Actualidade Economia Ibérica - nº 217

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Actualidad

Economia ibérica julho 2015( mensal ) | N.º 217 | 2,5 € (cont.)

España y Portugal, 30 años de alianza europea “Estamos a beneficiar de um aumento de produtividade do setor químico em Portugal” pág. 08

PS e PSOE pretendem reforçar cooperação ibérica pág. 27

Pág. 38

Paulo Macedo diz que “a saúde é das áreas que mais exporta em Portugal” pág. 50


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Índice

índice

Foto de capa: Agencia EFE

Nº217

Grande Tema 38.

Actualidad

Economia ibérica

Propriedade e Editor: CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” Comissão Executiva: Enrique Santos, António Vieira Monteiro, Luís Castro e Almeida, Jesus Matías Pérez Alejo, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno José João Guilherme e Rui Miguel Nabeiro

España y Portugal, 30 años de alianza europea

20 Seguradora AIG quer alargar serviços em Portugal

Direção de Informação (interina): Belén Rodrigo Coordenação de textos: Clementina Fonseca Redação: Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques

Copydesk : Joana Santos, Beatriz González e Laura Couselo Fotografia: Sandra Marina Guerreiro Publicidade: Rosa Pinto (rpinto@ccile.org)

Editorial 04.

Trabajo y agradecimiento - Eduardo Junco

Assinaturas: Laura Dominguez (laura@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte: Sandra Marina Guerreiro Paginação: Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número: Adelaide Moura, Eduardo Junco, Nuno Ramos e Paulo Morais Impressão: Fernandes & Terceiro, S.A. R. Nossa Sra. da Conceição, 7 2794-014 Carnaxide Contactos: Av. Marquês de Tomar, 2 - 7º 1050-155 Lisboa Tel:. 213 509 310 • Fax: 213 526 333 email: ccile@ccile.org redação: actualidade@ccile.org website: www.portugalespanha.org NIPC: 501092382 Depósito Legal nº 33152/89 autorizado pela Direção Geral de Correios e Telecomunicações de Portugal Nº de registo no Instituto de Comunicação Social: 117787 As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios da Câmara, do editor ou do diretor. Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares

Opinião 06. Desvalorização do euro dá um novo impulso

à recuperação da economia portuguesa

- Paulo Morais

44. A importância de ser Verde - Adelaide Moura

Atualidade 22.Vista Alegre Alantis refuerza su estrategia

en el mercado español

24.Aspro Parks concorre à concessão

do Oceanário de Lisboa

26.Air Nostrum recupera la ruta Madrid-Faro 28.Events by tlc em ascensão na América Câmara de Comércio e Indústria

Luso Espanhola

Latina

E mais... 08.Grande Entrevista 14.Apontamentos de Economia 30.Marketing 32.Vinhos & Gourmet 36.Ciência e Tecnologia 44. Advocacia e Fiscalidade 46. Fazer Bem 50. Eventos 58.Setor Automóvel 60.Barómetro Financeiro 62. Intercâmbio Comercial 64. Oportunidades de Negócio 66. Calendário Fiscal 67. Bolsa de Trabalho 68. Espaço de Lazer 74. Statements

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editorial editorial

Trabajo y agradecimiento

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mí era evidente que no teníamos por delante los titulares que encandilan y las propuestas en positivo. Los presupuestos de la abundancia inagotable eran ya cosa del pasado. Por ello, y también por las instrucciones que recibí de mi Gobierno, mi labor en Lisboa, en Portugal, ha tenido dos líneas de gestión. En primer lugar, estar cerca, ser útil, no dejar solo a nadie, español o portugués, para sentir en el primer momento cualquier señal o recibir cualquier mensaje. En segundo lugar, crear confianza. Construir la relación entre nuestros dos países en crisis sobre la previsibilidad, sobre la transparencia. No había mucho más que hacer, no iba a ser yo quien anunciase grandes inversiones, quien inaugurase grandes proyectos. No había en España o en Portugal ninguna olla llena de monedas de oro para hacerlas brillar y crear un futuro al otro lado del arco iris. Portugueses y españoles hemos compartido con gran dignidad y entereza los años negros, ahora hay que prepararse para compartir los años dorados, el futuro será el que nos merezcamos pero ya hemos hecho méritos para tener una posición fuertemente acreedora. Dejaré este puesto con satisa la realidad y consolidar los signos de facción. Con la profunda satisfacción mejora. Para mí ha sido una lección de quien, al final de su servicio al Escuando parecía que ya me quedaban tado, se ha sentido honrado por vuespocas cosas por aprender. Hay mila- tra amistad y por vuestro apoyo, por gros que son posibles. vuestra solidaridad y vuestra profesioLlegué hace tres años con la preocu- nalidad. Tres años en Lisboa, trabajo pación de quien lee las señales de la y agradecimiento. Mucho agradecitormenta en las entrañas de los pája- miento.  ros y en las noticias de los periódicos. Quienes me conocen me han tachado * Embajador de España en Portugal muchas veces de pesimista. Pero para E-mail: emb.lisboa.sec@maec.es nuestros dos Gobiernos. Cuando parecía que habíamos salido de la crisis y perdido de vista a la troika, hace cerca de un año, el hundimiento del banco de referencia y de una gran compañía tecnológica han venido a enturbiar las buenas noticias, a retrasar los plazos de un futuro mejor, a condicionar las alegrías. Y, una vez más, la sensatez y la profesionalidad han permitido a la sociedad que nos acoge sobreponerse

Foto Sandra Marina Guerreiro

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scribir unas líneas para la revista de la Cámara de Comercio Luso-Española, pedido que me hace su directora, es una magnifica ocasión para dar las gracias a todos los asociados y para despedirme de los amigos cuando ya se aproxima la hora de la jubilación. Estas páginas, en las que tantas veces, quizás demasiadas, he aparecido en actos y en reuniones, tienen que servirme hoy para decir que estos tres años que he pasado al frente de esta Embajada, me han permitido acercarme a la realidad del trabajo en común entre españoles y portugueses, ser testigo de la gestión de los intereses que compartimos, desentrañarlos retos que nos planteamos y vislumbrar las metas que anhelamos. Han sido tres años, lo digo con profunda satisfacción, en que he podido dar testimonio del esfuerzo de todos, de la ilusión por superar los malos momentos. Y ello sin que haya podido detectar ni un mal gesto ni una mala palabra. Las dificultades personales y las amenazas exteriores no han desteñido en forma alguna sobre la relación de nuestros dos países, desde luego no a nivel de Gobiernos, pero tampoco de las empresas y de las instituciones, y mucho menos a nivel personal. Hoy es el día de reconocer la capacidad y la generosidad de todos con los que me he cruzado en las calles, los pasillos, en los despachos y los salones de Lisboa. Y hay que subrayar que las circunstancias que hemos compartido no han sido fáciles. Han sido tres años broncos, ásperos, de dificultades para individuos, familias, empresas, y para

Por Eduardo Junco*


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Desvalorização do euro

dá um novo impulso à recuperação da economia portuguesa

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os últimos meses, o valor do euro tem caído rapidamente e, de acordo com as últimas previsões, poderá continuar a decrescer ao longo de 2015. A fragilidade económica prolongada da zona euro, bem como a descida da inflação a par das medidas tomadas pelo Banco Central Europeu, que se refletiram na descida das taxas de juro a longo prazo, levando os investidores a procurar um maior rendimento fora da zona euro, são os principais fatores a que se deve a queda do euro. Paralelamente, e em contraponto, o valor do dólar americano encontra-se a aumentar, sobretudo devido ao fortalecimento da economia dos Estados Unidos e ao aumento das taxas de juro esperadas para meados de 2015, por parte da Reserva Federal deste país. Por outro lado, a estratégia delineada pelo Banco Central Europeu através do programa de compra de ativos (quantitative easing ) já está a ter efeitos significativos na descida dos juros das obrigações dos vários países da moeda única e irá, seguramente, potenciar uma descida da cotação do euro nos mercados internacionais. O Banco Central Europeu considera que a desvalorização do euro é um efeito positivo, uma vez que irá melhorar a competitividade internacional dos restantes Estados-membros e de Portugal, em particular, ao reduzir os preços dos produtos de exportação nas moedas estrangeiras,

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Por Paulo Morais*

tes à moeda única também ficarão mais caros, aumentando assim a sua competitividade nos seus próprios mercados. Além disso, o aumento dos preços de importação irá aumentar a taxa de inflação. Uma taxa de inflação mais elevada “Uma taxa de inflação ajudaria à recuperação económica, mais elevada ajudaria reduzindo a carga real das dívidas pública e privada. No entanto, as à recuperação empresas importadoras de produtos económica, reduzindo exteriores à Zona Euro com destino aos mercados do euro ficam a perder, a carga real das já que a sua base de custos irá audívidas pública e mentar desproporcionalmente com os preços de venda. privada. No entanto, Mas, a desvalorização do euro tamas empresas bém poderá ajudar à recuperação portuguesa por outras vias, nomeaimportadoras de damente pelo aumento das remessas produtos exteriores à dos emigrantes que vivem nos EUA ou que tenham os seus rendimentos Zona Euro com destino negociados em dólares, e pelo invesaos mercados do timento direto estrangeiro realizado em dólares, pois quanto mais descer euro ficam a perder, o euro, maior será o incentivo para já que a sua base de que estas duas possibilidades se tornem realidade. custos irá aumentar Desta forma, e no geral, a queda desproporcionalmente do euro deverá ajudar ao crescimento económico de Portugal e da Zona com os preços de Euro. venda“ Contudo, a desvalorização desta moeda não altera a opinião inabalável sobre as suas vantagens a longo só. As empresas que se dedicam ao prazo como moeda comum. Todos mercado doméstico também benefi- os membros da União Europeia esciarão da atual conjuntura, pois os tão obrigados, por tratado, a aderir preços de importação dos produtos um dia à Zona Euro, exceto o Reie serviços dos países não pertencen- no Unido e a Dinamarca. Em plena

impulsionando as exportações fora da zona euro e beneficiando o seu crescimento económico global. As empresas exportadoras serão as principais beneficiadas, mas não


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desvalorização, no dia 1 de janeiro, a Lituânia tornou-se no 19º país a adotar o euro, com um forte apoio à introdução da moeda. Em termos práticos, a adoção da

moeda única aumentou o atrativo da Lituânia como destino de investimento estrangeiro direto. No caso da vizinha Estónia, incorporada em 2014, este parâmetro duplicou num

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ano, desde a adoção do euro. Além disso, é previsível que as taxas de juro aplicáveis aos empréstimos a empresas, famílias e ao governo caiam à medida que possam ter acesso a um mercado maior e mais líquido. É, de facto, um claro sinal de força que, mesmo durante os anos de agitação económica, os países estejam cada vez mais dispostos a unir-se ao euro. A adesão da Lituânia é a prova disso mesmo, demonstrando, mais uma vez, que a moeda única beneficia os seus Estadosmembros e que a confiança no seu futuro se mantém elevada. Este fator reforça a posição internacional do euro, como uma das moedas mais importantes do mundo.  * Diretor da Crédito e Caución em Portugal Email: pmorais@creditoycaucion.pt

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Anton Valero Presidente da Dow Chemical para Espanha e Portugal

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“Estamos a beneficiar de um aumento

de produtividade do setor químico em Portugal” A Dow Portugal registou um aumento do seu volume de negócios em 2014, que rondou os 150 milhões de euros, mercê nomeadamente do aumento de produtividade e competividade que o setor químico em Portugal tem vivido, admitiu Anton Valero, presidente da Dow Chemical para Espanha e Portugal. Com melhorias assinaláveis na produtividade, têm sido os constrangimentos ligados aos custos energéticos a travar um maior desenvolvimento deste setor em Portugal, como salientou ainda o gestor na conferência “Portugal e a Indústria”, que decorreu no passado dia 3 de junho, em Lisboa, a qual foi promovida por esta multinacional.

Q

Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org

uais as áreas de atividade da Dow Chemical em Portugal?

Na Península Ibérica (PI), quer Espanha quer Portugal são mercados únicos, com as suas próprias características, mas a nossa visão do mercado ibérico é uma visão integrada. Em Portugal, como no resto da Península, uma das principais áreas são os produtos para a agricultura – para a proteção das colheitas. A agricultura em Portugal é um setor muito importante da economia e onde nós queremos estar mais presentes.

De que modo?

Fotos DR

Por exemplo, ampliando a nossa carteira de clientes. Por outro lado, queremos uma expansão geográfica – estamos atentos a todos os planos de desenvolvimento para a zona do Alqueva, está previsto um grande plano de desenvolvimento a nível agrícola e achamos que podemos dar valor acrescentado [a esses projetos]. Queremos ajudar a desenvolver e tornar mais competitiva a agricultura em Portugal, todos trabalhamos para o mesmo fim.

Acredita que vai haver um desenvolvimento forte da agricultura em Portugal?

Eu creio que sim, existem as circunstâncias adequadas para que possa crescer – o Alqueva tem solo, tem clima, tem água... O que é preciso ainda é tecnologia e, isso temos nós. Esperemos que haja também interesse empresarial para desenvolver [esse tipo de projetos]. Não tenho qualquer dúvida de que isso funcionará. Outra área do nosso interesse é a da embalagem para alimentos e embaJULHo de 2015

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grande entrevista gran entrevista da água potável, como da depuração e possível reutilização de águas residuais, especialmente onde a água escasseia, como, por exemplo, no sul de Portugal, ou em qualquer outra parte. Nós temos tecnologia nesta área, através do centro de desenvolvimento tecnológico em Tarragona [Espanha], que está à disposição dos nossos clientes, para as suas necessidades. E já apresentaram a alguma entidade pública portuguesa esse projeto?

lagem industrial com base em resinas de polietileno. Esta área é muito importante para nós. A Dow tem estado a desenvolver tecnologia de ponta para embalagem, que é 100% reciclável – ou seja, do ponto de vista ambiental, é totalmente compatível com a sustentabilidade – e também desenvolvemos películas de embrulhar alimentos, que são cada dia mais finas, mas mesmo assim com melhor rendimento. A Dow só produz os químicos para essas películas...

Sim, produzimos para os fabricantes de películas, os quais estão aqui em Portugal. Também temos o setor do poliuretano. É um setor muito importante em Portugal, foi crescendo durante os anos de crise, devido ao aumento substancial de competitividade da indústria portuguesa. Deste modo, estas empresas têm ganho cada vez maior êxito no mercado europeu. Nós fornecemos a matéria prima. A produção de poliuretanos é a principal do grupo em Portugal. 10 act ualidad€

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Há mais algum setor inovador em que queiram crescer em Portugal?

Outro setor em que queremos crescer em Portugal é o da água. Temos um negócio da água impor-

“Para fora da Península Ibérica, exportamos cerca de 91% da produção [obtida em Portugal]. Assim, a nossa capacidade exportadora é, claramente, um contribuidor líquido para a balança comercial portuguesa” tante – temos tecnologia de ponta para tratamentos de dessalinização, depuração e reutilização de água. Neste sentido, as cidades têm uma palavra a dizer sobre a água, quer

Sim, estamos a apresentar todas as nossas áreas e estes projetos, publicamente. Ainda ontem [3 de junho] tivémos uma conferência onde apresentámos a nossa atividade industrial, que em Portugal tem mais de 30 anos e estamos a desenvolver agora também a nossa vertente comercial. Esse centro de Tarragona serve clientes a nível mundial?

É uma unidade global da Dow, para clientes de todo o mundo. É o primeiro centro de desenvolvimento tecnológico em água da Dow e, evidentemente, serve clientes de todo o mundo. Está operacional desde 2011 e temos tido mais de 300 clientes por ano. Que clientes são esses?

São clientes ligados à construção das unidades de tratamento de águas – ou empresas de engenharia ou operadores de gestão e tratamento de águas. Constrangimentos e contributos para a competividade Têm previsto lançar mais alguma unidade industrial em Portugal?


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Agora, a nossa prioridade – seja em Portugal, seja em Espanha ou no resto da Europa – é melhorar a competitividade. O setor químico europeu está a viver com o problema dos elevados custos energéticos, assim como enfrenta uma grande concorrência, sobretudo do Médio Oriente, assim como a concorrência do shale gas (gás de xisto), que tornam os Estados Unidos muito mais competitivos na indústria química. Como fatores positivos a inf luenciar a nossa indústria, destacava a redução substancial do preço do petróleo, a apreciação do dólar face ao euro, que tornou o euro mais competitivo, e ainda o programa de injeção de liquidez na economia do BCE, que contribuiram para aumentar o consumo e para tornar a Europa mais competitiva nos últimos meses. A que mercados se destina a vossa produção em Portugal de MDI [matéria prima utilizada na produção de espuma rígida de poliuretano]?

Para os mercados fora da PI, nós exportamos cerca de 91% da nossa produção. Assim, a nossa capacidade exportadora, no caso de Portugal, é, claramente, um contribuidor líquido para a balança comercial portuguesa. O poliuretano vai para vários mercados, sendo aplicado nos setores automóvel, construção e reabilitação de edifícios, na agricultura e muitas outras. Esta fábrica fornece todo o mundo, já que o mercado nacional apenas representa 0,9% do consumo de MDI na Europa. No entanto, vendemos muitos outros produtos no mercado português que são produzidos noutros países. E os mercados dos PALOP interessam-vos?

Claro, penso que já estejamos a vender para esses mercados, através dos nosssos clientes.

necedor de gás para o resto da Europa, com base no gás que vem de outros países.

Quais os principais constrangimentos à vossa atividade em Portugal, além dos custos da energia?

Portugal é autosuficiente em MDI?

São, basicamente os mesmos que do resto da Europa. O custo da energia é algo transversal a toda a atividade de exportação da indústria, como ficou expresso na conferência de ontem [3 de junho]. No caso específico de Portugal, seria muito importante que se melhorassem as interconexões logísticas, via autoestrada ou comboio, com o resto da Europa. Por outro lado, as interconexões energéticas da PI com o resto da Europa são importantes para Portugal, e sei que as autoridades portuguesas estão em contacto com as espanholas para que estas se realizem e que ainda há pouco tempo se inaugurou uma interconexão ibérica com França. O mesmo acontece com as interconexões de gás – a PI tem uma infraestrutura de redes de gás importante, pelo que se poderia converter num for-

Claramente é autosuficiente, a nossa produção é para todo o mercado mundial. Gostariamos de aumentar as vendas neste mercado, em alguns setores, mas para já é um mercado pequeno. Qual a capacidade produtiva da unidade de Estarreja?

Temos uma produção de 160 mil toneladas anuais. Obviamente que não se consome em Portugal esta produção toda. Somos o único produtor em Portugal desta matéria prima. E em Espanha têm também uma importante unidade de MDI? Qual a vossa quota de mercado a nível deste produto?

Esta é uma área importante, que forma parte dos poliuretanos. Portanto, este produto vende-se como MDI ou como sistema de poliuretanos (um preparado para produzir, por exemplo, componentes de JULHo de 2015

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grande entrevista gran entrevista Os fabricantes de tintas são também nossos clientes. Qual foi a faturação da Dow Portugal em 2014?

Foi cerca de 150 milhões de euros, embora os números ainda não estejam auditados. E isso representou um crescimento ou diminuição face a 2013?

Um crescimento. Estamos satisfeitos com a nossa operação em Portugal. Atribuimos esta progressão ao aumento de produtividade que tem tido o setor e que lhe permite exportar mais, o que tem sido um fator de crescimento para nós.  automóvel, como a espuma para o volante, o teto, os assentos, os isolamentos acústicos do motor, tudo isso é de poliuretano...). A Península Ibérica está a ser um mercado privilegiado para a produção de automóveis, que tem crescido e ganho competitividade, o que tem sido muito positivo para nós. Para a indústria automóvel, além dos poliuretanos, vendemos também adesivos de diversas categorias. O automóvel e a agricultura são os vossos setores alvo mais fortes?

Em primeiro lugar, está a embalagem para alimentos e para uso industrial. O segundo é a agricultura. Em terceiro lugar, os poliuretanos, em toda a sua extensão. Isto no mercado português. E há outros setores, como os produtos para refinarias, ou ainda o tratamento de água. Também queremos introduzir um novo produto que é uma tinta com base de água, com características meio ambientais mais sustentáveis que as que existem no mercado e que a podem vir a tornar muito importante para as cidades que se preocupam com a sustentabilidade. 12 act ualidad€

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Gestor com larga experiência na indústria química Anton Valero Solanellas é licenciado em Ciências Químicas pela Universidade de Barcelona com Mestrado em Gestão de Empresas pela EADA. A dirigir a multinacional norte-americana na Península Ibérica há mais de uma década, Anton Valero é ainda presidente da Feique, a federação da indústria química espanhola. Anton Valero ingressou na Dow em 1981, na Alemanha, como engenheiro de processo, tendo depois passado pela fábrica de Tarragona (Espanha), como engenheiro de produção, entre outros cargos desempenhados naquela unidade, tendo a partir de 2004 assumido o atual cargo de presidente da companhia para a região ibérica. Esteve também ligado à Direção da Associação Empresarial Química de Tarragona (AEQT), entre outros cargos em diversas entidades do setor químico e ainda em empresas do setor do tratamento de águas. Além de presidir à Feique, é membro do Steering Group da European

Innovation Partnership (EIP) on Water, da Comissão Europeia, das Juntas Diretivas da AmCham Spain e da CEOE (Confederación Española de Organizaciones Empresariales), na qual também é presidente da Comissão para o Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente. A Dow está presente em Portugal há 36 anos e tem uma fábrica em Estarreja (fotos nas págs. 10 e 11), no norte de Portugal, onde produz MDI (metil difenil isocianato), matéria-prima essencial para a produção de espuma rígida de poliuretano e de elastómeros de poliuretano para diversas indústrias. Em Espanha, o grupo conta com quatro fábricas, onde se destaca o importante complexo industrial em Tarragona, onde são produzidas diversas matérias químicas. Na última década, o grupo investiu neste complexo mais de 700 milhões de euros, de que se pode destacar a criação, em 2011, do seu inovador Centro Global de Tecnologia de Água.


