"Jornal do Concelho" - Março 2012 (2)

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MARÇO DE 2012

haja

A BRONQUIOLITE

SAÚDE

A

ALIMENTOS PARA COMBATER O COLESTEROL

E

stima-se que 70% dos portugueses tenha colesterol acima dos níveis recomendados. Mudar a dieta alimentar é a primeira regra para vencer a batalha. Conheça alguns alimentos que ajudam neste combate: Aveia: rica em betaglucana, uma fibra que inibe o colesterol. A dose ideal é de 20g diariamente. Peixes gordos: salmão, sardinha, arenque, cavala e atum. Entre os seus ingredientes temos o ómega 3 que ajudam a combater o colesterol. Feijão: é possível reduzir em até 10% os níveis de LDL (colesterol mau), consumindo a leguminosa diariamente.

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O CONCELHO DE VILA VELHA DE RÓDÃO

Frutos oleaginosos: apesar de terem um elevado valor calórico, as castanhas, nozes, amêndoas, avelãs e pinhões são ricas em gorduras monoinsaturadas. Esta gordura, além de reduzir o colesterol mau, tem a capacidade de elevar o colesterol bom (HDL). Beringela: rica em fibras solúveis que ajudam a reduzir o colesterol total e, além disso, possui um baixíssimo valor calórico. Estudos comprovam que é na casca que existem as propriedades antioxidantes que impedem a formação de radicais livres e ajuda à diminuição do mau colesterol LDL. Assim, a casca nunca deve ser retirada! Óleos vegetais: de soja, de

Mónica Santo (Dietista) milho ou girassol, eles são ricos em ômega-6, uma gordura poliinsaturada que ajuda a reduzir os níveis de colesterol. Maçã, morango e frutas cítricas: são ricas em pectina, substância que contribui para a eliminação do colesterol.

bronquiolite, como o nome indica, é uma inflamação dos bronquíolos, as pequenas vias aéreas que vêm a seguir aos brônquios. É geralmente causada pelos mesmos vírus que provocam as constipações. A bronquiolite é uma doença muito frequente em crianças até aos 12 meses, particularmente entre os 3 e os 6 meses. Na maioria das vezes não é uma doença grave. No entanto, nalguns casos, pode ser necessário internamento hospitalar. A bronquiolite ocorre geralmente no inverno. Inicialmente a criança tem sintomas de constipação, como ranho no nariz, tosse e febre baixa. Ao fim de 2 a 3 dias, quando a infeção desce para os bronquíolos, a criança começa a ficar com dificuldade de respirar e apresenta respiração rápida, e até com pieira. Por vezes, durante a inspiração, narinas do bebé colapsam, ou aparecem umas covinhas entre as costelas. Isto significa que a dificuldade respiratória do bebé já

é significativa. Além disso, o bebé pode ficar com dificuldade em ser alimentado, por estar doente, cansado ou ter dificuldade em respirar e mamar ao mesmo tempo. Ao fim de 2 a 3 dias, os sintomas atingem o máximo. Depois começam a diminuir de intensidade até desaparecer ao fim de uma a duas semanas. Pode acontecer que o bebé fique com uma tosse seca que demora várias semanas a passar. A bronquiolite é uma doença autolimitada, o que quer dizer que passa sozinha, à medida que o sistema imune elimina o vírus. Não há medicamentos que matem o vírus que a provoca! Nem mesmo os antibióticos, os quais não estão indicados neste caso. O tratamento consiste essencialmente em:

• evitar que o bebé se desidrate; • ajudá-lo a respirar, se for necessário; • estar alerta para possíveis

Alexandra Fernandes (Médica de família) complicações, como a pneumonia. Cerca de 1 em cada 5 bebés com bronquiolite têm que ser internados no hospital, durante um ou dois dias, para evitar que se desidratem ou para os ajudar a respirar. No entanto, na maioria dos casos, o bebé com bronquiolite pode ser tratado em casa. Deve-se insistir para que beba líquidos e levantar-lhe a cabeceira do berço, para o ajudar a respirar. Porém, se se vir que recusa os líquidos, que respira muito rapidamente, que lhe aparecem covinhas entre as costelas ou que fica pálido ou azulado, deve-se consultar rapidamente um médico.

