Revista ACIM Junho 2012

Page 1

www.acim.com.br

Revista

Junho 2012

1



palavra do presidente

Com a Esfaep há vários ganhos: os futuros policiais militares não precisam se deslocar até a capital para a formação. E a comunidade local ganha mais segurança, já que os soldados, durante o curso, serão aproveitados em rondas, contribuindo com o policiamento na região central e nos bairros

Segurança de Maringá continua sendo prioridade no mês passado, provisoriamente no Cesumar até agosto, quando o prédio onde funcionará a Esfaep estará pronto e oficialmente inaugurado. Aqui se abre um parêntese para explicar que a prefeitura teve papel fundamental, já que ficou responsável pelas obras de reforma do prédio onde funcionará a Esfaep, que era uma escola estadual. Com a Esfaep há vários ganhos: os futuros policiais militares não precisam se deslocar até a capital para a formação. E a comunidade local ganhará mais segurança, já que os soldados, durante o curso, serão aproveitados em rondas, contribuindo com o policiamento na região central e nos bairros. A instalação desta escola de formação em Maringá foi uma decisão acertada e uma das principais conquistas na área de segurança pública dos últimos anos. A comunidade maringaense merece, já que nunca deixou de contribuir com a segurança. Delegados, comandantes e outros integrantes das corporações policiais elogiam a comunidade, por contribuir decisivamente, inclusive doando recursos para a compra de materiais e equipamentos necessários ao trabalho dos policiais. A segurança é dever do Estado, mas a população de Maringá tomou para si a responsabilidade de ser uma aliada fundamental. Marco Tadeu Barbosa é presidente da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM) Revista

Junho 2012

3

www.acim.com.br

A qualidade de vida sempre foi um dos atributos de Maringá que é motivo de orgulho da população. E os índices de segurança maiores que a média nacional contribuem para isso. A cidade chegou a registrar, entre os municípios com mais de 300 mil moradores, o menor índice de homicídios do país para cada cem mil habitantes, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O fato inclusive gerou uma reportagem do Globo Repórter, em 2005. Apesar de Maringá registrar índices de criminalidade menores que a média nacional, o efetivo policial está defasado – e muito. A cidade tem o mesmo número de policiais de duas décadas atrás. Mas como convencer os governantes de que Maringá precisa de um número maior de efetivo, sendo que em outras cidades a criminalidade atinge níveis mais alarmantes? A solução, pelo menos em parte, foi delineada dois anos atrás, quando a ACIM e o Conselho Comunitário de Segurança de Maringá (Conseg) propuseram ao governador Orlando Pessuti a criação da segunda Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Esfaep), a primeira do interior do Paraná. E agora a comunidade pode colher os frutos desta conquista. No mês passado houve a solenidade de recepção e apresentação dos integrantes da 1ª turma do Curso de Formação de Soldados Policiais Militares. São 200 soldados policiais militares e 30 soldados bombeiros. As aulas também começaram


www.acim.com.br

4

Revista

Junho 2012


www.acim.com.br

Revista

Junho 2012

5


ÍNDICE

16

REPORTAGEM DE CAPA Tato, olfato, paladar, audição e visão são usados pelo marketing para provocar sensações e reações em potenciais clientes; o aroma de uma loja, o cheirinho de café e cores suaves podem se tornar um convite à experimentação de produtos ou às compras e, por isto, especialistas e empresários comentam como usam os cinco sentidos no marketing

www.acim.com.br

8

ENTREVISTA

Jair Ferrari foi escolhido Empresário do Ano 2012, uma premiação que tem a ACIM com uma das realizadoras e cuja cerimônia está agendada para agosto; na entrevista principal desta edição Ferrari fala sobre sua trajetória empresarial, agronegócio, que é a área de atuação dele, entre outros assuntos

6

Revista

Junho 2012

24

COMPORTAMENTO

Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) diz que casais do mesmo sexo têm os mesmos direitos e deveres que os casais heterossexuais; como as empresas de Maringá têm lidado com a diversidade sexual e empresários que decidiram apostar no público gay, como Tatiane Vieira e Gi Leão, são assuntos da reportagem

30

TECNOLOGIA

A substituição de trabalhadores por máquinas já foi alvo de críticas sob o argumento de que iria gerar desemprego, mas a realidade das indústrias locais é a contrária: por falta de mão de obra qualificada e para aumentar a produtividade, elas precisam investir na automação; na foto Marcus Penha, da Tornopel, que pretende redesenhar a planta da indústria


34

REVISTA

NEGÓCIOS

Que as mulheres são grandes consumidoras e influenciam a decisão de compras de carros, imóveis e outros itens ninguém mais duvida, mas há empresários que têm investido exclusivamente em homens e, para trabalhar com este público, sabem que precisam ser objetivos no atendimento; Claudemir Pires, da Platty’s, aposta também na consultoria de estilo para os clientes

O que você precisa?

40

A REVISTA DE NEGÓCIOS DO PARANÁ ANO 49 Nº 521 JUNHO/2012 PUBLICAÇÃO MENSAL DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E EMPRESARIAL DE MARINGÁ - ACIM / FONE: 44 3025-9595 DIRETOR RESPONSÁVEL José Carlos Barbieri Vice-presidente de Marketing CONSELHO EDITORIAL Giovana Campanha, Helmer Romero, José Carlos Barbieri, Lúcio Azevedo, Pedro Grava, Mohamad Ali Awada Sobrinho, Miguel Fernando Perez Silva, Sérgio Gini, Valdeir Larrosa, Walter Thomé Júnior, Tatiana Consalter, Ana Rita Canassa e Wládia Dejuli JORNALISTA RESPONSÁVEL Giovana Campanha - MTB 05255 COLABORADORES Alan Maschio, Giovana Campanha, Juliana Daibert, Octávio Rossi, Rosângela Gris e Rubia Pimenta

VAREJO

EDITORAÇÃO Andréa Tragueta andreatra@brturbo.com.br

Mais do que tornar uma loja bonitinha, os projetos arquitetônicos ajudam a atrair a clientela e facilitar a circulação; profissionais dão dicas sobre o assunto e empresários, inclusive de bairro, contam as estratégias que adotaram ao desenvolver o projeto das lojas

+ comodidade

REVISÃO Giovana Campanha, Helmer Romero e Sérgio Gini CAPA Anima Lamps PRODUÇÃO Textual Comunicação Fone: 44-3031-7676 textual@textualcom.com.br

+ agilidade

FOTOS Ivan Amorin e Walter Fernandes CTP E IMPRESSÃO Gráfica Regente

CONTATO COMERCIAL Sueli de Andrade 8822-0928

+ mobilidade

46

ESCREVA-NOS Rua Basílio Sautchuk, 388 Caixa Postal 1033 Maringá - Paraná CEP 87013-190 e-mail: revista@acim.com.br CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente: Marco Tadeu Barbosa

MERCADO

fácil: como é o ja e v e diment acesse .br/aten m o .c b o o www.sic

CONSELHO DO COMÉRCIO E SERVIÇOS Presidente: Mohamad Ali Awada Sobrinho Os anúncios veiculados na Revista Acim são de responsabilidade dos anunciantes e não expressam a opinião da ACIM

www.acim.com.br

Profissionais de diferentes gerações, com formação e comportamento distintos, estão convivendo no mesmo ambiente de trabalho e para que isto não se torne um problema, empresários adotam posturas diferenciadas e muito “jogo de cintura”; psicóloga organizacional dá dicas Sicoob Atendimento - Caixa Eletrônicopara evitar conflitos - Sicoobnet Pessoal - Sicoobnet Empresarial - Sicoobnet Celular APOIO INSTITUCIONAL

CONSELHO SUPERIOR Presidente: Adilson Emir Santos COPEJEM - Presidente: Rodrigo Seravalli de Britto ACIM MULHER - Presidente: Ana Lúcia Megda

A redação da Revista ACIM obedece o acordo ortográfico da Língua Portuguesa.

Revista

Junho 2012

7


ENTREVISTA

Jair Ferrari

POR Giovana Campanha e rubia pimenta

Quando a simpatia e o coração ajudam a realizar bons negócios

www.acim.com.br

Walter Fernandes

O empresário Jair Ferrari alicerçou seus negócios no bom relacionamento com os clientes, funcionários e fornecedores e também procurou a satisfação pessoal no dia-a-dia dos negócios. Se esta é a fórmula do sucesso no meio empresarial ele não sabe, mas pelo menos para a Ferrari & Zagatto e para a Fortgreen, as empresas das quais é sócio, estes alicerces têm se provado acertados.As empresas têm registrado crescimento de 30% ao ano, nos últimos anos, geram mais de cem empregos e têm rotatividade baixa. Como a Ferrari & Zagatto comercializa insumos agrícolas e a Fortgreen fabrica fertilizantes foliares, o público-alvo das empresas são os produtores e para estes clientes, bom relacionamento e cumprir o que foi acordado, muitas vezes verbalmente, é fundamental para a continuidade da parceria. Ferrari foi escolhido Empresário do Ano 2012 em maio e é o entrevistado principal desta edição.

Onde o senhor nasceu e cresceu? Nasci em Engenheiro Beltrão em 23/1/59, num sítio. Fiz o primário e o ginásio lá, e depois fui para Apucarana estudar como interno do Colégio Agrícola Manoel Ribas, uma excelente instituição, onde me formei em meados de 1977. Era muito estudioso, mas muito pobre, e por isso não consegui realizar meu grande sonho, que era me formar em agronomia na UEM. 8

Revista

Junho 2012

O senhor é religioso? Sou católico. Converso uma vez por dia com Cristo, agradecendo todas as bênçãos que Ele tem me dado.

é corretor de imóveis e minha filha está prestes a montar o próprio negócio. Aos dois consegui transmitir três valores: a humildade, a simplicidade e o respeito pelas pessoas.

Fale sobre sua família. Casei-me em 1981, com Moisesa Maria Tiaghnia Dorighello Ferrari, em Ubiratã e temos dois filhos, Jair Ferrari Filho e Lais Ferrari. Eles chegaram a trabalhar comigo na empresa, mas não ficaram, porque tomaram rumo próprio. Meu filho

Como começou no ramo dos defensivos agrícolas? Assim que me formei fique sabendo que estavam montando uma empresa de insumos agrícolas em Kaloré, e fui para lá procurar emprego. Comecei e logo depois me indicaram para a Bayer, em Campo


Mourão, como técnico agrícola e depois fui vendedor em Ubiratã. Na sequência fui transferido para Apucarana e Maringá. Sai da Bayer em 1984 e entrei em sociedade com um cliente numa revenda chamada Castro Máquinas. Como foi a estreia no ramo empresarial? Eu não tinha nenhum centavo. Eu e um amigo, Vilson de Melo, fomos conversar com Valdemar Castro que estava finalizando as atividades da Castro Máquinas, empresa muito tradicional em Maringá, porque queria se dedicar a outros negócios. Castro estipulou um valor muito baixo para que assumíssemos a empresa. Só que ao assumirmos, os negócios voltaram a prosperar e o Castro nos fez outro acordo: seríamos sócios da empresa sem desembolsar nada e ele teria um terço do negócio. Isso foi em 1984 e continuamos sócios nos quatros anos seguintes. Saí da sociedade contra a vontade dos dois parceiros de quem sou muito amigo até hoje para montar a minha empresa, em 1988. Como surgiu a Ferrari & Zagatto? Foi em 1988. Três anos depois o Adélcio Zagatto, que era professor do curso de Agronomia da UEM, passou a integrar a sociedade da empresa, que passou a ser denominada Ferrari, Zagatto & Cia Ltda e anos depois novos sócios entraram.

Ivai, Itambé e Marialva (São Luiz) e vamos iniciar as obras de uma nova unidade de recebimento em Marialva.

