguaçu, o pároco tinha e expressava sua preferência pela Alemanha nazista. Para evitar futuros problemas, o Arcebispo Metropolitano de Florianópolis , Dom Joaquim Domingues de Oliveira, resolveu transferir o pároco de Biguaçu para outras funções, fazendo na ocasião uma nomeação interina para preenchimento da vaga repentina. Sendo assim, o primeiro pároco de Biguaçu foi embora, deixando na memória dos fiéis algumas dúvidas que somente Deus sabe. 48

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2 – 1942 – Monsenhor FREDERICO HOBOLD Nascimento em 28-03-1916 Ordenação em 31-12-1939 Faleceu em 12-03-1970

O segundo pároco de Biguaçu foi nomeado interinamente pelo Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, Dom Joaquim Domingues de Oliveira. O novo pároco, ainda jovem, recebeu a paróquia com muita disposição e coragem, pois era sabedor das dificuldades existentes. Sua administração, embora de curta duração, foi muito bem exercida e reconhecida pelos paroquianos. 3 – 1943 – Cônego RODOLFO PEREIRA MACHADO Nascimento em 13-11-1908 Ordenação em 06-01-1937 Faleceu em 21-03-2001

O terceiro pároco de Biguaçu foi nomeado pelo Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, Dom Joaquim Domingues de Oliveira, tendo tomado posse do cargo em 31 de janeiro de 1943. (ANEXO VII, no final do livro). A história do Cônego Rodolfo Pereira Machado, está narrada no livro “CÔNEGO RODOLFO MACHADO – CIDADÃO DE BIGUAÇU”, lançado no ano de 2008, de nossa autoria. Vamos encontrar a citada obra da Biblioteca Pública Municipal de Biguaçu, na Biblioteca da Academia de Letras de Biguaçu, no Arquivo Público Municipal, nas Escolas, no Arquivo da Paróquia, e nas residências de duas centenas de paroquianos. CAPÍTULO III

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No citado livro encontraremos fatos históricos importantes relacionados com o pároco que durante 33 anos (1943-1976), fez uma ótima administração, consolidando assim a existência da Paróquia São João Evangelista de Biguaçu. Cônego Rodolfo foi um batalhador incansável pelo desenvolvimento de Biguaçu. Sempre socorria os pobres e necessitados. Foi o responsável pela construção da nova e bela Matriz, e de diversas capelas. Fundou a Ação Social, uma Associação Rural, um Jardim de Infância etc. Implantou na paróquia as diretrizes oriundas do Concílio Vaticano II. Face o seu dinamismo, recebeu o título de “CIDADÃO DE BIGUAÇU”. Um colégio estadual recebeu o seu nome, na localidade de Tijuquinhas. Uma rua do perímetro urbano de Biguaçu também têm o seu nome. Um edifício residencial no centro de Biguaçu, têm na fachada o seu nome. O nome ficou gravado nos corações dos paroquianos. Sentindo-se doente e o dever cumprido, solicitou ao Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, Dom Afonso Niehues, o afastamento do cargo, sendo prontamente atendido. 4 – 1976 – Pe. LUIZ CARLOS RODRIGUES Nascimento em 22-11-1946 Ordenação em 07-07-1973 Faleceu em 10-01-2009

O quarto pároco de Biguaçu foi nomeado pelo Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, Dom Afonso Niehues.

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Tomou posse do cargo em 08 de fevereiro de 1976, iniciando imediatamente suas funções. O Jovem pároco procurou e conseguiu dar continuidade e o funcionamento das pastorais existentes na paróquia, dando apoio aos leigos vocacionados. Foi exigente quando necessário, principalmente quanto aos comportamento dos jovens fiéis durante as cerimônias religiosas, e em especial nas Missas. Sua alegria e diálogo franco foi uma constante como pároco. Cumpriu com muito amor ao próximo a missão de pároco conforme estava escrito na sua Provisão. 5 – 1979 – Pe. LÚCIO ESPÍNDOLA DOS SANTOS Nascimento em 04-05-1951 Ordenação em 03-12-1977

O quinto pároco de Biguaçu foi nomeado pelo Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, Dom Afonso Niehues, no ano de 1979. O jovem pároco deu integral apoio ao apostolado leigo. Estava sempre alegre, sorridente e muito animado, principalmente nos momentos difíceis. Procurou incentivar e apoiar a construção de novas capelas no território paroquial, destacando-se as comunidades da Praia João Rosa (Nossa Senhora dos Navegantes, em 1984), e dos Fundos (São Sebastião, em 1985) Quando conseguia tempo disponível sempre fazia visitas domiciliares, onde era recebido com alegria. Atualmente, Pe. Lúcio Espíndola dos Santos, está em missão evangelizadora na Guiné-Bissau, na África.

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6 – 1990 – Pe. HÉLIO JOSÉ DA CUNHA Nascimento em 05-10-1949 Ordenação em 11-07-1981

O sexto pároco de Biguaçu foi nomeado pelo Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, Dom Afonso Niehues. (Provisão de 05-12-1989). Sua permanência como pároco de Biguaçu foi muito curta, onde não sabemos os motivos de sua transferência, só Deus sabe. Apenas encontramos um registro onde está dito que na data de 05-03-1990, o Pe. Hélio José da Cunha deixou a paróquia para fazer tratamento de saúde. 7 – 1990 – Pe. GILBERTO MAFRA Nascimento em 10-04-1956 Ordenação em 05-12-1982 Faleceu em 30-06-1996

O Sétimo pároco de Biguaçu foi nomeado pelo Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, Dom Afonso Niehues. (Provisão de 11-03-1990). Tinha muita atenção e carinho com os paroquianos, em especial com as crianças, principalmente com os deficientes. Em 08 de dezembro de 1991, solicitou por escrito, à Província Santa Clara de Assis, em Rio do Sul (SC), da Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas, que enviasse Irmãs para trabalharem na paróquia. 52

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Na época, na solicitação, assim constava: “Queremos as Irmãs para ajudar na animação e formação de lideranças, acompanhamento de catequese paroquial e grupos de reflexão, portanto, vem ao encontro do vosso carisma”. Seu pedido foi atendido, sendo enviadas as Irmãs Franciscanas, que aqui trabalharam com muito amor e dedicação, durante dois anos, encerrando suas atividades na paróquia no início de 1994. O pároco, com o apoio do vigário paroquial, Pe. Roberto Fritzen, coordenaram os festejos do cinquentenário (Jubileu de Ouro), da criação da paróquia São João Evangelista de Biguaçu. (1941-1991). Na ocasião, foi lançado um pequeno livro sob o título “NOTAS SOBRE A PARÓQUIA SÃO JOÃO EVANGELISTA DE BIGUAÇU”, de autoria dos historiadores biguaçuenses Ana Lúcia Coutinho Locks, Catarina Maria Rüdiger, e Orival Prazeres, cumprindo assim o pedido formulado pelo pároco Gilberto Mafra. Deixou a paróquia em 1993, por problemas de saúde, vindo a falecer em 30-06-1996, após cumprir fielmente sua missão de pároco. 8 – 1993 – Pe. ELÓI PRIM Nascimento em 09-07-1961 Ordenação em 28-08-1993 O Oitavo pároco de Biguaçu foi nomeado pelo Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, Dom Eusébio Oscar Scheid. (Provisão de 28-12-1993). Verificamos que o padre Elói Prim já trabalhava em Biguaçu como vigário paroquial, conforme Provisão datada de 11-10-1993, assinada por Dom Eusébio Oscar Scheid. Pároco muito dinâmico e atencioso com os paroquianos, dando continuidade aos trabalhos iniciados pelos párocos anteriores. No ano de 1994, criou nas capelas (23), os CAEPs (Conselhos de Assuntos Econômicos Paroquial). Também fez o levantamento e registro de quase 200 catequistas em toda a paróquia. CAPÍTULO III

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Deu muito apoio aos Pastorais, sendo auxiliado pelo vigário paroquial Pe. Pedro Adolino Martendal. Em setembro de 1995, a paróquia recebeu a visita pastoral de Dom Eusébio Oscar Scheid, que visitou todas as comunidades no período de seis dias, cumprindo uma extensa programação; na época o vigário paroquial era o Pe. Pedro Adolino Martendal. 9 – 1996 – Pe. FRANCISCO JOSÉ GESSER

Nascimento em 17-04-1953 Ordenação em 25-11-1989

O nono pároco de Biguaçu foi nomeado pelo Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, Dom Eusébio Oscar Scheid. (Provisão de 20-12-1996). Muito dinâmico com os pastorais e também preocupado com a situação econômica da Matriz, realizou reformas e novas construções com o apoio e aprovação do CAEP. (Conselho Administrativo). O primeiro grande passo foi dado com a construção do “Edifício São João Evangelista”, tendo iniciado suas obras em 02 de março de 1998, e seu término em 04 de setembro de 2000. A inauguração do prédio ocorreu na data de 12 de setembro de 2000, cuja placa lá colocada consta os nomes do pároco e do Conselho Administrativo, e o seguinte agradecimento: “A comunidade de Biguaçu agradece ao Pe. Francisco José Gesser por sua coragem e capacidade empreendedora”. O Senhor Silas Rodrigues, presidente do CAEP, no momento da inauguração do edifício, fez um belo pronunciamento. (ANEXO VIII, no final do livro). As dependências do edifício foram alugadas para diversas entidades públicas e comerciais, cuja renda mensal foi direcionada para os pagamentos das despesas pré-estabelecidas e eventuais da Matriz. 54

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Realizado o primeiro projeto, o pároco, juntamente com o Conselho Administrativo, resolveram partir para outro projeto, ou seja a construção de um salão de Eventos (climatizado) e um Centro de Formação Pastoral, tudo num só prédio. A construção iniciou em 27 de maio de 2002, e o término foi em 05 de dezembro de 2003, cuja inauguração ocorreu naquela data. Na placa inaugural do Salão de Eventos consta os nomes dos membros do Conselho Administrativo, e o seguinte agradecimento: “A comunidade agradece ao Pe. Francisco José Gesser por suas obras em nossa Paróquia”. Na parte superior do prédio está colocada uma placa com o nome de “Centro de Formação Pastoral Pe. Francisco José Gesser”. Estava assim solucionado o problema pela falta de espaços físicos para eventos e a formação pastoral na Igreja Matriz. O pároco, chamado também pelos fiéis de “Padre Chico”, ganhou mais o nome de “Padre Construtor”. Padre Chico fez também a reforma da Casa Paroquial e do Salão Paroquial. Reformou as torres da Matriz e na parte interna fez uma reforma completa (piso, bancos, etc.). colocou grades galvanizadas na frente da Matriz e no lado direito da mesma. Registramos que, o pároco jamais deixou de lado a missão evangelizadora da Paróquia São João Evangelista. 10 – 2006 – Pe. JOSÉ LUIZ DE SOUSA Nascimento em 16-03-1969 Ordenação em 05-07-1997

O décimo e atual pároco de Biguaçu foi nomeado pelo Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, conforme Provisão detada de 05 de fevereiro de 2006. Os paroquianos já conheciam o Pe. José Luiz de Sousa, quando ele assumiu o cargo de vigário paroquial em 1997, conforme nomeação CAPÍTULO III

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feita pelo Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, na época, Dom Eusébio Oscar Scheid. (Provisão datada de 05 de julho de 1997). O atual pároco quando assumiu o cargo, em 2006, já conhecia o modo de vida dos paroquianos, seus anseios e dificuldades, inclusive os rumos que deveria tomar para cumprir a missão evangelizadora da paróquia, face a extensão territorial de 326 km2; a existência de 27 capelas distribuídas pelas comunidades; de 15 grutas devocionais; de diversas pastorais; de movimentos de leigos, etc. O pároco, graças a Deus, conta com o apoio integral de três vigários paroquiais, que são os padres Joselito Schmitt, Valdir Staehelin e João Elias Antero. Os referidos vigários paroquiais são prestativos, amigos dos paroquianos, e o braço direito do pároco. Atender uma paróquia cuja população já ultrapassa a casa de 60.000 pessoas, não é uma tarefa fácil, onde as atividades pastorais e metas previstas estão contidas no CRONOGRAMA 2011, muito bem elaborado pelo pároco, e que está sendo cumprido fielmente. Para o ano de 2012 foi elaborado um novo CRONOGRAMA. O pároco Pe. José Luiz de Sousa, está sempre atento e prestativo quando o assunto é a espiritualidade dos paroquianos. Também é muito cuidadoso na manutenção do patrimônio material da paróquia São João Evangelista. Fez uma oportuna reforma no telhado da Casa Paroquial, e também no interior da Matriz. O altar principal da Matriz ganhou um novo aspecto, solene, litúrgico e convidativo, onde o CRISTO é a imagem central, tendo como fundo um painel figurativo sobre os tempos atuais em que vivemos. Também as comunidades do interior da paróquia recebem a merecida atenção do pároco e dos vigários paroquiais, tanto na parte espiritual, quanto na conservação do patrimônio histórico, com as reformas, ampliações ou construções de capelas. Segundo os depoimentos orais dados pelos paroquianos, todos estão satisfeitos com os trabalhos desenvolvidos pelo pároco e vigários paroquiais.

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CAPÍTULO IV VIGÁRIOS PAROQUIAIS

“A

messe é grande, mas os operários são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie operários”. (Mt 9, 37-38) Os vigários paroquiais, que no passado eram identificados como padres coadjutores, são os auxiliares do pároco na evangelização e administração de uma paróquia. São nomeados através de uma “PROVISÃO”, onde consta uma série de atribuições e deveres previstos no Código de Direito Canônico, e demais orientações da Igreja. Vejamos um resumo do conteúdo escrito numa Provisão para o cargo de Vigário Paroquial. “Cabe-lhe, em plena comunhão com o Pároco e com os Diáconos: Ser ponte (jamais obstáculo) para o encontro de Jesus Cristo mediante a acolhida, o diálogo, a confiança nas pessoas, por juízos serenos e objetivos. Trabalhar em equipe pelo adequado uso da corresponsabilidade, da colaboração criativa e do espírito ministerial da colegialidade. Cultivar com afinco a afabilidade, a hospitalidade, os relacionamentos francos e fraternos com as pessoas, sempre pronto a compreender, perdoar e consolar. Fomentar o sentido autêntico da Oração, particular e em grupos ou celebrações litúrgicas. Redescobrir e revalorizar (jamais preterir) a beleza e a alegria do Sacramento da Penitência, um direito de cada fiel católico. CAPÍTULO IV

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Promover clima favorável ao despertar das vocações, em sentido amplo e específico, orientando e acompanhando, com carinho e esmero, cada candidato. Criar e manter, em colaboração coesa, os organismos indispensáveis para o exercício do espírito comunitário dos fiéis, tais como CPP, CAEPs, Pastoral organizada do Dízimo, Grupo de Reflexão e apoio eclesial. Tudo isto deverá ser integrado, quanto mais possível, na Pastoral Orgânica da Paróquia e da Arquidiocese. Em tudo isso, o VIGÁRIO PAROQUIAL, juntamente com o Pároco e demais auxiliares, seja iluminado pelo sublime modelo de Cristo Pastor e pela assistência do Espírito Santo”. Pela pesquisa que realizamos, ficou constatado que somente em 1950, que a Paróquia São João Evangelista de Biguaçu, recebeu o seu primeiro padre coadjutor e que atualmente é identificado como vigário paroquial. Desde 1950, até a presente data, totalizamos 40 padres que já passaram pela Paróquia São João Evangelista de Biguaçu, onde exerceram o cargo de VIGÁRIO PAROQUIAL, com responsabilidade, unidos ao Pároco, e muito amor aos paroquianos. Cumpriram assim, fielmente, as palavras de Cristo: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém chega ao Pai senão por mim”. (Jo 14,6). No ANEXO IX, no final do livro, podemos verificar os anos em que os vigários paroquiais trabalharam na Paróquia de Biguaçu. Alguns sacerdotes faleceram em outras Dioceses, onde não conseguimos as datas das ocorrências e as respectivas cidades. Quando a Paróquia de Biguaçu tinha poucas capelas, o Arcebispo Metropolitano nomeava apenas um vigário paroquial. Conforme foi ocorrendo o aumento da população e a construção de novas capelas, o número de vigários paróquias aumentou para dois. Atualmente, são três vigários paroquiais, devido o crescimento populacional; a existência de 27 capelas subordinadas ao pároco da Matriz; o aumento de pastorais e as questões relacionadas com fiéis nas distantes comunidades. O Pe. Elói Prim, foi vigário paroquial de Biguaçu, e depois foi nomeado nosso pároco, O mesmo ocorreu com o Pe. José Luiz de Sousa, nosso atual pároco. 58