Jogos Olímpicos

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ATLETAS DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DESTACAM-SE NO ATLETISMO DISTRITAL

Francisco Lázaro TROFÉUS EM BOLANDAS… David Sequerra*

I

ntegrada no plano de actividades do Clube do Desporto Escolar, decorreu no dia 2 de Março de 2012, no Complexo Desportivo da Covilhã, a final distrital do Torneio Mega. Neste torneio de atletismo estiveram em foco as corridas de velocidade e meio fundo, os saltos e os lançamentos tendo os nossos alunos tido uma prestação muito positiva, havendo a salientar quatro primeiros lugares. Os quatro campeões distritais foram a atleta infantil Bruna Martins, no salto em altura, a iniciada Carolina Gonçalves, no lançamento do peso, o iniciado Vasco Veríssimo no salto em altura e o iniciado Pedro Belo no quilómetro. Para além destes vencedores os 23 atletas que representaram

U

o Agrupamento, revelaram uma grande atitude e dinamismo nas provas onde participaram, tendo muitos destes estado presentes em finais do respectivo escalão e obtido classificações dentro dos primeiros oito lugares. O encerramento da actividade ocorreu num

ambiente de festa, com uma mini-sessão de encerramento e entrega de prémios, dando a conhecer os vencedores das várias provas efectuadas. Toda a competição pautou-se por um convívio entre os participantes e um espírito competitivo salutar.

AGENDA DE ABRIL 10 de abril – Formação folha de cálculo, Microsoft Excel. 11 de abril – Cangúru Matemático 18 de abril – Torneio Gira Volei 20 de abril – Concurso Nacional de Leitura – fase distrital. abril - Concurso de poesia “Primavera de abril”.

ma das mais luminosas ideias do quase já lendário Barão Pierre de Coubertin no “ressuscitar” dos Jogos Olímpicos foi, de certo, o da recriação da corrida de maratona com uma bem calculada extensão de 42,195 kms, para rainha do evento quadrienal desde 1896 até hoje. É bem sabido como se tornou radiosa a lembrança de tal corrida em Portugal, após os inesquecíveis êxitos de Carlos Lopes e de Rosa Mota, em 1984 e 1988 (Los Angeles e Seoul). Há 116 anos, em manhã radiosa na periferia de Atenas, um quase desconhecido cidadão helvético de seu nome Spyridon Louis, venceu a 1ª. maratona da reposição dos Jogos e foi quase endeusado por essa proeza que se tornou histórica e generosamente premiada. Pois bem, além de outras benesses, o simples agricultor

Louis recebeu um bonito troféu que a sua famílian guardou religiosamente até à atualidade. Agora, aproveitando o entusiástico balanço dos Jogos de 2012 (Londres), a família de Spyridon Louis decidiu colocar em leilão o artístico trféu, esperando conseguir uma considerável verba de 200 mil euros – nada mau… A operação leiloeira foi em Abril e, no momento em redigimos esta nossa crónica, ainda não sabemos o que aconteceu. Mas calculamos que, 116 anos depois, valha a pena ser descendente do triunfador Louis… **

E

m Portugal, além de Carlos Lopes e Rosa Mota, o mais célebre maratonista, por bem tristes razões, foi Francisco Lázaro, que participou na Maratona de 1912, em Estocolmo e veio a falecer, após complicada

desistência, no Hospital Central da capital sueca. Foi já há 100 anos, mas as causas da sua morte continuam a gerar acesas controvérsias. Desse episódio sobrou uma camisola, ao modelo da época, que faz parte do espólio do nosso Comité Olímpico, à espera de condigna exposição no Museu que, todos desejamos, estará para breve. Não é um troféu valioso como o do grego Louis, mas congrega em si a perene lembrança do destino traçado por um homem do povo que sonhou alto (e mal…) na já longínqua Maratona de Atenas, no verão quente de 1896. Bom seria que a camisola do desditoso Francisco Lázaro não fosse a leilão, mesmo que tal implicasse uma recolha de bons “cobres” aos seus descendentes. Troféus em bolandas, nos tempos que corre. Acontece…

*Membro da Academia Olímpica Ex-Secretário Geral da Academia Olímpica de Portugal (Nota: O autor escreve de acordo com a antiga ortografia)


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