Revista Juntos Somos Mais Especial Tecnosinos

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Abril de 2013


APRESENTAÇÃO

DIRETORIA EXECUTIVA PRESIDENTE Rosângela Maria Herzer dos Santos VICE-PRESIDENTES Administrativo – Fábio Faistauer Financeiro – Marco Aurélio Zang Indústria – Gilso Gotardo Comércio – Isabel Cristina Stürmer Marinoni Serviços – Janaina de Oliveira CONSELHO DELIBERA TIV O DELIBERATIV TIVO Presidente – Luiz Francisco Calgaroto CONSELHO FISCAL 1º Membro – Celso Erny Kraemer 2º Membro – João Claudio da Silva 3º Membro – Maria do Socorro da Cruz Bittencourt 1º Suplente – Mário Smialowski 2º Suplente – Rogério Daniel da Silva 3º Suplente – Almindo Liverino de Mello EQUIPE Gerência Executiva: Margarete Stürmer Assessoria de Imprensa: Elizabeth Renz | MTB: 8228/95 Comércio Exterior: Douglas A. Tissot Consultora Comercial: Sônia Lima Cursos: Sheila Padilha Financeiro: Douglas A. Tissot Locações: Sheila Padilha Parceiros Voluntários: Jussara Chiaparini Relacionamento Institucional: Sheila Padilha Secretaria Administrativa: Micheli Mendes Sede Social: Maria Aparecida Rosa

a toda terra A

importância do Rio Grande do Sul na história da nação brasileira foi construída por movimentos ousados. A Revolução Farroupilha é um grande exemplo de como os gaúchos sempre estiveram à frente da construção do Brasil contemporâneo. Liderar é palavra de ordem na alma dos gaúchos. Quando fazemos um empreendimento, fazemos para que seja o melhor. São Leopoldo, nossa porção do Rio Grande. Berço da imigração alemã no Brasil, ao seu modo, segue esta trajetória histórica. Eis nosso Parque Tecnológico (Tecnosinos), plantado no leito do Horto Florestal, ainda desconhecido por parte da nossa gente. São quase 20 anos desde a preparação e 13 anos com certidão de nascimento. Um conglomerado de empresas que gera muita renda para a cidade e não devolve, em troca, nem fumaça e nem barulho. Um gigante silencioso. Hoje, ele se destaca como um dos centros mais importantes do nosso país em criação de tecnologia para a indústria nacional. E para empresas estrangeiras, que atravessaram o mundo para aqui fincar suas bandeiras e para beber da mítica água do Rio dos Sinos. É um portento nativo, aqui criado e alimentado pelas mãos fortes da ACIS, da Unisinos e da Prefeitura Municipal. É também um desagravo, ou desafio, para os desanimados que não acreditam ser aqui o solo fértil para o crescimento das palmeiras altivas que ornam as alamedas mais ricas do planeta. Com apenas 13 anos de existência, o Tecnosinos entrou no circuito high tech do Brasil. Centro de inteligência concentrada e de árduo trabalho, o Parque Tecnológico parece seguir o exemplo bem-sucedido do Vale do Silício, na Califórnia – EUA, há três décadas, quando o mundo foi transformado pela tecnologia informatizada. Nunca é tarde para entrar na história da humanidade. É graças àquela revolução da inteligência industrial que surgiram ícones modernos como Bill Gates, criador da Microsoft, e Steve Jobs, idealizador da Apple, fundadores de impérios milionários que transformaram para melhor o cotidiano da população mundial. “Sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra”, entoa o hino de todos os gaúchos. O Tecnosinos é nosso. Arquivo Unisinos

Juntos Somos Mais é uma publicação da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de São Leopoldo. É dirigida aos associados, órgãos de Governo, entidades de classe, imprensa, entre outros.

De modelo

Edição Especial TTecnosinos ecnosinos Abril de 2013 Coordenação, edição e textos: Morgana Saez | MTB: 6128 Paulo Velinho | MTB: 5335 Fotos: Morgana Saez, Nilson Winter e Arquivo Unisinos Foto de capa: kentoh/www.fotosearch.com.br Projeto e Produção Gráfica: Gilson Camargo | MTB 7137

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PRESIDENTE Fábio Winter

Sucesso

compartilhado São Leopoldo conta, hoje, com uma oportunidade e uma realidade que raras cidades brasileiras têm: o Tecnosinos. Desenvolvido a partir de 1996, ele demanda cerca de 25% da economia leopoldense. É um importante fator de internacionalização, geração de empregos de qualidade e criação de imagem positiva para a cidade.

A

tualmente, nossa cidade contribui com 1,5% da economia do Rio Grande do Sul e com 1,7% do produto industrial do Estado. E o nosso Polo de Informática, rebatizado de Tecnosinos, está incrementando estes índices. É uma fortaleza econômica da cidade, que reúne 74 empresas oriundas de nove países. Entre elas, gigantes como a alemã SAP, líder mundial em softwares corporativos. E a indiana HCL, especialista em serviços de tecnologia, além da joint venture HT Micron, resultado da parceria da sul-coreana Hana Micron com a brasileira Parit. São companhias globais que estabelecem produtiva colaboração com dezenas de start ups, que estão iniciando suas trajetórias abrigadas na Incubadora Tecnológica. Sem dúvida, é um empreendimento que tem potencial para representar algo tão grandioso quanto o exemplo americano, quando surgiu o Vale do Silício, nos Estados Unidos. Nesse momento ascendente do Parque Tecnológico, é oportuno lembrar o empenho dos homens e mulheres que integraram a ACIS ao projeto vencedor. Sinto-me honrada de presidir uma entidade que teve papel preponderante nesse processo. A visão que meus antecessores tiveram, ao eleger a informática como alternativa para fomentar o crescimento e qualidade de vida de São Leopoldo é digna de registro. Na época, foi a sábia alternativa que eles encontraram para contornar as limitações que a cidade apresentava como a escassez de áreas de terras e deficiência no abastecimento de energia elétrica e de telefonia. Importa também ressaltar a dedicação e perseverança das pessoas envolvidas di-

Rosângela Maria Herzer dos Santos Presidente da ACIS/SL

“Meus antecessores elegeram a informática para o crescimento da cidade.” retamente desde a concepção do Polo, algumas delas citadas nesta publicação. Por fim, é justo e necessário destacar o elo mantido entre a ACIS, a Unisinos e o Poder Público, que culminou na criação de um centro de inteligência de tecnologia e inovação que ganha notoriedade internacional. Portanto, publicar essa edição especial da Revista Juntos Somos Mais, resgatando um pouco da história do Tecnosinos, é uma homenagem àqueles que foram protagonistas de sua criação e aos que estão dando continuidade ao empreendimento.

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LINHA DO TEMPO

Do terreno baldio às empresas

internacionais

Aqui estão relacionados alguns dos fatos mais importantes da construção do Tecnosinos. Desde a ideia inicial, a ocupação de um descampado, a implantação do Polo de Informática, a evolução para Parque Tecnológico e a solidez confirmada pelas multinacionais. É uma síntese de quase 20 anos de história, em que o assentamento de “tijolo por tijolo” levou à edificação desse gigante da economia de São Leopoldo.