Quais os pilares para ser um bom empreendedor? A honestidade, a transparência e honrar os compromissos. Acredito que o grande segredo para manter o entusiasmo pelos negócios é vender um produto ou serviço pelo qual possa honrosamente se orgulhar. Você tem que estar sempre se questionando se seus parceiros de negócio, tanto clientes quanto fornecedores, estão tendo satisfação e igualdade de benefícios nas transações. Não somos uma firma muito grande, mas somos comprometidos em gerar resultados positivos a todos os envolvidos. Para fertilizantes foliares. Inicialmente mim, o respeito e a valorização do criamos a marca e terceirizávamos ser humano são as maiores missões, a produção. Tudo ia bem até que a inclusive nas relações de trabalho. indústria que fabricava os produ- Tendo como pilar o respeito nossas tos entrou em concordata e como empresas têm rotatividade baixa e queríamos criar fertilizantes com um relacionamento fraterno. nosso padrão de qualidade e embalagem, decidimos criar a empresa, O senhor teve vários sócios, com a ajuda de um velho amigo qual a fórmula para ter uma engenheiro químico em Maringá, sociedade bem-sucedida? que era profundo conhecedor de Escolher bem os sócios e tive fertilizantes foliares. Nasceu assim a sabedoria de escolher pessoas a Fortgreen, com os mesmo sócios que se completam. Mesmo tendo da Ferrari & Zagatto. Três anos atrás vários sócios, nossas empresas um engenheiro agrônomo passou a prosperaram, porque todos são ser nosso novo sócio. pessoas simples, especialistas em determinadas áreas, destituídas de Qual foi o motor propulsor dos ego e vaidade e são comprometidas negócios do senhor? com resultados. Na minha opinião, Em 2008 percebemos a necessi- os iguais se atraem e os diferentes dade de também permutar a venda não ficam juntos por muito tempo. de insumos por grãos das colheitas dos nossos clientes. Para isso era Quais erros o senhor já cometeu necessário incrementar a emprecomo empresário? sa, construindo silos. Hoje temos Eu desfiz uma sociedade que não quatro unidades de recebimento deveria ter desfeito, por falta de de grãos em Ivatuba, São Jorge do maturidade. Revista

Junho 2012

9

www.acim.com.br

E a indústria de fertilizantes Fortgreen, como surgiu? Sempre tive o sonho de criar uma indústria de fertilizantes foliares, e ele se concretizou em 2007. Eu mesmo batizei quase todos os produtos. Entendia do assunto, pois era um bom vendedor de

Acredito que o grande segredo para manter o entusiasmo pelos negócios é vender um produto ou serviço pelo qual possa honrosamente se orgulhar. Você tem que estar sempre se questionando se seus parceiros de negócio, tanto clientes quanto fornecedores, estão tendo satisfação e igualdade de benefícios nas transações


Jair Ferrari

www.acim.com.br

Quais as melhorias que o senhor sugere para impulsionar o agronegócio no Brasil? Um das principais melhorias é em relação à infraestrutura, como portos, estradas e armazenagens. E como assunto não resolvido, é preciso desenvolver um seguro agrícola justo e economicamente viável que não só cubra os custos de produção, em caso de frustrações, como também a renda do produtor.

Walter Fernandes

ENTREVISTA

Venho praticando há anos a seguinte filosofia: Qual conselho o senhor daria ‘compreendo perfeitamente que nenhuma posição para os jovens empresários? Adquirir bons hábitos é fundaou riqueza pode durar muito sem ter sido construída mental, como o de se habituar a sobre a verdade e a justiça. Portanto, não me fazer um trabalho de excelência, não envolverei em transação alguma que não beneficie a importa se empregado ou empregador. É preciso gastar um bom tempo todos a quem afetar. Induzirei outros a servir-me pela no aperfeiçoamento pessoal, fazer minha boa disposição em servi-los. Eliminarei o ódio, boas leituras e seguir bons exema inveja, o egoísmo, o cinismo, cultivando o amor pela plos. Estabelecer metas pequenas humanidade, pois sei que nenhuma atitude negativa ou grandes, mas com prazos para o cumprimento, sem desvirtuar o para com os outros me trará sucesso’ caminho estabelecido, preservando sempre o respeito pelo semelhante. me envolverei em transação alguma a estas pessoas de famílias humildes que não beneficie a todos a quem o mesmo aprendizado que pessoas Qual foi a grande barreira que o afetar. Induzirei outros a servir-me de bom coração me deram. senhor teve que superar na vida? pela minha boa disposição em serA origem humilde e um grande vi-los. Eliminarei o ódio, a inveja, Como o senhor se sente por ter complexo de inferioridade, que me o egoísmo, o cinismo, cultivando sido escolhido Empresário do acompanharam até a adolescência. o amor pela humanidade, pois sei Ano? Tive que empreender um grande que nenhuma atitude negativa para Sei da importância do prêmio esforço por meio de leituras positi- com os outros me trará sucesso”. e da seriedade das entidades que vas para superar estas dificuldades. concederam a homenagem. E A minha sorte é que recebi bons Quais são seus planos para o aqui quero registrar meu agraconselhos ao longo da minha vida, futuro? decimento aos meus sócios e a a começar pelos da minha mãe. Faço planos de continuar traba- minha família que propiciaram Tenho como filosofia um trecho lhando com o agronegócio, que me que dedique boa parte do meu do livro “Pense e enriqueça”, de garante muita satisfação, porque tempo às causas da cidade e que Napoleão Hill, que venho pratican- trabalho com os produtores rurais, podem ter sido motivos para do nestes anos, através da leitura e que são pessoas diferenciadas pela que eu tenha sido escolhido prática diárias. É com orgulho que simplicidade e honestidade. E quan- para receber esta homenagem. compartilho esta filosofia: “Com- do me aposentar, que planejo ser Embora, jamais trabalhei para preendo perfeitamente que nenhu- daqui uma década, quero me dedi- buscar reconhecimento, com este ma posição ou riqueza pode durar car em tempo integral à motivação prêmio minha responsabilidade muito sem ter sido construída sobre de jovens que estão sem perspecti- será ainda maior pelas causas de a verdade e a justiça. Portanto, não vas para o futuro. Quero propiciar nossa cidade. 10

Revista

Junho 2012


Uma história de sucesso

RGComunicação

Fundada em 1992 pelo empresário Jair Slompo Júnior, a JS Informação e Inovação completa 20 anos em 2012. O sucesso da empresa se reflete em números: 150 clientes, mais de 1.500 usuários do Sistema de Gestão Empresarial, 50 mil colaboradores no Sistema de Recursos Humanos e um faturamento que cresceu 692% nos últimos dez anos. “A inovação é fundamental no nosso segmento. Por isso, nossa empresa se recicla constantemente. Valorizamos o ser humano que é quem transforma a tecnologia em movimento, em ação”, reflete o diretor da JS, Jair Slompo. Diretor executivo da JS, Jair administra os escritórios da empresa em Maringá e em Londrina ao lado do irmão, Pedro José Slompo, diretor técnico. Entre os clientes, empresas como Supermercados Cidade Canção, Copacol, FA Maringá, C.Vale, Antenas Aquário, Pado e Viação Garcia. Desde 2005, a JS também é uma Unidade Senior no Norte do Paraná, uma das maiores desenvolvedoras para software de gestão do país. A Senior concede prêmios aos melhores parceiros em todo Brasil. Em 2011, a JS conquistou os prêmios Ranking Destaque em Serviços e Capacitação de Pessoas, e Edson Freiria foi eleito o melhor Gerente de Projetos do país. HISTÓRIA Jair Slompo começou sua trajetória empresarial em 1990, como sócio da empresa DPC, distribuindo softwares da WK, PC Auxiliar, Utilsoft e HBSIS. Em 1992, a sociedade foi desfeita e nascia a JS Informática que, durante anos, recebeu prêmios por ser o distribuidor da Utilsoft com maior volume de vendas do Brasil. Em 1996, a JS implantou o primeiro sistema de folha de pagamento na FA Maringá. Três anos depois, outro marco histórico: a implantação do Sistema Rubi na C.Vale - Cooperativa Agroindustrial, de Palotina. Em 2000, a JS implantava o ERP na Augros do Brasil (atual Aptar) e instalava o VetoRH na Copacol, na época com três mil colaboradores. Em 2006, a JS participou do Programa PAEX da Fundação Dom Cabral e elaborou seu primeiro Planejamento Estratégico. Em 2011 o planejamento foi atualizado, inclusive com a mudança na denominação da empresa, que passou a ser JS Informação e Inovação. Bem estruturada, a JS conta com equipes Help Desk, comercial e de serviços. São mais de 50 pessoas entre os escritórios de Maringá e Londrina.

Diretores e colaboradores da JS Informação e Inovação durante evento em comemoração aos 20 anos da empresa

www.acim.com.br

Os diretores da JS, Pedro e Jair Slompo, ladeados pelos diretores da Senior Marcos Guenther (gerente nacional de vendas - à esquerda), Jorge José Censi (presidente), e Hermínio Gastaldi (diretor de mercado)

Revista

Junho 2012

11


capital de giro

Novidades no aeroporto regional O Aeroporto Regional de Maringá Silvio Name Júnior subiu da categoria 6 para 7 com a entrega do caminhão de combate ao incêndio aeroportuário AP2. O equipamento, que custou R$ 1,38 milhão, foi entregue pelo governador do Estado, Beto Richa, em 14 de maio. A reclassificação coloca o terminal na seleta lista dos quatro aeroportos do sul do Brasil aptos a receber cargas internacionais com regularidade, ao lado do Afonso Pena (em São José dos Pinhais), Foz do Iguaçu e Porto Alegre. O superintendente do Aeroporto, Marcos Valêncio, destaca que, além de colocar Maringá na rota das grandes empresas, a elevação permite uma frequência maior de operações de aeronaves de passageiros tipo 737-800 para 186 passageiros.

www.acim.com.br

1ª Expopesca traz 200 expositores para Maringá Maringá recebe entre 13 e 17 de junho a primeira edição da Expopesca. O evento, que já é sucesso pelo Brasil, promete trazer à cidade cerca de 200 expositores que vão apresentar o que existe de mais moderno em materiais de pesca esportiva e comercial, mergulho, camping e náutica. Ações sobre a produção de peixes e sustentabilidade também serão realizadas. Além disso, um barco será sorteado entre os participantes. Durante os cinco dias de feira, dez mil pessoas devem passar pelo Maringá Shopping de Calçados, local escolhido para sediar o evento. A Expopesca conta com o apoio da ACIM. Mais informações pelo telefone (44) 3027-9471 ou no www.expopesca.com.br.

12

Revista

Junho 2012

Anuário econômico de Maringá Divulgar a cidade de Maringá e região metropolitana com todo o potencial econômico e oportunidades para investimentos. É este o foco do anuário de economia “A Grande Região de Maringá – Uma região de riquezas e oportunidades”, lançado em maio. O livro foi concebido pela CBN Maringá, empresa do Grupo Maringá de Comunicação (GMC), em parceria com a Apoio Projetos Especiais e traz informações sobre o potencial de desenvolvimento, tendências de mercado, produção e consumo de Maringá e de 12 municípios da região. A publicação é destinada a investidores e pessoas com interesse em conhecer mais sobre uma das regiões mais prósperas do Paraná. Os dados contidos na obra são do Estudo IPC Maps, coordenado pelo diretor da IPC Marketing Editora, Marcos Pazzini, e também de pesquisas da ACIM, FGV e Sistema Firjan.

