Actualidade Economia Ibérica - nº 223

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Actualidad

Economia ibérica janeiro 2016( mensal ) | N.º 223 | 2,5 € (cont.)

Millennium bcp privilegia crédito para empresas exportadoras pág. 08

La industria del fútbol en España, un negocio de película

Turismo, serviços e tecnologia marcam nova dinâmica da cidade de Lisboa

pág. 38

pág. 48

XIII Encontro de Vinhos Extremadura/ Alentejo pág. 54


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Índice

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Foto: Sandra Marina Guerreiro

Nº223 Actualidad

Economia ibérica

Propriedade e Editor: CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” Comissão Executiva: Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, José João Guilherme e Rui Miguel Nabeiro

índice

Grande Tema

Sociedade Lisbonense de Metalização pondera eventual parceria com congénere espanhola

La industria del fútbol, un negocio de película

38.

Direção de Informação (interina): Belén Rodrigo Coordenação de textos: Clementina Fonseca Redação: Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques

Copydesk : Joana Silva Santos, Beatriz González e Laura Dominguez Fotografia: Sandra Marina Guerreiro Publicidade: Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas: Laura Couselo (laura@ccile.org)

Editorial 04. Fútbol, pasión y negocio - Belén Rodrigo

Projeto Gráfico e Direção de Arte: Sandra Marina Guerreiro Paginação: Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número: Ana Sá Couto, Francisco da Cunha Matos, Frederico Romano Colaço, Jonathan Reynolds e Nuno Ramos Impressão: Fernandes & Terceiro, S.A. R. Nossa Sra. da Conceição, 7 2794-014 Carnaxide Contactos: Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Tel:. 213 509 310 • Fax: 213 526 333 email: ccile@ccile.org redação: actualidade@ccile.org website: www.portugalespanha.org NIPC: 501092382 Depósito Legal nº 33152/89 autorizado pela Direção Geral de Correios e Telecomunicações de Portugal Nº de registo no Instituto de Comunicação Social: 117787 As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios da Câmara, do editor ou do diretor.

Opinião 06. Para compreender o novo mundo

do retalho

- Jonathan Reynolds

44. Em 2016, crowdfunding para todos - Ana Sá Couto e Frederico Romano Colaço

45. O pedido de condenação no pagamento de

juros de mora: o (pesado) ónus de alegação do credor - Francisco da Cunha Matos

Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares

Atualidade 22. BeBee, la red social que une personas

por intereses profesionales comunes

26. Setor agroalimentar defende quadro

fiscal mais próximo de Espanha

Câmara de Comércio e Indústria

Luso Espanhola

28. Meethink quer ser trampolim para as

E mais... 08.Grande Entrevista 14.Apontamentos de Economia 30.Marketing 34. Fazer Bem 44. Advocacia e Fiscalidade 46.Setor Imobiliário 48.Eventos 60.Setor Automóvel 62.Barómetro Financeiro 66.Oportunidades de Negócio 68.Calendário Fiscal 69.Bolsa de Trabalho 70.Espaço de Lazer 74.Statements

marcas gourmet

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editorial editorial

Fútbol, pasión y

negocio

L

Por Belén Rodrigo*

as cifras que se manejan al hablar del fútbol y de todo el negocio que rodea a este deporte parecen a simple vista desorbitantes. Si nos limitamos al territorio español, los números se elevan hasta los 7.600 millones de euros generados cada año de forma directa e indirecta, que representa el 0,75% del PIB español. Y es que cada fin de semana 400.000 personas en España van a los campos, 2,3 millones ven los partidos por televisión y varios cientos de millones de ciudadanos siguen la competición española en más de 180 países. Al hablar únicamente de la práctica del deporte, el fútbol es el deporte rey en España con casi 900 mil federados que disputan regularmente competiciones, más de la mitad del segundo clasificado, el baloncesto. Según una encuesta realizada por la FIFA, unos 265 millones de personas lo practican regularmente de manera profesional, semi-profesional o amateur, considerando a hombres, mujeres, jóvenes y niños. A esa cifra, que representa cerca del 4% de la población mundial, habría que sumar a los cientos de millones de personas que no juegan al fútbol, pero que lo siguen ya sea por TV, o desde los estadios. Son muchos los sectores en donde jugadores y clubes han sabido hacer negocio con la práctica del fútbol. Por poner un ejemplo, los 20 equipos de la Liga BBVA de esta época cuentan con un total de 224 patrocinadores -sin contar a los de la LFP–, un incremento del 12% res-

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pecto al año pasado. La cifra supo- más empresas asociadas es el Barcene pasar de una media de 10 a 11,2 lona con 38, gracias a su política de sponsors por club. El conjunto con firmar patrocinios regionales, especialmente en Asia y América. Conocidos son los casos de jugadores como Cristiano Ronaldo o También hay Messi, cuyas fortunas crecen cada año gracias a sus contratos milloque hablar de los narios de publicidad, además de millones que mueven sus altos salarios. Desde el 1 de junio de 2014 hasta el 1 de junio de los derechos de 2015, el jugador luso ingresó en este retransmisión del tramo un total de 71 millones de euros, según el informe publicado fútbol español. por la revista “Forbes”. Y también Esta temporada, hay que hablar de los millones que mueven los derechos de retransmien concreto, 600 sión del fútbol. Esta temporada, en millones de euros, concreto, 600 millones de euros, cantidad pagada por cantidad pagada por Telefónica. Dicen los entendidos que la indusTelefónica tria del fútbol no ha tocado techo y que todavía hay campos que se pueden explotar. La primera ventaja es el alto número de aficionados que existen por todo el mundo dispuestos a pagar por recibir algún servicio de su equipo. El Real Madrid, por ejemplo, cuenta con 450 millones de aficionados en todo el mundo quienes, si gastasen una media de 1 euro cada temporada, sumaban casi el presupuesto del club. Es aquí donde se presenta un reto para muchos emprendedores. Nos guste o no, el fútbol mueve mucho dinero y lo seguirá haciendo. Por eso hay que ver el lado más positivo de esta industria y entender que existen oportunidades que no hay que dejar escapar.  Email: brodrigo@ccile.org



opinião opinión

Para compreender o novo mundo do retalho

O

Por Jonathan Reynolds*

setor do retalho é uma parte considerável da dificuldade de o fazer. Sobre a britânica Tesco, retalhiseconomia europeia. Engloba 3,7 milhões de ta de produtos alimentares, escreveu Michael Schrage, negócios, ocupando um espaço comercial su- do MIT, grande especialista em estatística e análise de perior a 389 milhões de km quadrados, gera dados: “Mais do que qualquer outro retalhista da mes3,6 biliões de euros em vendas e emprega cer- ma dimensão, a Tesco apostou na investigação sobre ca de 19 milhões de pessoas. Mas muitos retalhistas o cliente, métricas e lealdade aos seus objetivos opeenfrentam atualmente um desafio existencial. No con- racionais e de marketing… mas a crueza dos números gresso mundial de retalho deste ano [2015], em Roma, demonstra que toda essa informação, todas as análises, os intervenientes falaram de “mudança sem preceden- toda a assídua segmentação, costumização e promotes”, dos problemas da sustentabilidade das margens ção, em pouco contribuíram para melhorar a compee da necessidade de uma “transfortitividade doméstica da Tesco”. E mação na liderança do retalho”. há agora concorrentes que o podem Ao lidar com o futuro do retalho, fazer melhor, como, por exemplo, a “A inovação há duas questões fundamentais. companhia chinesa Xiaomi, fundaprogride sempre Primeiro, como perceber o que está da em 2010, com um negócio avaa emergir? Em segundo lugar, como liado em 46 mil milhões de dólares que há pressão nas podem os retalhistas ter sucesso na (42.148 milhões de euros) e possuiempresas, são criados dora do terceiro maior website chinova realidade? A resposta a ambas as interrogações não é fácil, pois nês. O seu novo telefone móvel vennovos modelos de os novos caminhos para o setor do deu 2,1 milhões de unidades online negócio e novas retalho respeitam, globalmente, ao em 24 horas após o lançamento. A fim de algumas velhas certezas. A Xiaomi é uma empresa tecnológica formas de envolver resposta a perguntas que frequenteou de retalho? Mais importante do os compradores, mente nos fazemos sobre o futuro que isso, a Xiaomi é uma empresa do retalho, como “precisamos de losocial de comércio. Interage com os frequentemente jas para estar no retalho?”, ou “será clientes para desenhar os telefones e com grande rapidez que os retalhistas estabelecidos têm sistemas operativos. Os retalhistas o direito ao exclusivo da relação tradicionais não estão só a compee alcance. O foco com o cliente?”, é seguramente não. tir entre si – estão a competir com deve manter-se na Por outro lado, se perguntamos se empresas completamente diferentes, é possível ser retalhista sem vender com modelos de negócio muito discompreensão dos produtos ou até, talvez, sem ter lutintos. Todos podem ser retalhistas compradores“ cros, então a resposta pode ser sim! atualmente. O segundo desafio é a inovação, Mas há muito mais questões às quais que no retalho tem características a resposta é simplesmente “talvez”: será que os lojistas ainda valorizarão lojas “físicas” no distintivas claras. É com frequência em pequena esfuturo? Será dominante o modelo “multical”? Será Ali- cala, fácil de copiar e dispendiosa de pôr em marcha após as primeiras experiências, especialmente no que baba maior do que Walmart daqui a dez anos? Os retalhistas enfrentam três desafios. Primeiro, têm respeita a redes de lojas. Mas as empresas de retalho de ser capazes de gerir a ambiguidade num mundo já existentes têm de ser capazes de melhorar a expecrescentemente incerto. Há incerteza no ambiente co- rimentação e a inovação; de assumir mais riscos num mercial, como no tecnológico, como ainda do ponto de mundo incerto. Muitas estão a fazê-lo através de concursos, incubavista da concorrência. A necessidade de conhecer verdadeiramente o cliente nunca foi maior – bem como a doras de negócios, laboratórios. Mas é importante criar

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Foto DR

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um sistema de inovação e não apenas exemplos isolados, rk assegura uma variedade de ofertas aos compradores que não podem ser comercializados ou integrados em constantemente modificada e corresponde às suas necondições: um bom exemplo de joined up e inovação cessidades de novos ideais e estímulos num ambiente comercial com excelente relação custo-benefício. Ouintegrada no retalho em Portugal é a Sonae. O terceiro desafio respeita à implementação da mu- tro exemplo fantástico é a transformação da empresa dança. Será que as empresas de retalho têm as compe- brasileira Chilli Beans, retalhista de ótica e relojoaria tências certas? O talento certo? A liderança adequada? (http://www.chillibeans.com). Fundada em 1997, tem Um negócio como a Tesco no Reino Unido, apesar hoje 600 lojas no Brasil e está presente em cinco merda sua dominância e dimensão, não os tinha. E como cados internacionais; focada em moda rápida, usa tecpodem ser criadas suficientes medidas para a mudança, nologia instalada nas lojas para proporcionar ao comquando os constrangimentos do mundo real são maio- prador experiências mais intensas, para além de, ainda res do que a mudança de que a empresa necessita? O mais importante, colaborar com os clientes em design presidente do departamento britânico da John Lewis colaborativo através da sua comunidade de marcas. As Partnership, Charles Mayfield, comentou: “Não se tra- lojas não são apenas locais de exposição dos produtos, ta de continuar o mesmo modelo de negócio, mas de o mas também de compromisso com a marca. mudar no futuro”. Ao mesmo tempo, contudo, as oporParece, por vezes, que os retalhistas estabelecidos têm tunidades no setor do retalho nunca foram maiores! de correr cada vez mais depressa para ficar no mesmo A inovação progride sempre que há pressão nas em- lugar. Os resultados são afetados por consumidores inpresas, são criados novos modelos de negócio e novas teligentes, com mais informação e escolha. Para muiformas de envolver os compradores, frequentemente tas empresas, isso significa custos acrescidos, vendas e com grande rapidez e alcance. O foco deve manter-se produtividade reduzida, por força da concorrência nos na compreensão dos compradores e em trabalhar com preços e da diminuição das margens. Mas temos de eles para corresponder às necessidades de mudança. perguntar: se levar a cabo mudanças substanciais acarUm bom exemplo de inovação no mercado de centros reta riscos substanciais, quanto arriscam as empresas comerciais é a Boxpark (http://www.boxpark.co.uk), por fazerem pouco ou nada?  um negócio que desenvolve centros comerciais pop-up para lojas e cafés independentes e globais, de moda e *Diretor Académico do Oxford Institute of Retail Management e vice-reitor da Saïd Business School na University of “estilos de vida”, em alugueres de curta duração. NegoOxford ciando em contentores de navios remobilados, Boxpa- E-mail: jonathan.reynolds@sbs.ox.ac.uk janeiro de 2016

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Millennium bcp privilegia crédito para empresas exportadoras De regresso aos lucros, após quatro anos de prejuízos, o Millennium bcp reergueu-se à custa de uma reestruturação alicerçada no controlo de custos e do apoio de três mil milhões de euros que o grupo recebeu do Estado. Nuno Amado liderou esta recuperação e sublinha que o Millennium bcp reconquistou a confiança dos seus clientes. O banco quer apoiar o crescimento da economia portuguesa, no entanto, o presidente executivo do Millennium bcp deixa uma dica aos empresários: o crédito disponível destinase sobretudo às empresas exportadoras

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Textos Susana Marques smarques@ccile.org

uno Amado faz questão de explicar que prefere a ação às palavras, o que justifica as raras entrevistas que aceita dar. Foi a ação, o trabalho, que o fez suceder a António Horta Osório na liderança do Santander. Foi pelo seu trabalho que foi convidado a assumir a presidência do Millennium bcp, no início de 2012, quando se adivinhavam os prejuízos históricos do banco relativos ao exercício do ano anterior. Entretanto, o banco recorreu à ajuda do Estado para se recapitalizar, tendo recebido três mil milhões de euros, valor que já começou a pagar (faltam 750 milhões de euros, que o banco poderá pagar até junho de 2017). Os resultados do banco têm vindo a melhorar e Nuno Amado anunciava, no passado mês de setembro, que 2015

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Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

seria o ano de regresso aos lucros. Em novembro, o banco informava que o terceiro trimestre de 2015 gerou um lucro consolidado de 23,8 milhões de euros. Nos primeiros nove meses do ano, o banco obteve um lucro de 264,5 milhões de euros, que compara com os 109,5 milhões de euros de prejuízo no período homólogo anterior. Nuno Amado liderou uma restruturação, assente no controlo rigoroso de custos: o banco passou de 721 sucursais em setembro de 2014, para 679, em setembro de 2015; trabalham atualmente no banco, em Portugal, 7.550 funcionários, número inferior aos 10.000, que o banco empregava há três anos. Há quatro anos no cargo de presidente executivo do Millennium bcp, Nuno Amado considera que o banco está num bom caminho, mas há ainda várias

questões a melhorar. Foi por elas que começámos a nossa conversa… Quais são ainda os pontos mais críticos para o Millennium bcp? Os maiores desafios?

O Millennium bcp não vai poder relaxar. Num mercado cada vez mais estreito e competitivo, a tensão é cada vez maior. O processo de controlo de custos não vai ter a dimensão e a velocidade que teve até agora, mas a eficiência é um aspeto fundamental e o Millennium bcp tem que atingir um nível de eficiência normal e estável, claramente abaixo dos 50%, à volta dos 45%. Essa é a base para termos vantagens competitivas. Se pensarmos que vamos ter vantagens competitivas com níveis de eficiência acima dos 50%, teremos um problema prático.


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Nuno Amado Presidente executivo do banco Millennium bcp janeiro de 2016

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Temos que continuar o trabalho que estamos a fazer, que é claramente consolidar a liquidez, pagar os 750 milhões de euros de CoCos (instrumentos de capital contingente, que são títulos de dívida que se convertem em ações, se o banco intervencionado não cumprir as condições estipuladas) e ter uma relação de confiança com os clientes. Isso é essencial. O Millennium recuperou a confiança dos seus clientes?

Nós temos a prova de que estamos a consegui-lo, quer nos aspetos quantitativos, quer qualitativos. Ou seja, não só através de um aumento do negócio, mas também através da melhoria da forma como os clientes nos veem. O caminho de evolução positiva é óbvio. Que peso têm os clientes empresa para o banco?

O número de clientes empresa é inferior ao dos clientes individuais, mas em termos de negócio é mais ou menos 50/50. No crédito, temos mais empresas do que particulares. Somos um banco equilibrado. 10 act ualidad€

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“A nossa capacidade e vontade de dar crédito são grandes. Não há restrições como já tivémos no passado. Nem para nós, nem para os outros bancos em Portugal, de base portuguesa ou espanhola” Que expetativas poderemos ter quanto à evolução das remunerações para os clientes?

Isso depende do BCE. Se as taxas de juro se mantiverem negativas, obviamente que a remuneração dos depósitos será baixa. A inflação está a zero. O crédito também está a taxas muito mais baixas. Quem tem um crédito à habitação, atualmente, não paga sequer o spread. Eu acho que as taxas de juro se vão

manter estruturalmente baixas nos próximos dois, três anos. Quais são os setores da economia que o banco mais financia?

Na variação do crédito do banco, o que lhe posso dizer é que o crédito tem caído de uma forma muito relevante nos setores não concorrenciais, ou seja na construção, obras públicas… Nesses setores, a concessão de crédito tem caído a dois dígitos. A um ritmo bastante menor, mas também a cair, estão os setores industrial e comercial. Onde já estabilizou e até cresceu é nos setores exportadores. Os setores que contribuem para o aumento das exportações portuguesas. O Millennium bcp já está a aumentar o financiamento às empresas que exportam, mas continua a diminuir às restantes empresas e não é por que não queiramos dar crédito, mas porque o perfil de risco dessas empresas não corresponde aos parâmetros do banco ou porque a procura de crédito por parte dessas empresas também é menor. Acredita que essa seja a tendência nos próximos anos?

Eu acho que contrariamente ao que al-


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“Eu espero ver uma Europa mais equilibrada e com alicerces mais fortes e o país a crescer 1,5 a 2% ao ano, de uma forma sustentada, baseada no crescimento das exportações. Não vejo como se possa crescer mais rápido, de uma forma sustentada” gumas pessoas possam pensar vai haver setores em que o crédito continuará a cair porque estavam sobreendividados e sobreexpostos a crédito e há setores cada vez mais dinâmicos que vão continuar a crescer. O resultado disto, na minha opinião, é que a prazo haverá uma estabilização do crédito. E a disponibilidade do banco para dar crédito vai estabilizar também?

A nossa capacidade e a nossa vontade de dar crédito são grandes. Não há

restrições como já tivémos no passado. Nem para nós, nem para os outros bancos em Portugal, de base portuguesa ou espanhola. O banco vê isso de uma maneira positiva e quer dar crédito – assim haja uma procura de crédito adequada. Penso que o banco está a ter um comportamento diferente das outras instituições relativamente à disciplina na forma como abordamos o mercado e nas condições que fazemos. Nós não queremos voltar a dar crédito à habitação a 30 anos, com spread de 0,5%, como no passado. Não vamos voltar a esse tempo. O banco tenta receber os depósitos e alocar o crédito nas con-

dições que considera adequadas face ao risco. Tentamos não sair dessa disciplina. Eu penso que isso é bom para nós e é bom para o setor, mas é preciso que todos tenham um comportamento racional. Até porque a exposição do banco ao crédito malparado é grande?

É grande e tem muito a ver com o stock de crédito, aquilo que nós chamamos de não core, ou seja, financiamentos que foram feitos em setores em que achamos que temos uma sobreposição e definimos isso como não core. Empresas de construção e obras públicas que só trabalham para o mercado português são empresas que nós não queremos e não podemos financiar, por agora, nos termos das condijaneiro de 2016

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grande entrevista gran entrevista ções acordadas com a Direção Geral da Concorrência. Que expetativas tem quanto à evolução do setor bancário em Portugal?

O que eu sei é que existe uma agenda de consolidação bancária europeia que é clara. E como tal a tendência é para uma maior consolidação. Como defendem os responsáveis máximos do setor de regulação e supervisão, pretende-se que um menor número de bancos estejam sob ação direta do SSR (Single Supervising Mechanism). Qual é para si o desfecho desejável para a viabilização do Novo Banco?

Tenho pouca informação sobre o Novo Banco. Conheço apenas a informação que é disponibilizada ao mercado. Entendo que é difícil e espero que seja feita uma operação com o menor impacto possível para o setor, ou seja com um impacto suportável. No contexto de estabilização do crédito, que perspetiva, como vê a evolução da

Relativamente à economia portuguesa: “Entendo que depois deste ajuste tão doloroso pode haver a tentativa de ajustar agora no sentido contrário. Isso é natural, mas tem que ser moderado. Se não for moderado não é sustentável” economia portuguesa e da economia mundial?

O mundo está melhor do que alguma vez esteve porque há muito menos pessoas na pobreza e há mais pessoas inseridas na sociedade normal de consumo, que

Longa experiência em gestão bancária Nuno Amado nasceu em 1957, licenciou-se em Organização e Gestão de Empresas pelo ISCTE (Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa) e possui formação executiva complementar no ENSE AD (Advanced Management Programme). Foi quadro da KPMG Peat Mar wick, do Citibank Por tugal, do Banco Fonsecas & Burnay e do Deutsche Bank Por tugal. Em 1997 ingressa nos quadros do Santander, assumindo mais tarde as funções de vice-presidente do Santander Totta. Em 2006, com a saída de António Hor ta Osório para o banco Abbey, Nuno Amado passa a a presidente executi-

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vo do Santander Totta. Nessa qualidade, foi eleito gestor ibérico do ano em 2008, pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola. Nuno Amado liderou o Santander Totta até ser desafiado a desempenhar as mesmas funções no Millennium bcp, no final de fevereiro de 2012. O seu contributo para o estreitamento das ligações ibéricas, levaram o rei de Espanha a atribuir a Nuno Amado a Comenda da Ordem de Isabel a Católica, em 2009. Nuno Amado é atualmente presidente da Assembleia Geral da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola.

têm as suas necessidades devidamente preenchidas. Eu acho, sinceramente, que o mundo como um todo, está muito melhor do que alguma vez esteve. No entanto, a nível europeu, estamos num processo de integração europeia bancária que está longe de estar concluído. É um edifício em construção e é necessário que os alicerces estejam fortes. Eu não estou seguro que os alicerces estejam tão fortes como deveriam estar. Aprenderam-se as devidas lições?

Não sei. É um processo em construção importante. No século passado houve duas grandes guerras, vários conflitos em algumas regiões da Europa e várias crises. Os alicerces ainda não estão suficientemente sólidos e é nesta fase de construção que há mais riscos. O mundo está melhor, mas a Europa, estando nesta fase de construção e de consolidação do seu crescimento, tem riscos e dificuldades acrescidas. Não deixando de ser uma zona, que apesar de tudo funciona. Funciona do ponto de vista económico, funciona do ponto de vista social e funciona do ponto de vista político. E os alicerces portugueses? Acha que estamos no bom caminho?

Eu acho que Portugal esteve no mau caminho durante bastantes anos porque cresceu à custa do endividamento e do consumo. Este modelo de crescimento não é possível no futuro. Fizemos um ajuste significativo, necessário e doloroso. Entendo que depois deste ajuste tão doloroso pode haver tentativa de ajustar agora no sentido contrário. Isso é natural, mas tem que ser moderado. Se não for moderado não é sustentável e se não for sustentável teremos problemas. Neste aspeto estou moderadamente otimista. Vai haver agora um ajuste, que terá que ser moderado para não colocar em questão a evolução que estamos a ter. O fundamental é percebermos que nós não poderemos ter uma base de custos muito superior aos


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rendimentos e que o Estado tem que ter o seu limite. Temos que fazer esse ajuste com alguma moderação, de forma a ser positivo e não ser negativo. Se o fizermos, acredito que continuaremos a crescer, não muito, mas a crescer. Eu espero ver uma Europa mais equilibrada e com uns alicerces mais fortes e o país a crescer 1,5 a 2% ao ano, de uma forma sustentada, baseada no crescimento das exportações. Não vejo como se possa crescer mais rápido de uma forma sustentada. Nesse percurso há espaço para o aprofundamento das ligações económicas com Espanha? Tendo em conta os setores em que Portugal e Espanha são igualmente fortes e outros em que podem complementar-se, considera que são devidamente potenciadas as parcerias?