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O Pe. José Edgard de Oliveira, quando foi vigário paroquial de Biguaçu, organizou e preparou uma boa equipe de leitores leigos. Por outro lado, conseguiu trazer muitos jovens da comunidade da Matriz que estavam afastados da igreja e de Cristo, cujos frutos foram promissores. O Pe. Nilton João Ramos, quando foi vigário paroquial, realizava quinzenalmente em casas de famílias, reuniões com a finalidade de estudar e fazer reflexões sobre a Bíblia Sagrada. Este movimento, independentemente do mês, uniu as famílias do centro da cidade. Convém registrar que naquela época não havia ainda a concorrência maldosa das novelas na TV, cuja epidemia começou anos depois. O Pe. Manoel João Francisco, quando vigário paroquial, foi um incansável evangelizador. Agora ele é bispo diocesano da Diocese de Chapecó – SC. O Pe. João Elias Antero, nosso vigário paroquial atual, está ocupando o cargo pela segunda vez. Ele é natural de Biguaçu. O Pe. Antero é muito calmo e atencioso com todos os fiéis. Também o Pe. Pedro Adolino Martendal é natural de Biguaçu. Quando foi vigário paroquial de Biguaçu, deu muita assistência espiritual para a Legião de Maria. Foi um grande apoiador nas comunidades, principalmente na criação de capelas. Muitos vigários paroquiais que trabalharam em Biguaçu, também ocuparam, o cargo de pároco em outras paróquias da Arquidiocese. Deixamos de destacar, individualmente, cada vigário paroquial de Biguaçu, porque faltaram pesquisas mais aprofundadas a respeito, e também para evitar que fatos importantes ficassem esquecidos. Todos os que trabalharam em Biguaçu, desde 1950 até os dias atuais, foram evangelizadores competentes, nunca negaram amor ao próximo, foram atenciosos e alegres, cumpriram suas obrigações com serenidade, respeito, e unidos ao pároco. Sem exceção, atenderam ao chamado de Cristo com muita fé e boa vontade, onde seus nomes estão gravados nos corações das paroquianos de Biguaçu. Os atuais vigários paroquiais de Biguaçu, todos os três, Pe. João Elias Antero, Pe. Joselito Schmitt, e o Pe. Valdir Staehelin percorrem CAPÍTULO IV

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todas as comunidades, sendo sempre bem recebidos, face o carisma e o amor que transmitem aos fiéis. Os paroquianos estão premiados pelos trabalhos que desenvolvem em consonância com o pároco. Desde 1950 até a presente data , a Paróquia de Biguaçu recebeu a dedicação e os trabalhos de 40 Vigários Paroquiais, onde prestamos homenagens aos mesmos, através de algumas fotos:

Pe. Francisco Costa

Pe. Pedro Adolino Martendal

Pe.Manoel João Francisco Atual Bispo Diocesano de Chapecó - SC

Pe. José Jacob Archer

Pe. Vertolino José Silveira

Pe. Luiz Prim

Pe. Valdir Staehelin

Pe. Joselito Schmitt

Pe. João Elias Antero

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CAPÍTULO V DIÁCONOS PERMANENTES

“T

odavia eu estou no meio de vós, como aquele que serve”. (Lc 22,27)

Face a imensidão territorial, o número de comunidades e de capelas, sentimos que o número de diáconos permanentes é muito pequeno. Sabemos dos esforços dispendidos pelo pároco e vigários paroquiais para despertar novas vocações. É através de uma PROVISÃO assinada pelo Arcebispo Metropolitano (ou Bispo Diocesano), que o cristão, após haver concluído um curso específico, é nomeado para exercer suas tarefas numa paróquia como Diácono Permanente. Vejamos um resumo do que está no Direito Canônico referente a uma Provisão para Diácono Permanente: “Administrar o Sacramento do Batismo. Conservar a Eucaristia e ministrar ordinariamente a sagrada comunhão. Assistir e abençoar o matrimônio em nome da Igreja e conceder aquelas dispensas de impedimentos matrimoniais previstas pelo Direito Canônico. Levar a Eucaristia como Viático aos enfermos. Ministrar a exposição e a bênção Eucarística. Proclamar a Escritura e proferir homilias. Presidir o Culto e as Orações dos Fiéis. Administrar os Sacramentais. Oficiar exéquias e enterros”. CAPÍTULO V

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Consta ainda numa Provisão: “No tocante a administração do Batismo, do Matrimônio e dos Sacramentais, bem como no exercício de outras atividades, faça-o sempre de acordo com a orientação do Revmo. Senhor Pároco”. “No mais, tenha sempre em mente que o ofício principal do Diácono, segundo o Concílio Vaticano II é servir ao Povo de Deus na diaconia da Liturgia da Palavra e da Caridade, em comunhão com o Bispo e o seu Presbitério”. No ANEXO X, no final do livro, registramos alguns dados, relacionados com os Diáconos Permanentes da Paróquia São João Evangelista de Biguaçu. Os Diáconos Permanentes, de um modo geral, atendem uma comunidade com capela, que poderá ou não estar próxima de sua residência familiar para melhor servir. Seus trabalhos não ficam restritos somente em suas comunidades na paróquia, pois sempre atendem, dentro de suas possibilidades, quando chamados ou agendados suas presenças, tanto na Matriz, como em outras comunidades, sempre com a devida permissão do pároco. Os nossos Diáconos Permanentes são poucos, no entanto, são atenciosos com todos os paroquianos, hábeis no desenvolvimento de suas funções, alegres e prestativos, não medem sacrifícios para tornar uma comunidade mais cristã e feliz em Cristo. Que o Espírito Santo ilumine suas mentes, que surjam no seio de nossas famílias novas vocações para o diaconato permanente.

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CAPÍTULO VI PADRES NATURAIS DE BIGUAÇU

“C

omo o Pai me ama, assim também eu vos amo. Permanecei no meu amor”. (Jo 15,4)

Desde a sua criação em 1941, a Paróquia São João Evangelista, nunca deixou de rezar pelo aumento das vocações sacerdotais e religiosas. Todos os párocos e vigários paroquiais que exerceram ou exercem atividades em Biguaçu, sempre solicitavam e solicitam orações aos fiéis para o surgimento de vocações entre as famílias biguaçuenses.

“A

messe é grande, mas os operários são poucos. Pedi pois, ao Senhor da messe que envie operários”. (Mt 9, 37-38) O Seminário de Azambuja (Brusque-SC), foi o que recebeu maior número de meninos e jovens vocacionados para o sacerdócio oriundos de Biguaçu. Até o final do século XX, estudaram no Seminário de Azambuja, mais de 50 meninos e jovens naturais de Biguaçu, onde apenas alguns foram escolhidos por CRISTO, e que alcançaram a graça do sacerdócio. CAPÍTULO VI

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No ANEXO XI, no final do livro, apresentamos uma relação de seminaristas elaborada pelo Pe. Pedro Adolino Martendal, e que nos foi cedida gentilmente. Quanto as vocações femininas, também ocorreram chamamentos, porém em número muito reduzido, onde poucas foram consagradas. Oportuno salientar neste momento, que será necessária uma pesquisa em maior profundidade, quanto ao chamamento de meninas e jovens de Biguaçu para o ingresso em Ordens Religiosas. O atual pároco Pe. José Luiz de Sousa, os vigários paroquiais Pe. Joselito Schmitt, Pe. Valdir Staehelin, e o Pe. João Elias Antero, estão sempre rezando, incentivando e apoiando em todo o território paroquial, nas capelas, nas comunidades familiares, pelo surgimento de vocações sacerdotais e religiosas. Por outro lado, graças a Deus, a paróquia recebe a dedicação e o amor missionário de Irmã Viola Feltrin, que reside em Biguaçu, atendendo diversas pastorais, principalmente os Grupos Bíblicos em Família e a Pastoral Religiosa. Retornando ao tema principal deste Capítulo, relacionamos no ANEXO XII, que está no final do livro, os padres que nasceram em Biguaçu, onde lembramos do ditado popular que diz assim: “Pouco com Deus é muito”. Recentemente mantivemos uma conversa com o Pe. Olívio Guesser, onde afirmou que foi o primeiro ordenado na nova Matriz de Biguaçu.

Pe. Olívio Guesser Nascimento em 12.01.1935 Ordenação em 13.12.1964 A seguir relacionaremos os padres naturais de Biguaçu: 64

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1 - Pe. Pedro Adolino Martendal Nascimento em 16.07.1939 Ordenação em 04.07.1965 Ofício atual : Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Desterro – Catedral. Coordenação do Ministério da Visitação e da Benção. 2 – Pe. Norberto Debortoli Nascimento em 07.08.1942 Ordenação em 25.07.1968 Ofício atual: Auxiliar na Paróquia São Francisco de Assis - Aririú, em Palhoça.

. 3 – Pe. Jair Manoel Duarte Nascimento em 27.07.1961 Ordenação em 02.08.1986 Faleceu em 22.08.1998

4 – Pe. João Elias Antero Nascimento em 18.02.1951 Ordenação em 10.12.1988 Ofício atual: Vigário Paroquial da Paróquia São João Evangelista – Biguaçu.

CAPÍTULO VI

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5 – Pe. Alcides Albony Amaral Nascimento em 07.09.1968 Ordenação em 13.06.1998 Ofício atual: Pároco da Paróquia São Francisco Xavier – Florianópolis.

6 - Pe. Marcelo Henrique Fraga Nascimento em 26.01.1971 Ordenação em 01.07.2006 Ofício atual: Pároco da Paróquia São Francisco de Assis – Aririú – Palhoça.

7 – Pe. Frei . Ivanildo Francisco Cregi (OFM) Nascimento em 31.07.1971 Ordenação em 08.07.2007 Ofício atual:Administrador Paroquial da Paróquia Nossa Senhora das Graças, da Diocese de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. 8 – Pe. Leandro José de Souza Nascimento em 14.08.1977 Ordenação em 05.06.2010 Ofício atual: Administrador Paroquial da Paróquia Sant’Ana- Colônia Santana , em São José.

9 – Pe. Silvio José Kremer Nascimento em 04.02.1984 Ordenação em 05.06.2010 Ofício atual: Administrador Paroquial da Paróquia Sagrado Coração de Jesus , em Paulo Lopes.

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CAPÍTULO VII MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS DA SAGRADA COMUNHÃO

“S

ede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso”. (Lc, 6,36)

Para que um leigo, católico praticante, de conduta irrepreensível, possa exercer a função de Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão, também será necessário que a nomeação seja feita através de uma Provisão. Em 1992 e 1993, o pároco Pe. Gilberto Mafra solicitou ao Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, Dom Eusébio Oscar Scheid, a CAPÍTULO VII

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nomeação de fiéis paroquianos, totalizando quase 50 pessoas, de ambos os sexos, para exercerem as funções de Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão, para a Igreja Matriz e diversas Capelas, sendo prontamente atendido. A relação com os respectivos nomes dos agraciados encontra-se no Arquivo Paroquial de Biguaçu. A Provisão confirma os nomes indicados e ainda acrescentava: “Nos termos do Cân, 911 § 2º, em caso de necessidade e com a devida autorização os Ministros aqui designados podendo, inclusive, levar a Comunhão por Viático aos Enfermos”.

Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão Sr. Cândido de Aquino

Assim ficaram resolvidos os problemas oriundos na Matriz e nas capelas, face o aumento do número de fiéis devido o crescimento constante da população. Por outro lado, as pastorais ficaram mais enriquecidas com o engajamento dos Ministros.

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CAPÍTULO VIII CAPELAS

“P

orque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles”. (Mat 18,20)

Capela é uma pequena igreja, geralmente de um só altar, com a finalidade de melhor atender aos fiéis em suas comunidades. É um espaço consagrado a culto. Toda capela têm um padroeiro ou padroeira. Poderá ocorrer dois Santos padroeiros identificando uma capela. As capelas são assistidas pelo pároco, pelos vigários paroquiais, pelos diáconos permanentes, de conformidade com um CALENDÁRIO ANUAL, previamente preparado. Missas, cultos dominicais, novenas, procissões, batizados, primeiras comunhões, crismas, casamentos, cursos, encontros, festas, etc., tudo é agendado antecipadamente, evitando assim que alguma comunidade deixe de ser atendida. Toda capela é administrada por um Conselho de Pastoral Comunitário (CPC), constituído de leigos, tendo o pároco como presidente nato. Na Igreja Matriz fica a Coordenação do Conselho de Pastoral Paroquial (CPP). CAPÍTULO VIII

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A própria Matriz também têm o seu Conselho de Pastoral Comunitário (CPC), com as mesmas normas que são estabelecidas para as capelas, com raras exceções. A igreja Matriz é a cabeça de um corpo chamado paróquia, e as capelas são os seus membros. Quanto ao apostolado leigo, a maioria das capelas possuem um trabalho ativo coordenado. Outras por motivos diversos, deixou de funcionar ou não foi ainda implantado. Já as pastorais, quando não há em determinadas capelas, a matriz ou mesmo uma capela próxima, sempre prestam os devidos atendimentos. Na Paróquia São João Evangelista, seja na Matriz ou em capelas maiores, existem Equipes de Pastorais, Movimentos de Irmãos, Grupos de Jovens, que prestam assistência quando necessário, isto é, em comunidades carentes de leigos preparados e vocacionados, sempre de acordo com um agendamento previamente estabelecido, e com a aprovação e orientação do pároco. A Paróquia de Biguaçu sempre recebeu muito bem os trabalhos das Irmãs Religiosas, onde destacamos a Irmã Celeste, a Irmã Gema ,a Irmã Eunice Berri, e a Irmã Viola Feltrin.

Irmã Celeste

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Irmã Viola Feltrin

1 – CAPELA DE SÃO MIGUEL ARCANJO

Comunidade: São Miguel (Distrito de Guaporanga) Criação: 1752 Dados históricos:vide capítulo I do livro. Principais festas religiosas :Do Divino Espírito Santo, no mês de junho. Do padroeiro São Miguel Arcanjo, no mês de setembro. Conselho Pastoral Comunitário (CPC) – 2009 – 2011 Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Sousa 1º Coordenador: Salete Maria Bernz 2º Coordenador: Maria das Graças Venâncio 1º Secretário: Ingeburg Dekker 2º Secretário: Maria da Graça Carvalho Administrador Econômico: Alenarri Pizzatto CAPÍTULO VIII

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2 – CAPELA SANTA CATARINA

Comunidade: Santa Catarina (Rodovia SC-408) Criação: 1898 Dados históricos: em 1898 foi construída a primeira capela, era de alvenaria, foi demolida em 1947 com a finalidade de fazer uma igreja maior e mais espaçosa. O terreno foi doado pelo agricultor senhor Romão Schwartz. A nova capela de alvenaria, recebeu os serviços do senhor Laudelino Debortoli, na função de pedreiro, Já os trabalhos de carpintaria e pintura ficou com o senhor Manoel Lopes. A inauguração foi em 29 de agosto de 1948, onde o senhor João Adão Raitz foi quem abriu as portas do templo por ter sido o arrematante vencedor. Muitos fiéis batalharam pela comunidade, onde um nome ficou marcado na mente de todos, foi o do senhor Sérgio Damásio Pereira. A comunidade afirma que o sino da capela foi comprado pelo Pe. Jacob Slatter, da paróquia de Tijucas, e que ele doou para a igreja. A Igreja Católica recebeu da comunidade de Santa Catarina: um sacerdote, um diácono permanente, e três irmãs religiosas. O sacerdote é o Pe. Norberto Debortoli. O diácono permanente foi o senhor Daniel Lopes, que durante muitos anos deu assistência aos fiéis católicos (faleceu em 20 de setembro de 2006). Já as três religiosas foram a Irmã Dulce, Irmã Maria Rossi, e a Irmã Alaíde. 72

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Durante o período em que a paróquia foi administrada pelo pároco Pe. Francisco José Gesser (Pe. Chico), a capela Santa Catarina foi devidamente restaurada. Pastorais: da Liturgia, da Catequese, do Dízimo, da Música, e da Juventude. Apostolado leigo: Apostolado da Oração. Grupo de Irmãos. Principais festas religiosas: do Sagrado Coração de Jesus e São Luiz Gonzaga, no mês de janeiro. Da padroeira Santa Catarina de Alexandria, no mês de novembro. Conselho Pastoral Comunitário (CPC) – 2011 – 2013 Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Sousa 1º Coordenador: Luiz Carlos Lopes Bastos 2º Coordenador: Paulo Felício Cardoso 1º Secretário: Elisângela Maria Felício Cardoso 2º Secretário: Gabriel Arcanjo de Amorim Lopes Administrador Econômico: Márcia Cristofoline Debortoli. 3 – CAPELA SÃO SEBASTIÃO

Comunidade: Limeira – Três Riachos Criação: 1908 Dados históricos: uma pequena capela foi construída em 1908. Foi demolida mais tarde para a construção de uma igreja maior. A benção da pedra fundamental, ocorreu no dia 23 de novembro de 1934, através do Bispo Diocesano de Lages, Dom Daniel Hostin CAPÍTULO VIII