Conselho do Contribuinte tem representante maringaense O advogado Marcio Rodrigo Frizzo, de Maringá, foi designado para compor o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), em 11 de maio. O CARF funciona como um tribunal administrativo do Ministério da Fazenda, julgando contestações de contribuintes e pedidos de ressarcimento e restituição. Ele define também questões tributárias envolvendo Imposto de Renda, Contribuição Social, PIS, COFINS, entre outros. Frizzo, que é sócio do escritório de advocacia Blazius, Frizzo e Lourenzetti e parceiro da Controlsul Consultoria Empresarial, se diz honrado com o cargo. “Há anos estudo as decisões que os conselheiros escrevem e julgam. Agora estarei ao lado deles, e isso me deixa profissionalmente satisfeito”, ressalta. O conselho conta com 50 membros, sendo 41 representantes do Fisco e nove dos contribuintes. Frizzo foi indicado pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI). “Orgulho-me muito pelo respeito e reconhecimento dos representantes destas instituições”, diz.


Ao custo de R$ 42 milhões, 10,9 quilômetros da BR376 entre os municípios de Cambira e Apucarana serão duplicados. As obras foram oficialmente lançadas pelo governador Beto Richa em 17 de maio. “Acabou o tempo de truculência. Tenho a responsabilidade de governar para todos os paranaenses. Em pouco mais de um ano esta é a quarta importante obra que lançamos no Anel de Integração, por sinal a segunda no trecho da Viapar. Em novembro estivemos em Mandaguari para dar início às obras do contorno daquele município”, destacou o governador Richa, em menção às obras de 9,9 quilômetros e que custarão R$ 85 milhões, com conclusão estimada para dois anos. A duplicação do trecho da BR-376 está prevista no contrato de concessão da Viapar, empresa responsável pela administração. “A carência de infraestrutura no Brasil é gigantesca e não podemos perder tempo com atritos. O atual governo se prontificou a restabelecer o diálogo com as concessionárias. Quem ganha com isso é a população”, frisou o presidente da Viapar, Marcelo Machado.

Conseg distribui panfletos com telefones de emergência

Além da pista de rolamento com canteiro central, vão ser construídas duas passagens em desnível, um viaduto em Cambira, uma trincheira no distrito de Pirapó, uma interseção em nível em Cambira, passagem sob o viaduto ferroviário em Cambira e 6 retornos em nível (três para cada sentido). O departamento de engenharia da Viapar prevê a entrega de quatro quilômetros até dezembro. O restante fica para 2013.

TELEFONES ÚTEIS

Órgão, telefone e utilidade

POLÍCIA MILITAR (PM) .............................................. 190 Plantão 24h • Roubo, furto, homicídio, invasão ao domicílio, agressão, violência doméstica, maus tratos CORPO DE BOMBEIROS.............................................. 193 Plantão 24h • Incêndios, busca e salvamento, atendimento pré-hospitalar (trauma), acidente de trânsito com vítima SAMU ......................................................................... 192 Plantão 24h • Atropelamentos, acidentes caseiros, intoxicação e envenenamento, problemas de saúde e emergência a mulheres grávidas DISQUE DENÚNCIA .................................................... 181 Plantão 24h • Denúncia contra servidores públicos, tráfico de drogas, homicídios, desmanche de veículo, e outros crimes. Não é necessário identificação CENTRAL DE ATENDIMENTO À MULHER ................... 180 Plantão 24h • Orientações sobre como enfrentar a violência contra a mulher e a forma de receber denúncias. Não é necessário identificação

POLÍCIA CIVIL............................................................. 197 Plantão 24h • Tráfico de drogas, furtos, roubos, receptação, homicídios, foragidos, abuso de menores. Também é possível registrar um boletim de ocorrências pela internet no site www. delegaciaeletronica.pr.gov.br GUARDA MUNICIPAL/ PATRULHA DO SOM ............... 153 Plantão 24h • Vandalismo, pichação, destruição ou roubo do patrimônio público. Também inibe excesso de som em automóveis, bares, festas em residência ou chácaras. Não é necessário identificação ABUSO E EXPLORAÇÃO DE MENORES........................ 100 Todos os dias das 8h às 22h. Proteção de crianças e adolescentes com foco na violência sexual. Não é necessário identificação ABORDAGEM DE RUA A ADULTOS ..............9103-5661 Das 8h às 23h diariamente • Abordagem a moradores de rua. Recolhe o encaminha adultos em situação de risco ou drogadição

POLÍCIA FEDERAL ...................................... 3220-1400 Plantão 24h • Genocídio, pedofilia, preconceito na web, pornografia infantil, contrabando, lavagem de dinheiro

ABORDAGEM DE RUA A CRIANÇAS.............9103-2014 Segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Fins de semana e feriados das 10h às 20h • Abordagem a moradores de rua. Recolhe o encaminha crianças em situação de risco ou drogadição.

POLÍCIA RODOVIÁRIA ESTADUAL (PRE).................... 198 Plantão 24h • Comunicação de acidentes nas rodovias estaduais, condições dos veículos e documentação, educação no trânsito

VIOLÊNCIA A IDOSOS ......................... 0800-6431108 Segunda a sexta-feira, das 8h às 17h • Denúncia de maus tratos a idosos

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL (PRF) ...................... 191 Plantão 24h • Comunicação de acidentes nas rodovias federais, fiscalização de condutores, excesso de velocidade, embriaguez ao volante

VIOLÊNCIA INFANTIL ......................... 0800-6435115 Segunda a sexta-feira, das 8h às 20h. Fins de semana e feriados das 10h às 20h • Denúncia de maus tratos a crianças

Revista

Junho 2012

13

www.acim.com.br

O Conselho Comunitário de Segurança de Maringá (Conseg) confeccionou panfletos com telefones emergenciais. A intenção é ajudar as pessoas a pedir auxílio em momentos difíceis, que vão de acidentes domésticos, de trânsito e assaltos a casos de denúncia de maus tratos, tráfico de drogas, violência doméstica e exploração sexual. Também há informações sobre como proceder para ajudar moradores de rua e pessoas em situação de risco, como usuários de drogas. Os panfletos foram distribuídos durante a Expoingá, mas ainda podem ser retirados na sede do Conseg, localizada na rua Basílio Sautchuck, 388, 1º andar. Mais informações pelo telefone (44) 3025-9609.

Cleber França

Trecho da BR-376 será duplicado


capital de giro Não são muitas as empresas que realizam a distribuição de lucros no Brasil. Ao completar 20 anos de fundação, a JS Informação e Inovação promete entrar neste seleto grupo. A empresa é administrada pelos empresários Jair e Pedro Slompo e tem 150 clientes. Com sede em Maringá, possui escritório em Londrina e entre seus clientes estão grandes empresas como Supermercados Cidade Canção, Copacol, FA Maringá e Antenas Aquário. A JS cresceu 692% nos últimos dez anos.

Fusão entre companhias aéreas Empresas aéreas que operam em Maringá, a Azul Linhas Aéreas e a Trip assinaram um acordo de fusão em maio. Segundo comunicado distribuído aos funcionários, será criada uma empresa controladora das duas companhias, que receberá o nome de Azul Trip S.A. Inicialmente as empresas seguirão operando de forma independente, com suas marcas e frotas separadas. Um comitê de integração será criado para buscar as melhores práticas.

Walter Fernandes

Distribuição de lucros

Escola de formação de PMs em Maringá Tiveram início no mês passado as aulas da primeira turma do Curso de Formação de Soldados Policiais Militares da 2ª Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Esfaep). Integram a turma 200 soldados policiais militares e 30 soldados bombeiros, que foram apresentados para a comunidade em 21 de maio, na sede da ACIM. Uma semana depois começaram as aulas, que até agosto estão sendo realizadas no Centro Universitário de Maringá (Cesumar). O prédio onde funcionará a Esfaep está em obras e deverá ser inaugurado em agosto. A 2ª Esfaep é comandada pelo capitão Ademir da Fonseca Júnior e era uma das reivindicações do Conseg Maringá e da ACIM. Durante o processo de formação, os soldados poderão ser aproveitados em rondas.

www.acim.com.br

Índice de infestação da dengue preocupa O Levantamento do Índice para Aedes aegypti, (Lira), que é o mosquito causador da dengue, atingiu 1,9% em Maringá. A informação é do secretário de Saúde de Maringá, Antônio Carlos Nardi, e refere-se ao período de 7 a 11 de maio. O Lira está acima do considerado aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 1%. Em alguns bairros, o índice atingiu 4,5%, número bem acima do aceitável. São eles: Jardim Ebenezer, Alvorada, Alvorada I e II. Outros bairros considerados de grandes riscos de infestação, com 4,3%, são Jardim Alvorada III, Lea Leal, Patrícia, Morangueira e Morangueira I. Sessenta por cento dos focos do mosquito nestes bairros estão em resíduos, seguidos de vasos, com 25%. O trabalho de divulgação e conscientização da população é o melhor caminho para a redução dos focos. O secretário de Saúde citou os casos dos distritos de Iguatemi e São Domingos, que no início do ano registravam índices acima do aceitável e no último

14

Revista

Junho 2012

levantamento registraram índice de 0,4. “Essa queda foi resultado de um grande trabalho junto à população”. Os locais de maior incidência de infestação são lixos e resíduos sólidos, tambores, barris e tinas, vasos de plantas e imóveis fechados (locação e vendas). Nardi pediu especial atenção aos imóveis vazios e resíduos da construção civil, que podem ser foco do mosquito causador da dengue, se tiverem água parada. Até o final de maio, tinham sido confirmados 43 casos de dengue em Maringá neste ano.


Sistemas para Excelência em Gestão

RGComunicação

Com mais de 12 anos de experiência e atuação nacional a ACCION tem foco no atendimento a clientes que desejam melhorar sua gestão. Alinhado com o MEG Modelo de Excelência em Gestão, investe fortemente na capacitação interna e hoje está entre as empresas com maior índice de crescimento no setor. As soluções ACCION contemplam “Boas Práticas de Gestão” utilizadas por empresas ões e Conhecim ç a ent orm o Inf referência em seus segmentos, atende Clientes plenamente as exigências fiscais (NFe, SPED Fiscal e SPED PIS/Cofins, etc.) proporcionando Pessoas segurança e garantia de evolução. As soluções ACCION visam proporcionar vantagem competitiva ao cliente, permitindo Estratégias Liderança Resultados e Planos significativa redução de custos, promovendo uma cultura voltada para a inovação. A empresa Processos disponibiliza serviços de consultoria, seja através de consultores próprios ou de parcerias estratégicas. Sociedade Durante o processo de implantação das soluções, a ACCION foca a utilização da tecnologia pelas pessoas e cria um ambiente de aderência pró ativa, sempre respeitando a cultura das empresas. A rapidez e eficiência da implantação proporcionam tranqüilidade e confiança aos usuários na utilização das soluções ACCION, garantindo altos índices de satisfação e aumento da produtividade dos clientes. Os números deixam claro que a ACCION honra aquilo que diz e vende. Vencedora Nacional do Prêmio MPE Brasil na categoria Serviços de Tecnologia da Informação, disputou com mais de 32 mil empresas. O objetivo do prêmio é reconhecer o empenho das empresas na gestão da qualidade, com resultados consistentes, como o aumento da produtividade e da competitividade. O resultado final identifica as empresas que apresentaram as melhores práticas de gestão. E a Accion tem orgulho de Edney e equipe ACCION ter merecido o maior Prêmio. O MPE Brasil é promovido pelo Movimento Brasil Competitivo, Sebrae, Grupo Gerdau e Fundação Nacional da Qualidade. “São entidades de credibilidade, mostrando a seriedade da premiação”, comenta o diretor e fundador da empresa, Edney Mossambani. orm Inf

www.acim.com.br

44 - 3225 8686 44 - 3046 7500 Revista

Junho 2012

15

e Conhec ime ações nto


REPORTAGEM DE CAPA

Os cinco sentidos em

O gosto de um pão de queijo, o perfume em uma loja, o conforto de uma roupa, o barulho de um motor, cores agradáveis... tudo isso não é só uma provocação aos seus sentidos; com o marketing sensorial, o corpo se transforma em uma antena, pronta para captar publicidade Alan Maschio

www.acim.com.br

Q

uando se chega ao pé da escada rolante no segundo andar do Maringá Park Shopping Center já é possível sentir um aroma agradável e, ao mesmo tempo, bem característico: o cheiro convida os clientes do shopping a entrar em uma das lojas de varejo da Morena Rosa, sólida grife de roupas nascida no noroeste do Paraná. O perfume é conhecido. Muitos clientes já fazem a associação direta do aroma à marca. Mas também é comum que várias pessoas se refiram à loja como “aquela que tem um cheirinho bom”. O cheiro da Morena Rosa, o barulho de uma motocicleta Harley-Davidson, o sabor de um pão de queijo feito na hora e colocado à disposição de transeuntes... Tudo isso pode ter utilizações de caráter muito mais mercadológico do que a simples exposição de características de produtos aos clientes. Ações deste tipo são conhecidas no círculo publicitário como “marketing sensorial”: são estímulos de mídia que provocam reações e sensações em mais de um sentido de clientes em potencial – no caso do aroma da Morena Rosa, o freguês é “tocado” pela visão das amplas vitrines e “fisgado” pelo perfume. “Por natureza, são conhecidas como ações de 16