A primeira experiência da Zara fora de Espanha foi na rua de Santa Catarina, no Porto. O El Corte Inglés também iniciou a sua internacionalização em Portugal. Isto só para dar exemplos da prioridade estratégica que Portugal constitui para Espanha e para Portugal é igual. O setor agrícola ou dos bens alimentares poderá ser o que reúne mais oportunidades de ligação entre as duas economias. Isto porque se juntarmos as exportações e importações entre Portugal e Espanha neste setor, chegamos a um dos valores mais expressivos em termos de fluxos entre os dois países. No entanto, há um grande desequilíbrio a favor de Espanha e não é apenas por questões de escala. Penso que há um conjunto de oportunidades que só agora começamos a desenvolver. Por exemplo, o Alqueva e o novo sistema de rega no Alentejo que estamos a desenvolver agora com força poderá proporcionar um grande crescimento, um crescimento histórico em Portugal. Em Espanha essa área está mais desenvolvida e há mais tempo. Seria interessante para ambos os países que na área agrícola e dos bens alimentares houvesse uma surpresa positiva no que

“Há muitas oportunidades se portugueses e espanhóis se aliarem para conquistar outros mercados. . . Espero que daqui a dez anos não só o fluxo entre os dois países seja maior, mas dos dois países com terceiros também seja bastante maior” diz respeito à interação ibérica. Os produtos portugueses tal como

os espanhóis também se diferenciam pela qualidade. Temos o caso do azeite, mas todas as culturas mediterrânicas, de uma forma geral. Penso que há muitas oportunidades se portugueses e espanhóis se aliarem para conquistar outros mercados. Podemos ter maiores vantagens se estivermos juntos, aproveitando as vantagens de uns e de outros. Temos massa crítica, temos know-how e temos diferenciação. Espero que daqui a dez anos não só o fluxo entre os dois países seja maior, mas dos dois países com terceiros também seja bastante maior. Li recentemente um artigo que alertava para o potencial que a zona costeira do Alentejo tem para os frutos vermelhos, por exemplo. Pode ser nesta complementaridade nas áreas em que temos claramente vantagem que um mais um não sejam dois, mas dois e meio ou três. Tudo pode acontecer.  janeiro de 2016

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apontamentos de economia apuntes de economÍa

Santander Totta adquire negócio do Banif e torna-se no segundo maior banco privado

O Banco de Portugal adjudicou uma parte substancial dos ativos e passivos do Banif ao Santander Totta, por 150 milhões de euros. A operação incrementa em 2,5% a quota de mercado do Santander Tot-

ta em Portugal, que passa a deter 14,5% em créditos e depósitos, o que o situa como a segunda maior entidade financeira privada do país. Com o objetivo de dar continuidade à atividade do Banco Internacional do Funchal (Banif) e salvaguardar os interesses dos seus clientes, o Banco de Portugal, enquanto autoridade de resolução, decidiu adjudicar uma parte substancial do negócio deste banco, entre os quais os balcões da rede comercial, que passam a fazer parte do Santander Totta. O Banif, com uma rede de 150 balcões, que serviam 400 mil clientes, passa a contribuir com cerca de seis

Faurecia vende Exteriores Automóveis à Plastic Omnium A Faurecia assinou um nemorando de entendimento para a venda da sua área de negócio Exteriores Automóveis à Plastic Omnium. A área de negócio que será vendida, responsável pela produção de parachoques e módulos front-end, registou em 2014 vendas de dois mil milhões de euros e emprega 7.700 pessoas em 22 fábricas. As restantes áreas de negócio, bem como a fábrica da Faurecia para a Smart em Hambach (França) e duas joint ventures na China e no Brasil não estão incluídas na operação. A transação baseia-se num valor da Empresa de € 665 milhões. A conclusão do projeto, associando a capacidade e a tecnologia de dois fortes players, criará um líder global no sector de exteriores de automóveis, com sede em França. A Faurecia acredita que este projeto benefi-

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ciará o desenvolvimento do negócio e os interesses dos seus clientes e colaboradores. Esta transação, combinada com o resgate antecipado da Faurecia das suas obrigações convertíveis (anunciado a 7 de dezembro de 2015), eliminará quase toda a dívida líquida da Faurecia. O grupo ficará assim com capacidade para acelerar o investimento em tecnologias de valor acrescentado para as suas áreas de negócio de Tecnologias de Controlo de Emissões, Assentos de Automóvel e Sistemas de Interior. Antes da assinatura do acordo definitivo, o projeto está sujeito a procedimentos de informação e consulta com os mais relevantes representantes dos colaboradores e com as entidades reguladores da Concorrência. A transação deverá ser concluída este ano.

mil milhões de euros em depósitos e 5.500 milhões de euros em créditos para a posição do Banco Santander Totta, elevando em 2,5% a quota de mercado do banco liderado por António Vieira Monteiro. O Banif tem, especialmente, uma presença relevante nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores, nas quais conta com quotas de mercado muito elevadas. Ana Botín, presidente do Banco Santander, assinalou, em comunicado interno, que “a aquisição do Banco Banif é mais uma demonstração da aposta do Banco Santander em Portugal, um dos principais países do grupo”.

Marriott compra Starwood e cria maior grupo hoteleiro do mundo O grupo Marriott International oficializou a compra da Starwood Hotels & Resorts Worlwide, avaliada em mais de 11.300 milhões de euros. A fusão resultará na maior cadeia de hotéis do mundo, totalizando mais de 5.500 unidades (1,1 milhões de quartos), repartidas por 100 países, através de 30 marcas. O acordo de venda foi aprovado por unanimidade por ambos os conselhos de administração das duas ampresas, estimando-se que o negócio esteja finalizado em meados do ano. Os grupos reunirão num só os programas de fidelização de clientes, sendo que o Marriott Rewards conta com uma base de 54 milhões de membros e o Starwood Preferred Guest (SPG) contabiliza 21 milhões de associados.


Breves BPI contrata empréstimo de 50 milhões com o BEI para a agricultura Através de um empréstimo de 50 milhões de euros, o Banco Europeu de Investimento (BEI) irá financiar, em cooperação com o BPI, projetos realizados por pequenas e médias empresas (PME), nos setores agrícola e agro-alimentar. O contrato de financiamento foi assinado no mês passado, em Lisboa, com a participação de Román Escolano, Vice-Presidente do BEI, e de Fernando Ulrich, presidente da Comissão Executiva do BPI. Além das PME, também as empresas de média dimensão (mid-caps, ou seja, que tenham até três mil trabalhadores) serão elegíveis para os empréstimos concedidos ao abrigo desta linha de crédito. O objetivo deste financiamento consiste em promover a concessão de crédito, garantir o acesso ao financiamento e alargar a cobertura às PME e empresas de média dimensão do meio rural cuja atividade esteja centrada na agricultura. Os fundos do BEI serão prioritariamente destinados ao financiamento de projetos nos setores agrícola e agroalimentar e também de projetos em zonas rurais ao

longo de toda a cadeia de valor. Prevêse que a maioria das PME beneficiárias esteja localizada nas regiões de convergência. O empréstimo está em total consonância com o renovado destaque estratégico conferido pelo BEI ao setor agrícola e agroalimentar. O financiamento do BEI

contribuirá para reforçar a produtividade e a competitividade das PME e o emprego em Portugal. Este primeiro empréstimo concedido ao BPI especificamente para financiar as PME no setor da agricultura vem complementar ainda as outras linhas de crédito do BEI ao BPI e reforça a cooperação de longa data entre as duas instituições.

MAPFRE foi distinguida como a Melhor Seguradora de Vida A MAPFRE foi distinguida como a Melhor Seguradora de Vida do mercado português pelo segundo ano consecutivo, durante o jantar de gala anual da revista Exame, onde foram atribuídos os Prémios “500 Maiores e Melhores” e “Banca & Seguros”. Este prémio reconhece o desempenho da MAPFRE em 2014, na categoria “Melhor Média ou Pequena Seguradora Vida”, mediante a análise comparativa dos indicadores de performance financeira de todas as seguradoras do mercado português. A distinção chega no momento em que a seguradora fortalece o seu posiciona-

mento no mercado nacional e depois da MAPFRE e a Bankinter chegarem a acordo para adquirir a carteira do Barclays Vida e Pensões. Desde 2010, o negócio de Vida da MAPFRE Portugal cresceu 60%. Em 2014, registou um aumento de 21,2% comparativamente com o ano anterior, sendo que o mercado português se situou nos 12%. A MAPFRE duplicou ainda o seu lucro líquido e melhorou o rácio de solvência. Os prémios ”Banca & Seguros” e “500 Maiores e Melhores Empresas”, que já somam 26 edições, nasceram de uma parceria da revista “Exame” com a Informa D&B e Deloitte.

Fábrica de tomate de Mora com produção recorde em 2015 A Fábrica de Transformação de Tomate Conesa Portugal, situada em Mora (Alentejo), alcançou a maior produção de sempre, totalizando uma faturação de 12 milhões de euros, na última campanha. Este valor corresponde a 150 mil toneladas transformadas daquele fruto, valor largamente superior às 110 mil registadas na campanha anterior. De acordo com a companhia, estes números acompanham a produção recorde registada em todo o país nesta última campanha, que totalizou 1,8 milhões de toneladas. A Conesa Portugal, do grupo Conesa Espanha, iniciou a sua laboração em 1966, sob o nome Sopragol. Em média, conta com 60 trabalhadores fixos, a que se juntam mais de 250 durantes os dois meses de campanha. Com um volume de negócios na ordem dos 20 milhões de euros, produz derivados de tomate para a indústria, embalados em latas e bidões, sendo 96% desta produção exportada para Espanha, França, Inglaterra, Alemanha, Arábia Saudita, Koweit, São Tomé, Áustria, Polónia, Eslovénia, Suíça, entre outros. Alimentaria de Barcelona reforça oferta de seminários e encontros empresariais do certame A “Alimentaria Hub”, que fará parte da próxima edição da Alimentaria, a decorrer entre 25 e 28 de abril de 2016, na Feira de Barcelona, será um dos certames de referência ao nível de temas como a inovação futura, estratégia colaborativa, competitividade e disseminação do conhecimento no setor alimentar. As atividades e seminários a desenvolver decorrerão em torno de seis temas principais: distribuição e retalho, responsabilidade social, internacionalização, I+D+i e criação de marcas, nutrição e marketing e comunicação para o setor. O certame incluirá ainda um centro para reuniões empresariais, networking e pesquisa de oportunidades de exportação. Entretanto, o salão designado “Food Factory”, um local de encontro entre start-ups technológicas do setor agroalimentar e business angels, deverá ser uma das principais atrações da Alimentaria Hub 2016, entre outras iniciativas. Produção automóvel em Portugal volta a cair em novembro No mês de novembro de 2015, foram produzidos 13.816 veículos automóveis, o que representou um decréscimo de 2,2% face ao mês homólogo do ano anterior. Em termos acumulados, nos primeiros 11 meses de

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Breves 2015, a produção de veículos automóveis em Portugal cifrou-se em cerca de 150 mil unidades o que se traduziu numa queda de 3,1% relativamente ao período homólogo do ano anterior, o que se deveu à descida da produção de veículos ligeiros. Do total de veículos produzidos, 144.089 destinaram-se à exportação, o que representou 96% da produção total e menos 3,6% do que os veículos exportados no período homólogo do ano anterior. Por países de destino, nos primeiros onze meses do ano, a Alemanha absorveu 25,5% dos veículos que Portugal exportou, seguida de Espanha (12,9%) e do Reino Unido (10,3%). Leixões inaugura ligação direta ao mercado da América do Norte O Porto de Leixões acaba de inaugurar uma ligação direta à exportação para o mercado da América do Norte, através do serviço Mediterranean Canada Service (MCA), do armador alemão Hapag-Lloyd, que, tendo efetuado no início de dezembro a primeira escala em Leixões, passa a operar em Portugal a partir deste porto. O MCA é um serviço semanal operado por cinco navios, com uma capacidade média de 2.200 TEU e 240 ligações de frio que, com um tempo de trânsito de nove dias, fará a ligação direta de carga contentorizada entre Portugal e o Canadá. Recorde-se que, a partir de Montreal, as cargas podem ser encaminhadas por ferrovia para o interior do Canadá, ou por cabotagem para os principais destinos da costa atlântica dos EUA.

Cluster transfronteiriço para a área da biotecnologia O BICMINHO e a Junta da Galiza querem posicionar a Euroregião Norte de Portugal-Galiza à altura dos grandes pólos biotech da Península Ibérica, até 2020. A estratégia está definida e a candidatura para o Cluster Transfronteiriço ao Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal (POCTEP 2014-2020) será apresentada em breve. “Trataremos de tentar conseguir apoio e fundos de Bruxelas para desenvolver a iniciativa”, afirma Nuno Gomes, CEO do BICMINHO, que estima que até 2020 serão necessários cinco milhões de euros para lançar o projeto. Prevê-se que a iniciativa seja totalmente autónoma e com um retorno na casa dos 20 milhões de euros, em 2030. O CEO do BICMINHO falava no “BioInvestor Day”, um fórum de investimento que se realizou recentemente, no Avepark, e que juntou nove investidores, públicos e privados de ambos os lados da fronteira, bem como a participação de Guillermo

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Iberia vai ter voos desde Lisboa e Porto até Joanesburgo A partir do próximo dia 1 de agosto, a Iberia ligará, três vezes por semana, Lisboa e Porto a Joanesburgo via Madrid com aviões A330-300, com capacidade para 278 passageiros e equipados com as novas classes de longo curso da Iberia. Para comemorar o lançamento dos voos, a linha aérea lançou uma oferta especial para voos de Portugal à cidade sul-africana, a partir dos 735 euros (preço final). Os horários de voo, tanto de ida como de volta, permitem boas ligações com Lisboa e Porto. Precisamente, Portugal é um dos mercados que maior tráfego proporcionará a esta nova rota da linha aérea espanhola. A bordo destes voos, também se poderá transportar carga aérea, principalmente mercadoria perecível como

peixe, proveniente da África do Sul. A nova classe Business distinguese por cadeiras que se transformam em camas totalmente planas de dois metros de comprimento com acesso direto ao corredor, ecrãs táteis de 15,4 polegadas e um completo programa de entretenimento, além de um serviço gastronómico gourmet acompanhado pelos melhores vinhos espanhóis.

Sonae Sierra investe 47 milhões de euros na Colômbia A gestora de centros comerciais comprou mercados menos maduros, ao mesmo um terreno e vai investir 47 milhões de tempo que recicla capital, ou seja, vende euros na cidade de Cucuta, na Colômbia, posições em outros centros comerciais num novo empreendimento comercial, para angariar fundos para investir. cuja abertura está prevista para 2017. “Esperamos que a recuperação dos merA Sonae Sierra, segundo revelou o seu cados europeus seja um facto e que as CEO, Fernando Guedes de Oliveira, vai perturbações políticas em mercados em avançar com uma parceria com Gonçalo que operamos sejam passageiras. No Oliveira, um empresário local, de origem Brasil, a estratégia é de contenção. Vaportuguesa, que detém a empresa Cen- mos limitar-nos a trabalhar no portefólio”, tral Control, que já tem experiência em referiu o CEO da Sonae Sierra. centros comerciais no país. Guedes de Oliveira adiantou, por outro Cada um dos dois sócios ficará com uma lado, que a Sonae Sierra desfez “a joint posição de 50%, sendo que a Sonae Sier- venture com a CITIC” mas continua a ra quer mais projetos no país. Para já, vai “operar na China para prestação de serviavançar com um investimento para uma ços para terceiros”. “Temos em análise, via área bruta locável de 40 mil metros qua- prestação de serviços para terceiros uma drados. série de mercados emergentes, e depois Este investimento faz parte da estratégia vemos se passamos esse mercado a um da Sonae Sierra de começar a investir em mercado de investimento”, explicou.


apuntes de economÍa

SEAT integra mais uma centena de trabalhadores em Espanha A SEAT vai contratar 100 trabalhadores para a sua fábrica de Martorell (Espanha), durante este mês. Este pessoal, que até agora trabalhava para a companhia por intermédio de empresas de trabalho temporário, será integrado para que sejam asseguradas as necessidades diárias de produção durante o ano que agora começa. O reforço de pessoal poderá subir aos 160 elementos em maio, consoante a necessidade da empresa no decurso da atividade. A SEAT contratou durante o ano passado 350 novos trabalhadores, entre os quais os 100 engenheiros que integraram o Centro Técnico da SEAT e 48 jovens formados na escola profissional dual da empresa. O vice-presidente executivo dos Recursos Humanos da SEAT, Xavier Ros, sublinhou o facto de que “o sucesso comercial que a marca goza desde 2013 e a evolução do Audi Q3 são uma excelente notícia para toda a fábrica e permite-nos criar mais emprego. Nos últimos dois anos, contratámos 750 novos empregados e criámos três mil postos

de trabalho entre os nossos fornecedores”, destacou. A SEAT reverá mensalmente os contratos de trabalho com o pessoal empregado em regime de trabalho temporário, em função das necessidades de produção. Esta estratégia visa exclusivamente adequar a flexibilidade de trabalho às necessidades dos mercados. A Martorell é a maior fábrica de automóveis de Espanha. Entre janeiro e novembro do corrente ano, a produção aumentou 8,3% resultando na fabricação total de 450.415 veículos. Após seis anos de crescimento consecutivo, a produção em Martorell atingiu números recorde desde 2002.

Mota-Engil contratou cinco mil pessoas em 2015 O grupo Mota-Engil reforçou as suas contratações de pessoal, em mais cinco mil trabalhadores, no conjunto das várias regiões onde opera. A América Latina foi a região onde o reforço foi mais acentuado. No fim de setembro, o grupo contava com 27.820 colaboradores. Numa informação financeira do grupo, a Mota-Engil indica a evolução do quadro de pessoal nos últimos anos de 22.808 no fim de 2014, para 27.820 no fim de setembro, no entanto, ainda longe do recorde registado em 2013 (28.345). A maioria dos assalariados não são do quadro.

Por geografia, verifica-se que a Europa fechou 2014 com 7.035 trabalhadores e está agora com 9.149. Este crescimento de 2.100 pessoas beneficia da inclusão no universo da Mota-Engil das centenas de funcionários da EGF. Em África, a comunidade laboral está longe do pico (14.359 em 2013), mas regista um reforço ao longo de 2015. Está nos 12.924, mais 1.400 do que no fim de 2014. Finalmente, na América Latina registaram-se 1600 novas contratações. No fim de setembro, a Mota-Engil contava com 5265 assalariados, mas inferior ao recorde de 6616 (em 2012).

apontamentos de economia Viña, representante do IGAPE, e de Carme Pampim, presidente da Bioga. A sessão inseriu-se no “Bio Investor Day Norte de PortugalGaliza”, a primeira de várias iniciativas previstas no acordo de princípio entre o BICMINHO e a Junta da Galicia, “uma aliança que fortalece os projetos biotecnológicos da Euroregião, com o fim de criar uma massa crítica mais potente”, referiu Guillermo Vinã. O acordo contempla assim várias estratégias conjuntas de atuação e ações concertadas a realizar nos próximos meses para consolidar o desenvolvimento sustentado do lançamento do cluster transfronteiriço no setor da biotecnologia, que se espera vir a concretizar em 2016. Neste encontro foram igualmente apresentados os diferentes instrumentos de financiamento de projetos I+D+i para Espanha e Portugal. Efapel estima crescimento de 7% A Efapel, maior fabricante nacional de aparelhagem elétrica de baixa tensão e líder de mercado, previa fechar 2015 com um crescimento de 7% relativamente a 2014, ano em que as suas vendas ascenderam a 26,5 milhões de euros. A previsão assenta no bom desempenho verificado em todos os mercados onde a empresa opera, designadamente mercados estratégicos europeus, africanos e sul-americanos (Colômbia, Perú e Chile). De destacar ainda, no mercado espanhol, a importância da criação, em Salamanca, de uma subsidiária, a Efapel – Soluciones Eléctricas SL, que trouxe vantagens competitivas relativamente aos concorrentes não espanhóis e tem impulsionado as vendas naquele país. No primeiro semestre de 2015, a Efapel registou vendas de 13,8 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento homólogo de 7%. DIA alarga rede Minipreço em Lisboa O grupo DIA reforçou a sua presença em Lisboa, através da abertura de uma nova loja Minipreço Market, próximo da Avenida de Berna. Esta é uma das principais artérias da cidade e que até agora tinha pouco oferta neste segmento de distribuição, justifica a cadeia de supermercados. A nova loja Minipreço dispõe de uma área total de 656 metros quadrados e conta com nove colaboradores. Esta inauguração está em linha com a estratégia da DIA como líder de proximidade e reafirma a capacidade da empresa em fornecer os produtos de consumo diário aos consumidores, evitando grandes deslocações e diminuindo o tempo despendido em compras. O modelo de loja Minipreço Market distingue-se pelas novas cores identificativas da insígnia – o azul e o verde –, por uma decoração interior e exterior dedicada a comunicar o conceito aos clientes, assim como pela maior oferta de serviços disponibilizados, especialmente na área dos frescos.

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Breves Telefónica cobrará entre 50 y 170 euros por sus nuevos televisores Telefónica ha anunciado el lanzamiento de Screen Fusión, un televisor con descodificador integrado. En un encuentro informativo, Óscar Candiles, responsable de Gran Público y Empresas de Telefónica España, ha explicado que el servicio está accesible a los nuevos clientes que contraten la tarifa Movistar Fusión+ Fibra de 300 Mb con el paquete televisivo Premium. En la actualidad, la empresa cuenta con cerca de 370.000 clientes en esta categoría. La teleco ofrece dos modelos de dispositivo: uno de 32 pulgadas, que no tendrá coste, y otro de 40 pulgadas, cuyo precio será de 120 euros. Para los clientes actuales de las citadas tarifas de fibra y televisión, el precio de los televisores será de 50 y 170 euros, respectivamente. Los aparatos han sido fabricados por la compañía turca Vestel, que está especializada en la creación y producción de descodificadores televisivos. No obstante, se comercializarán bajo la marca Movistar. Carbures aumenta su facturación un 53% en el negocio aeroespacial La multinacional de ingeniería ha cerrado este año con una facturación en la línea de negocio aeroespacial de 16,6 millones de euros. Además, ha logrado su récord histórico de fabricación de piezas de avión. La factoría de Carbures en Illescas (Toledo) ha fabricado 32.844 piezas en 2015, lo que supone un incremento del 10,98% con respecto a la producción de 2014, según ha informado la compañía, que ha fabricado un total de 39.322 unidades durante este año en todas sus plantas, un 22,23% más. Este incremento se debe a que Carbures, que se ha consolidado como un fabricante estratégico de piezas de avión para Airbus (entre otros proveedores), ha logrado tres nuevos programas de fabricación de piezas en 2015, hasta alcanzar un total de 27 en esta fábrica. Illescas es la planta aeroespacial de Carbures con mayor producción, seguida de Carbures Airport, en Jerez de la Frontera, que ha visto incrementado su ritmo de producción de las 2.756 piezas fabricadas en 2014 a las 6.478 en 2015, lo que supone un incremento del 275,6%.

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Iberdrola es la segunda eléctrica del mundo por capitalización bursátil

Iberdrola se ha convertido en la segunda eléctrica del mundo por capitalización bursátil, tras desplazar a la norteamericana Nextera de la segunda posición. En concreto, la compañía española ha alcanzado un valor en bolsa de 41.709 millones de euros. Con esta subida, se sitúa solo por debajo a nivel mundial de

Duke Energy, cuya capitalización asciende a 42.526 millones de euros, y por delante de Nextera, valorada en 41.219 millones. La cuarta eléctrica mundial es la francesa Engie (GDF-Suez), con 39.025 millones de euros de capitalización, por delante de los 37.369 millones de la italiana Enel, propietaria de un 70% de Endesa. Tras estas empresas, se sitúan las estadounidenses The Southern Co (37.072 millones de euros) y Dominion Resources (35.647 millones), así como la francesa EDF (24.906 millones).