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(por delegação do Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, Dom Joaquim Domingues de Oliveira). A comunidade, neste ato, contou com a presença do pároco de Tijucas, Pe Jacob Slatter, que sempre prestigiava e apoiava os eventos católicos em Biguaçu. A nova capela ficou pronta em 1942, graças ao empenho constante da comunidade de Limeira e vizinhança. Os autores receberam do professor Salvador Campos, de Três Riachos, uma cópia de um documento sob o título “Histórico do Movimento Religioso de Três Riachos”, onde consta em detalhes todo o desenrolar para a construção da capela São Sebastião. A pesquisa foi feita pelo senhor Idalmiro Nicodemos Martins, através de registros escritos e de memórias de algumas pessoas idosas. A comunidade de Limeira jamais esquece a presença marcante e o apoio dado pelo saudoso Cônego Rodolfo Pereira Machado. No referido documento histórico, estão relacionados os nomes de todas as pessoas que mais lutaram e trabalharam em favor da capela São Sebastião. Verifique no anexo XV, no final do livro, a história completa do movimento religioso de Três Riachos. Durante o período em que a paróquia de Biguaçu foi administrada pelo pároco Pe..Francisco José Gesser (Pe. Chico), a capela São Sebastião, de Limeira foi restaurada. Pastorais: da Catequese, de Batismo, da Liturgia, da Música, do Dízimo. Apostolado Leigo: Apostolado da Oração. O Diácono Permanente, senhor Manoel Vírgilio de Andrade, durante muitos anos presidiu o culto dominical da capela, onde era auxiliado pelo Ministro da Eucaristia, senhor Apolinário Guesser. Festas religiosas mais importantes: a Festa do Padroeiro São Sebastião, no mês de janeiro, e a Festa do Sagrado Coração de Jesus, no mês de junho. Conselho Pastoral Comunitário (CPC) – 2010-2012 Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Sousa 1º Coordenador: Lídia Ivone dos Santos Manerich 2º Coordenador: Valdete Maria da Conceição 74

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1º Secretário: Marciana Maria da Conceição Guesser 2º Secretário: Sebastião Júlio Junkes Administrador Econômico: Marcilene Schmitz Guesser 4 – CAPELA SANTA CRUZ

Comunidade: Santa Cruz – Alto Biguaçu Criação: 1912 Dados históricos: a primeira capela que foi construída em 1912, era de madeira, muito pequena. Foi demolida muitos anos depois para a construção de outra, desta vez de alvenaria, cuja inauguração ocorreu em 1971. Foram promovidas festas e bingos pela comunidade com a finalidade de arrecadar dinheiro para suprir as despesas com materiais empregados na nova capela, tudo sob a orientação, naquela época, do vigário paroquial, Pe Francisco Costa, de saudosa memória. Pastorais: do Batismo, da Música, da Catequese, do Dízimo, da Liturgia, Vocacional, e Grupo Bíblico em Família. Apostolado leigo: Apostolado da Oração. Festas religiosas importantes: Festa da Santa Cruz, no mês de maio, Festa do Senhor Bom Jesus, no mês de agosto. O Diácono Permanente, Senhor Ademiro Antônio Kretzer, muito estimado pelos fiéis, há muito anos dedica seu apostolado integralmente para toda a comunidade. CAPÍTULO VIII

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Os eventos religiosos que são realizados na capela são prestigiados, onde as Missas, os Cultos Dominicais recebem a participação de muitas pessoas, lotando o pequeno espaço físico existente. Conselho Pastoral Comunitário (CPC) – 2010 – 2012 Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Sousa 1º Coordenador: Aldo Askel 2º Coordenador: Maria Inês Reitz 1º Secretário: Anderson Lúcio Prim 2º Secretário: Danielli da Silva Farias Administrador Econômico: Daiana Cristina Ferreira Martendal. 5 – CAPELA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

Comunidade: Sorocaba de Fora – (do Norte) Criação: 1917 Dados históricos: a primeira capela foi construída em 1917, era de alvenaria. O construtor, senhor Luiz de Souza, utilizou recursos próprios, seus empregados, e a participação de toda a comunidade. Foi o senhor Luiz de Souza que fez a doação da primeira imagem do padroeiro. A primeira capela foi demolida em 1968 ou em 1969. Poderia ter ocorrido mais tarde, pois faltam documentos da data exata. A imagem do padroeiro foi substituída por uma nova e maior, vinda da igreja Matriz, e entregue pelo Cônego Rodolfo Pereira Machado. 76

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Depois a imagem foi transferida para a nova e atual capela, cuja inauguração ocorreu em 31 de janeiro de 1982. Ressaltamos que, na construção da capela, inicialmente, recebeu a orientação do vigário paroquial Pe. Nilton João Ramos. Durante o período da administração do pároco Pe. Francisco José Gesser (Pe. Chico), foi feita uma restauração completa da capela, inclusive uma modificação na fachada da mesma. Pastorais: da Catequese, do Dízimo, e da Liturgia. Apostolado Leigo: Apostolado da Oração. Festa religiosa importante: Festa de Nossa Senhora do Bom Parto, no mês de novembro. Conselho Pastoral Comunitário (CPC) – 2009 – 2011 Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Souza 1º Coordenador: Elizângela Gasperi 2º Coordenador: Amilton Correa 1º Secretário: Graziela Ivone Patrício 2º Secretário: Azailton Altino Adriano Administrador Econômico: Lediane Gasperi 6 – CAPELA SANTO ANTÔNIO

Comunidade: Cachoeiras Criação: 1927 Dados históricos: em 1927, a comunidade construiu uma pequena capela de madeira cuja imagem do padroeiro veio de Portugal, CAPÍTULO VIII

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sendo doada pela Pe. Jacob Slatter, da paróquia de Tijucas, grande apoiador da comunidade. Na década de sessenta, devido o traçado da rodovia, BR-101, a comunidade teve de fazer a demolição da capela de madeira, cumprindo exigência do governo federal. Em 1970, o senhor Nicolau Tomás, fez a doação de um terreno para a construção de uma nova capela, de alvenaria, e afastada da BR 101. Em 12 de abril de 1970, ocorreu a benção da pedra fundamental, destacando-se a liderança marcante do senhor Nicolau Costa de Carvalho, e que foi ordenado Diácono Permanente em 19 de novembro de 1972. O novo Diácono passou a dedicar-se integralmente para a comunidade, que participaram ativamente na construção da nova capela de alvenaria. Durante o período da administração do pároco Pe. Francisco José Gesser (Pe. Chico), foi feita uma reforma no interior da capela Santo Antônio. Já a construção do novo salão de festas foi na atual administração do pároco Pe. José Luiz de Sousa. Pastorais: da Catequese, do Dízimo, da Liturgia, e da Música. Apostolado leigo: Apostolado da Oração A comunidade lembra sempre do apostolado desenvolvido na comunidade pelo Diácono Permanente senhor Nicolau Costa de Carvalho, e que atualmente está afastado por motivo de saúde. Festa principal: Festa de Santo Antônio, no mês de junho. Conselho Pastoral Comunitário (CPC) – 2010-2012 Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Sousa 1º Coordenador: Rafael Machado 2º Coordenador: Fábio Bovee 1º Secretário: Onélia Simas Pereira 2º Secretário: Hildo Manoel da Silva Administrador Econômico: Cláudio Tomaz

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7 – CAPELA SÃO JOÃO BATISTA

Comunidade: Encruzilhada de Três Riachos Criação: 1944 Dados Históricos: a primeira capela, de madeira, foi construída em 1944, pelo carpinteiro, senhor Joaquim Peres. Segundo a história oral da comunidade, a capela recebeu como padroeiro São João Batista, devido o primeiro presidente da diretoria, senhor João Vitor de Andrade, ser muito devoto do santo. Depois foi construída uma segunda capela, de alvenaria, em terreno adquirido pela comunidade. No início da década de setenta, foi demolida a segunda capela, para a construção, no mesmo local, de outra mais espaçosa, cuja pedra fundamental foi lançada em 15 de outubro de 1975. Foram muitos os defensores da comunidade Encruzilhada de Três Riachos, da capela de São João Batista, citando como exemplos, o Cônego Rodolfo Pereira Machado , os senhores, Venceslau Coutinho , Manoel Pereira e João Vitor de Andrade. No período da administração do pároco Pe. Francisco José Gesser (Pe. Chico), foi construído um Centro Pastoral, com salas para a Catequese, e um salão para eventos. Quanto a restauração da igreja com nova fachada, salão e cozinha, foi na administração do atual pároco Pe. José Luiz de Sousa. CAPÍTULO VIII

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Pastorais: da Catequese ,do Dízimo , da Liturgia , e da Música. Apostolado leigo :Apostolado da Oração. Movimento de Irmãos e grupo Bíblico em família. Festas principais: Festa de Nossa Senhora de Lourdes, no mês de fevereiro, Festa de São João Batista, no mês de junho. A festa do Padroeiro São João Batista é muito famosa em toda a paróquia devido aos festejos programados. Conselho Pastoral Comunitário (CPC) - 2009-2011 Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Sousa 1° coordenador: Tânia Maria de Faria Machado 2° coordenador: José Euclides Manes 1° Secretário: Josiane Klein 2° Secretário: Wagner Edi Souza Administrador Econômico: Jailson José da Silva. O Diácono permanente Aldo Olívio Martins é muito estimado pelos fiéis da comunidade de Encruzilhada, onde presta valiosa assistência. 8 – CAPELA SÃO JOSÉ

Comunidade : Amâncio Criação : 1944 Dados históricos: Comunidade de acesso difícil, devido estar localizada em uma região montanhosa. São poucas as famílias que fixaram residências na região. 80

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A primeira capela foi construída com madeiras retiradas das matas próximas, por doações de diversas famílias. A atual capela de alvenaria , foi construída entre os anos de 1970-1971, onde receberam auxílio das famílias de Sorocaba de Dentro(do Sul).O pároco Cônego Rodolfo Pereira Machado, sempre marcou sua presença naquela comunidade, onde pernoitava na capela. Quando é celebrada uma Missa, os poucos fiéis da comunidade atendem da melhor forma possível nas leituras e nas músicas. Devido o pequeno número de famílias residentes na comunidade, ainda não foi possível formar um Conselho Pastoral Comunitário (CPC). O atual pároco e os vigários paroquiais estão em permanente contato com a comunidade de Amâncio, sendo visitada recentemente no Dia de Finados. Vale ressaltar as belezas naturais da comunidade, principalmente uma bela cachoeira,onde o turismo poderia atrair visitantes e consequentemente o desenvolvimento do lugar. 9 - CAPELA NOSSA SENHORA APARECIDA

Comunidade:Sorocaba do Sul (de Dentro) Criação: 1944 Dados históricos: a primeira capela construída foi de alvenaria, sob a coordenação do pároco Pe. Rodolfo Pereira Machado, que CAPÍTULO VIII

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havia tomado posse da paróquia São João Evangelista de Biguaçu no ano de 1943. A maioria da comunidade participou da construção da capela , como a mão de obra. Antes da construção da capela, o Pe. Jacob Slatter, da paróquia de Tijucas, era quem dava assistência religiosa aos fiéis da localidade. Devido a capela ser muito pequena, foi construída uma nova, cuja pedra fundamental foi lançada em 31 de março de 1964, cujo pedreiro foi o Sr. Otávio Piazza, da cidade de Nova Trento. Quanto a coordenação dos trabalhos coube ao morador da localidade, Sr. Próspero Sperandio. Todos participaram da construção da capela, ressaltando-se o empenho das famílias Feltz, Côrrea , Sperandio, Delagnello, Orsi, Gasperi, e muitas outras, O senhor Constante Gasperi, disponibilizou sua serraria para os construtores. Anos mais tarde, no período da administração do pároco Pe. Francisco José Gesser (Pe. Chico) foi feita uma reforma total na capela, sendo coordenador dos trabalho o senhor Arno Corrêa. Ocorreu uma reforma completa no salão de festas na administração do atual pároco Pe. José Luiz de Sousa. Atualmente,Sorocaba do sul é um distrito de Biguaçu, com um Cartório na comunidade. Pastorais: da Catequese,do Dízimo, da Liturgia, e da Música Apostolado leigo: Apostolado da Oração. Festas Principais: Festa de São José, no mês de abril. Festa da padroeira Nossa Senhora Aparecida, no mês de outubro. Conselho Pastoral Comunitário (CPC) – 2010-2012 Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Sousa. 1º Coordenador: Reinaldo Delagnello e Terezinha Delagnello 2º Coordenador: Maicon Corrêa e Vanessa Corrêa 1º Secretário: André Feltz e Juliana Feltz 2º Secretária: Arno Corrêa e Maria da Glória Corrêa. Administrador Econômico:Felisbino Corrêa

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10 – CAPELA SÃO MATEUS

Comunidade: São Mateus – Três Riachos Criação: 1954 Dados históricos: a construção da capela, de alvenaria, na área chamada de Espanha pelos antigos moradores, foi no terreno doado pelo senhor Manoel Rita. No início, após a construção da capela, os fiéis das comunidades de São Marcos e de Canudos, frequentavam o templo para participarem das Missas, das novenas, e outros eventos religiosos. Foi a própria comunidade que adquiriu a imagem do padroeiro São Mateus, sendo a primeira Missa realizada em 19 de junho de 1954. A benção da pedra fundamental da capela de São Mateus, ocorreu em 20 de fevereiro de 1958. Foram responsáveis pela construção da capela, o pároco Cônego Rodolfo Pereira Machado, e os senhores João Goularte, Manoel Laurindo, e Atanásio Fidélis. Bem mais tarde, no período da administração do pároco Pe. Francisco José Gesser (Pe. Chico), a capela foi demolida para ser construída uma totalmente nova, sendo o projeto concretizado. Também foram construídas novas salas para a catequese, na atual administração do pároco Pe. José Luiz de Sousa. CAPÍTULO VIII

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Pastorais: da Catequese, do Dízimo, da Liturgia, e da Música. Apostolado leigo: Apostolado da Oração. Movimento de Irmãos. Grupo de Jovens. Festas principais: Festa de Santa Cruz, no mês de maio. Festa do padroeiro São Mateus, no mês de setembro. Conselho Pastoral Comunitário (CPC) – 2010 – 2012 Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Sousa 1º Coordenador: Edinei João de Souza 2º Coordenador: Rosiane Alvina de Aquino 1º Secretário: Mariel Bett 2º Secretário: Andréia Machado Bett Administrador Econômico: Andrei Pedro Machado 11 – CAPELA SANTA TEREZINHA

Comunidade: Estiva Criação: 1962 Dados históricos: comunidade antiga formada por famílias de Estiva, e Inferninho. O construtor da capela, de madeira, foi o senhor Acácio Binhotti, de Sorocaba de Dentro (do Sul). A imagem de Santa Terezinha, segundo a história oral da localidade, foi uma doação de um senhor conhecido por “Vadico”, de Ganchos. 84

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A capela passou por reformas, até que foi construída uma de alvenaria. Foi nesta comunidade que nasceu o Pe. João Elias Antero, atualmente exercendo o cargo de vigário paroquial de Biguaçu. Pastorais: da Catequese, do Dízimo, da Liturgia, e da Música. Festa principal: da padroeira Santa Terezinha, no mês de outubro. Conselho Pastoral Comunitário (CPC) – 2010 – 2012 Presidente: Pároco Pe. João Luiz de Sousa 1º Coordenador: Rita de Cássia Alves Amelco 2º Coordenador: José Ari Amelco 1º Secretário: Odácia Lauriete Pereira de Souza 2º Secretário: Salete Maria Adriano de Souza Administrador Econômico: Zildo Luiz de Souza 12 – CAPELA SENHOR BOM JESUS

Comunidade: Fazenda de Dentro Criação: 1965 Dados históricos: antes da construção da capela, os fiéis viajavam até a comunidade de Sorocaba de Fora (do Norte), para participarem das Missas dominicais. As rezas, cultos e novenas, realizavam em casas de famílias de Fazenda de Dentro, gentilmente cedidas, até que foi doado um terreno para a construção de uma capela, de alvenaria. CAPÍTULO VIII

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A preparação do terreno iniciou em 1965, onde foi construído um Salão de Festas, servindo também para a celebração de Missas, etc. A pedra fundamental da capela foi lançada em 1970, sendo que a coordenação dos trabalhos de construção foi exercida pelos senhores João Alves da Silva e Hercílio Manoel Marcelino. A imagem do padroeiro foi doado pelo Cônego Rodolfo Pereira Machado, pároco de Biguaçu. A reforma interna da igreja, e o forro no Salão de Festas, foi na administração do atual pároco Pe. José Luiz de Sousa. Pastorais: da Catequese, do Dízimo, da Liturgia e da Música. Apostolado leigo: Apostolado da Oração. Movimento de Irmãos. Grupo de Jovens. Festas principais: Festa de São Sebastião, no mês de janeiro. Festa do padroeiro Senhor Bom Jesus, no mês de agosto. Conselho Pastoral Comunitário (CPC) – 2010 – 2012 Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Sousa 1º Coordenador: Antônio Pedro Nau e Roseli Adriano Nau 2º Coordenador: Paulo Gergílio Vieira e Sueli Ana da Silva Vieira 1º Secretário: Manoel Vidal da Luz e Dalva Emília Vieira 2º Secretário: João Crispim da Silva Filho e Verônica Ana da Silva Administrador Econômico: Caroline Goedert 13 – CAPELA SÃO MARCOS

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Comunidade: São Marcos – Três Riachos Criação: 1968 Dados Históricos: até a década de sessenta do século passado, a comunidade era chamada de “Rua Velha”, ou de “Morro das Laranjeiras”. Em 1968 havia uma casa de madeira que servia de capela, onde os moradores se reuniam para as celebrações litúrgicas. A pedra fundamental da atual capela, de alvenaria, foi colocada em 1974, cuja inauguração ocorreu no início da década de oitenta, isto é, no ano de 1981. A capela São Marcos, teve o incentivo e apoio do Pe. Nilton João Ramos, na época era o vigário paroquial de Biguaçu, e também da família Petri. Segundo a história oral da comunidade, o nome do padroeiro da capela foi uma sugestão do Pe. Nilton, sendo prontamente aceito por todos. Pastorais: de Catequese, do Dízimo, da Liturgia, e da Música. Apostolado leigo: Apostolado da Oração. Festas principais: Festa do padroeiro São Marcos, no mês de maio. Festa de Nossa Senhora do Rosário, no mês de outubro. Conselho Pastoral Comunitário (CPC) – 2010 – 2012 Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Sousa 1º Coordenador: Ronaldo Tomé Silveira 2º Coordenador: Luiz Roberto Francisco 1º Secretário: Marilda Maria Martins 2º Secretário: Andréia Rosa de Souza Administrador Econômico: Rafael Francisco Conrat Atualmente a comunidade de São Marcos tem uma igreja totalmente nova, sendo iniciada no ano de 2010, sob a administração do pároco Pe. José Luiz de Sousa.