1993

1996

Agost o, 5 – O prefeito Waldir Schmidt sanciogosto, na a Lei nº 3874 que isenta o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), e Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para as empresas de informática até 31/12/1988.

7 – Delegação composta por 13 Dezembr o, 1 Dezembro, 17 empresários, prefeitos e secretários de seis cidades do Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale dos Sinos – Consinos, visita o Centro de Pesquisas da Petrobras, Polo de Biotecnologia da Fundação Bio-Rio e a incubadora de empresas da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Nesta comitiva a ACIS/SL estava representada pelo seu presidente Cláudio Marques, presidente do Conselho de ex-presidentes, Jorge Northfleet, e pelo vice-presidente

Março – Com o objetivo de tornar São Leopoldo competitiva em relação a outros municípios que oferecem incentivos para a instalação de novas empresas, o integrante do grupo Jovens Empresários da ACIS/SL e também diretor da SKA, Siegfried Koelln, mantém audiência com o vice-prefeito Ronaldo Ribas. No encontro, o empresário propõe a isenção de impostos para as empresas de informática. O assunto passa a integrar a pauta do Executivo.

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Outubr o – A ACIS/SL inicia um movimento para Outubro a implantação do Polo de Informática de São Leopoldo, na gestão de Cláudio Coelho Marques, que vai de 1996 a 1998.

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Tecnologia Polo de Informática concentra empresas de nove países dos Jovens Empresários, Leandro Hilbk. A partir daquela visita estabeleceu-se um plano de trabalho para a idealização e concepção do Polo de Informática de São Leopoldo.

1997 Maio, 2 – Siegfried Koelln (SKA) e o presidente da Assespro, Cláudio Corrêa Carrara coordenam reunião com empresários, na Unisinos. Naquele momento começava-se a delinear o futuro do setor de tecnologia da informação no Rio Grande do Sul. Maio, 5 – Formação da Comissão de Implantação do Polo de Informática que passou a se reunir todas as segundas-feiras, das 14 às 16 horas, na sede da ACIS/SL. Os primeiros integrantes: Jorge Monteiro, Vicente de Paula Oliveira Sant´Anna, João Carlos Biacchi, Luiz Antônio Amorim Garcia, Cláudio Corrêa Carrara, Júlio Cezar Ferst, Siegfried Koelln, Ronei Orsini, Renato Nunes, Celso Schokal e Célio Pedro Wolfarth. *Mesma reunião define as entidades parceiras ao projeto: Associação Comercial, Industrial e

de Serviços de São Leopoldo – ACIS/SL; Associação das Empresas Brasileiras de Software e Serviços de Informática – Regional do Rio Grande do Sul – Assespro/RS; Governo do Estado do RS; Prefeitura Municipal de São Leopoldo; Sindicato das Empresas do Rio Grande do Sul; Sociedade Sul-Riograndense de Apoio ao Desenvolvimento de Software; Unisinos; empresários líderes de empresas consolidadas. Maio, 5 – Prefeito Ronaldo Ribas sanciona a Lei nº 4.368, que altera o Art. 1º da Lei 3874, de 05 de agosto de 1993, ampliando a isenção de impostos (ISSQN e IPTU) até dezembro de 2003, sendo que a partir desta data a carga tributária a ser paga passaria para 1% – o que não se concretizou. Maio, 1 9 – Comissão de Implantação do Polo 19 de Informática realiza reunião com o gerente da CRT, José Alberto Becker para solicitar 100 linhas telefônicas por um prazo máximo de 60 dias. Junho, 1 6 – Anunciada a implantação da In16 cubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unisinos (Unitec) pelo presidente da Assespro/RS, Cláudio Corrêa Carrara, durante reunião-almoço da ACIS/SL.

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Maio, 9 – Iniciam as obras do prédio da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unisinos (Unitec).

1999 Fevereir o, 22 – Iniciam as inscrições para as ereiro, empresas se instalarem na Unitec. Junho, 30 – Inauguração da Unitec no Polo de Informática de São Leopoldo.

2000

1997 Junho, 3 1 – Apresentação do projeto do Polo 31 ao secretário estadual de Desenvolvimento e de Assuntos Internacionais, Nelson Proença. 0 – Secretário de DesenvolvimenSe o, 1 embro, 10 Settembr to formaliza apoio ao Polo durante audiência com o prefeito Ronaldo Ribas, com o presidente do Conselho de ex-presidentes da ACIS/SL, Jorge Northfleet e com o reitor da Unisinos, Aloysio Bohnen. Outubr o, 3 1 – Prefeito Ronaldo Ribas sancioOutubro, 31 na a Lei nº 4.420, criando oficialmente o Polo de Informática e seu Conselho. A mesma lei permite a doação de terreno de 36.589,29 metros quadrados localizado junto à Unisinos para a ACIS/SL a fim de implantar o Polo. No dia anterior, o projeto foi apreciado pelos vereadores obtendo 16 votos favoráveis e quatro contrários (bancada do PT).

1998 Governo do Estado repassa recursos na ordem de R$ 150 mil para a terraplanagem da área do Polo de Informática.

o – Governo do Estado repassa R$ 324 Janeiro Janeir mil para pavimentação da rua interna, tubulações para saneamento, energia elétrica e comunicações e outras pequenas áreas do Polo de Informática. Se o, 4 – Nove empresas fazem o primeiembro, Settembr ro repasse do total de 100 parcelas da contrapartida pela ocupação da área cedida pela Prefeitura. O valor de R$ 4.455,88 (4.187,47 UFIRs) foi destinado ao Fundo Municipal de Saúde, especificamente a programas de melhorias no Hospital Centenário. Dezembr o – Começam as obras do Parque Dezembro Tecnológico. A GVDASA Sistemas e a SKA foram as primeiras empresas a construírem na área.

2001 Julho, 3 – A GVDASA Sistemas inaugura sua sede no Polo de Informática, sendo a primeira empresa a se instalar no Parque Tecnológico. Outubr o, 26 – Inauguração da SKA. Outubro, No o, 28 – Inauguração do Parque Novvembr embro, Tecnológico.

2002 Julho, 1o – A Comissão de Implantação do Polo de Informática passa a ser Conselho do Polo de Informática. Membros deste conselho: Unisinos (Célio P.Wolfarth, Edemar de Paula, Silvia C.Dutra, três representantes com direito a um voto), ACIS/SL (Cláudio Carrara), Condomínio (Siegfried Koelln),

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2009 Junho, 6 – A Prefeitura cria a Lei nº 6925, que concede benefício no incremento da base do cálculo do ISS, índice sobre o aumento da base de cálculo do imposto decorrente da ampliação de empresas já instaladas ou com base na receita futura para as que se instalarem no município. Cada posto de trabalho ocupado por morador de São Leopoldo, a empresa receberá meio ponto extra. Seprorgs (Sérgio L.Hartz), Sedai (José M. Silvestre), Assespro (Luiz Amorim Garcia) e Prefeitura Municipal de SL (Celso Schokal).