Inditex aumenta sus ventas un 16% y los beneficios un 20% El grupo Inditex, dueño de Zara, ha logrado un beneficio neto de 2.020 millones de euros en los nueve primeros meses de su ejercicio fiscal (febrero a octubre), el 20% más que un año antes, mientras que sus ventas crecieron el 16%, hasta los 14.744 millones.A tipos de cambio constantes, el incremento de las ventas en tienda y a través de internet sería del 15%, según ha informado la compañía, que destaca el “sólido” crecimiento de las “ventas comparables” -en establecimientos que llevan abiertos más de un año- y

su “fuerte desempeño operativo”. Como avance del cuarto trimestre, Inditex informa que la facturación a tipos constantes ha aumentado el 15% del 1 de noviembre al 3 de diciembre y recuerda que la última parte del año está influida por la campaña de Navidad y las rebajas de fin de temporada. Entre febrero y octubre, la firma presidida por Pablo Isla generó un resultado bruto de explotación (ebitda) de 3.328 millones de euros, con un aumento interanual del 18%. El neto (EBIT) mejoró el 20% y sumó 2.583 millones de euros.

Repsol y Statoil pactan un intercambio de activos Repsol ha alcanzado un acuerdo para vender un 13% del proyecto estadounidense Eagle Ford a su socio Statoil, con lo que su participación en este proyecto quedará reducida al 37%. Al mismo tiempo, la compañía española ha adquirido a Statoil un 15% de participación en el campo productivo Gudrun, situado en Noruega. Según ha informado Repsol, ambas transacciones están valoradas en un importe similar, por lo que tendrán un “efecto neutral” en su cuenta de resultados de 2015. No

obstante, esta operación incrementará el flujo de caja positivo de la compañía en 500 millones de euros en el periodo 2015-2017, reducirá sus necesidades de inversión y generará mayores sinergias y eficiencias en las operaciones, según ha destacado Repsol.


El Corte Inglés inicia su actividad en China El Corte Inglés ha firmado un acuerdo con la empresa china Ou-Jue Internacional para distribuir en el país productos de alimentación “made in Spain” tanto de sus marcas propias como de otros fabricantes españoles. Según ha explicado el grupo, en octubre se abrieron dos establecimientos dedicados a productos de El Corte Inglés en la ciudad de Shanghai, concretamente en el Dongjiao State Guest Hotel y en el Gran Almacén Bailian ubicado en el recinto de la Expo. “Se mantendrá un ritmo de

aperturas creciente, de modo que antes de fin de 2016 se espera que haya más de 15 puntos de venta”, según El Corte Inglés, que detalla que también venderá en China a través de internet mediante una web de contenido gastronómico que promocionará los productos “made in Spain” y que también contribuirá a impulsar a España como destino turístico.

Red Eléctrica compra el 50% de la chilena TEN por 200 millones de euros Red Eléctrica, a través de Red Eléctrica Chile, ha comprado el 50% del capital de Transmisora Eléctrica del Norte (TEN), propiedad de la sociedad chilena E-CL, por 200 millones de euros. TEN está desarrollando el proyecto Mejillones-Cardones, con carácter estratégico para el sistema eléctrico chileno, que consiste en la construcción de una línea de transmisión de electricidad de 600 kilómetros a 500 kV en el norte del país, que inter-

conectará el Sistema Interconectado Central y el Sistema Interconectado del Norte Grande en Chile. El proyecto está ya en fase de construcción e implica una inversión de más 717 millones de euros, y está prevista su puesta en servicio en el segundo semestre de 2017. Según un comunicado remitido el viernes a la CNMV, una vez puesto en servicio, el proyecto tendrá unos ingresos anuales superiores a 83 millones de euros.

KPMG crece en España un 9,6% durante su último ejercicio fiscal KPMG International, la red global de firmas que ofrece servicios de auditoría, fiscales y de asesoramiento financiero y de negocio en más de 155 países, ha anunciado unos ingresos combinados por valor de 24.440 millones de dólares (22.315 millones de euros), en el ejercicio fiscal cerrado a 30 de septiembre de 2015, lo que supone un incremento del 8,1% en moneda local, casi un 2% más que el dato registrado en 2014. España ocupa la tercera posición en la lista de países que más crecen y en los que presta sus servicios la firma, con un dato que supera ligeramente

el 9,5%. La India encabeza este ranking, con un 18,3%, y MESA, Oriente Medio y Sur de Asia, le sigue en segundo lugar con cifra que alcanza el 12,7%. En Europa, junto a Oriente Medio y África (EMA, incluida India), los beneficios crecieron un 4,0%, una cifra medio punto superior a la que se registró en el ejercicio 2014.

Gestores

en Foco

Matías Pérez Alejo (en la foto) deja el puesto de administrador delegado de la división de Cepsa en Portugal. Comenzó a trabajar para la empresa en 1981, en el departamento de compras de una de sus instalaciones en Vizcaya (País Vasco), y desde 2008 integró el Comité de Gestión de Cepsa Portugal. La marcha de Portugal coincide con su jubilación y va a ser sustituido por Ruth Breitenfeld (en la foto). Vítor Domingues dos Santos abandona el cargo de administrador delegado de Cintra después de 16 años y se mantendrá en la empresa hasta mayo de este año sin funciones ejecutivas. Entre 1995 y 1999 fue administrador delegado de Ferrovial Agroman y entre 2008 y 2012 fue también presidente de la asociación de las concesiones SCUT (ASCAS), coordinando las actividades de la misma. Vítor Domingues dos Santos será sustituido por Christian Torrell Torrente. Nacho Rodríguez ha sido nombrado director de Comunicación de ING Bank para España y Portugal. Licenciado en Periodismo por la Universidad Complutense de Madrid, cuenta con más de 15 años de experiencia en el mundo de la comunicación y de las relaciones públicas, principalmente dentro del sector financiero. Comenzó su carrera profesional en la agencia de comunicación Eurocofin. Años más tarde se incorporó a Barclays como responsable de Relaciones con Medios y posteriormente fue nombrado director de Comunicación. Tras la adquisición del negocio de banca minorista de Barclays por parte de CaixaBank, Nacho trabajó como director de Contenidos dentro del Departamento de Comunicación de la entidad catalana.

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Sociedade Lisbonense de Metalização

pondera eventual parceria com congénere espanhola A Sociedade Lisbonense de Metalização, uma PME especializada em serviços de manutenção industrial, como a proteção anti-corrosão de superfícies metálicas, equaciona a ligação a uma empresa espanhola, de forma a alargar o seu campo de atuação e os seus mercados.

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Sociedade Lisbonense de Metalização (SLM), uma PME especializada em serviços de manutenção industrial para estruturas metálicas, está a equacionar várias vertentes e novas oportunidades para aumentar os seus negócios e compensar a quebra sentida com a atividade desenvolvida para os clientes habituais que mantém em Portugal. A empresa tem vindo a registar uma diminuição da atividade e dos negócios, devido à quebra da atividade das empresas industriais, explica Rui Figueiredo, diretor Comercial e de Produção da SLM. 20 act ualidad€

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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

As principais áreas de atividade da empresa são a metalização, pintura de superfícies metálicas e em betão (estruturas industriais, reservatórios, pavimentos, revestimentos eletrolíticos e termoplásticos em peças), ou ainda a lacagem de mobiliário metálico, mas a SLM está preparada também para intervir noutros campos, nomeadamente na construção civil, podendo realizar trabalhos de reabilitação urbana. Entre as suas competências, podem destacarse ainda as de reabilitação de elementos de betão e alvenaria, a execução de revestimentos protetores para betão e al-

venaria e a disponibilização de equipas especializadas em trabalhos verticais, ou ainda a execução de pequenos serviços de manutenção metalomecânica. Os trabalhos são executados normalmente nas suas instalações de Sacavém, podendo, em caso de necessidade, ser efetuados também no próprio local do cliente. Entre as suas obras emblemáticas, podem destacar-se a pintura da ponte 25 de Abril, em 1998, a pintura das partes metálicas e fachada de tijolo da praça de touros do Campo Pequeno, a pintura e reabilitação da torre da PT (em Monsanto), diversos contratos no complexo pe-


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troquímico de Sines (por exemplo, para nuir e ascende aos 35 efetivos, a que se de anónima detida por um conjunto de a Repsol), ou ainda a pintura das esferas somam os trabalhadores contratados investidores portugueses, considera que e depósitos de gás da OZ Energia, bem temporariamente consoante as necessi- uma ligação a uma empresa estrangeira, como pequenas intervenções no Ocea- dades das tarefas encomendadas pelos nomeadamente espanhola, poderia ajuclientes. nário, exemplifica o responsável. dar a expandir mais facilmente as suas “A atividade tem vindo a reduzir-se e atividades e os seus mercados geográfiestá baixa, atualmente”, assentando so- Novas parcerias em estudo cos. “O mercado em Espanha é muito bretudo em clientes como grandes mulOutra frente em equação para voltar competitivo, é muito difícil entrar”, extinacionais, de setores como a indústria, a crescer poderá passar por parcerias plica Rui Figueiredo, considerando ser energia, transportes e minérios e ainda com congéneres estrangeiras, nomea- mais fácil abordar uma extensão ibérica o setor público, adianta Rui Figueiredo. damente do país vizinho, revela ainda o através de uma parceria local. Atualmente, a faturação ronda os três responsável comercial da SLM, salienUma eventual parceria ajudaria tammilhões de euros, em franca quebra face tando todavia que não existem ainda bém a empresa a subir na escala de valor, ao passado recente. Quanto ao quadro contactos com quaisquer empresas nes- nomeadamente nos fornecimentos em de pessoal, também tem vindo a dimi- se sentido. A SLM, que é uma socieda- concursos de subempreitadas. 

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Av. Marquês de Tomar, Nº 2, 7, 1050-155 Lisboa Tel: 213 509 310 Fax: 213 526 333 Mail: ccile@ccile.org Site: www.portugalespanha.org janeiro de 2016

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BeBee, nueva red social que une personas

por intereses profesionales comunes

BeBee es una red social de afinidad que tiene como objetivo unir a los usuarios a través de su profesión y de sus aficiones, el llamado affinity networking. Mediante los más de 18 mil grupos de afinidad y de las 30 colmenas profesionales, sus más de nueve millones de usuarios en todo el mundo pueden encontrar desde un compañero para emprender una nueva aventura profesional como un compañero con quien compartir aficiones.

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Texto e foto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org

eBee ha llegado al mercado para ocupar un espacio que todavía no se había explorado, el de conectar a las personas según sus afinidades sin necesidad de tener un contacto en común, el llamado tercer grado de conexión. Los españoles Javier Cámara y Juan Imaz, los mismos que en 1998 crearon Mixmail (el primer correo electrónico en español), han logrado encontrar

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algo diferente en el mundo de las año, es “entrar en EE.UU. en inglés redes sociales y lanzar al mercado y para ello vamos a buscar financiaun producto novedoso. Han in- ción americana”. vertido 10 millones de euros para Su valor añadido radica en poconvertir a beBee en una platafor- ner en contacto a personas según ma social fuerte y global. En los sus intereses o afinidades, ya sean primeros nueve meses han logrado profesionales o personales. Es lo sumar nueve millones de usuarios. que se denomina affinity networ“En dos años queremos llegar a los king. Cuenta con 18 mil grupos de 50 millones” de usuarios, explica afinidad y 30 colmenas profesionael CEO de la compañía, Javier Cá- les. Uno de los componentes muy mara. El siguiente paso, el próximo demandados es el de las ofertas de


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empleo. “La manera habitual de conectar entre usuarios en las redes Los usuarios debrán sociales tradicionales se basa en las relaciones entre amigos y/o familia, tener siempre o en las relaciones por un contacinformación relevante to en común (amigo de un amigo), y lo definen como conexiones de en función a sus primer y segundo grado respectigustos en sus muros. vamente. En beBee, esto se amplía en un grado más ya que los usuaPara ello, existe rios pueden interrelacionarse entre un grupo especial sí por compartir bien la profesión o una afición sin necesidad de tener un de miembros contacto en común, lo que se conodenominados ce como el tercer grado de conexión”, explica Javier Cámara. influencers Entre los usuarios se encuentra una mayor presencia femenina que masculina, de edades comprendidas anunciados”, explica Javier Cámara. entre los 25 y los 45 años y, en su Un departamento de moderación de mayoría, perfiles profesionales tales contenidos es el encargado de concomo médicos, comerciales, econo- trolar todas las propuestas de trabajo mistas, ingenieros, administrativos que se publican. o ejecutivos. Dentro de la red uno El modelo de negocio de beBee, de los apartados más consultados es según Javier Cámara, se basa únicael referente al empleo. Las empresas mente en la publicidad segmentada pueden anunciarse de forma gratuita en los grupos de afinidad: “A través y “ya hemos contabilizado entre nues- de los grupos de afinidad las empretros usuarios un total de 400.000 sas pueden llegar a su target perfeccurrículos finalistas para los trabajos to. Por ejemplo, el grupo de running 24 act ualidad€

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puede ser patrocinado por Nike”. Grupos de influencia Uno de los principales compromisos de la empresa es que los usuarios siempre tengan información relevante en función a sus gustos en sus muros. Para ello, existe un grupo especial de miembros denominados influencers, entre los que se encuentran perfiles como Ona Carbonell, capitana del equipo olímpico español de natación sincronizada, para la colmena de Deportistas Javier García Peña y Andrea Vicens, exconcursante de Top Chef y finalista de MasterChef 3, respectivamente, para la colmena y grupos de Hostelería y Turismo o Helena Cueva y Rebeca Labara, responsables de los blogs “A Trendy Life“ y “Mi aventura con la moda” para la colmena de Moda y belleza. “He podido comprobar que beBee es una red social diferente. Sólo ves cosas que de verdad te interesan. No es una más”, ha comentado el chef Peña. BeBee también ha establecido a cuerdos con importantes medios de comunicación como Cinco Días y Bolsamanía en España, Cinéfila en México y Premiere Line en Brasil, para aportar su contenido en función de la temática a los más de 18.000 grupos de la red social. En estos medios ya cuentan con el botón de compartir directamente en beBee. En estos momentos la red social está presente en más de 100 países entre los que destacan mercados tan importantes como el español, con 3,7 millones de usuarios, el brasileño, con 1,1 millones de usuarios, o el mexicano, con más de medio millón de usuarios. A corto y medio plazo, los planes de expansión pasan por llegar a Canadá y Australia entre otros, mientras se sigue creciendo en Estados Unidos, India y América Latina. 


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Setor agroalimentar defende quadro fiscal mais próximo de Espanha

O aumento da competitividade do setor agroalimentar depende muito de um melhor quadro fiscal para o setor, mais próximo da realidade do país vizinho, o principal mercado concorrente da indústria agroalimentar portuguesa, defende Jorge Henriques, presidente da FIPA-Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares.

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Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

crescimento da indústria agro- tativas de 85% desta indústria), espera, alimentar nacional está muito designadamente, que o novo Governo dependente de uma melhoria tenha outra visão para o setor, que perdo enquadramento legal – e, mita o seu relançamento. Pelo menos, nomeadamente, fiscal – que se Jorge Henriques espera que a mudança dê ao setor nos próximos anos, depois de política “não venha a trazer repercussões todo o ajustamento que o setor tem feito no quadro da estabilidade de que necese que lhe permitiu ser um dos mais com- sitamos para a economia em geral e para petitivos do tecido industrial. esta indústria, em termos de expetativas Quem o afirma é Jorge Henriques, de competitividade e emprego”. Neste âmbito, a FIPA destaca o elevapresidente da FIPA-Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares, do peso da fiscalidade para a competivique defende ser a questão fiscal uma dade das empresas do setor a operar em das grandes “Prioridades Estratégicas Portugal, como ficou demonstrado pelo da Indústria Agroalimentar”, como de- estudo elaborado pela Deloitte sobre a finido recentemente por esta associação fiscalidade comparada com cinco países visando o quadriénio de 2015 a 2019 da UE, onde se incluia Espanha, trazen(ver caixa). A federação, que reúne as do “dificuldades acrescidas face a outros principais associações do setor (represen- países – quer em sede de IVA como de

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outros impostos”, sublinha o responsável por esta federação. Lamentando “a subida exponencial do IVA, que em muitas categorias de produtos passou da taxa mínima, de 6%, para a máxima, nos 23%, em simultâneo com a subida no canal Horeca”, decididas em 2011, e ”comparando com Espanha, onde a taxa, para a maioria dos produtos da indústria alimentar, está na taxa intermédia”, Jorge Henriques considera fundamental rever esta situação. Além da descida do IVA na restauração para a anterior taxa de 13%, à semelhança do que acontece em Espanha, a FIPA defende ainda um “ajustamento competitivo deste imposto em algumas categorias de produtos, pelo mérito destes”. “Os produtos alimentares não são produtos de luxo”, sublinha.


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Outra preocupação do setor, a nível da relação com outros parceiros, tem passado por incentivar o “abastecimento de proximidade”, através de uma melhor articulação com o tecido primário, para que a produção de matérias-primas seja, o mais possível, feita localmente. Dois dos setores onde há maior dificuldade nestes abastecimentos são, por exemplo, o dos cereais ou o da carne de suíno, exemplifica. Apesar dos esforços que têm sido feitos para esse abastecimento, em termos gerais, “hoje, a indústria portuguesa tem de recorrer a mais de 50% de matérias-primas do exterior por forma a transformá-las aqui. Alguns não são passíveis de ser produzidos em Portugal, como o café, mas há muitos outros, desde a fruta aos vegetais, que que podem, com muita rentabilidade, produzir-se em Portugal. E há iniciativas, como o Alqueva, que estão a dar os •Criação de condições para a implementação e monitorização eficaseus frutos” neste âmbito, adianta. zes de um Código de Boas Práticas A indústria do concentrado de tomate é, que abranja toda a cadeia de valor; por seu lado, um bom exemplo de articula•Enquadramento dos produtos alição entre os setores primário e secundário, mentares na taxa reduzida ou interenquanto nos laticínios e produtos lácteos média do IVA e reposição do IVA da Portugal é mesmo autosuficiente. restauração na taxa intermédia; Apesar do difícil contexto nacional, o •Desenvolvimento de políticas ecosetor tem vindo a expandir-se e a aumennómicas e diplomáticas de incentitar as exportações, enquanto diminui as vo à inovação e diferenciação com importações, o que significa que “se estas vista à afirmação das marcas naciocondições se mantiverem, nós teremos capacidade para vir a ser uma indústria exportadora líquida”, antevê o mesmo responsável. Nos primeiros meses de 2015, as exportações continuaram a subir. “As O setor movimentou exportações têm vindo a aumentar de em 2014 cerca de uma forma sustentada, os últimos dados apontam para um crescimento, até setem14.600 milhões de bro, de 2,5%”. Em 2014, as exportações euros, dos quais quase cresceram 4,1%, para os 4.339 milhões de euros, “o que é extraordinário, se tivermos 4.400 milhões foram em conta que os últimos quatro anos foexportados ram dos mais difíceis de sempre”, em Portugal e noutros mercados. “Este setor tem mostrado uma grande resiliência”, destaca. Espanha é o maior mercado externo, FIPA. Já há parcerias, e nos próximos absorvendo 1.300 milhões de euros dos anos este aspeto poderá fortalecer os 4.339 milhões registados em 2014. dois países, sobretudo importante para “Estes dois mercados, em muitas áreas, alguns subsetores, como o vinho e oupodem juntar-se e exportar para o mer- tras bebidas, conservas, lacticínios, concado global”, incentivou o presidente da centrado de tomate, azeite.

Desafios e prioridades até 2019 nais; •Promoção de linhas e seguros de crédito e medidas financiamento à exportação; •Adequação dos programas de apoio à atividade transformadora, em particular o “Portugal 2020” e o “PDR 2020”; •Adoção de uma política nacional para a promoção de estilos de vida saudáveis, valorizando o papel da indústria.

Além dos PALOP, regiões como a Ásia, América Latina, norte de África, algumas regiões chinesas (como Macau) ou os EUA, poderão ter boas oportunidades de investimento para as empresas portuguesas. “Somos o maior setor da indústria nacional, com um volume de negócios de 14,6 mil milhões de euros – dados de 2014 –, somos ainda o setor que mais emprega – nós temos diretamente mais de 104 mil postos de trabalho e juntando com aqueles indiretos mas muito relacionados com a indústria, somos o que mais emprega“, resume Jorge Henriques. E no interior isso é mais flagrante, “somos a indústria que mais contribui para a criação de emprego”, como acontece, por exemplo, no Alentejo.  janeiro de 2016

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Meethink quer ser trampolim para as marcas gourmet “Fazer os negócios acontecer” é a promessa da Meethink aos seus potenciais clientes. A empresa nasceu no verão do ano passado com o objetivo de alargar o mercado das marcas de produtos gourmet portuguesas. Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto DR

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segmento dos produtos gourmet em Portugal “tem tido altos e baixos”, argumenta Alexandra Faustino, gestora de clientes da Meethink, empresa empenhada em elevar as oportunidades para as marcas que se dedicam a este nicho de mercado. A empresa, sedeada em Leiria, nasceu em junho de 2015 porque os seus fundadores, Carlos Silva, Hugo Brites e Margarida Oliveira (na foto, acompanhados da colaboradora Alexandra Faustino), acreditam que a prestação das marcas gourmet está abaixo das suas possibilidades. A Meethink “reflete a vontade de vários profissionais, que perceberam a potencialidade dos produtos portugueses e entenderam ser possível levá-los a mercados internacionais”, sublinha Alexandra Faustino. Na página web da empresa, pode ler-se que a Meethink quer “melhorar e ampliar as operações” dos seus clientes, “a fim de alavancar o seu negócio e atingir expetativas de vendas mais ambiciosas, bem como as metas de crescimento traçadas”. 28 act ualidad€

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A missão da empresa “é tornar o comércio internacional viável” para as marcas de produtos gourmet portugueses, “através da prospeção, pesquisa de mercado, gestão de oportunidades de negócio, tecnologias de informação e gestão de marketing, com foco em resultados rentáveis para os clientes, fornecedores e a sociedade como um todo, preservando e promovendo a ética nos negócios e o bem-estar moral e social”. A Meethink desenvolve vários serviços, como explica Alexandra Faustino. “A empresa propõe serviços de marketing, marketing internacional, prospeção de mercado e oportunidades de negócio, gestão da marca e sistemas de informação. Todos os serviços têm na Meethink competências reais e próprias. Todas estas competências e serviços colaboram, numa lógica de internacionalização, para o sucesso da intervenção da Meethink e das empresas suas clientes, de forma complementar”. Entre os potenciais clientes, a gestora aponta “todas as empresas de pequena e

média dimensão que não possuem departamento ou serviço de internacionalização”. A Meethink propõe-se a fazer “esse serviço por elas e posiciona os clientes nos mercados que, estrategicamente, forem definidos”. Alexandra Faustino acrescenta que a empresa procura trabalhar com marcas de produtos com qualidade de fabrico e apresentação, dentro da gama média e média/ alta: “Os produtos que selecionamos para serem representados pela Meethink têm em comum o facto de serem portugueses, possuírem níveis de qualidade elevados, serem alvo de um fabrico e apresentação cuidados e terem como destinatários segmentos de mercado exigentes. Alguns apontam para o segmento gourmet, outros posicionam-se em mercados exigentes, mas fora do gourmet.” A gestora lembra que a distinção face à concorrência pela qualidade é decisiva para o posicionamento das marcas alvo: “O segmento gourmet é, por definição, sofisticado, personalizado, requintado e destinado a um segmento de consumidores que valoriza elementos distintivos no produto. Menos sensível ao preço, é um segmento de consumidor que vê na distinção e sofisticação a perceção de um elevado valor agregado ao produto ou à marca.” Em Portugal, “posicionando-se um pouco à parte”, o segmento gourmet “tem conhecido momentos de alguma euforia, mas será sempre um segmento que não vê no volume de vendas o objetivo principal da sua existência”. Neste contexto, o principal desafio para a Meethink “é a estabilidade e o risco dos mercados”, nomeadamente, “as condições económicas adversas, a ansiedade e o medo nos mercados, bem como o risco de cada país”. 