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apontamentos de economia apuntes de economÍa

Novo Banco reivindica liderança no crédito da Linha PME Crescimento 2015

Em menos de dois meses desde a abertura de candidaturas a apoios da linha PME Crescimento de 2015, o Novo Banco já aprovou cerca de 131 milhões de euros a mais de um milhar de empresas, o que representa uma quota de mercado global de 32,3% do crédito total aprovado, referiu a institituição, citando os dados fornecidos pelas sociedades de garantia mútua até 26 de maio. A posição destacada do Novo Banco na Linha PME Crescimento 2015 é sustentada pela clara liderança em diversas linhas específicas, sendo de destacar a Linha para Empresas de Elevado Potencial, com uma quota de mercado de 50,4%, a Linha para Fundo de Maneio+Investimento de Longo Prazo, com uma quota de 34,6%, ou a Linha para Micro e Pequenas Empresas, com uma quota de 31,8%. “Esta liderança, transversal às principais linhas específicas deste programa, reforça o posicionamento do Novo Banco como o Banco das Empresas em Portugal, e traduz o comprometimento do Banco para com o desenvol-

vimento do tecido empresarial”, afiança a mesma instituição. A gestão da Linha PME Crescimento 2015 passa por uma articulação entre as equipas comerciais do Novo Banco, as sociedades de garantia mútua e a PME Investimentos. “O conhecimento perfeito das necessidades dos clientes por parte do banco, conjugado com o efeito de alavancagem da garantia mútua ao nível da concessão de crédito, permite apoiar os clientes nas suas diversas frentes: novos investimentos (em ativos fixos corpóreos e incorpóreos), no reforço do fundo de maneio ou dos capitais permanentes”, adianta a mesma fonte. De salientar ainda que a Linha PME Crescimento 2015 é também mais um instrumento, a juntar à linha de Crédito NB Empresas Prime e à Linha FEI (Fundo Europeu de Investimento) Inovação, utilizado pelo Novo Banco para apoiar as empresas que estão a investir no âmbito do Portugal 2020, quadro comunitário de apoio que o banco quer também liderar, adianta.

Grupo Optivisão é PME Líder pelo 8º ano

O grupo Optivisão, líder do setor ótico nacional, foi distinguido com o Prémio PME Líder 2015 pelo oitavo ano consecutivo. O IAPMEI distingue o grupo nacional pela qualidade do seu desempenho e perfil de risco. A Optivisão segue uma estratégia empresarial que prima por elevados padrões de competitividade e uma gestão responsável e sustentável, que lhe permite experienciar um estatuto sólido e de fiabilidade. Maria Adelaide Penedo, presidente do conselho de administração, realça que “são oito anos a receber um prémio que nos distingue pelo nosso contributo à economia nacional”, pretendendo continuar a “disponibilizar serviços com qualidade acompanhados por profissionais de extrema competência e dedicação” à população portuguesa. O grupo Optivisão é a maior rede de óticas em regime de franquia em Portugal e especializa-se na comercialização de todo o material ótico e optométrico. Com uma rede com mais de 270 lojas, a marca Optivisão encontra-se no mercado português há 25 anos, garantindo aos seus clientes uma cobertura em todo o território nacional. A empresa é representante de várias marcas exclusivas: Moss, X-Ide, Coppe-Sid e O’Neill.

Bimbo adquire Panrico em Portugal e Espanha O grupo Bimbo anunciou o estabelecimento de um acordo preliminar para a aquisição da empresa Panrico em Portugal e Espanha. A aquisição pressupõe a compra de 100% das ações e deixa de fora o negócio de pão de forma da marca e os produtos substitutos do pão. A operação está ainda condicionada a um processo de avaliação operativa, que vai decorrer durante as próximas semanas, à celebração de diversos contratos relacionados com a potencial aquisição

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e à aprovação das autoridades espanholas da concorrência (CNMC). A opção de deixar de fora do negócio a unidade de pão de forma pretende evitar problemas junto da Concorrência espanhola, de acordo com o jornal “Expansión”. O objetivo da Bimbo é o de que o pão de forma da Panrico seja comprado por outra empresa. A Panrico é uma das empresas líderes na indústria da panificação em Portugal e Espanha, onde tem nove fábricas

e várias marcas de relevo no mercado, como Donuts, Bollycao e La Bella Easo. Já o grupo Bimbo está presente nestes dois países através da sua filial Bimbo Iberia, que comercializa nestes mercados mais de uma centena de referências diferentes das marcas Bimbo, Silueta, Ortiz, Martínez, Eagle, Thins, Oroweat e Thomas. De acordo com o volume de produção e vendas, o grupo Bimbo é a maior empresa de panificação do mundo e conta com 167 fábricas.


Breves Gas Natural Fenosa compra empresa de energias renováveis

O grupo Gas Natural firmou um acordo para adquirir 100% da Gecalsa, empresa de energias renováveis, por 260 milhões de euros. A Gecalsa opera 10 parques eólicos e uma planta fotovoltaica que totalizam uma capacidade instalada de 201,3 MW (237,5 MW brutos). A operação está pendente da obtenção das devidas autorizações e a previsão de conclusão é o quarto trimestre de 2015. A Gecalsa é um dos principais produ-

tores independentes de energia eólica em Espanha, com presença na Galiza, Castela la Mancha, Castela e Leão e Andaluzia. Tem uma carteira de projetos eólicos em desenvolvimento, que somam mais de 400 MW. A aquisição da Gecalsa vai reforçar a presença de Gas Natural Fenosa Renováveis na atividade de geração eólica. A filial de Gas Natural Fenosa conta atualmente com uma potência instalada, em Espanha, de 920 MW, dos quais 752 MW correspondem a parques eólicos; 111 MW a mini hídricas; e 57 MW a cogeração. Através da sociedade Global Power Generation (GPG), que congrega os seus ativos e negócios de geração elétrica fóra da Europa, a GNF gere, desde outubro, o parque eólico de Bii Hioxo, no estado mexicano de Oaxaca, que conta com uma potência instalada de 234 MW. Trata-se do maior parque eólico da companhia no mundo e o segundo maior do México.

Vivafit entra no Cazaquistão A cadeia portuguesa de ginásios femininos Vivafit vai abrir este mês o seu primeiro ginásio no Cazaquistão, em concreto em Atyrao. Esta iniciativa surge na sequência da assinatura de um contrato assinado entre esta rede de ginásios e um empresário do Cazaquistão, Lev Gudimenko, contrato efetuado em Lisboa, com o apoio da AICEP (na foto). A marca portuguesa, com mais de 60 ginásios em Portugal e noutros países – Índia, Singapura, Indonésia, Taiwan, Emirados Árabes Unidos, Uruguai, Omã e Espanha –, está a entrar, em 2015, nos restantes países do Golfo Pérsico e pretende continuar a expansão na Ásia e na Europa. Há poucas semanas, a Vivafit tinha já assinado um contrato para a abertura de

seis ginásios no emirado de Sharjah, um dos sete emirados que integram os EAU. Este acordo envolve um investimento de um milhão de euros por parte do master franchisado local. Só no Médio Oriente, o Vivafit tem já quatro ginásios. Recentemente, a Vivafit firmou também um contrato para entrar na Polónia, com 22 ginásios, num investimento de cerca de dois milhões de euros.

Setor da restauração vale cerca de 3.700 milhões de euros O volume de negócios do setor da restauração em Portugal movimentou, aproximadamente, 3.600 milhões de euros em 2014, o que correspondeu a um aumento de 1,1% face a 2013, ano em que se tinha verificado uma quebra de 6,3%. De acordo com o estudo Setores Portugal “Restaurantes”, publicado pela Informa D&B, o valor do mercado da restauração deverá continuar a aumentar a curto prazo, estimando-se para o final de 2015 um montante aproximado de 3.700 milhões de euros, o que representará mais 2,8% face a 2014. O crescimento registado em 2014 põe termo a uma trajetória de cinco anos consecutivos de quebras. Entre 2008 e 2013, o setor da restauração perdeu 32% do seu valor, devido ao forte corte da despesa das famílias e das empresas portuguesas e à intensa concorrência em preços existente no setor. O segmento de comida rápida apresenta o melhor comportamento, favorecido pela sua competitividade no preço e pelas mudanças nos hábitos alimentares da população. Em 2014, as vendas deste tipo de estabelecimentos registaram um crescimento de 4,2%, situando-se nos 693 milhões de euros. As vendas das hamburguerias cresceram 5,7%, favorecidas pelo auge das hamburguerias gourmet. Outros formatos que tiveram uma evolução positiva foram os restaurantes de comida rápida portuguesa e asiática. Setor metalúrgico e metalomecânico antevê ano recorde em exportações Depois de um 2014 único, que atingiu os melhores valores de sempre no setor metalúrgico e metalomecânico, o primeiro trimestre do ano permite já antecipar um 2015 ainda melhor, somando um valor acumulado de 3.726 milhões de euros, de acordo com os dados da Associação dos Industriais Metalúrgicos Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP). Este foi o 14º mês consecutivo de crescimento das exportações e o 15º em que este valor ultrapassou os mil milhões de euros, sendo março já o segundo melhor mês de sempre para as exportações do setor metalúrgico e metalomecânico, que atingiu os 1.309 milhões de euros, mais 14,3% do que no período homólogo anterior. “Para 2015, prevemos continuar a crescer e superar a barreira dos 14 mil milhões de euros, contando, para isso, com o importante contributo da marca Metal Portugal,

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Breves através da qual queremos continuar a levar o metal português aos quatro cantos do mundo”, referiu Rafael Campos Pereira, vice-presidente da AIMMAP. Responsáveis pelos bons resultados do setor, os subsetores mais exportadores em março foram o do material de transporte (492 milhões de euros), máquinas e equipamentos (303 milhões), produtos metálicos (258 milhões), metalúrgica de base (159 milhões), material elétrico (81 milhões) e móveis metálicos (12 milhões). A Europa continua a liderar enquanto destino de exportações, com Espanha a representar 22% do que é exportado, sendo seguida pela Alemanha (17%), França (13%), Reino Unido (8%), Itália (2%) e Bélgica (2%). Fora da Europa, Angola é o principal país recetor, atingindo os 6%, seguindo-se a China (3%), os Estados Unidos da América (2%), Argélia (2%) e Marrocos (2%).   Porto de Setúbal: pódio das exportações com países de três continentes O Porto de Setúbal continua a ser uma porta de saída diversificada das exportações portuguesas. No primeiro trimestre de 2015, o “pódio” da carga exportada pelo porto é ocupado, em primeiro lugar, pela Argélia, com 285 mil toneladas; o segundo lugar, pelo Reino Unido, com 127 mil toneladas; o terceiro lugar, pelo Brasil, com 84 mil toneladas. “Estão, assim, representados três continentes (África, Europa e América) no topo da exportação de carga pelo Porto de Setúbal, desempenho, que cada vez mais, justifica o seu posicionamento como uma importante porta atlântica e um efetivo parceiro das empresas exportadoras nacionais”, sublinha a empresa. Covirán aumenta volume de negócios em 3% no último ano A Covirán aumentou em 2014 o seu volume de negócios em cerca de 3% relativamente ao exercício anterior, que atingiu os 618 milhões de euros.

Tendo em conta as vendas globais dos supermercados associados, estas também cresceram, situando-se em 1.200 milhões de euros.

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Arko Security já é empresa de referência nos grandes eventos A Arko Security, fundada em janeiro de 2014 “é já uma importante referência na área dos grandes eventos, com mais de 850 colaboradores”, garante a empresa de segurança. “A Arko Security e a Arko Services asseguramm hoje um serviço integral na organização dos grandes eventos, prestando serviços de segurança física e eletrónica, segurança pessoal, hospedeiras, valet parking e um conjunto de outros serviços comuns a todos estes eventos. Pela segunda vez consecutiva, o Estoril Open ATP ténis elegeu a Arko Security como parceiro de segurança, o mesmo acontecendo com a Volta a Portugal em Bicicleta. A Volvo Ocean Race foi outro evento garantido, em termos de segurança, pela Arko Security e pela Arko Services tendo sido um evento em que que para alem de todos os serviços de segurança, os serviços de hospitalidade foram também assegurados pela Arko. A experiência e a referência que cons-

tituem os quadros da Arko Security e toda a sua estrutura operacional são, sem dúvida, um fator decisivo complementado com uma preocupação permanente por um serviço de excelência que tem na Academia ARKO um fator diferenciador. Pelo segundo ano consecutivo, será a Arko Security e a Arko Services a prestarem serviços de segurança e hospitalidade no estádio de Alvalade e a assegurar a tranquilidade e bem estar dos milhares de espectadores que ocorrem às instalações do Sporting Clube de Portugal nas várias modalidades.

Sonae Sierra regista subida de 7% dos lucros A Sonae Sierra apresentou um resultado líquido de 12,6 milhões nos primeiros três meses do ano, o que representa um crescimento de 7% face ao período homólogo de 2014. No primeiro trimestre, destaca-se ainda o aumento significativo dos resultados operacionais, bem como a contínua expansão internacional da empresa, através do reforço da atividade de prestação de serviços, com a assinatura de novos contratos de gestão, comercialização e de desenvolvimento de centros comerciais de terceiros. As vendas dos lojistas do portefólio europeu registaram uma subida de

4% nos primeiros três meses de 2015, numa base comparável com o período homólogo de 2014, destacando-se o crescimento de 4,6% em Portugal e de 6,3% em Itália. Segundo o CEO da Sonae Sierra, Fernando Guedes de Oliveira, “o primeiro trimestre de 2015 confirmou a tendência de recuperação no mercado europeu, mantendo-se um crescimento sustentado da nossa performance operacional com um impacto direto nos proveitos das rendas. Prosseguimos a estratégia de valorização dos ativos, de que é exemplo o investimento recente na renovação do centro Vasco da Gama”.


apuntes de economÍa

Avanza ganha subconcessão do Metro de Lisboa e da Carris A Avanza, líder em mobilidade e serviços de transporte que integra o grupo mexiacano ADO, apresentou a melhor proposta, de acordo com o Governo português, para gerir as empresas de transportes Carris e Metro de Lisboa. Trata-se de um contrato de 1.075 milhões de euros para gerir durante oito anos estes transportes urbanos da capital portuguesa, que servem, em conjunto, 260 milhões de passageiros por ano. A Carris, cujo contrato é de 625 milhões de euros, tem uma rede de 622 autocarros, que serve 120 milhões de passageiros por ano. O Metropolitano de Lisboa, cujo contrato é de 450 milhões de euros, serve 140 milhões de passageiros por ano, com 111 unidades triplas para quatro linhas e 55 estações.

Luis Fernando Lozano, presidente do grupo ADO para Espanha e Portugal, afirmou que “este concurso é o resultado de muitos meses de trabalho e esforço das pessoas que fazem a empresa para poder oferecer ao Governo de Portugal e à cidade de Lisboa a experiência e o serviço de um grupo especializado em mobilidade, orientado para a satisfação dos utilizadores e dos cidadãos”. A Avanza tem já presença em Portugal, operando nas cidades de Vila Real e da Covilhã. No país vizinho, está presente em 28 cidades, reinvindicando o estatuto de “maior operador privado de transportes urbanos em Espanha”. É também responsável por concessões regionais de transporte e por viagens de longo curso, incluindo uma linha entre Lisboa e Madrid. .

Schindler equipa Douro Royal Valley Hotel A Schindler ampliou recentemente o portefólio na área de novas instalações com a angariação de um novo cliente no segmento de turismo e lazer. A multinacional suíça foi selecionada para a instalação de nove elevadores Schindler 3.300, no Douro Royal Valley Hotel & Spa, da empresa Jase-Empreendimentos Turísticos. Esta nova unidade hoteleira situa-se na margem do rio Douro, próxima do concelho de Baião, classificada pela UNESCO como património mundial da humanidade. Dispõe de 69 quartos para hóspedes e um campus para alunos e professores com 35 quartos. O novo edifício integra um espaço de formação superior e técnica na área de Gestão Hoteleira e Turismo, numa parceria com o Instituto Politécnico do Porto. Projetado para corresponder aos padrões suíços de precisão, o Schindler 3.300 integra uma engenharia de precisão que permite um funcionamento

silencioso, sendo ainda um elevador eficiente, com uma classificação energética B. A instalação dos equipamentos de mobilidade urbana realizou-se nas áreas de serviço, zonas internas de clientes, receção, spa e restaurante, assim como na escola de hotelaria. A Schindler apresenta-se no mercado com um vasto portefólio na área de hotelaria e turismo, tendo diversas obras de referência em Portugal, como o Four Seasons Hotel Ritz Lisboa, Hotel Tivoli Lisboa, Olissipo Lapa Palace Hotel, Pestana Palace Hotel Lisboa, Pestana Carlton Madeira Hotel, no Funchal e The Clif Bay Resort Hotel, no Funchal, entre outros.

apontamentos de economia O ano de 2014 foi marcado também pela expansão territorial da cadeia cooperativa, tanto a nível nacional como internacional. O exercício foi fechado com 27 plataformas logísticas, três delas em Portugal, reforçando a sua rede tanto nos territórios estratégicos como na zona centro de Espanha. Além da zona centro do país, a Covirán assinala na sua agenda como prioritários para 2015 territórios como as Canárias, Galiza, Castela e Leão ou Catalunha para continuar a expansão da sua marca. Fora de Espanha, o grupo destaca o crescimento em Portugal, passando da quinta posição do ranking da distribuição para o terceiro lugar, por número de estabelecimentos. Por outro lado, o volume de negócios aumentou cerca de 43%. As suas três plataformas logísticas, situadas em Aveiro, Algoz e Sintra-Lisboa, cobrem as necessidades dos 320 supermercados que operavam no fecho de 2014, em Portugal. A empresa conta aumentar este número para os 400 em 2015. O plano de expansão em território português permitiu empregar 1.727 pessoas entre os seus estabelecimentos e plataformas, no final de 2014. A nível de grupo, são mais de 14 800 os postos de trabalho criados pela Covirán, tendo em conta os empregos nos pontos de venda. Prosegur reconhece colaboradores por antiguidade e mérito das equipas A Prosegur realizou a sua cerimónia anual de reconhecimento de colaboradores, que reuniu cerca de 500 pessoas a nível nacional. A cerimónia solene, organizada pela direção de Recursos Humanos, teve lugar nos dias 26 e 28 de maio, no Porto e em Lisboa, respetivamente, e assumiu particular relevância nesta edição por ser o ano em que a companhia celebra os 35 anos de atividade no mercado português, o primeiro país escolhido para a internacionalização da Prosegur, em 1980. O reconhecimento dos colaboradores da Prosegur foi feito tendo como base dois critérios distintos. Por um lado a antiguidade, em que 268 colaboradores receberam um prémio pelo cumprimento de 10, 15, 20, 25, 30 e até mesmo 35 anos ao serviço da companhia. Os prémios de mérito no desempenho das suas funções ao serviço, enaltecendo a sua dedicação e profissionalismo permitiram galardoar 13 equipas de trabalho, que, pelo seu “extraordinário desempenho”, evidenciam os valores Prosegur, em áreas como a vigilância, alarmes, unidades de apoio, logística e tratamento de valores. A estas foram entregues troféus como forma de reconhecimento.

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Breves Santander ofrecerá 40 mil becas hasta 2020 para estudiar en Latinoamérica El banco Santander se adhiere a la “Alianza para la Movilidad Académica Iberoamericana” cuyo objetivo es lograr 200 mil becas para estudiantes, profesores e investigadores. Banco Santander se incorpora al mandato de la Secretaría General Iberoamericana y se adhiere a la “Alianza para la Movilidad Académica Iberoamericana” en su apuesta por la educación universitaria en los países iberoamericanos. Coordinado por la Secretaría General Iberoamericana, el objetivo es lograr 200 mil becas para estudiantes, profesores e investigadores hasta el año 2020 para estudiar en países iberoamericanos, y así contribuir al progreso del Espacio Iberoamericano del Conocimiento y mitigar el impacto negativo de la fuga de cerebros. Banco Santander, a través de Santander Universidades, aportará 40 mil de las 200 mil becas. Amazon abrirá en Madrid un centro tecnológico europeo Amazon establecerá en Madrid un centro europeo de desarrollo de software que dará trabajo a una treintena de ingenieros y que se centrará en dar soporte y en desarrollar nuevas funcionalidades de Amazon Bussines, su plataforma de comercio electrónico entre empresas. “Madrid es la única ciudad fuera de Estados Unidos que cuenta con un equipo de profesionales de alto nivel dedicado especialmente a Amazon Business”, ha informado en un comunicado la firma estadounidense. Amazon

Inditex gana un 28% más, hasta 521 millones Inditex registró un beneficio neto de 521 millones de euros durante el primer trimestre de su año fiscal 20152016 (desde el 1 de febrero al 30 de abril), lo que supone un aumento del 28% respecto al mismo periodo del ejercicio anterior. En concreto, las ventas se situaron en 4.374 millones, un 17% más, apoyadas en un “sólido desempeño” y con crecimiento de las ventas en tiendas comparables en todas las áreas geográficas. A tipo de cambio constante, la cifra de crecimiento de las ventas ha sido del 13%. El beneficio bruto de explotación (Ebitda) de Inditex fue de 895 millones de euros, lo que supone un alza

del 22%. El grupo gallego ha generado nuevamente más de 8.500 puestos de trabajo respecto al año anterior, 1.671 de ellos en España. Al final del ejercicio, la mayoría de la plantilla del grupo percibirá el 10% del incremento del beneficio, dentro del plan extraordinario de participación de los trabajadores en el crecimiento de los beneficios de la empresa.

La irlandesa Altan compra el grupo GES Altan Pharma Limited, una compañía farmacéutica especializada irlandesa, ha adquirido un grupo privado de compañías españolas, The GES Group . Este grupo ha estado ofreciendo al mercado hospitalario español una completa línea de fármacos inyectables desde 1985. La compañía es un agente líder en los segmentos del dolor y antiinfectivos del mercado español

y tiene también una red de distribución internacional que cubre muchos países europeos, latinoamericanos y asiáticos. El mercado de inyectables tiene principios atractivos con un crecimiento impulsado por la creciente demanda de fármacos genéricos, que está superando las tasas de crecimiento para los productos originadores.

La CNMC valida la 6ª subasta para la interconexión eléctrica España/ Portugal Business permite a los negocios acceder a cientos de millones de productos, desde equipamiento informático hasta tubos de ensayo para laboratorio, así como artículos y precios especiales para ellos. El gigante del comercio electrónico contratará este año a más de 30 profesionales sénior y altamente cualificados para crear en Madrid un “hub” de expertos en software dedicados en exclusiva a Amazon Business. Este grupo, cuyo proceso de selección ya ha comenzado, incluirá ingenieros jefe y desarrolladores de producto, así como ingenieros de software y de automatización de pruebas.

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La Comisión Nacional de los Mercados y la Competencia (CNMC) ha validado la sexta subasta coordinada de contratos financieros para la interconexión eléctrica entre España y Portugal. Esta subasta, señala el regulador, se celebró el pasado 9 de junio, y consistió en la venta de las llamadas opciones FTR (Financial Transmission Rights), relativas a la interconexión eléctrica entre España y Portugal. Bajo las reglas del sector eléctrico aplicable en cada país relativas a la gestión de las interconexiones, es responsabilidad de la CNMC y de la Entida-

de Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) establecer, de manera conjunta y coordinada, la convocatoria de esta subasta. Se subastaron dos productos de carga base y con periodo de liquidación en el tercer trimestre de 2015 (uno en cada sentido de la interconexión) por un volumen de 200 megavatios (MW), en cada uno de ellos, así como dos productos de carga base y periodo de liquidación en el cuarto trimestre de 2015 (uno en cada sentido de la interconexión) por un volumen de 100 MW en cada uno de ellos.