CAPÍTULO VIII

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14 – CAPELA SÃO PEDRO

Comunidade: Saudade Criação: 1982 Dados históricos: inicialmente a comunidade usava as dependências de uma antiga Escola Reunida do Estado, com a finalidade de celebrar Missas, novenas, orações, e também para festas. O local servia para reuniões com o objetivo de traçar metas para a construção de uma capela, de alvenaria, que era o maior sonho da comunidade. Atendendo um pedido do pároco Pe. Lúcio Espíndola dos Santos, o agricultor senhor Belarmino Francisco Farias, fez a doação de um terreno para a construção da capela. Há necessidade de um esclarecimento quanto ao nome do padroeiro da capela. Na época em que usavam o espaço físico da antiga escola estadual, o santo padroeiro da comunidade era “São Pedro”. Por outro lado, devido uma promessa e graça alcançada, uma família fez a doação de uma imagem de “Nossa Senhora dos Pobres”, com o objetivo de ser a padroeira da capela. Por decisão da maioria, a comunidade aceitou, definitivamente, como padroeiro “São Pedro”, que era muito venerado pelos fiéis. Na época em que a paróquia foi administrada pelo pároco Pe. Francisco José Gesser (Pe. Chico), foi construída, de alvenaria, uma capela totalmente nova. 88

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Pastorais: da Catequese, do Dízimo, da Liturgia, e da Música. Apostolado leigo: Apostolado da Oração. Festa principal: Festa do padroeiro São Pedro, no mês de julho. Conselho Pastoral Comunitário (CPC) – 2010 – 2012 Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Sousa 1º Coordenador: Sérgio Valdir Furtado 2º Coordenador: Eliane Maria Ferreira Furtado 1º Secretário: Maria José da Silva 2º Secretário: Adriana G. Hemkemaier Administrador Econômico: Alexandre Hemkemaier 15 – CAPELA SANT´ANA

Comunidade: Prado Criação: 1982 Dados históricos: em determinado dia do ano de 1982, no recinto da Escola Municipal Donato Alípio de Campos, a comunidade reunida, participou da celebração de uma Missa, onde na ocasião decidiram pela construção de uma capela sob a invocação de Sant’Ana. Os antigos moradores da comunidade, principalmente os negros, sempre dedicaram especial devoção à Sant´Ana, fazendo festas e danças. Por outro lado, o pároco Pe. Lúcio Espíndola dos Santos, demonstrava que não aprovava a construção de uma capela devido a proximidade com a Matriz. CAPÍTULO VIII

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Um imóvel escolhido pela comunidade foi transformado em Centro Comunitário. Vendo as boas intenções da comunidade, o pároco Pe. Lúcio, fez a doação de uma imagem de Sant´Ana, que estava na Matriz. Com a transferência do Pe. Lúcio para nova missão, assumiu a paróquia de Biguaçu, o Pe. Hélio da Cunha. O novo pároco deu organização e o apoio para o surgimento de uma capela na comunidade, onde o Centro Comunitário foi transformado na capela de Sant´Ana. Foi organizada em 1983, a primeira diretoria para o conselho da capela formada pelos senhores José Manoel da Cunha Júnior (Déco), Ambrósio Schwartz, Moacir Cesconetto, e outros. Pastorais: da Catequese, da Liturgia, e do Dízimo. Apostolado leigo: Grupo de Jovens. Ação Social. Grupo Bíblico em Família. Festas principais: Festa de Dom Bosco, no mês de março. Festa de Sant´Ana e São Joaquim, no mês de julho. Conselho Pastoral Comunitário (CPC) – 2010 – 2012 Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Sousa 1º Coordenador: Albertina Machado Reginaldo 2º Coordenador: Anésio José Reginaldo 1º Secretário: Claudete Maria da Conceição Mendes 2º Secretário: Cinay Hilda Silveira Administrador Econômico: Lindomar da Silva Vamos transcrever integralmente um documento que recebemos por gentileza de Lenice Silva de Souza do Nascimento, que consideramos um resgate histórico importante de uma comunidade, onde esperamos que o exemplo sirva de incentivo para que outras comunidades façam o mesmo. A transcrição está no ANEXO XIII, no final deste livro, sob o título de CAPELA DE SANT´ANA – PRADO. 90

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16 – CAPELA SANTA TEREZINHA

Comunidade: Jardim Janaina Criação: 1983 Dados históricos: o terreno onde foi construído o primeiro salão, foi doado pela municipalidade de Biguaçu, na gestão do prefeito Arlindo Corrêa. Para a construção de uma capela, de alvenaria, e um salão para festas, a comunidade através do Conselho Pastoral Comunitário, comprou mais três lotes de terra, com o apoio do Pároco Pe. Lúcio Espíndola dos Santos, tendo inclusive emprestado dinheiro da paróquia, sendo que a capela fez, posteriormente, os devidos pagamentos do empréstimo. Merecem destaques: Dona Laura (Laura da Silva Zilli), Dona Nésinha (Maria Onésia Caetano), Dona Salete (Maria Salete Martins Cordeiro), grandes batalhadoras para arrecadar fundos para a construção da capela. Inclusive procuraram diversas empresas de Florianópolis e de São José, pois a comunidade pouco ajudava devido a quantidade de famílias carentes. Demorou alguns anos para a capela ficar pronta, inclusive o novo salão, no entanto, valeu o sacrifício. O senhor Nilson D´Agostin, é o Diácono Permanente da Comunidade e da capela, sendo muito querido por todos. CAPÍTULO VIII

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Ministros da Eucaristia é exercido por quatro membros da comunidade. Pastorais: da Catequese, do Dízimo, da Liturgia, e da Música com a Banda “Jovens Unidos no Amor”. Grupo Bíblico em Família. Renovação Carismática Católica. Apostolado leigo: Apostolado da Oração. Legião de Maria, com quatro grupos (juvenil, jovens e dois de adultos). Há também uma Ação Social Comunitária, onde mantém uma horta no próprio terreno da capela. Festas principais: da padroeira Santa Terezinha, no mês de outubro. Do segundo padroeiro São José, no mês de maio. Conselho Pastoral Comunitário (CPC) – 2010 – 2012 Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Sousa 1º Coordenador: Maria Salete Martins Cordeiro 2º Coordenador: Nadir Maria Beleck 1º Secretário: Patrícia Ferreira Martins 2º Secretário: Tiago Soares Administrador Econômico: Anésio Martins Cordeiro 17 – CAPELA SÃO FRANCISCO

Comunidade: Morro da Boa Vista Criação: 1983 92

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Dados históricos: inicialmente a comunidade era formada por agricultores, e a localidade era chamada de “Morro do Cacheiro”. Durante muitos anos eram realizadas novenas e festas na casa de Dona Luzia Paulina de Souza, em honra de São João Batista. Os agricultores reduziram suas plantações, ou abandonaram o plantio. A comunidade, no entanto, foi aumentando com a chegada de novas famílias. O “Morro do Cacheiro” passou a ser chamado de “Morro da Boa Vista”, que havia sido dado pelo Cônego Rodolfo Pereira Machado. Em 14 de maio de 1983, foi formada uma diretoria com a finalidade de obter recursos para a aquisição de um terreno para a construção de uma capela, tendo como padroeiro São Francisco. Uma antiga Escola Municipal foi transformada em “Casa São Francisco”. Em 1986, a diretoria comprou um terreno para a futura capela. Por outro lado, a antiga Escola Municipal, de madeira, foi transformada em local para a celebração de Missas e Novenas, até que houvesse condições de ser construída uma capela de alvenaria. A atual capela foi totalmente restaurada, com novo galpão para festas, o terreno foi cercado, onde a comunidade recebeu ajuda da Matriz, tudo na administração do pároco Pe. José Luiz de Sousa. Pastorais: da Catequese, da Liturgia, e da Música, todas pelo empenho de alguns fiéis. Apostolado leigo: da música, que é assumida pelo segundo coordenador Sander Lúcio Kock. Festa principal: do padroeiro São Francisco, no mês de outubro. Conselho Pastoral Comunitário (CPC) – 2011 – 2013 Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Sousa 1º Coordenador: José João de Souza 2º Coordenador: Sander Lúcio Kock 1º Secretário: Danyella Junkes 2º Secretário: Robert Zimmermann Administrador Econômico: Vendelino Aloísio Junkes Nos serviços de secretaria, a senhora Daulita recebeu o auxílio de sua filha. CAPÍTULO VIII

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Existe entre os fiéis as mais variadas desculpas para não ocuparem cargos no Conselho Pastoral Comunitário da capela. Os fiéis que realmente ajudam são poucos. Existem dificuldades na comunidade entre as famílias carentes. O pároco têm procurado animar e incentivar os leigos para que assumam tarefas de verdadeiros apóstolos. Já foi, por diversas vezes, feito o chamamento daqueles que estão afastados da igreja sem motivos justificáveis, principalmente os jovens. A comunidade têm fé e acredita muito em dias melhores. 18 – CAPELA NOSSA SENHORA DOS NAVEGANTES

Comunidade: Praia João Rosa Criação: 1984 Dados históricos: a comunidade constituída na maioria de pescadores, desde a década de cinquenta, sempre no mês de maio, organizava uma grande festa na praça da Matriz, tendo como ponto alto a procissão de Nossa Senhora dos Navegantes, cuja imagem descia de barco pelo rio Biguaçu, e no sábado retornava ao lugar de origem com uma procissão luminosa e muitos foguetes. 94

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Como a comunidade crescia rapidamente com a chegada de novas famílias, as lideranças comunitárias sentiram a necessidade de ser construída uma capela de alvenaria. Após recebido o apoio necessário do pároco Pe. Lúcio Espíndola dos Santos, as lideranças comunitárias, através do senhor Carlos Machado, das senhoras Dona Zulma e Dona Dalva, iniciaram uma campanha para a construção da capela. A doação do terreno foi através dos senhores Antônio Cúrcio, Rubens Zimmermann, Hamilton Adriano e Idalécio Oliveira. Durante a construção toda a comunidade contribuiu, tanto em material, como financeiramente. Na época da administração do pároco Pe. Francisco José Gesser (Pe. Chico), foram feitos os acabamentos finais da capela. A capela ganhou um segundo padroeiro, São Pedro, cuja imagem foi doada pelo senhor Olivério Vieira Corte. A matriz perdeu sua maior festa mariana, no entanto, a paróquia ganhou uma nova capela, cujos fiéis fervorosos, deram continuidade aos festejos em honra de Nossa Senhora dos Navegantes, e de São Pedro. Pastorais: da Catequese, do Batismo, da Liturgia, da Música, e dos Coroinhas. Apostolado leigo: Apostolado da Oração. Legião de Maria. Grupo de Jovens. Grupo Bíblico em Família. Festas principais: Festa de Nossa Senhora dos Navegantes, no mês de fevereiro. Festa de São Pedro, no mês de julho. Conselho Pastoral Comunitário (CPC) – 2010 – 2012 Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Sousa 1º Coordenador: Zélia Emília Vieira Ferreira 2º Coordenador: Sílvio Lunardelli 1º Secretário: Jane Márcia da Luz Medeiros 2º Secretário: Elzir Terezinha Beling Administrador Econômico: Dalva Lima Martins Silva CAPÍTULO VIII

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19 – CAPELA SÃO CRISTÓVÃO

Comunidade: Areias de Cima Criação: 1984 Dados históricos: foi na administração do pároco Pe. Lúcio Espíndola dos Santos, que os moradores resolveram construir uma capela sob a invocação de São Cristóvão. Organizada uma comissão, após diversas promoções e festas, foi adquirido um terreno onde construíram um salão paroquial. O salão paroquial foi utilizado para Missas e promoções com a finalidade de arrecadar fundos para a construção da capela. A comunidade recebeu total dedicação, e apoio do pároco, dos senhores Pedro Homem, Valdir Simas, e principalmente do grande benfeitor senhor João Merêncio Simas. A benção da capela, de alvenaria, ocorreu na data de 11 de novembro de 1984. Pastorais: da Catequese, da Liturgia, da Música, e da Infância Missionária. Apostolado leigo: Apostolado da Oração. Festa principal: do padroeiro São Cristóvão, no mês de julho. Conselho Pastoral Comunitário (CPC) – 2011 – 2013 Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Sousa 1º Coordenador: Tânia Osvaldo Nascimento 96

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2º Coordenador: Francisco de Assis Gonçalves 1º Secretário: Iolanda Borges Ludvig 2º Secretário: Arlindo Francisco Ludvig Administrador Econômico: Maria Angélica do Nascimento 20 – CAPELA SÃO SEBASTIÃO

Comunidade: Fundos Criação: 1985 Dados históricos: a construção da capela, de alvenaria, recebeu o apoio total da comunidade, e o incentivo do pároco Pe. Lúcio Espíndola dos Santos. O terreno foi abençoado pelo Senhor Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, Dom Afonso Niehues, na data de 27 de agosto de 1985. A benção da pedra fundamental e o imediato início da construção da capela foi em 2 de abril de 1989. Atualmente, a comunidade unida, através de campanhas e eventos, conseguiu construir um belo e espaçoso salão paroquial. Pastorais: da Catequese, da Liturgia, e da Música. Apostolado leigo: Apostolado da Oração. Grupo de Jovens, o Coral, e o Grupo Bíblico em Família. CAPÍTULO VIII

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Festas principais: do padroeiro São Sebastião, no mês de janeiro. De Nossa Senhora Aparecida, no mês de outubro. Conselho Pastoral Comunitário (CPC) – 2011 – 2013 Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Sousa 1º Coordenador: Andréia da Silva Manoel 2º Coordenador: Nair Sperandio Marcelino 1º Secretário: Maria Cristina Lino Kons 2º Secretário: Amanda da Silva Administrador Econômico: Elias Pedro de Simas 21 – CAPELA SÃO CRISTÓVÃO

Comunidade: Canudos – Três Riachos Criação: 1991 Dados históricos: as famílias da comunidade de Canudos, encontrando dificuldades para participaram das Missas da Capela São Mateus, face a longa distância, resolveram construir sua própria capela. Como não receberam o esperado apoio do pároco Pe. Gilberto Mafra, resolveram pedir autorização ao Senhor Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, Dom Afonso Niehues, tendo a Comissão da futura capela, conseguido a devida permissão. O terreno foi uma doação do senhor Dilmo Fermino Amaral. A construção da capela, de madeira, foi durante o ano de 1991, sendo inaugurada com grande festa na data de 7 de setembro daquele ano. 98

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Posteriormente, foi construída uma capela de alvenaria, e inaugurada na administração do pároco Pe. Francisco José Gesser (Pe. Chico). Quanto a imagem do padroeiro São Cristóvão, foi uma doação do motorista senhor Valdir Manoel de Souza, que residia em Barreiros. Pastorais: alguns fiéis da comunidade sempre assumem algumas tarefas. Também recebem auxílios pastorais das capelas próximas ou da Matriz. Apostolado leigo: tarefas assumidas voluntariamente por membros da comunidade. Festa principal: do padroeiro São Cristóvão, no mês de agosto. Conselho Pastoral Comunitário – 2010 – 2012 Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Sousa 1º Coordenador: Zulmira Argentina Kuhnn 2º Coordenador: Sueli Zulmira Kuhbb 1º Secretário: Adriana Vieira Soares 2º Secretário: Lucas Kunn Rosa Administrador Econômico: Regina Maria Cardoso 22 – CAPELA SÃO LUCAS