2003 A Altus inicia suas atividades no Polo de Informática. No local estão situadas as áreas de pesquisa e desenvolvimento, engenharia e demais setores administrativos da empresa. A matriz conta, ainda, com laboratórios especializados, suporte e assistência técnica de equipamentos e espaço para o desenvolvimento de testes de aplicações.

2004

Abril – Prefeito Ary Vanazzi sanciona lei criando o Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico em Informática – FDTI. Dezembro – Foi criada a Partec por empresários e empresas do Parque Tecnológico, que viabilizou a construção de área de expansão do Polo.

2008

Abril, 2 4 – Inauguração da Partec disponibili24 zando 5.685 m2 de área de expansão do Parque.

Julho – A maior empresa do ramo de software corporativo do mundo, a alemã SAP, se instala no Tecnosinos. Novembro, 13 – Alteração do nome de Polo de Informática para Parque Tecnológico (Tecnosinos), durante cerimônia comemorativa ao 10º aniversário de implantação do Polo. No mesmo evento, a Governança do empreendimento é repactuada por meio da assinatura de um protocolo firmado entre Unisinos, Prefeitura, Associação das Empresas do Polo De Informática e ACIS/SL.

2010 O Tecnosinos foi eleito O Melhor Parque Tecnológico do Brasil, pela Associação Brasileira de Parques e Incubadoras de Base Tecnológica (Anprotec), tendo concorrido com com 74 polos e 150 incubadoras de todo o país.

2011 A Incubadora do Tecnosinos foi reconhecida como a melhor do mundo, ao receber o prêmio Best Global Tech Based Incubator da entidade internacional de parques tecnológicos, The Techno Police Network.

2012 Junho, 10 – A HT Micron lança o primeiro lote comercial de chips encapsulados no Rio Grande do Sul, que deve chegar às mãos dos consumidores por meio de cartões bancários e celulares no primeiro trimestre do próximo ano. O lançamento foi realizado no Tecnosinos.

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PIONEIRISMO

S

Protagonista do

Polo de Informática Morgana Saez

Talvez naquela época o jovem engenheiro Siegfried Koelln, diretor da SKA, líder no fornecimento de tecnologia para as engenharias brasileiras, não vislumbrasse esse gigante da economia: o Tecnosinos. Mas tinha a convicção de que a junção de empresas de informática seria uma excelente alternativa para fomentar o crescimento econômico da cidade. Sieg, como é chamado pela maioria, resolveu dar vida ao seu projeto e, em outubro de 1996, dentro da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de São Leopoldo (ACIS/ SL), iniciou o movimento para a implantação do Polo de Informática, hoje rebatizado de Tecnosinos. O empreendimento recebeu o apoio da Prefeitura de São Leopoldo, Unisinos e de diversas entidades do setor.

ieg liderou toda a fase de estruturação e implantação do Polo de Informática e, hoje, passados quase 20 anos, comemora atribuindo o sucesso à parceria mantida entre ACIS, Unisinos e Prefeitura; as entidades da área de informática Assespro/RS, Softsul e Seprors; governo do Estado do Rio Grande do Sul, e empresários da área de informática. “Essa união provou a capacidade dos homens de sonhar, pensar, planejar e executar. Juntamos os nossos sonhos e estruturamos essa fortaleza econômica que atualmente alcança notoriedade internacional’’, sintetiza. Sieg relata a trajetória em torno da criação do Polo. “Inúmeras e exaustivas reuniões ocorreram

até chegarmos à criação desse ambiente propício para o desenvolvimento de empresas de alta tecnologia, com todos os seus reflexos para os envolvidos e para a sociedade gaúcha’’. Ele lembra que antes de iniciar o movimento pela implantação do Polo, procurou o Poder Executivo, em março de 1993, a fim de propor incentivos para atrair empresas de informática para São Leopoldo. Na época, Sieg integrava o Grupo de Jovens Empresários da ACIS/SL. “Estive na prefeitura e fui recebido pelo vice-prefeito Ronaldo Ribas. Falei da necessidade de tornar a cidade competitiva em relação a outros municípios, oferecendo isenção fiscal para a área de informática”, conta. A reivindicação

Siegfried Koelln Diretor da SKA liderou toda a fase de estruturação e implantação do Polo de Informática

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teve eco e, em 5 de agosto de 1993, o então prefeito Waldir Schmidt sancionou Lei isentando impostos para as empresas do setor. Daquela data em diante, a ideia de agregar empresas de informática na cidade passou a ser prioridade, até porque, comenta Sieg, Novo Hamburgo também se mobilizava neste sentido. Correndo na frente, em novembro de 1996, Sieg convidou o presidente da Assespro-RS, Ronei Ferigolo, e o diretor da Meta, Cláudio Carrara (que assumiria a entidade no ano seguinte) para participar de uma reunião na ACIS. O projeto do Polo agradou os con-

vidados que acabaram se aliando ao movimento leopoldense. “O Polo de Informática possibilitou um novo horizonte de desenvolvimento para São Leopoldo, para a Unisinos, para as empresas de informática existentes, assim como criou as condições para que novos empreendimentos nasçam, cresçam e tenham sucesso”, afirma. Para Sieg “não existe parque tecnológico sem aporte das empresas, que geram capital, empregos e novos produtos, assim como o projeto também seria inviável sem o suporte de inteligência e pesquisa da universidade.” Parque Tecnológico Consolidação do Polo de Informática demandou esforço e engajamento de diversos setores, mobilizando empresários, universidade e poder público

Arquivo Unisinos

CRIAÇÃO DO CONSELHO DO POLO

Parceria promissora Tomada a decisão da implantação do Polo de Informática em São Leopoldo, em novembro de 1996 a ACIS reuniu Unisinos, Poder Público e empresários de informática através de sua entidade Assespro/RS. A partir desta união, o grupo partiu para a concretização do projeto. Em 2 de maio de 1997 ocorreu uma reunião no Campus da Unisinos com um grupo de empresários do setor de tecnologia e informação no RS, liderada por Siegfried Koelln e pelo presidente da Assespro/RS, Cláudio Corrêa Carrara. Ali começou a se delinear o futuro do setor no estado. Construiu-se assim o projeto do Polo em múltiplas mãos. Inicialmente houve o interesse de

12 empresas consolidadas no mercado, em montar ação conjunta para buscar área e financiamento, para que pudessem se instalar em São Leopoldo. Os interesses convergiram para proposta de São Leopoldo, dentro de um projeto maior, o Polo de Informática. Em maio de 1997 foi criada a Comissão de Implantação do Polo de Informática. O grupo, presidido por Sieg, saiu à procura de um local para instalação do empreendimento. Descobriu-se uma área de 36,6 m², ao lado do 16º GAC, que pertencia à Prefeitura. Foi aprovada lei, doando a área à ACIS/SL, que a disponibilizou às empresas mediante contrapartida ao Fundo Municipal da Saúde por 10 anos.