El grupo mexicano Sigma se hace con el 100% de Campofrío El grupo mexicano Alfa ha adquirido el 37% de las acciones de Campofrío por 354 millones de dólares (314 millones de euros) para venderla posteriormente a una de sus cinco filiales, Sigma Alimentos. Con esta operación, Sigma y Alfa controlarán directa e indirectamente el 100% de las acciones de Campofrío. “Esta compra reafirma la confianza y compromiso de Sigma en Campofrío y permite seguir ejecutando su plan estratégico y sus planes de crecimiento”, ha añadido el grupo mexicano. Campofrío acoge esta nueva situación “de modo muy positivo dado que

reforzará su posición competitiva en elaborados cárnicos”. Alfa es un grupo productor de componentes complejos de aluminio para la industria automotriz y de poliéster. Además, opera en el mercado mexicano de petroquímicos como polipropileno, poliestireno expandible y caprolactama. Su filial Sigma es una compañía productora de carnes frías, lácteos y otros productos refrigerados y congelados que opera 71 plantas y 151 centros de distribución. Atiende a más de 450 mil clientes en 18 países de Europa, Sudamérica y Caribe.

Dia va a transformar más de 100 Eroski en La Plaza

La nueva enseña nace tras la adquisición de 144 tiendas a Eroski el pasado mes de abril, de las cuales alrededor de 100 se transformarán en La Plaza de Dia antes de que finalice el año. La compañía presidida por Ana María Llopis ha subrayado que el nuevo concepto ha tenido una acogida “muy positiva” entre los clientes con una evolución significativa de las ventas. La Plaza de Dia es un formato donde la carne, la charcutería, la fruta, la verdura y el pescado cobran especial protagonismo. El Grupo Día dispone en la actualidad

de más de 7.300 tiendas en cinco países entre propias y franquiciadas, de las que 4.700 se encuentran en España. En total, cuenta com una plantilla de 40 mil personas, a las que se unen los más de 22 mil empleos generados por sus tres mil franquicias (1.600 en España).

Gullón invierte 84 millones de euros en su nueva planta Galletas Gullón ha inaugurado su nueva fábrica en Aguilar de Campoo, la tercera de las que la firma ha construido en esta localidad del norte de Palencia y la segunda en funcionamiento. La planta, llamada VIDA, ha supuesto hasta el momento una inversión de 64 millones de euros a los que se sumarán otros 20 millones en este año 2015. Con una superficie de 55.000 metros cuadrados, cuenta por ahora con tres líneas de producción; una dedicada a la producción de bizcochos, otra para

tortitas de maíz y de arroz y una tercera para barritas. La compañía prevé que en el espacio que ocupan las instalaciones inauguradas se puedan instalar ocho líneas más, hasta un total de once. Pero esto es solamente la primera fase de un proyecto que pretende alcanzar una superficie total de 110 mil metros cuadrados, el doble de la actual. El objetivo marcado es la ampliación de la planta hasta ocupar todo ese espacio e incorporar con el tiempo nuevas líneas cada año.

Gestores

en Foco

El BBVA ha nombrado a Luís Castro e Almeida (foto al lado) nuevo administrador delegado del banco en Portugal, sustituyendo a Alberto Charro (foto abajo), quien pasa ahora a ser director territorial de otra unidad de negocio del grupo. De esta forma la entidad financiera da continuidad a la etapa de transformación digital que es la principal prioridad estratégica del banco en Portugal. Luís Castro e Almeida tiene una larga experiencia en el sector financiero y en particular en el BBVA donde inició su trayectoria en el 2003. Recientemente ejercía la función de administrador con la función comercial, siendo uno de los protagonistas de la transformación digital de la unidad en Portugal. En el 2007 pasó a ser director de promoción de negocio. También ejerció funciones como director de transformación y calidad, cargo que desempeñó hasta 2011, cuando fue promovido a director de desarrollo de negocio de BBVA Portugal. Oliver Hasler es el nuevo director del grupo Europac, quien refuerza el equipo de dirección del grupo. De nacionalidad suiza, su carrera profesional se ha desarrollado en multinacionales de referencia y con un componente industrial relevante tanto en Europa como en los Estados Unidos de América. Después de un intenso periodo de crecimiento, la prioridad estratégica de Europac es consolidar el trabajo ya realizado y asentar las bases del crecimiento futuro. Todas las direcciones de negocio y corporativas van a reportar a Oliver Hasler, quien asume también la dirección de la división papel.

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Seguradora AIG quer alargar serviços em Portugal A seguradora AIG pretende desenvolver novas áreas de negócio em Portugal, nomeadamente ao nível dos seguros de saúde. Segundo Alvaro Mengotti, diretor geral da seguradora para Portugal e Espanha, outra área que a AIG está a apostar é a dos seguros de responsabilidade civil de gestores e administradores de empresas.

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Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

seguradora AIG pretende nha, salienta que no mercado nadesenvolver novas áreas de cional, a AIG “é um dos líderes nos negócio em Portugal, no segmentos da responsabilidade civil âmbito da sua estratégia de e responsabilidade civil do meio integração e crescimento ambiente”, para o universo empreno mercado ibérico. Entre as áreas sarial, e ainda em acidentes pessode negócio a que a seguradora glo- ais. Agora, interessa-lhe desenvolver bal está atenta encontra-se a área algumas áreas emergentes, como os dos seguros de saúde, uma de maior seguros de saúde e seguros para o potencial para as seguradoras a ope- ramo vida, nomeadamente através rar no mercado nacional. da venda cruzada com outros proAlvaro Mengotti, diretor geral da dutos, sendo que a companhia não seguradora para Portugal e Espa- dispõe de uma rede comercial em 20 act ualidad€

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Portugal para o público em geral. Deste modo, essa comercialização deverá ser feita em parceria com outras empresas ligadas ao setor do consumo e financeiras e através da mediação profissional. A seguradora integrou há cerca de três anos as duas operações ibéricas, tendo ganho, com isso, maior eficiência e dinamismo, assegura o mesmo responsável. “Com a estrutura integrada a nível ibérico, é mais fácil aumentar a operação em


actualidad atualidade

Portugal, através de sinergias, seja com mais talentos ou com maior integração de negócios”, frisou Alvaro Mengotti, para quem é essencial ter “uma visão integral e integrada” dos dois mercados. Atualmente, o grupo gere na Peninsula Ibérica cerca de 250 milhões de euros de prémios líquidos pagos pelos segurados e emprega aproximadamente duas centenas de pessoas. Portugal e Espanha são “mercados muito similares” “São dois mercados muito similares. Portugal apenas tem uma exposição ao risco sísmico que Espanha não tem. De resto, os códigos civis são muito parecidos”, refere o gestor espanhol. Outra área emergente que a AIG pretende reforçar ainda mais em Portugal, é a dos seguros de responsabilidade civil dos administradores, gestores e diretores de empresas. Este é um produto já muito utilizado em Espanha, afiança Alvaro Mengotti, e “cada vez mais empresas de grande dimensão vão precisar deste tipo de proteção”. Para já, a AIG, que é uma das maiores seguradoras do mundo, apoia as empresas a atuar em Portugal nos seus processos de internacionalização, a vários níveis. São, sobretudo, grandes empresas de energia, construção, componentes e farmacêuticas, exemplifica Alvaro Mengotti. “A AIG está muito empenhada em ajudar as empresas portuguesas e espanholas a internacionalizar a sua atividade, pois a grande maioria dos seguros que comercializa serve, precisamente, para diminuir os riscos de expansão dos negócios”, adianta o mesmo responsável, destacando o crescimento que o mercado norteamericano está a ter para as empresas exportadoras nacionais. Atualmente, a empresa tem a sua

“São dois mercados muito similares. Portugal apenas tem uma exposição ao risco sísmico que Espanha não tem. De resto, os códigos civis são muito parecidos”

atividade centrada no segmento empresarial, disponibilizando seguros de proteção de instalações industriais, transportes, património, riscos cibernéticos, fusões e aquisições, mas também aos seus gestores (viagem, expatriação, decisões de gestão). Embora o seu foco seja o universo empresarial, na realidade, hoje a companhia já está presente na vida de muitas pessoas (por exemplo, os seguros de tecnologia vendidos pela FNAC e pela Staples são da AIG, entre muitos outros), como sublinha Alvaro Mengotti. 

Uma visão ibérica e global do mercado segurador Alvaro Mengotti, licenciado em Direito e com um MBA, começou a sua carreira profissional como corretor de seguros, tendo nomeadamente passado pelo Lloyd’s, em Inglaterra. Após uma larga carrreira neste grupo, o gestor espanhol assumiu, em setembro de 2004, as funções de diretor geral da AIG Europe para Espanha e Portugal, dinamizando a integração ibérica das duas estruturas ao longo destes últimos

11 anos, nos quais se alcançaram “resultados espetaculares”, como destaca. É ainda conselheiro executivo desta multinacional para a região da América Latina e Caraíbas (LAC) e, mais recentemente, Executive Sponsor do setor da indústria de construção para a região EMEA da AIG. A nível pessoal, aprecia dedicar os seus tempos livres a atividades ligadas à natureza e de âmbito cultural.

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Vista Alegre Atlantis refuerza su estrategia en el mercado español

La marca portuguesa Vista Alegre Atlantis, del grupo Visabeira, ha invertido un millón de euros en dos nuevas tiendas en España. La de Madrid, que ha cambiado su ubicación, y la de Barcelona, que se inaugurará en breve y estudia también extender el negocio a ciudades como Sevilla o Bilbao.

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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

ista Alegre Atlantis (VAA) podría abrir otras dos tiendas pro- calizaciones”, explica el director de quiere asentarse en el pias en España, en ciudades como marketing de VAA, Nuno Barra. mercado español donde Bilbao o Sevilla, dos potenciales loEl año pasado tuvieron una facya está presente, con tienturación de 7,7 millones de euros da propia, desde el 2010, en el mercado español, incluyendo “Es un mercado además de vender sus productos hotelería y venta al por menor. Las en 44 centros de “El Corte Inglés”. perspectivas para los próximos años donde hay mucho La prestigiosa marca de diseño de son buenas, con mucho espacio para espacio para crecer. crecer, porcelana fina, cristalería de mesa aunque desde la empresa prefieren no adelantar números. En toy artículos de decoración y de regaVAA podría abrir tal han invertido un millón de euros lo inauguró el pasado mes de mayo otras dos tiendas para los dos nuevos espacios en las una nueva tienda en Madrid, en la dos principales ciudades españolas. calle Claudio Coello 53. El negocio propias en España, La tienda de Madrid cuenta con en España representa un 12% de la en ciudades como 390 metros cuadrados de espacio facturación de Vista Alegre Atlantis en una zona de mucho comercio y y para la empresa, España es uno de Bilbao o Sevilla, movimiento del barrio de Salamanlos mercados prioritarios, razón por dos potenciales ca. Tal y como subraya el interiorisla cual quieren mejorar los resultata y decorador Lorenzo Castillo, “el dos. “Es un mercado donde hay mulocalizaciones” emplazamiento de la nueva tienda es cho espacio para crecer. Vista Alegre 22 act ualidad€

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nacional. “Las colecciones más buscadas son las de Sagres, Ornament, Venecia y Transatlántica. Nuno Barra destaca también el hecho de que la marca Vista Alegre “es muy conocida en España y el público la asocia con Portugal”. Los productos Vista Alegre son utilizados oficialmente por el presidente de la República Portuguesa, la Casa Blanca, varias Casas Reales y muchos mandatarios notables de todo el mundo, incluyendo la reina Isabel II de Inglaterra, el rey emérito Juan Carlos de España y la Reina Beatriz de los Países Bajos. La maravilloso ya que es una de las mecompañía también ofrece el servicio jores zonas de Madrid. Un espacio de mesa oficial de varias embajadas, único donde se pueden disfrutar de entre ellas España, Brasil, Marruelas piezas de Vista Alegre, incluso de cos y otras instituciones nacionales e prestigiosas colecciones galardonadas internacionales, públicas y privadas. con premios internacionales como Se encuentran también colecciones Orquestra”. Esta nueva tienda inclucomo Caribe de Christian Lacroix, ye un espacio de las colecciones más inspirada en una decoración de exudestacadas de Bordallo Pinheiro. Y berancia tropical, o Coralina de Osgracias a los servicios de la marca, los car de la Renta. clientes podrán personalizar sus pie- bre el tipo de clientes que VAA tiene La modelo española Judit Mascó, zas favoritas y reponer o contemplar en España, el director de marketing madrina durante la inauguración de sus vajillas. En Barcelona la nueva habla de varios segmentos como par- la tienda de Madrid, afirma: “entre tienda se sitúa en Rambla Catalunya ticulares, con un perfil muy diversi- mis colecciones favoritas se encuen57, un local de 650 metros cuadrados ficado, empresas (trofeos, piezas per- tran Coralina de Oscar de la Renta, que hasta hace pocos meses ocupaba sonalizadas, ofertas institucionales) en la que se transmite toda la esenla marca de moda Hakei. y hotelería. Reconoce que se trata cia del diseñador, y Caribe de Chrisde un mercado con características tian Lacroix, tan genial y rompedora Canales de venta ligeramente diferentes del mercado como sus diseños”.  En el 2010 Vista Alegre inauguró su primera tienda en España en la calle Ortega y Gasset, 76, de Madrid. El año pasado puso en marcha un nuevo canal de venta para poder adLa fábrica de porcelana Vista Ale- mente el grupo Visabeira controla gre fue fundada en 1824, en Ílhavo, el 81% de VAA. La compañía proquirir sus productos más fácilmente: Aveiro, Portugal. La compañía es duce cerca de 15 millones de pieMyvistaalegre.com, con la gama de fruto del empresario y visionario zas al año - de porcelana decoratiproductos Vista Alegre más amplia, portugués del siglo XIX, João Fe- va, vajilla y cristalería que se utilizan incluyendo piezas exclusivas y oporrreira Pinto Basto. Más de un siglo en algunos de los mejores hoteles y tunidades renovadas mensualmente. después, en 2001, el Grupo Vista restaurantes del mundo. A lo largo El actual cambio de lugar de la tienda Alegre (porcelana, loza y grés) se de su historia, la marca ha estado de Madrid se debe al deseo del grupo fusionó con el grupo Atlantis (cris- estrechamente vinculada a la vida “de situarnos más cerca de las grandes tal y vidrio) dando lugar a una de cultural de Portugal, consiguiendo marcas”, reconoce Nuno Barra. Espelas mayores colecciones de vajillas al mismo tiempo un gran prestigio ran que las ventas aumenten gracias a y artículos de regalo en Europa – internacional exportando sus proeste cambio de estrategia aunque regrupo Vista Alegre Atlantis. Actual- ductos a más de 60 países. conocen que necesitan que pase algo más de tiempo para ver el efecto. So-

15 millones de piezas al año

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Aspro Parks concorre à concessão do Oceanário de Lisboa A Aspro Parks, um grupo espanhol especializado na gestão de parques aquáticos e de diversões e de grandes aquários, já presente em Portugal, apresentou uma proposta para a exploração do Oceanário de Lisboa, no âmbito da concessão que o Estado português vai atribuir por 30 anos. Se vencer a concessão, será o 13º aquário explorado pelo grupo, num total de cinco países.

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Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Foto Arquivo

Aspro Parks, grupo espanhol com jornalistas em Lisboa, realizado especializado na gestão de no início de junho para apresentar o parques aquáticos e outros interesse do grupo na concessão do locais de lazer que está já Oceanário. presente em Portugal, foi um dos candidatos à concessão da exploração do Oceanário de Lisboa, no A Aspro Parks âmbito do concurso público lançado emprega cerca de pelo Estado português. A concessão prevê a exploração por quatro mil pessoas e 30 anos do maior oceanário da Eurofatura perto de 200 pa, que em 2014 obteve lucros de 1,54 milhões de euros. milhões de euros Caso consiga concretizar o projeto da concessão do Oceanário, este representará o segundo investimento do grupo Sem avançar pormenores sobre a proem Portugal, que tem já um parque posta apresentada já ao Estado portuaquático no Algarve, o Aqualand de guês, Javier Carbajo garantiu que esta “tem um enfoque muito objetivo e se Alcantarilha (perto de Albufeira). “Não vimos a Portugal pela primeira baseia num trabalho de grande experivez. Já estamos cá há mais de 15 anos”, ência anterior”. como realçou o diretor-geral da Aspro “Operamos alguns dos aquários de Parks, Javier Carbajo, num encontro referência na Europa. Isto permite-nos 24 act ualidad€

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dizer que podemos levar o Oceanário de Lisboa ao nível seguinte”, acrescentou. O grupo pretende, nomeadamente, aumentar o número de visitantes do Oceanário de Lisboa, quer de nacionais quer de estrangeiros. A partilha de conhecimentos e atividades (ligadas à educação e conservação da vida animal) com as restantes infraestruturas do grupo será outro dos pontos fortes da sua proposta. Outra das garantias é a manutenção do atual número de postos de trabalho. “O Oceanário tem uma equipa de gestão excelente e com muita reputação no exterior”, frisou ainda Javier Carbajo. Grupo gere 60 parques e aquários em 12 países A experiência do grupo na gestão de grandes aquários públicos passa pela gestão, também em regime de concessão, de espaços como o L’ Aquarium,


de Barcelona, o Bristol Aquarium, o Deep Sea World em Edimburgo ou o Aquário de Lyon, entre outras infraestruturas do género, localizadas em quatro países (Espanha, França, Inglaterra e Holanda), num total de 12 aquários. A Aspro Parks é o maior operador de parques de diversão e aquários da Europa, por número de centros. No seu portefólio, conta com 60 infraestruturas em 12 países, entre aquários, parques aquáticos e parques de diversões. Estes centros lúdicos foram comprados ou estão sob a gestão do grupo depois de construídos por terceiras entidades, já que o grupo apenas se dedica a gerir estes espaços. Entre as suas marcas próprias, destaca-se a Aqualand, para os parques aquáticos. Além da Aspro Parks, terão ainda apresentado propostas de compra do Oceanário de Lisboa, de acordo com a imprensa portuguesa, a Fundação Francisco Manuel dos Santos, a Mundo Aquático (empresa que gere o Zoomarine no Algarve), a Compagnie des Alpes (que detém o Parc Astérix em França) e o grupo espanhol Parque Reunidos (com um portefólio de 54 parques sob gestão, como o L’Oceanografic ou o Zoo Aquarium). No Orçamento do Estado para 2015, o Executivo previa encaixar 40 milhões com a concessão do

Foto Sandra Marina Guerreiro

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Oceanário a entidades privadas. No ano passado, o Oceanário de Lisboa registou perto de 987 mil visitantes, o que representou um crescimento de 7%. Desde a sua abertura, já se atingiu a fasquia dos 18 milhões de visitantes. “Este projeto enquadra-se no nosso perfil empresarial, porque temos conhecimento e estabilidade financeira”, frisou o mesmo responsável, salientando, assim, o facto do grupo ter “um compromisso empresarial estável, de longo prazo, demonstrado quer pelos nossos acionistas, que permanecem na estrutura da companhia desde há 25 anos, como pelos investimentos que temos feito”, já que “nunca vendemos

um parque que tivéssemos comprado”, adiantou. Ao Algarve e a Lisboa podem-se seguir novos investimentos, caso surjam oportunidades, salientou à “Actualidad€” o mesmo gestor, que considera Portugal, um país “estratégico” para o grupo. “Continuamente olhamos para oportunidades de negócio em várias regiões do mundo. O crescimento via aquisições faz parte da nossa estratégia”, acrescentou Javier Carbajo. A Aspro Parks emprega cerca de quatro mil pessoas e fatura perto de 200 milhões de euros. Javier Carbajo adianta que o grupo “tem lucros, uma boa rentabilidade e não tem praticamente dívida”. 

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Air Nostrum recupera la ruta Madrid-Faro

La compañía española ha lanzado de nuevo la conexión aérea entre Madrid y Faro. Entre los meses de junio y septiembre ofrecen 9.400 plazas con tres frecuencias semanales. Air Nostrum espera consolidar esta ruta como el eje aéreo más importante entre España y el Algarve.

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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

ir Nostrum ha retomado este verano la ruta Madrid-Faro que operó durante cuatro años, entre 2003 y 2006. La crisis que atravesó por entonces la empresa española, así como la llegada de una compañía de bajo coste con vuelos entre las dos ciudades, obligó a retirarse del mercado. “Siempre observamos con interés la ruta, incluso durante la crisis económica que arrancó en 2008”, reconoce Antonio de Nó Vázquez, director de comunicación de Air Nostrum. En todo este tiempo la compañía se ha reestructurado y en mayo de 2014 acabó su proceso de cambio y ampliación de capital que coincidió con la bajada del precio del carburante. “La compañía regresó a beneficios y desde invierno de 2014 ya estaba pintada la ruta”, añade. Se trata de una conexión aérea de tres días por semana entre el 1 de 26 act ualidad€

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junio y el 30 de septiembre. En la primera parte del verano y en la final del mismo, vuelan los lunes, viernes y domingos y en la parte central entre el 22 de julio y el 1 de septiembre, martes, jueves y viernes. En ambos casos el vuelo sale de Madrid a las 11:35 y regresa desde Faro a las 12:45. En los cuatro meses ofrecen un total de 9.400 plazas y antes de comenzar a operar la ruta ya tenían 3.500 reservas, un número muy relevante una vez que en el 2006 vendieron 2.500 asientos. Las perspectivas son buenas, esperamos tener 6.000 pasajeros en todo el verano y después veremos la viabilidad de esta conexión”. Antonio de Nó Vázquez considera esencial, para el éxito de esta nueva ruta, una buena planificación del servicio. En este caso, “ofrecemos unos buenos horarios en los días adecuados, pensando en el pasajero y permitiendo opciones de fin de semana o

una estancia más larga. Así la garantía de éxito es mayor”. El precio del vuelo ida y vuelta es a partir de 99,35 euros y al formar parte del grupo Iberia ofrecen a los pasajeros 70 destinos conexión vía Madrid, 48 de ellos internacionales. “Un pasajero de Faro puede facturar su maleta y recogerla en otro punto del planeta, la conectividad de la ruta es muy importante. Son principalmente pasajeros de Reino Unido, Francia y Alemania”, resalta el director de comunicación de la compañía, con sede en Valencia. Air Nostrum espera consolidar la ruta como el eje aéreo más importante entre España y el Algarve. La compañía cree que es importante trabajar el origen de Madrid porque el año pasado hubo 900 mil pernoctaciones de españoles en el Algarve (un 25% más) y “se debe aprovechar que el destino Algarve es muy atractivo”. 