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Pavimento da Corticeira Amorim chega a mais um museu

O espaço da cortiça na arte tem vindo a crescer, elevando o reconhecimento sobre as vantagens deste material. A portuguesa Corticeira Amorim tem espalhado os seus produtos por vários museus. O mais recente é o Museu de Arte Contemporânea de Bordéus, através da instalação de Leonor Antunes. Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto DR

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artista portuguesa Leonor Antunes protagoniza uma exposição individual no Museu de Arte Contemporânea de Bordéus (CAPC), onde instalou na nave central um mosaico de cortiça, com incrustações de bronze, desenvolvido a partir da gama Wicanders Corkcomfort, da corticeira Amorim. “Uma instalação que se mistura na perfeição com o emblemático espaço da Nave Central do Museu e com as esculturas desenvolvidas pela criadora para este efeito, com o intuito de lhe dar uma nova luminosidade”. O mosaico ocupa uma área de 1500 metros quadrados, que corresponde à totalidade do piso da Nave Central do CAPC. “A inovação, introduzida neste espaço por Leonor Antunes, assenta na sua conjugação de cortiça com elementos de metal, criando 30 act ualidad€

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assim uma ligação imediata com as esculturas suspensas que povoam a exposição, desenvolvidas no mesmo material”, lê-se na sinopse da mostra. Em linha com o desafio feito por María Inés Rodríguez, diretora do museu e curadora desta exposição, de “oferecer uma nova luz a este espaço e de o aproximar aos visitantes”, Leonor Antunes afirma ter procurado “transformar o espaço do CAPC, atribuindo uma dimensão humana à escala imponente do edifício e da obra que expõe.” A gama Wicanders Corkcomfort “privilegia, além do conforto, o visual típico da cortiça”, assinala a Corticeira Amorim, informando que é possível encontrar pavimentos de cortiça Wicanders em diversos espaços museológicos, como em Tóquio, onde Kengo Kuma renovou o espaço do Nezu Museum com Wican-

ders Corkcomfort Personality Nightshade, ou em Itália, no Leonardo Da Vinci Museum, em que a visita é feita sob um piso Wicanders Woodcomfort Classic Sucupira. “Depois de termos concebido um pavimento de cortiça para uma das galerias mais importantes do conceituado Victoria and Albert Museum, em Londres, é com enorme satisfação que vemos a sua utilização no Museu de Arte Contemporânea de Bordéus, num trabalho liderado pela artista nacional Leonor Antunes, cujo trabalho tem dado cartas no exterior”, comenta Carlos de Jesus, diretor de Comunicação e Marketing da Corticeira Amorim, acrescentando que “mais uma vez, a opção por um piso de cortiça está alinhada em termos visuais com a estética pretendida pela artista, conferindo simultaneamente uma atmosfera acolhedora ao espaço”. Leonor Antunes, nascida em Lisboa em 1972 e a viver em Berlim desde 2004, “coloca de novo em evidência a elegância do artesanato, destacando as tradições de Portugal. A artista privilegia matérias como cortiça, couro, fios de bronze e nylon. “As suas obras são reconhecidas pelo diálogo que estabelecem com os espaços que ocupam, seja pela maneira como ecoam a arquitetura em torno deles, ou através do recurso a proporções como ferramenta para desenvolver cada nova instalação”, sublinha o comunicado da Corticeira Amorim. Do currículo da artista fazem parte exposições no New Museum in New York (2015), Pérez Art Museum Miami (2014), Kunsthalle Basel (2013), Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris (2013), e Kunstverein Harburger Bahnhof, Hamburgo (2012).O seu trabalho foi também incluído em inúmeras exposições coletivas internacionais, incluindo a 12ª Bienal de Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos (2015) e a oitava Bienal de Berlim (2014), tendo recentemente exposto em locais como o Bronx Museum of the Arts, em Nova Iorque (2014), Kunsthalle Wien, em Viena (2014), no CNEAI, Chatou, em França (2013) e MIT List Visual Arts Center, em Cambridge (2012). 


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Novo Ucal com 0% de lactose O tradicional leite com chocolate Ucal tem agora uma variedade com zero por cento de lactose, ideal para pessoas intolerantes à lactose. A marca de laticínios Ucal explica que continua a preocupar-se com o consumidor atual, oferecendo produtos que vão ao encontro das suas necessidades e ao seu bem estar, pelo que, depois do lançamento do Ucal Light (com menos 30% de gordura), a empresa lança agora um novo leite, sem lactose. Segundo a marca, este produto “segue a receita do Ucal tradicional, mas é preparado através de um processo produtivo no qual

a lactose (açúcar natural do leite) é desdobrada em dois açucares mais simples, permitindo assim uma melhor assimilação pelo organismo”. “Com o novo Ucal Zero% Lactose, os apaixonados pelo leite com chocolate Ucal vão poder desfrutar da qualidade e do prazer de beber um Ucal, mas agora mais facilmente assimilável”, adianta a marca, que continua a apostar numa imagem colorida e moderna. “Ucal. O teu momento de prazer” é a frase promocional que acompanha o novo produto. O novo Ucal está já disponível na tradicional garrafa de vidro de 250 mililitros, comercializada no canal Horeca, e em packs de seis, estes vendidos apenas nos hipers e supermercados. 

Impressoras a jato de tinta produzem menos resíduos e consomem menos energia

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e acordo com os resultados dos novos testes realizados pelo laboratório independente Buyers Laboratory (BLI), as empresas europeias que atualmente utilizam impressoras e copiadoras laser podem reduzir a sua produção de resíduos, consumo energético e emissões de ruído de forma significativa se optarem por impressoras de jacto de tinta WorkForce Pro.

O BLI levou a cabo um conjunto de testes comparativos entre modelos WorkForce Pro e uma seleção de impressoras laser color e fotocopiadoras laser da concorrência, e detetou que as impressoras da Epson produzem até 94% menos (o equivalente a 77 quilos) de resíduos ao imprimir até 80 mil páginas. Os testes realizados pelo BLI indicaram que os modelos WorkForce Pro da Epson consumem até menos 96% de energia que as impressoras e copiadoras laser. “As impressoras WorkForce Pro incorporam funções que respeitam o meio ambiente graças à cabeça de impressão PrecisionCore, que aplica a tecnologia Micro Piezo desenvolvida pela Epson,” comenta Paul Steels, diretor do Departamento Busi-

ness Imaging de Epson Europa. “As cabeças de impressão PrecisionCore são capazes de injetar com precisão uma ampla variedade de líquidos nas quantidades necessárias, em diferentes suportes, em função da necessidade específica, o que reduz ao máximo o gasto de tinta e diminui a frequência de substituição de consumíveis. Desta forma, o volume de resíduos produzidos é bastante inferior quando comparado com as fotocopiadoras laser a cores”, acrescenta. “As impressoras e as fotocopiadoras laser utilizam uma combinação de calor e pressão para fundir o toner no papel. Em vez de calor, as impressoras de jacto de tinta da Epson aplicam mudanças subtis na pressão de disparo de gotas de tinta sobre papel e com este método conseguem reduzir para o mínimo de consumo de energia durante a impressão”, conclui Paul Steels. 

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InterContinental Porto conquista três prémios na IHG Hotel Awards O Hotel InterContinental Porto, unidade de luxo localizada no centro histórico do Porto, acaba de ser distinguido com três prémios na gala “Star Hotel Awards”, um evento organizado anualmente pela IHG, que premeia os melhores hotéis do grupo na Europa. O hotel do Palácio das Cardosas foi o grande vencedor nas disputadas categorias TorchBearer (qualidade de serviço), RGI (receita por quarto) e melhor diretor geral. O prémio TorchBearer, que reconhece os hotéis que no último ano alcançaram os mais altos standards de excelência nos serviços prestados, veio para o Porto pela terceira vez consecutiva, reforçando o elevado posicionamento do hotel na cidade, o atual número um no TripAdvisor. Para este resultado, foram considerados resultados de questionários realizados com hóspedes. A par da elevada satisfação dos clien-

tes, o InterContinental Porto também se destacou pelo bom desempenho financeiro ao longo do ano, conquistando o prémio RGI, cuja sigla indica a melhor quota de mercado, ou seja, a comparação da performance do hotel

face ao mercado onde opera. Por outras palavras, o InterContinental Porto atingiu valores superiores de receita por quarto quando comparado com outros hotéis 5 estrelas localizados no Porto. Eric Viale (na foto, ao centro) voltou a estar no centro das atenções, ao conquistar, pela segunda vez consecutiva, o prémio de Melhor Diretor Geral do Ano. Esta categoria, criada no ano passado, reforça o importante trabalho desenvolvido por Eric Viale no Porto, que acumula a direção do Hotel InterContinental Porto e Hotel Crowne Plaza Porto. O InterContinental Porto tem-se destacado no seio do grupo e é já um verdadeiro caso de estudo para a IHG. Recorde-se que na gala anterior foi vencedor dos prémios TorchBearer, Chief Operating Officer Award e Out In Front Award. 

Vulcano promove novo esquentador Sensor Connect A Vulcano, marca portuguesa líder em soluções de água quente e solar térmico, realizou uma campanha publicitária para o seu novo Esquentador Sensor Connect, com os motes “Conecte A Sua Casa Ao Futuro”, para o consumidor final, e “Conecte O Seu Negócio Ao Futuro”, para profissionais. As duas campanhas decorreram entre outubro e dezembro. Esta campanha do novo esquentador Sensor Connect, que reforça a inova-

ção tecnológica da marca, será divulgada através de uma ação multimeios com forte presença na imprensa, na internet e nos pontos de venda e segue dois eixos de comunicação: um direcionado para o consumidor final e um outro vocacionado para os profissionais. A campanha visou “promover o novo Sensor Connect, um produto totalmente inovador no mercado mundial de esquentadores, que marca uma nova etapa nos produtos Vulcano, que pretende ampliar e valorizar o conforto dos seus consumidores, associando a mais recente tecnologia termostática à esfera da conetividade, pela primeira vez, em exclusivo em Portugal”, informou a marca. O novo Sensor Connect é de fácil uso,

intuitivo e evoluído, e distingue-se pelo seu design exclusivo e inovador, com frente em vidro negro, painel touch e sendo o único com tecnologia de conetividade, pois permite o seu controlo a partir de smartphones ou tablets através de uma aplicação gratuita conetada via Bluetooth Smart, que possibilita, por exemplo, consultar os gráficos dos últimos consumos de água e gás, fixar parâmetros de conforto e controlar a temperatura desejada. O Sensor Connect é o primeiro esquentador termostático compacto, produzido em Portugal, com design exclusivo e inovador que convida à colocação do aparelho fora do armário da cozinha. 

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Vivafit lança modalidade única em Portugal: ballet no fitness Apara mulheres, Vivafit, estreia, marca portuguesa de ginásios

em Portugal, a Sbarre - Shape It, uma nova modalidade exclusiva, que promete músculos alongados como os de uma bailarina, através de um treino desenhado especificamente para as mulheres, resultado da fusão entre ballet, pilates e yoga. O objetivo principal desta modalidade é a tonificação e a força nos glúteos, abdominais e pernas, através de uma nova abordagem de treino com barra. Durante as aulas de SBarre, a intenção é sentir-se como uma dançarina, mas obter resultados iguais aos de uma aula de fitness. Para tal, os movimentos e postura a ter durante os exercícios são inspirados no Ballet. Nas aulas de SBarre é utilizada uma barra como apoio e o treino alterna entre o treino de força isométrico e muitas repetições com pouco peso. Também são utilizadas bandas elásticas e bolas para variar a intensidade e imprimir variedade. Este projeto é liderado pela nova coordenadora técnica do Vivafit, Tália Moreira, também conhecida em Portugal como directora de pro-

gramas e elite trainer de vários programas Les Mills Programs, como Body Vive e Shbam, entre outros. Tália Moreira trabalha com duas trainers que produziram os conteúdos que estão a ser testados inicialmente em dois Vivafit’s com aulas piloto na Amadora e Alcoitão e que estarão aptos a serem desenvolvidos a partir de janeiro de 2016.

A modalidade está muito em voga nos Estados Unidos da América, com mais de 700 centros e destina-se a mulheres com mais de 25 anos. Espera-se que o SBarre seja lançado nos restantes estabelecimentos aderentes da marca Vivafit num evento Open Day, nos próximos dias 15 e 16 de janeiro. 

Premier Tax Free na nova loja Sephora de Gaia A na nova loja Sephora, no ArráPremier Tax Free está presente

bida Shopping, em Vila Nova de Gaia, inaugurada no passado dia 24 de outubro. O serviço Premier Tax Free, com atuação em Portugal desde 1998, faz a gestão do reembolso do IVA a turistas que resi-

dem fora da UE, permitindo que os mesmos possam reaver uma percentagem do valor das compras efetuadas em Portugal. Com mais de 100 marcas e 11 mil referências, esta loja vem reforçar a presença Sephora na região norte do país. Este espaço que promete ser um verdadeiro

“playground de beleza” para os visitantes deste centro comercial, tem o mais recente design e propõe uma vasta seleção de produtos e serviços inovadores. A visita às lojas Sephora pretende ser fácil e surpreendente. O livre acesso aos produtos e o layout intuitivo das lojas, permite aos visitantes conhecerem os diferentes espaços da loja – maquilhagem, tratamentos, perfumaria e outros serviços – de forma única. 

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Prosegur atribui 150 bolsas de estudo a colaboradores A

Prosegur, através da sua Fundação, entregou a colaboradores seus 150 bolsas de estudo para que estes possam aprofundar a sua formação e potenciar os seus conhecimentos. As Bolsas de Talento Prosegur destinamse a colaboradores e familiares diretos que pretendam iniciar ou evoluir na sua formação académica, universitária ou profissional. Com candidaturas em todo o território nacional, os destinatários foram escolhidos com base em critérios como a antiguidade na empresa e a

apreciação de conduta bem como na avaliação do esforço, dedicação e empenho dos colaboradores nas suas tarefas. As respetivas bolsas são entregues aos colaboradores – que se fazem acompanhar pelas suas famílias - durante uma Cerimónia realizada em Lisboa e no Porto. Esta iniciativa de responsabilidade social é totalmente apoiada pela Fundação Prosegur, uma entidade sem fins lucrativos que gere a ação social e cultural da empresa. Esta é já a 4ª edição das Bolsas de Talento Prose-

gur em Portugal, tendo já atribuído cerca de 300 de bolsas de estudo desde a primeira edição em 2012. A nível global, a iniciativa já concedeu 1.300 bolsas de estudo na Argentina, Chile, Colômbia, Espanha, Paraguai, Perú, Portugal, Singapura e Uruguai. Para além da educação, a Fundação também desenvolve projetos no âmbito da integração de pessoas com deficiência, do voluntariado corporativo e atua nos vários países onde a Prosegur marca presença. 

Tetra Pak e Agros contribuem para a construção de parque infantil

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Tetra Pak, em conjunto com a Agros e a Lipor, confirmaram o sucesso da campanha “Amarelo é Diversão”, recentemente promovida pelas três empresas. A recolha de embalagens de cartão de leite Agros permitiu angariar 10.500 euros para a construção de um parque infantil, no Centro Social Monsenhor Pires Quesado, na Póvoa do Varzim. Ao todo, foi possível recolher 10.255 quilos de embalagens daquela marca de leite, o que resulta na doação da quantia indicada por parte 34 act ualidad€

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da Tetra Pak e da Agros. A recolha das embalagens foi feita nos municípios de Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde e a campanha consistia na doação de 10 euros por cada quilo de embalagens recolhidas. “Esta campanha tinha como objetivo apoiar uma causa nobre que não escapou à sensibilidade das comunidades abrangidas. A Tetra Pak pretende reforçar a sensibilização para a reciclagem e, acima de tudo, informar a população sobre a sua importância”, afirma Ingrid Falcão, responsável de Ambiente da Tetra Pak Ibéria em Portugal. “Estas campanhas são determinantes para envolver as comunidades, sensibilizando-as e, neste caso específico, temos o privilégio de poder conjugar a vertente ambiental e social, deixando muitas crianças felizes com um novo parque infantil”, adianta a mesma responsável. “As embalagens de leite Agros são um

importante veículo de transmissão de mensagens relevantes do ponto de vista ambiental, porque além da mensagem obrigatória do ecoponto, alertam o consumidor para as boas práticas em prol da preservação do ambiente. Nesta iniciativa, além do incentivo para a correta reciclagem das embalagens, o consumidor sabe que ao beber Agros zela pela sua saúde e contribui para a construção de um espaço infantil, um resultado útil e muito gratificante”, refere Maria José Patrício, gestora de Relações Públiwcas da Lactogal, grupo que detém aquela marca. “A Lipor procura ter um impacto positivo no ambiente. A associação a esta campanha permite ir mais longe e atuar realmente na vida de crianças pertencentes a instituições, tendo ainda um papel especial na preservação do ambiente”, refere, por sua vez, fonte da Lipor. Com a campanha “Amarelo é Diversão”, pretendeu-se, ainda, sensibilizar a comunidade para a importância da reciclagem. 


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Coviran fomenta modelo de crescimento mais sustentável A

Coviran, grupo retalhista com presença em Espanha e Portugal, reduziu em 60% o consumo elétrico durante o ano de 2015, através de melhorias como a instalação de placas translúcidas (na foto) e a colocação de lâmpadas LED em várias das suas plataformas e escritórios. Para consolidar esta melhoria no rendimento energético, foram instalados ainda novos sistemas de refrigeração em algumas das suas plataformas de distribuição, em Espanha, que garantiram uma redução de 18% no consumo de energia anual e de 60% nas emissões de CO2 para a atmosfera. Por outro lado, uma otimização da gestão de resíduos permitiu melhorar os seus indicadores em relação ao exercício anterior. Só em resíduos não perigosos

foram geridas 1.168 toneladas, ou seja, mais 7% do que no ano anterior, o que se traduz numa diminuição nos níveis de CO2 emitidos e no consumo elétrico necessário para produzir estas matérias primas. Por outro lado, nas suas 27 plataformas de distribuição, foram instalados temporizadores nas torneiras ou fluxómetros nas casas de banho, que conseguem uma economia de água mediante o aumento da pressão. Entre as adaptações levadas a cabo, destacam-se ainda as realizadas no “Espaço Comercial Praça da Ilusão”, em Granada, onde foram instaladas casas de banho que funcionam sem a necessidade de água, conseguindo assim a Coviran economizar 900 mil litros por ano.

“A Coviran empenha-se na diminuição do impacto que o desenvolvimento da sua atividade tem no planeta, implicando trabalhadores, sócios e clientes”, garante a cooperativa. A cooperativa salienta, a este propósito, a sua adesão, em 2012, ao “Pacto Mundial das Nações Unidas e ao cumprimento dos seus princípios meio ambientais, descritos nos pontos 7, 8 e 9”, que incluem o compromisso das empresas a nível ambiental. 

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Fundação MAPFRE apoia projetos de cooperação internacional A

Fundação MAPFRE abriu as candidaturas no âmbito do projeto “Formando Comunidade”, que tem como principal objetivo apoiar o desenvolvimento de iniciativas de cooperação internacional em Portugal, Estados Unidos, Filipinas, Turquia, Malta e países da América Latina, atribuindo uma ajuda económica que poderá ascender a 30 mil euros. Em Portugal, a Fundação MAPFRE apoia já alguns projetos sociais incluídos neste programa, tais como a requalificação da Quinta Pedagógica – Obra Social do Pousal (Malveira) em parceria com a Santa Casa da Misericórdia, proporcionando terapêuticas inovadoras para portadores de deficiência; o projeto “Manual de Bolsas Escolares”, em parceria com o Ministério da Educação e da Ciência, que atribuiu 50 mil euros a cerca de mil alunos carenciados, tendo como

base a requalificação dos manuais escolares, e o projeto PERA, também em parceria com o Ministério da Educação e da Ciência, que ofereceu mais de 200 mil refeições a cerca de três mil alunos de dezenas de escolas nacionais. Esta convocatória é dirigida a todas as ONG e entidades sociais interessadas em apresentar os seus projetos de ação social, que deverão enquadrar-se nas áreas da educação, nutrição, saúde e acesso ao mercado de trabalho. Atualmente, o programa “Formando Comunidade” conta com 107 projetos, a decorrer em 23 países, apoiando 105 mil crianças e jovens em situação de pobreza e exclusão social. As entidades interessadas em apresentar a candidatura, deverão fazê-lo até ao dia 15 de fevereiro de 2016, através do site https://convocatoriadeproyectos.fundacionmapfre.org/.

Os cinco melhores projetos serão eleitos pela votação do público neste mesmo site e, posteriormente, um júri eleito pela Fundação MAPFRE, composto por vários especialistas, selecionará o projeto vencedor. A Fundação MAPFRE é uma entidade de referência social, que promove a visão de que a prevenção é o instrumento mais eficaz para reduzir a sinistralidade e construir uma sociedade melhor, estando presente em diversos países da América Latina e na Península Ibérica. 

Energy Observer, primeiro catamarã experimental multi-energias

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o âmbito da COP21, a AccorHotels, primeiro operador hoteleiro mundial, anunciou a assinatura de um contrato de parceria com o Energy Observer, catamarã experimental multi-energias desenvolvido por dois empreendedores, apaixonados pelo mar, em associação com o Comissariado para a Energia Atómica e para as Energias Alternativas (CEA). O objetivo do grupo é desenvolver e converter a atividade dos seus hotéis para a transição

energética que se avizinha. Sébastien Bazin, presidente e CEO da AccorHotels declarou: “a nossa parceria com Energy Observer testemunha a nossa vontade de impulsionar uma mudança positiva a longo prazo enquanto construtor e operador de hotelaria sustentável. É também missão da HotelInvest, pólo de gestão dos nossos ativos imobiliários, construir, explorar e valorizar os edifícios da melhor forma e durante mais tempo, respeitando o ambiente. Assim, trabalhamos para reduzir a pegada ecológica dos nossos hotéis ao longo do seu ciclo de vida, e isto começa por uma maior eficiência energética dos nossos edifícios desde a sua construção”.

Atualmente em construção em SaintMalo (França), o Energy Observer é um barco revolucionário concebido como um laboratório a céu aberto. É totalmente autónomo em energia, graças à integração de uma cadeia de hidrogénio completa, incorporando pela primeira vez pilhas a combustível e eletrolisadores com energias renováveis (eólicas, painéis fotovoltaicos ou hidrogeradores). A AccorHotels e o CEA replicarão no futuro estas tecnologias em unidades-piloto para as testar em ambiente hoteleiro, para depois aplicá-las em grande escala. O Energy Observer será batizado em Paris em 2016, antes de iniciar a sua volta ao mundo, de dois mil dias de navegação, por 50 países e 101 escalas. 