Em 31 de outubro de 1997 foi criado oficialmente, através de lei municipal, o Conselho do Polo de Informática de São Leopoldo. A presidência ficou com o empresário Siegfried Koelln, que na época exercia a função de vice-presidente de Pequenas e Médias Empresas da ACIS.

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A entrega do projeto do Polo ao Estado

Infraestrutura Área foi doada pela Prefeitura à ACIS/SL São Leopoldo sai na frente e apresenta o projeto do Polo de Informática ao secretário Estadual de Desenvolvimento e de Assuntos Internacionais, Nelson Proença. A atividade ocorreu em 31 de julho de 1997, durante reunião-almoço da ACIS/SL realizada na sede da AABB. Na ocasião, o presidente do Conselho de ex-presidentes da ACIS/SL, Jorge Northfleet; o presidente Cláudio Coelho Marques, os vices, Siegfried Koelln, Ronei Orsini e Lauriano Pessin; o prefeito Ronaldo Ribas e representantes da Unisinos entregaram

Ampliando as linhas telefônicas

Repercussão Fases de implantação foram notícia no Jornal VS

Integrantes do Parque – 1ª Fase 1 – CWI Sof tw are Ltda. Softw tware 2 – Micromega Computadores e Sistemas Ltda. 3 – Gama Gerenciament o de Documentação Ltda. Gerenciamento 4 – Sispro SA Sistemas e Processamento de Dados 5 – SKA A ut omação de Engenharias Ltda. Aut utomação 6 – CSI Consultoria e Sistemas de Informação Ltda. 7 – Me ta Ser viços em Inf ormática Ltda. Informática Meta Serviços 8 – Altus Sistemas de Informática S. A. 9–G VD ASA Inf ormática Ltda. GVD VDASA Informática 10 – Digistar Telecomunicações S. A.

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cópia do projeto do Polo de Informática ao secretário. Esta comissão pediu apoio do governo e, também de Nelson Proença, para a iniciativa, que representava um investimento da ordem de R$ 8 milhões. O secretário Nelson Proença afirmou na ocasião que a comunidade leopoldense saía na frente e estava caminhando na mesma direção dos projetos do governo estadual. Para ele, o Polo de Informática estava entre as prioridades do então governador Antônio Britto, ficando atrás apenas da reforma do Estado, da implantação da montadora de automóveis e da agroindústria.

Uma das primeiras providências da Comissão de Implantação do Polo de Informática foi resolver os problemas de telefonia na cidade. Em 12 de maio de 1997, o grupo se reuniu com o gerente da CRT, José Alberto Becker e oficializou pedido da reserva de 100 linhas telefônicas por um prazo máximo de 60 dias. O termo de compromisso entre as partes ocorreu em função da demanda reprimida na cidade. Nesta mesma reunião, um dos integrantes do grupo, o Pró-reitor Administrativo da Unisinos, Célio Wolfarth, solicitou que também fosse planejado o segundo momento do Polo, contemplando assim a área onde seria utilizada pelas empresas que sairiam da incubadora. A CRT reiterou sua proposta de parceria.

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ACIS/SL Morgana Saez

Correndo

contra o tempo A história de São Leopoldo registra dois momentos de desenvolvimento acelerado, na concepção do ex-presidente da ACIS/SL, Jorge Northfleet. O primeiro, cita, a instalação do Distrito Industrial São Borja, na década de 1970, no final do governo de Olímpio Albrecht, e no governo de Henrique Prieto, com o aporte de empresas como Stihl, Bessey, Barmag, Biehl e Taurus. O segundo, a implantação do Polo de Informática na década de 1990.

“O

resultado afirmativo do Tecnosinos pode ser medido pelo expressivo número de empregos que veio a gerar em São Leopoldo. Hoje são cerca de 4 mil empregados. Se considerarmos um salário médio de R$ 3 mil a R$ 4 mil, projetamos um montante expressivo de renda injetado na economia local em favor do desenvolvimento da cidade”, comenta. Northfleet, um dos atores principais na idealização do Polo, fala que quando projetaram o empreendimento, sabiam que os polos de informática eram experiências bem sucedidas em vários lugares do mundo. “Por que não daria certo aqui? Na época não havia telefones celulares entre nós. Atualmente, neste lapso de tempo, a informática é a base de todos os processos produtivos, o mundo não anda sem a informática. Nossa visão de futuro estava totalmente correta”, analisa. Northfleet fala dos passos que trilharam até chegar à concepção do Parque Tecnológico na cidade. Para a sua criação, conta que seria necessário um local para sua implantação. A ACIS/SL não tinha área disponível. A Prefeitura possuía um terreno ao lado do 16º GAC e da Unisinos, mas não poderia vendê-lo para particulares. “Chegamos a um acordo: a Prefeitura doaria o terreno para a ACIS, que então disponibilizaria as empresas. Estas por sua vez repassariam um valor mensalmente ao Hospital Centenário. Dois coelhos mortos com uma só paulada. Nova lei foi elabora-

Jorge Northfleet Presidente da ACIS/SL no biênio 1994/1996 da. Tudo pronto: terreno disponível, lei de incentivos aprovada, empresas dispostas a se estabelecer em São Leopoldo. Só faltava a decisão da Unisinos. Neste mesmo período, a ACIS de Novo Hamburgo também se articulava para sediar empresas de informática e tecnologia em seu município. Antes que isso ocorresse, tivemos que acelerar o processo. Procuramos a Unisinos, porque implantar um polo sem uma universidade, a ideia do polo não vingaria. Marcamos uma reunião e fomos recebidos pelo vice-reitor, Padre Egídio, e pelo Pró-reitor Administrativo da Unisinos, Célio Pedro Wolfarth. Como neste encontro não houve uma resposta positiva, comunicamos formalmente aos representantes da instituição que buscaríamos a parceria de outra universidade. O padre Egídio nos solicitou 10 dias para responder. Dissemos que teríamos menos de uma semana, pois o tempo corria contra nós. Três dias depois fomos informados pelo reitor da Unisinos, padre Aloysio Bohnen, que a universidade seria parceira. Estavam assim criadas as condições para conceber o Polo de Informática”.

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TECNOSINOS

Um gigante vive em São Leopoldo Existe uma pequena “cidade” dentro do município de São Leopoldo. Seu território é de aproximadamente 25 hectares, posicionado em uma área limítrofe ao campus da Unisinos. O portal de acesso fica na estrada do Horto Florestal, próximo ao quartel militar do 16º GAC. Sua população transitória é superior aos quatro mil habitantes, oriundos de nove nacionalidades. Por isso, o idioma dominante que se fala entre eles é o Inglês, ficando em segundo lugar a língua pátria dos brasileiros. O montante financeiro gerado pelo trabalho que se desenvolve em seu interior excede a cifra de R$ 1 bilhão anual. Fundada em meados de 1999, a pequena “cidade” tem a denominação oficial de Parque Tecnológico de São Leopoldo (Tecnosinos).