Comunidade: Jardim Saveiro Criação: 1995 CAPÍTULO VIII

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Dados históricos: no início tudo era provisório e improvisado, onde num galpão de madeira, eram celebradas as Missas. Quando da visita do Senhor Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, Dom Eusébio Oscar Scheid, em setembro de 1995, a celebração da Santa Missa foi em cima de um palanque de madeira. Para ser construída uma capela de alvenaria, foi uma verdadeira luta e sacrifícios, pois a comunidade era pobre. O Pe. Pedro Adolino Martendal foi um batalhador incansável pela comunidade. Muitos foram os fiéis lutadores pela comunidade em favor da construção de uma capela, principalmente Herondina Müller, Scheila Bittencourt, e Maria Rodrigues Batista, que tudo fizeram para que os objetivos traçados fossem alcançados. Com pequenas promoções e doações, foram conseguindo levar adiante a construção da capela. Apoiados pelo pároco Pe. Francisco José Gesser (Pe .Chico), a construção teve sua continuidade. O atual pároco Pe. José Luiz de Sousa, conseguiu terminar as obras da capela. O elevado número de famílias pobres não têm impedido que a comunidade participe das promoções em favor da capela. Pastorais: da Catequese, Liturgia, Grupo Bíblico, e Ação Social. A capela dispõe de duas Ministras da Eucaristia. Apostolado leigo: exercido por alguns fiéis voluntários: A Pastoral da Liturgia quem está cuidando é a senhora Paula Regina Barbosa, inclusive a Pastoral da Música. A Ação Social dá assistência as famílias pobres. Quanto a Pastoral da Música está faltando formação de lideranças. Festa principal: do padroeiro São Lucas, no mês de outubro. Conselho Pastoral Comunitário (CPC) – 2010 – 2012 Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Sousa 1º Coordenador: Sandra Aparecida Cardoso 2º Coordenador: Marli Terezinha da Silva Silveira 1º Secretário: Kenya Aparecida Cardoso Florêncio 2º Secretário: Maykely Tuane Alves de Lima Administrador Econômico: Olga Iracema Vogivoda 100

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23 – CAPELA SANTA CLARA

Comunidade: Vendaval Criação: 1996 Dados históricos: o terreno para a construção de uma capela foi comprado pela comunidade, quando Pe. Elói Prim era o pároco. O Vereador de Biguaçu, senhor Aclicí João de Campos (Pialo), conseguiu o dinheiro para pagar uma empresa especializada em estaqueamento, isto é, um “bate estaca”. A construção da capela, de alvenaria, ocorreu na administração do pároco Pe. Francisco José Gesser (Pe. Chico). A comunidade organizou bingos e festas para arrumar dinheiro para a construção da capela e um salão. Os responsáveis organizaram campanhas do cimento, dos tijolos, das janelas, das portas, dos bancos, etc., sem esquecer as doações voluntárias das famílias. A capela depois de concluídos os trabalhos, ficou bonita e muito espaçosa, onde o salão é climatizado. Pastorais: da Catequese, da Liturgia, do Dízimo, da Música, da Ação Social, das Vocações, dos Coroinhas. Apostolado leigo: Apostolado da Oração. Legião de Maria, Vicentinos. Música. Ministros da Eucaristia. CAPÍTULO VIII  101


A Pastoral da Música conta com três corais. Coral Santa Clara. Banda Santa Clara. Banda Arco- Iris. Os músicos, quando podem, atendem outras capelas, inclusive a igreja Matriz. Festa principal: da padroeira Santa Clara, no mês de agosto. Conselho Pastoral Comunitário (CPC) – 2011 – 2013 Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Sousa 1º Coordenador: José Conrad 2º Coordenador: Pedro Costa 1º Secretário:Cleonice Moreschi Schmitz 2º Secretário: Maria Domícia Rodrigues Administrador Econômico: Zulmar Lofi 24 – CAPELA MÃE PEREGRINA

Comunidade: Morro da Bina Criação: 1997 Dados históricos: o terreno onde está localizado a capela foi adquirido com dinheiro emprestado pela Matriz, na administração do pároco Pe. Francisco José Gesser (Pe..Chico), sendo que a comunidade continua pagando o débito, parceladamente, até a presente data. 102

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Tudo começou quando a comunidade sentiu que precisavam de uma capela. Com o apoio e incentivo do Pe. Pedro Adolino Martendal, auxiliado pelos voluntários Maria de Melo Krieger, Valério Francisco Krieger, Celina Germano Steinheuser, Dona Nésinha (da comunidade Janaína), deram início com a celebração de Missas em residências particulares, sendo que depois passaram para um salão de um time de futebol da comunidade, em caráter provisório. Uma casa de alvenaria, pequena, existente no terreno que foi adquirido, foi reformada e ampliada, sendo transformada em capela, tendo como padroeira “MÃE PEREGRINA”. O Diácono Permanente, senhor Nilson D´Agostin, da capela do Jardim Janaína, quando chamado, dentro das possibilidades, prestou atendimento aos fiéis da comunidade do Morro da Bina. Atualmente, a Ministra da Eucaristia, senhora Celina Germano Steinheuser, cuida e faz a preparação para a celebração de Missas na capela. Pastorais: da Catequese, do Dízimo, da Eucaristia, e da Liturgia. Apostolado leigo: são poucos os voluntários, principalmente, nota-se a ausência de jovens para a formação da Pastoral da Música. A comunidade espera formar o Apostolado da Oração, e a Legião de Maria. Os fiéis que iniciaram participando quando da construção da capela, abandonaram os cargos assumidos logo após, sem as devidas explicações. Festa principal: da padroeira Mãe Peregrina, no mês de setembro. Quanto ao Conselho Pastoral Comunitário, a comunidade aguarda que sejam formadas novas lideranças, onde o atual funciona de modo precário, graças ao empenho voluntário de alguns fiéis, convidados que foram pelo pároco Pe. José Luiz de Souza. O empenho do pároco e dos vigários paroquiais têm sido intenso para sanar as dificuldades apresentadas ou criadas pela própria comunidade. Conselho Pastoral Comunitário (CPC) – 2011 – 2013 CAPÍTULO VIII  103


Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Sousa 1º Coordenador: Maria Beatriz de Melo Krieger 2º Coordenador: Angelita Malvina Rocha 1º Secretário: Priscila da Costa 2º Secretário: Bernadete Carollo dos Santos Administrador Econômico: Silvana Aparecida da Costa 25 – CAPELA NOSSA SENHORA DA PAZ

Comunidade: Jardim Bom Viver Criação: 1998 Dados históricos: no passado, o Pároco Pe. Francisco José Gesser (Pe. Chico), deu o começo de tudo, dando o apoio à comunidade para a construção de uma capela. O terreno era uma área verde do loteamento, sendo doado pela Municipalidade de Biguaçu, na gestão do Prefeito senhor Arlindo Corrêa. Foi construído um salão de alvenaria para a celebração de Missas. Muitos foram os colaboradores e doadores para a construção do novo e grande salão, onde será construída a capela na parte superior do mesmo. Provavelmente, o acesso será através de um elevador, ou mesmo rampa e também escadas. A capela de arquitetura moderna, será espaçosa, cuja construção continua na presente data. Por outro lado, o salão muito bonito e está sendo concluído. 104

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Os fiéis contam com o incentivo e o apoio do atual pároco Pe. José Luiz de Sousa, e também da ajuda da paróquia. Muitos são os colaboradores e doadores, onde o casal Ivonete Cavichione e Roberto Boodart são incansáveis trabalhadores em favor da capela. Pastorais: da Catequese, do Dízimo, da Música, da Eucaristia (com 4 Ministros), da Liturgia, da Ação Social, de Grupo Bíblico em Família, de Renovação Carismática Católica. Apostolado leigo: da música composto por voluntários da capela ou de outras comunidades que marcam presença sempre que possível. Grupo de Ação Social de Mãos Unidas, onde patrocinam Cursos de Pintura para as mães carentes. Funcionam o Grupo Bíblico em Família, o Apostolado da Oração, e a Legião de Maria. O Diácono Permanente, senhor Nilson D´Agostin, da capela Santa Terezinha (Jardim Janaina), quando há oportunidade, sempre dá assistência aos fiéis da comunidade do Jardim Bom Viver. Festa principal: da padroeira Nossa Senhora da Paz, no mês de junho. Sempre no mês de novembro, a comunidade faz uma festa com o objetivo de arrecadar dinheiro para dar continuidade nas obras de construção da capela. Conselho Pastoral Comunitária (CPC) – 2010 – 2012 Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Sousa 1º Coordenador: Ivonete Cavichione 2º Coordenador: José Jacinto Ceron 1º Secretário: Edy Pereira de Andrade 2º Secretário: Marli da Cruz Administrador Econômico: Roberto Boodort

CAPÍTULO VIII  105


26 – CAPELA NOSSA SENHORA DE GUADALUPE

Comunidade: Cachoeiras II Criação: 2004 Dados históricos: o Pe. Pedro Adolino Martendal viu que a comunidade estava aumentando em população, deu apoio e incentivos para a construção de uma capela. As Missas eram celebradas na escola da comunidade, com o pároco Pe. Francisco José Gesser (Pe. Chico). Quem doou o terreno foi Daniela Buzelato, e a imagem da padroeira foi doada pelo seu pai senhor Pedro M. Buzelato, de saudosa memória. O Pe. Chico iníciou a construção da capela, inclusive o estaqueamento. Já o pároco Pe. José Luiz de Sousa, concluiu os trabalhos. A comunidade fez bingos, doações e campanhas durante a construção da capela, inclusive cimento, portas, janelas, bancos, etc. A paróquia doou as telhas e o altar. Recentemente, a paróquia e a comunidade adquiriram um terreno com a finalidade de construir um salão com banheiros, etc. Ressaltamos que a Dona Cidânia foi uma grande lutadora pela comunidade. Pastorais: da Catequese, da Liturgia, da Música, do Dízimo, sob a orientação de Leonora Fanchini Cardoso. Destacamos Alice e a Simoni. 106

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Apostolado leigo: um Grupo Bíblico. Leitores e cantores voluntários. Festa principal: da padroeira Nossa Senhora de Guadalupe, no mês de dezembro. Conselho Pastoral Comunitário (CPC) – 2010 – 2012 Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Sousa 1º Coordenador: Alice Meurer Walschinski 2º Coordenador: José Antônio Walschinski 1º Secretário: Maria Amélia Garcia Cota 2º Secretário: Luiz Carlos Cardoso Administrador Econômico: Adilson José dos Santos 27 – CAPELA CRISTO REDENTOR

Comunidade: Jardim Anápolis Criação: 2004 Dados históricos: recebemos for gentileza de Lenice Silva de Souza do Nascimento, primeira coordenadora do Conselho Pastoral Comunitário da capela, que atendeu nosso pedido, um “Histórico da Comunidade – Cristo Redentor” (Jardim Anápolis). Face a importância do documento contendo detalhes inéditos, resolvemos fazer sua transcrição integralmente conforme consta do ANEXO XIV no final deste livro. CAPÍTULO VIII

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Pastorais e o Apostolado leigo: estão citados no ANEXO XIV, no final do livro. Festa principal: do padroeiro Cristo Redentor, no mês de novembro (no último Domingo do Tempo Comum da Igreja Católica). Conselho Pastoral Comunitário (CPC) – 2011 – 2013 Presidente: Pároco Pe. José Luiz de Sousa 1º Coordenador: Lenice Silva de Souza do Nascimento 2º Coordenador: Avelino Rodrigues dos Santos 1º Secretário: Dayana Maria Barbosa Machado Apolinário 2º Secretário: Laurita da Costa Barbosa Machado Administrador Econômico: Gilmar Damásio Apolinário

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CAPÍTULO IX GRUTAS

“T

udo o que pedirdes com fé na oração, vós o alcançareis”. (Mt 21,22)

O Vigário Paroquial Pe. Carlos André Paixão com o fotógrafo José Ricardo Petry.

Quando o Pe. Carlos André Paixão ocupou o cargo de Vigário Paroquial de Biguaçu,elaborou um documento sobre as grutas deCAPÍTULO IX  109


vocionais, de origem natural ou especialmente construídas, do qual transcrevemos os seguintes parágrafos:” Existe no imaginário popular um gosto por cavernas que são exploradas, e também , nas mais diversas culturas, pelas grutas com finalidade religiosa.Mas, nem todos os lugares dispõe de uma caverna ou gruta natural. Sendo assim, a inteligência humana criou as grutas artificiais. No nosso meio cristão , muitas estruturas foram construídas para homenagear a mãe de Deus, quase sempre se tornam locais de oração coletiva e veneração popular, que segundo alguns estudiosos , “ seria uma memória de tempos pré-históricos, quando o ser humano passou a usar cavernas e grutas naturais como abrigo das intempéries e animais selvagens “; por isso o gosto por essas construções, e a sua busca”. Na Paróquia São João Evangelista de Biguaçu, em todo o seu território, estão localizadas quinze grutas devocionais, que foram devidamente fotografadas pelo escritor e fotógrafo José Ricardo Petry. A primeira exposição fotográfica das grutas de Biguaçu, foi organizada por José Ricardo Petry, em 8 de dezembro de 1991, quando das comemorações do cinquentenário da criação da Paróquia São João Evangelista, onde o álbum completo está guardado no arquivo da Paróquia de Biguaçu. No ano de 2009, precisamente no mês de novembro, José Ricardo Petry, expõe novas fotografias das grutas de Biguaçu, tendo por local o interior da Igreja Matriz. (JBFoco, 6-7-8, novembro de 2009, pag. 06). Identificamos quinze grutas conhecidas, admiradas e visitadas pelos paroquianos, que estão à disposição dos fiéis, graças aos proprietários. Somos sabedores de que existem pequenas grutas em residências, de uso familiar, e alguns oratórios no interior das mesmas, provando assim a religiosidade de nossos paroquianos. Por outro lado, a existência de grutas e oratórios por todo o território paroquial de Biguaçu, é uma demonstração de fé e devoção de nossas famílias cristãs por Maria Santíssima, Mãe de Jesus Cristo. Outrossim, registramos que Santa Catarina de Alexandria têm uma gruta no Loteamento Santa Catarina. 110

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1 – GRUTA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA Localização: anexo à igreja Matriz de Biguaçu. Propriedade: Matriz. Idealizada pelo pároco Pe. Francisco José Gesser (Pe. Chico), que pagou o financiamento da construção, cumprindo assim uma promessa.

2 – GRUTA NOSSA SENHORA DE GUADALUPE Localizada: Rodovia SC-408 – Alto Biguaçu. Propriedade: José Raitz.

3 – GRUTA NOSSA SENHORA DE LURDES Localização: Morro da Boa Vista Propriedade: José Schmitz Primeira Missa: 6 de dezembro de 1989

4 – GRUTA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA Localização: Bairro Janaína Propriedade: Luiz Franza

CAPÍTULO IX

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5 – GRUTA NOSSA SENHORA DE LURDES Localização: Morro de Santa Catarina Propriedade: Silvestre Ferreira

6 – GRUTA NOSSA SENHORA DE LURDES Localização: Bairro Estiva Propriedade: Abelino Schmitz

7 – GRUTA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA Localização: Três Riachos Propriedade: Carminha Prachedes Cardoso

8 – GRUTA NOSSA SENHORA APARECIDA Localização: Jardim Mar das Pedras Propriedade: Vitorino

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9 – GRUTA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA Localização: Jardim Marcos Antônio Propriedade: Élio Ampessan

10 – GRUTA NOSSA SENHORA DA PENHA Localização: Fazendinha Propriedade: Waltamir

11 – GRUTA SANTA CATARINA DE ALEXANDRIA Localização: Loteamento Jardim Santa Catarina Idealizada pela Empresa Sulcatarinense

12 – GRUTA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA Localização: Santa Cruz – estrada geral da Alemanha Propriedade: João Pereira

CAPÍTULO IX  113


13 – GRUTA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA Localização: Limeira – Três Riachos Propriedade: Clara Dalprá Maria

14 – GRUTA NOSSA SENHORA APARECIDA Localização: Elesbão Miguel Cardoso – Três Riachos Propriedade: João Miranda Martins.

15 – GRUTA NOSSA SENHORA APARECIDA Localização: Fazenda de Fora Propriedade: Cecílio Manoel Severino

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CONCLUSÕES

Após terminadas as pesquisas e realizados os respectivos registros, consideramos encerrados os trabalhos com algumas conclusões que julgamos necessárias. Primeira – mesmo com a organização do Arquivo Paroquial, os autores constataram que muitas Capelas deixaram de enviar cópias de documentos relacionados com a evolução histórica das mesmas, talvez motivadas por perdas ou extravios. Segunda – notamos a boa vontade dos membros do Conselho Pastoral Comunitário (CPC), em responder as perguntas formuladas pelos autores. Terceira – o livro comemorativo dos 50 anos de criação da paróquia, editado em 1991, (autores: Ana Lúcia Coutinho, Maria Catarina Rüdiger, e Orival Prazeres), foi muito útil na elaboração do presente livro, face aos dados preciosos que aqueles autores apresentam. Quarta – o presente livro comemorativo dos 70 anos de criação da paróquia, não impede que outras pessoas elaborem, futuramente, novos trabalhos em maior profundidade. Quinta – quaisquer falhas ou omissões involuntárias cometidas pelos autores neste livro, pedimos desculpas pelas ocorrências. Sexta – ficou assim, mais uma vez comprovada, a religiosidade e a fé dos habitantes da Paróquia São João Evangelista de Biguaçu. Damos graças ao Senhor, por todos os benefícios recebidos, por todos estes dons, e por todas estas dádivas.