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PS e PSOE comprometem-se a reforçar cooperação ibérica Os líderes socialistas de Portugal e Espanha estabeleceram recentemente um acordo bilateral visando reforçar a cooperação e a integração dos dois países em áreas como a educação e cultura, política externa e economia.

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Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org

s líderes socialistas de Portugal e Espanha, António Costa e Pedro Sánchez, respetivamente, assinaram no passado dia 19 de junho, em Lisboa, dois documentos visando reforçar a cooperação e a integração dos dois países. A alguns meses da realização de eleições legislativas em cada um dos países ibéricos, para as quais concorrem como candidatos a primeiro ministro, os dois líderes firmaram um compromisso que pretende reforçar a “integração e cooperação ibérica” e assegurar “um novo impulso para a convergência” entre os dois países dos, através de um programa de reformas e politicas comuns. Na ocasião, Pedro Sánchez sublinhou que a “Europa é um dos lugares onde temos de reforçar o trabalho comum”. No mesmo sentido, António Costa referiu a importância dos dois países ibéricos se “baterem por uma mudança na Europa em conjunto”. Para António Costa, é preciso “rentabilizar os poucos recursos que temos e é preciso acabar com a austeridade, mas com frugalidade”. “A alternativa que propomos é de rigor (…) e de quem aposta no cumprimento das regras do euro”, explicou ainda o secretário-geral do Partido Socialista. O líder do PSOE adiantou que o reforço da cooperação bilateral agora oficializado tem como principais pilares a educação e cultura, a política externa, assim como as interconexões entre as redes de ambos oo mercados, em especial na ferrovia, convergindo assim para a criação de um mercado ibérico único.

Foto DR

O combate ao desemprego é uma das prioridades dos socialistas ibéricos, que assinalaram ainda na ocasião a celebração dos 30 anos de integração na exCEE. Entre as medidas propostas pelos documentos assinados, estão, nomeadamente: - a apresentação de posições comuns nos Conselhos Europeus; - o reconhecimento das qualificações académicas e profissionais nos dois países, para tentar aumentar a mobilidade no mercado de trabalho ibérico; - o incentivo à reindustrialização e criação de centros de inovação industrial; - a definição de um programa comum de infraestruturas e de interconexões para a Europa de forma a fomentar o universo exportador; - a criação de um sistema de portagens único, que facilite e promova o comércio e o turismo entre os dois países; - a eliminação das barreiras burocráticas e a criação de um regime comercial comum acessível por via online; - a eliminação completa das tarifas de roaming de telecomunicações e dados entre os dois países; - a eliminação na totalidade das tarifas e custos bancários associados à utilização de cartões de débito e crédito no espaço ibérico; - o avanço no reconhecimento mútuo das contribuições para a Segurança

Social; - o incentivo à instalação de empresas nas regiões fronteiriças e à fixação de trabalhadores nestas zonas; - aposta no desenvolvimento das interconexões ferroviárias com a Europa, através da modernização e construção de novas linhas; - a modernização do setor público e a aprovação de políticas de eficiência nas administrações espanhola e portuguesa. Antes da assinatura destes protocolos, os dois líderes estiveram reunidos em Budapeste, na Hungria, no âmbito do X Congresso do Partido Socialista Europeu (PSE). Assinalando os 30 anos da assinatura do Tratado de adesão dos dois países à então CEE, reiteram a sua discordância face à política económica assente na austeridade, uma posição condensada no documento conjunto “Um novo impulso para a convergência”, aprovado pela família política dos socialistas europeus, cujo objetivo é “devolver a esperança e confiança no projeto europeu, que há 30 anos mobilizou os cidadãos portugueses e espanhóis”.  JULHo de 2015

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Events by Tlc em ascensão na América Latina

Há 13 anos a organizar eventos, em Portugal, Espanha e Brasil, a portuguesa Events by Tlc adquiriu uma congénere espanhola, para tirar partido de um dos mais fortes palcos do turismo mundial e continuar a conquistar a América Latina. O último Mundial de Futebol no Brasil rendeu à empresa 65 eventos e os Jogos Olímpicos a realizar no Rio de Janeiro em 2016 já estão a gerar novas oportunidades.

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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

uando trabalhava como comercial no setor hoteleiro, Diogo Assis escutava muitas vezes que “Portugal era um país fantástico, mas estava mal promovido e não possuía suficientes players no domínio da organização de eventos”. Detetada a necessidade, o empresário vislumbrou a oportunidade e criou a Events by Tlc, em 2002. A estreia aconteceu nesse mesmo ano com a organização do congresso da European Medical Writers Association, em Lisboa. Atualmente a Events by Tlc tem clientes em diversas áreas, adianta o gestor: medi-

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cina, setor farmacêutico, setor automóvel, setor financeiro, tecnologia, etc. Empresas como a Beiersdorf, Barclays, HSBC, KPMG, Merck, Microsoft, Roche, GSK, Toyota, Skoda estão entre os clientes desta empresa portuguesa, que organiza eventos em Portugal e no estrangeiro. A internacionalização foi uma exigência dos clientes, conta Diogo Assis: “Começámos a expandir da melhor maneira possível, a pedido dos clientes. O mundial de futebol no Brasil fez com que vários clientes nos pedissem para abrir nesse país, onde estamos desde 2010.” A propósito da Copa do Mundo, or-

ganizaram 65 eventos, distribuídos por seis cidades. O dinamismo do mercado brasileiro promete não abrandar, já que o Rio de Janeiro acolherá para o ano os Jogos Olímpicos de Verão. Além de organizarem eventos no Brasil, também já desenvolveram ações noutros países da América Latina, para clientes brasileiros. Diogo Assis acredita que irão continuar a crescer naquelas paragens, não excluindo a hipótese da abertura de novas representações ou a aquisição de empresas congéneres, como aconteceu em janeiro do ano passado. Nessa altura compraram a empresa espanhola de eventos Olé,


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com o objetivo de aumentar o volu- lo e tem representações comerciais isto com “uma forte componente de me de negócios com origem em Es- em países como a Alemanha, Bélgica, storytelling e desenhados ao porpanha e na América Latina: “Senti- EUA, Reino Unido e Rússia. “Não menor”. mos que há um grande potencial de queremos ser os maiores, queremos O crescimento do segmento de crescimento no mercado iberoame- ser os melhores”, afirma Diogo Assis, ventos desportivos levou à criação ricano. Além disso, a agora Events esclarecendo que procura “trabalhar da Sports by Tlc, que desenvolve by Tlc Espanha é fundamental para com pessoas que ajudem a construir soluções para clientes das mais discrescermos na América Latina. Está- o projeto, que desafiem o status quo tintas áreas, já que a importância do vamos há procura de uma empresa e apresentem ideias inovadoras”. O desporto tem vindo a ser crescenteem Espanha há mais de quatro anos. gestor salienta que “sendo um ne- mente percecionada pelo mundo laA Olé tinha 10 anos de experiência gócio de serviços, a organização de boral. “O desporto melhora a saúde no mercado, com o drive de qualida- eventos depende muito da capacida- dos trabalhadores, favorecendo a de que procurávamos e a vontade de de de mobilizar a equipa de traba- produtividade e ajudando a comcrescer. Faltava-nos ter uma presen- lho”, o que inclui também “os for- bater o absentismo”, realça Diogo

ça forte em Espanha, que por si só é um mercado muito apetecível no domínio de eventos, já que é o segundo mercado de turismo, em número de entradas, com mais de 60 milhões de visitantes por ano e a crescer 3% ao ano.” O gestor acredita que o mercado espanhol de turismo continuará a oferecer boas oportunidades no domínio da organização de eventos, até porque é uma aposta do Executivo espanhol, observa: “O Governo espanhol está muito focado no turismo e destinou 1,8 mil milhões de euros para o setor.” Portugal também está a valorizar crescentemente o setor e está a conseguir atrair atenção do exterior, advoga Diogo Assis. A evolução no mercado espanhol e a incorporação da antiga Olé na Events “está a correr muito bem”, conta Diogo Assis, adiantando que “o crescimento está a ser mais rápido do que o esperado, mantendo a consistência do serviço prestado”. A empresa emprega 52 pessoas, está sedeada em Lisboa, Porto, Madrid, Barcelona, Rio de Janeiro e São Pau-

necedores subcontratados”. Daí que a empresa invista “continuamente na formação de colaboradores e de fornecedores”, sempre “com o foco nas expetativas dos clientes”. Para estes é cada vez mais importante a experiência com a marca: “Importa dinamizar o networking no local, mas também alargar o espetro dos eventos, de modo a potenciar o antes o durante e o depois.” A empresa é “internacionalmente reconhecida e premiada”, nomeadamente, foi distinguida como PME Excelência 2012 e 2014. Criando “eventos inesquecíveis para clientes globais em Portugal, Espanha e no Brasil”, a Events by Tlc “é especialista em eventos corporativos, desportivos e associativos no Bloco Ibero-Americano”, ou seja, “concebe, planeia e realiza conferências, apresentações de produto a nível internacional, ativações de marca, congressos, encontros, entregas de prémios, programas de incentivo e outras ações associadas aos maiores eventos mundiais - como as grandes competições desportivas”. Tudo

Assis, contando que recentemente organizaram uma corrida para os profissionais que participaram na maior feira de eventos mundial, a IMEX, que decorreu em maio, em Frankfurt. “Foi uma corrida de cinco quilómetros, que permitiu compensar as longas horas que estes profissionais trabalham em recinto fechado. A ação foi patrocinada pelo Rio de Janeiro, que aproveitou para promover os Jogos Olímpicos 2016.” Diogo Assis frisa que a Events by Tlc gera lucro há muitos anos, que são investidos na expansão. No ano passado, o volume de negócios da empresa foi de 12 milhões de euros e este ano, o gestor prevê que a empresa atinja os 15 milhões de euros.  JULHo de 2015

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Cortefiel reabre com conceito renovado A

loja Cortefiel do Cascaishopping reabriu recentemente, apresentando um conceito renovado que tem vindo a ser implementado em todos os espaços comerciais desta cadeia de moda. “A loja apresenta agora uma imagem mais convidativa e um layout inovador, que enriquece e facilita a experiência de compra. Além disso, a marca tem vindo a apostar num conceito de loja eco-suficiente, que se traduz numa combinação de decoração funcional e criativa com uma gestão eficiente ao nível da iluminação”, afirmou Alexandre Mendes, diretor de Marketing e Comunicação do grupo Cortefiel Portugal. Com nova imagem e mais oferta, a loja é dotada de um espaço de 800 mer’15, incluindo também a linha metros quadrados que disponibiliza Pedro del Hierro, através de diferentoda a coleção Cortefiel Spring-Sum- tes ambientes que permitem realçar a

identidade de cada uma das coleções, masculina e feminina, e as principais tendências desta temporada. 

Ticket Restaurant comemora 40 anos de pioneirismo e inovação A

Ticket Restaurant mantém uma estratégia de inovação e pioneirismo, quando completou já 40 anos de atividade em Portugal. A empresa, responsável pela emissão, comercialização e gestão de vales de refeição Ticket Restaurant, foi a pioneira na introdução em Portugal deste conceito, atualmente disponível também em formato de cartão eletrónico, liderando durante este largo período o seu setor de actividade. Paralelamente à comercialização desta solução, na área das refeições, que continua a constituir o seu core business, lançou, nos últimos anos, dentro do seu plano estratégico, novos serviços

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(Ticket Serviços) dirigidos às organizações empresariais, no sentido de proteger outros direitos sociais fundamentais, quer no âmbito da educação (Ticket Infância e Ticket Ensino), quer, mais recentemente, na área da saúde e bem-estar (Ticket Care). “Com efeito, os seis Ticket Serviços atualmente disponibilizados são soluções já reconhecidas no mercado, dando resposta à crescente preocupação das empresas na atribuição de benefícios flexíveis, contribuindo no sentido de melhorar as condições laborais, de produtividade e motivação dos empregados e suas famílias, com reflexos diretos na paz socio-

laboral”, sublinha a empresa. Com milhões de Ticket Serviços e Cartões Ticket Restaurant emitidos anualmente, a Ticket Restaurant de Portugal satisfaz as necessidades de milhares de empresas e instituições, de todas as dimensões, geograficamente repartidas pelo continente e Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. Os utilizadores Ticket Serviços® e os titulares do Cartão Ticket Restaurant® têm à sua disposição uma vasta rede nacional, com dezenas de milhar de estabelecimentos aderentes, possibilitando-lhes uma grande liberdade de escolha e facilidade de utilização. 


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Worten aumenta vantagens para clientes fidelizados A Worten está a lançar novas vantagens para os seus clientes frequentes, nomeadamente através do seu cartão de fidelização Worten Resolve, que já atingiu a fasquia dos dois milhões de clientes ao fim de um ano e meio. “Com este feito, a Worten consegue chegar mais longe nos seus objetivos de oferecer aos clientes vantagens exclusivas nas áreas dos serviços e do pós-venda”, frisa Nuno Nascimento Rodrigues, diretor de Marketing da empresa de distribuição de eletrodomésticos e eletrónica. “Como marca líder de mercado, a Worten há muito que aposta em serviços que acrescentem valor e que libertem o cliente de preocupações. As extensões de garantia e os seguros para os equipamentos são apenas dois exemplos de serviços criados e implementados em todas as lojas Worten em prol do cliente”. O cartão Worten Resolve, um cartão de fidelização gratuito e destinado a todos os clientes da marca, visa resolver as mais varia-

das situações de pós-venda, com muitas vantagens exclusivas. Por exemplo, o cartão Worten Resolve evita a necessidade de c ompr ov a t i vo de compra em papel (talão ou fatura), para efetuar uma devolução ou para ativar uma garantia. Entre outras vantagens, o cartão permite ainda o acesso online ao histórico de compras, o que é uma grande mais valia para os clientes habituais da marca. Entretanto, a empresa estabeleceu no mês passado uma parceria com a Galp Energia, no âmbito da qual em mais de 50 lojas “Tangerina” serão disponibilizados diversos artigos

do segmento de eletrónica de consumo. Com o objetivo de fazer chegar as soluções de eletrónica e de tecnologia a cada vez mais portugueses, a Worten decidiu expandir a sua presença para além das suas lojas físicas e online, aproximando-se ainda mais dos seus clientes, mesmo quando estes estão em trânsito. Nesta fase de arranque, os artigos selecionados abrangem as categorias de pequenos domésticos, cuidados pessoais e hi-fi. 

Efapel lança nova série de quadros elétricos A Efapel alargou a sua gama de produtos, através do lançamento de quadros elétricos de embeber (semi-montados e completos).

A nova gama é composta por quadros de entrada para DCP, quadros de distribuição e quadros de telecomunicações. Os quadros elétricos da Efapel podem ser complementados com produtos da Série Modus 55 e da Série Quadro 45. “O objetivo deste lançamento é oferecer aos clientes um conjunto completo de equipamentos que permita projetar e executar uma

instalação elétrica e alargar a base de sustentação da empresa, ampliando a sua gama de produção”, destaca o fabricante, que é o maior produtor nacional de aparelhagem elétrica de baixa tensão e líder de mercado em Portugal. A Efapel registou, em 2014, uma faturação de 26,5 milhões de euros, o que representou um crescimento de 5% relativamente ao anterior exercício. Para o bom desempenho contribuíram as vendas em Portugal, mas também no Médio Oriente e América Latina, regiões do globo para as quais a empresa portuguesa tem orientado as suas atenções, nos anos mais recentes.  JULHo de 2015

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Setor vinícola português quer chegar aos 900 milhões de euros em exportações A meta foi fixada por Paulo Portas na recente edição da Vinexpo, em Bordéus, onde o vinho português se fez representar através de cerca de 80 produtores. Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto DR

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ortugal é o nono fornecedor tugal levou cerca de 80 produtores, memundial de vinho e exporta tade dos quais estiveram representados 730 milhões de euros, o cor- no expositor da Wines of Portugal, da respondente a metade da pro- Viniportugal. O espaço, com uma área dução vinícola. O vice-primei- aproximada de 370 metros quadrados, ro-ministro Paulo Portas acredita que acolheu representações das principais iremos continuar a aumentar as expor- regiões vitivinícolas portuguesas, com tações: “Há quatro anos, exportávamos exceção das regiões do Vinho Verde e pouco mais de 600 milhões de euros do Porto e Douro, que tiveram os seus em vinho, hoje em dia exportamos 730 próprios stands. milhões de euros e é um objetivo absolutamente alcançável chegar aos 900 milhões.” Em 2014, Portugal Durante a sua visita à Vinexpo, que exportou 728, 7 decorreu no mês passado, entre os dias 14 e 18, em Bordéus, o governante conmilhões de euros em gratulou-se com a qualidade do vinho vinho, mais 0,4% do português: “Vir a Bordéus mostrar o melhor do vinho português é ir jogar ao que no ano anterior, campo do adversário, mas com garbo.” segundo o Instituto A Vinexpo é uma das maiores feiras mundiais de vinho e realiza-se em Borda Vinha e do Vinho déus apenas nos anos ímpares. Nesta que foi a 18ª edição do certame, Por-

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De assinalar que “a participação portuguesa na Vinexpo tem crescido ao longo dos anos, com cada vez mais produtores a marcar presença numa feira que lhes abre portas a novos negócios, em mercados distintos”, como refere o gabinete de comunicação da feira. “A Vinexpo tem uma história e agora estamos a escrever o seu futuro”, declarou Guillaume Deglise, CEO da Vinexpo. Entre conferências e degustações foram perto de 80 encontros promovidos, ao longo de cinco dias, que decorreram sob o lema “Taste the Unexpected”. A feira realizada junto ao lago La Garonne, numa das mais importantes regiões de vinho do mundo, tem vindo a reforçar a sua posição de parceiro de negócios de quem opera no setor dos vinhos. Os participantes e visitantes podem apreciar “momentos de degustação e de harmonização entre vinhos e gastronomia, ideais para fechar negócios ou, simplesmente, para apreciar as novidades vitivinícolas dos quatro cantos do mundo”. Nesta 18ª edição, a gastronomia ganhou relevância, com a presença de “chefes de todo o mundo, e alguns dos mais reconhecidos sommeliers”. 


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Festival Peixe em Lisboa é case study na Expo Milano 2015

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o passado dia 24 de junho, o festival gastronómico “Peixe em Lisboa” foi protagonista de um case study em Milão, onde decorre a exposição universal. O evento, cuja última edição aconteceu em abril, em Lisboa, foi analisado num fórum dedicado ao tema “Experiên-

cias Gastronómicas no Turismo – Cultura de Nutrição e Desenvolvimento”. O convite partiu da OCDE e do Turismo da Coreia do Sul, que participa na Expo Milano. O diretor do festival, Duarte Calvão, “fará o historial e o enquadramento do evento gastronómico, focando os motivos que o levaram a ser criado, em 2008, o formato que claramente o diferencia da generalidade dos congressos e festivais gastronómicos e o êxito crescente que tem obtido no país e na Europa”. De assinalar, que “a mais recente edição registou o maior número de jornalistas credenciados, boa parte dos quais oriundos de países europeus, asiáticos e do continente ame-

ricano, o que ajuda a comprovar a crescente notoriedade internacional da iniciativa”. Desde a primeira edição, em 2008, “mais de uma centena de diferentes chefes de cozinha, portugueses e estrangeiros, já se apresentaram ao vivo no festival”. O Peixe em Lisboa, realizado pela ATL – Associação de Turismo de Lisboa, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e produção da EV – Essência do Vinho, parte para a sua nona edição, a realizar entre 7 e 17 de abril de 2016, em Lisboa. O sucesso do evento justificou o convite para a Expo Milano 2015, que é dedicada às temáticas da sustentabilidade e da alimentação, materializadas no “Feeding the planet, energy for life – Alimentar o planeta, energia para viver”. Na Expo Milano, participam cerca de 140 países. O certame estende-se por 1,1 milhões de metros quadrados de área de exposição e prevê receber 20 milhões de visitantes.

Rota dos Hambúrgueres ativada pela Hellmann’s O s hamburgueres têm protagonizado a abertura de inúmeros espaços de restauração em Lisboa e Porto. A marca de maionese Hellmann’s selecionou 52 hamburguerias gourmet de Lisboa e do Porto e criou uma rota dos hambúrgueres. Até 31 de julho, pode degustar um hambúrguer em qualquer uma das 36 hamburguerias de Lisboa e das 16 do Porto, por um preço médio de oito euros.

Cada espaço tem a sua receita, mas em comum todos estes

hambúrgueres têm a maionese Hellmann”s. A marca aposta na máxima “os melhores hambúrgueres de Lisboa e Porto + a melhor maionese = explosão de sabor”. Esta iniciativa está a ser divulgada através de uma campanha que passa pela rádio, mupis em Lisboa e Porto, pelos meios digitais e pelo regresso do jingle “Hellmann’s, Verdadeira Maionese” à televisão, até ao próximo dia 31 de julho. 

Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR JULHo de 2015

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Coquetéis e snacks com vista sobre Lisboa C om uma vista 360º sobre Lisboa, no topo do hotel NH Liberdade, o Ático reabriu após obras de remodelação. Este terraço com piscina panorâmica, promete “coquetéis exclusivos”, com assinatura do conceituado bartender internacional Diego

Cabrera, e “snacks deliciosos, da responsabilidade da chefe Victória Santos”, assinala em comunicado o grupo hoteleiro NH. Entre as propostas, encontramse o wrap de salmão fumado, ceviches, guacamole e palitos de maçã crocante ou a sopa de frutos do bosque e gelado de mascarpone, acompanhados de coquetéis refrescantes. O novo Ático apresenta-se com “uma decoração mini-

malista e contemporânea que proporciona um ambiente exclusivo e elegante, o espaço está envolvido por um vidro que permite usufruir da deslumbrante vista sobre a cidade”. O NH informa que o espaço será animado com dj’s convidados, intervenções artísticas, entre outras surpresas, que “vão, certamente, transformar os finais de dia e as noites de verão”. 