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omo tantas outras cidades inscritas nos mapas territoriais ao redor do mundo, o Parque Tecnológico foi construído a partir do sonho de pioneiros. A vontade da ocupação, expansão e progresso sobre o solo bruto sempre moveu o imaginário da humanidade. É incrível que há apenas 16 anos, em 1996, na primeira vistoria dos idealizadores do projeto ao local, encontraram somente um plantel de vacas no pasto. A partir dali a nova “cidade” foi erguida como todas as outras. Por meio de um plano-diretor que estabeleceu terraplanagem, abertura de ruas, postes de energia elétrica e canalização de saneamento. Hoje, o Parque Tecnológico é uma colmeia de trabalho operada por jovens com idade entre 25 e 27 anos. Cidadãos futuristas, oriundos de cursos técnicos e universitários, recebem salários situados bem acima da média regional. Vivem no espaço produtivo do pensamento, bem diferente do conceito da indústria tradicional. No entorno de seus prédios, a arborização é farta e o som ambiente do silêncio é alternado pelo canto de sabiás. Nas áreas de convivência, grupos de coreanos, alemães, americanos e brasileiros se reúnem para sorver o bom café nacional. Uma cena que demonstra o quanto São Leopoldo está inserida na rota internacional dos negócios. São os mesmos trabalhado-

res que vão gastar, em parte, seus salários no comércio leopoldense. O circuito ajustado da economia autopropulsionada. Os pioneiros previram que o Rio Grande do Sul seria um cluster de tecnologia e atrairia empresas nacionais e internacionais. O Parque, hoje, é

um espaço produtivo limpo, quase asséptico. Resultado de um empreendimento milionário que praticamente não produz resíduos, pois seu maior insumo é a inteligência das pessoas. Para quem quiser conhecer a São Leopoldo do futuro, o endereço já é conhecido. Fica no Tecnosinos.

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O melhor parque tecnológico do Brasil Com 13 anos de existência, o Parque Tecnológico de São Leopoldo (Tecnosinos) é atualmente administrado pelas mãos de uma mulher. Há quatro anos o empreendimento tem como diretora a economista e socióloga Susana Kakuta, doutora em Sociologia e Relações Internacionais. Kakuta reúne em seu perfil profissional o DNA originário do Tecnosinos: o inter-relacionamento do conhecimento da universidade (a Unisinos) com o empreendedorismo dos negócios de base tecnológica. A responsabilidade da gestora do Parque Tecnológico é nada menos do que gerir estrategiATU AÇÃO INTERNA CIONAL ATUAÇÃO INTERNACIONAL

No Tecnosinos estão presentes empresas de nove países: Alemanha, Argentina, Brasil, Coreia do Sul, Estados Unidos, Holanda, Índia, Itália, México ESPECIALID ADES DO PARQUE ESPECIALIDADES

Tecnologia da Informação Comunicação e Convergência Digital Semicondutores e Automação Alimentos Funcionais e Nutracêutica Tecnologias Socioambientais e Energia

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camente um conglomerado de empresas cujo faturamento bate em R$ 1,3 bilhão anual. Dois recentes e impressionantes prêmios, um nacional e outro internacional, conferem cacife ao crescimento do Tecnosinos. O de Melhor Parque Tecnológico do Brasil, em 2010, pela Associação Brasileira de Parques e Incubadoras de Base Tecnológica (Anprotec). E o prêmio Best Global Tech Based Incubator da entidade internacional de parques tecnológicos, The Techno Police Network, em 2011. Ou seja, a Incubadora do Tecnosinos foi reconhecida como a melhor do mundo. NO VOS INVES TIMENT OS – Três novos investimenNOV INVESTIMENT TIMENTOS tos diferenciados estão em fase de implantação dentro do Tecnosinos. São Institutos de Referência orientados à prestação de serviços tecnológicos para empresas e execução de PD&I. Institut o de Semicondut ores – Estrutura diferenInstituto Semicondutores ciada, com foco no encapsulamento e testes de semicondutores. Investimento: cerca de R$ 50 milhões. Institut o de N utracêutica – Contempla três Instituto Nutracêutica infraestruturas: um centro de PD&I, um conjunto de laboratórios de avaliação de conformidade na área de alimentos e local para implementação de empresas do setor. O investimento total é de cerca de R$ 20 milhões. ITT FUZE – Instituto de ensaios e testes e de certificação de produtos para a cadeia do setor de petróleo e gás. Investimento de R$ 10 milhões.

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A dinâmica do Parque A seguir está apresentada a organização que leva ao desenvolvimento do Tecnosinos. É um sistema que propicia, além da aproximação da universidade com os empreendedores, um método para que as empresas se instalem no Parque e sigam seu plano de negócios de acordo com o porte de cada uma. FINALID ADE – O principal objetivo do Parque FINALIDADE é criar a ambiência necessária ao surgimento, crescimento e geração de valor agregado através da implantação de empresas de base tecnológica que impactem no desenvolvimento socioeconômico e ambiental brasileiro, em especial de sua região de abrangência. GES TÃO ES TRA TÉGICA – A governança do ParGESTÃO ESTRA TRATÉGICA que Tecnológico é dividida por uma tríplice hélice, assim representada: Se Settor público – Prefeitura Municipal de São Leopoldo Se ado – Associação Comercial, IndusSettor priv privado trial e de Serviços de São Leopoldo (ACIS) e Associação de Empresas do Polo de Informática. ceir o se Ter ceiro settor – Universidade do Vale do Rio erceir dos Sinos (Unisinos) GES TÃO EXECUTIV A – Da parte operacional GESTÃO EXECUTIVA do empreendimento está encarregada a Unidade de Inovação e Tecnologia da Unisinos (Unitec). A Unitec também é responsável pela Incubadora de Base Tecnológica, que recebe empresas iniciantes. INS TALAÇÕES – O Tecnosinos tem um conjunto de INST infraestruturas orientadas ao pleno funcionamento das empresas e caracterizadas pela auto-sustentabilidade e a criação de diferenciais para as empresas. O Parque tem sua infraestrutura consolidada e crescente, idealizada a partir de um Plano Mestre de Desenvolvimento. Além disso, os demais serviços associados, como de redundância elétrica e de comunicação, segurança, viabilizam um ambiente seguro às operações empresariais.

ESP AÇOS EMPRESARIAIS – As empresas que ESPAÇOS integram o Parque Tecnológico são assim alocadas nos prédios, conforme o porte de seus negócios: Incubadora – É composta por salas para empresas iniciantes, que ali podem permanecer por até três anos, antes de passar para o Condomínio. Condomínio – É formado por módulos de aluguel, destinados às empresas que saem da Incubadora ou estão estabelecidas no mercado. São dois prédios para esta finalidade: o Condomínio Padre Rick e o Condomínio Partec. Individual – Os prédios são construídos para empresas de grande porte que operam em espaço próprio.