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fazer bem

Hacer bien

Parques de Sintra mantêm visitas guiadas integradas para todos A

agenda de atividades para 2016 nos Parques e Monumentos de Sintra começa já este mês e promete acolher de forma integrada todos os visitantes. A tradição das visitas guiadas integradas no projeto “Parques de Sintra Acolhem Melhor” mantém-se. No dia 16 de janeiro, realiza-se, assim, a visita guiada “Sentir o Património”, que vai permitir que visitantes cegos descubram o Parque de Monserrate através do tato, audição e olfato. No mesmo dia e no mesmo local, decorre a visita “Património em Gestos”, com interpretação em língua gestual portuguesa, direcionada para visitantes surdos, e ainda a visita “Monserrate sem Barreiras”, direcionada para pessoas com mobilidade condicionada, que poderão percorrer os jardins com autonomia, através de um equipamento que quebra

a barreira da inclinação e facilita a mobilidade de cadeiras de rodas manuais (na foto). Também no dia 16 de janeiro, decorre o passeio “Do Parque à Tapada”, oportunidade única para conhecer a diversidade de ecossistemas da Tapada de Monserrate (inserida no Parque Natural de Sintra - Cascais), e a floresta autóctone que caracteriza a Tapada Nacional de Mafra. No dia 23 de janeiro, os visitantes podem viajar ao tempo dos reis na “Viagem à Corte do Séc. XVIII”, a decorrer no Palácio Nacional de Queluz. Já o “Tesouro do Rei” poderá ser encontrado a 31 de janeiro no Palácio Nacional de Sintra. A programação irá incluir ainda apre-

sentações de arte equestre, a realizar no Picadeiro Henrique Calado. Este picadeiro recebe regularmente treinos, apresentações e galas da responsabilidade da Escola Portuguesa de Arte Equestre, e que estão abertos ao público, entre muitas outras atividades. Os interssados devem consultar o programa dos diversos eventos e respetivos preços em www.parquesdesintra.pt. 

Grupo Enel confirma presença nos principais índices internacionais de sustentabilidade A

Enel foi confirmada no índice Euronext Vigeo - World 120, que lista as 120 empresas mais sustentáveis com a maior capitalização no mercado freefloat (quota de ações disponíveis para negociação) na Europa, América do Norte e na região da Ásia-Pacífico, em dezembro de 2015. Ao mesmo tempo, a Enel também foi confirmada nos índices regionais Euronext Vigeo Eurozone 120 e Europe 120, que, respetivamente, listam as 120 empresas mais sustentáveis com o maior free-float na Zona Euro e na região europeia. A Enel tem sido incluída nesses índices desde a sua criação, há mais de três anos. As subsidiárias do grupo, a Endesa e a Enel Green Power, também foram incluídas no Euronext Vigeo - World 120 desde o final de 2014. Por sua vez, as duas empresas participam nos índices

Euronext Vigeo Europe 120 e Euronext Vigeo Eurozone 120 desde a sua criação, há mais de três anos. Os índices Euronext Vigeo reconhecem os esforços de empresas líderes que colocam o desenvolvimento sustentável no centro de sua agenda de negócios. A Vigeo estabelece a composição dos índices, analisando cerca de 330 indicadores para cada empresa com base em 38 critérios, incluindo o respeito pelo ambiente; compromisso com os direitos humanos e o reconhecimento do capital humano das empresas; relações com as partes interessadas; governança corporativa e ética nos negócios; integridade em influenciar a política e os esforços para combater a corrupção; e a prevenção de dumping social e ambiental na cadeia de abastecimento e subcontratação. A Euronext Vigeo atualiza os

seus critérios de inclusão de seis em seis meses, garantindo que as credenciais de sustentabilidade das empresas cotadas nos seus índices são constantemente testados face às mais recentes tendências e desenvolvimentos globais. Além desses três índices, o grupo Enel também está incluído nos principais índices de sustentabilidade do mundo, como o Dow Jones Sustainability World Index, FTSE4Good, o STOXX Global ESG Leaders, o Carbon Disclosure Leadership Index, o Carbon Performance Leadership Index e o Newsweek Green Ranking. Com base no último relatório, os fundos SRI (Investidores Socialmente Responsáveis) possuem 5,9% das ações da Enel detidas por investidores institucionais, no montante de 8,6% do free-float da empresa. 

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grande tema gran tema

La industria del fútbol,

un negocio de película La industria del fútbol es el sector de ocio más importante en España que en los últimos años ha protagonizado un crecimiento espectacular. Es un deporte que genera una riqueza comparable al de otras industrias. Mueve al año 7.600 millones de euros y representa el 0,75% del PIB. Según los entendidos, todavía hay mucho camino que recorrer y dentro de seis años podremos hablar de un negocio de 10 mil millones de euros (1% del PIB).

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Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

os millones de euros que aparecen en las nóminas de los grandes jugadores de fútbol resultan insignificantes cuando hablamos de las cifras que mueve este deporte. Si juntamos el negocio directo al inducido, como las quinielas, la suma asciende a 7.600 millones de euros (el 0,75% del PIB) y produce unos ingresos tributarios de unos 3 mil millones de euros. Según el último estudio elaborado por la consultora KPMG, relativo a los datos del 2013, 3.600 de los 7.600 millones de euros responden al impacto directo del fútbol profesional, de los cuales más del 75% por ciento fueron resultado del gasto de los aficionados y un 16% de los ingresos de los clubes en concepto de publicidad y mercadotecnia. KPMG estima en el estudio "Impacto socio-económico del fútbol profesional en España" que la activi-

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dad futbolística "posibilita la creación de 140.000 puestos de trabajo a jornada completa" y, en términos recaudatorios, cifra en 2.896 millones de euros los ingresos fiscales del año 2013, lo que supone "un 38,8% del impacto total generado sobre el PIB español". Los aficionados españoles gastan cada año 923 millones en apuestas deportivas, 600 millones en la compra de entradas y abonos y más de 515 millones en suscripciones a canales de televisión de pago. Cada fin de semana 400 mil personas van a los campos, 2,3 millones ven los partidos por televisión y varios cientos de millones de ciudadanos siguen la competición española en más de 180 países. Desde el punto de vista económico, el sector está dominado por el Real Madrid y el Barcelona, auténticas "locomotoras" que representan, de forma conjunta, el 40% de la factu-

ración global. Si hablamos de estos datos a nivel mundial el negocio global del fútbol genera ya más ingresos que las grandes ligas profesionales americanas (NFL, NBA, MLB, NHL) en conjunto, y supone el 40% de las ganancias derivadas del deporte profesional mundial, estimadas en 72 mil millones de euros. Es decir, cerca de los 30 mil millones de euros, una cantidad superior a la que producen potentes industrias como la del cine en Hollywood. Estos datos fueron aportados por Matt Andrews, profesor de la Harvard Kennedy School, en el FITS Forum celebrado en el pasado mes de septiembre en Ginebra. Un congreso promovido por el International Centre for Sport Security (ICSS) para garantizar la transparencia e integridad financiera del deporte. Gerardo Seeliger, profesor de IE


gran tema grande tema

Business School y antiguo director general de Adidas Holding, en Suiza, entre muchos otros cargos, destaca el espectacular desarrollo de la industria de este deporte. Además considera que “la marca España ha obtenido un valor enorme con el fútbol”. Por poner un ejemplo, “en países como India, China y Japón las personas adaptan los nombres de los jugadores de nuestra liga”. Traspasadas las fronteras de Europa y Latinoamérica, sus núcleos tradicionales, y con África rendida, el extremo Oriente y los países árabes son los últimos territorios entregados a un deporte que ha entrado con fuerza tanto a nivel de afición como de expectativa de negocio.

de 2013, momento en el que “la situación económica de la liga estaba muy mal y lo primero que tuvo

En los últimos 35 años, los derechos audiovisuales han pasado de representar un 1% de los ingresos de los clubes al 50 % actual

que hacer fue establecer un control económico exigente”. Tebas destaca la existencia de un choque culLos retos del fútbol español El presidente de la Liga de Fút- tural entre la industria y la burobol Profesional (LFP), Javier Tebas cracia del mundo del fútbol, “que (foto en la pág. 41), es uno de los ha cambiado tanto en los últimos grandes defensores de un nuevo 35 años”. Por ejemplo, los derechos modelo de negocio en el fútbol es- audiovisuales han pasado de reprepañol. Ocupa el cargo desde abril sentar un 1% de los ingresos de los

clubes al 50% actual. Para rentabilizar el negocio del fútbol hace falta primero sanear las cuentas. A comienzos del 2013 la LFP tenía una deuda de 700 millones de euros que en septiembre de 2015 había bajado a los 317 millones de euros. “Ganábamos uno y gastábamos tres", subraya Tebas. Para dar la vuelta a la situación, el presidente de la LPF propone aumentar los ingresos y pasar de los actuales 715 millones a los dos mil millones de ingresos. Para conseguirlo hace falta “aumentar la cultura de televisión de pago (en Portugal, que son menos, hay más abonados) y ser el motor de la nueva oferta convergente, que consiste en ser el propulsor para que las operadoras aúnen el teléfono fijo, móvil, internet y televisión de pago. Algo que ya está ocurriendo en el mercado inglés”, indicaba Javier Tebas. Entre las medidas por él adoptadas, se encuentra el de cambio de horarios de los partidos “porque es una janeiro de 2016

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grande tema gran tema

Ronaldo, el futbolista mejor pagado

Cristiano Ronaldo fue el primer futbolista del ranking de deportistas mejor pagados durante el periodo de tiempo que va desde el 1 de junio de 2014 hasta el 1 de junio de 2015, según el informe publicado por la revista "Forbes". El jugador luso ingresó en este tramo un total de 71 millones de euros. Unas cifras que se dividen entre su salario deportivo con el Real Madrid, además de las diferentes remuneraciones conseguidas en forma de primas por títulos con el club blanco, que en el periodo mencionado reúnen una Supercopa de Europa y un Mundial de Clubes, y los ingresos comerciales. Teniendo en cuenta su remu-

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neración, en el Real Madrid percibe 17 millones de euros netos anuales desde su renovación en septiembre de 2013 con un contrato que alcanza hasta junio de 2018. Este acuerdo le colocó entonces como el futbolista mejor pagado, aunque ya ha sido superado por Messi, que renovó el pasado mes de mayo y se aproximó a los 20 millones de euros netos. Pero el nombre de Cristiano Ronaldo, al igual que el de otros deportistas, genera incluso más dinero por patrocinios publicitarios en todo el mundo. Firmas de gran peso en los ingresos anuales de Cristiano Ronaldo son Nike, que tiene al portugués como gran imagen en España, Novo Banco,

Konami, que le ha utilizado en más de una ocasión como portada en el popular videojuego Pro Evolution Soccer, Time Force, Herbalife o Kentucky Fried Chicken. Además el luso posee su propia marca de ropa, conocida como 'CR7'. En total, según un informe de "France Football", publicado el pasado mes de marzo, Cristiano Ronaldo ingresa anualmente 26 millones de euros en conceptos comerciales. Unos beneficios que repercuten directamente en el Real Madrid, ya que comparte por contrato sus derechos de imagen, como se demuestra en la compañía aérea Fly Emirates, que eligió al portugués como jugador de la plantilla blanca para representar a la marca en sus anuncios. Recientemente Cristiano Ronaldo vendió parte de sus derechos de imagen a Mint Media, compañía perteneciente a Peter Lim, propietario del Valencia, con el objetivo de continuar expandiendo la marca "Cristiano Ronaldo" en Asia.

El top ten de futbolistas que más camisetas venden en el mundo del fútbol 1. Cristiano Ronaldo 2. Messi 3. James 4. Falcão 5. Di María 6. Cesc Fábregas. 7. Arjen Robben 8. Alexis Sánchez 9. Balotelli 10. Ibrahimovic


gran tema grande tema

forma de poder ser vistos en directo en países de otros continentes y eso mueve mucho dinero”. Para Gerardo Seeliger, esta industria puede desarrollarse mucho más. El Real Madrid, por ejemplo, cuenta con 450 millones de seguidores por el mundo. “Si logra que cada aficionado gaste un solo euro en algún producto estaría logrando 450 millones de euros. Para un club cuyo presupuesto en la actual temporada es de 581millones de euros, tendría un impacto considerable”, advierte Seeliger. Considera que los clubes necesitan desarrollar nuevas fuentes de ingresos y que la “audiencia demanda nuevas experiencias y está dispuesta a pagar”. Por eso recomienda sacar más partido a la tecnología, “que no tiene límites”, creando nuevos servicios como “plataformas de contenidos que enriquecen, estudio del rival, aprendizaje equipo propio, más contenidos antes y después del partido o relacionar el club con los aficionados con contenidos personalizados”, entre otros. Seeliger valora muy positivamente el trabajo realizado por Tebas al frente de la liga porque “para conseguir solvencia hace falta reducir la deuda, tal y como está haciendo”. Cree fundamental lograr un modelo de negocio sostenible que permita controlar el gasto y aumentar los ingresos “para retener a los mejores jugadores porque de lo contrario se irán a otros países donde les pagan más”. Pasado y futuro Diez años atrás los números eran bien diferentes. Con motivo de la Feria del Fútbol celebrada en el 2003 en Madrid se dieron a conocer los valores de la industria de este deporte. Por entonces movía tres mil millones de euros en España, representando el 0,9% del PIB. Más de 47.000 personas trabajaban en actividades relacionadas con el fútbol, que ingresaban anualmente 865,4 millones. Su impacto social eran los 10.240 clubes

El presidente de la LPF propone aumentar los ingresos de la Liga y pasar de los actuales 715 millones a los dos mil millones de ingresos. Para conseguirlo hace falta “aumentar la cultura de televisión de pago y ser el motor de la nueva oferta tecnológica convergente” españoles existentes, el medio millón de personas que lo practicaba o los 300.000 aficionados que acudían antes a los estadios los días de partido. Los ingresos televisivos supusieron 234,39 millones de euros para los equipos en la temporada 2001-2002. Por su parte, los ingresos provenientes por la Liga de Campeones europea fueron de 3,4 millones. La Sociedad Española de Fútbol Profesional

recibió 2,7 millones en concepto de patrocinio, licencias y promociones. Los presupuestos de los equipos de Primera y Segunda División alcanzaron la cifra de 1.369 millones, de los que el 42,33% del total correspondieron a ingresos por ventas de artículos, alquiler de instalaciones o competiciones disputadas. Para el presidente de la LFP el objetivo de la industria del fútbol es pasar del 0,75% del PIB español al 1% – unos 10 mil millones de euros – dentro de seis años. De esta forma el fútbol representaría una décima parte del turismo o de la industria de automoción, que actualmente –cada una – supone el 10% del PIB y quizás se equipare al 1,17 del I+D. Una de las principales preocupaciones de Tebas es la lucha contra la piratería, “algo que nos podría llevar directamente a la ruina” y cree que se debe prestar mucha atención a la era digital. “No tanto en monetizar todo lo relacionado con internet, sino utilizarlo para llegar y fidelizar a los aficionados y que estén satisfechos mientras no juega su equipo con estadísticas, repeticiones, juegos...”. Otro desafío es el de la remodelación de los estadios de los clubes como parte fundamental para "cuidar el producto y a los aficionados. Deben adaptarse a los nuevos tiempos y hacerlos atractivos. Están pendiente el lavado de cara de janeiro de 2016

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grande tema gran tema diales en el tramo final de sus carreras a la Major League Soccer, la principal competición de EE.UU., como Villa, Lampard, Gerrard o Pirlo, ha reactivado el producto y aumentado los ingresos. Los operadores pagaron cerca de 663 millones de euros el pasado año por los derechos televisivos, cinco veces más que el contrato anterior, y las audiencias han crecido un 93%.

los estadios del Real Madrid, Barcelona, Atlético de Madrid, ya se han dado en el caso del Espanyol… es necesario que ocurra tanto en Primera como en Segunda". Conseguir estas metas, según Javier Tebas, pasa por cohesionar la ideología entre todas las instituciones que representan el fútbol nacional. “Hay diferencia entre la industria del fútbol (la que practica la LFP) y la burocracia del fútbol, que no se ha adaptado a este concepto de la industria del fútbol y que está formada por federaciones internacionales como la FIFA – no tanto UEFA – o la propia federación española”. Un ejemplo: la televisión ha evolucionado desde el blanco y negro al 3D “y los del palco siguen siendo los mismos. En este sentido existe un enfrentamiento ideológico”, subraya. Mercado americano Con un mercado global de más de 1.500 millones de aficionados, el fútbol afronta el asalto de la última frontera: el mercado estadounidense. Un filón todavía por explotar. Los clubes de fútbol hace años que superan en valoración a las principales franquicias norteamericanas. El Real Madrid es el equipo más valioso del 42 act ualidad€

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planeta para la revista Forbes, que le otorga un valor de mercado de 2.980 millones de euros, por delante de los Dallas Cowboys de fútbol americano (2.922 millones) y de los New York Yankees de béisbol (2.922 millones). El FC Barcelona, con un valor de 2.890 millones, y el Manchester United (2.830 millones), ocupan la cuarta y quinta posición respectivamente, y preceden a Los Angeles Lakers (2.275 millones), primer conjunto de la NBA. La llegada de figuras mun-

Fuente: KPMG

Derechos de retransmisión del fútbol Capítulo aparte es el de los derechos de retransmisión del fútbol, que tanto dinero e intereses mueve. El pasado mes de septiembre la Asamblea de la LFP aprobó la incorporación en sus estatutos del Real Decreto Ley que regula la venta centralizada de los derechos audiovisuales y el reparto de los ingresos, algo que anteriormente realizaba cada club por separado. Meses antes Telefónica llegó a un acuerdo con la LPF para comercializar los derechos audiovisuales del fútbol de pago en el mercado nacional durante la actual temporada por 600 millones de euros. Pero según las condiciones impuestas por la Comisión Nacional de los Mercados y de la Competencia (CNMC)


gran tema grande tema

a la compra de Canal+ por parte de Telefónica, la operadora está obligada a abrir el cien por cien de sus canales “Premium” de los cuales sus competidoras pueden comprar como máximo la mitad bajo su elección. De esta forma Vodafone adquirió los citados contenidos futbolísticos. El consejero delegado de Vodafone España, Antonio Coimbra, se ha mostrado preocupado por los números. “Hemos pasado de unos 600 millones de euros de coste total en la temporada actual a cerca de mil millones por temporada en las tres próximas". El directivo de Vodafone no sabe si es posible lograr explotar el fútbol en rentabilidad. Para Coimbra los derechos del fútbol no deben ser exclusivos, y por lo tanto, todos los clientes, independientemente de cuáles sean sus operadores de telecomunicaciones deben disponer de acceso a ellos.

Los referidos 600 millones poco re- de la industria del presentan al lado de los 7.000 millo- fútbol hay nes de euros por los que la Premier m u c h o s League de Inglaterra ha vendido sus otros ámbiderechos, aunque en este caso para tos en los que se puede crecer Gerardo Seeliger, como es el caso de los profesor de IE ingresos digitaBusiness School: les. “A corto plazo, en los próxi“la marca España mos tres años, el ha obtenido un mundo digital se va a ampliar valor enorme con el mucho tanto en fútbol”, por todo el cantidad como en diversidad”, mundo reflexiona el profesor de IE Busilas tres próximas temporadas (2016- ness School. Y es que por mucho que les pese a algunos, el fútbol, además 2019). Si bien es cierto que estos derechos de un deporte es un negocio, y un de retransmisión representan el 50% negocio de película. 

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ADVOCACIA E FISCALIDADE

aBOGACÍA Y FISCALIDAD

Em 2016, crowdfunding para todos

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inanciamento colaborativo. Financiación participativa. Crowdfunding. Durante o ano de 2015, este meio de financiamento alternativo mereceu a atenção dos mercados e reguladores a nível mundial. Em Portugal (Lei 102/2015, de 24 de agosto) e em Espanha (Ley 5/2015, de 27 de abril), foi consagrado legalmente como um instrumento útil para dotar empresas em crescimento (start-ups e PME) dos meios necessários para iniciar ou consolidar a sua atividade. Na sua origem, o crowdfunding foi concebido como uma ferramenta de angariação de fundos, através da internet. O empreendedor apresenta a ideia de negócio, normalmente em formato vídeo, e publica-o numa plataforma web especializada, que se encarrega de o difundir e apresentar à comunidade. Esta, por sua vez, financia a empresa. O modelo inovador tem sido replicado com sucesso, e encontra-se agora ao alcance dos jovens empresários ibéricos, que têm aderido ao novo regime jurídico em força. No entanto, as potencialidades do crowdfunding também estão a ser aproveitadas por um número crescente de grandes empresas, com excelentes resultados.

Por Ana Sá Couto e Frederico Romano Colaço* siderar uma start-up, o estúdio ter-se-á apercebido de que poderia usar a plataforma para testar o mercado. A campanha de crowdfunding tornou-se, assim, uma forma simples e eficiente para testar a popularidade de um produto a baixo risco e ainda conseguir a comparticipação do público, gerando com isso o compromisso e envolvimento emocional dos seus clientes. Uma campanha de crowdfunding bem-sucedida, com muitos financiadores, pode ser um indício forte de que existe procura para o produto/ serviço (market screening), de que o modelo de negócio é válido, e de que a equipa de gestão tem potencial.

Crowdfunding ao serviço da inovação O crowdfunding é também uma excelente ferramenta para promover a inovação. Com o intuito de encontrar novas ideias de negócio, a Sony criou recentemente a sua própria plataforma – a First Flight –, onde os trabalhadores da empresa podem publicitar produtos que tenham imaginado. Com propósito semelhante, a IBM lançou uma iniciativa interna de crowdfunding através da qual cada colaborador da empresa recebeu um valor determinado, e foi convidado a investir, à escolha, num de vários projetos propostos pelos seus colegas. O crowdfunding pode ser usado para dar voz aos trabalhadores de uma empresa, no processo de inovação, e promover um maior nível de colaboração nos grandes grupos empresariais.

Crowdfunding como teste de mercado O Veronica Mars Movie Project foi lançado na plataforma Kickstarter em março de 2013. O sucesso foi imediato: dois milhões de dólares foram doados em menos de 12 horas. A campanha quebrou recordes, mas qual foi o maior motivo para espanto? O total de qua- Crowdfunding e responsabilidade se seis milhões de dólares arrecadados social foram entregues… à Warner Brothers, O crowdfunding pode também ser para produzir um filme baseado na sé- colocado ao serviço de estratégias de rie televisiva. responsabilidade social. Neste âmbito, Apesar de dificilmente se poder con- o Novo Banco criou recentemente a 44 act ualidad€

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plataforma Novo Banco Crowdfunding, para apoiar iniciativas de cariz social. Os projetos que atingirem as metas de angariação recebem um cofinanciamento, ao abrigo da respetiva política de responsabilidade social do Novo Banco. Apesar de a plataforma carregar a marca do banco, ela é gerida pela Orange Bird, a criadora da PPL – a principal plataforma de crowdfunding portuguesa. Esta relação, através da qual a entidade gestora da plataforma cede o naming a outra entidade, denomina-se white label crowdfunding. O crowdfunding pode servir como mecanismo de efetivação de iniciativas de responsabilidade social, ajudando a transmitir uma imagem corporativa de ligação à comunidade. Conclusão Pensado originalmente como um meio alternativo de financiamento para start-ups e PME, o crowdfunding tem como função típica fornecer capital na fase embrionária destas empresas, seja em forma de pré-venda, dívida ou ações. No entanto, as empresas já estabelecidas começam a olhar para o crowdfunding como uma ferramenta capaz de servir os mais variados propósitos, mesmo no contexto de grandes grupos empresariais. Beneficiamos agora, em Portugal e Espanha, de regimes legais que vieram clarificar os direitos e obrigações que impendem sobre empresários, investidores e plataformas. Pelo que é seguro dizer que assistiremos, num futuro próximo, a um grande desenvolvimento das aplicações do crowdfunding. Todos estão atentos.  * Advogados da Uría Menéndez-Proença de Carvalho E-mails: ana.sacouto@uria.com e frederico.colaco@uria.com


aBOGACÍA Y FISCALIDAD

Por Francisco da Cunha Matos*

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ADVOCACIA E FISCALIDADE

O pedido de condenação no pagamento de juros de mora: o (pesado)

ónus de alegação do credor

o pretérito dia 24.06.2015, foi publicado o Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) n.º 9/2015 que veio uniformizar jurisprudência sobre a questão da obrigatoriedade de, em ações de responsabilidade civil, a parte que intentou a ação teria de pedir expressamente a condenação da outra parte em juros de mora ou, não o fazendo, se o tribunal poderia condenar igualmente tal parte no pagamento de juros. A questão já tinha sido objeto de decisões contraditórias por parte dos nossos tribunais superiores. Se houve decisões que consideraram que o demandante teria obrigatoriamente de pedir estes juros, aquando da propositura da ação (ou, posteriormente, no decurso da ação), outras decisões houve em que o tribunal condenou o demandado em juros de mora, considerando que tais juros decorriam naturalmente do pedido de indemnização civil formulado, mesmo quando não foram expressamente solicitados. No litígio que deu origem ao mencionado Acórdão, os demandantes peticionaram uma indemnização pelos danos sofridos (por via de uma situação de responsabilidade civil extracontratual), embora não tivessem pedido a condenação dos Réus no pagamento dos juros de mora sobre tal quantia, nem aditaram tal pedido no decurso da ação. O tribunal de Primeira Instância condenou os Réus no pagamento da indemnização, acrescida de juros de mora (apesar de os Autores não os terem pedido). Em recurso para o Tribunal da Relação, foram os Réus absolvidos da condenação em juros, por os mesmos

não terem sido peticionados. Finalmente, em recurso para o STJ, foi revogada a decisão da Relação e foi mantida a sentença da Primeira Instância. Em sede de recurso de uniformização de jurisprudência, o STJ veio pronunciar-se sobre tal questão decidindo que “se o autor não formula na petição inicial, nem em ulterior ampliação, pedido de juros de mora, o tribunal não pode condenar o réu no pagamento desses juros”. O STJ sustentou a citada decisão por referência a quatro pilares argumentativos. Primeiramente, estabelece a distinção entre indemnização pelos danos e pela mora pois, se a primeira visa acautelar os prejuízos resultantes do comportamento ilícito, a segunda pretende compensar o atraso no cumprimento da primeira, concluindo que não obstante a sua natureza indemnizatória, o crédito de juros é independente do principal. Em segundo lugar, por referência ao princípio do dispositivo, entendeu-se que o pedido vincula o decisor, não podendo este decretar um outro efeito alternativo, apesar de legalmente previsto. Em terceiro lugar, o STJ valorizou o facto processual de os autores não terem procedido à ampliação do pedido, nele incluindo os juros de mora, quando o poderiam ter feito. Finalmente, considerou-se que se encontra vedado ao juiz sugerir a correção ou suprimento de deficiências ou omissões que afetem o conteúdo do pedido Não obstante ter sido vencedora a argumentação mencionada, parecenos que esta permite a sobreposição do direito adjetivo ao direito substantivo, não sendo compatível com a natureza da obrigação de indemnizar1.