Revista

Junho 2012


sintonia com o marketing

Tato, olfato, paladar, audição e visão são usados pelo marketing para provocar sensações e reações em potenciais clientes

Revista

Junho 2012

17

www.acim.com.br

marketing sensorial aquelas que aguçam mais de um sentido. São também conhecidas como ‘marketing de experiência’”, explica o pró-reitor nacional de graduação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Marcelo D’Emídio. A ideia, segundo o professor, surgiu no varejo norte-americano, com base nas experiências criadas para o público por um ícone do mercado consumidor: a Disney. “O parque cria – ou criava – uma experiência única para seus visitantes, estimulando todos os sentidos, com música, shows, comida, conforto e o visual. Os estímulos, quando realizados em conjunto e em mais de um sentido, ficam gravados mais profundamente na memória das pessoas”, afirma o professor, usando como base estudos de neurociência que, apesar de ainda não muito aprofundados, provam pelo menos em teoria que as memórias são muito mais firmes quando fixadas em uma pessoa por mais de um sentido. Da Disney, a ideia de se aproveitar as conclusões de estudos sobre neurociência partiu para as lojas de fora do parque de diversões. Entre as primeiras marcas a fazer uso realmente intencional (este termo, “intencional”, merece uma explicação mais tarde) do marketing sensorial estão a Samsung e a Victoria’s Secret. “São duas grandes marcas que criaram aromas específicos para que o cliente associasse um cheiro ao produto que vendem”, conta D’Emídio.


Convite às compras A Morena Rosa, agora, é mais uma destas grandes marcas. A gerente da loja do Maringá Park, Leila de Souza Facci, tem várias histórias a contar sobre as experiências provocadas em clientes pelo perfume. “É um aroma criado exclusivamente para a marca. Quando eu o sinto, tenho a sensação de que estou entrando em um lugar fino, delicado, organizado e limpo”, descreve, para completar: “quem ainda não conhece o cheiro tem a curiosidade provocada e acaba entrando na loja para saber o que há por trás do perfume.” Ponto para o marketing sensorial. As ações de marketing de experiência que trabalham com cheiro são talvez o exemplo mais claro deste recurso, mas não o único. E você, leitor, com certeza já se deparou com outros tipos de experiência sensorial. Em um supermercado, caminhando entre as gôndolas com o carrinho de compras, o leitor com certeza já foi convidado a experi-

Divulgação

REPORTAGEM DE CAPA

mentar uma xícara de café ou uma linguicinha na chapa. As ações que trabalham com o paladar, inclusive, têm um diferencial de ordem prática: as experiências de sentido colocam o produto à prova exatamente da mesma forma que vai ser utilizado em casa.

Para o professor Marcelo D’Emídio, o marketing sensorial é eficiente, mas deve ser usado corretamente; ele cita a música eletrônica para deixar o cliente no clima para a decisão pela compra

Experimentação O diretor da Chef Foods, Alexandre Dantas, acredita bastante na eficácia de planos de marketing baseados em experiências sensoriais. A empresa que ele dirige, inclusive, marca presença frequente em corredores de supermercados,

Walter Fernandes

www.acim.com.br

Um aroma foi criado exclusivamente para a Morena Rosa; “quem ainda não conhece o cheiro tem a curiosidade provocada e acaba entrando na loja”, diz a gerente da loja do Maringá Park, Leila Facci

18

Revista

Junho 2012


com promotores de vendas prontos para oferecer um pão de queijo a um cliente. “São abordagens com basicamente dois objetivos distintos: um é fazer a apresentação de um produto. O outro é colocar o produto como opção de compra, como estímulo à competitividade entre marcas”, explica. Para Dantas, no caso do ramo de alimentos, o marketing sensorial tem uma função ainda mais importante. “O brasileiro tem dificuldades para alterar a rotina. Muitas vezes, o consumidor brasileiro paga mais por um produto inferior, simplesmente porque está acostumado com uma determinada marca. A utilização de estandes

para colocar alimentos à disposição dos fregueses ajuda muito a quebrar este paradigma. Se um cliente, mesmo que despretensiosamente, experimenta um produto novo e acaba gostando, ele finalmente vê um argumento sólido para mudar de hábito”. Mas as ações de marketing sensorial não têm necessariamente um efeito direto sobre o consumidor. No caso de planos em que o sentido a ser estimulado é o tato, a “publicidade” de uma loja tem um compromisso muito mais ligado ao conforto e ao bem-estar do cliente em um estabelecimento do que à venda propriamente dita. “Em lojas em que o atendimento exige tempo é muito mais eficiente

para o empresário usar cadeiras confortáveis, ou mesmo poltronas, para acomodar o cliente do que simplesmente dispor tocos de madeira em um espaço, para usar uma comparação bem drástica”, explica o arquiteto Gustavo Masson, da Arq+ Arquitetura. Masson também faz um alerta: o empresário precisa estar ciente de que o consumidor atual tem consciência da importância da funcionalidade para que o atendimento seja feito de forma ágil e sem estresse. O arquiteto cita como exemplo uma revendedora de celulares, na qual o cliente em potencial vai precisar de tempo para analisar aparelhos, planos e acessórios. “Neste caso, é muito mais prático utilizar

Escritório de Advocacia

César Eduardo Misael de Andrade & Advogados Associados S/C LTDA Av. XV de Novembro, 618 - Salas 1/4 Maringá-PR - CEP: 87.013-230 | Fone: (44) 3226-1451

DE ADVOCACIA

www.acim.com.br

20 ANOS

DESDE

1992

O Escritório de Advocacia – CÉSAR EDUARDO MISAEL DE ANDRADE – completou em abril, 20 anos de militância na área jurídica; o titular e sua esposa, Elaine Maria Sfasciotti de Andrade, contam com uma equipe de 9 advogados, incluídos os filhos Dr. Hugo e Dr. Leonardo, além da equipe de estagiários e assessoria. Atua na área de assessoria empresarial, cível, comercial e trabalhista

Revista

Junho 2012

19


REPORTAGEM DE CAPA Exemplos de marketing sensorial

TATO Roupas expostas em cabides e gôndolas, frutas, verduras e legumes disponíveis ao toque, test drives

OLFATO Aromatizantes de ambientes, comidas expostas em balcões abertos, cheiro de pipoca em cinemas

mesas em vez de balcões. A funcionalidade de estabelecimentos assim é percebida logo de cara, quando o cliente entra na loja. Ele não quer sair com dor nas costas por ter esperado em pé ou encostado em um balcão”. Música na cabeça Quem não sabe cantar o jingle da deliciosa junção de “Pipoca e Guaraná”? A forma como essa música ficará na cabeça das pessoas mostra que a audição é um forte elemento na hora de conquistar

PALADAR Promotores de produtos oferecendo amostras grátis em supermercados, degustação de vinhos e outras bebidas, lascas de queijo deixadas à disposição de clientes

AUDIÇÃO Música ambiente, comerciais que usam o som de um motor em funcionamento

um cliente. Para o proprietário da Estrofe Produção Sonora, Rafael Galvão, a canção da propaganda ajuda a manter a marca lembrada entre os consumidores. “Considero o trabalho sonoro um dos mais importantes para a publicidade e se bem feito, pode interferir no volume de vendas ou qualquer que seja o objetivo da divulgação”, diz. Além dos jingles, Galvão explica que os efeitos sonoros e a locução fazem a diferença na veiculação de uma propaganda. “A voz, os efeitos e até o silêncio ajudam a

VISÃO Vitrines monocor (para transmitir exclusividade) ou multicor (para transmitir fartura), uso de espelhos em bares (sensação de espaço)

dar a noção de espaço, tempo e dão o clima das produções. O que seria da cena de uma pessoa andando em uma casa antiga se não houvesse o barulho dos passos no chão de madeira?”, exemplifica. A voz, por sua vez, é a responsável por imprimir personalidade em uma propaganda. “Existem trabalhos que pedem uma voz mais vigorosa, outros precisam de um tom mais suave. Foi-se o tempo em que era necessário ter voz grave ou impostada. Hoje, vozes mais comuns também dão conta do recado e até Walter Fernandes

www.acim.com.br

“Se um cliente, mesmo que despretensiosamente, experimenta um produto novo e acaba gostando, ele vê um argumento sólido para mudar de hábito”, diz Alexandre Dantas, da Chef Foods

20

Revista

Junho 2012


“Basicamente todas as agências de Maringá têm know-how para realizar ações de marketing sensorial, mas o empresariado ainda não entende planejamentos deste tipo”, diz Milton Rossi, da APP

sensorial se tornem mais populares em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, para depois serem implantadas no interior. “Sabemos que este tipo de publicidade está chegando ao auge nos grandes centros. O que precisamos é que as pessoas vejam mais, conheçam mais estas ações. As experiências que

temos por aqui comprovam isso: as lojas que fazem uso do marketing sensorial ou são de empresários que costumam viajar com frequência e que por isso acabam adquirindo mais referências, ou são de grandes marcas, que até podem ser maringaenses ou da nossa região, mas que têm foco nacional”. Revista

Junho 2012

www.acim.com.br

Eficiente tanto para a fixação de uma marca quanto para a efetivação de uma venda, fato é que o marketing sensorial ainda é pouco utilizado por empresas com foco essencialmente voltado a Maringá. Na avaliação do presidente da Associação dos Profissionais de Propaganda (APP) de Maringá, Milton Rossi, o empresariado maringaense conhece bem a importância da necessidade de investimentos em marketing e publicidade, mas ainda tem desconfianças com relação a ações consideradas mais “ousadas”, como é o caso do marketing sensorial. “As agências instaladas em Maringá têm total capacidade e experiência para planejar e executar ações deste tipo. Temos cerca de cem agências em Maringá e basicamente todas têm know-how para realizar ações de marketing sensorial, mas o empresariado ainda não entende planejamentos deste tipo como formas de mídia que dão resultado”, diz Rossi. Na opinião do presidente da APP Maringá, o mercado publicitário local ainda está muito pautado nas ações planejadas para grandes centros. Por isso ainda há a necessidade de que referências ao marketing

Walter Fernandes

Marketing sensorial pode ser mais explorado no mercado local

21


REPORTAGEM DE CAPA aproximam o ouvinte, pois soam mais espontâneas”, explica.