Parceiros estratégicos Sindicato das Empresas de Informática do Rio Grande do Sul (Seprorgs) Governo do Estado do Rio Grande do Sul Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet (Assespro/RS) Associação Sul-Riograndense de Apoio ao Desenvolvimento de Software (Softsul) Associação Brasileira da Indústria de Eletroeletrônica – Regional Sul (Abinee)

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Banco de Dados Tecnosinos

EMPRESAS

Fortaleza

econômica O

Tecnosinos reúne 74 empresas de nove países, entre elas gigantes como a alemã SAP, líder mundial em softwares corporativos, e a indiana HCL, especialista em serviços de tecnologia, além da joint venture HT Micron, resultado da parceria da sul-coreana Hana Micron com a brasileira Parit. Essas empresas geram mais de 4 mil empregos diretos em atividades de alta tecnologia. A atividade passou a ganhar escala a partir de meados da década de 2000, e hoje São Leopoldo é uma das poucas cidades brasileiras a contar com um parque internacionalizado e em plena operação. O impacto desse empreendimento ainda não foi devidamente capturado pelas métricas econômicas tradicionais, mas uma estimativa conservadora projeta aumento gradativo no PIB local de até 30%.

AMBIENTALLE AUDAX DREAMS BOREO BRTRI CENTRI CONTATO MS CONTEMPLATO E-PROJETI (Gateway Box) GRANDEE GSELL (HT Micron) HKS IMPRESS-RS (I-solution) KYOODAI KYRON CONSULTING LEARN4FUN LUNG 3P PROJETOS MURA GAMES NATUROILS ÓBILE SBPA SIMULATOR SOLTIS TECSISTEL

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Cluster Tecnosinos reúne 74 empresas de nove países

TECROTRONICA ICTEC WEB GLOBAL GABSTER (Web Mobi) V3D (GEM Informática) VENTURA VIEIRA FILHO TECNOLOGIA AVACON ALTUS ACCERA – W3BOX AXXIOME BLUE CIELO CODE COMPULINE CWI DEFENDA DANNUS DIGISTAR DISYS E-STORAGE ELY PROJETOS FH CONSULTING FOCCO

F1 SOLUÇÕES (GSRM) GVDASA HCL LZA (Veza) HINNDELET HT MICRON LYDIANS M3CORP META NETEYE NC SISTEMAS (Grupo SKA) ZERO BRASIL (Grupo SKA) REXROTH BOSH GROUP ROCHA E BADO SKA SAP SAWLUZ STEFANINI SOFTTEK W3K (Grupo SKA) WEBSTORAGE WORKROOM

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ACIS/SL Morgana Saez

A força do

planejamento

Durante o primeiro mandato de Luiz Antônio Velho dos Santos na presidência da ACIS (1992/ 1994), a Unisinos foi integrada mais fortemente ao contexto empresarial da cidade. A aproximação de duas instituições de nomes consagrados no município caracterizou “uma mudança de filosofia” para ambas, segundo o ex-presidente.

E

m sua gestão foi criado um grupo de trabalho conjunto para elaborar um plano estratégico de desenvolvimento econômico para São Leopoldo. Nele, foi tão intenso o aporte da inteligência acadêmica que a Unisinos disponibilizou cinco pró-reitores para a tarefa, além da participação direta do reitor Aloysio Bohnen. A parceria prosperou tanto que um dos pró-reitores, Cláudio Marques, mais tarde seria guindado à presidência da ACIS. O objetivo do planejamento estratégico da ACIS, no início da década de 1990, era alavancar a renda das famílias leopoldenses para injetar recursos no comércio e na área de serviços. As boas ideias, quando estimuladas por ações eficazes, geram resultados que as materializam. Foi o que ocorreu Arquivo ACIS/SL

Cláudio Marques – Presidente da ACIS/SL no biênio 1996/1998

Luiz Antônio Velho dos Santos Presidente da ACIS nos biênios 1992/1994 e 1998/2000 com a sugestão de se criar na cidade o Polo de Informática, trazida por empresários do setor. “A semente do projeto foi plantada dentro daquele grupo de trabalho”, comemora Santos. Ele também exalta a participação do prefeito Ronaldo Ribas, que aderiu à força-tarefa com tamanho empenho que muitas vezes despachava no prédio da ACIS. Ribas autorizou a doação do terreno à ACIS. “A história mostrou que estávamos certos”, registra Santos, ciente de que no novo milênio a informática comanda as grandes inovações no mundo industrial. Sobre o futuro promissor do Parque Tecnológico, ele diz que “suas possibilidades são maiores que nossa imaginação”.

Gestão com a marca da união Foi na gestão de Cláudio Coelho Marques (1996/1998) na ACIS que o Polo de Informática tomou corpo. “No meu primeiro ano de mandato promovemos a união de empresários, governo e universidade para construir o Parque Tecnológico’’, comenta. Ele confessa que inicialmente sua preferência era pela área de biotecnologia, assunto que defendeu muito, mas foi voto vencido na entidade que optou pela informática. Mas isso não o desanimou. Levou à risca a vontade da maioria dos empresários. Muitas reuniões, palestras e viagens ocorreram para dar vida ao Tecnosinos. Marques salienta que de certa

forma levava vantagem porque na época, além de presidir a entidade também exercia o cargo de pró-reitor da Unisinos. “As tratativas se tornavam mais ágeis pela proximidade entre as duas parceiras”, justifica. Durante o ano de 96, desde março quando assumiu a entidade. Marques promoveu muitas viagens para conhecer as instalações de parques tecnológicos no Brasil. Cita que a derradeira foi a de 17 de dezembro, quando integrou uma comitiva que visitou o Centro de Pesquisas da Petrobras, Polo de Biotecnologia da Fundação Bio-Rio e a incubadora de empresas da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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PREFEITURA

A grande obra

dos últimos cem anos Morgana Saez

“O nosso Polo de Informática foi a grande obra realizada em São Leopoldo nos últimos 100 anos”, observa o ex-prefeito Ronaldo Ribas. “Ele irradiou uma série de benefícios para a cidade, tanto econômico, social como ambiental”, observa. E a afirmação é justificada pela elevada geração direta de tributos, criação de empregos de alto nível e uma indústria limpa, não poluidora. “Ou seja, foi um empreendimento compartilhado pelos empresários, poder público e universidade. E no final todos ganharam. Hoje nosso parque é o melhor do Brasil”, ressalta.

Ronaldo Ribas Prefeito de São Leopoldo de 1997 a 2000

S

egundo Ribas, inicialmente poucos acreditavam que este projeto chegaria ao patamar que atingiu. Atualmente são 74 empresas oriundas de nove países que promovem o desenvolvimento de tecnologia e inovação no Estado. Além disso, estão instaladas num ambiente adequado de trabalho, com a utilização dos laboratórios da Unisinos, mãode-obra especializada e possibilidade de fazer negócios com as próprias empresas vizinhas, dentro do próprio parque.

PAR TICIP AÇÃO D A PREFEITURA – “Em meaPARTICIP TICIPAÇÃO DA dos de março de 1993, quando eu era vice-prefeito, recebi em meu gabinete o presidente da SKA, Siegfried Koelln, que na época integrava o grupo de Jovens Empresários da ACIS/SL. Ele me falou do interesse da entidade de atrair novas empresas de informática para São Leopoldo, oportunidade em que solicitou a redução de impostos para essas empresas.