Esta decisão – fixadora de jurisprudência em matéria processual – é da máxima relevância para todos os que pretendem exigir judicialmente de outrem responsabilidade de natureza contratual ou extracontratual. Tendo em conta a morosidade dos tribunais, deixar de peticionar juros poderá resultar numa perda significativa dado que, não raras vezes, o montante dos juros pode comparar-se ao do valor pedido a título principal. Assinalamos ainda o facto de existirem várias taxas de juro potencialmente aplicáveis (quer se trate de juros civis ou comerciais, dependendo da relação jurídica em causa) e também a circunstância de tais taxas serem variáveis, sofrendo alterações por vezes semestrais. Sublinha-se também que a capitalização de juros é possível, avolumando assim o valor devido pela parte que vier a ser condenada. Convém, pois, ter em conta estes aspetos no momento da instauração da ação judicial, o que determina a necessidade de um criterioso aconselhamento jurídico.  Nota: 1 A atribuição de juros de mora desde a citação equipara-se à atualização da indemnização à data da sentença, uma vez que ambas as providências influenciadoras do cálculo da indemnização devida obedecem à mesma finalidade: fazer face à erosão do valor da moeda, reconhecendo-se aos juros de mora à taxa legal a função principal de compensar o dano da inflação e de traduzir o valor real da moeda. Ou seja, sempre que o Autor remete para o regime da responsabilidade civil extracontratual está, implicitamente, a pedir os inerentes juros, desde a citação.

*Advogado associado da PLMJ E-mail: francisco.cunhamatos@plmj.pt

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setor imobiliário

sector inmobiliario

Meliá abrirá este año su primer hotel en Río de Janeiro

Mrá su primer hotel en Río de eliá Hotels International abri-

Janeiro, antes de las Olimpiadas de 2016, tras alcanzar un acuerdo con el Grupo HN Participações e Empreendimentos, para reconvertir el famoso Hotel Nacional de la capital carioca en un hotel de lujo de la marca Gran Meliá, con una inversión de 100 millones de euros. La alianza entre Meliá y el grupo liderado por el empresario Marcelo Gonçcalves Limírio asegura “la viabilidad y el éxito” del proyecto, destaca la cadena mallorquina, en un

España reducirá el stock de viviendas usadas

resort urbano que aspira a ser un referente en Río de Janeiro y que será hotel oficial de las Olimpiadas. El grupo Meliá lleva 23 años implantado en Brasil, donde opera 17 hoteles y desarrolla actualmente otros tres establecimientos, que prevé abrir hasta 2018. El nuevo ‘Gran Meliá Nacional Río’ será el hotel más lujoso de la compañía en Brasil. “El Nacional es por su emplazamiento y sus características un sueño para cualquier hotelero y estamos seguros de que bajo nuestra marca Gran Meliá, que aúna el lujo intemporal y la vanguardia, el establecimiento volverá a superar las cotas de éxito y excelencia que tuvo durante décadas”, ha afirmado el vicepresidente y consejero delegado de Meliá, Gabriel Escarrer. 

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l stock de viviendas sin vender en España tras el verano era de 462.000 inmuebles, menos de la mitad que los 1,2 millones de inmuebles de 2008. Esta oferta se reducirá un 24,5%, una cuarta parte, durante el próximo año, hasta los 349.377 pisos. Así se precisa en un análisis realizado por el presidente de los promotores madrileños Asprima, Juan Antonio Gómez-Pintado. Esta estimación señala que el 74% del stock se localiza en la Comunidad Valenciana, Castilla-La Mancha, Andalucía y Murcia, y que el año que viene este porcentaje se reducirá al 51%. Mientras, la bolsa de pisos vacíos en Madrid se acercará a los 6.000 inmuebles el próximo año, mientras que en Cataluña superará las 4.300 viviendas.

El mayor proyecto inmobiliario de Madrid

Merlin Properties entra en el Ibex E l Comité Asesor del Ibex 35 ha resuelto la inclusión de Merlin Properties en el selectivo a partir del 21 de diciembre tras la salida de Abengoa. De esta forma se convierte en la primera sociedad cotizada de inversión inmobiliaria (socimi) de las constituidas en el último año y medio que salta al selectivo de la bolsa. Merlin Properties, que cuenta con el límite mínimo de capitalización y supera ampliamente en volumen negociado a los demás candidatos que figuraban para acceder al Ibex, y entre los que se encontraba también muy bien posicionada Cellnex, accede con

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un coeficiente aplicable del 100% y un total de 323.030.000 acciones a efectos de cálculo del índice. Desde el pasado 25 de noviembre el selectivo ha estado conformado por 34 valores tras la exclusión de Abengoa que, una vez que anunció su intención de presentar preconcurso de acreedores, perdió más de un 70% de su valor en Bolsa. 

a gestora de inversiones Aquila Capital invertirá en comprar varias parcelas de suelo al Sur de Madrid para promover en ellas un total de 1.200 viviendas, un proyecto que, según informó la firma, constituye el mayor de promoción residencial actualmente en marcha en la capital. La entidad enmarca esta operación en la nueva estrategia de inversión en el mercado inmobiliario español que acaba de poner en marcha, con el fin de aprovechar el potencial que considera presenta la recuperación del sector en España y su “atractivo” para atraer inversores extranjeros.En virtud de esta estrategia, Aquila Capital se centrará en invertir en construcción de complejos residenciales y en reconvertir en viviendas inmuebles ubicados en las áreas metropolitanas de Madrid y Barcelona que hasta ahora estaban destinados a otros usos. 

Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

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sector inmobiliario

setor imobiliĂĄrio

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Turismo, serviços e tecnologia vão continuar a marcar nova dinâmica da cidade de Lisboa

O desenvolvimento e crescimento sustentáveis das cidades representam um dos principais desafios que enfrentam os responsáveis dos municípios na Europa e Lisboa quer estar na vanguarda das capitais mais bem preparadas para o futuro, garantiu o presidente da autarquia lisboeta, Fernando Medina, num recente almoço de empresários.

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Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

criação de cidades am- com o recrudescimento do turis- existirem três grandes pilares na biental e socialmente mo, que tem marcado a vivência “Estratégia de Dezenvolvimento da mais sustentáveis é um da população da cidade, por vezes Cidade de Lisboa”, como especifidos grandes desafios que de forma menos positiva. Fernan- cou no último almoço de empreenfrenta a cidade de Lis- do Medida, presidente da Câmara sários da Câmara de Comércio e boa, nos próximos anos, sobretudo Municipal de Lisboa, considera Indústria Luso-Espanhola (CCILE),

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realizado no dia 17 do mês passado, em Lisboa. Os três eixos do desenvolvimento económico da cidade são: o turismo, os serviços e a tecnologia, resumiu o autarca, que assumiu as suas novas funções em abril passado. ”Estamos, indiscutivelmente, num bom momento para a cidade de Lisboa”, ao fim de muitas décadas de menos desenvolvimento, frisou Fernando Medina. O autarca destacou, nomeadamente, o desenvolvimento que foi alcançado, nos últimos anos, por via de atividades como a reabilitação urbana, do turismo, de outras atividades económica, entre outras dimensões, que trouxeram à capital portuguesa um “dinamismo económico” sem precedentes e que é necessário consolidar para o futuro, defendeu ainda o autarca, perante cerca de 15%, em 2014. O autarca uma plateia de cerca de 200 ges- não vê problemas no crescimento tores e outros responsáveis da área acelerado que se tem verificado do económica e política, de Portugal, Espanha e de outras nacionalidades (como é o caso dos diversos Lisboa é o destino embaixadores que estiveram mais que mais tem uma vez presentes neste evento organizado pela CCILE). crescido entre as Ajustamento ao aumento do turismo Neste âmbito, “o turismo surge em primeiro lugar”, destacou ainda, sublinhando que Lisboa é o destino que mais tem crescido entre as capitais europeias – aumentando o número de turistas em

capitais europeias – – aumentando o número de turistas em cerca de 15%, em 2014

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04 tueismo, considerando mesmo que este tem crescido “acompanhado de um forte investimento na cidade, para se manter a autenticidade de Lisboa”, sem afetar a qualidade de vida dos seus cidadãos nem cair na massificação turística, que pode afastar alguns turistas que procuram destinos mais genuínos e preservados. Um exemplo dado é a própria diversidade que os novos hotéis lançados procuram dar à cidade, para diversificar a oferta e não uniformizar o espaço urbano todo em torno do turismo, esquecendo as raízes locais. “Tem de se ir adaptando a cidade ao f luxo do turismo”, por forma a estar em har-

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monia com a população residente, defende Fernando Medina. Foi por esta razão que a autarquia tem vindo a legislar sobre diversos aspetos do turismo na cidade, quer em termos de circulação viária como, por exemplo, dos horários dos espaços noturnos, procurando ajustar o aumento da procura turística com as necessidades dos lisboetas. Um aumento que é de esperar nos próximos anos, tendo em conta a melhoria da economia nacional e não só que se tem registado, adianta Fernando Medina. Vertente tecnológica e eventos como o Web Summit Outro motor de desenvolvimento atual e futuro da cidade corresponde à vertente tecnológica, já que a cidade tem apostado no lançamento de start-ups , em par50 act ualidad€

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a atividade da Start Up Lisboa, uma incubadora de empresas que Além do turismo conta no seu portefólio com cerca de 120 empresas, algumas já com e dos serviços, operações comerciais bastante reoutro motor de levantes, em áreas como o turismo, imobiliário, etc. desenvolvimento A cidade tem vindo a beneficiar da cidade tem de uma “nova realidade empreeendedora”, dinamizada sobretudo sido a vertente por jovens empreendedores, mas tecnológica, já que a que conta também com a colaboda autarquia, bem como com cidade tem apostado ração o intercâmbio de outras estrutuno lançamento ras, como centros de investigação e desenvolvimento, universidades de start-ups, em (incluindo estudantes do programa parceria com jovens Erasmus), entre outros pólos tecnológicos existentes na cidade. empreendedores Um dos sinais desta forte dinâmica foi a conquista da realização ceria com empreendedores. A cria- em Lisboa do Web Summit 2016, ção de emprego e o fomento do o maior evento europeu de empreempreendedorismo têm norteado endedorismo, tecnologia e inova-


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ção, que se realizará entre 8 e 10 de novembro. O evento trará à capital portuguesa cerca de 55 mil pessoas de vários países. Mas Fernando Medina estima que o impacto positivo desta conferência se estenda por mais anos, contribuindo, assim, ainda mais para a “massa crítica” e os “efeitos de escala” que Lisboa tem conquistado, neste domínio, nos últimos anos. “Vai ser uma iniciativa transformadora da cidade”, estima o autarca. Outro eixo de desenvolvimento para a cidade têm sido os serviços, que ajudam igualmente a criar valor. Um facto visível, por exemplo, na forte valorização dos preços do mercado imobiliário ao nível dos escritórios, beneficiando, nomeadamente, de uma localização geográfica favorável da cidade, do custo dos recursos humanos qualificados, entre outros fatores.

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A par do desenvolvimento ecoPara melhorar a qualidade de vida nómico alavancado por estes três de quem trabalha ou vive na cidade, eixos, Fernando Medina revelou como forma de continuar a atrair como prioridades, para a autarquia população para se fixar na cidade, que lidera, a melhoria da qualidade a autarquia prevê, designadamende vida e a integração e coesão so- te, transformar a cidade num local ciais dos cidadãos. mais aprazível e sustentável, com

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novos espaços públicos de convívio, onde haja maior utilização de transportes públicos, e procurando terminar com “o paradigma de trazer carros para o centro da cidade”. Daí as intervenções que a autarquia tem vindo a fazer na frente ribeirinha, assim como na Praça de Espanha, com a demolição do mercado de come-

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ciantes ambulantes e cujo espaço irá proliferam nas zonas periféricas da dar origem a uma grande praça com região metropolitana. Uma integraligação a outras periferias da cidade, ção que será fundamental para preveentre outras medidas. nir casos de violência social e urbana O terceiro maior desafio para a au- que têm marcado outras capitais eutarquia, segundo Fernando Medina, ropeias, lembrou o autarca. passa pela integração e coesão sociais, Este foi o oitavo e último almopensando sobretudo na população ço de empresários promovido pela mais idosa e nos desempregados, que CCILE em 2015. 

01.Fernando Medina

10.Cristel Molné, Cecilio Oviedo, Katalin Gonczy e Catarina Paiva

02.Vítor Santos, Luz Torrico, José Gabriel Chimeno e Christian Torrell

11.Ángel Vaca, Carlos Álvares e Basílio Horta

03.Ángel Vaca, Álvaro Sebástian de Erice, Luís Castro e Almeida, António Vieira Monteiro e Alberto Laplaine

12.José Pulido Valente, Miguel Gil e Ángel Vaca

04.Enrique Santos, Álvaro Sebástian de Erice e Fernando Medina 05.Luisa Cinca, Carmen Fragoso e Liliana Conde 06.Fernando Coelho, Isaura Vieira e Elmar Derkitsch 07.Sofia Gonçalves, João Madeira, Ana Pinto, João Coutinho e Rui Matias 08.Marc Bisbe, Ramón Iribarren e José Gabriel Chimeno 09. Luz Torrico, Francisco Dezcallar, José Gabriel Chimeno, Eduardo Serra Jorge e Carlos Henriques

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13.António Vieira Monteiro, Celeste Hagatong, Luís Castro e Almeida e João Coutinho 14.Alberto Laplaine, Carmo Rosa, Elmar Derkitsch e José Manuel Ramalho 15.O almoço de empresários contou com a presença de cerca de 200 pessoas 16.Artur Moreno, Pedro Mendes Leal, Luís Alves de Sousa e Rodrigo Santos Silva 17.Jorge Gomes Pedro, Barbara Polzot, Luisa Cinca e Sergio García 18.Rui Figueiredo, Carmen González e João Madeira 19.Abel Lin, Juan José Diaz del Rio Dúran, Miguel Seco e Nicolás el Busto


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Vinhos do Alentejo e Extremadura espanhola apostam noutros mercados A aposta dos produtores vinícolas do Alentejo e da Extremadura espanhola vai, cada vez mais, para a inovação e “elegância” dos seus vinhos, seguindo o gosto dos consumidores e procurando chegar a mais mercados. Uma estratégia que tem levado à aproximação dos produtores das duas regiões, como ficou patente no XIII Encontro de Vinhos Extremadura/ Alentejo, que decorreu recentemente em Lisboa.

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Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

sofisticação da produção vinícola, quer na região espanhola da Extremadura quer na congénere portuguesa do Alentejo, é cada vez mais percetível, como ficou patente no XIII Encontro de Vinhos Extremadura/ Alentejo, que decorreu no passado mês de novembro em Lisboa. O concurso internacional – que se realizou uma vez mais, de forma excecional, em Lisboa e que este ano deverá voltar a palcos da Extremadura ou do Alentejo – reuniu em 2015 alguns dos mais destacados produtores de vinhos oriundos das duas regiões transfronteiriças de Portugal e Espanha, estando já a tornar54 act ualidad€

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se um dos mais conhecidos prémios do setor a nível ibérico. A prova ajuda, ainda, as pequenas adegas, e não só, a

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obter maior reconhecimento para as suas produções de cada ano, como frisaram alguns dos participantes deste


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03 Encontro, organizado pela Câmara de “Aumento de qualidade dos vinhos Comércio e Indústria Luso-Espanhola dos dois lados” Para Fernando Melo, crítico de vi(CCILE) e pela Junta de Extremadura. A prova “cega” decorreu no dia 27 nho e gastronomia que este ano esteve de novembro e a entrega de prémios mais uma vez a apreciar os vinhos a concurso, a nota mais dominante em realizou-se no dia 30. Neste Encontro de apresentação dos termos gerais, é “uma subida de elevinhos premiados e de todos os restan- gância e equilíbrio”, com menor grau tes que participaram no concurso de de álcool na sua composição, indo, 2015, Miguel Bernal, diretor geral da assim, ao encontro de públicos mais Extremadura Avante, destacou a im- exigentes, resumiu, em entrevista à portância dos dois setores em se “com- Actualidad€, no final da prova “cega”, plementarem e em abrirem mercados que se realizou na sede da CCILE. “Os vinhos portugueses são mais conjuntos, com maior facilidade”, sob o lema de “vender o nosso vinho e a nos- sensuais”, admite, por seu lado, Pedro sa cultura em conjunto”. Cotilla, o outro provador do concurso,

que participa neste evento pela sexta vez. No momento da prova, os provadores apenas sabem se o vinho é de uma região ou de outra, desconhecendo o respetivo produtor. A análise baseou-se em critérios técnicos e, apesar de nem sempre de acordo, os dois provadores tiveram opiniões quase unânimes sobre os resultados finais. Assim, também Pedro Cotilla considera que se “tem notado um aumento de qualidade dos vinhos dos dois lados” e frisa mesmo que “não há qualquer competição entre si”, mas que são sobretudo “complementares, cada qual tem as suas partitularidades dis-

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tintas”, como assinalou Adegas mais internacionais no Encontro aberto ao Os 100 vinhos a concurso, público, que decorque disputavam cinco categoreu dias depois, no El rias e mais uma especial – a dos Corte Inglés de Lisboa, vinhos biológicos produzidos uma das entidades que no Alentejo – foram produzicolabora com a CCIdos por 36 adegas, das quais LE neste evento em 19 do Alentejo e 17 da vizinha termos de promoção Extremadura. dos vinhos premiados. No total, foram distinguidos Também Fernando 11 vinhos extremenhos e 14 Melo salientou “a subi10 alentejanos, que receberam o da muito significativa símbolo Arabel de Ouro, Arado nível geral dos vinhos” desde o ano passado, apontan- cerimónia de entrega de prémios aos bel de Prata ou uma Menção Honrosa, do, ainda assim, algumas diferenças vencedores. Salientou ainda o “facto em seis categorias distintas (ver quadros dos dois lados da fronteira. Por um interessante da escalada que se tem nas págs. 57 e 58). Uma das adegas premiadas este ano foi lado, a origem das castas, que apre- visto nos vinhos extremenhos, face sentam maior diversidade no Alen- ao passado, com uma subida da ele- a Monte da Capela - Sociedade Agrícola tejo, além dos vinhos desta região gância e do balanço dos vinhos”, que e Comercial, localizada em Pias (próportuguesa acabarem por beneficiar surgem agora “menos monolíticos e ximo de Serpa). A adega, com 15 anos de existência, recebeu mais um prémio ainda de uma maior proximidade às mais apurados”. Por outro lado, destaca-se também a pelo seu Monte da Capela Private Sezonas urbanas do que os congéneres extremenhos, considerou o crítico de evolução das adegas cooperativas, que lection 2013, “um vinho, com grande vinhos e de comida português, acerca apresentam uma assinalável quantida- capacidade de envelhecimento, feito a do trabalho realizado no concurso de de produtos, mas que têm também partir de cinco castas (Aragonez, Sirah, Touriga Nacional, Trincadeira e Alicandeste ano, durante o seu discurso na qualidade, sublinhou. 56 act ualidad€

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te Bouchet)”, enquadrou Clara Roque vos”, adiantou a mesma gestora, referin- Branco) e o outro na categoria de tintos do Vale, gestora de Qualidade e sócia da do ainda a forte evolução que os vinhos com mais de seis meses de estágio em empresa. alentejanos continuam a registar. madeira (Vinha das Romãs 2013). Este “Estamos bastante satisfeitos com o Também o produtor alentejano Monte último tem, de resto, recebido diversas desempenho comercial da adega, que da Ravasqueira-Sociedade Agrícola D. outras distinções internacionais, desde exporta para 15 mercados, sendo Ango- Diniz ficou satisfeito com as duas dis- a sua produção, continuando a ser um la, China, Canadá, Suíça, Brasil, Alema- tinções recebidas, uma na categoria de dos vinhos emblemáticos comercializanha e Moçambique os mais representati- brancos jovens (Monte da Ravasqueira dos pela adega de Arraiolos, muito emVinhos extremenhos premiados no XIII Encontro de Vinhos Alentejo/ Extremadura Categoria

Designação

Prémio

Adega

Vinho

1

BRANCO JOVEM

ARABEL DE OURO

SAN ANTONIO BODEGAS

TALMO

1

BRANCO JOVEM

ARABEL DE PRATA

VIÑEDOS POZANCO

SINOBLE

1

BRANCO JOVEM

MENÇÃO HONROSA

BODEGAS CASTELAR

BLANCO VERDEJO

4

TINTO JOVEM

ARABEL DE PRATA

VIÑAOLIVA SOC. COOPERATIVA

ZALEO TEMPRANILLO

4

TINTO JOVEM

MENÇÃO HONROSA

COLOMA VIÑEDOS Y BODEGAS

COLOMA GARNACHA ROJA

5

TINTO 3 A 6 MESES EM BARRICA

ARABEL DE OURO

BODEGAS CARABAL

CARABAL RASGO 2012

5

TINTO 3 A 6 MESES EM BARRICA

ARABEL DE PRATA

BODEGAS HABLA

HABLA DEL SILENCIO

5

TINTO 3 A 6 MESES EM BARRICA

MENÇÃO HONROSA

VIÑAOLIVA SOC. COOPERATIVA

ZALEO SELECCIÓN

6

TINTO MAIS DE 6 MESES EM BARRICA

ARABEL DE OURO

VIÑAOLIVA SOC. COOPERATIVA

ZALEO PREMIUM

6

TINTO MAIS DE 6 MESES EM BARRICA

ARABEL DE OURO

COLOMA VIÑEDOS Y BODEGAS

COLOMA GRACIANO SELECCIÓN

6

TINTO MAIS DE 6 MESES EM BARRICA

ARABEL DE PRATA

BODEGAS SAN MARCOS

CAMPOBARRO RESERVA

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eventos eventos bora esta produza outros topos de gama superiores, explicou João Vilar, diretor Comercial e de Marketing da MR. Um single blend que resulta de uma vinha plantada onde antes estava um pomar de romãs e que, talvez por isso, adquiriu um gosto sui generis, que tem sido muito apreciado pelos consumidores e especialistas. Já o Monte da Ravasqueira Branco, também premiado, “resulta de quatro castas, e apresenta-se complexo, mas com uma acidez fantástica, nem é assim tão jovem” como os seus comparativos. A adega exporta metade da sua produção, que ronda um milhão de garrafas, uma pequena parte da qual para Espanha, mas sobretudo para mercados do Benelux, França, Angola, Brasil, EUA, Canadá e China. “Ainda falta afirmar os vinhos portugueses em Espanha”, considera este responsável, sublinhando a necessidade nomeadamente de criar marcas fortes. Outra empresa que participa re-

gularmente nesta prova é a Adega Mayor, desta feita premiada na categoria de brancos maduros (Reserva do Comendador Branco) e na de tintos com mais de seis meses de estágio em madeira (Pai Chão Grande Reserva). Barbára Quiroga, representante da marca de vinhos de Campo Maior, refere que a produção desta adega tem tido muito boa aceitação, tanto em Portugal como no estrangeiro. As vendas para o estrangeiro já representam 30% do total. Os prémios conquistados neste concurso, têm sido “muito importantes”, devido à concorrência que os vinhos portugueses mantêm com os congéneres espanhóis, ambos de reconhecida qualidade. “São duas regiões com vinhos muito interessantes”, refere a mesma responsável. Entre os premiados de origem extremenha, podem destacar-se a Viñedos Pozanco (de Mérida) e a San Antonio Bodegas (de Almendralejo), que voltaram a participar,

mas que desta vez ganharam com vinhos brancos e cujo enólogo responsável é Manuel Álvarez Rangel. Em entrevista no final do encontro, este enólogo referiu que a primeira tem apenas três anos mas já vende o seu próprio vinho engarrafado, ao contrário do que sucede com várias outras adegas da região. Mas ainda não exporta, ao contrário da San Antonio Bodegas, que já exporta também para Portugal. Destacando a produção de vinhos brancos da região, tratam-se, genericamente, de “vinhos com alto grau alcoólico e baixa acidez total”, que devem os seus “aromas e sabor às variedades típicas da Extremadura: Pardina, Cayetana e Macabeo”. “A grande maioria dos vinhos da Extremadura exportados são vendidos para Portugal, Itália, Alemanha e Rússia”, mas, em geral, esta produção é vendida a granel e ainda são poucas as adegas a conseguir comercializar as suas próprias marcas, admite Manuel Álvarez. 