Adega Mayor premiada em Bruxelas A

somar à sua extensa montra de prémios nacionais e internacionais, a Adega Mayor, empresa do Grupo Nabeiro, arrebatou mais duas medalhas de prata numa das mais prestigiadas competições internacionais: o Concours Mondial de Bruxelles, que pela 22º vez distinguiu os melhores vinhos a nível mundial. As medalhas premiaram os vinhos Reserva do Comendador Branco 2013 e o Monte Mayor Reserva Tinto 2012, que foram avaliados por um júri internacional que degustou mais de oito mil vinhos. “Esta distinção vem reforçar, uma vez mais, a aposta da Adega Mayor na produção de vinhos de qualidade única, singulares e memoráveis”, assinala a empresa, em comunicado, acrescentando que “este reconhecimento enaltece a oferta de excelência da marca e a particularidade do vinho

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português alentejano”. A Adega Mayor informa que “o Reserva do Comendador Branco 2013 foi desenhado a partir das castas Antão Vaz, Roupeiro, Arinto”. Trata-se de um vinho que “no aroma revela fruta tropical madura, citrinos, com notas de especiarias no final; na boca tem uma boa frescura, é macio e untuoso e muito equilibrado e o final longo deixa umas notas agradáveis de casca de tangerina”. Já o Monte Mayor Reser-

va Tinto 2012 foi “desenhado a partir das castas Aragonez, Touriga Nacional e Alicante Bouschet, apresenta uma cor ruby concentrada, é profundo e complexo no nariz; sugere juventude, apontamentos de frutos vermelhos e bagas silvestres balanceadas com notas de tosta, especiarias e nuances balsâmicas; na boca é envolvente e equilibrado, os taninos finos e a acidez atrativa, remetendo-nos para um final longo e persistente”. 


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Turistas premeiam Caves Cálem com certificado “TripAdvisor 2015”

A página online de booking TripAdvisor atribuiu o certificado de excelência às centenárias Caves Cálem, detidas pelo grupo Sogevinus. O prémio resulta da boa pontuação que turistas e viajantes de vários cantos do mundo deram a estas caves que “têm mais de 150 anos de história e são as mais visitadas, tendo acolhido em 2014 cerca de 200.000 turistas”, de acordo com a Sogevinus. Tânia Branco Oliveira, da Sogevi-

nus, salienta a relevância desta distinção: “A atribuição do certificado de excelência do TripAdvisor atesta as boas críticas que recebemos diariamente de muitos turistas nacionais e internacionais que nos visitam. Este é sem dúvida uma distinção que pretendemos preservar pois queremos continuar a conquistar os nossos visitantes através excelência dos nossos serviços, reforçando o posicionamento das Caves Cálem como um dos motivos para visitar

o Porto.” O certificado de excelência da TripAdvisor 2015 “posicionou as Caves Cálem como uma referência no maior site de viagens do mundo, através do qual os viajantes planeiam e reservam a viagem perfeita”, frisa o grupo em comunicado, lembrando que “à marca TripAdvisor estão associados diversos sites que formam a maior comunidade de viagens do mundo: 340 milhões de visitantes mensais e mais de 225 milhões de avaliações e opiniões sobre mais de 4,9 milhões de alojamentos, restaurantes e atrações”. De assinalar que as Caves Cálem conquistaram também, recentemente, o prémio “Best of Wine Tourism” (de arquitetura e de wine tourism services) conferido pela GWC (Great Wine Capitals), e o prémio “Best Choice 2015” que “comprova a preferência dos visitantes asiáticos, um dos principais públicos estrangeiros”. Cálem é uma das marcas de vinho do Porto produzidas e comercialidas pela Sogevinus, que inclui também as insígnias Kopke, Burmester e Velhotes no seu espólio. 

Quinta do Crasto com garrafa protetora das propriedades do azeite As novas colheitas dos azeites extra virgem Quinta do Crasto Selection e Quinta do Crasto Premium acabam de ser lançadas em garrafas “mais compactas e com um vidro mais escuro, próprio para combater um dos principais inimigos do azeite: a luminosidade”. A nova embalagem “reforça a aposta da Quinta do Crasto na preservação da máxima qualidade deste produto”. Em

comunicado a empresa explica que “a exposição à luz pode implicar a perda das propriedades nutricionais do azeite e levar a maior oxidação, podendo prejudicar a saúde”. Para “garantir a qualidade superior do produto”, a Quinta do Crasto opta por um método de produção, assente “nos princípios da agricultura biológica, sem recurso a químicos ou adubos”.

As oliveiras da Quinta do Crasto crescem “em solos argilosos e beneficiam do microclima da região do Douro Superior”. 

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Ciencia y tecnología

Programa Acertar o Rumo na terceira edição A

iTGROW, uma empresa do grupo Critical Software e do BPI, cuja missão está focada na descoberta, formação e desenvolvimento de talentos na área das TI, em parceria com a Universidade de Coimbra e o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) anunciaram o lançamento da terceira edição do Programa de Formação Acertar o Rumo. Esta iniciativa pretende estimular a qualificação dos profissionais portugueses nas Tecnologias de Informação (TI), redirecionando as competências dos profissionais para áreas com maior empregabilidade e ajustando a oferta à procura no mercado de emprego. O Programa Acertar o Rumo destina-

se a todos osprofissionais com curso superior que pretendam redirecionar a sua carreira para a área das TI. Este programa procura desenvolver competências técnicas de programação informática em licenciados com dificuldade em encontrar emprego nas suas áreas de formação original e que revelem as competências adequadas à área das TI. Acertar o Rumo é um programa de formação intensiva, rigorosa, acompanhada, prática e dirigida às necessidades profissionais que será promovido sob a forma de Curso não Conferente de Grau da Universidade de Coimbra.

Durante a fase de recrutamento e seleção para a 3ª edição do Programa, a decorrer até 11 de setembro de 2015, serão realizadas provas para identificação de candidatos e a validação conjunta (Universidade de Coimbra e iTGROW) em formato de entrevista, para se encontrarem os candidatos com melhores condições de sucesso no programa. Os interessados poderão submeter as candidaturas no website Acertarorumo.pt ou através de e-mail. 

El Corte Inglés lança moderna aplicação para mobile commerce alimentar O el Corte Inglés passou a disponibilizar uma nova aplicação para smartphone e tablet que permite efetuar as compras de supermercado com uma rapidez e comodidade sem paralelo, mesmo nos mercados mais desenvolvidos. A ferramenta, disponível para sistema Android e iOS, simula os lineares da loja física e permite deslizar o dedo pelos corredores virtuais, o que representa uma verdadeira revolução na forma de comprar online. Esta nova app, exclusiva do El Corte Inglés, “é muito mais simples de utilizar do que qualquer outra aplicação de comércio eletrónico existente no mercado e permite aos utilizadores uma poupança de tempo estimada entre os 80 e os 90% em relação às atuais plataformas digitais”, adiantou a empresa. Cada produto exibe a informação necessária para que os clientes possam

comparar características e preços e ter acesso às ofertas e descontos. A nova app é considerada a mais simples, intuitiva e rápida plataforma de compras online e apresenta toda a qualidade que o El Corte Inglés sempre ofereceu, 24 horas por dia, 365 dias por ano. Este projeto, realizado em parceria com a startup norte-americana Grability, insere-se na cada vez mais reforçada área de inovação do El Corte Inglés e envolveu várias dezenas de pessoas, distribuídas por dois continentes, durante mais de 12 meses. O El Corte Inglés está particularmente orgulhoso pelo facto de ser responsável pela introdução de uma ferramenta tão inovadora no mercado nacional, sobretudo porque são os mercados mais evoluídos como o Reino Unido, Japão ou Estados Unidos que assumem habitualmente o protagonismo na área

das tecnologias de consumo. De entre as diversas possibilidades que a app oferece, destacamos as listas de compras pré-definidas de acordo com os pedidos anteriores; a visita pelas várias secções da loja online de forma rápida e fácil e a personalização da compra, com a possibilidade de selecionar apenas os corredores onde se encontram os produtos que habitualmente se adquirem. O CEO da Grability, Sebastian Mejia, acredita que esta tecnologia “irá aumentar a exigência dos clientes de forma inédita, uma vez que se habituarão a um standard de rapidez, facilidade e diversão que tornam o processo surpreendentemente fácil. Não acredito que os clientes queiram continuar a fazer esforços e cliques em processos que levam mais tempo quando podem ter uma experiência simplificada e muito mais eficaz”. 

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España y Portugal, 30 años de alianza europea

España y Portugal renovaron en Baiona su alianza de intereses comunes ante la UE al cumplirse los treinta años de la adhesión de los dos países a las comunidades europeas. En la XXVIII cumbre ibérica, que se produjo en medio de la negociación europea con Grecia, se pasaron revista a todos los temas bilaterales con especial protagonismo de los asuntos de transporte y de las interconexiones energéticas y de gas. Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

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l parador de Baiona (Pontevedra) fue el escenario escogido por el Gobierno español para recibir al Ejecutivo luso en el marco de la X XVIII cumbre hispano portuguesa, celebrada el pasado día 22 de junio. A ella asistieron, junto a sus respectivos jefes de Gobierno, los ministros de Asuntos Exteriores, Defensa, Interior, Industria, Fomento y Empleo, además de los secretarios de Estado de Turismo. Ambos dirigentes quisieron renovar en esta cita anual su alianza de intereses comunes ante la UE al cumplirse los treinta años de la adhesión de España y Portugal a las comunidades europeas, recordando la firma de los Tratados de Adhesión a las entonces Comunidades Europeas, celebrado el 12 de junio de 1985. “En estos 30 años de participa-

ción activa y exitosa en el proyec- do”, se resalta en el informe. to europeo, nuestros países han No faltaron referencias a las reexperimentado profundas trans- formas estructurales llevadas a formaciones en el orden político, cabo en los dos países, “necesarias económico y social”, se puede leer para dotar a nuestras economías en la declaración conjunta de la de mayor f lexibilidad y competicumbre. Los dos países han forta- tividad, con el objetivo último de lecido sus democracias y Estados volver a crear empleo a través de de Derecho, han modernizado y la transformación profunda de la abierto al mundo sus economías economía que nos exige nuestra condición de miembros del euro”. El resultado de las reformas ha sido, en el 2014, “el de la consolidación El resultado de la recuperación económica de de las reformas nuestros países, con tasas de crecimiento del PIB positivas”. Ambos [estructurales] ha Gobiernos reiteran la importancia sido, en el 2014, "el y el compromiso de proseguir la senda de las reformas como única de la consolidación garantía de crecimiento sostenible de la recuperación y equilibrado, creación de empleo y prosperidad para los ciudadanos económica de de ambos países. nuestros países, con Y a pesar de valorar positivatasas de crecimiento mente algunas medidas tomadas de ámbito europeo como las del PIB positivas" destinadas a completar la unión bancaria o las adoptadas por el BCE para dotar de más liquidez en un mercado cada vez más glo- al euro, creen que queda mucho balizado y complejo, han impulsa- por hacer para completar la Unión do su desarrollo socioeconómico y Económica y Monetaria. “Ambos sus niveles generales de prosperi- Gobiernos consideramos esencial dad, han defendido la necesidad avanzar hacia un escenario de made una Europa fuerte, con voz y yor integración a medio y largo voto en la escena internacional y plazo”, resaltan los mandatarios. han unido a sus ciudadanos, re- El objetivo es “reforzar la convercortando distancias en aras del gencia económica real en el seno bien común. “En estos 30 años, del euro, avanzar en la creación España y Portugal no sólo hemos de una capacidad presupuestaria y consolidado unas relaciones bila- de eficiencia y legitimidad de su terales de enorme profundidad y arquitectura institucional”, destacalidad – propias de dos países so- can. cios y amigos- sino que, además, hemos mantenido, en el seno de Grupo de trabajo para el desala Unión Europea, una estrecha rrollo del Corredor Atlántico de concertación estratégica para de- la Red Transeuropea de Transfender objetivos compartidos de porte Las conexiones terrestres entre capital importancia, a saber: la creación de empleo, el crecimien- ambos países volvieron a tener un to económico, la sostenibilidad de destaque en esta cita anual. Los nuestro modelo social y la defensa jefes de Gobierno resaltaron los de los valores europeos en el mun- avances que se han producido en JULHo de 2015

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grande tema gran tema la coordinación de las actuaciones que impulsen el desarrollo del Corredor Atlántico de la Red Transeuropea de Transporte, que ha supuesto una extensión hasta Alemania del corredor que conectaba Portugal, España y Francia. El desarrollo de un mercado ibérico para el transporte de mercancías es de vital importancia para ambos países. En relación con el transporte de viajeros por ferrocarril, se ha incrementado el número de viajeros producido en las conexiones entre los dos países y Francia, y esta materia, en particular en los enlace de conexión Vigo-Oporto, enlaces ferroviarios pertenecientes donde ambos países están coordial Corredor Atlántico, Madrid- nando las obras de electrificación. Lisboa y Medina del Campo-Sa- Recientemente se constituyó un lamanca-Aveiro, así como en el Grupo de Trabajo conjunto para

Desarrollo del mercado ibérico del gas Las interconexiones energéticas y los avances en relación a la constitución del mercado ibérico del gas, en el que España y Portugal compartirán "un único punto virtual de balance en un marco armonizado", fueron otros dos de los asuntos abordados en el encuentro bilateral. En dicho mercado se constituirá un Mercado Mayorista Organizado de gas natural que integrará las operaciones desarrolladas en la Península Ibérica y será operado por la sociedad MIBGAS S.A. Ambos países se comprometieron a desarrollar los trabajos necesarios que posibiliten la firma en los próximos meses de un Tratado Internacional en el que se contemple la integración gradual de ambos mercados. Asimismo, España y Portugal continuarán estudiando las posibilidades de establecimiento de mecanismos compensatorios entre los sistemas gasistas de España y Portugal que permitan eliminar la doble tarificación entre ambos países, sin que ello suponga

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impacto en los ingresos de cada uno de los sistemas. “Profundizar en el desarrollo del Mercado Ibérico del Gas, permitirá reflejar una señal de precios del gas natural en la Península Ibérica transparente, lo que incrementará la competencia en el sector y la convertirá en una alternativa razonable para el abastecimiento de gas natural a Europa, gracias al impulso de las redes de infraestructuras energéticas”, explica el comunicado. España y Portugal ratificaron igualmente su compromiso de continuar trabajando para aumentar el nivel de interconexiones energéticas de los dos países con el resto de la UE, especialmente en el marco de la Declaración de Madrid de 4 de marzo de 2015 y del MoU para el establecimiento de un Grupo de Alto Nivel sobre interconexiones en el Suroeste de Europa, acordado en Luxemburgo el pasado 15 de junio y que será ratificado en breves fechas por los ministros.

Los responsables de los dos países quisieron igualmente resaltar los grandes avances producidos en la interoperabilidad de los dispositivos de pago electrónico en ambos países especialmente en la Vigo-Oporto, donde el modelo de explotación conjunta ha permitido incluir las tres nuevas paradas comerciales acordadas en la última cumbre sin incrementar el tiempo de viaje. En lo referente al transporte por carretera, se produjo la firma del convenio para la rehabilitación del puente internacional sobre el río Guadiana entre Ayamonte y Vila Real de San Antonio y el inicio, en febrero del 2015 en España, de las obras de prolongación de la autovía A62 desde Fuentes de Oñoro hasta la frontera con Portugal y de la adjudicación de las obras en la segunda mitad de 2015 del tramo portugués de la autovía A25 que


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está pendiente entre Vilar Formoso y Guarda. “Con la terminación de estos dos últimos tramos se conseguirá la materialización efectiva de esta nueva conexión transfronteriza de alta capacidad”, explica la declaración conjunta. Los responsables de los dos países quisieron igualmente resaltar los grandes avances producidos en la interoperabilidad de los dispositivos de pago electrónico en ambos países, “siendo ya los dispositivos españoles interoperables en Portugal, habiéndose incrementado notablemente, este mes de junio, las autopistas en España interoperables para los dispositivos portugueses y continuando los trabajos para alcanzar la interoperabilidad total en el plazo más breve posible”. Proyectos tecnológicos de creación de productos turísticos conjuntos Para España y Portugal el turismo es un elemento dinamizador de su economía y generador de empleo y las estrategias de promoción conjunta que se han venido implementando en los últimos años han tenido efectos beneficiosos. Ahora quieren promover proyectos tecnológicos de creación de productos turísticos conjuntos, como el diseño de una ruta turística cultural transfronteriza entre España y Portugal, que permita poner en valor el patrimonio de los municipios con fortificaciones a ambos lados de la frontera a partir de una estrategia territorial conjunta de desarrollo turístico entre los dos países bajo el concepto de destino turístico inteligente. Durante la cumbre se firmó un Plan de Acciones Conjuntas para 2015, “que se espera se traduzca en un fuerte impulso a la actividad turística de ambos Estados y a su crecimiento económico”. Y los dos países acordaron también promover los ca-

Impulso final al tren Oporto-Vigo La electrificación de la línea ferroviaria entre Braga y Tui se hará oficial a partir de septiembre, plazo en el que el Gobierno portugués se ha comprometido a licitar las obras pendientes, según consta en el acuerdo rubricado en la cumbre ibérica. Según explicó la propia ministra de Fomento, Ana Pastor, su homólogo luso licitará en tres meses la construcción de una subestación eléctrica en la localidad de Nine, en las proximidades de Braga, así como la electrificación desde ese mismo punto hasta la frontera con Tui, con 92 kilómetros en total. El acuerdo firmado obliga a España a electrificar también los ocho kilómetros que restan para completar la línea en territorio gallego para completar el eje Atlántico entre Guillarei y Tui. La Administración portuguesa anunció recientemente el concurso público para la construcción de la subestación, por 4,5 millones de euros, y el inicio de las obras está previsto para finales de año. El presupuesto para el conjunto de

minos portugueses del Camino de Santiago, que han tenido un gran dinamismo en 2014. Política exterior Una de las reuniones sectoriales de la cumbre fue la mantenida por el ministro de Asuntos Exteriores y de Cooperación, José GarcíaMargallo, y su homólogo portugués, Rui Machete. Bajo un clima de gran entendimiento, ambos ministros revisaron el excelente estado de las relaciones bilaterales, que se proyecta en la posición compartida en la mayoría de los grandes expedientes de Naciones Unidas, la Unión Europea y, muy singu-

actuaciones, que incluye la electrificación de la línea, obras en los taludes, señalización, entre otros, es de 84 millones de euros, y por tanto el plazo para la conclusión de los trabajos es 2019. Las actuaciones de modernización de esta línea ferroviaria permitirán reducir el viaje en tren de Vigo a Oporto a 90 minutos. Pero con el cronograma avalado ya no habrá rebajas de tiempo antes de cuatro años. Según recordó Rajoy, ya se produjeron "avances muy importantes" en la conexión ferroviaria entre Vigo y Oporto, y subrayó que los tráficos se incrementaron un 150%.

larmente, en la construcción de la Unión Europea de la Energía. Ambos ministros abordaron la crisis en Libia y expresaron su apoyo a la labor de mediación del representante especial del secretario general de Naciones Unidas, Bernardino León. Los ministros español y portugués hablaron también sobre la Agenda Europea de Migraciones presentada por la Comisión Europea y basada en la mejora en la gestión de cuatro áreas específicas: la lucha contra la inmigración irregular; la gestión de fronteras y salvamento de personas; la política de asilo y la inmigración legal. JULHo de 2015

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Están previstos proyectos tecnológicos de creación de productos turísticos conjuntos, como el diseño de una ruta turística cultural transfronteriza entre España y Portugal Críticas a la agenda de la cumbre La agenda de los temas tratados en la cumbre recibió algunas críticas. El presidente de la Red Ibérica de Entidades Transfronterizas (R IET), José Maria Costa, censuró que el encuentro gubernamental no sir viese para abordar "el futuro de la población" de los dos países participantes y, en cambio, en ella los gobiernos español y luso discutiesen sobre "la deuda pública griega". A través de un comunicado, la R IET calificó el encuentro bilateral como "la cumbre de la desilusión". En este sentido, incidió en que fue "inútil", porque no se 42 act ualidad€

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que ha destacado sarcásticamente el presidente de la R IET del encuentro es que la línea de alta velocidad ferroviaria del Miño "se pospone indefinidamente" y que se le da "mucha importancia" al Camino Portugués de Santiago, algo de lo que ya hablaron "los presidentes de la Cámara do Eixo Atlántico" en el año 2014 y cuya candidatura a Patrimonio de la Humanidad ya está presentada. El también presidente de la Cámara Municipal de Viana do Castelo criticó que representantes del "Eixo Atlántico, asociaciones empresariales y univertrataron "propuestas concretas" sidades" no estuviesen citados para los ciudadanos de ambos en Baiona pese a tratarse de un países y sí se habló sobre un tema encuentro que se ha "pagado con que era ajeno a los dos países de el dinero público de los contrila Península Ibérica. buyentes españoles y portugueOtros dos aspectos "importantes" ses”. 

Empleo y política social

La ministra de Empleo y Seguridad Social, Fátima Báñez, y su homólogo portugués, Pedro Mota Soares, firmaron el Memorando de Cooperación y Asistencia Técnica de Política Social, Empleo y Seguridad Social del Ministerio de la Solidaridad, Empleo y Seguridad Social de la República Portuguesa, el Ministerio de Sanidad, Servicios Sociales e Igualdad y el Ministerio de Empleo y Seguridad

Social del Reino de España. El objetivo es continuar y fortalecer las acciones conjuntas que ya se han iniciado para el impulso y el fomento de la Economía Social en ambos países, poner en marcha nuevas vías de colaboración para mejorar las condiciones en las que las empresas de la economía social realizan su actividad para facilitar su crecimiento y su internacionalización e impulsar la labor de aquellas entidades con fines sociales, y fundamentalmente, de aquellas cuya actividad se centra en la integración laboral de las personas con especiales dificultades de acceso al mercado de trabajo.


