Jornal do Concelho - fevereiro 2016

Page 1

6

O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO

Arte e património local, ferramentas de inclusão

FEVEREIRO DE 2016

A oliveira também é uma planta autóctone

O

Clube de Jardinagem, responsável pelo projeto “A Minha Escola é Um Jardim”, desenvolve um conjunto diversificado de iniciativas que se direcionam para os alunos, com especial enfoque naqueles que integram as necessidades educativas especiais. Procura com esta ação promover o contacto destes jovens com práticas profissionais e de integração na vida ativa. Acolhe igualmente todos os restantes alunos que gostam de ocupar parte do seu tempo livre com iniciativas que estimulam outros conhecimentos de natureza mais prática, a criatividade e o conhecimento da realidade local. Dando consequência a estes objetivos, durante as tardes de 6ª feira desenvolveu-se na escola um ateliê de pintura em cerâmica, subordinado ao tema da arte rupestre do Tejo, um dos aspetos mais marcantes da identidade e da história de Vila Velha de Ródão. Os alunos orientados por Fátima Pinheiro, uma artista autodidata local que se voluntariou para transmitir aos alunos o seu conhecimento e os ajudou a aplicar as técnicas adequadas para produzir uma belíssima coleção de peças decorativas e que suportam alguns dos mais importantes ícones da arte rupestre. Foram produzidas

pelos alunos algumas dezenas de peças que poderão ser adquiridas nos espaços museológicos de Vila Velha de Ródão onde se encontram expostas. As imagens que acompanham esta notícia dão conta da qualidade e beleza de alguns destes trabalhos e do processo de produção que envolveu os alunos, a professora Mafalda, responsável pelo clube de jardinagem e a artista que generosamente colaborou com a Escola.

O Clube de Jardinagem, á semelhança dos anos anteriores, vai realizar no dia 16 de abril, em colaboração com a Associação de Pais, a habitual iniciativa de embelezamento do espaço escolar e aproveita para convidar os Pais e Encarregados de Educação para se associarem a esta iniciativa e contribuírem para uma escola melhor, a escola que ambicionamos para os nossos filhos.

O Carnaval no Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão

O

Carnaval é uma festividade que se perde na noite dos tempos. Podemos ir buscar as suas raízes às saturnais, festividades romanas, e à civilização grega. Presentemente festeja-se um pouco por todo o mundo, destacando-se o Carnaval de Veneza, Nice, Nova Orleães que se festeja todo o ano e, sobretudo o Carnaval do Brasil que é o maior do Mundo, segundo o Guinness Book (livro onde estão inscritos todos os recordes do Mundo). Em Portugal é festejado por todo o país, até nas terras mais recônditas. É uma época de diversão, de excessos, pois são permitidas certas

brincadeiras, como muito bem explícita o provérbio popular “É Carnaval, ninguém leva a mal”. Como é habitual também se festejou na nossa escola. Muitos alunos, logo pela manhã, apresentaram-se mascarados das mais diversas formas de acordo com os seus gostos e preferências, com bastante originalidade para participarem no concurso “A melhor Máscara”. Brincaram, divertiram-se e depois, ainda na parte da manhã, os jovens foliões dirigiram-se até ao Bloco do 1º Ciclo, onde desfilaram perante um júri que elegeu a máscara mais original e criativa de cada ano de escolaridade.

Depois do almoço, veio o ponto alto da festa, ou seja o desfile dos alunos do primeiro ciclo. Estes acompanhados pelas suas professoras e assistentes operacionais, num ambiente de grande euforia, com um bonito e colorido carro alegórico, desfilaram pelas ruas principais da Vila., enchendo-as de cor, fantasia, e musicalidade, imprimindo uma nota de alegria e de animação às ruas por onde passavam. Foi um belo dia de convívio salutar e de folia carnavalesca, em que a alegria estava bem patenteada nos rostos dos intervenientes e dos que assistiram.

N

o dia 3 de fevereiro, os alunos do 3.º ano, acompanhados pelas professoras Isabel Martins e Filipa Magno, no âmbito do projeto de Ciência: Juniperus: plantas autóctones; conhecer para preservar, realizaram uma visita de estudo ao lagar do Tostão. Os objetivos principais consistiram em visitar o lagar tradicional com os equipamentos existentes, relembrando os tempos antigos, e conhecer as etapas de produção de azeite, de forma artesanal. O início da visita foi marcado pela intervenção do Presidente da Associação Recreativa e Cultural de Tostão que explicou aos alunos como se fazia todo o processo, desde a apanha da azeitona até à obtenção do produto final. De seguida, ouviram uma pequena história com o objetivo de relacionarem a oliveira com a arca de Noé, deram a conhecer as várias formas de apanha da azeitona; as várias aplicações do azeite, para além da alimentação, nomeadamente na produção de cremes, velas, massagens, sabão; a classificação do azeite em três tipos: virgem; virgem extra e azeite.

Foi dada aos alunos a oportunidade de identificarem em diferentes amostras, os defeitos mais comuns que o azeite pode evidenciar. Os mesmos, através do cheiro, foram facilmente identificados pelos alunos que ficaram a saber que este procedimento é designado por análise sensorial e constitui uma das diferentes análises que é feita ao azeite para avaliar a sua qualidade. A determinação da acidez constitui uma análise físico-química que é feita também ao azeite logo após a sua produção e que permite enquadrá-lo em uma das categorias. De seguida, de forma entusiasta e curiosa, os alunos assistiram à 1.ª moagem no lagar museu e observaram as etapas subsequentes até à obtenção do produto final. A visita terminou com um lanche, gentilmente oferecido pela associação, que os alunos degustaram. Mesmo no final ainda houve tempo para todos cantarem “A azeitona já está preta”. Esta participação dos nossos alunos poderá ser acompanhada no vídeo que a Reconquista publicou no Youtube, no endereço: https://www.youtube.com/ watch?v=wTy_J4lXPfQ


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.