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Levei o assunto ao prefeito Waldir Schmidt, que também se interessou pelo projeto, e em 5 de agosto de 1993, criou a Lei Municipal nº 3.874, concedendo isenção do Imposto Sobre ISSQN e IPTU para as empresas da área de informática até 31/12/ 1988. Novas discussões ocorreram e, em 5 de maio de 1997, quando então eu já era prefeito, sancionei a Lei nº 4.368, alterando o Art. 1º da Lei 3874, de 05 de agosto de 1993, ampliando essa isenção até dezembro de 2003, sendo que a partir desta data a carga tributária passou para 1%. Cinco meses depois, em 31 de outubro de 1997, sancionei a Lei nº 4.420, criando o Polo de Informática e a doação de uma área de terra de 36.589,29 metros quadrados junto à Unisinos, para a ACIS/SL a fim de implantar o Polo. O projeto teve apreciação dos vereadores e obteve 16 votos favoráveis e quatro contrários (bancada do PT)”. De acordo com Ribas, pela previsão de receita das empresas que manifestaram interesse em

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se transferir para São Leopoldo, o município renunciaria a um incremento de receita, até o ano de 2003, na ordem de R$ 8 milhões em ISSQN e IPTU. Mas em compensação, diz, não perderia os benefícios que este aumento de renda traria em nível macroeconômico ao município. A Prefeitura, ACIS e Unisinos sempre estiveram juntas para o objetivo comum: criação do Polo de Informática. “Foram muitos encontros e muitas leis para garantir o funcionamento do empreendimento. Inclusive coube à Prefeitura o anteprojeto do Polo, elaborado pelo engenheiro Celso Schokal, que desempenhava a função de coordenador do Gabinete e Planejamento da Prefeitura (GAP).

Contribuição revertida ao Hospital Centenário

Investimentos no Polo Município Município: Terreno, abastecimento de água e legislação fiscal Go Govverno do estado: Infraestrutura (terraplenagem, pavimentação, etc.); er sidade Univ niver ersidade sidade: Terreno, construção da incubadora e condomínio; presas Em Empresas presas: Construção de sedes próprias Outr os: Serviços e Telecomunicações Outros: Total dos in os invvestiment estimentos os: R$ 8,8 milhões.

Levar a experiência do Polo ao Uruguai

O terreno foi repassado à ACIS que disponibilizou as empresas do Polo. Em contrapartida, elas passaram a contribuir mensalmente, durante 10 anos, para o Fundo Municipal de Saúde. O primeiro repasse ocorreu em 4 de setembro de 2000. Na ocasião, nove empresas entregaram um total de R$ 4. 455,88 (4.187,47 UFIRs) à Prefeitura. A verba foi destinada a programas do Hospital Centenário.

“A convite do governo uruguaio, em agosto de 1999, eu e o Sieg fomos a Montevidéu para falar do nosso Polo de Informática. Na oportunidade fomos recebidos pelo presidente Julio María Sanguinetti”.

Projeto Celso Schokal Engenheiro que participou da formatação do Polo

Boletim da ACIS/SL Polo é notícia na edição de setembro de 2000

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Morgana Saez

ASSESPRO

A chegada das

primeiras empresas

No movimento de sinergia entre as entidades que gestaram a criação do Parque Tecnológico é importante lembrar a participação da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet (Assespro/RS). A associação teve papel decisivo na implantação do Polo de Informática, a primeira base para o desenvolvimento do Tecnosinos.

F

oi durante a gestão do jovem presidente Cláudio Carrara (1997/1998) que a Assespro comandou a chegada de oito empresas que deram início ao Polo – um grupo de Porto Alegre, duas de São Leopoldo e uma de Novo Hamburgo. “Nós demos o pontapé inicial”, diz Carrara, lembrando do tempo em que o principiante complexo tecnológico era formado apenas pelo Polo de Informática e pela Incubadora. Ainda em 1996, Cláudio Carrara integrou as primeiras reuniões do projeto na ACIS, junto a Ronei Ferigolo, presidente da Assespro em final de mandato. Dos encontros participavam representantes da ACIS, Unisinos e da prefeitura. Além do engenheiro Siegfried Koelln, o “criador da criatura”. Segundo Carrara, a principal causa do surgimento do Polo de Informática se escreve com três letras – “Sig”, apelido de Siegfried. Para Carrara, naquele momento havia um cenário favorável que atraía o Polo na direção de São Leopoldo, além da aproximação com a universidade como fator competitivo para as empresas. “Havia também uma questão ideológica importante para o empreendimento”, ele justifica, uma oportunidade para criar na cidade um cluster, um grupo de empresas de TI que pudessem ser mais fortes juntas. O grande lance da Assespro, durante a presidência de Cláudio Carrara, foi dar prioridade para a implantação do Polo de Informática em São Leopol-

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Cláudio Carrara Presidente da Assespro/RS no biênio 1997/1998

Capital humano Pioneiro de um empreendimento bem sucedido, de quando ainda levantava poeira nas ruas do Polo de Informática, Carrara comemora os resultados positivos dos negócios. No seu ambiente de trabalho o tempo voa. Ele lembra que “naquela época nós antevimos que o Rio Grande do Sul, e o Brasil, seria um cluster de tecnologia e atrairia empresas internacionais”. Ele se refere aos últimos cinco anos, período em que os estrangeiros aportaram em maior volume ao agora Parque Tecnológico. do, trazendo as primeiras empresas. “Neste ambiente as empresas puderam construir sedes próprias, o Polo também ajudou a sustentar o crescimento delas”, confirma. Na época, aquela movimentação empresarial semelhante a uma ocupação militar deu visibilidade ao projeto, rendendo noticiário afirmativo nos meios de comunicação. A própria transferência da empresa do presidente da Assespro, a Meta, de Porto Alegre para o Vale do Sinos, deu credibilidade à iniciativa. E, para exemplificar, tornou-se um case de sucesso. Tinha 250 empregados e, passada uma década, hoje conta 1500 funcionários em postos espalhados pelo Brasil, 150 deles atuando no Polo.

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Morgana Saez Nilson Winter

UNISINOS

Inteligência da

economia e conhecimento

Um parque tecnológico não se sustenta apenas com grandes e poderosas empresas. Ele também precisa da participação de setores públicos e educacionais para se desenvolver e concorrer no mercado global. A constatação é do ex-reitor da Unisinos, Aloysio Bohnen, ao reforçar que essa interação é imprescindível para promover o crescimento econômico e social de uma cidade. E foi com essa visão, explica padre Bohnen, que a universidade se interessou em se unir com a ACIS e Prefeitura para implantar o Polo de Informática de São Leopoldo.