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ADVOCACIA E FISCALIDADE

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A importância de ser Verde

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lei da designada fiscalidade verde publicada no final de 2014 para entrar em vigor em 2015 introduziu alterações significativas na legislação fiscal, revelando o seu impacto maior no setor automóvel, embora tenha sido, de facto, uma reforma generalizada a que abrangeu os setores da água, do ordenamento do território, dos resíduos, das florestas e biodiversidade, dos transportes, da energia e das emissões. Trata-se, no fundo, de um novo sistema de tributação ambiental e energética. No novo quadro legislativo, a compra e utilização de viaturas movidas a combustíveis alternativos apresentam benefícios face às demais. As viaturas mais beneficiadas são, efetivamente, as chamadas híbrido plug-in. As vantagens introduzidas traduziram-se geralmente em criação de incentivos e desagravamento de impostos para aquelas viaturas, mas são também abrangidas, em situações determinadas, as que sejam movidas exclusivamente a eletricidade, a gás de petróleo liquefeito (GPL) ou gás natural veicular (GNV). Os objetivos que se pretendem alcançar com as medidas tomadas no âmbito fiscal são claramente a promoção da competitividade económica porque a venda destes veículos, em 2013 e 2014, foi inferior a 1% do total das vendas de veículos novos, a sustentabilidade ambiental e a eficiente utilização de recursos. Para realçar o que foi modificado com a designada Reforma da Fiscalidade Verde podem referir-se os exclusivamente atinentes ao setor 44 act ualidad€

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Por Adelaide Moura*

dos automóveis: redução da chama- quanto a veículos elétricos e híbridos da tributação autónoma e aumento plug-in, tanto mais que a reforma do da percentagem de depreciação dos parque automóvel será sempre uma veículos. forma eficaz de reduzir as emissões Estas mudanças não serão, por si só, de CO2 do setor. capazes de revolucionar as mentaliOutra medida que poderia ser muidades de forma imediata, mas são já to motivadora, seria a adoção de um um importante reconhecimento de regime de dedução pelas empresas que é tempo de começar a contribuir de uma parte do IVA da gasolina para a proteção do meio ambiente de nos veículos híbridos, tal como já modo ativo. acontece com o gasóleo. Embora a dedução de metade do IVA pago na aquisição de veículos movidos a gasóleo seja aplicável verificados que sejam certos requisitos que nada têm a ver com a fiscalidade verde, não repugnaria adotar o mesmo princípio para os veículos híbridos, por exemplo. Finalmente, um alerta para os contribuintes que pretendem aderir ao sistema e contribuir para um melhor ambiente: tanto quanto tem vindo a ser veiculado pelos operadores económicos do setor automóvel, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) não estará a aceitar a redução da tributação autónoma em viaturas GPL. Tal circunstância dever-se-á ao facto de quando são compradas novas, Disso mesmo será sinal o facto de tais viaturas não são completamente no ano de 2014 terem sido compra- movidas a gás. Serão bi-fuel, ou seja, dos cerca de 300 veículos que cabem gás e gasolina. Mas, de facto, literalna categoria dos “amigos do am- mente a lei apenas se refere a viatubiente”, sendo certo que no primeiro ras movidas exclusivamente a GPL trimestre de 2015 foram adquiridas ou GNC. Confirmando-se que a lei mais de mil viaturas novas destas não se aplica aos bi-fuel, as viaturas categorias. novas atualmente comercializadas Claro que será sempre possível em Portugal não aproveitam, pelo encontrar mais e diferentes medi- menos, da redução da taxa de tribudas que estimulem a compra destes tação autónoma.  veículos, como será, por exemplo, a possível reintrodução do incentivo * Managing partner da A. M. Moura ao abate de veículos em fim de vida Advogados de forma genérica, e não apenas E-mail: adelaide.moura@ammoura.pt


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ADVOCACIA E FISCALIDADE

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fazer bem Hacer bien

TOY-The Other You distribui brinquedos e material escolar a crianças em risco em diversos países Apoiar crianças desprotegidas em diversos países é o foco do trabalho que está a ser desenvolvido pela recém-criada associação The Other You. O projeto vai entregar, numa primeira fase, brinquedos e material escolar a crianças em 42 países. Para tal, os dois promotores da iniciativa necessitam ainda de angariar alguns apoios financeiros e logísticos. Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR

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s crianças em situação de risco ou desproteção familiar e social são o alvo da recémcriada The Other You (TOY), uma instituição que está atualmente a procurar apoios em diversos países. Os promotores desta organização não governamental, Ana Seco e Ludovic Cottier (na foto na pág. 48), consideram que existe um longo caminho a percorrer para apoiar crianças em situação de risco e, para isso, estão a desenvolver novas campanhas de angariação de fundos, quer entre os particulares quer entre o universo empresarial. O objetivo do projeto é percorrer 42 países para entregar brinquedos (toys , em inglês) e outros bens a crianças acolhidas em instituições. “Vamos atravessar 42 países, na Europa (Portugal, Espanha, França, Suíça, Áustria, Hungria, Eslováquia, Polónia, Lituânia, Letónia e Estónia), na Ásia e na América Latina”, a partir de agosto, para “transportar os brinquedos e o material escolar, já que em cada país vamos visitar escolas (para coletar os brinquedos) e instituições para entregar os brinquedos e material. Mas vamos sempre entregar os brinquedos num país 46 act ualidad€

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diferente de onde os recolhermos, porque queremos criar uma conexão entre crianças de diferentes países e culturas”, comentou Ana Seco. Cada criança que receber o brinquedo, receberá também uma carta da criança doadora, momento que será testemunhado com uma fotografia, que será mais tarde enviada às respetivas crianças. Outra ação a desenvolver é a apresentação, junto das crianças, da própria TOY e das suas experiências. “Trabalhamos a partir da Irlanda, e contactamos as instituições e escolas de cada país. Em muitos casos, temos contactos num certo país que nos facilitam os contactos de instituições e escolas. Quando falamos com as instituições/ escolas, damos uma data aproximada de quando vamos passar pela sua cidade, e só um mês antes de passar é que marcamos a data certa”, refere Ana Seco, licenciada em Economia e Gestão Internacional, que um dia se lembrou de promover um projeto de solidariedade para com crianças desfavorecidas em todo o mundo. “Ainda não temos confirmadas todas as instituições nem escolas que vamos visitar, já que estamos em processo de contacto. Mas o

nosso objetivo, se conseguirmos o financiamento necessário, é visitar 40 escolas e 80 instituições, e contactar com um total de três mil crianças num ano (1.500 crianças que vão entregar brinquedos nas escolas e 1.500 que vão recebê-los nos orfanatos)”. Por outro lado, “vamos repartir material escolar (cadernos, livros, jogos), e isso vai chegar a muitas mais crianças nas instituições”, adiantam os dois promotores da TOY. Apoios já angariados Relativamente à angariação de fundos para financiamento do projeto, os promotores já angariaram 16.600 euros para apoio das crianças, dos quais 10.300 euros no âmbito da campanha de crowdfunding realizada através da plataforma Indiegogo e 6.300 euros resultantes de contribuições obtidas através da realização de eventos diversos, quer em Portugal, quer na Irlanda – país onde vivem os dois jovens promotores – ou em França. “Para completar o orçamento previsto, ainda nos faltam seis mil euros”, completa Ana Seco. A campanha de crowdfunding já acabou, mas ainda é possível fazer doações através da página web da associação (www.theother-you.org).


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A associação está a desenvolver ainda conversações com diversas entidades privadas para angariar outros recursos, tendo já acordado, nomeadamente, a aquisição de uma carrinha a custos mais reduzidos. ”Ajudar as comunidades locais” A jovem promotora explica o que a motivou a levar a cabo esta iniciativa. “No verão passado estive a trabalhar nas Nações Unidas, em Nova Iorque, e foi uma experiência incrível, mas também percebi que na maioria dos casos os problemas têm de ser resolvidos nos próprios países e não numa sala de reuniões. Foi então que, falando com o meu namorado, decidimos que queríamos fazer alguma coisa para ajudar as comunidades locais. Decidimos que queríamos trabalhar com crianças, já que é o grupo mais vulnerável”. Os dois conceberam então o projeto de raiz, a partir da Irlanda, onde viviam. “Em fevereiro, criámos uma associação sem fins lucrativos, a The Other You (TOY), e começámos a trabalhar neste primeiro projeto de viagem através de 42 países”, conclui a 48 act ualidad€

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jovem promotora de 22 anos. “A ideia é simples, queremos melhorar a vida de crianças sem cuidados parentais que vivem em instituições e sensibilizar as pessoas sobre os seus problemas. Para isso, vamos recolher brinquedos em escolas e entregá-los, em forma de presentes, e entregar material escolar nas instituições, para dar felicidade, mas também a oportunidade de aprender, às crianças que aí vivem. Depois, vamos criar uma ligação entre as crianças que entregam presentes e as que recebem, mediante um intercâmbio de fotografias. Isto é importante para acabar com o isolamento das crianças em instituições, mas também para ensinar às crianças a importância de partilhar e de compreender outras culturas, já que esta vai ser uma experiência da qual eles não se vão esquecer. No fim da nossa viagem (que vai ser de um ano), vamos procurar doadores a longo prazo para que as instituições continuem a receber o abastecimento de que precisam”, conclui Ludovic Cottier, o outro promotor da TOY. O jovem de 26 anos e licenciado em Administração de Empre-

sas explica que dos 23 mil euros totais do orçamento do projeto, nove mil se referem à compra de uma carrinha para a Europa e Ásia e outra para a América Latina, bem como cerca de sete mil euros para comprar materiais para as escolas, desde livros a dicionários, cadernos, bolas de futebol, etc. Há ainda que incluir gastos como gasolina (4.500 euros), a doação ao Rainforest Trust para o projeto ser neutro em emissões de carbono (500 euros), portagens e reparações das vans (1.200 euros). Entretanto, “nós vamos cobrir com o nosso dinheiro as viagens de avião, a comida e alojamento, as visitas, os vistos e seguro médico e qualquer outra despesa que surgir”, acrescentam os dois jovens. “O nosso projeto tem cuidado com o meio ambiente de diferentes maneiras: compramos sempre que possível produtos ecológicos, e compramos em cada país para ajudar as suas economias, mas também para reduzir as necessidades de transporte, reutilizamos brinquedos e reparamos esses brinquedos, e finalmente compensamos as nossas emissões de carbono com a doação a um programa de ref lorestação”, frisam ainda. “Para nós, o mais importante é chamar a atenção do maior número de pessoas possível, e é por isso que nos centramos na campanha de crowdfunding , que serve para que as pessoas que achem interessante o nosso projeto possam formar parte dele fazendo doações e seguindo a viagem na nossa página de Facebook e no nosso blogue. Isto é muito importante, porque um dos objetivos do projeto é precisamente chamar a atenção pública sobre os problemas que enfrentam as crianças que vivem em instituições de acolhimento”. 


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Paulo Macedo diz que “a saúde é das áreas que mais exporta em Portugal”

Portugal exporta mais de 1200 milhões de euros na área da saúde, lembra Paulo Macedo, assinalando também que, mesmo gerido com menos verbas, o setor continua a puxar o país para cima nos índices de competitividade e a ser um dos principais recrutadores. Num evento organizado pela CCILE, o ministro da saúde, defendeu a continuidade das reformas em curso e uma maior aposta na prevenção.

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Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

e olharmos para os últi- tria Luso-Espanhola, no passado dia mos 40 anos, claramen- 29 de maio, em Lisboa. O governante te a saúde é das áreas que começou por mostrar alguns indicatem uma evolução mais dores que colocam o país na linha positiva em Portugal”, da frente no que se refere ao Sistema afirmou Paulo Macedo, ministro da Nacional de Saúde (SNS). “Portugal saúde, orador num almoço promovi- tem bons resultados em diversos indo pela Câmara de Comércio e Indús- dicadores de saúde e compara bem

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com os indicadores internacionais”, diz Paulo Macedo, dando o exemplo da esperança média de vida dos portugueses que está acima dos 80 anos e “tem estado sistematicamente a subir nos últimos 10 anos”. O ministro frisa que Portugal também compara bem com outros países em relação à

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Além da crise, o setor tem que taxa de mortalidade infantil, lidar com o crescente envelhelembrando que “no ranking cimento da população e fazer de saúde materna e infantil, o face às exigências tecnológicas país está entre os 20 melhores para aumentar a qualidade dos países”. cuidados de saúde prestados. Paulo Macedo assinala que “Ao contrário do que se pensa, os indicadores relativos à saúnão é o envelhecimento que de puxam Portugal para cima pesa mais nas despesas, mas nos diferentes rankings de sim os custos com a tecnolocompetitividade. O ministro gia”, observa o ministro, inaproveita para informar que formando que se conseguiu Portugal subiu sete lugares no 08 atender a estas necessidades e ranking de competitividade equilibrar as contas. do IMD para um conjunto de Paulo Macedo considera a saúde 66 países, divulgado no fim de maio. os hospitais. Vários países tinham De acordo com o responsável pela já adotado medidas anticíclicas, nos “uma condição essencial para o desenpasta da saúde, o setor manteve a anos melhores, para não terem que volvimento e para a competitividade”, qualidade, apesar de ter sido alvo de cortar na saúde nos anos piores. Nós já que “tem um impacto decisivo em alguns cortes, dada a necessidade de fizemos exatamente ao contrário, já termos económicos”, nomeadamente equilibrar as contas públicas: “Nestes que 2009 e 2010 foram os anos de “na quantidade e na qualidade da poúltimos quatro anos, houve necessi- maior despesa na área da saúde.” O pulação ativa”. Sobretudo “num país dade de gerir a saúde com um orça- ministro lembrou que “a média de com problemas demográficos” é remento menor. Tivemos que ajustar prejuízo nos hospitais públicos era de levante “ter uma população saudável que possa participar ativamente na os custos e gerir de forma integrada 700 milhões de euros”. JULHo de 2015

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através de acordos com economia”, diz. Assim, o a indústria farmacêutica. ministro advoga a necesPaulo Macedo revela que sidade de prosseguir com “o mercado de medicamenas reformas iniciadas e tos vale em Portugal 3,6 apostar cada vez mais na mil milhões de euros” e prevenção, que é “um dos que “o Estado gasta 2700 maiores problemas” do milhões de euros dos imsetor: “Os países só usam postos em medicamentos entre 4 a 6% do seu orçae dispositivos clínicos”. O mento para a prevenção, Governo fixou um teto colocando mais de 90% com a indústria, pelo que sistematicamente ao ser11 não paga nada acima dos viço da parte curativa. Há 2000 milhões de euros em que fazer grandes esforços para mudar isto.” O governante dá um Uma redução importante porque con- medicamentos e dos 700 milhões em exemplo: “Portugal tem 900 mil pesso- seguimos que o Estado poupasse mais dispositivos clínicos. Outra importante as identificadas com diabetes. Isto cus- e que as pessoas tivessem mais facilida- conquista, lembra o ministro, prendede em aceder aos medicamentos. Foi se com os genéricos: “Em Portugal só é ta ao país cerca de 1% do PIB.” Referindo-se às reformas implemen- possível reduzir margens sem reduzir obrigatório prescrever segundo o printadas por este Executivo, o ministro os cuidados de saúde. Isto, numa área cípio ativo há quatro anos.” sublinha a área do medicamento, que “em que as margens são por muitas ve- Voltando à importância económica protagonizou várias medidas: “De no- zes enormes”, chegando aos 6000%, do setor, Paulo Macedo lembra que tar, que os preços dos medicamentos exemplificou o governante, lembrando “exportamos 1.200 milhões de euros baixaram em média 30% para o utente. que só se conseguiu baixar os preços na área da saúde (dispositivos clínicos,

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Quanto ao futuro, Paulo Macedo etc.)”, valor “superior ao das exportaobserva que o setor terá que cuidar de ções de vinho e de cortiça e que está a O mercado de uma sociedade mais envelhecida, pelo crescer a dois dígitos”. medicamentos em que o desafio é aumentar a esperança A saúde é também das áreas que rede vida, baixando a mortalidade abaixo cruta mais pessoas e mais diferenciadas Portugal vale 3,6 mil dos 70 anos e aumentando a qualidade em Portugal, sendo a taxa de empregamilhões de euros bilidade do setor superior à dos outros. de vida acima dos 65 anos. “A inovaO ministro salientou “a qualidade dos ção e a tecnologia serão uma mais vaprofissionais de saúde, que são muito estrangeiros”, disse dando o exemplo lia neste domínio”, nota o governante, procurados”, bem como a qualidade do centro de investigação da fundação acrescentando a necessidade de desenda investigação no setor em Portugal. Champalimaud e o Instituto de Medi- volver a cooperação com Espanha no “Estamos a conseguir atrair cientistas cina Molecular, em Lisboa. campo da saúde.  01.O ministro da Saúde, Paulo Macedo

10. Ángel Vaca, António Carmona e António de Almeida

02.Dulce Mota, João Martins, José Iglesias Soares e José João Guilherme

11.Paulo Macedo e Eduardo Junco

03.Luís Pereira, Miguel Seco, Luísa Cinca e Manuela Barber

12.João Neves, José Augusto Santos, Andrés Osto e Manón Funés

04. Vítor Santos, Angél Vaca e Ramón Iribarren

13.José João Guilherme, Jorge Leitão, Carlos Tomé e João Gaspar da Silva

05.Jesus Matías Pérez Alejo, Enrique Belzuz e António Pena

14.Julia Nieto, Nuno Ramos e Sofia Bugarin

06.Gustavo Martinho, Ana Maria Santos e Paula Nogueira

15.Ana Ricart, Alberto Laplaine, Carlos Alvarez e Pedro Castro Almeida

07.Javier Gallego, Carmen Maillo e Luís Galindo

16.Enrique Belzuz, António Madureira e José Carlos Magalhães

08.O almoço contou com cerca de 200 convidados

17.Anna Carolina Pinho, Alexandra Athaíde e Rui Costa

09.Paulo Macedo, Eduardo Junco e Jesus Matías Pérez Alejo

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Junta Diretiva da CCILE marcada por despedida de embaixador Eduardo Junco

A reunião do Comité Executivo e da Junta Diretiva da CCILE realizada no mês passado teve como ponto alto uma simbólica cerimónia de despedida do embaixador de Espanha em Portugal, Eduardo Junco, que em breve deixará este cargo, após três anos neste país.

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Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

reunião do Comité Executivo e da Junta Diretiva da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola (CCILE), realizada no passado dia 4 de junho, teve como ponto alto uma simbólica cerimónia de despedida do embaixador de Espanha em Portugal, Eduardo Junco, que em breve deixará este cargo, ao fim de três anos no nosso país (ver também artigo na pág. 4). Na reunião participaram diversos elementos destes órgãos sociais da Câmara, bem como 54 act ualidad€

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alguns associados ou parceiros entre este Espanha e Portugal”. Eduardo Junco agradeceu e reinstitucionais da CCILE, como Walden Fernández, conselheiro tribuíu o elogio, salientando o Económico e Comercial da Em- “papel fundamental e respeitado” baixada de Espanha em Portugal. da CCILE para o desenvolvimento da atividade das empresas esEduardo Junco salienta “anos panholas em Portugal. Entre os difíceis” das economias ibé- episódios marcantes da sua estaricas dia em Portugal, destacou a vinda Enrique Santos, presidente da dos então príncipes das Astúrias, CCILE, fez questão de destacar atuais reis de Espanha, há cerca o apoio dado pelo atual embai- de três anos, a um evento em Lisxador à Câmara, exaltando ainda boa organizado por esta Câmara. O diplomata salientou o “quan“o magnífico trabalho que tem desempenhado como embaixador to se sentiu apoiado pela Câmade Espanha, em prol das relações ra” durante o seu mandato, que


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agora termina, para se reformar e regressar ao seu país de origem. Apesar da sua saída, a nível pessoal, deixou assim, a sua promessa de manter a estreita “ligação de amizade” que foi cimentando com os diretivos da Câmara ao longo deste período, um relacionamento próximo que espera venha a estender-se ao futuro embaixador ou embaixadora que o substituir, salientou ainda. A sua passagem por Portugal foi marcada por “anos difíceis”, mas que apesar de tudo não afetaram o bom relacionamento entre as empresas de ambos os países, notou o diplomata. A reunião serviu para assinalar outra despedida. Alberto Charro despediu-se dos restantes colegas de Junta Diretiva antes de assumir novos desafios profissionais em Espanha, à frente da Direção Territorial de Valência do BBVA, deixando o cargo que exercia até há pouco na liderança do banco em Portugal. O gestor é agora substituído por

Luís Castro e Almeida, que assume, por inerência, o cargo de vicepresidente da Junta Diretiva da CCILE. No encontro de diretivos, foram salientadas ainda algumas das principais atividades da CCILE a realizar ainda em 2015, onde se podem destacar o I Fórum Empresarial Hispano Português do Setor Agroalimentar, a qual está previsto para o outono, bem como os já habituais Fórum Empresarial Ibé-

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rico (em Badajoz), a realizar pelo terceiro ano no próximo mês de outubro, ou o Torneio Ibérico de Golfe CCILE, que este ano celebra a vigésima edição, no campo de golfe do Vidago Palace Hotel (em Chaves), a 3 de outubro. Quanto às contas do primeiro quadrimestre do ano da CCILE, Miguel Seco, membro do Conselho Consultivo, sublinhou que foram positivas e superiores às do mesmo período de 2014. 

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Empresas de Madrid estabelecem contactos com congéneres lusos Um total de 10 empresas da comunidade madrilena dos mais variados setores de atividade estiveram reunidas em Lisboa, numa missão empresarial organizada pela Câmara Oficial de Comércio e Indústria de Madrid, mantendo diversos contactos com congéneres portuguesas, para potenciais parcerias comerciais.

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Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Foto Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org

ecnologia e sistemas de informação, alimentação e restauração, recursos humanos, indústria cosmética, produção de energia solar e serviços para empresas foram algumas das áreas de atividade presentes na missão empresarial da comunidade de Madrid que se deslocou a Portugal, entre 26 e 28 de maio, para estabelecer contactos com potenciais parceiros comerciais. Neste habitual encontro de âmbito ibérico, que a Câmara Oficial de Comércio e Indústria de Madrid organiza anualmente, estiveram presentes representantes de 10 empresas espanholas, localizadas na capital do país vizinho, que mantiveram inúmeras reuniões 56 act ualidad€

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com congéneres portugueses, com o objetivo de vir a constituir potenciais parcerias de negócio, nomeadamente através de representações comerciais dos seus produtos ou serviços. A Alcesa-Alimentación, Colegios, Empresas foi uma das sociedades madrilenas que manteve uma dezena de reuniões em Lisboa com potenciais clientes, desde empresas privadas a universidades e outras instituições públicas. A empresa de restauração está a apostar na diversificação da sua atividade para a vertente da comida pré-preparada para o segmento doméstico, estando atualmente a servir 40 mil refeições diárias a cantinas de grandes colégios, empresas e lares da tercei-

ra idade em toda a Espanha. A inovação faz parte também do “menu” da empresa, que desenvolve pratos baseados na alimentação saudável, sem glúten, etc. As restantes empresas que se deslocaram a Lisboa na missão foram a Cadmo Conocimiento, a Innovati Networks, a Xtream Sistemas de Información Global, a Aplicaciones de Simulación Simtec, a Phergal Laboratorios, a Multiparking Iberica, a Selección Selectiva ETT, a Spiritsland e a Onyx Solar Energy. Além das parcerias para o mercado português, algumas destas empresas procuram estender os seus negócios também aos PALOP e ao Brasil. 


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Setor automóvel sector automóvil

Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com

Mercedes-Benz GLE Coupé Um SUV superdesportivo

A Mercedes, através deste novo modelo GLE, combina duas classes de veículos: o coupé, com a sua natureza desportiva, e a robustez de um SUV.

E

Fotos DR

ste será não só o primeiro SUV Coupé da marca, como o primeiro modelo a pertencer à nova gama AMG Sport. A solução encontrada pela Mercedes-Benz para rivalizar com os BMW M Performance, que são modelos com estética personalizada e desempenho superior, sem serem propriamente modelos M.