CONCLUSÕES

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FONTES

Livros: BÍBLIA Sagrada. Ed. Ave Maria, São Paulo, 1962. LOCKS, Ana L., Coutinho, e outros. Notas sobre a Paróquia São João    Evangelista de Biguaçu. Ed. FCC, 1991. MATTOS, Enio de O. Arquidiocese de Florianópolis : Preservando sua    História. Ed. AHAF, 1996. PIAZZA, Walter F. Santa Catarina : Sua História. Florianópolis, Ed.    Lunardelli, 1988. SANTOS, Joaquim G. dos. Cônego Rodolfo Machado – Cidadão de    Biguaçu. Ed. Do autor, 2008. SOARES, Iaponan. História do Município de Biguaçu. Florianópolis,    AAA-SC, 1988. Jornais: JBFOCO – Jornal Biguaçu em Foco. Edições de 2001 até 2011. O CONSERVADOR – Desterro, 18 de julho de 1873. Arquivos: Biblioteca Pública Municipal de Biguaçu. Histórico da Arquidiocese de Florianópolis. Paróquia São João Evangelista de Biguaçu. Público do Estado de Santa Catarina. Diversas: Entrevistas orais com os coordenadores do Conselho Pastoral Comunitário    (CPC) das Capelas.

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ANEXO I

PADRES QUE EXERCERAM ATIVIDADES NA PARÓQUIA DE SÃO MIGUEL ARCANJO NO PERÍODO DE 1752-1898

1752-1794 – Pe. Domingos Pereira Machado- vigário. 1779-1780 – Pe. Manoel de Souza Menezes vigário coadjutor. 1794-1798 – Pe. João de Souza Bittencourt – vigário. 1796 –Pe. Agostinho José Mendes dos Reis- vigário interino. 1798-1831 – Pe. José Dias de Siqueira – vigário. 1807 – Pe. Hipólito Pinto Ribeiro – vigário coadjutor 1811-1832 – Pe. José Antônio Martins – Capelão Nossa Senhora da    Piedade. 1812-1822 – Pe. Marcelino José da Silveira – Vigário Coadjutor. 1831 – 1854 – Pe. Joaquim Serrano - vigário 1840 – Pe. João Vicente Fernandes – vigário interino. 1854 – Pe. João Taborda da Silva Braga – vigário interino. 1855 – Pe. João Maria da Costa Rabelo – vigário interino. 1856-1864 – Pe. Manoel Amâncio Barreto – vigário. 1860 – Pe. Izidro Duarte e Silva – vigário interino. 1864-1873 – Cônego Joaquim Eloy de Medeiros – Vigário. 1865 – Pe. Francisco Topp – vigário interino. 1866 – Pe. Izidro Duarte e Silva – vigário interino. 1869 – Pe. João Batista Cognone – residia em Biguaçu. 1871 – Pe. Nicolau Barone Gallotti – vigário interino. 1872 – Pe. Manoel Coelho da Gama d´Eça – vigário interino. 1873 – Pe. José Fabriciano Pereira Serpa – vigário interino. 1873 – Pe. José Evangelista Franco – Capelão da Marinha. 1874-1886 – Pe. José Fortunado Pereira Maia – vigário. ANEXOS

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1887-1888 – Pe. Francisco Pedro da Cunha – vigário interino. 1888-1891 – Pe. Miguel Murno – vigário. 1891-1898 – Pe. Manoel Miranda Cruz – vigário. Fonte: Arquivo Histórico da Arquidiocese de Florianópolis.     Arquivo Público do Estado de Santa Catarina.

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ANEXO II LEI Nº 971 DE 19 DE DEZEMBRO DE 1882

CRÊA UMA FREGUEZIA NA FÓZ DO RIO BIGUASSÚ, SOB A INVOCAÇÃO DE S. JOÃO EVANGELISTA O Doutor Antonio Gonçalves Chaves, Juiz de Direito e Presidente da província de Santa Catharina. Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembléa Legislativa provincial decretou e eu sancionei a resolução seguinte: Artigo 1º - Fica Creada uma freguesia na fóz do rio Biguassú, sob a invocação de S. João Evangelista, a qual terá por limites: ao sul, o rio Quebra-cabaços, que a divide do município de S. José; ao norte, o morro do Oliveira até a serra de Sorucaba; a leste, o mar; e a oeste, o Alto Biguassú, três riachos e fazenda até a serra de Sorucaba. Artigo 2º - Ficam revogadas a lei nº 100 de 1838, que creou a frequezia de S. Pedro Apostolado Alto Biguassú e mais disposições em contrário. Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução da referida resolução pertencer, que a cumpram e façam cumprir tão inteiramente como nella se contém. O secretário desta província a faça imprimir, publicar e correr. Dada no Palácio da presidência da província de Santa Catharina, aos dezenove dias do mez de Dezembro de mil oito centos oitenta e dous, sexagesimo primeiro da Independência e do Império. (L. Dos S.) Antonio Gonçalves Chaves N´esta secretaria da presidência da província de Santa Catarina, foi sellada e publicada a presente resolução, aos 19 dias do mez de Dezembro de 1882. O secretario, João Vieira de Azeredo Coutinho. FONTE: Colleção das Leis da Província de Santa Catarina, de 1880 a 1884, da Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina. ANEXOS

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ANEXO III GOVERNO DA PROVINCIA

Administração do Exm. Sr. Dr. Francisco José da Rocha Lei nº 1.092 de 5 de Agosto de 1886 Passando a séde da Villa de S. Miguel para a Freguezia de S. João Evangelista da barra do Biguassú. O Dr. Francisco José da Rocha, Cavalheiro da Imperial Ordem da Rosa, commendador da de Nossa Senhora da Conceição da Villa Viçosa e Presidente da Provincia de Santa Catarina. Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembléa Legislativa Provincial decretou e eu sanccionei a Lei seguinte: Artigo 1º - A séde da Villa de S. Miguel passará para a Freguezia de S. João Evangelista da barra do Biguassú, ficando esta freguezia elevada á cathegoria de Villa, servindo de séde para a Comarca denominada de S. Miguel á freguezia que fará parte do novo município de Biguassú, conservando os mesmos limites. Artigo 3º Fica a mesma Comarca autorizada a dispor do actual edifício ou a demoli-lo, aproveitado os materiais para edificação da nova cadeia. Artigo 4º Os officios de tabellião de notas, escrivão do cível, orphãos, ausentes e execuções, passarão para a nova Villa, séde do Termo e Comarca, depois de installado o novo município. Artigo 5º As eleições serão feitas na séde do Termo, conforme designar o Presidente da Provincia. Artigo 6º Revogadas as disposições em contrario. Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução da referida Lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir tão inteiramente como nella se contém. O Secretário desta província a faça imprimir, publicar e correr.

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Dada no Palacio da Presidencia da Província de Santa Catharina, aos cinco dias do mez de Agosto de mil oitocentos e oitenta e seis, sexagesimo quinto da Independencia e do Imperio. (L.Do S.) Francisco José da Rocha. FONTE:  Coletânea de Leis, 1886, do Arquivo Público do Estado de Santa      Cantarina.

ANEXOS

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ANEXO IV GOVERNO DA PROVINCIA

Administração do Exm. Sr. Coronel Dr. Augusto Fausto de Souza Lei nº 1.235 de 18 de Outubro de 1888 Revoga, desde já, a Lei nº 1.092 de 5 de Agosto de 1886 Augusto Fausto de Souza, Bacharel em Mathematicas, Coronel do Estado Maior de Artilharia e Presidente da Provincia de Santa Catarina. Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembléa Legislativa Provincial decretou e eu sanccionei a Lei seguinte: Artigo Único. Fica desde já revogadas a Lei nº 1.092 de 5 de Agosto de 1886, e em seu inteiro vigor a que regia anteriormente a matéria; revogadas as disposições em contrario. Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução da referida Lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir tão inteiramente como n´ella se contém. O Secretario d´esta Provincia a faça imprimir, publicar e correr. Dada no Palacio da Presidencia na Provincia de Santa Catharina, aos dezoito dias do mez de Outubro de mil oitocentos e oitenta e oito, sexagesimo sétimo da Independencia e do Imperio. (L. Do S.) Augusto Fausto de Souza. FONTE:  Coletânea de Leis, 1888, do Arquivo Público do Estado de Santa Catarina.

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ANEXO V

DECRETO Nº 183, DE 22 DE ABRIL

Transferindo a sede da Villa de São Miguel para Biguassú. O Coronel Antonio Moreira Cesar, Governador do Estado de Santa Catharina, DECRETA: Art. 1º - A Séde da Villa de São Miguel passa a ser na freguezia de Biguassú, ficando assim restaurada a lei nº 1.092, de 5 de Agosto de 1886. Art. 2º - Revogam-se as disposições em contrário. Dado no palácio do Governo do Estado de Santa Catharina, em 22 de Abril de 1894, 6º da República. ANTONIO MOREIRA CESAR FONTE:   Decretos e Resoluções de 1891 a 1894, do Arquivo Público do Estado de   Santa Catarina.

ANEXOS

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ANEXO VI

Dom JOAQUIM DOMINGUES DE OLIVEIRA, por mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica, Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, Doutor em Canones, etc. Cristo.

Aos que este Nosso Decreto virem, saudação, paz e benção em Jesus

Fazemos saber que, desejando nós normalizar a situação da paróquia de São Miguel, neste Nosso Arcebispado, cuja sede temporal e também espiritual, por circunstâncias históricas, se encontra não em S. Miguel e sim na cidade de Biguassú; tendo tomado o parecer do Nosso colendo Cabido Metropolitano, pessoas de responsabilidade e mais interessadas; usando da Nossa jurisdição ordinária nos termos dos cânones 216, 1427 § 2 e 1428, e, em caso de necessidade, de que nos é delegada pela Santa Sé Apostólica: Havemos por bom separar, dividir e desmembrar da referida paróquia de S. Miguel uma parte do seu território, constante do distrito de Biguassú, com os respectivos limites, e nele, pelo presente Decreto, erigimos e canonicamente instituímos a nova paróquia amovível de “SÃO JOÃO EVANGELISTA DE BIGUASSÚ”, e elevamos a Matriz a igreja atualmente existente, ou a que lhe suceder, já projetada, a queremos gozo de todos os privilégios, insígnias e mais prerrogativas que em Direito cabem às Matrizes. Mandamos que na mesma haja sacrário, em que se conserve o precioso Depósito do Santíssimo Sacramento da Eucaristia, com o necessário ornato e decência, e com a lâmpada acesa de dia e de noite, alimentada com óleo puro de oliveira, bem como aí se estabeleça do direito batistério e pia batismal e haja livros do tombo, batizados, crismas, proclamas, matrimônios, óbitos e bens paroquiais, em continuação, ou a serem solicitados à Nossa Cúria; e, quanto a associações, sem omitir as demais, a da Doutrina Cristã, SS. Sacramento (C. 7 II § 2), Apostolado e Congregações Marianas.

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– Determinamos, outrossim, que seja a festa do Titular anualmente celebrada no dia próprio, na plena conformidade com as regras litúrgicas (C. II 63 § 2). – E, para que não fique a paróquia de S. Miguel privada dos necessários socorros espirituais, por este mesmo Nosso Decreto a anexamos à de “SÃO JOÃO EVANGELISTA DE BIGUASSÚ”, conservados, porém, todas e quaisquer privilégios que lhe sejam garantidos em Direito. Mandamos que este Nosso Decreto seja lido em um domingo ou dia santificado, à estação da Missa paroquial, pelo Pároco que for nomeado, transcrito no livro do tombo, e arquivado entre os documentos da paróquia. Dado e passado em Florianópolis, sob o Nosso Sinal e Selo das Nossas Armas, aos 21 de dezembro de 1941, 40º anos da nossa ordenação sacerdotal. Da vontade especial de sua Excia. Revma. a)  Monsenhor Harry Bauer – Vigário Geral FONTE:  Arquivo Histórico da Arquidiocese de Florianópolis.

ANEXOS

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ANEXO VII ATA DA POSSE DO REVMO VIGÁRIO

Pe. RODOLFO MACHADO Aos trinta e um dias do mês de janeiro do ano de mil novecentos e quarenta e três, pelas nove e meia horas da manhã, nesta matriz de São João Evangelista, desta Freguesia de Biguassú, sendo ai, na qualidade, de representante de S. Excia Revma. O Sr. D. Joaquim Domingues de Oliveira, Arcebispo Metropolitano desta Arquidiocese, em minha presença compareceu acompanhado das testemunhas abaixo assinadas, o Revmo. Pe. Rodolfo Machado, Vigário desta Freguesia, nomeado pela provisão de Sua Excia. Revma. De 25 de janeiro de 1943, e em ato seguido procedi a leitura da provisão e introduzi na posse desta Freguesia observando o cerimonial prescrito, sem que houvesse contestação alguma. E para constar lavrei esta ata que assino com o novo Pároco e testemunhas designadas. Pe Frederico Hobold – Secretario do Arcebispo Pe Rodolfo Machado – Vig. de Biguassú Jorge Adalberto Rosa Egídio Amorim FONTE:  Arquivo Histórico da Arquidiocese de Florianópolis, livro do Tombo. 1941   – 1988, pág. 5V.

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ANEXO VIII

Inauguração do Edifício São João Evangelista Biguaçu, SC em 12 de setembro de 2000 Excelentíssimos Senhores e Senhoras Boa Noite! É muito bom estarmos neste momento reunidos para a finalidade a quem nos prontificamos, que é a inauguração do Edifício São João Evangelista. Sintamo-nos orgulhosos por este momento. O Ed. São João Evangelista foi uma necessidade urgente que hoje tornou-se realidade. Há anos vínhamos tendo dificuldades para administrar nossa matriz por não termos uma arrecadação suficiente para tal. Promovíamos festas e vários outros eventos, além de outras arrecadações pertinentes a Igreja e nada era suficiente para as nossas necessidades. Tínhamos idéias para saná-las, mas faltam recursos. Depois tínhamos projetos para o início, mas, faltavam recursos para darmos continuidade, coragem para o início e espírito empreendedor. Com a chegada do Pe. Francisco as coisas foram tomando corpo. Com essas virtudes do ser humano e os recursos que tínhamos demos início ao nosso sonho. Hoje estamos aqui inaugurando-o e batizando-o com o nome de São João Evangelista, tornando-o em realidade. Tivemos observações críticas de alguns pessimistas, achando que esta obra não chegaria ao fim, mas recusamo-nos a acreditar nesta “profecia”. Não foi fácil chegar até onde chegamos. Os recursos acabaram e tivemos que recorrer a pessoas amigas da comunidade em busca de empréstimos para darmos continuidade, além de dar maior ênfase aos nossos eventos. Assim tocamos até o final. ANEXOS

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Mas o mérito desta obra não pertence só ao Pároco e ao Conselho Administrativo, mas além deles a todas as Pastorais, Movimentos e Grupos Organizados pertencentes a nossa Matriz, além de pessoas sem vínculos com esses grupos, que não mediram esforços, nos ajudando permanentemente, além de toda a Comunidade Católica de Biguaçu que, de uma maneira ou de outra, participaram ativamente de todos os nossos eventos. A todos esses Grupos, Pastorais, Movimentos e pessoas abnegadas que nos entenderam e não nos deixaram sós, queremos deixar registrado aqui o nosso agradecimento maior. À Comunidade Biguaçuense a nossa gratidão por ter sempre nos prestigiado em nossos eventos. Ao Pe Francisco Gesser, nosso Pároco, o nosso louvor maior, pois sem ele estaríamos ainda, como a três anos atrás. “A Comunidade Católica de Biguaçu o agradece pela sua coragem, capacidade administrativa e espírito empreendedor.” “Não nos esqueçamos uns aos outros. É muito bom participar de tudo aquilo que nos pertence, que nos transmite paz, felicidade e amor. E que nos estimula a praticar o bem. Isso nos deixa com a mente sã e o coração feliz. A Igreja é assim!... ... Participem dela!!” Muito obrigado FONTE:  Arquivo Paroquial da Matriz.