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a verdade, explica padre Bohnen, a universidade já se direcionava para este empreendimento. Conta que em janeiro de 1995 integrou uma comitiva que viajou para França e Portugal numa “Missão de Estudos sobre Tecnópoles”. Com ele es-

Aloysio Bohnen Ex-reitor da Unisinos tavam o então prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro, o reitor da UFRGS, Hélgio Trindade, e o reitor da PUCRS, Norberto F. Rauch. Dessa viagem, diz Bohnen, resultaram a solidificação do Projeto Porto Alegre Tecnópole e a criação, em 31 de outubro de 1997, do Polo de Informática de São Leopoldo. “Voltei entusiasmado com o que vi lá fora. E hoje fico feliz em ter na nossa cidade o Parque Tecnológico número um do Brasil e nossa Incubadora reconhecida como a melhor do mundo”. Embora a euforia com o sucesso do empreendimento, padre Bohnen não deixa de manifestar sua preocupação com as atitudes a serem adotadas na cidade.

Exemplo para outros parques O professor Célio Pedro Wolfarth foi um dos principais interlocutores entre as entidades que gestaram a criação do Polo de Informática de São Leopoldo. Na condição de pró-reitor de Administração da Unisinos, coube a ele dar o suporte necessário para viabilizar o empreendimento. “Nosso objetivo era transformar o projeto num grande sucesso. E, felizmente, isso hoje é uma realidade. Foram inúmeras reuniões, durante dois anos consecutivos (97 e 99), sempre às segundasfeiras, das 14h às 16h. A cada dia era colocado um ‘tijolinho’ no projeto. O trabalho abnegado das três parceiras – Universidade, ACIS e Prefeitura –, garantiu este grandioso parque, considerado o melhor do Brasil e exemplo para outros no Estado, como o Tecnopuc”. O envolvimento com a implantação do Tecnosinos lhe rendeu tema de dissertação de mestrado em Economia, na UFRGS, em 2004, intitulada Parques Tecnológicos: Uma proposta de modelo de gestão a partir do estudo de caso do Polo de Informática de São Leopoldo.

Célio Wolfarth Ex-pró-reitor da Unisinos

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ASSOCIAÇÃO

União das

empresas do Polo

Oldemar Brahm Presidente da Associação do Polo de Informática de São Leopoldo “Somos como uma corda, cuja força é resultante da união de suas fibras”. Assim o presidente Oldemar Plantikow Brahm (da Digistar), da Associação do Polo de Informática de São Leopoldo, define a junção entre governo, empresários e universidade para construir o Parque Tecnológico. A entidade foi criada para dar personalidade jurídica ao representante das empresas do Polo de Informática como integrante do Parque. A Associação do Polo participa da governança do Tecnosinos, junto com a ACIS, a prefeitura municipal e a Unisinos.

E

stabelecida em julho de 2004, a entidade teve como primeiro presidente o empresário Siegfried Koelln. Ela foi constituída, como sócios fundadores, pelas empresas Altus, CWI, Digistar, Gama, Gvdasa, Meta, Micromega, SKA e Unisinos. Seu estatuto prevê como associados, além dos fundadores, a inclusão das categorias de conveniados e convidados. Antes da implantação da Associação do Polo de Informática, existia apenas o Conselho do Polo, instituído por lei para avaliar a adesão de novas empresas. A associação veio para melhor atender aos interesses comuns das empresas do Polo. O gerenciamento da “marca” do Polo foi definido co-

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mo prioridade, por ser o primeiro empreendimento da área de tecnologia da informação a ser criado no RS e com modelo inédito no país. RECURSOS HUMANOS – Para o atual presidente, um dos trunfos para a performance do Polo de Informática é a parceria com a universidade, que abastece as empresas com mão-de-obra qualificada. “Uma empresa de tecnologia não existe sem recursos humanos capacitados”, confirma Brahm – que também é diretor de Inovação e Tecnologia da ACIS/SL, juntamente com Vera Boufler, da Gvdasa, Felipe Nardi, da Menthor, e Elbert Bello, do site Curto Meu Bairro. Segundo o empresário, esta relação empresa-universidade deve evoluir de patamar, citando como exemplo o sucesso mundial de Israel. Naquele país, onde ele trabalhou, a preparação acadêmica dos profissionais é dirigida às necessidades específicas de absorção da indústria. De olhos no futuro, Brahm também se preocupa com a pirâmide educacional. As escolas de ensino fundamental e médio precisam dar melhor formação aos alunos, para que eles cheguem embasados à universidade, ele diz. Caso contrário, “as empresas não contarão com os profissionais que precisam para crescer”.

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Christiaan van Hattem/ Unisinos

DESENVOLVIMENTO

Economia

global do conhecimento A Unisinos trabalha para contribuir fortemente na inserção do Rio Grande do Sul no mapa de uma economia global do conhecimento cada vez mais centrada na inovação tecnológica.

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ara isso, explica o reitor da Unisinos, padre Marcelo Fernandes de Aquino, estão se consolidando cinco institutos tecnológicos de altíssimo nível para aprimorar a produção de pesquisa aplicada às necessidades da sociedade e do mercado. Em sintonia fina com essa iniciativa, a Unisinos fortalece sua atuação nas áreas de engenharias e da tecnologia da informação, por meio do movimento da inflexão tecnológica, ampliando parcerias com universidades e centros de pesquisas internacionais. Para o reitor, o Tecnosinos vem propondo um novo modelo econômico de desenvolvimento regional motivado pelas dimensões do empreendedoris-

Marcelo Fernandes de Aquino Reitor da Unisinos mo e da inovação. “É uma forte aliança entre a Unisinos, as empresas do Parque e as esferas do Poder Público, onde a aproximação destes agentes cria um ambiente favorável à competitividade. O Parque conta com empresas de alta tecnologia nacionais e também provenientes de nove diferentes países, desde norte-americanas e europeias até nossos longínquos parceiros asiáticos. Isto integra a visão da Unisinos de ser reconhecida como uma universidade global de pesquisa. Hoje já percebemos a agregação deste valor para a sociedade através de novas oportunidades de empregos e melhoria na qualidade de vida”, conclui padre Aquino.

Cultura da inovação e do empreendedorismo atividade econômica, gerando emprego e renda. Para a indústria gaúcha, reconhecer o potencial e os diferenciais inovadores de empresas que habitam ambientes como o Tecnosinos significa a oportunidade de encontrar soluções e parcerias que contribuam para o aumento da intensidade tecnológica de produtos e serviços. Ter uma instituição atuante como o Tecnosinos em nosso Estado representa um caminho importante para exitosos resultados econômicos e sociais, os quais são almejados por toda a sociedade.”

Dudu Leal/ Fiergs

“Os parques tecnológicos são organizações fortemente comprometidas com a cultura da inovação e do empreendedorismo, promovendo a competitividade empresarial e o desenvolvimento econômico e social. Neste contexto está o Tecnosinos, com destacada atuação no estímulo e gerenciamento do fluxo de conhecimento entre centros de pesquisa, universidades e empresas. O comprometimento do Tecnosinos com o trabalho regional traz ao Rio Grande do Sul empresas diferenciadas e profissionais qualificados, agregando valor à

Heitor José Müller Presidente da Federação e do Centro das Indústrias (FIERGS/ CIERGS)

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