www.acim.com.br

Objetivos Quando se fala de marketing sensorial, a discussão mais frequente diz respeito ao objetivo de uma ação. O uso de ações de experiência é mais eficiente para efetivar uma venda ou para promover a fixação de uma marca? Na opinião de Marcelo D’Emídio esta distinção não existe. “O marketing sensorial é eficiente para qualquer objetivo, desde que bem utilizado. Uma música contemporânea, eletrônica, é uma excelente ferramenta tanto para atrair clientes para uma loja quanto para colocá-los no clima certo para a decisão pela compra”, explica. Importante destacar que o professor da ESPM falou em “utilização correta”. Não se pode tentar aplicar uma ação deste tipo indiscriminadamente, sem que se conheçam as consequências que um determinado estímulo pode ter sobre o consumidor. Amostras bem claras disto podem ser obtidas em restaurantes populares. Repare: geralmente as músicas usadas em lugares assim são mais rápidas, com ritmo forte. Em teoria, essas características fazem com que as pessoas se apressem para comer e liberem as mesas para novos clientes. Em um restaurante, a tática é eficiente. Mas que lojista quer colocar o freguês para fora do estabelecimento rapidamente? O caso O arquiteto Gustavo Masson sugere que em lojas cujo atendimento é mais longo sejam disponibilizadas cadeiras confortáveis ou até poltronas; instalar mesas em vez de balcão é outra dica

22

Revista

Junho 2012

do som – e do sentido auditivo – também é emblemático. Ao passo que músicas modernas ajudam a criar um clima intimista e aproximação de gostos semelhantes em uma loja, a patente do barulho do motor das motocicletas americanas Harley-Davidson se transformou em um dos exemplos mais bem-sucedidos de marketing sensorial que faz uso do som. Hoje, empresas especializadas em customização de motos pagam pelo direito de imitar o barulho de uma Harley em seus

modelos. Tudo porque os clientes sonham com o mítico ronco da motocicleta – e também pagam bem para ter este prazer. Cores para a classe C Por outro lado, o uso de cores pode ajudar empresários a trabalhar objetivamente com a faixa de consumidor ideal para o produto em questão. Segundo o sócio-diretor do Instituto Data Popular, Wagner Sarnelli, a aplicação de tons diferentes de uma única cor em


tomadas involuntariamente, mas com resultados igualmente positivos. Em lojas de foco popular, a frequência com que isso acontece é bem maior. As prateleiras cheias de roupas íntimas, à disposição dos clientes e ao alcance das mãos dos curiosos, dão uma amostra do quão confortável (ou não) pode ser uma cueca ou uma calcinha prestes a ser comprada. “Nestes casos, mais uma vez, o código colocado à disposição do freguês é a fartura. Ele vê uma caixa cheia de roupas, à disposição e ao alcance das mãos. Neste caso, o consumidor se sente respeitado, pois o lojista dá a ele o direito de sentir o conforto do produto antes de levar alguma coisa para casa”, diz Sarnelli.

Divulgação

uma vitrine é um caso típico de loja que quer transmitir a sensação de exclusividade e, portanto, ter como foco as classes de consumo A e B. “Por outro lado, a ascensão financeira da classe C – que hoje é o verdadeiro mercado, e não mais um nicho – exige que um empresário faça o contrário, caso queira atingir este alvo. O uso de muitas cores, em tons chamativos, transmite a sensação de fartura, de oportunidade, tudo o que este tipo de consumidor busca quando vai às compras”, explica Sarnelli. Neste ponto cabe também a explicação sobre o marketing sensorial intencional (o asterisco do começo da reportagem). Claro, se há a opção pela intenção, fica evidente também que muitas ações são

“Cores de tons chamativos transmitem a sensação de fartura, tudo o que o consumidor da classe C busca quando vai às compras”, explica Wagner Sarnelli, do Instituto Data Popular

www.acim.com.br

Revista

Junho 2012

23


Walter Fernandes

comportamento

Diversidade sexual nas empresas: como lidar?

Tatiane Vieira e Gi Leão são proprietárias do bar Atari, voltado para o público LGBT e neste mês inauguram uma nova instalação, com 600 metros

A decisão do STF de que casais homossexuais têm os mesmos direitos que os heterossexuais pode trazer mudanças no ambiente corporativo, inclusive em Maringá; empresários locais apostam em negócios voltados para o público LGBT Rubia Pimenta

www.acim.com.br

O

dia 5 de maio de 2011 é considerado um marco da luta dos homossexuais por igualdade. Nessa data, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que casais do mesmo sexo têm os mesmos direitos e deveres que a legislação brasileira estabelece para os casais heterossexuais. Desde então, a união homoafetiva é tratada perante a Justiça como um novo tipo de família. E no mês passado outra boa notícia: 24

Revista

Junho 2012

a Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou projeto de lei que inclui no Código Civil a união estável entre homossexuais e sua futura conversão em casamento. A proposta, de autoria da senadora Marta Suplicy, precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de ir a plenário e também terá que ser votada pela Câmara dos Deputados. A decisão do STF pode trazer mudanças no ambiente das empresas, uma vez que poucas possuem políticas específicas para lidar

com o assunto. As empresas são obrigadas a reconhecer a união de um funcionário gay, o que significa incluir o parceiro como dependente e conceder os mesmos benefícios concedidos aos cônjuges heterossexuais, como plano de saúde, odontológico e seguro de vida. “Todos os benefícios oferecidos a um colaborador casado ou em união estável devem ser estendidos aos trabalhadores homossexuais que vivem com seus companheiros. Se houver alguma distinção, a empresa pode ser julgada por discri-


Trabalhadores homossexuais que vivem com o companheiro têm os mesmos direitos dos heterossexuais; “se houver distinção, a empresa pode ser julgada por discriminação”, diz o advogado Alisson Rosa particular da pessoa. “Avaliamos o profissionalismo do candidato e suas aptidões. Verificamos também se o perfil atende às necessidades do local onde ele pretende trabalhar. A opção sexual não interfere no bom desempenho das funções”, diz. Preconceito nas empresas Uma pesquisa realizada em 2009 pela revista ‘A Capa’ (voltada ao público gay), apontou que 38% dos funcionários homossexuais consideravam que tinham os mesmos benefícios que os heterossexuais; 36% afirmaram que as empresas não possuíam políticas pró-gays; 20% não souberam responder e 5% disseram não se informar sobre o tema por medo de discriminação. Para o advogado Alisson Rosa, a falta de políticas empresariais voltadas para funcionários gays é uma realidade. No entanto, ela existe, pois os colaboradores homossexuais não assumem a relação junto ao

departamento de Recursos Humanos e, consequentemente, não vão atrás dos seus direitos. “A maioria tem medo de ser alvo de chacotas, discriminação ou que essa postura possa influenciar no trabalho. Por isso, acredito que não são as empresas as vilãs, e sim o preconceito, o medo de expor um aspecto da vida íntima que pode não ser bem aceito pelos colegas de trabalho”, fala. O advogado aconselha quem vive em união homoafetiva a informar o departamento de Recursos Humanos para que possa usufruir dos seus direitos. “É importante para não deixar o parceiro desprotegido. Em caso de morte, por exemplo, o recebimento das verbas rescisórias, bem como os benefícios do INSS, evita brigas com familiares”, explica. O Paraná Assistência Médica (PAM) aceita casais em união homoafetiva em seus planos de saúde. O departamento de Comunicação

Revista

Junho 2012

25

www.acim.com.br

Pioneira Antes da decisão do STF, a concessionária de rodovias Viapar já adotava uma política de igualdade. Entre 2006 e 2012, um funcionário da praça de pedágio de Mandaguari manteve o companheiro como dependente. “Ele forneceu uma declaração marital registrada em cartório. Por conta disso, concedemos benefícios como plano de saúde e odontológico, declaração de Imposto de Renda e INSS da mesma forma como procedemos com os colaboradores heterossexuais que são casados”, fala a supervisora de Recursos Humanos da Viapar, Cirlei Venâncio. Segundo ela, o funcionário em questão pediu demissão este ano para abrir o próprio negócio com o companheiro. No período em que esteve na Viapar, no entanto, sempre foi tratado da mesma forma que os demais colaboradores. “Nunca fizemos nenhum tipo de diferenciação, e, felizmente, não houve problemas de discriminação no ambiente de trabalho ou reclamações por parte dele ou de outros funcionários”, afirma. Cirlei ressalta que em um processo seletivo, a Viapar não leva em consideração a orientação sexual do candidato, credo, raça, ou qualquer outra opção em relação a vida

Walter Fernandes

minação”, diz o advogado Alisson Silva Rosa, que está pesquisando o assunto para a dissertação de mestrado. Para obter esse reconhecimento, o funcionário homossexual deve informar a união homoafetiva ao Departamento de Recursos Humanos da empresa. “É o mesmo procedimento seguido em relação aos casais heterossexuais que convivem apenas em união estável”, diz Rosa.


comportamento

www.acim.com.br

Mercado Em 2011, Maringá foi apontada como um dos “destaques turísticos” para o público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais). O estudo foi publicado na revista de turismo da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e levou em consideração aspectos que atraem esses consumidores, como a quantidade de festas open bar, eventos com DJ´s conhecidos, dançarinos profissionais e drag queens. Atualmente em Maringá existem ao menos seis estabelecimentos direcionados ao público gay, além de um portal de comunicação voltado exclusivamente para eles (www.maringay. com.br). A sócia de dois desses estabelecimentos, Tatiane Vieira, fala que apesar da quantidade de opções noturnas, os empresários de outros ramos da cidade não se voltaram para o público gay. “Existem lojas e serviços que possuem muitos clientes homossexuais, no entanto os empresários não fazem campanhas publicitárias e comerciais voltadas para eles, pois o preconceito ainda fala mais alto”, afirma. Tatiane administra com duas amigas a boate D-vinyl e, juntamente com sua companheira, Gi Leão, conduz também o bar Atari. Os negócios no bar deram tão certo que elas inauguram em junho uma nova instalação. “Entrei neste ramo 26

Revista

Junho 2012

há oito anos com o D-vinyl. Quando resolvemos montar o bar, há dois anos, fizemos um teste e abrimos apenas uma pequena porta na avenida Herval, no estilo botequim. A ideia deu certo e agora vamos nos transferir para um local bem maior, com 600 metros quadrados, na avenida Prudente de Moraes, onde poderemos dar mais privacidade, segurança e conforto aos clientes”, fala. Atualmente 20 pessoas trabalham no D-vinyl e outras dez no Atari. “Avaliamos o profissionalismo Em média, cerca de 500 do candidato e suas aptidões. A clientes passam pelos opção sexual não interfere no dois estabelecimentos bom desempenho das funções”, nos fins de semana. Se- diz a supervisora da Viapar, Cirlei gundo Tatiane, existem Venâncio opções de baladas gays em Maringá, mas falta variedade. com um mercado promissor, mas “Acredito que a pessoa que desejar que não está sendo explorado da investir nessa área deve propor um devida forma. Considero esse diáserviço diferenciado, pois já há es- logo um bom avanço”, fala. tabelecimentos com shows de drag A agência de turismo Linda Li queens e música eletrônica. Existem também percebeu a importância do homossexuais que gostam de ou- público gay. Segundo o vendedor tros ambientes, e acredito que seja Luiz Heraldo Ferreira, a empresa um bom nicho explorá-los”, analisa. organiza várias viagens para casais ou grupos homossexuais. “Nossa Avanços maior venda para o público gay O integrante do movimento acontece nas vésperas de grandes LGBT e editor do portal Marin- eventos. Só para a última Parada gay, Luiz Modesto, concorda que Gay em São Paulo organizamos há muito que ser construído em cerca de 50 viagens. Além disso, Maringá para este público, mas ele fazemos muitos pacotes para o Rio acredita que aos poucos está haven- de Janeiro e São Paulo, pois essas do uma mudança na mentalidade cidades possuem uma excelente dos empresários. “Recentemente infraestrutura para recebê-los”, fala. recebi um convite de imobiliaristas A Petra Turismo também prepara para falar sobre as peculiaridades viagens para o público gay, que sedo público gay. Eles o enxergam gundo a proprietária, Ana Carolina Walter Fernandes

da empresa não soube especificar quantos casos do gênero foram registrados na cidade, mas afirma que são vários. Para receber o benefício, o casal homossexual precisa comprovar a convivência. O procedimento segue os padrões utilizados para casais heterossexuais em união estável e é regulamentado pela Agência Nacional de Saúde.