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ANEXO IX

VIGÁRIOS PAROQUIAIS DA PARÓQUIA SÃO JOÃO EVANGELISTA NO PERÍODO DE 1950-2011

1 – 1950 – Pe. Huberto Oenning. Falecido. 2 – 1951 – Pe. Bernardo Junkes. Falecido. 3 – 1953 – Pe. Albano José Koehler. 4 – 1957 – Pe. Osvaldo Prim. Faleceu em 17-12-1985. 5 – 1959 – Pe. Hilton Rovere. Falecido. 6 – 1964 – Pe. Bertino Schappo 7 – 1965 – Pe. José Edgard de Oliveira. 8 – 1966 – Pe. Henrique Wedderhoff. 9 – 1967 – Pe. Pedro José Koehler. 10 – 1968 – Pe. Nilton João Ramos. 11 – 1971 – Pe. Francisco Costa. Faleceu em 01-10-2002. 12 – 1974 – Pe. Manoel João Francisco. 13 – 1976 – Pe. Sérgio Giacomelli. 14 – 1976 – Pe. Werner Bayer. 15 – 1980 – Pe. José Jacob Archer. 16 – 1982 – Pe. Valdemar Groh. 17 – 1986 – Pe.Vertolino José Silveira. Faleceu em 11-05-2006 18 – 1988 – Pe. João Elias Anterro. 19 – 1989 – Pe. Timóteo José Steinback. 20 – 1990 – Pe. Francisco Bertolini. 21 – 1991 – Pe. Roberto Fritzen. 22 – 1992 – Pe. Vitor Galdino Feller. 23 – 1993 – Pe. Pedro Adolino Matendal. 24 – 1993 – Pe. Eloi Prim. ANEXOS

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25 – 1995 – Pe. Sandro Luis de Oliveira. 26 – 1995 – Pe. Valdir Bernardo Prim. 27 – 1996 – Pe. Antônio Luiz Schmitt. 28 – 1997 – Pe. José Luiz de Sousa. 29 – 1998 – Pe. Isaltimo Dias. 30 – 1999 – Pe. Josino do Amaral. 31 – 2001 – Pe. Revelino Seidler. 32 – 2003 – Pe. Luiz Prim. 33 – 2004 – Pe. Leandro Francisco Schwinden. 34 – 2006 – Pe. Júlio César da Rosa. 35 – 2007 – Pe. Carlos André Paixão. 36 – 2008 – Pe. Valdir Staehelin. 37 – 2008 – Pe. Siro Manoel de Oliveira. 38 – 2008 – Pe. Darcísio Schappo. 39 – 2010 – Pe. Joselito Schmitt. 40 – 2011 – Pe. João Elias Antero. FONTE:  Arquivo Paroquial de Biguaçu e Arquivo do Autor.

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ANEXO X

DIÁCONOS PERMANENTES DA PARÓQUIA SÃO JOÃO EVANGELISTA – BIGUAÇU – NO PERÍODO DE 1972-2011

1 – Diácono Daniel Lopes. Nascimento em 28-07-1930 Ordenação em 16-07-1972 Faleceu em 20-09-2006

2 – Diácono Nicolau Costa de Carvalho Nascimento em 12-06-1932 Ordenação em 19-11-1972 Licenciado para tratamento de saúde

ANEXOS

131


3– Diácono Manoel Virgílio de Andrade Nascimento em 27-11-1923 Ordenação em 13-05-1973 Licenciado das funções por idade

4 – Diácono Ademiro Antônio Kretzer Nascimento em 18-03-1942 Ordenação em 01-06-1986

5 – Diácono José Milton Coelho Nascimento em 28-12-1941 Ordenação em 28-03-1992 Atualmente na Paróquia Santo Antônio, em Campinas – São José

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6 – Diácono Nilson D´Agostin Nascimento em 12-08-1950 Ordenação em 12-10-1996

7 – Diácono Aldo Olívio Martins Nascimento em 31-05-1961 Ordenação em 13-09-2000

FONTE:   Arquivo Histórico da Arquidiocese. Arquivo da Paróquia de Biguaçu.       Arquivo dos Autores.

ANEXOS

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ANEXO XI MENINOS E JOVENS DE BIGUAÇU QUE INGRESSARAM NO SEMINÁRIO DE AZAMBUJA, BRUSQUE-SC, NO PERÍODO DE 1933-1992

Por ordem alfabética: Jorge João de Souza Aderbal José Kuhn José Antônio dos Santos Aderbal Meireles Sperandio Kiliano José Kretzer Alberto João Monteiro Luiz Gonzaga Correia Alcides Albony Amaral Monoel de Assis Pereira Altamiro Antônio Kretzer Manoel Miguel de Simas Antônio Manoel da Cunha Nadyr da Rocha Aquilino Dellagnelo Nei Meurer Arno Locks Nicolau Costa de Carvalho Carlos Roberto Machado Nilo Gasperi Ademilson Pedro Marques Nivaldo Alcides da Cunha Edilson Meireles Sperandio Norberto Debortoli Elói Leonel Ramos Odorico Orsi Erivaldi Elpídio Alves Orival Prazeres Geraldo Bove Osnildo Francisco Kretzer Gilberto Decker Osvaldo Aprigio Monteiro Ivo José Debortoli Paulo Cesar Garcia Jacó Francisco Göedert Pedro Adolino Martendal Jair Jorge Pinheiro Pedro João Nau João Chinzon Garcia Pedro Odílio Phelippe João de Amorim Rogério Valdir da Silva João Elias Antero Romão José Ferreira João Joaquim Cardoso Sivaldo Pedro Amorim João Martendal Tetonílio Ricardo de Araújo João Paulo Rodrigues Valdinei Alcides da Cunha Jonas de Souza Valério Andrei de Souza Jonas Cândido de Aquino No antigo Seminário de São Bonifácio dos Padres dos Sagrados Corações: José Bernardo Reitz José Inácio Reitz FONTE:   Arquivo do Pe. Pedro Adolino Martendal.

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ANEXO XII PADRES NATURAIS DE BIGUAÇU-SC

1 – Pe. Pedro Adolino Martendal Nascimento em 16.07.1939 Ordenação em 04.07.1965 Ofício atual : Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Desterro – Catedral. Coordenação do Ministério da Visitação e da Benção.

2 – Pe. Norberto Debortoli Nascimento em 07.08.1942 Ordenação em 25.07.1968 Ofício atual :Auxiliar na Paróquia São Francisco de Assis- Aririú , em Palhoça

3 – Pe. Jair Manoel Duarte Nascimento em 27.07.1961 Ordenação em 02.08.1986 Faleceu em 22.08.1998

ANEXOS

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4 – Pe. João Elias Antero Nascimento em 18.02.1951 Ordenação em 10.12.1988 Ofício atual: Vigário Paroquial da Paróquia São João Evangelista – Biguaçu

. 5 – Pe. Alcides Albony Amaral Nascimento em 07.09.1968 Ordenação em 13.06.1998 Ofício atual: Pároco da Paróquia São Francisco Xavier – Florianópolis.

6 - Pe. Marcelo Henrique Fraga Nascimento em 26.01.1971 Ordenação em 01.07.2006 Ofício atual: Pároco da Paróquia São Francisco de Assis – Aririú – Palhoça.

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7 – Pe. Leandro José de Souza Nascimento em 14.08.1977 Ordenação em 05.06.2010 Ofício atual: Administrador Paroquial da Paróquia Sant’Ana- Colônia Santana , em São José.

8 – Pe. Silvio José Kremer Nascimento em 04.02.1984 Ordenação em 05.06.2010 Ofício atual: Administrador Paroquial da Paróquia Sagrado Coração de Jesus , em Paulo Lopes. 9 – Pe. Frei . Ivanildo Francisco Cregi

(OFM)

Nascimento em 31.07.1971 Ordenação em 08.07.2007 Ofício atual:Administrador Paroquial da Paróquia Nossa Senhora das Graças, da Diocese de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

ANEXOS

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ANEXO XIII CAPELA DE SANT’ANA – PRADO

“Querida comunidade vamos relatar como surgiu a nossa Padroeira Sant’Ana. Dona Edineusa, mãe da catequista Rubinária, nos contou que era de muito tempo passado o amor, a fé e o compromisso Cristãos, que uniam muitos devotos de Sant’Ana aqui no Prado. Seu avô Alexandre Vieira, sua mãe Julieta e as tias, Áurea Vieira e uma irmã de criação, Isolina, contavam sempre essa história. A Família Vieira junto com os negros que moravam na região, se reuniam para fazer orações a Sant’Ana e uma celebração à Trindade Santa. Unidos pela palavra de Deus, se ajuntavam no engenho velho, iluminado por lampiões de querosene, pois na época na havia luz, em torno de uma pequena estampa de papel, com a figura de Sant’Ana, trazida pelo avô Alexandre. Era uma alegria, podia-se ver o brilho nos olhos. Rezavam, dançavam, cantavam, batiam palmas e tambores. Com muita atenção e respeito ouviam o evangelho. Toda celebração era preparada com antecedência, arrumavam o ambiente, com enfeites e artesanatos de sua cultura. Arrecadavam o que podiam para partilhar com os mais necessitados. Uma época onde predominava o racismo e os preconceitos, por isso, os brancos não participavam dos encontros, desconfiados, achavam ser só para os negros, ou estar ligado ao espiritismo. Mas mesmo assim firmou-se a tradição com uma festa todo ano, no dia 26 de julho, dia dedicado a Sant’Ana. Uma grande festa, uma celebração bem preparada. Faziam velas de bambu do tamanho das pessoas ou crianças e também massas de pão, eram cuidadosamente preparadas no formato de membros re-estabelecidos, pés, braços, pernas, para oferecer por graças alcançadas, Tudo era para reforçar a fé na mãe Maria Santíssima e o amor fiel a Santíssima Trindade.

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Doavam e arrecadavam coisas para vender na festa , faziam bolos, pequenos sorteios.Depois a festa faziam um baile. Cada um ajudava no que pudesse, sempre com muita devoção e religiosidade. Tudo isso para angariar fundos, pois tinha um sonho maior, que era de construir uma Capela para Sant’Ana no morro do Altino, terreno que pertencia a família Vieira. Depois de muito tempo, foi conseguida uma imagem de louça , que percorria as casas. Recebiam e distribuíam donativos, era uma pequena organização, igreja doméstica, unida pela fé e compromisso com a Evangelização.O tempo passou , a devoção por Sant’Ana cresceu e Edineusa já participava de tudo e alguns brancos começaram a fazer parte do grupo. Surgiram então , boatos da formação de uma comunidade no Prado.Mas veio também a rejeição de tomar Sant’Ana como padroeira, pois alguns cristãos não conheciam esta Santa, diziam ser uma santa dos negros e não aceitavam. Para comprar esse terreno , onde hoje é a nossa Capela, algumas pessoas ajudaram doando prêmios para fazer uma rifa e vendendo os bilhetes.Citamos seu Déco, Seu Manoel Francisco Fraga, o falecido Ambrósio Schwartz, Dona Doraci , Dona Risoleta , e outros. Com a possibilidade de não ser Sant’Ana a Padroeira , a família Vieira e os demais devotos entristeceram, não aceitavam outra padroeira. Na época o Padre Lúcio era Pároco.Reunidos negros e brancos, foram falar com o padre. Mantinha a devoção a Sant’Anaa e a fé de que nenhuma situação ou provação é maior que o Senhor, que está conosco e não nos abandona. Nessa certeza, obtiveram a resposta positiva do Pe. Lúcio, que muito humano e justo, divulgou que seria Sant’Ana e São Joaquim os Padroeiros da Comunidade do Prado.Mais tarde , ganhamos outro Padroeiro que é São João Bosco”. “Esta história foi contada por dona Edineusa e escrita por minha mãe Lenice. Julho de 2002”.

ANEXOS

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ANEXO XIV HISTÓRICO DA COMUNIDADE CRISTO REDENTOR (Jardim Anápolis)

“Inicio este pequeno relato da história de nossa comunidade com uma frase de Santo Agostinho: “Na procura de Deus é Ele quem se adianta e vem ao nosso encontro”. Essa frase de sentido profundo se encaixa plenamente nesta busca de Deus vivida aqui na comunidade. Desde 1990 aproximadamente, várias pessoas destacaram-se como lideranças que buscavam formar uma comunidade unida em torno da Palavra de Deus e do amor filial à Maria, Com saudade e carinho foram lembrados os nomes de dona Doraci, Charles (Filho de seu Jordelino), Marcelo Fraga que hoje é padre, Manoel, Marciano. Cada um colocou de alguma forma os seus dons na busca e na vontade de ser Igreja. Algumas pessoas que participavam naquele época, continuam até hoje: Lucimar (Lili), Vera, dona Jora, dona França, Marilda, Ivo, dona Eugênia mãe do catequista Valmir, seu Hercílio e dona Dete, formando um grupo de pessoas que vem sendo fortalecido pelo Espírito Santo para formar a Igreja povo, hoje denominada Cristo Redentor. Sr. Manoel confeccionou uma pequena capelinha com andor e um castiçal para que ficasse iluminada, onde foi colocada a imagem de Nossa Senhora Aparecida, doada pela sua mãe adotiva, conhecida como dona Dedê. Reunidos faziam contatos, iam em procissão cantando e rezando até o local do encontro para rezar o terço. Marciano se destacou pela leitura, entendimento e facilidade em transmitir a Palavra de Deus, lia o Evangelho fazendo sempre um sucinto comentário do texto lido. O povo voltava para casa alegre, cheio de paz, renovado pelo amor de Deus e satisfeito por participar.

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A manifestação da presença da Igreja viva sempre provoca medo, desconfiança e insegurança em alguns, que preferem a acomodação e os caminhos do mundo. Por isso, muitas vezes ouviram risadas e comentários apelidando a capelinha de casa de tatu, mas isso não conseguiu impedir que as procissões continuassem, em busca dos que necessitavam de orações e do testemunho do amor de Deus, que vem no nosso encontro. Naquele tempo o Pároco era o Pe. Gilberto Mafra. No dia 24-04-1992 às 18h00 foi realizada uma celebração de 7º dia presidida pelo Charles para a alma do Falecido Vilmar Valdir de Souza (conhecido como Tico), assassinado em 18-04-1992, numa festa da comunidade do Prado. A maioria dos moradores compareceu dando seu apoio à família enlutada e novamente sentindo a necessidade de reunir-se em comunidade. Naquela época já havia uma pequena casinha de madeira para abrigar o povo, ao lado da casa do senhor Hercílio. Assim Deus conduzia o seu povo. Na data de 21 de fevereiro de 1993, foi realizado pelo Diácono José Milton Coelho o batizado do menino Sérgio Henrique da Silva, filho desta comunidades. Continuavam com novenas e procissões. Dona Dete formou um coral com crianças, que reunia para ensaiar com dia e hora marcada. Foi adquirida a Imagem de São Joaquim, mais tarde doada à comunidade de Sant´Ana. Cada ano, no dia da festa de Sant´Ana realizavam a procissão, quando a imagem era trazida do Prado de baixo e São Joaquim era conduzido daqui. A procissão se encontrava em frente a capela do Prado para a festa; era um cortejo alegre, reunindo muitos cristãos devotos de Sant´Ana e São Joaquim. Assim a comunidade prosseguiu, Durante algum tempo houve um esfriamento, alguns se desligaram, mas as novenas contribuíram de modo silencioso. Com o passar do tempo, mudança de párocos, o desejo foi fortalecido e assegurado pela vontade do Pe. Pedro Adolino Martendal e do Pe. Francisco José Gesser (Pároco) que queriam muito construir uma capela nesta comunidade. Pe. Francisco José Gesser adquiriu o terreno, através da Matriz, e o sonho que já tinha alma e processo, começou a ganhar corpo. Comprado o terreno, no dia 13 de fevereiro de 2005 com santa missa, assim iniciaram as celebrações para motivar a comunidade em frente à casa do Sr. Hercílio. Pe. Francisco deu nome à comunidade de Cristo Redentor. ANEXOS

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Começaram a se organizar financeiramente, com doações, rifas, organização do dízimo, venda de doces, salgadinhos, procuravam arrecadar fundos para a construção do pequeno templo. As celebrações na rua estenderam-se até o dia 1º de outubro de 2006 quando foi feita a Benção da Porta da Igreja, e oficializada a criação da comunidade pelo Pe. José Luiz de Sousa, pároco atual. Já tivemos celebração da primeira eucaristia, uma no dia 16-06-2007 – presidida pelo Pe Carlos André Paixão e a 2º Turma no dia 07-06-2008 presidida pelo Pe. José Luiz de Sousa e 2 batizados. Temos um grupo de Cantos, 3 Grupos Bíblicos em Família: Santa Paulina, Nossa Senhora Aparecida, e Nossa Senhora de Fátima, crianças servem de coroinhas e ajudam na liturgia, organização da Pastoral do Dízimo. Com a graça de Deus a comunidade caminha confiante, enfrentando desafios em busca de união, fraternidade e paz. Termino este relato na certeza de que: “Na procura de Deus é Ele que se adianta e vem ao nosso encontro”. Santo Agostinho. Este pequeno texto foi escrito com a ajuda da comunidade em agosto/2008. Lenice Silva de Souza Nascimento.