Vinhos alentejanos premiados no XIII Encontro de Vinhos Alentejo/ Extremadura Categoria 1

Designação

Prémio

Adega

Vinho

BRANCO JOVEM

ARABEL DE OURO

SOGRAPE VINHOS

HERDADE DO PESO - VINHA DO MONTE BRANCO

1

BRANCO JOVEM

ARABEL DE PRATA

SOCIEDADE AGRÍCOLA D. DINIZ

MONTE DA RAVASQUEIRA BRANCO

2

BRANCO MADURO

ARABEL DE OURO

ADEGA MAYOR

RESERVA DO COMENDADOR BRANCO

2

BRANCO MADURO

ARABEL DE PRATA

SOCIEDADE AGRÍCOLA ENCOSTAS DO GUADIANA

HERDADE PAÇO DO CONDE RESERVA BRANCO

4

TINTO JOVEM

ARABEL DE OURO

ADEGA COOPERATIVA DA VIDIGUEIRA, CUBA VIDIGUEIRA ALICANTE BOUSCHET E ALVITO

4

TINTO JOVEM

ARABEL DE PRATA

MONTE DA CAPELA SOCIEDADE AGRÍCOLA E COMERCIAL

MONTE DA CAPELA PRIVATE SELECTION 2013

4

TINTO JOVEM

MENÇÃO HONROSA

JJMR-SOCIEDADE AGRÍCOLA

JJ TINTO 2012

5

TINTO 3-6 EM BARRICA

ARABEL DE OURO

CARMIM

MONSARAZ ALICANTE BOUSCHET

5

TINTO 3-6 EM BARRICA

ARABEL DE PRATA

SOGRAPE VINHOS

HERDADE DO PESO - TRINCA BOLOTAS

5

TINTO 3-6 EM BARRICA

MENÇÃO HONROSA

ADEGA COOPERATIVA DO REDONDO

PORTA DA RAVESSA RESERVA

6

TINTO + 6 MESES EM BARRICA

ARABEL DE OURO

SOCIEDADE AGRÍCOLA D. DINIZ

VINHA DAS ROMÃS

6

TINTO + 6 MESES EM BARRICA

ARABEL DE PRATA

ADEGA MAYOR

PAI CHÃO GRANDE RESERVA

6

TINTO + 6 MESES EM BARRICA

MENÇÃO HONROSA

SOGRAPE VINHOS

HERDADE DO PESO RESERVA 2012

7

BIOLÓGICO

ARABEL DE PRATA

SOCIEDADE AGRÍCOLA HERDADE DOS LAGOS

HDL SELECÇÃO 2012 BIO

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eventos

eventos

15 01.Miguel Bernal, diretor geral da Extremadura Avante, sublinhou no Encontro a necessidade das duas regiões vinícolas aproveitarem sinergias e complementaridades para outros mercados 02.Os provadores Pedro Cotilla e Fernando Melo, durante a prova “cega” do concurso, que em 2015 se realizou de novo em Lisboa, no dia 27 de novembro 03.Alguns dos representantes das adegas vencedoras presentes na cerimónia de entrega de prémios 04. e 05.Participaram neste XIII Encontro 36 produtores alentejanos e extremenhos, com uma centena de vinhos 06.Berta Dias da Cunha foi um dos elementos da Junta Diretiva da CCILE presentes no evento. Aqui, a entregar o diploma em nome de uma das adegas extremenhas premiadas, a Bodegas Carabal 07. e 08.A Monte da Capela Sociedade Agrícola e Comercial foi uma das adegas portuguesas premiadas em 2015

09.Manuela Barber entregou o diploma ao representante da adega extremenha Bodegas Habla 10.A Adega Mayor recebeu dois prémios no Encontro de Vinhos Extremadura/Alentejo de 2015 11.A adega extremenha Coloma Viñedos y Bodegas recebeu um Arabel de Ouro e uma Menção Honrosa 12. A Viñedos Pozanco foi outra das adegas extremenhas premiadas no Encontro de 2015 13.Berta Dias da Cunha a entregar o prémio à Bodegas Castelar, da Extremadura 14.Miguel Bernal a entregar um dos prémios obtidos pela adega Coloma Viñedos y Bodegas 15.A cerimónia de entrega de prémios do XIII Encontro de Vinhos Extremadura/ Alentejo decorreu, novamente, no restaurante do El Corte Inglés de Lisboa, onde os convidados e premiados puderam provar todos os vinhos a concurso, bem como outros produtos de degustação que acompanham com vinho. Os vinhos premiados irão em breve estar expostos naquela unidade de distribuição.

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XIII Enc

AGRADECIMENTOS

DUR A/ALE

organizAÇÃO

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XIII ENCONTRO DE VINHOS EXTREMADURA /ALENTEJO Patrocinios

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Setor automóvel sector automóvil

Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com

Range Rover Evoque Cabrio

O primeiro SUV premium descapotável Era um modelo há muito esperado e especulou-se sobre se o protótipo exibido seria produzido. Depois de inúmeros e rigorosos testes podemos afirmar que irá finalmente ser produzido.

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Fotos DR

rojetado a partir do Evo- lugares é ideal para o asfalto, mas que de três portas, a maior continua a manter a tradição todo-odiferença para o “irmão” -terreno da marca convencional é mesmo O novo Evoque Cabrio promete o facto deste modelo ter manter o caráter distinto do Evoque um tejadilho em lona, que faz toda capaz de atrair ainda mais cliena diferença no capítulo estético e na tes à marca. O design requintado utilização do próprio automóvel. A mantém-se neste modelo como já capota de lona foi desenhada para era conseguido no Evoque manter o mesmo perfil do Evoque dito “normal”, com a capocom tejadilho rígido e quando se fe- ta de lona, dotada de uma cha, esta guarda-se automaticamente arquitetura sofisticada de na bagageira. Além disso, pode ser arcos, a revelar-se capaz de manuseada até uma velocidade de manter a tensão para criar cerca de 50 km/h. A marca britâni- um perfil cuidado fiel ao ca garante que o isolamento sonoro, design original. quando a capota se encontra fechada, As variantes nas escoé tão forte quanto o Evoque que ser- lhas têm diretamente a ver viu de inspiração a este modelo. com os dois acabamentos Apesar das linhas mais desportivas, luxuosos que podem ser este SUV descapotável de quatro escolhidos, nomeadamen60 act ualidad€

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te o SE Dynamic e o HSE Dynamic, apresentando-se o novo Evoque com um habitáculo de quatro lugares onde será possível encontrar a última geração do sistema de informação e entretenimento da Jaguar Land Rover, InControl Touch Pro, e uma capacidade todo-o-terreno ainda mais notá-


sector automóvil Setor automóvel

vel se nos lembrarmos que estamos perante um veículo descapotável. A carroçaria do Evoque Cabrio encontra-se disponível em 13 cores, incluindo dois tons novos denominados Baltoro Ice e Waitomo Grey, ambos metalizados. Desta forma, é criada uma linha de horizonte distinta para complementar a capota de lona em Ebony Black, com os espelhos retrovisores e a secção superior do spoiler traseiro em Narvik Black, disponibilizados como equipamento de série. Quanto a segurança, está equipado com um dispositivo de proteção que, em caso de capotamento, ativa um arco de segurança duplo com um sistema de barras integrado e oculto sob a parte traseira da carroçaria. Em apenas noventa milissegundos, o veículo ativa duas barras de alumínio, criando um espaço de sobrevivência seguro para os ocupantes. No centro do habitáculo deste modelo, encontra-se um novo ecrã táctil de alta resolução, de 10,2 polegadas de última geração. Por trás deste ecrã, existe um sistema de informação e conectividade chamado InControl Touch Pro que permite uma resposta melhorada bem como uma boa integração para smartphones, navegação porta a porta, ligação 3G e um equipamento de som pre-

mium de alta qualidade. Relativamente ao aspeto exterior, o Evoque Cabrio sofreu ligeiras alterações. O para-choques dianteiro com entradas de ar de maiores dimensões e faróis com luzes diurnas em LED, que são também utilizadas como faróis de nevoeiro. Também as embaladeiras, na mesma cor dos para-choques, tornam o veículo visualmente mais baixo; e ainda as ponteiras de escape duplas, características do modelo, são apontamentos que contribuem para um dinamismo adicional permitido a toda a imagem deste SUV peculiar. A oferta mecânica é a mesma da

restante gama Evoque, com destaque para os motores de quatro cilindros Diesel, de dois litros com potências entre os 150 e os 180 cavalos. Na versão a gasolina, está disponível o motor 2.0 Si de 240cv. Os preços começam nos 65.020 euros do Evoque Cabriolet TD4 de 150cv, enquanto o TD4 de 180cv arranca nos 67.954 euros. A motorização a gasolina começa nos 69.386 euros. Ainda não existe data agendada, mas prevê-se que a comercialização inicie na Primavera de 2016, chegando a mais de 170 mercados mundiais. 

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Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola

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barómetro financeiro

barómetro financiero

Atividade económica continua a recuperar

Foto DR

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atividade económica nacional manteve a sua tendência de recuperação em novembro, ao mesmo tempo que o consumo privado continuou a abrandar o seu crescimento no mesmo mês. De acordo com os indicadores coincidentes do Banco de Portugal, a atividade económica avançou 1,1% (contra 1% em outubro) e o consumo privado cresceu 2% em novembro (2,2% em outubro), o que significa que enquanto

a primeira continua numa tendência de aceleração, atingindo o valor mais alto desde junho de 2014, o segundo continua a abrandar, registando mesmo a variação mais baixa desde fevereiro de 2014. Tirando esta recente desaceleração, o indicador de consumo tem mantido quase as mesmas variações desde o arranque de 2014, tendo agora crescido a um ritmo cada vez mais baixo em quatro meses consecutivos.

Inflação estabilizou nos 0,6% em novembro

Exportações caem 2,5% e importações recuam 3,9% em outubro

A taxa de inflação em Portugal estabilizou nos 0,6% em novembro, nível idêntico ao da variação que o índice de preços no consumidor (IPC) tinha registado em outubro, em comparação com o ano precedente. Os dados do INE indicam que a variação homóloga do IPC foi de 0,64% em novembro, em linha com os 0,63% de outubro, mas abaixo dos 0,88% de inflação registada em setembro. O facto de o índice de preços em 2015 estar superior ao registado em 2014 é explicado, segundo o INE, pelas subidas dos contributos dos produtos alimentares, das bebidas, do tabaco e das comunicações. Sinal contrário deu a área do vestuário e calçado, com um contributo negativo para o valor do cabaz que compõe o IPC. Ao longo de 2015, de acordo com as estatísticas do INE, a inflação nunca chegou a 1%. O mais próximo que esteve disso foi quando o índice de preços apresentou, em maio, uma subida de 0,95% na comparação com 2014.

As exportações aumentaram 0,3% e as importações diminuiram 1,2% no trimestre terminado em outubro, face ao período homólogo, tendo o défice comercial recuado para 2.737,6 milhões de euros e a taxa de cobertura subido para 81,4%, divulga hoje o INE. Relativamente ao período homólogo, o défice da balança comercial diminuiu 209 milhões de euros, enquanto a taxa de cobertura aumentou 1,2 pontos percentuais. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em termos das variações homólogas mensais no mês de outubro, as exportações de bens diminuíram 2,5% e as importações de bens recuaram 3,9% face ao mês homólogo (+1,6% e -0,6% em setembro de 2015, respetivamente), sendo que, excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações diminuíram 0,6% e as importações aumentaram 1,2% (respetivamente +3,3% e +6,6% em setembro de 2015). Já no acumulado dos três primeiros trimestres de 2015, continuou a evidenciar-se "uma elevada exposição" das empresas exportadoras face a alguns dos principais mercados extra-UE.

Custos do trabalho em Portugal sofrem maior queda da União Europeia

Taxa de desemprego manteve-se nos 12,4% em outubro

O custo por hora de trabalho em Portugal desceu 2,8% no terceiro trimestre de 2015, anulando parte das fortes subidas nos dois trimestres anteriores, tendo aquela sido a maior queda entre todos os países da União Europeia. De acordo com o Eurostat, no primeiro trimestre de 2015, o custo do trabalho aumentou 4,5% e no segundo subiu 2,6%. A queda no terceiro trimestre ficou a dever-se à descida de 2,5% nos salários e à baixa de 3,9% registada nos custos não salariais. No conjunto da UE, o custo por hora da mão de obra aumentou 1,8% na União Europeia e 1,1% na Zona Euro, o que no caso da Zona Euro representa um abrandamento face ao crescimento verificado nos quatro trimestres anteriores.

A taxa de desemprego situou-se, em outubro de 2015, nos 12,4%, de acordo com as estimativas mensais ainda provisórias do Instituto Nacional de Estatística (INE). O destaque divulgado no final de novembro revê os valores para setembro, revelando que, afinal, a taxa de desemprego nesse mês, que é agora apresentada como definitiva, subiu para os 12,4% (em vez dos 12,2% inicialmente apresentados como provisórios), mantendo-se a este nível em outubro. Tanto o número de desempregados – que são agora 632,7 mil – como de empregados terá caído em outubro e a taxa de desemprego ajustada de sazonalidade está agora ligeiramente acima (uma décima) da que foi registada em julho e em agosto. Esta revisão das estimativas é habitual, porque sempre que apresenta as estimativas mensais de desemprego, o INE dá um valor definitivo para o penúltimo mês e um valor provisório para o último mês apresentado. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org

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Centro de Formação CCILE Como Comunicar para Cativar Clientes Lisboa, 15 de janeiro 14h00-18h00 A comunicação é essencial para o sucesso de qualquer relação negocial, sendo um instrumento indispensável na divulgação de produtos e serviços. A intenção da comunicação persuasiva e eficaz é construir relacionamentos. A nível negocial, a persuasão é usada para incentivar os clientes a retornar ou experimentar novos produtos. Conteúdos Programáticos: I. A atitude mental positiva como suporte à mudança de comunicação e relação com os outros II. Distinção conceptual: persuasão e manipulação III. Persuasão IV. Princípios da linguagem positiva V. Palavras e expressões a eliminar do nosso discurso VI. Linguagem positiva aliada à persuasão VIII.Treino da linguagem positiva em contexto negocial Preços: Associados:€70* Não Associados: €90 Acresce IVA à taxa legal em vigor

Motivar Equipas Lisboa, 18 de janeiro 09h30-13h30 Todos aqueles que têm à sua responsabilidade a gestão de equipas de trabalho ou de organizações inteiras, todos os dias se questionam sobre como motivar os colaboradores da sua equipa ou organização, procurando ferramentas de gestão de pessoas adaptadas à nossa cultura. Conteúdos Programáticos: I. Princípios, Atitudes e Comportamentos Humanos II. O papel do gestor de equipas III. Modelo Operacional de Gestão de Equipas IV. Gestão do quotidiano das equipas V. Métodos e Técnicas na Gestão de Equipas Preços: Associados:€70* Não Associados: €90 *Acresce IVA à taxa legal em vigor

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Espanhol de Negócios

Comunicação Eficaz e Bom Uso da Língua Portuguesa

Lisboa, 18 de janeiro a 29 de março 18h00-20h00 O curso de Espanhol de Negócios, reformulado segundo o Quadro Europeu de Referência para as Línguas, é por excelência um curso comercial e adaptado à realidade empresarial, que conta com o importante contributo e experiência de formadores nativos e com larga experiência no ensino. Conteúdos Programáticos: I. Gramática II. Vocabulário Empresarial e Costumes III Expresión y comprensión oral IV. Expresión y comprensión escrita V. Exercícios Práticos Preços: Associados:€200 * Não Associados: €250 *Acresce IVA à taxa legal em vigor

Gestão de Conflitos Lisboa, 19 de janeiro 14h00-18h00 Nas equipas de trabalho é importante prevenir e atuar face à conflitualidade comportamental e relacionada com a dinâmica do trabalho. Quem lida com clientes deve igualmente estar preparado para lidar com situações de queixas e reclamações. Conhecer e praticar algumas técnicas de gestão de conflitos é o objetivo desta ação de cariz comportamental. Conteúdos Programáticos: I. Princípios, atitudes e comportamentos humanos II. A linguagem como facilitador das relações interpessoais III. As atitudes dominantes nos relacionamentos IV. A assertividade V. Gestão de objeções, queixas e reclamações

Lisboa, 20 de janeiro 10h00-12h00 O domínio da língua portuguesa é, inequivocamente, um fator distintivo no meio institucional. Se temos uma posição de responsabilidade cultural e social, a nossa comunicação deve causar impacto para revelarmos credibilidade e para alcançarmos os resultados que desejamos. Conteúdos Programáticos: I. Competência Linguística

- Competência fónica e prosódica - Competência ortográfica - Competência lexical - Competência sintática - Competência discursiva

II. Competência Comunicativa

- Dinâmica e sucesso da comunicação oral - Modalizadores lexicais e operadores argumentativos - Etiqueta, protocolo e formalidades linguísticas - Princípios da cortesia linguística

Preços: Associados:€50 * Não Associados: €70 *Acresce IVA à taxa legal em vigor

Estratégias de Marketing Digital Lisboa, 25 de janeiro 09h00-18h00 Nos dias que correm, a realidade “digital” é condição essencial para o sucesso de qualquer organização. Cada vez mais, as organizações têm de apostar em estratégias de marketing digital para se expandirem, sendo crucial uma forte e atrativa presença na internet. Conteúdos Programáticos: I. Os canais Digitais II. Estratégia de Marketing Digital III. Análise de Performance

Preços: Associados:€70 * Não Associados: €90

Preços: Associados:€100 * Não Associados: €120

*Acresce IVA à taxa legal em vigor

*Acresce IVA à taxa legal em vigor


Brigada de Primeira Prospeção Comercial Intervenção Lisboa, 02 de fevereiro Lisboa, 26 e 27 de janeiro 09h00-13h00/14h00-18h00 A maioria dos incêndios ocorre devido a intervenção humana. Ao mesmo tempo, a participação humana é fundamental na segurança contra incêndios nas suas diversas fases. Neste sentido, a formação de combate a incêndio desempenha um papel de extrema importância na proteção da vida humana e dos danos patrimoniais. Conteúdos Programáticos: I - Fenomenologia da combustão; Classes de Fogos; Métodos de extinção; Agentes extintores II - Extintores; Técnica de combate a incêndios com extintores; Redes de incêndio; Sistema automático de deteção de incêndios; Sistemas fixos automáticos de extinção III - Aparelhos respiratórios; Proteção individual; Sinalização de segurança; Iluminação de segurança IV - Prevenção de incêndios; Plano de emergência; Evacuação V - Exercícios práticos com extintores; Práticas com linhas de mangueiras; Prática com aparelhos respiratórios em ambiente com visibilidade reduzida Preços: Associados:€200 * Não Associados: €220 *Acresce IVA à taxa legal em vigor

Novas Regras de Publicidade na Saúde Lisboa, 29de janeiro 09h30-13h30 A publicidade a produtos e a serviços de saúde passou a ter novas regras a partir de 01.11.2015, com as quais se pretende eliminar e punir as “práticas consideradas enganosas”. A fiscalização passou a estar a cargo da Entidade Reguladora da Saúde, que pode aplicar coimas avultadas. Importa, pois, que os operadores da área da saúde e as empresas de publicidade e marketing estejam informados sobre estas novas regras para evitar fortes penalizações para as suas empresas. Preços: Associados:€70 * Não Associados: €90 *Acresce IVA à taxa legal em vigor

09h00-13h00

A prospeção de clientes sempre foi essencial para a construção de uma carteira de clientes e para um conhecimento mais real do mercado. Nos dias que correm, face à conjuntura económica do país, a prospeção tornou-se praticamente obrigatória para as empresas que querem sobreviver. Conteúdos Programáticos: I. Importância e vantagens da prospeção II. Necessidades de uma prospeção contínua e atualizada III. Métodos e meios de prospeção IV. Saber gerir a prospeção de acordo com o tempo disponível V. Ultrapassar as dificuldades e receios da prospeção V. Fazer o seguimento dos prospetos Preços: Associados:€140 * Não Associados: €180 *Acresce IVA à taxa legal em vigor

Combate a Incêndios Primeira Intervenção

Lisboa, 04 de fevereiro 09h00-13h00 / 14h00-18h00

Crie Eprego!

Apoios e Incentivos Lisboa, 05 de fevreiro 09h30-13h30 Conhece todos os apoios e incentivos que favorecem a criação de novos postos de trabalho na sua empresa? Ajude o seu negócio a crescer e a atingir os objetivos traçados! Perceba como funcionam os incentivos existentes para a realização de estágios, os apoios em situações de mobilidade geográfica dos colaboradores e as majorações da Medida Estímulo Emprego. Os recursos humanos podem agora considerar estas medidas, procurando uma intervenção mais eficaz e potenciadora do seu negócio. Conheça as vantagens de que a sua empresa pode beneficiar! Conteúdos Programáticos: I. Apresentação dos diplomas legais II. Medidas de promoção da igualdade de género no mercado de trabalho III. Medidas de incentivo à mobilidade geográfica no mercado do trabalho IV. Reativar – Apoio financeiro à realização de estágios Preços: Associados:€70 * Não Associados: €90 *Acresce IVA à taxa legal em vigor

Os meios de combate a incêndios (extintores, carretéis...) são meios de primeira intervenção em caso de incêndio, e são determinantes para controlar ou extinguir um incêndio até à chegada dos bombeiros. Assim, uma correta localização e indicação de um extintor, podem fazer a diferença entre a vida e a morte em caso de incêndio e devem ser uma prioridade na sua Segurança. Conteúdos Programáticos: I- Fenomenologia da combustão; Classes de Fogos; Métodos de extinção; Agentes extintores II- Extintores; Técnica de combate a incêndios com extintores; Redes de incêndio; Sistema automático de deteção de incêndios; Sistemas fixos automáticos de extinção III- Exercícios práticos com extintores; Práticas com linhas de mangueiras Preços: Associados:€250 * Não Associados: €300 *Acresce IVA à taxa legal em vigor

Departamento de Formação Joana Santos Tel. 213509310/6 • E-mail: joana.santos@ccile.org

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oportunidades de negócio

oportunidades de negocio

Empresas Portuguesas

Oportunidades de

negócio à sua espera

BUSCAN

REFERENCIA

Empresas españolas fabricantes o distribuidoras de aperos de labranza (azadas, rastrillos, etc.)