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O GLE Coupé será o sucessor do atual GL que passa a usar a nova designação, que o aproxima do Classe E, mas que neste caso em particular recebe uma secção traseira que o transforma num Coupé. O design do modelo foca-se em funcionalidades essenciais dos dois tipos de automóvel totalmente diferentes. Com estrutura musculada, grandes

arcos das rodas, pneus até 55,9 centímetros, a linha elevada dos cintos e a distância ao solo generosa, este modelo apresenta-se como um grande Coupé de quatro portas. A grelha desportiva vertical tem um friso único e é enquadrada pelos faróis LED tridimensionais. Uma referência discreta aos genes do SUV no veículo é oferecida pelos estribos iluminados


sector automóvil Setor automóvel

integrados, uma característica clássi- Pack, que permite a abertura da porta ca dos SUV ou dos modelos todo o da bagageira de modo elétrico e não terreno e disponível como opção. No manual, câmara de marcha atrás e que diz respeito a dimensões, possui sistema de travagem BAS Plus. Al4900 mm de comprimento, 2003 mm guns sistemas adicionais incluem o de largura, 1731 mm de altura e 2915 assistente de curva dinâmico e assismm de distância entre eixos. tente de ventos laterais. A natureza de coupé é realçada tam- Além da quantidade de equipamenbém pelo design da traseira, com os to de série, do sistema de controlo de seus elementos óbvios da linha de comportamento dinâmico DYNA-

bitar 258 cavalos e 620 Nm de binário, além das versões a gasolina GLE 400 4Matic, com um 3.0 V6 BiTurbo com 333 cavalos e 480 Nm de binário, e no topo da gama o GLE 450 AMG 4Matic, que recorre a uma versão do mesmo motor mas com 367 cavalos e 520 Nm de binário. Toda a gama dispõe de tração integral permanente e conta com os préstimos de uma

design apresentada pela primeira vez no Classe S Coupé. As características do seu estilo incluem a faixa estreita das luzes traseiras com aparência tridimensional, o largo detalhe cromado instalado por cima e a matrícula, agora integrada no para-choques traseiro. Outra característica do GLE é a forma típica do vidro traseiro, arredondado no topo. Em relação ao equipamento, de série serão oferecidos o sistema Easy-

caixa automática de nove velocidades 9G-Tronic. A oferta a gasolina inclui também o GLE G3 AMG e o GLE 63 AMG S, com 557 cavalos e 585 cavalos, respetivamente. Os preços começam nos 93.850 euros no GLE 400, 97.350 euros na versão GLE 350d, 104.550 euros na versão GLE 450, 171.350 euros para o GLE 63 AMG até aos 182 mil euros para o GLE 63 S AMG. 

MIC SELECT, do sistema de direção direta desportiva e dos sistemas de assistência ao condutor, típicos da marca, o GLE 450 AMG está equipado em todas as versões com a transmissão automática 9G-TRONIC de nove velocidades e a tração integral permanente 4MATIC. O Mercedes-Benz GLE Coupé contará com três motorizações – o GLE Coupé 350 D 4Matic, a única opção diesel com um V6 turbo a de-

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barómetro financeiro

barómetro financiero

Atividade económica abrandou em abril

A

taxa de crescimento da atividade económica baixou duas décimas em abril, para 2,1%, de acordo com o indicador do INE. O crescimento do indicador de atividade económica em abril, marcado pelo aumento do consumo privado, traduz, assim, um abrandamento face à evolução de 2,3% que havia sido registada em março, ainda de acordo com a "Síntese Eco-

nómica de Conjuntura" do INE. A travar um abrandamento mais acelerado da atividade económica esteve o consumo das famílias, uma vez que o indicador quantitativo para o consumo privado "registou um crescimento homólogo mais expressivo em abril, demonstrando a aceleração da componente de consumo duradouro", adianta a mesma instituição.

Inflação na Zona Euro positiva mas em queda

Exportações crescem 9,7% e importações disparam 16%

A taxa de inflação na Zona Euro fixou-se, em maio, nos 0,3%, o que representou uma queda face aos 0,5% de subida nos preços ao consumidor no mês homólogo, de acordo com os dados do Eurostat, mas uma subida face ao mês anterior. A mesma taxa foi fixada na União Europeia (UE). Na Zona Euro, aquele valor significa que a inflação está a subir, uma vez que em abril os preços se mantiveram estáveis. É o primeiro mês com valores positivos na inflação desde novembro passado. Portugal foi dos países que teve maiores subidas nos preços ao consumidor na UE. A taxa de inflação em maio foi de 1% em Portugal, só superada pelos 1,3% de Malta e Roménia e 1,2% da Letónia. Os preços continuaram a cair em oito Estados-membros: Bulgária, Grécia, Espanha, Chipre, Lituânia, Polónia, Eslovénia e Eslováquia.

As exportações de bens aumentaram 8,2% e as importações de bens aumentaram 7,4% no trimestre terminado em abril de 2015, face ao período homólogo (enquanto tinham registado uma evolução de 3,8% e de -1,4%, respetivamente, no primeiro trimestre de 2015), revela o Instituto Nacional de Estatística (INE). O défice da balança comercial aumentou 67,2 milhões de euros, para os -2 343,3 milhões de euros, e a taxa de cobertura cresceu 0,6 pontos percentuais, para 84,3%. Em abril de 2015, as exportações de bens aumentaram 9,7% e as importações de bens aumentaram 16,0% face ao mês homólogo (+11,1% e +10,6% em março de 2015, respetivamente). O reforço das exportações deveu-se, essencialmente, às saídas para outros países da UE, tendo-se destacado, em termos de produtos, os combustíveis e máquinas e aparelhos. Por seu turno, Angola foi o país de destino das exportações portuguesas em que estas evidenciaram a maior redução (-23,6%) no primeiro trimestre do ano.

Edifícios licenciados com evolução menos negativa

Consumo per capita em Portugal 17% abaixo da média da União Europeia O consumo per capita em Portugal era 17% inferior à média

O número de edifícios licenciados e concluídos continua a registar quebras homólogas, mas cada vez menos expressivas, um sinal de que a construção segue um caminho de recuperação, concluem os dados do INE. "No primeiro trimestre de 2015, os edifícios licenciados diminuíram 1,3% face ao período homólogo, totalizando 3,9 mil edifícios. Nos edifícios licenciados para construções novas, observou-se um acréscimo de 7,1%, enquanto no licenciamento para reabilitação se registou um decréscimo de 15,9%. Os edifícios concluídos registaram uma diminuição de 25,6% totalizando 3,1 mil edifícios", adianta o INE. Confirmam-se, assim, as conclusões das Contas Nacionais referentes ao primeiro trimestre de 2015, ao assinalar-se uma forte recuperação do investimento em construção, com uma variação homóloga de 8,5%. A construção foi assim um dos principais responsáveis pelo crescimento da economia.

de todos os países da União Europeia em 2014, de acordo com os dados divulgados pelo Eurostat. Portugal surge, assim, a par da Grécia, onde este índice de consumo individual efetivo, medido em paridade do poder de compra, se situa num nível 17% inferior à média da UE. Abaixo de Portugal surgem 12 países da União Europeia, com a Lituânia (-20%) logo abaixo de Portugal e a Bulgária (-51%) no último lugar. Logo acima de Portugal e da Grécia surge a Espanha, Chipre, Irlanda e Itália, com o consumo per capita nestes países a situar-se entre 10% e 2% abaixo da média da UE. O Luxemburgo é o país da UE com o consumo per capita mais elevado da UE (40% acima da média), surgindo depois da Alemanha, Áustria e Dinamarca. Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org

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intercâmbio comercial intercambio comercial

Intercambio comercial luso

español en enero-abril de 2015

S

e acaban de hacer públicas las estadísticas oficiales del comercio exterior español relativas al primer cuatrimestre de 2015. A primera vista destaca un ligero aumento tanto en las ventas como en las compras acumuladas españolas a Portugal, del 0,08% y 10,06%, respectivamente. Respecto a la evolución mensual, este mes de abril sufre una quiebra respecto al mes anterior tanto en las ventas como en las compras. El comercio bilateral en su conjunto superó los 9.193,9 millones de euros habiendo generado un superávit favorable a España superior a los 2.256,9 millones de euros y una tasa de cobertura del 165,07%. Los cuadros 2 y 3 que recogen la distribución geográfica del comercio

exterior español dan fe de las posiciones relativas de Portugal en el comercio exterior español que siguen inalteradas en la quinta posición entre los principales clientes de España (7%) y la octava posición entre nuestros principales proveedores (3,9%). A su vez, el peso relativo de Portugal en el comercio exterior español con los 28 países de la UE es del 10,9% y 7,1%, respectivamente. En la distribución sectorial del comercio bilateral (cuadros 4 y 5) cabe destacar el peso del sector “Vehículos automóviles; tractor” cuya cifra global supera los 988,6 mil millones de euros, de los cuales 573,9 millones de euros se refieren a la oferta española y 414,8 millones de euros a las compras a su vecino Portugal. Otra importante partida se refiere a los combustibles, aceite mineral que registran una cifra

de ventas de 299,8 millones de euros y de compras de 385,2 millones de euros. Las máquinas y aparatos mecánicos alcanzaron, a su vez, una cifra de ventas a Portugal superior a los 357,9 millones de euros y las compras se quedaron en los 138,50 millones de euros. Las materias plásticas es igualmente una partida importante con una cifra total que supera los 553,1 millones de euros. Las prendas de vestir, punto son igualmente un apartado a destacar entre los productos más comprados por España a Portugal. Señalamos el peso de las CC.AA. de Cataluña, Madrid y Galicia en el comercio bilateral que en su conjunto representan el 52,8% de este comercio con un volumen de transacciones que supera los 4.851,9 millones de euros.

Balanza

1.Balanza comercial de España con Portugal en enero-abril 2015 VENTAS ESPAÑOLAS 15

COMPRAS ESPAÑOLAS 15

Saldo 14

Cober 14 %

1.273.065,27

787.297,60

485.768

161,70

1.394.797,28

779.497,73

615.300

178,94

feb

1.424.674,66

881.040,78

543.634

161,70

1.338.884,15

766.810,74

572.073

174,60

mar

1.544.255,54

909.551,96

634.704

169,78

1.454.677,19

822.211,81

632.465

176,92

abr

1.483.478,88

890.593,70

592.885

166,57

1.532.349,96

782.847,71

749.502

195,74

may

0,00

0,00

0

0,00

1.486.578,30

912.595,57

573.983

162,90

jun

0,00

0,00

0

0,00

1.482.773,80

871.005,17

611.769

170,24

jul

0,00

0,00

0

0,00

1.570.348,08

879.267,89

691.080

178,60

ago

0,00

0,00

0

0,00

1.364.765,16

687.959,14

676.806

198,38

sep

0,00

0,00

0

0,00

1.697.509,98

875.454,32

822.056

193,90

oct

0,00

0,00

0

0,00

1.799.843,69

918.444,34

881.399

195,97

nov

0,00

0,00

0

0,00

1.426.480,47

867.186,35

559.294

164,50

dic

0,00

0,00

0

0,00

1.464.870,06

845.054,06

619.816

173,35

5.725.474,36

3.468.484,05

2.256.990

165,07

18.013.878,11

10.008.334,83

8.005.543

179,99

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

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Cober 15 %

VENTAS COMPRAS ESPAÑOLAS 14 ESPAÑOLAS 14

ene

Total

Saldo 15


Rankings 2.Ranking principales paises clientes de España enero a abril 2015

Aprovechamos este espacio que dedicamos a las estadísticas del comercio bilateral para aclarar una cuestión que muchos de nuestros lectores nos colocan. Se refiere a la discrepancia de datos estadísticos entre Portugal y España. El Consejero Comercial de la Embajada de España, Walden Fernández, nos hace la siguiente aclaración: “Se trata en definitiva de conceptos diferentes. En primer lugar lo que son exportaciones españolas a Portugal, para Portugal son importaciones portuguesas procedentes de España y aunque la mercancía y el valor de la misma sean los mismos, los Incoterms son distintos. Las exportaciones se valoran FOB, puerto de embarque, mientras que las importaciones se valoran CIF, puerto de entrada al país de destino. Esto ya es una fuente importante de discrepancias, sobre todo si los dos países que intervienen en el comercio están muy distantes entre sí, que no es el caso entre España y Portugal. Pero también hay otras, como por ejemplo el desajuste temporal (en efecto las fechas de expedición de la mercancía y de introducción de ésta en destino no son las mismas); existe un distinto tratamiento de los países (países de origen y de procedencia). Y por si fuera poco cada país tiene su propia metodología de obtención de datos, así como de tratamiento posterior de los mismos, lo que puede dar lugar a diferentes valoraciones en las aduanas de la misma mercancía. Cuando se realizan estudios o comparativas de datos estadísticos, la recomendación es siempre la de utilizar una sola fuente. El mezclar los datos de un país con los que proporciona otro, para realizar comparaciones u obtener porcentajes, carece de rigor estadístico o académico y no se debe hacer nunca”. 

Orden País

Importe

1

001 Francia

12.887.439,51

2

004 Alemania

9.041.419,95

3

005 Italia

6.192.921,68

4

006 Reino Unido

6.013.255,73

5

010 Portugal (d.01/01/86)

5.725.474,36

6

400 Estados Unidos

3.580.326,60

7

003 Países Bajos

2.689.100,38

8

017 Bélgica (d.01/01/99)

1.995.404,22

9

204 Marruecos

1.901.141,78

10

052 Turquía

1.626.909,19

11

060 Polonia

1.493.622,81

12

720 China

1.429.551,77

13

412 México

1.409.074,33

14

039 Suiza (d.01/01/95)

1.258.004,17

15

632 Arabia Saudí

1.080.271,23

16 17 18 19 20

208 Argelia

1.068.488,29

508 Brasil

973.925,18

952 Avituallamiento terceros 732 Japón

940.399,64 863.368,00

030 Suecia

735.624,26

SUBTOTAL

62.905.723,07

TOTAL

81.891.083,64

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

3.Ranking principales paises proveedores de España enero a abril 2015 Orden País

4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero a abril 2015 Orden Sector

Importe

1

87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

414.759,15

2

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

385.155,24

3

61 PRENDAS DE VESTIR, DE PUNTO

205.775,93

4

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

194.908,82

5

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

138.494,59

6

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

135.446,70

7

24 TABACO Y SUS SUCEDÁNEOS

135.207,38

8

94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS

119.537,06

9

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

113.525,38

TOTAL

3468.484,05

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia

5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero a abril 2015 Orden Sector

Importe

1

87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR

573.863,97

2

39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.

358.162,00

3

84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS

357.891,00

4

27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.

299.766,76

5

85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS

296.893,70

6

72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO

237.150,98

7

02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES

193.001,19

8

48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA

170.300,89

9

62 PRENDAS DE VESTIR, NO DE PUNTO

164.593,34

TOTAL

5.725.474,36

Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T. y elaboración propia

Importe

1

004 Alemania

11.535.457,91

2

001 Francia

10.302.294,58

3

720 China

7.432.228,13

4

005 Italia

5.372.514,27

5

400 Estados Unidos

4.403.006,10

6

006 Reino Unido

3.656.676,32

7

003 Países Bajos

3.644.139,62

8

010 Portugal (d.01/01/86)

3.468.484,05

9

017 Bélgica (d.01/01/99)

2.348.133,54

10

208 Argelia

2.111.927,58

11

204 Marruecos

1.601.583,22

12

060 Polonia

1.574.902,08

13

052 Turquía

1.543.195,23

14

288 Nigeria

1.503.343,44

15

412 México

1.234.748,97

16

061 República (d.01/01/93)

17 18

6.Evolución del Intercambio Comercial Portugal-España 2015

7.Ranking principales cc.aa proveedoras/clientes de Portugal enero a abril 2015 VENTAS ESPAÑOLAS 15

COMPRAS ESPAÑOLAS 15

1.199.104,10

CC.AA.

632 Arabia Saudí

1.108.648,86

Cataluña

1.423.722,53

Madrid, Comunidad de

624.269,98

664 India

1.082.397,35

Madrid, Comunidad de

899.021,18

Galicia

613.600,73

19

007 Irlanda

1.067.528,49

Galicia

737.611,42

Cataluña

553.693,40

20

075 Rusia (d.01/01/92)

1.037.421,79

Andalucía

616.278,34

Comunitat Valenciana

332.972,37

Checa

SUBTOTAL

67.227.735,62

Comunitat Valenciana

341.157,01

Andalucía

303.395,71

TOTAL

89.668.145,40

Castilla-La Mancha

322.865,46

Castilla y León

211.671,25

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.

JULHo de 2015

ac t ua l i da d € 63


oportunidades de negócio

oportunidades de negocio

Empresas Portuguesas

Oportunidades de

negócio à sua espera

BUSCAN

REFERENCIA

Empresas españolas fabricantes de vidrio templado de 19 mm de espesura y 2400 mm de diámetro

DP150502

Empresa portuguesa de equipamientos médicos, busca empresas españolas del sector interesadas en comprar productos médicos y hospitalar de esterilización y desinfección

OP150401

Empresa portuguesa de logística busca empresas portuguesas que exporten para España

OP150402

Empresa portuguesa de logística busca importadores españoles de tejidos para toallas; algodón rizado y felpa

OP150403

Empresa portuguesa fabricantes de equipos en inox busca empresas españolas del sector para presentar sus productos

OP150404

Empresa portuguesa de comercialización de sistemas de digitalización 3D busca contactos de empresas españolas para presentar sus productos

OP150405

Empresa portuguesa del sector de la metalurgia busca empresas españolas fabricantes de semirremolques, compresores, generadores, máquinas de embalaje y máquinas y equipamientos eléctricos para presentar sus servicios

OP150406

Empresa portuguesa del área de la distribución de bricolaje y afines busca socio español para aumentar la distribución de sus productos

OP150407

Empresa portuguesa de asesoría busca empresas españolas de transporte de mercancías en Galicia, Cataluña y Madrid para presentar sus servicios

OP150501

Empresa portuguesa distribuidora de café busca empresas españolas interesadas en representar sus productos

OP150502

Empresa portuguesa del sector textil busca empresas españolas del mismo sector para una relación comercial

OP150503

Empresas españolas importadoras de fruta

DP150504

Empresas españolas fabricantes de máquinas para la producción de hielo seco

DP150505

Empresas españolas fabricantes de biscotes

DP150506

Empresas españolas de metalúrgia

DP150601

Empresas Espanholas PROCURAM

REFERÊNCIA

Empresas portuguesas fabricantes de tubos de aço com solda helicoidal

DE150506

Empresa espanhola do setor das ferramentas industriais procura empresas portuguesas que trabalham com madeira e metais para apresentar os seus produtos

OE150401

Empresa espanhola procura distribuidores de artigos sanitários para distribuir os seus produtos em Portugal

OE150402

Empresa espanhola do setor da alimentação procura empresas portuguesas que importem vitelo ou cordeiro em carcaça/canal

OE150403

Empresa espanhola do setor dos móveis procura empresas portuguesas do setor da bricolagem (distribuição) para apresentar os seus produtos

OE150404

Empresa espanhola do setor da biotecnologia procura fabricantes de testes de diagnóstico de doenças infecciosas em Portugal para apresentar os seus produtos

OE150405

Empresa espanhola fabricante de elementos logísticos de plástico procura empresas portuguesas importadoras de paletes de plástico

OE150406

Empresas importadoras portuguesas

DE150508

Empresas portuguesas importadoras/distribuidoras de puericultura têxtil

DE150509

Clínicas de medicina estética em Portugal

DE150510

Empresas portuguesas de contabilidade

DE150511

Agente comercial para o mercado português, além de fabricantes de peças de malha e camisolas

DE150601

Empresas portuguesas fabricantes de dobradiças de aço inoxidável para assentos de WC

DE150602

Empresas portuguesas fabricantes/ exportadoras de roupa (pijamas, roupões e camisas de dormir)

DE150603

Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola

64 act ualidad€

JULHo de 2015


oportunidades de negocio

oportunidades de negĂłcio

JULHo de 2015

ac t ua l i da d â‚Ź 65


calendário fiscal calendario fiscal >

S

T

Q

Q

S

S

D

S

T Q

Q

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S

D

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

Julho Prazo

Imposto

Até 10

Declaração a enviar/Obrigação

Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação

IVA

Declaração periódica e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em maio/2015

Contribuintes do regime normal mensal

Segurança Social

Declaração mensal de remunerações relativas a junho/2015

Entidades empregadoras

15

IRC/IRS/IVA/ Selo

IES - Declaração Anual do exercício/ ano de 2014

Sujeitos passivos do IRC, com período de tributação coincidente com o ano civil e sujeitos passivos do IRS com contabilidade organizada

15

IRC

Constituição do processo de documentação fiscal, do exercício de 2014, incluindo a documentação relativa à política de preços de transferência

Sujeitos passivos do IRC

20

Segurança Social

Pagamento das contribuições e quotizações relativas às remunerações de junho/2015

Entidades empregadoras

20

IRS/IRC/ SELO

Pagamento das retenções de IRS e IRC ou do imposto do selo liquidado em junho/2015

Entidades devedoras dos rendimentos e do imposto do selo

20

IVA

Entrega da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em junho/2015, que se consideram localizadas no Estado membro do adquirente

Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50 mil euros no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

20

IVA

Declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ ou prestações de serviços realizadas no 2º trimestre/2015, que se consideram localizadas no Estado membro do adquirente

Contribuintes do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens não tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores

20

IRS

1º pagamento por conta do IRS 2015

Sujeitos passivos do IRS – rendimentos empresariais e profissionais

25

IVA

Comunicação dos elementos das faturas emitidas em junho/2015

Sujeitos passivos do IVA (pessoas singulares ou coletivas)

31

IRC/IRS

Declaração Mod 30 – Rendimentos pagos ou colocados à disposição de não residentes, em maio de 2015

Entidades pagadoras de rendimentos

31

IRC

1º Pagamento por conta do IRC de 2015

Sujeitos passivos do IRC que desenvolvem a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, cujo período de tributação seja coincidente com o ano civil.

31

IRC

1º Pagamento adicional por conta (derrama estadual) do exercício de 2015

Sujeitos passivos do IRC que desenvolvem a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, que tenham tido no ano anterior um lucro tributável superior a 1.500.000 €.

31

IVA

Pedido de restituição do IVA suportado em 2014 noutro Estado membro da UE

Sujeitos passivos de IVA

10

66 act ualidad€

JULHo de 2015

Observações

É também aplicável aos sujeitos passivos do IVA, isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços que se considerem localizadas noutros estados membros da UE

Não é aplicável qualquer limitação ou dispensa quanto ao 1º ou 2º pagamento por conta.