Walter Fernandes

Vilela Guimarães, é muito exigente. “Procuram qualidade tanto no produto quanto no atendimento”, fala. Para ela, a grande vantagem de trabalhar com este ramo é a flexibilidade que os homossexuais têm para viajar em qualquer época do ano. “Na maioria das vezes eles não possuem dependentes financeiros e, por isso, podem investir em turismo com mais facilidade”, diz. Apesar de bons consumidores, os homossexuais ainda não representam uma parcela expressiva para as duas empresas. “Mas não temos dúvida que esse segmento está crescendo bastante, por isso, estamos nos preparando cada vez mais para atendê-los da melhor maneira”, fala Ana Carolina.

Parte da clientela da Petra Turismo é gay; “na maioria das vezes eles não possuem dependentes financeiros e podem investir em turismo com mais facilidade”, diz a empresária Ana Carolina Guimarães

www.acim.com.br

Untitled-1 1

Revista

01/06/12 16:52

Junho 2012

27


Giovana Campanha

www.acim.com.br

S

ob a presidência de Ana Lúcia Medga, as conselheiras do ACIM Mulher, que é o conselho de mulheres empresárias e executivas da ACIM, realizaram o primeiro grande evento desde que foram empossadas, em abril. E a oitava Feijoada ACIM Mulher repetiu o sucesso das edições anteriores. O evento foi realizado em 19 de maio, no Haddock Buffet, e contou com a participação, por adesão, de 270 pessoas, inclusive de autoridades como o prefeito licenciado Silvio Barros e vereadores. No cardápio, um dos pratos típicos da culinária brasileira, que foi saboreado ao som de um grupo de samba. Os participantes também concorreram a vários brindes, doados pelos patrocinadores. E puderam na semana anterior ao evento customizar a camiseta-convite, graças a uma parceria entre os acadêmicos do curso de Moda do Centro Universitário de Maringá (Cesumar) e a Morena Rosa, que cedeu canutilhos, lantejoulas, tecidos e outros acessórios para que cada um pudesse imprimir seu estilo. Ana Lúcia Megda comemora o evento. “É uma oportunidade para as conselheiras e empresários confraternizarem e ampliarem a rede de relacionamento. Os patrocinadores também têm a oportunidade de divulgar a marca para um público seleto”. Patrocinaram a feijoada Bainha com Arame, Buffet Haddock, Cesumar, Clínica Ferrari Molin, CVC, Dankari, Gelateria Max, Grupo Lyncorp, Hospital Pró-Visão, Maringá Park Shopping Center, Morena Rosa, Multi Frios, O Diário, PAM Saú28

Revista

Junho 2012

ACIM Mulher realiza mais uma edição da feijoada A oitava edição da feijoada ACIM Mulher foi prestigiada por cerca de 270 pessoas; conselheiras da Associação Comercial se preparam para a Feira Ponta de Estoque, que acontecerá em julho

Fotos/Walter Fernandes

EVENTO

Feijoada ACIM Mulher: evento anual dá oportunidade de confraternização e de ampliar a rede de relacionamento

de/IMI, Via Verdi, ORP Turismo, Exposições Francisco Feio Ribeiro, StampBras e Sol Propaganda. em Maringá. Serão 325 estandes, com a participação de mais de 200 Ponta de Estoque empresas que terão a oportunidaAté julho as conselheiras do de de vender os estoques antigos. ACIM Mulher terão muito trabalho Todos os expositores devem ser pela frente, já que são as responsá- filiados à ACIM e/ou ao Sindicato veis pela organização da 22ª edição do Comércio Varejista de Maringá Feira Ponta de Estoque, que deverá e Região (Sivamar) há mais de seis reunir em quatro dias mais de 200 meses e devem estar com a mensamil consumidores no Parque de lidade em dia.


O que você precisa?

+ comodidade

+ agilidade + mobilidade w

www.acim.com.br

Sicoob Atendimento - Caixa Eletrônico - Sicoobnet Pessoal - Sicoobnet Empresarial - Sicoobnet Celular

: o é fácil to m o c a j en ve acesse e om.br/atendim ob.c ww.sico

Revista

Junho 2012

29


Tecnologia Walter Fernandes

Na fábrica da Alisul as máquinas são responsáveis pela fabricação de embalagens, ensaque e rotulação dos produtos; “sofremos com a constante falta de gente”, reclama o gerente Francisco Puppin

www.acim.com.br

Cadê o funcionário H que estava aqui? Falta de mão de obra e evolução tecnológica fazem com que máquinas substituam trabalhadores nas indústrias, sem que isso acarrete ameaça aos empregos; automação torna possível expansão dos negócios, mas valor do investimento pesa na conta 30

Revista

Junho 2012

Juliana Daibert

á quem pense que é a automação dos processos produtivos a responsável por provocar mudanças significativas no mercado de trabalho. Em algumas indústrias de Maringá a afirmativa correta é exatamente a oposta. A busca por equipamentos de ponta que agilizam os processos e possibilitam o aumento da produtividade deve-se muito à ausência de mão de obra humana qualificada, razão pela qual as máquinas estão ocupando lugares e assumindo funções até então exclusivas de trabalhadores. Na unidade Maringá da Alisul Alimentos, indústria gaúcha que produz alimentos para animais, o


fabricam a embalagem, ensacam o produto e rotulam as rações com todas as informações nutricionais e de validade. Na indústria de ração, conforme explica o gerente de fábrica, a tecnologia de automação atualmente disponível permite que as máquinas estejam presentes em todo o processo. Segundo ele, os trabalhadores podem ser dispensados a partir do recebimento da matéria-prima no pátio da indústria, tecnologia que é largamente utilizada em grandes cooperativas. Em Maringá, este recurso ainda não está implantado. Nas sete unidades da Alisul, a automação se dá em diferentes setores. Por exemplo, nos sensores capazes de produzir o inventário diário de matéria-prima, informando com exatidão a quantidade, o volume e a localização de todos os componentes utilizados na fabricação do alimento. Há ainda os processos automáticos de segurança de qualidade, os sensores de dosagens quantitativas, as bombas de alta precisão, entre outros. “A automação plena da fábrica reduziria a mão de obra humana em 30%”, diz Puppin.

Olhar para dentro Há 26 anos, as primeiras peças da Scalon Jeans chegaram ao mercado. Produzidas de maneira totalmente artesanal, as roupas eram feitas por costureiras habilitadas que enxergavam a peça como um todo e tinham condições de orientar todo o processo de fabricação. A partir de 1999, quando o sistema CAD para desenvolvimento de modelagem foi implantado na fábrica, a automação de partes do processo tornou-se imperiosa para o crescimento da marca e da produção. “Saímos de três mil peças produzidas por mês para 25 mil, com um aumento pequeno de mão de obra humana”, explica o empresário Agostinho Scalon. A produção em série segmentou o processo. De acordo com Scalon, em média a peça passa por diferentes máquinas e pelas mãos de cerca de 15 costureiras antes de ser finalizada. “A costura criou profissionais parciais e hábeis em determinados aspectos”, resume. O incremento de maquinário de ponta na produção também agregou mais segurança e agilidade ao processo. Para Scalon,

Walter Fernandes

gerente de fábrica, Zênio Gomes de Souza, credita à ansiedade típica da geração mais jovem os constantes apagões de mão de obra. “Um funcionário experiente demanda pelo menos três anos para ser formado, mas atualmente as pessoas querem resultados imediatos, ‘para ontem’ e daí surgem as dificuldades para encontrar trabalhadores qualificados”, diz. O gerente comercial da unidade, Francisco Carlos Puppin, concorda e afirma ser a falta de mão de obra um problema crônico das indústrias. “A indústria paga melhor do que o comércio, mas mesmo assim somos nós que sofremos com a constante falta de gente”, comenta Puppin. Entre as medidas adotadas para a capacitação dos funcionários o gerente de fábrica cita investimentos em cursos regulares de segurança, chefia e liderança. A unidade de Maringá da Alisul tem capacidade para produzir até seis mil toneladas de alimentos para cães, gatos, cavalos e peixes. Os 120 funcionários estão distribuídos em todo processo industrial, à exceção da fase final, que concentra o maior número que máquinas. São elas que

Revista

Junho 2012

www.acim.com.br

A automação de parte do processo fabril contribuiu para aumentar a produção de 3 mil para 25 mil peças na Scalon Jeans; investimento alto para compra de maquinários é limitador, diz Agostinho Scalon 31


www.acim.com.br

um dos grandes benefícios trazidos pela modelagem eletrônica foi a criação do molde-base, a partir do qual as demais peças são originadas com suas particularidades. Também nesse setor a oferta de tecnologia para todas as fases do processo é grande. Há programas importados que simulam estampas em diferentes conjuntos de tecidos, por exemplo. Esse tipo de facilidade vem acompanhado de alto custo, na opinião de Scalon um dos fatores limitantes para maior automação das indústrias de vestuário no país. O valor desse sistema gira em torno de US$ 100 mil. Segundo ele, o mercado nacional é instável e os equipamentos automatizados não podem ser depreciados em pouco tempo devido ao alto custo. Também pesa contra o maior investimento em tecnologia a constante ameaça da China, que coloca roupas de qualidade no mercado nacional a preços sem concorrência. “O governo precisa voltar o olhar para dentro das indústrias nacionais e criar condições mais seguras para o aperfeiçoamento e permanência no mercado, incentivando a aquisição das tecnologias de ponta”, sugere. Delicadeza e conceito Na indústria de confecções, a automação atingiu um nível tão elevado em alguns processos que os funcionários já são chamados de operadores de máquinas. “Não temos mais costureiras, aquelas profissionais que sabem fazer a peça inteira. Hoje o funcionário entende bem apenas de uma parte do processo”, diz a proprietária da marca Only You, Lúcia Lourenço. Há 11 anos no mercado, a empresa possui 96 trabalhadores e capacidade pro32

Revista

Junho 2012

Walter Fernandes

tecnologia

O diretor comercial da Tornopel, Marcus Penha, conta que como a empresa faz peças por encomenda, a automação é mais difícil, mas é o caminho para ampliar a produção

Demanda específica e sazonal limita automação Na Tornopel, que desenvolve equipamentos para os setores sucroalcooleiro, petroquímico, ferroviário, alimentício, de biodiesel, de geração de energia, de mineração e de papel/celulose, a especificidade do produto é o fator limitante para a maior automação da indústria. O diretor comercial da indústria, Marcus Penha, diz que a adequação dos equipamentos pesados produzidos em Maringá depende da demanda. “Não trabalhamos em série. Fazemos as peças por encomenda, seguindo as recomendações e obedecendo as características da necessidade pontual de cada cliente”, esclarece. Um exemplo da personalização do trabalho desenvolvido na empresa é

um torno capaz de fazer eixos de turbinas de hidrelétricas. Francês, o equipamento pesa 270 toneladas e ainda não está totalmente montado. Além de específica, a demanda da Tornopel também é sazonal, pois alguns setores atendidos, intimamente relacionados com commodities, estão atrelados aos bons ventos econômicos de proporção global. Penha revela a intenção de redesenhar a planta industrial focando a possibilidade de ampliar a produção e tornála mais competitiva com a utilização de mais máquinas, mas este é um projeto para médio prazo. “Embora a indústria pesada ainda não comporte a linha de produção, acredito que a automação é o caminho”, avalia.