DP151001

Empresas portuguesas distribuidoras de materiais de escritório e consumíveis de informática

DP151002

Empresas españolas de distribución alimentaria y gran consumo

DP151003

Empresas españolas productoras de muesli

DP151004

Empresas españolas fabricantes de muebles

DP151101

Agencias de viajes en España

DP151102

Consultorías con experiencia en el sector metalmecánico en el País Vasco, Barcelona y Madrid

DP151103

Fábricas españolas de cerámica que hagan impresión en cerámica con inyección de tinta

DP151104

Empresas portuguesas importadoras y exportadoras

DP151201

Empresa portuguesa con sede e instalaciones en Lisboa y 20 años de experiencia en el mercado portugués, busca fabricantes españoles interesados en un distribuidor oficial o representante exclusivo

OP151002

Empresas españolas y portuguesas del sector de la hotelería y restauración en el Algarve y Alentejo para presentar sus servicios

OP151101

Empresa portuguesa da área da restauração procura parceiros de negócios para poder expandir a sua atividade

OP151102

Empresa portuguesa especialista en actividades de protección anticorrosiva de superficies y manutención industrial, busca ampliar su negocio con una nueva cartera de clientes o un socio

OP151201

Empresas Espanholas PROCURAM

REFERÊNCIA

Empresas portuguesas de automatização

DE151101

Distribuidores ou agentes comerciais de marcas de roupa em Portugal

DE151102

Empresas portuguesas fabricantes de azulejos e cerâmica

DE151103

Empresas portuguesas fabricantes de lençaria (pijamas, camisões, robes…) para homem, senhora e criança

DE151104

Agente comercial para Portugal com experiência no setor dos pavimentos de madeira

DE151105

Agentes comerciais para a zona sul de Portugal com experiência no setor da papelaria, presentes e brinquedos

DE151106

Agente comercial com experiência no setor das embalagens

DE151107

Fabricantes portugueses de calçado de segurança

DE151201

Empresa espanhola de logística, armazenamento e distribuição de produtos ultracongelados, oferece os seus serviços a empresas exportadoras destes produtos

OE151006

Empresa espanhola de consultoria em brand design e packaging procura parceiros estratégicos com atividade no setor de consultoria de negócios

OE151101

Empresas portuguesas nas áreas da grande distribuição, canal Horeca, catering, fabricantes de molhos, importadores/ distribuidores de frutas e verduras, cadeias de restaurantes e fabricantes de azeite para apresentar os seus produtos

OE151102

Empresa espanhola de compra e venda e transformação de peixe, procura empresas portuguesas interessadas na compra de sardinha e maruca

OE151103

Técnicos de segurança e engenheiros portugueses

OE151104

Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola

Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.

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oportunidades de negocio

oportunidades de negĂłcio

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calendário fiscal calendario fiscal >

Janeiro Prazo

Imposto

Até

Declaração a enviar/Obrigação

S

T

Q

Q

S

S

Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação

11

IVA

Declaração periódica e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em novembro/2015

Contribuintes do regime normal mensal

11

Segurança Social

Envio da declaração de remunerações relativa ao mês de dezembro/2015

Entidades empregadoras

20

IRS/IRC/ SELO

Pagamento das retenções de IRS e IRC efetuado ou Imposto selo liquidado em dezembro/2015

Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do selo

20

Segurança Social

Pagamento das contribuições e quotizações relativas às remunerações de dezembro/2015

Entidades empregadoras

20

IVA

Envio da declaração recapitulativa mensal relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em dezembro/2015, que se consideram localizadas no Estado membro do adquirente

Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral, quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

20

IVA

Declaração recapitulativa trimestral relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas no 4º trimestre/2015, que se consideram localizadas noutros Estados membros

Contribuintes do regime trimestral

20

IRS/IRC

Comunicação anual dos rendimentos pagos e retenções efetuadas no ano de 2015

Entidades pagadoras dos rendimentos

25

IVA

Comunicação dos elementos das faturas emitidas em dezembro/2015

Sujeitos passivos do IVA (pessoas singulares ou coletivas)

31

IRS/IRC

Envio da declaração mod. 10Rendimentos e Retenções, relativa aos rendimentos pagos e retenções efetuadas no ano de 2015 a residentes

Entidades devedoras dos rendimentos

31

IRS/IRC

Declaração mod. 30, relativa aos rendimentos pagos ou colocados à disposição de sujeitos passivos não residentes, em novembro de 2015

Entidades pagadoras dos rendimentos

31

IRS/IRC

Envio da declaração mod 25, pelas entidades beneficiárias de donativos previstos no Estatuto dos Benefícios Fiscais e no Estatuto do Mecenato Cientifico

31

IRS/IRC

Envio da declaração mod 39 – Rendimentos e retenções a taxas liberatórias, no ano de 2015

31

IRS/IRC

Comunicação de inventários

31

IRC

31

IVA

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D

S

T Q

Q

S

S

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Observações

É aplicável aos sujeitos passivos isentos (artº 53º do CIVA), que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitos passivos de outros Estados membro, quando tais operações sejam aí localizadas

- Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), através do Webservice da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T (PT), mensalmente, através do Portal das Finanças; - Por recolha direta no Portal

Obtenção de nº fiscal especial para o não residente

Pode ainda ser enviada até ao final do mês de fevereiro

Entidades devedoras dos rendimentos

Pode ainda ser enviada até ao final do mês de fevereiro

Envio da declaração para opção ou alteração do regime especial de tributação dos grupos de sociedades

Sociedade dominante

Pode ainda ser enviada até 31 de março

Pedido de restituição do IVA suportado no ano de 2015 noutro Estado membro da UE

Sujeitos passivos do IVA

Pode ainda ser enviada até 30 de setembro


bolsa de trabajo Bolsa de trabalho

Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código

Sexo

Data de Nascimento Línguas

Área de Atividade

BE143007

F

INGLÊS

JORNALISMO

BE143008

F

INGLÊS/ FRANCÊS

ADVOCACIA

BE143009

F

13/12/1983

INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL

RELAÇÕES PÚBLICAS, ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS E COMUNICAÇÃO

BE143010

F

25/04/1987

INGLÊS/ FRANCÊS

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

BE143011

M

INGLÊS/ ITALIANO/ ESPANHOL/ FRANCÊS/ ALEMÃO

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

BE143012

F

INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL

COMERCIAL

BE143013

F

INGLÊS

SOLICITADORIA

BE143014

F

INGLÊS/ FRANCÊS/ ALEMÃO

ECONOMIA

BE143015

M

22/11/1986

FRANCÊS/ PORTUGUÊS

ADVOCACIA

BE143016

M

28/08/1987

FRANCÊS

ADVOCACIA

BE143017

F

25/09/1985

FRANCÊS

MARKETING DIGITAL

BE143018

F

29/11/1984

PORTUGUÊS/ INGLÊS/ MANDARIM/ ITALIANO

TRADUÇÃO AUDIOVISUAL

BE143019

M

GALEGO/ INGLÊS/ FRANCÊS/ PORTUGUÊS

TÉCNICO DE SUPORTE INFORMÁTICO

Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.

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n o jvaenmebi r o d e 2 0 1 6 4

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espaço de lazer

espacio de ocio

Agenda cultural

Serralves acolhe mostra da Bienal de São Paulo

Livro

“Memórias de Executivas”, de Maria Serina e Isabel Canha

Helena Sacadura Cabral, uma das primeiras economistas no Banco de Portugal, Rosalina Machado, a primeira portuguesa a liderar uma multinacional, Maria Cândida Rocha Silva, a primeira corretora em Portugal e a única banqueira, Maria Cândida de Oliveira, a gestora com punho de ferro que liderou a vidreira Barbosa & Almeida durante 19 anos, Assunção Sá da Bandeira, pioneira nas relações públicas em Portugal, Teresa Janz Guerra, que fez da Janz Contadores um case study na área da responsabilidade social, Esmeralda Dourado, a engenheira que fez carreira num mundos de homens, e Domitília dos Santos, a portuguesa que se tornou uma referência como corretora de bolsa em Nova Iorque, são as mulheres entrevistadas por Maria Serina e Isabel Canha para o livro “Memórias de Executivas”. A obra acaba de ser lançada e conta-nos como foi para estas protagonistas fazer carreira em 1960, 70 e 80, em Portugal. As autoras explicam que nesta compilação de entrevistas de vida se percebe que para estas oito executivas “o género nunca foi uma limitação”. São “mulheres que não hesitaram em entrar em feudos masculinos, mesmo quando isso era quase uma ousadia”. As autoras acrescentam que os testemunhos destas oito executivas “competentes, destemidas, visionárias e determinadas, são uma inspiração para todas as mulheres que querem chegar onde merecem”.

70 act ualidad€

Exposições

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Na sua primeira viagem para fora do Brasil, a Bienal de São Paulo escolhe Portugal, mais concretamente, o Museu de Serralves, no Porto. “Esta será a primeira vez nos seus mais de 60 anos de história que a Bienal de São Paulo viaja para fora do Brasil”, frisa Serralves na sinopse da mostra, que traz a Portugal pinturas, esculturas, vídeos e instalações, que “condensam as ideias da exposição brasileira e centram-se no modo como a arte pode alterar formas de pensar o mundo”. Fundada em 1951, esta é a segunda bienal mais antiga do mundo a seguir à Bienal de Veneza, que foi inaugurada em 1885 e lhe serviu de modelo. A bienal procura “aproximar a arte brasileira do público internacional e vice-versa”. Esta mostra foi pensada para dialogar com o contexto da cidade, lê-se na sinopse: “A investigação que a exposição faz do potencial revelador da arte está a ser reconfigurada de acordo com o contexto físico, social e cultural da cidade do Porto e do Museu de Serralves… Imaginando modelos de vida e sociedade que são diferentes ou (ainda) não existem, as obras de arte questionam a autoridade da religião, da história e dos sistemas de controlo e apontam de que modo ela poderia ser diferente. O título da exposição está, ele próprio, em constante transformação, com o verbo mutante a sugerir alguns dos muitos e diferentes tipos de experiência da arte enquanto processo de devir.” “Como (…) coisas que não existem - uma exposição desenvolvida a partir da 31ª Bienal de São Paulo” é comissariada por Charles Esche, Galit Eilat e Oren Sagiv, com o apoio dos curadores de Serralves Ricardo Nicolau e Paula Fernandes, e organizada pela Fundação Bienal de São Paulo em colaboração com o Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto. Em São Paulo, a exposição foi adicionalmente comissariada por Nuria Enguita Mayo, Pablo Lafuente com Benjamin Serrousi e Luiza Proença. A mostra foi premiada na III Convocatória Ibero-Americana de Projetos de Curadoria, Conversaciones, realizada pelo Programa Ibermuseus. Até 15 de janeiro, no Museu de Serralves, no Porto

Salão de Outono do Casino Estoril homenageia António Joaquim

Tem 90 anos, foi servente de pedreiro, mas o gosto pela arte fez de António Joaquim um autodidata. Sem formação em Belas Artes, ainda jovem, comprou as primeiras aguarelas depois de uma visita a um museu. As telas começaram a multiplicar-se e os clientes também. Hoje é um dos nomes fortes das artes plásticas portuguesas e figura de proa do XXIX Salão de Outono do Casino Estoril. O pintor, natural de Travanca, uma pequena aldeia de Santa Maria da Feira, expõe uma dezena de aguarelas pintadas após celebrar o seu nonagésimo aniversário, nesta mostra, que exibe trabalhos de mais 43 artistas, entre pintores e escultores, na Galeria de Arte do Casino Estoril, até 15 de janeiro. António Joaquim protagonizou 44 exposições individuais realizadas nas melhores galerias do país e participou em mais de duas centenas de coletivas. “Foi um dos pintores, escolhido há meia dúzia de anos para apresentar uma exposição individual na sede do “Jornal de Notícias”, no Porto, repetida depois no “Diário de Notícias”, de Lisboa, nos dois casos com assinalável êxito”, recorda o comunicado do Casino.

Até 15 de janeiro, no Casino Estoril


espacio de ocio

Teatro

“A Claraboia” de Saramago, pela A Barraca

Como vivia a classe média em Lisboa nos anos 90? O escritor José Saramago e a companhia de teatro A Barraca dão-nos algumas respostas, através de “Claraboia”, uma pela adaptada do romance homónimo de José Saramago. “Dezassete personagens distribuídas em seis apartamentos num bairro de gente ‘remediada’ na Lisboa dos anos 50” contam-nos a história. Maria do Céu Guerra, diretora da companhia, nota que estas personagens e “as suas necessidades, aspirações, quezílias, transgressões, mentiras são a principal matéria/ desafio para um grande espectáculo de Teatro a acontecer”. Tudo isto “encerrado num espaço onde a ausência de amor é a parede mestra de cada casa e onde o fascismo à portuguesa, é vivido até ao mínimo pormenor com a policia à espreita dentro de cada um”, acrescenta. A ação do romance decorre “num prédio existente numa zona popular não identificada de Lisboa, onde vivem seis famílias: um

espaço de lazer

sapateiro com a respetiva mulher e um caixeiroviajante casado com uma galega e o respetivo filho - nos dois apartamentos do rés do chão; um empregado da tipografia de um jornal e a respetiva mulher e uma “mulher por conta” no 1º andar; uma família de quatro mulheres (duas irmãs e as duas filhas de uma delas) e, em frente, no 2º andar, um empregado de escritório a mulher e a respetiva filha no início da idade adulta.” A peça “Claraboia” vem enriquecer o histórico de A Barraca, que já adaptou outras obras de ficção, como “Viagens de Gulliver”, de Swifft, “O Diabinho da mão furada”, de António José da Silva, “Peregrinação”, de Fernão Mendes Pinto, “A Relíquia”, de Eça de Queiroz, “Gente da Terceira Classe”, de José Rodrigues Miguéis, “Os Emigrantes”, de Ferreira de Castro, “A Balada do Café Triste”, de Carson McCullers, entre outras.

Até final de fevereiro, na sede da companhia A Barraca, em Lisboa Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

“O Ciclo Delaunay” na Gulbenkian “Natureza Morta Portuguesa ou Sinfonia de cor” é o nome do quadro, da autoria de Robert Delaunay, que ilustra esta notícia e um dos que pode ser visto na Fundação Gulbenkian na exposição “O Círculo Delaunay”. Uma oportunidade para apreciar obras de Sonia e Robert Delaunay produzidas durante o tempo que passaram em Vila do Conde. “Sonia e Robert Delaunay viveram em Portugal desde agosto de 1915 até dezembro de 1916, aprofundando as relações, que já mantinham em Paris, com alguns portugueses – Amadeo de Souza-Cardoso, Eduardo Viana e José Pacheko, e a que se junta Almada Negreiros”, assinala a sinopse da mostra, sublinhando que se procurou reunir na mesma testemunhos dessa época: “Esta exposição reconstitui o ambiente criativo gerado pela presença destes artistas que a guerra traz ao seu país de origem ou que empurra para o exílio, apresentando novas investigações sobre as relações dos Delaunays com Amadeo de Souza-Cardoso.” Robert, de origem francesa, e Sonia, com nacionalidade francesa e russa, casaram em 1910 e vieram para Portugal em 1915 para fugir da Primeira Grande Guerra. Terão ficado fas-

cinados com a luz e cultura portuguesas e produziram importantes obras durante o período em que viveram em Vila do Conde. Robert Delaunay é reconhecido como pintor abstracionista e cubista. Sonia também é um nome representativo do movimento abstracionista. Além de pintar, Sonia foi também designer, figurinista e cenógrafa, A artista chegou a ter um negócio de moda na capital espanhola, a Casa Sonia. Além da forte ligação a Portugal, o casal também chegou a viver em Espanha. A forte influência da cultura espanhola vê-se por exemplo nos quadros de Sonia Delaunay sobre cantores de flamenco, também patentes na mesma exposição.

Até 22 de fevereiro, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa janeiro de 2016

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Gastronomia, fado e património na Gruta do Paraíso A muralha centenária, que antes aquecia com a carvoaria, aquece agora com as vozes do fado, no restaurante Gruta do Paraíso. Os donos deste espaço alfacinha prometem ambiente romântico e simultaneamente descontraído, já que nas noites de fado todos estão convidados a cantar.

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Textos Susana Marques cfonseca@ccile.org Fotos DR

ário Ferreira não esconde que investiu na Gruta do Paraíso para a filha, Mafalda Guerreiro, uma das fadistas que poderá escutar se jantar neste restaurante lisboeta, às quartas, quintas, sextas e sábados, noites em que se garante espetáculo de fado vadio. A jovem Mafalda Guerreiro, que começou a cantar há seis anos, é a fadista residente, mas Mário Ferreira (na última foto, à dir.) apressa-se a esclarecer que “a casa está aberta para quem quiser cantar”. São vários os que o

72 act ualidad€

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fazem, adianta, ressalvando, que só podem cantar dois fados, para que haja vez para os demais. O fado vadio e o ambiente boémio são enriquecidos pela muralha visível num dos limites da sala de refeições interior. “Esta rocha só termina no Chiado”, diz Mário Ferreira, aludindo à muralha, que em tempos delimitava a cidade de Lisboa. Mais tarde, o espaço, que integra um pedaço da referida muralha funcionou como carvoaria. José Matos, colaborador do restaurante, chegou a ser funcionário da carvoaria, que “também era tasca

e vendia carvão, petróleo, vinho”. Só depois da revolução do 25 de Abril se transformou em restaurante, conta. Foi esse restaurante, situado em Alfama, que Mário Ferreira quis comprar, em março de 2015, já que considerava o espaço “fantástico e com muito potencial”. A muralha iluminada pelas velas espalhadas pelo restaurante e o fado são a receita por detrás do “conceito romântico”, que idealizou para o espaço e que publicita através de plataformas de oferta de vouchers .


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o bacalhau lascado, o bacalhau à Brás ou o risoto de pato. Entre as sobremesas, destaque para o pudim de pão, ou os bolos românticos. 

Sugestões Comer na constelação ibérica da Michelin

No ano que agora começa, saiba que tem 188 restaurantes “estrelados” na Península Ibérica, caso queira conhecer ou voltar a apreciar a arte dos chefes e respetivas equipas, que mereceram a distinção dos críticos do reputado guia da marca de pneus francesa Michelin. Desde 1900, ano em que André Michelin, o fundador da referida fabricante, publicou o seu primeiro guia para promover o turismo para o crescente mercado automobilístico, que o mundo da restauração passou a ter um novo barómetro de qualidade, sendo a estrela o mais cobiçado título para os cozinheiros. O guia Michelin chegou a Portugal em 1974, ano em que atribuiu uma estrela a quatro restaurantes. A edição de 2016 distingue 14 restaurantes em Portugal, três dos quais com duas estrelas e os restantes com uma. Até ao momento, nunca houve restaurantes portugueses distinguidos com três estrelas. Portugal integra a edição ibérica do

guia, que contabiliza oito restaurantes espanhóis com três estrelas, catalogados como detentores de uma “cozinha de nível excecional, que justifica a viagem”. São os mesmos da última edição: Akelare (San Sebastián – Guipúzcoa), Arzak (San Sebastián – Guipúzcoa), Azurmendi (Larrabetzu – Vizcaya), DiverXO (Madrid), El Celler de Can Roca (Girona), Martín Berasategui (Lasarte – Oria – Guipúzcoa), Quique Dacosta (Dénia – Alicante) e Sant Pau (Sant Pol de Mar – Barcelona). O Guia Michelin de Espanha e Portugal de 2016 premiou com duas estrelas 23 restaurantes: os portugueses Belcanto (Lisboa), Vila Joya e Ocean (ambos no Algarve), e os espanhóis Mugaritz (Guipúzcoa), Miramar (Girona), El Club Allard (Madrid), Les Cols (Girona), La Terraza del Casino (Madrid), Santceloni (Madrid), Casa Marcial (Arriondas), Ramón Freixa (Madrid), Dani García (Málaga), Aponiente (Cádiz), Lasarte (Barcelona), Sergi Arola (Madrid), Àbac (Barcelona), Atrio – Cáceres Enoteca (Hotel Arts – Barcelona), Moments (Barcelona), El Portal (La Rioja), M.B. de Martín Bera-

Gruta do Paraíso Rua do Paraíso 63, Lisboa Tlm: 969 250 128

sategui (Tenerife / Guía de Isora), Coque – Humanes (Madrid) e Zaranda (Mallorca). Na categoria de uma estrela, os críticos da Michelin elegeram 157 restaurantes ibéricos, 11 dos quais são portugueses. Face à edição do ano passado, esta categoria registou uma subida e uma descida em Portugal, ao premiar com uma estrela o restaurante Bom Bom (Carvoeiro, Algarve), chefiado por Rui Silvestre, e retirar a estrela ao L’AND (Montemor-o-Novo). De assinalar, que na lista internacional da Michelin, o Japão lidera o ranking, com o maior número de restaurantes com três estrelas: 26. Espanha figura na oitava posição do ranking e Portugal na 15ª. janeiro de 2016

Fotos Nuno Correia

Para Mário ferreira, que comanda a cozinha, os trunfos da carta são pratos como o bife da vazia à Gruta do Paraíso, a cornucópia de carne,

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Statements Para pensar

“Não podem existir limites [às medidas que o BCE pode implementar]. (...) Não há dúvidas que se tivéssemos que intensificar o uso dos nossos instrumentos para assegurar que alcançamos o nosso mandato de estabilidade dos preços, o fariamos (...) Graças às nossas ações de política monetária, o risco de deflação na Zona Euro não está em cima da mesa” Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), “Jornal de Negócios Online”, 4/12/15

“Um pouco menos de metade dos 33 economistas internacionais inquiridos pelo Financial Times não antecipa qualquer reforço dos estímulos monetários pelo Banco Central Europeu (BCE) em 2016. Entre os restantes inquiridos, há quem se divida entre um novo corte na taxa de depósitos e um aumento do volume de compras de ativos pelo banco central mas, entre estes, vários sublinham que não é de esperar uma mudança radical nas políticas decididas em Frankfurt” Notícia do ”Negócios.pt”, 27/12/15

“Ao longo destas três décadas de participação no projeto europeu, Portugal assumiu plenamente o seu papel enquanto parceiro responsável, ativo e até decisivo em certos momentos”

Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República, numa mensagem aos presidentes das instituições europeias, por ocasião dos 30 anos da adesão de Portugal às Comunidades Europeias, que se celebram no dia 1 de janeiro de 2016

“Teoricamente, a Argentina é um mercado emergente, está no Índice Fronteira, pelo que, de momento, não está no Índice Emergente [do mercado global de ações]. Em termos do modo como olhamos para os mercados emergentes, está acima desse nível (...) A Venezuela não é, de todo, um mercado emergente. Já o foi, mas há muito que deixou de o ser. A Argentina está no radar, mas a Venezuela não (...) No mercado de ações global [o Brasil] não deverá ter muito [peso], pois o Brasil não é um grande consumidor global. Já a nível interno, devo dizer que a situação está muito difícil. O próximo ano deverá registar um produto interno a cair [entre -3 e -2%]” act ualidad€

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Waj Hashmi, Global Emerging Markets Equity Fund Manager da Schroders, “OJE”, 18/12/15




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