Pode ainda ser enviada até 30 de setembro


bolsa de trabajo Bolsa de trabalho

Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código

Sexo

BE140257

M

BE140258

F

Data de Nascimento Línguas

Área de Atividade

10/05/1978

PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS/ INGLÊS

ENGENHARIA E CONSULTORIA AMBIENTAL

PORTUGUÊS/ INGLÊS

SOCIÓLOGA

BE140259

F

18/04/1973

PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS/ FRANCÊS

DIREITO

BE140260

M

30/08/1970

PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS/ FRANCÊS

ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA

BE140261

M

30/04/1957

PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ ALEMÃO/ FRANCÊS

ENGENHARIA CIVIL

BE140262

F

20/11/1972

ESPANHOL/ INGLÊS/ FRANCÊS/ ALEMÃO/ PORTUGUÊS

ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS, COMUNICAÇÃO E LÍNGUAS

BE140263

M

28/06/1985

PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS

PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

BE140264

F

ESPANHOL/ INGLÊS/ FRANCÊS/ PORTUGUÊS

DIREITO HUMANITÁRIO

BE140265

F

24/10/1980

ESPANHOL/ INGLÊS/ ITALIANO/ ALEMÃO/ PORTUGUÊS

COMÉRCIO INTERNACIONAL

BE140266

M

30/12/1990

INGLÊS / FRANCÊS / ESPANHOL

GESTÃO DE CLIENTES / ADMINISTRATIVO

BE140267

F

06/02/1984

INGLÊS/ ESPANHOL

ASSISTENTE DE VENDAS

BE140268

F

16/04/1982

FRANCÊS / INGLÊS / ESPANHOL

ADMINISTRATIVA

BE140269

F

03/10/1973

ESPANHOL/ FRANCÊS/ INGLÊS

JORNALISMO

BE140270

M

INGLÊS / PORTUGUÊS

GESTÃO

BE140271

M

INGLÊS/ ESPANHOL/ ALEMÃO

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

BE140272

F

INGLÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS

VETERINÁRIA

24/07/1991

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n o v eJm U bL H r o d e 2 0 1 45

ac t ua l i da d € 67


espaço de lazer

espacio de ocio

Madrid se rinde al fado La V edición del Festival del Fado en Madrid volvió a ser un gran acontecimiento cultural en España. Este evento reunió a tres grandes nombres del Fado, Carminho, Raquel Tavares y Cristina Branco y se organizaron diferentes actividades para promover y divulgar la lengua y cultura portuguesa en la capital española. Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR

P

or quinto año consecutivo Madrid ha acogido una nueva edición del Festival del Fado, una cita imperdible para todos los apreciadores de este estilo musical portugués. Del 26 al 28 de junio han sido muchos los españoles que han acudido a los conciertos, exposiciones, conferencias y películas que en esta ocasión han girado en torno a un tema: Las mujeres en el Fado. Las actuaciones de Carminho (foto a la izq.), Cristina Branco (foto al centro) y Raquel Tavares (foto a la derecha), en los Teatros del Canal de Madrid dejaron al público entusiasmado que teniendo en cuenta su presencia (una media del 90% de asistencia a cada concierto), es un gran apreciador del fado. Este festival, coproducido por Alto e Bom Som Produções y Everything is New y patrocinado por Turismo de Portugal, nació hace cinco años para cubrir una laguna porque no existía un festival internacional del fado. Tal y como reconoce su director, Frederico Carmo, “hay un gran interés por el fado en España y me encantaría llevar el festival a muchas ciudades, siempre y

68 act ualidad€

JULHo de 2015

cuando tuviésemos el apoyo económico necesario”. De momento, después de la reciente cita de Madrid, será la ocasión de llevar el fado a Sevilla, donde se celebrarán tres espectáculos el próximo otoño, pero no de forma consecutiva. Y fuera de Europa ya han llevado el festival a Brasil, Argentina y Colombia. Después de abordar los temas de la historia del fado, las casas de fados, los poetas y el fado y el cine y el fado, ha sido la vez de hablar de las mujeres en el fado. “El fado se ha identificado mucho con la mujer gracias sobre todo al trabajo realizado por Amalia Rodrigues y María Severa”, subraya el director del festival. Para la directora del Museo del Fado, Sara Pereira, “De Severa a Amalia o a las nuevas divas, la Mujer ocupa un lugar de absoluta centralidad en el camino de la consagración gradual del Fado, como protagonista de los grandes momentos de su historia”. Tres mujeres fueron sin duda las protagonistas de esta cita cultural: Carminho, Raquel Tavares y Cristina Branco. Tres voces contemporáneas del fado que tanto mundo han recorrido y que en cada viaje llevan un poquito de

Portugal a los países que visitan. Carminho (nacida en Lisboa, en 1984) es una voz muy conocida y apreciada en España, en parte gracias a su participación en uno de los temas del conocido cantante español Pablo Alborán. Con el tema conjunto “Perdóname” Carminho fue la primera artista portuguesa en llegar al número 1 del top español. Cristina Branco (natural de Almeirim, nacida en 1972) es también una vieja conocida del público español al que ha conquistado con su singular estilo de interpretar el fado. Raquel Tavares (Lisboa, 1985) participó el año pasado en el festival como invitada de Carlos do Carmo y en esta ocasión se sintió una privilegiada de ser una protagonista del cartel junto a dos de las grandes voces del fado. Raquel Tavares, sangre española “Actuar en España es para mí un privilegio, siento que tengo sangre española”, confiesa la fadista cuya bisabuela era sevillana. “En mi casa siempre me dicen que soy la más española de la familia”, bromea, y reconoce que le encanta escuchar los piropos de


espacio de ocio

“¡Guapa!” cuando está en el escenario. Encuentra muchas similitudes entre el fado y el flamenco porque “ambos cantan la vida, las emociones” y cree que los españoles, a pesar de la barrera del idioma, “entienden el mensaje que se les transmite, viven la música”. En septiembre Raquel Tavares lanza su nuevo trabajo en el que habrá grandes novedades. “Durante 20 años

espaço de lazer

he defendido el fado tradicional y mi nario el ambiente fadista de su barrio. próximo disco será diferente, puede “Altero mucho el espectáculo en funsorprender”, avanza la fadista. Cree que ción del público”, reconoce. Quiere desde hace quince años el fado vive un que el público sienta la plenitud del momento muy bueno, de prosperidad, fado, “su lado más emotivo pero que que llega a todos los públicos, no solo a no piense que es solo tristeza”. Para los mayores, y logra llamar la atención esta fadista es importante que se sepa de los medios de comunicación. que los portugueses son un pueblo de Raquel Tavares nació en Alfama y fiesta que sabe recibir bien y que “el cuando actúa intenta llevar al esce- fado puede ser alegría”. 

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JULHo de 2015

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espaço de lazer

espacio de ocio

Agenda cultural

Música

Nos Alive com quatro palcos em Algés

Livros “Cooking Sales: Vender mais e melhor”

Depois de publicado em Esp a n h a , “Cooking Sales: Vender mais e Melhor” é agora lançado em Portugal. Javier Fuentes Merino, CEO do grupo Venta Proactiva, empresa especializada em gestão de equipas comerciais, dá algumas dicas para aumentar vendas. Nomeadamente, o livro “explica como selecionar equipas comerciais, formá-las, motivá-las, controlá-las e como elaborar um plano de vendas”. O autor debruça-se sobre questões como “o comercial mimético, que fatores motivam mais os comerciais, por que razão os professores de marketing raramente abordam a direção de vendas, vender em tempos de crise, catalisadores que potenciam as vendas”, entre outros temas.

“Como Inovar - A minha empresa é o meu primeiro emprego”

Da autoria de Jorge Vasconcellos Sá, Magda Pereira, Fátima Olão e Elizabeth Borges, o livro pretende ser um guia prático para potenciais empreendedores, revelando como passar de uma ideia a um projeto empresarial e quais os passos a dar para criar uma empresa.

Três dias e quatro palcos balizam o programa da nona edição do festival Nos Alive, que conta com os Muse, os The Prodigy e os Disclosure Live como cabeças de cartaz, nos dias 9, 10 e 11 deste mês, respetivamente. No Passeio Marítimo de Algés atuam ainda no dia 9, no palco principal altJ, Ben Harper & The Innocent Criminals, James Bay e The Wombats. Dia 10, além dos Prodigy, sobem ao palco Nos, os Mumford & Sons, Sheppard e Marmozets. No último dia, o mesmo palco recebe Sam Smith, Counting Crows e HMB. O festival inclui ainda os palcos Heineken, Nos Clubbing e o espaço Raw Coreto by G-Star Raw. Entre as propostas agendadas para estes três cenários, destaque para os lendários The Jesus and Mary Chain e para os portugueses Dead Combo, que atuam no dia 11, no palco Heineken. Para animar o final da noite, haverá sempre um dj de serviço: Zé Pedro estará ao leme na primeira noite do festival, Fernando Alvim comanda a play list no dia 10 e Pedro Ramos encarrega-se do encerramento do festival.

Nos dias 9, 10 e 11 de julho, no Passeio Marítimo de Algés

Amor Electro, Paulo Gonzo e Ana Moura no Sushi Fest

Uramakis, hosomakis, niguiris, sashimis, hotmakis, gunkans entre outras iguarias, integram a carta da primeira edição do Sushi Fest que vai decorrer nos dias 2, 3 e 4 de Julho, nos Jardins Marquês de Pombal, em Oeiras. A ementa deste festival, idealizado por Nuno Graciano, inclui também Amor Electro, Paulo Gonzo e Ana Moura, já que a iniciativa foi pensada para casar o prazer do sushi com o da música. A banda Amor Electro atua na primeira noite do festival, Paulo Gonzo, no dia 3 e a fadista Ana Moura, na última noite. A organização promete que a animação continua depois dos concertos, com Dj’s. Neste festival pode comer tudo o que quiser da extensa ementa preparada pelos chefs Daniel Rente, Paulo Morais e Anna Lins e que será servida em tabuleiros, que os promotores farão circular pelo recinto, bem como nos sushis bares do festival. Os bilhetes, a partir de 60 euros por dia, incluem também duas cervejas, um chá, e um café. No recinto haverá um Espaço Japão, onde poderá comprar produtos japoneses, fazer workshops de origami, caligrafia japonesa, bonsai, introdução ao taiko (tambor japonês, entre outras áreas.

Dias 2, 3 e 4 de julho, em Oeiras

70 act ualidad€

JULHo de 2015


espacio de ocio Exposições

Josefa d’Óbidos, a pintura barroca de uma mulher do século XVII emancipada

Filha do pintor português Baltazar Gomes Figueira, que trabalhou em Espanha, e da andaluza Catarina de Ayala Camacho Cabrera, Josefa de Ayala Figueira, nasceu em Sevilha, em 1630. Viveu e trabalhou quase sempre na Quinta da Capeleira, em Óbidos, de onde era natural o seu pai, ficando conhecida como Josefa de Óbidos. No século XVII, conseguiu a proeza de se emancipar, vivendo do seu trabalho, em pintura, gravura, escultura em barro, estampagem, figurinismo, arranjos florais, etc. Muito apreciadas na época, as obras da pintora, que foi apadrinhada pelo pintor espanhol Francisco Herrera, El Viejo, têm sido bastante disputadas pelos colecionadores, mas frequentemente depreciadas pelos críticos de arte. Com a exposição “Josefa de Óbidos e a Invenção do Barroco Português”, o Museu Nacional de Arte Antiga (MNA), em Lisboa, quer revisitar o trabalho da artista, para “mostrar a um novo público as suas pinturas, muitas em coleções privadas, e voltar a interrogar essas obras à luz dos contributos críticos entretanto colhidos, em exposições nacionais e internacionais onde a presença da pintora foi particularmente forte”, bem como “afastar de Josefa o mito da artista curiosa, porém provinciana, e apresentá-la como uma mulher emancipada e culta, cuja fé reflete a espiritualidade do século XVII, e como o mais eficaz e reputado expoente do Barroco português no ciclo que se seguiu à Restauração”. O MNA frisa que “Josefa de Óbidos criou algumas das ima-

espaço de lazer

gens mais reconhecíveis da História da Arte portuguesa”, sendo “fascinante pela sua condição de género” e “pela individualidade do seu percurso artístico”. A pintora é muito popular pelas suas naturezas mortas, bem como pelos seus retábulos e pelos meninos Jesus, de rosto doce, que contrastam com o “Cristo Flagelado”, que também podemos ver na mostra. Francisco de Zurbarán, conhecido como “o Caravaggio espanhol”, foi uma das suas maiores influências, como se poderá atestar pelas duas obras do pintor presentes na exposição. Comissariada por Joaquim Oliveira Caetano, Anísio Franco e José Alberto Seabra Carvalho, esta grande exposição apresenta mais de 130 peças (pintura, escultura e artes decorativas), distribuídas por oito núcleos, contando parte da história do Barroco português nos anos que se seguiram à Restauração da Independência. As obras expostas foram cedidas por instituições como os museus do Prado e de Bellas Artes de Sevilha, o Mosteiro do Escorial e por inúmeros colecionadores privados.

Até 6 de setembro, no MNA, em Lisboa

Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

Festival internacional de gigantes no Pinhal Novo Teatro de rua, marionetas, músicas do mundo, circo, dança, exposições, muitas atividades vocacionadas para o público infantil, arruadas, desfiles e a presença de figuras tradicionais como gigantones, cabeçudos e zés pereiras, acompanhados pelas percussões, pelas gaitas de foles e pelo fogo, vão animar o Pinhal Novo, nos dias 3, 4 e 5 de julho, no âmbito do 8.º FIG, Festival Internacional de Gigantes, organizado pela Câmara Municipal de Palmela. O evento, que cruza “a cultura festiva tradicional, de raiz ibérica” com “as expressões artísticas contemporâneas, marcadas pelas fascinantes máquinas e estruturas de grandes dimensões”, contará com grupos e artistas de Portugal, Espanha, Alemanha e Israel. Os espetáculos acontecem entre o Jardim José Maria dos Santos e a Praça da Independência pela mão de grupos como o Teatro do Mar, as Marionetas do Porto, Circ Panic, Markeliñe, Sardana, Adam Read & Fyodor Makarov, La Fontana Formas Animadas, Still Sunday Pirate, Arsha, Constantino Teixeira, Catarina Requeijo, Pas de Problème, Associação Tradição Açores e Drac D’Or, entre outros. A organização destaca ainda os grupos locais, parceiros de organização: Bardoada - o Grupo do Sarrafo, ATA (Acção Teatral Artimanha), Associação Juvenil COI e PIA (Projetos de Intervenção Artística). Participam também as companhias locais Teatro O Bando, DançArte/Passos e Compassos, Manuel Amarelo, Teatro Sem Dono,

Avozinhas e Associação FIAR, Leónia de Oliveira e Batalha do Modesto Camelo Amarelo. O programa inclui um Encontro sobre Cultura Popular, que “convida, este ano, um grupo de gaiteiras para uma conversa onde se pretende aprofundar o tema e troar experiências”, e apresenta, publicamente, a maleta pedagógica “Gaita-de-Foles” – um novo recurso que estará à disposição do Museu Municipal e da comunidade educativa do concelho, para divulgar e valorizar este instrumento musical e a sua importância na tradição musical portuguesa.

Dias 3,4 e 5 de julho, no Pinhal Novo (Palmela) DE Z eJJm UUN b ro O d e 2 0 1 35 LH

ac t ua l i da d € 71


espaço de lazer

espacio de ocio

Vasco Lello coloca arroz no pódio do Flores do Bairro

No restaurante do Bairro Alto Hotel, em Lisboa, o arroz protagoniza uma ementa que testemunha a paixão do chefe Vasco Lello por este ingrediente. Mas há muito mais para saborear no Flores do Bairro.

“S

Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR

e queremos um arroz caldoso, não o lavamos”, explica o chefe Vasco Lello, adiantando também que “a qualidade do grão é muito importante”, ou seja, “convém que não parta facilmente, porque os grãos partidos cozem mais depressa e empapam”. São algumas dicas a ter em conta quando se quer cozinhar arroz, mas cedo se percebe que há tantas fórmulas quantas as variedades de arroz. Vasco Lello reconhece que tinha dificuldade em domar este ingrediente, quando começou a cozinhar, mas não virou costas ao desafio, e, além de o superar, aca-

72 act ualidad€

JULHo de 2015

bou por se “apaixonar” pelas possibilidades culinárias que o arroz oferece, sobretudo pelo carolino, que é o mais antigo na cozinha tradicional portuguesa. O arroz carolino, que pertence à espécie Japónica, é um dos mais difíceis de cozinhar, porque tem bastante goma e empapa com facilidade. Atualmente, esta variedade merece lugar de destaque na ementa “arrozes do bairro” criada pelo chefe para o restaurante que lidera desde 2011, o Flores do Bairro. Está presente, por exemplo, na receita de arroz de berbigão com chips de corvina, o “best seller” do Flores, que esteve na origem da criação do

menu “arrozes do bairro”, no passado mês de fevereiro. O chefe usa a variedade carolino Ronaldo, oriunda dos arrozais do Sado, “onde a qualidade do terreno e as favoráveis condições climatéricas permitem um produto de exceção numa produção não industrializada, que respeita os métodos de produção artesanais e o meio ambiente”. Vasco Lello esclarece que “o ronaldo tem muito mais goma que o normal, excelente para o arroz caldoso, como o arroz de berbigão, que é inspirado na receita de Bulhão Pato (originalmente feita com amêijoas)”. Vasco Lello usa o carolino também para o vegetariano arroz de alcacho-


espacio de ocio

fras, que começa por ser frito, para ficar mais seco e mais gorduroso, e também para as novas receitas de verão, o “Cheira bem, cheira a Lisboa”, um arroz malandrinho com tomate, manjericão e croquetes de sardinha, o “Carolino de Verão”, que leva caracóis, orégãos e codorniz “à Guia”, e o “Da Horta”, um carolino com os legumes disponíveis assados e a mistura de ervas do Flores. Estes pratos custam entre 12 a 13,5 euros. A carta do Flores do Bairro inclui outras propostas que não passam pelo arroz. Assim nas entradas será possível encontrar este verão “uma sopa de tomate, inspirada no Alentejo”. Nas sugestões de peixe, dispõe do bacalhau à Brás, “que replica o sabor da receita original, mas é apresentado de forma diferente”. O bacalhau protagoniza ainda outro prato que colhe influências marroquinas, sendo servido com uma harira (sopa de lentilhas e especiarias). Entre os pratos de carne, o chefe indica o leitão, o tártaro de novilho, ou a tira de entrecosto servida com kinchi coreano (couve fermentada). Vasco Lello conta que o seu percurso não havia quase passado pela pastelaria até chegar ao Bairro Alto Hotel. “Esse foi um dos aliciantes, aprendo todos os dias, pelo que tem sido muito bom”, comenta. Para a ementa de verão do Flores do Bairro, o chefe preparou “uma sobremesa de pêssego, cujo aroma faz lembrar esta estação”. Também por lá encontra clássicos como o pudim Abade de Priscos, servido com gelado de tangerina. A formação deste chefe de origem alentejana começou com a avó, que lhe ensinou a fazer migas, cozido de grão, entre outras iguarias locais, e prosseguiu na Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril. O currículo de Vasco Lello conta com espaços de renome, como o restaurante Terreiro do Paço, o Bica do Sapato, bem como as cozinhas do Hotel Palácio de Seteais, do Hotel Le Méridien e do Hotel Pestana Palace, onde trabalhou com chefes como Aimé Barroyer e Eduardo Mello, que consi-

espaço de lazer

dera terem sido dois dos seus maiores alia inovação e tradição, o que Vasco Lello admira: “Acho fantástica a capamestres. Vasco Lello diz-se autor de uma co- cidade que o restaurante Arzak tem de zinha “marcadamente portuguesa”, manter os pratos tradicionais ao lado personalizada pelas suas “vivências”, de outros mais inovadores.” A equipa, pelo que acusa influências do resto do “muito bem organizada”, também espemundo, que faz por conhecer. Sente- lha isso, já que é composta por jovens e se bastante cativado pelas cozinhas do por cozinheiros muito experientes. O chefe participou também em evenNorte de África e da Ásia, que considera “criativas e desafiantes”. Viajar é um tos como o recente Peixe em Lisboa e o dos maiores prazeres de Vasco Lello, Tascas no Cais (2014), onde surpreenque pretende proximamente explorar deu, criando e apresentando a Trifana, melhor a Ásia. “Estive recentemente na que leva três tipo de carne de porco: China e gostava de conhecer a Tailân- secretos, barriga e cabeça xara. No Bairro Alto Hotel, Vasco Lello é dia, o Vietname. Em fevereiro do ano passado, Vasco responsável pela carta do restaurante Lello estagiou com o chefe Arzak, no Flores do Bairro, bem como pelas do restaurante Arzak, 3 estrelas Michelin, Café BarBa (lobby do hotel) e do Terraem San Sebastián. Uma “experiência ex- ço BA (topo do hotel).  celente” e uma oportunidade para ficar a conhecer melhor “o arroz bomba”, de Flores do Bairro grão mais curto, usado para a popular Praça Luís de Camões, N.º2, Lisboa paella espanhola. Sendo um dos mais Tel: 21 340 82 88 conceituados chefes do mundo, Arzak JULHo de 2015

ac t ua l i da d € 73


últimas

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Statements Para pensar

“Há ainda muito trabalho a fazer para melhorar a forma como as empresas portuguesas se inserem nas cadeias internacionais de valor” Manuel Caldeira Cabral, docente da universidade do Minho, “Jornal de Negócios”,

17/6/15

“Os códigos de governo apresentam modelos de boas práticas, mas a sua concretização, em última análise, depende mais de questões comportamentais do que regulatórias. A transparência a que as empresas cotadas estão obrigadas torna mais fácil identificar eventuais problemas comportamentais que possam surgir e que (...) muito dificilmente poderão passar despercebidos aos investidores mais atentos e aos organismos de regulação” Abel Sequeira Ferreira, diretor executivo da AEM, “Diário Económico”, 23/6/15

“Não ficaremos por aí [embarque de veículos para exportação], porque também queremos receber em Setúbal os carros que serão importados pelo mercado espanhol”

Vítor Caldeirinha, presidente da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, “Exame”,

1/6/15

“Agradeço à SEAT, que tem sido um símbolo de modernização em Espanha e que é hoje uma referência através do programa de Dupla Formação Profissional [através do qual a SEAT contratará mais 48 jovens, entre os 19 e os 23 anos, atualmente a fazer formação na empresa]” Fátima Báñez, ministra espanhola para o Emprego e Assistência Social, sobre o contributo da SEAT no âmbito da estratégia pública de fomento ao empreendedorismo e emprego jovem, que já ajudou 408 mil jovens a integrar o mercado de trabalho, “TheNewsMarket.com”, 9/6/15

“Estas contratações vão, mais uma vez, confirmar o compromisso da SEAT para com a aprendizagem dos jovens e a sua formação e desenvolvimento profissionais” Josef Schelchshorn, vice-presidente da SEAT para os Recursos Humanos, durante a visita da

ministra Fátima Báñez à fábrica do grupo em Martorell, que tem em curso vários programas internos de contratações de RH, “TheNewsMarket.com”, 9/6/15 act ualidad€

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