Walter Fernandes

dutiva para 15 mil peças por mês. Ainda que as máquinas façam parte da rotina da indústria, Lúcia diz que o processo é bastante artesanal, especialmente na fase de acabamento. “Eu fabrico moda e não quantidade”, justifica. A bordadeira automatizada utilizada na Only You desempenha a função de seis pessoas. Já a máquina de corte leva dez minutos para cortar cem peças, volume que demoraria o dia todo caso dependesse de mão de obra humana. Lúcia reconhece os benefícios e a importância da automação na indústria, mas não acredita que ela vá se impor sobre a mão de obra humana. “A máquina sempre vai depender de alguém para ser ligada”.

Mesmo com maquinários, na Only You processo é bastante artesanal na fase de acabamento, diz a empresária Lúcia Lourenço

www.acim.com.br

Revista

Junho 2012

33


Ivan Amorin

Negócios

Claudemir Pires, da Platty’s, conta que a decoração e a vitrines são feitas de forma clara e objetiva para atrair os homens; eles também gostam de consultoria de estilo dos vendedores

Os homens vão às compras Empresas que comercializam motocicletas, eletrônicos e confecções apostam no público masculino, que passou a consumir mais serviços de beleza e estética; segundo pesquisa, os homens gastam mais que mulheres em supermercados e com cartão de crédito

www.acim.com.br

Octávio Rossi

O

mercado de consumo tem sofrido mudanças em diversos aspectos, como o perfil do consumidor, que passou a ser mais exigente e informado, com as formas de pagamento (os cartões de débito

34

Revista

Junho 2012

e crédito ultrapassaram as vendas com cheques) e os meios de consumo, onde a internet ganha maior participação. Outra mudança é que as empresas passaram a dedicar mais atenção e esforços aos homens – leia-se com serviços diferenciados e profissionalismo. E quem opta por

este caminho está calcado em números: pesquisa de mercado realizada pelo Ibope nas principais cidades brasileiras aponta que os homens gastam, em média, 12% a mais que as mulheres nos hipermercados, 8% a mais em lojas de rua e pelo menos 26% a mais em compras com cartão


de crédito. E não são apenas as indústrias automobilísticas e eletrônicas, tradicionais por cativar o público masculino, a apostar em produtos e serviços para os homens. Beleza, cosmético e confecções entram no rol de itens que passaram a ter nos homens clientes mais assíduos. Há quase 20 anos em Maringá, a Platty’s foi uma das lojas que acreditou no comércio de artigos exclusivos para o público masculino. Segundo o diretor da loja, Claudemir Andriani Pires, houve um grande salto na gama de artigos masculinos ofertados, o que pode ser comprovado pelo aumento no número de lojas que comercializam

produtos para homens. “Quando iniciamos nosso negócio, havia somente duas ou três lojas de roupas que apostavam exclusivamente no público masculino em Maringá. Hoje há pelo menos 20. Isso mostra que os homens estão mais atuantes no mercado da moda”. Outro ponto citado por Pires é que a moda ganhou novos ares, buscando novos estilos. “Antigamente os homens não deixavam o clássico conjunto terno, camisa e sapato. Hoje há novos looks que compõem o estilo de cada homem e para cada ocasião”, afirma. O perfil do cliente também mudou em 20 anos. “Eles ficaram mais exigentes. Passaram a gostar e investir em

produtos de qualidade, mesmo que custe um pouco a mais. Respeitando os gostos desse público, a moda investiu em novas tendências. Hoje há desde roupas clássicas, para homens mais maduros quanto camisetas básicas para garotos de 15, 17 anos”. E essa exigência masculina mudou também a forma de apresentar os produtos e atendimento. O ambiente interno, decoração, posicionamento das peças nas vitrines são distribuídos de forma clara e objetiva, característica dos homens quando decidem comprar peças para incrementar o guarda-roupa. “A vitrine é onde começa a venda, então as peças são posicionadas da

www.acim.com.br

Monika Ganem e João Roberto Fraguas apostaram num espaço exclusivo para homens no salão Monika Ganem do Catuaí; número de cortes de cabelos em homens supera o de mulheres Revista

Junho 2012

35


www.acim.com.br

melhor forma para atrair o cliente para o interior da loja”, conta. E isso obriga que os vendedores sejam capacitados para não só vender, mas oferecer consultoria ao cliente. “O atendimento deve ser exclusivo. O colaborador da loja atua como um personal stylist contribuindo para a construção de um visual bacana. Não é só vender, é deixar o cliente satisfeito”, enfatiza. Além de bem vestidos os homens passaram a dispensar mais atenção à aparência. Os tratamentos estéticos e de beleza, que antes tinham clientela quase exclusivamente feminina, estão recebendo atenção especial dos homens da atualidade. O casal de empresários Monika Ganem e João Roberto Fraguas, do salão Monika Ganem, reservou um espaço especialmente para os homens: uma barbearia. “Criamos um salão masculino dentro do salão feminino, com antessala com revistas especializadas, canais de TV que transmitem esportes e em breve teremos jogos eletrônicos. Percebemos que alguns homens não gostavam de ficar no ambiente feminino por se sentirem constrangidos, estão desenvolvemos um espaço especial na sobreloja do salão do Catuaí”, cita Monika. Segundo a empresária, o público masculino é tão exigente quanto às mulheres no que tange ao cuidado visual. “Por isso, nosso pessoal é capacitado e acompanhamos tendências nacionais e internacionais. Entre as principais exigências deles está a pontualidade”. E apostar nos homens tem sido assertivo. Segundo Fraguas, nos quatro primeiros meses do ano foram realizados quase 600 cortes masculinos contra 360 femininos. “O que acontece é que em muitos casos o homem está de passagem 36

Revista

Junho 2012

Walter Fernandes

Negócios

“A mulher opta por objetos para a casa com um todo. O homem concorda com tudo que a mulher optar, só não abre mão de escolher o equipamento de som e vídeo”, diz Márcio Levorato, da Digital Home Shop

Tratamentos estéticos também atraem homens Manter a boa aparência entrou definitivamente na lista de atividades dos homens. Segundo a sócia da Depyl Sim Esthetic Center Tieles Carina Delani, os homens estão mais vaidosos. “Na última década tem crescido significativamente o número de serviços estéticos voltados para homens. Atualmente estar bonito tornou-se importante não só para a vida social, mas também para o mercado de trabalho. Apresentar-se bem cuidado transparece uma imagem de segurança”, afirma.

pelo shopping e percebe que há um espaço exclusivo para ele, então deixa a mulher fazendo compras e vem cortar o cabelo”. Entre os serviços oferecidos na barbearia estão a modelagem de cabelo e afeitar a barba à moda antiga.

Entre os tratamentos estéticos mais procurados pelos homens estão: Tratamentos capilares (calvície) Tratamentos faciais (limpeza de pele e controle da oleosidade)

Depilação com cera morna (costas, peito, abdômen, axilas, braços, pernas, sobrancelha, nariz, orelha, barba)

Carboxiterapia e lipocavitação (redução de medidas na região do abdômen)

“Também disponibilizamos produtos de beleza para homens, como xampus e pastas modeladoras”. Som e vídeo Quando o assunto é equipamento eletrônico são os homens que


Walter Fernandes

Na Freeway pelo menos 70% das vendas de motocicletas são para os homens; segundo o diretor, Alexandre Pismel, os homens mais jovens e maduros buscam a melhor negociação sem dúvida é o público masculino que está mais disposto a investir em equipamentos eletrônicos”, ressalta. Segundo ele, pelo menos 90% das pessoas que procuram a comodidade e modernidade oferecidos pelos equipamentos eletrônicos são homens. “Creio que é da natureza masculina se interessar mais pelas novidades”, diz. As novidades dizem respeito à automação residencial, que é a integração de equipamentos eletrônicos, como TV, home theater, telões, projetores e até cortinas, tudo controlado por um único equipamento, na maioria das vezes um tablet. “A automação residencial é uma tendência para as novas casas e pela possibilidade de controlar tudo dentro do lar através de um único aparelho chama aten-

ção dos homens”, aponta. Dependendo da composição e projeto, um sistema de áudio e vídeo pode variar de R$ 800 a R$ 300 mil. Velocidade As motocicletas despertam fascínio no público masculino, desde o jovem que procura sua primeira moto quanto nos homens mais experientes que buscam conforto para viagens. O diretor da Honda Freeway, Alexandre Brooke Pismel, afirma que pelo menos 70% das vendas são realizadas para o público masculino. “O que percebo é que tanto o jovem quanto os mais experientes têm em comum o poder de negociação, sempre em busca do melhor negócio”.

Revista

Junho 2012

37

www.acim.com.br

manifestam maior afinidade. Nesta hora, porém há uma divisão. Geralmente as mulheres focam a atenção em equipamentos principalmente para a cozinha, como micro-ondas e geladeiras. Os homens, por sua vez, visualizam a sala da casa, o ambiente perfeito para relaxar e curtir filmes, shows e assistir esportes e não dispensam um home theater e acessórios que proporcionam comodidade. De acordo com o responsável pelo departamento de áudio, vídeo e automação da Digital Home Shop, Márcio Levorato, “a mulher opta por objetos para a casa como um todo e por smartphones. O homem concorda com tudo que a mulher optar, só não abre mão de escolher o equipamento de som e vídeo. Mas


MARINGÁ HISTÓRICA

Miguel fernando

www.acim.com.br

As sedes da ACIM Alguns meses após a fundação da ACIM, ocorrida em 12 de abril de 1953, a diretoria da entidade se organizou e articulou a locação de três salas comerciais no edifício João Tenório Cavalcante, localizado na avenida Duque de Caxias, esquina com a avenida XV de Novembro, para o funcionamento das instalações provisórias. As reuniões extraordinárias eram realizadas em espaços maiores, entre eles o Cine Maringá, localizado na avenida Getúlio Vargas, e o auditório da Rádio Cultura, instalado na avenida Herval. Depois de funcionar em outros espaços ao longo da década de 1950, em 1960 foi lançada a Pedra Fundamental da futura sede, durante a gestão de Manoel Mário de Araújo Pismel. O prédio foi erguido na rua Néo Alves Martins esquina com a avenida Herval, em um terreno doado pela Companhia Melhoramentos Norte do Paraná (CMNP). Em 1983, durante a gestão de Raymundo do Prado Vermelho, a ACIM teve sua sede reestruturada, ampliando o auditório, salas de reuniões, entre outros espaços. A obra foi conduzida pela Construtora Habitação e o evento de reinauguração contou com a presença do senador Álvaro Dias, do prefeito de Maringá Said Felício Ferreira, além de outras autoridades locais, diretores e ex-presidentes da entidade. A ACIM funcionou no local até 2001. Foi na gestão do presidente Jefferson Nogaroli que a ACIM almejou outra sede para que pudesse desenvolver novos projetos, bem como abrigar entidades que passariam a fazer parte do braço institucional da

38

Revista

Junho 2012

Edifício João Tenório Cavalcante, onde, em três salas, funcionou provisoriamente a ACIM na década de 1950

Lançamento da pedra fundamental da sede da ACIM; de costas, o Bispo Dom Jaime Luiz Coelho, ao fundo do lado esquerdo, Emílio Germani e Américo Marques Dias, ao centro, João Paulino Vieira Filho, então prefeito, Ubirajara de Araújo Pismel e Ângelo Planas e à direita, Alfredo Moisés Maluf

Autoridades presentes no evento de reinauguração da ACIM, em 1983

entidade. O local selecionado foi o prédio da antiga loja Prosdócimo, localizado na rua Basílio Sautchuk esquina com a rua Santos Dumont. Após a reforma, em 2001, a ACIM inaugurava um novo período em sua história. Em 2009, sob a presidência de Adilson Emir Santos, a sede da ACIM passou por uma nova reforma, desta vez com o objetivo de ampliar a estrutura do Centro de Capacitação, criação da Galeria dos