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ANEXO XV HISTÓRICO DO MOVIMENTO RELIGIOSO DE TRÊS RIACHOS

Somente em 1816, aparecem os primeiros povoadores no denominado hoje Três Riachos e que tinham os nomes de Manoel do Couto e Narciso Pereira. Em 1829 mais famílias chegaram a Três Riachos. Era o homem penetrando pela mata virgem, continuava o desbravamento da terra dadivosa e boa. Os portugueses, os negros e os alemães, tinham um único objetivo, uma nova Pátria, um novo lar, uma casa, ser proprietário e lá no fundo o de ser colono imigrante: o sonho tão humano : ser rico, dar conforto a seus, ser feliz. As igrejas foram sempre o centro da vida social dos habitantes dessas paragens.Era nos domingos, nas missas que os primeiros povoadores, cujas casas, eram sempre distantes umas das outras, que discutiam o modo de se defenderem dos índios; falavam sobre suas alegrias e infelicidades e formavam suas transações comerciais. Foi sempre em volta das humildes capelas de então, que as mulheres se cumprimentavam, sorriam e se maldiziam. Era sempre em voltas das igrejas que os rapazes e moças se viam, se amavam e na própria igreja firmavam seus compromissos matrimoniais, formando novos lares abençoados por Deus. Era na igreja que o preto silenciosamente pedia e implorava dias melhores para os moradores das senzalas. Assim como aconteceu a 9 de agosto de 1747, que foi permitido os primeiros povoadores de São Miguel, edificarem uma igreja, dedicada ao Arcanjo São Miguel. Três Riachos também precisava edificar sua igreja. Pois os habitantes tinham que se deslocarem até São Miguel para irem as missas e festas. Além da Igreja, os habitantes precisavam de um cemitério, pois as pessoas ANEXOS

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que ali faleciam , tinham que ser levadas a pé ou de carro de boi até São Miguel para lá serem sepultadas. Mas os anos se passavam, a população aumentava gradativamente .Não havia meios de comunicação ,o acesso à São Miguel era difícil, o único meio de transporte era o carro de boi .Tudo isso influía para que fosse feita uma igreja e também um cemitério na comunidade de Três Riachos. Por volta de 1890 os habitantes já se reuniam para as celebrações religiosas, estava formada uma comunidade. No dia 17 de julho de 1901, foi sepultado o primeiro corpo no cemitério de Três Riachos.Margarida da Luz era o nome da senhora que foi sepultada, que ficou conhecida por rainha do cemitério.(Margarida da Luz era mãe de Antônio da Luz, Toncha Grande, e também irmã de João Inácio da Luz). E para a alegria dos habitante, no dia 25 de junho de 1904, chegou montado em um burro, o Padre Franciscano para celebrar a primeira missa na comunidade de Três Riachos. Esta missa foi celebrada em uma casa ao lado da chamada Casa de Comércio , de José Campos.( Hoje próximo a residência de Francisco Fernandes Filho). Antônio Garcia (conhecido por Nê Garcia) contou ainda que neste dia seu irmão foi batizado e que era um Padre Franciscano.Olhamos o livro de registro de batismo de São Miguel e realmente estava registrado o batizado de seu irmão. O padre viu a necessidade e o interesse dos habitantes e continuou a vir rezar missa. Mais tarde passou a rezar em outra casa de propriedade de Antônio Coelho. (Hoje em terras de Manoel Coelho Filho). Depois foi feito um rancho para o Padre rezar missa, este foi feito no mesmo local da atual igreja e foi construído por Antônio Manduca.( Antônio Manduca tinha uma grande casa de negócio próximo a residência de Elesbão Romão de Faria; era tio de Benta Siqueira Martins, esta era a mãe de Nicodemus Manoel Martins).O terreno foi doado por Severino Souza. (Não se sabe sua descendência, pois essa família mudou - se de Três Riachos). Em 1908 os habitantes se reuniram e formavam uma Diretoria, que era composta por João José de Andrade( avô de Mário Andrade da Silva), João Maria(bisavô de Aroldo Maria), João Leite(pai de Mané Leite),Augusto Inácio da Luz(irmão de João Inácio da Luz) e Procópio Cândido Rodrigues.

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Eles se reuniram e com muito esforço conseguiram erguer uma pequena igreja de tijolos, a qual foi feita por Luiz pedreiro (avô de João Miranda). Escolheram então para Padroeiro da mesma o mártir São Sebastião, pois a comunidade tinha grande devoção a ele. Em 20 de janeiro de 1914 chegou a imagem de São Sebastião (veio de Paris-França) que até então era de quadro. Os habitantes conseguiram aquilo que eles mais queriam, uma igreja e um cemitério. Era um povo trabalhador, humilde, honesto e de grande tendência religiosa, cumpriam as leis da igreja. Existia aqui um enorme pé de lima, e o lugar passou a ser conhecido por Limeira. (Os divertimentos eram: tocar viola, Pau de Fita, Farra de Boi, e Boi de Mamão. Em 1929 criou-se um time de futebol e Valdemiro Campos deu o nome do time de Limeira Futebol Clube –LFC). Em 1934 a população já havia aumentado bastante, então resolveram reformar a igrejinha(como era conhecida)mas vendo que ela já não aguentava mais uma reforma e além disso era muito pequena, resolveram destruí-la para dar lugar á atual igreja. A construção desta igreja iniciou-se neste mesmo ano-1934. José Domingos Rodrigues (Cazeca) iniciou a construção, mas por motivos particulares desistiu. Então Pedro Cândido Rodrigues , assumiu a chefia da igreja, deu continuidade a construção e organizou uma grande festa para o dia da benção da pedra fundamental. O dia chegou: 23 de novembro de 1934. Veio dar a benção da pedra fundamental recebendo ordens do Arcebispo Metropolitano Dom Joaquim Domingues de Oliveira, o Bispo de Lages Dom Daniel, acompanhado do Vigário de Tijucas Padre Jacó Slater, (neste dia o Bispo confessou 400 pessoas, deu comunhão a 381, crismou 500, casou 44 e batizou 6 pessoas). Foi um dia inesquecível para a comunidade, tudo corria normalmente. Pedro Cândido Rodrigues estava alegre, satisfeito, pois ele havia preparado tudo, mas seu rosto mudou quando alguém lhe disse que seu filho mais velho Joaquim Pedro Rodrigues, havia morrido nas águas do Rio Itajaí-açu. Estava tudo sobre sua responsabilidade, mas ele teve que sair da festa , com sua família para ir acompanhar os funerais de seu filho. Entregou a responsabilidade da festa ao Presidente do apostolado na época, a senhora Benta Siqueira Martins. A igreja iniciada nesse dia, só ficou pronta em 1942. Toda a comunidade de Três Riachos ajudou na construção da mesma. O construtor foi o ANEXOS

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Germano Walter, os pedreiros foram: Laudelino Debortoli, Inácio Debórtoli e Antônio Schmitt, o carpinteiro foi Arnaldo Zimmermann. A parte de marcenaria, molduras, pinturas e decorações, foi feita por Manoel Antônio Lopes. Foi servente, Jovino Manoel Jacob, que trabalhou durante toda construção. (Jovino Manoel Jacob e Laudelino Debortoli colocaram a Cruz na torre; muita gente foram ver, pois achavam impossível). Todos queriam ajudar, então Pedro Cândido Rodrigues organizou os trabalhos e formou turmas. Cada turma trabalhava seu dia e tinha seu chefe.Eram chefes de turma :Clemente Manoel Jacob, João Policarpo de Aquino, João Jacó Petry, Manoel Luiz Martins, João Vitor de Andrade, Martinho Manoel Jacob, João kuhn , João Vicente Lino Filho(João Goulart), Pedro José Schmitz, Roberto Guesser, José Marcelino Mendes e Roberto Nau. Outras pessoas que merecem ser lembradas, pois além de trabalharem na construção, pertenciam a diretoria e continuaram, com seu trabalho em favor da comunidade. São eles: Joaquim João Francisco (conhecido por Quinca Francisco), João Pedro Rodrigues, Matias Guesser, Elias Pedro Rodrigues, João Felipe, Geraldino Pedro Rodrigues, João Luiz Martins (João Miranda), Manoel Vergílio de Andrade (seu Bidéca), José Lino Neis e Manoel Alexandre. Na construção as mulheres também sofreram, pois os seus maridos vinham trabalhar na igreja e elas tinham que enfrentar os serviços da roça para garantir o pão do dia-a-dia .Foram catequista José Domingos Rodrigues (conhecido por Cazéca) e Bernardina Siqueira da Silva. Capelães: José Domingos Rodrigues (cazéca) Zeferino Eduardo Cardoso (conhecido por Finóca) e Geraldino Pedro Rodrigues e Elias Pedro Rodrigues. Foram sacristães: Celso Joaquim Furtado, Ernesto Manoel da Silva e Nilo João Felipe. Durante quase um século muitas pessoas se destacaram pelo seu trabalho em favor da igreja e da comunidade. Como João José de Andrade, Augusto Inácio da Luz, João Maria, Procópio Candido Rodrigues e João Leite que formaram a primeira diretoria de 1908. A importância do padre Jacó Slater pelo carinho que tinha a essa comunidade, além de pregar a palavra de Deus, ensinava remédio aos doentes. Ele também preocupou-se com a alfabetização e preparou pessoas para ensinar as crianças a ler, escrever e também deu um grande apoio na construção da atual igreja. Severino Souza, o homem que doou o terreno

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para a igreja. Na construção da atual igreja, duas pessoas se destacaram : Pedro Cândido e Manoel Antônio Lopes. Pedro Candido Rodrigues era o chefe, o responsável, tudo dependia dele. Era um homem respeitado, autoritário. Andava sempre a cavalo e bem trajado. Nasceu em Três Riachos em 29 de junho de 1874. Era filho de Cândido José Rodrigues, casou-se com Rosalina Maria Rodrigues, em 10 de outubro de 1897.Faleceu em 11 de junho de 1954. Manoel Antonio Lopes destacou – se pelo seu trabalho perfeito de moldura, pintura e decoração interna da igreja, que até hoje é admirada por todos. Era um homem calmo e conversador. Seu trabalho exigia paciência, pois era muito cansativo, muitas vezes perdia a calma e ia para descansar em casa. Ele nasceu no distrito de Alto Biguaçu em 01 de dezembro de 1886. Era filho de Antonio Vicente Lopes e Inácia Fraga Lopes. Faleceu em 21 de setembro de 1971. Em 19 de novembro de 1942 o apostolado da oração passou a ser agregado. Três Riachos começou a se dividir em 1945, quando o Sr João Vitor de Andrade manifestou ao vigário da Paróquia, Padre Rodolfo Machado, o seu desejo de construir uma igreja cujo o padroeiro seria São João Batista. A idéia foi aprovada e em 1949 a igreja já estava construída. Capela de São João Batista – Encruzilhada de Três Riachos. Na luta inicial estiveram presentes João Vitor de Andrade, Pároco Padre Rodolfo Machado, Venceslau Coutinho e Manoel Pereira.Em 19 de junho de 1954, foi realizada a 1ª missa na comunidade de São Mateus, e em 20 de fevereiro de 1958 foi a benção da pedra fundamental da Capela de São Mateus. Foram responsáveis pela construção da Capela de São Mateus o Pároco Rodolfo Machado e os senhores João Goulart, Manoel Laurindo, Tomaz João de Aquino e Atanásio Fidelis. Em 1969 mais uma capela era construída em Três Riachos. Desta vez a capela de São Marcos que teve como incentivadores o Padre Nilton e a família Petri. Sua inauguração deu-se no ano de 1981. Essa é a história de Três Riachos que até 1945 era só uma comunidade é que até hoje se divide em 4: Comunidade de São João, comunidade de São Marcos, comunidade de São Mateus e a comunidade de Limeira.As diretorias que passaram por esta capela sempre incentivaram e ajudaram na construção das outras capelas. Em nossa comunidade temos atualmente uma diretoria que coordena e organiza as festas e os trabalhos da comunidade que é composta por ANEXOS

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Francisco de Souza – Presidente, Valdir Agapito Domingos – Tesoureiro, Pedro Proscedes Cardoso – Secretário, e os conselheiros Nilo Kuhn, Juvenal Jacó Rocha, José Luiz Mendes e Adevaldo Agenor Amorim. Nossa comunidade possui uma população de 170 famílias, que reunem todos os domingos para o culto dominical, que é celebrado pelo nosso diácono permanente Sr. Manoel Virgílio de Andrade, que é auxiliado pelo Ministro da Eucaristia Sr. Apolinário Guesser. Temos também o Apostolado da Oração que tem como presidente a senhora Zeni Lúcia Jacob, 4 zeladores e 67 associados. O movimento de irmãos com 25 casais, grupo jovem com 35 participantes e ainda um grupo de cantores com 19 componentes que estão sempre presentes em todas as celebrações religiosas. Festas religiosas em nossa comunidade: A festa do nosso padroeiro São Sebastião em janeiro e a festa do Sagrado Coração de Jesus em junho. De 1943 até os dias de hoje não podemos deixar de lembrar a presença marcante do nosso querido Cônego Rodolfo Machado, pelo seu carinho e dedicação a nossa comunidade. Essas pesquisas foram tiradas de livros e de memórias de algumas pessoas idosas. Nas pesquisas feitas destacou – se a inteligência e a memória da Srª Regina Águeda de Souza, do Sr. Nê Garcia e o Sr. João Inácio da Luz, o mais idoso da nossa comunidade.Nasceu em 10 de outubro de 1893, nesta comunidade onde vive até os dias de hoje (com 91 anos de idade) ele recorda de muitas coisas, disse que com 8 anos de idade estava no enterro da 1ª pessoa que foi sepultada em nosso cemitério, a qual era sua irmã. Esta pesquisa foi feita pelo Sr. Idalmiro Nicodemus Martins , membro atuante desta comunidade. Limeira 18 de novembro de 1984. Ano do cinquentenário de Construção da Atual Capela. Fonte: Reprodução integral do documento cedido pelo professor Salvador João de Campos, de Três Riachos , em 01 de agosto de 2011.

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O AUTOR

Joaquim Gonçalves dos Santos, nasceu em 27 de março de 1936, na cidade de Florianópolis – SC. Filho de Martinho Félix dos Santos e de Alzira Benta Gonçalves, de saudosas memórias. Brasileiro, casado com Celina Emília da Silva. Filhos: Rita de Cássia, Luiz Gonzaga, Maria de Fátima, Claudemir Martinho, e Célio Joaquim. Residente e domiciliado na cidade de Biguaçu – SC, Com a idade de 17 anos ingressou na Marinha de Guerra do Brasil, onde exerceu atividades no período de junho de 1953 até agosto de 1960. Na Secretaria de Estado da Fazenda, trabalhou como Escrivão de Exatorias e Exator Estadual (atual Auditor Fiscal). Iniciou em janeiro de 1961 e aposentou-se em março de 1984. Vereador em Biguaçu em duas legislaturas: de 1973 até 1977, e reeleito em 1978. Presidente da Câmara Municipal por dois períodos.

AUTORES

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Na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no período de 1968 até 1996, recebeu diplomas pela realização dos seguintes cursos: Antropologia Social, Etnologia Brasileira, Origens do Homem e Origens do Homem Americano, Licenciatura Plena em História e Mestrado em História do Brasil. Ingressou no Magistério Público Estadual como Professor de História, cumprindo sua missão de 1968 até 2002, quando aposentou-se. Ocupa a Cadeira nº 3, da Academia de Letras de Biguaçu, cujo Patrono é o Dr. Adolfo Konder. Exerceu o cargo de Presidente da Academia de Letras de Biguaçu, no período de 30 de junho de 2007 até 30 de junho de 2010. Atualmente é titular do Conselho Fiscal da mesma Academia, com mandato para o período de 26-10-2010 até 26-10-2013.

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O COAUTOR

José Ricardo Petry, nasceu em 22 de novembro de 1958, na cidade de Florianópolis-SC. Filho de Luiz Felipe Ramos Petry (in memoriam), e Marina Petry. Brasileiro, casado com Cátia Regina Petry. Filhos: Ricardo Luiz, Júlia e João Vitor, todos exercendo atividades na área de fotografia. Residente e domiciliado na cidade de Biguaçu-SC. Seus estudos: O primário completo em Biguaçu. O segundo grau em Florianópolis, com a diplomação de Técnico em Contabilidade. Os estudos superiores fez na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), formando-se em 1986, em Filosofia. Filósofo, empresário, fotógrafo social, pesquisador, escritor, e expositor fotográfico com resgate de temas religiosos e históricos. Sua atuação no ramo empresarial foi reconhecida com o recebimento de diplomas, troAUTORES

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féus e medalhas e entregues por diversas entidades de Biguaçu em ocasiões solenes e comemorativas. São incontáveis os eventos que participou como fotógrafo social. Pertence a Academia de Letras de Biguaçu, sendo ocupante da Cadeira nº 17, cujo patrono é o Cônego Rodolfo Pereira Machado. Sua posse como membro efetivo da Academia de Letras de Biguaçu, ocorreu em 14 de maio de 2008. Participou de duas Antologias (Trajetória em 2008, e os Quinze Anos, em 2011). Atualmente ocupa o cargo de Tesoureiro da Academia de Letras de Biguaçu, com mandato para o período de 26-10-2010 até 26-10-2013. Complemento do Coautor: Estou feliz em ser o coautor de um Livro que resgata os 70 anos da Paróquia São João Evangelista, para ajudar um grande historiador Professor Joaquim Gonçalves dos Santos. Uma obra que identifica com o meu trabalho de fotógrafo social. Com organização de minha esposa Cátia Regina o meu arquivo ainda existe. Minha filha Júlia e seu esposo Sharlon reproduziram e trataram as fotos. Este trabalho fez despertar um acervo de batizados, primeira comunhão e crisma que sobraram dos eventos que eu e minha equipe fotografamos. Muito obrigado. Esperam que vocês tenham gostado. José Ricardo Petry

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