Presidentes e outros espaços. Dois anos depois, ainda sob a gestão de Adilson Santos, a sede da ACIM ganhou novo formato. Após as ampliações e adequações do 2º andar, o prédio passou a contar com mais um amplo e moderno auditório, novas salas do Conselho Superior e Presidência, bem como Espaço Gourmet. Miguel Fernando é especialista em História e Sociedade do Brasil


www.acim.com.br

Revista

Junho 2012

39


VAREJO

Investir em um projeto arquitetônico diferenciado ajuda a atrair os consumidores e a otimizar espaços; veja dicas de empresários e de arquitetos sobre o assunto Juliana Daibert

www.acim.com.br

B

om atendimento, qualidade dos produtos e preço competitivo são ingredientes essenciais na receita de um empreendimento que deseja se estabelecer no mercado. Aos poucos, a identidade visual, também conhecida como visual merchandising, vem sendo incorporada ao rol de componentes indispensáveis ao bom andamento do negócio por lojistas com estabelecimentos em ruas comerciais.Valor agregado com maior frequência nas lojas de shoppings, a identidade visual ganha adeptos entre os empresários e é valorizada por clientes. A empresária Tânia Alves Francischini, proprietária da Flor D’lis Fashion, é uma delas. Com duas lojas em Maringá, no shopping Avenida Center e no Jardim Alvorada, Tânia contratou uma arquiteta para “vestir” as lojas e

40

Revista

Junho 2012

Walter Fernandes

Arquitetura, mais que uma loja bonitinha Tânia Alves Francischini, da Flor D’lis Fashion, contratou uma arquiteta para desenvolver os projetos das lojas: “clientela feminina é antenada e aprecia a beleza e a harmonia dos detalhes”

conectar a apresentação visual com o conceito de moda feminina que comercializa. “Os projetos são semelhantes. Procuramos deixá-las aconchegantes com um toque moderno, visando o conforto e o bem-estar dos colaboradores e clientes”, diz ela. Segundo Tânia, o investimento com a contratação da profissional foi de 5% sobre o total gasto para montar as duas lojas e já deu retorno, pois a exigente clientela feminina que frequenta as lojas é antenada às tendências e aprecia a beleza e a harmonia dos detalhes. A empresária acredita que um projeto arquitetônico bem elaborado é capaz de atrair a clientela e agregar mais valor ao produto sem encarecê-lo. No caso das duas lojas, a orientação da arquiteta deixou os ambientes informais destacando a visibilidade das peças para facilitar o manuseio e a busca das roupas. De acordo com Tânia, as frequentadoras da loja apreciam e elogiam

a aparência, a disposição das peças e o ambiente, mas ressaltam alguns valores que são fundamentais para ambas – empresária e clientes -, além de uma loja bem arrumada: atendimento, preço e qualidade do produto. “Criamos um local despojado, mas com requinte, o que atende a exigência do público”, revela. A criação de um projeto que facilite a circulação das pessoas e a venda dos produtos deve levar em conta o público que se pretende atingir. A arquiteta Lígia Recco, da Max Projeto e Execução e Lígia Recco Arquitetura, pondera que não é necessário investir grandes somas para alcançar bons resultados. Segundo ela, a exposição do produto merece preocupação especial. “Criar uma vitrine que chame a atenção, expor o produto de forma adequada no interior da loja e ter uma iluminação que dê destaque e valorização às peças


são as bases para o bom projeto”, diz. A vasta gama de acabamentos e possibilidades que podem aumentar ou diminuir os gastos na montagem de uma loja também deve ser analisada de acordo com as expectativas do proprietário, as características do produto e espaço físico em nome da boa circulação dos clientes. Lígia destaca que o provador merece atenção na iluminação, pois é ali que o cliente toma a decisão de compra. “As lâmpadas de

luz amarelada são mais indicadas, pois reproduzem melhor as cores e garantem maior conforto visual”. Outra dica é usar papéis de parede, que contam com ampla variedade de estampas, texturas e preços. “Eles são fáceis de aplicar e podem ser trocados periodicamente”. Ao lado da formação da identidade visual nas cores, móveis e desenho da loja, Lígia defende o auxílio de um profissional da arquitetura em razão dos espaços cada vez mais reduzidos dos imóveis comerciais, que necessitam comportar diversas funções, não apenas em relação à decoração, mas, sobretudo, no melhor aproveitamento do espaço. Segundo ela, as inúmeras necessidades – vitrine, exposição, caixa, provadores e estoque, por exemplo, precisam ser bem planejadas e compatibilizadas para reduzir as perdas seja de espaço, funções ou de dinheiro. “O empresário que investe de forma criteriosa e bem planejada maximiza o retorno do investimento”, afirma.

gues Gomes Filho e da esposa, Tamires, foi escolhido por uma das irmãs do empresário, que gostou do filme nacional homônimo. A loja, localizada na avenida Pedro Taques, vende roupas e acessórios femininos e foi inaugurada há dois anos. Embora seja acadêmico de Engenharia Agronômica, Gomes viu na empresa uma oportunidade de negócio, em razão da experiência anterior da esposa como vendedora em lojas multimarcas, e decidiu conciliar as duas atividades. A atitude foi tão acertada que a loja abriu uma filial em uma cidade da região. Cauteloso e observador, Gomes abriu mão do auxílio profissional para montar a loja, preferindo apostar no bom gosto pessoal e nas dicas de Tamires, responsável por comprar as peças e organizar as vitrines. O resultado é um espaço simples e harmônico. Embora reconheçam a diferença que a orientação de um arquiteto faz na montagem de um espaço, Gomes e Tamires acreditam que o diferencial da loja é a qualidade das Identidade roupas e o preço acessível, pontos O nome Amarelo Manga, que considerados suficientes para atrair batiza a loja de Antônio Rodri- a clientela.

Walter Fernandes

Revista

Junho 2012

www.acim.com.br

Segundo a arquiteta Lígia Recco, não é necessário investir muito em projetos arquitetônicos: vitrine que chama a atenção, iluminação adequada e uso de papéis de parede são indicados

41


“Queremos clientes todo mês comprando um pouquinho porque temos boas peças e bons preços. Com a loja aconteceu o mesmo, fomos ajeitando o espaço conforme a procura aumentou. Montamos a loja em etapas”, explica o empresário. A auxiliar administrativa Renata Ferreira, uma das clientes assíduas da Amarelo Manga, reside em um bairro próximo ao Jardim Alvorada e entrou na loja depois de reparar na vitrine. Mas ela ressalta outro fato importante. “O que chama a minha atenção é a roupa em si, depois reparo no nome e na decoração”, conta Renata. No caso da Amarelo Manga, a auxiliar gosta da liberdade de escolha que as araras de roupas proporcionam, bem como dos painéis com brincos e colares. “Eu fico à vontade para escolher, e isso para mim é importante.” A abertura de mais uma loja em outro bairro de Maringá está nos planos do casal. Quando a intenção estiver prestes a sair do papel,

Walter Fernandes

VAREJO

Antônio Rodrigues Gomes Filho, da Amarelo Manga, não contou com ajuda especializada, mas se o projeto de outra loja sair do papel, vai contratar arquiteto

Gomes garante que a contratação de um arquiteto está na pauta de prioridades. O arquiteto Eduardo Paulino, do escritório A5, reforça a importância da identidade visual na venda de qualquer produto. “A arquitetura cria a atmosfera do lugar, ela conduz a comunicação visual entre o empresário e o cliente. Deve-se usar o espaço físico para agregar valor ao produto. Esse diferencial é muito importante”, afirma.

www.acim.com.br

Ivan Amorin

“Deve-se usar o espaço físico para agregar valor ao produto” sugere o arquiteto Eduardo Paulino, do escritório A5

42

Revista

Junho 2012

Funcionalidade Uma volta rápida em lojas de bairros, especialmente de confecções, mostra a predominância de mobiliário básico em cores claras, em geral branca, na maior parte dos estabelecimentos. Na avaliação da sócia da Bella Casa Ambientes Planejados, Fabiane Escarpanezi Rocha, a facilidade de visualização das peças pode ser apontada como a principal razão pela escolha. Ela aponta a funcionalidade como o item mais valorizado pelos lojistas no momento de comprar o mobiliário. Esta escolha muitas vezes deixa passar a oportunidade de contar com os móveis como aliados da identidade visual, a exemplo do que fazem marcas renomadas em shoppings. De acordo com Fabiane, um mobiliário bonito e bem feito, com cores diferenciadas e espaço confortável entre gôndolas e balcões para a circulação, além de permitir que as peças fiquem ao alcance dos clientes, são pontos essenciais em um projeto mobiliário atraente e funcional. “Uma loja com interior bonito certamente atrai mais olhares”, afirma.


Detalhes que fazem diferença

De acordo com a arquiteta Lígia Recco, o projeto de uma loja é um trabalho bastante minucioso, pois envolve fatores que são definidos pelas características individuais dos produtos, público que se pretende atingir e a expectativa de investimento financeiro do lojista. Seguem dicas da arquiteta para incrementar o ambiente com economia

A Iluminação é ponto fortíssimo no projeto de uma loja e também pode ser um dos itens mais caros; uma dica para quem não quer gastar muito é definir pontos de valorização, como a vitrine;

Espelho é sempre bem-vindo, além de trazer sofisticação ao ambiente pode ser um grande aliado para lojas de tamanhos reduzidos;

A combinação das lâmpadas halógenas e de vapor metálico é uma excelente opção, pois garante maior fidelidade na reprodução das cores, consequentemente valorizando mais as peças;

Outro item importante é a comunicação visual, que deve manter uma identificação com o produto e o público-alvo;

No interior da loja é possível utilizar lâmpadas econômicas em maior escala; é interessante combiná-las com lâmpadas halógenas e é importante levar em consideração o tamanho do ambiente, principalmente o pé direito, para a especificação e quantificação das lâmpadas e luminárias que deverão ser utilizadas; Um detalhe importante do provador é o piso: normalmente opta-se por não utilizar pisos frios, já que as pessoas tendem a ficar descalças na hora de provar uma peça; o ideal é a utilização do carpet ou pisos laminados;

É interessante manter um grande número de peças expostas dentro da loja; desta forma a pessoa que olha para dentro pela vitrine vê que naquele local há grandes chances de encontrar o que procura, pois a loja oferece várias opções; Trabalhar com os sentidos dos clientes de forma consciente ou inconsciente é um ponto positivo; música e cheiros aguçam os sentidos e deixam o cliente mais confortável no ambiente, favorecendo a uma decisão positiva na hora de definir a compra.

Walter Fernandes

www.acim.com.br

Funcionalidade é o item mais valorizado pelos lojistas no mobiliário, mas Fabiane Rocha, da Bella Casa, conta que cores diferenciadas e espaço para circulação também contribuem para projeto atraente Revista

Junho 2012

43


parceria

Cooperativa de crédito lança programa de capitalização com taxa de retorno bastante atrativa e inaugura posto de atendimento no prédio da ACIM para garantir serviço diferenciado aos associados

www.acim.com.br

A

ACIM é a dona da conta corrente número um do Sicoob Metropolitano, a cooperativa de crédito cuja sede fica em Maringá e que foi criada em 1999 tendo a Associação Comercial como uma das fundadoras. Desde então a cooperativa cresceu – e muito. Em 1999, o volume de recursos administrados era de R$ 235 mil e no final de 2011 atingiu mais de R$ 227 milhões. O número de cooperados saltou de 26 para quase 27 mil até o final do ano passado e o capital saiu de R$ 35 mil para R$ 33,2 milhões. Hoje apenas o Sicoob Metropolitano tem 21 postos de atendimento em Maringá, Cianorte, Campo Mourão, Sarandi, Marialva, Mandaguari, Ubiratã e Astorga. Como a ACIM é uma grande parceria - ressalte-se uma parceria de mão dupla, a cooperativa de crédito lançou um programa de capitalização na reunião dos conselheiros da Associação Comercial, 44

Revista

Junho 2012

em 21 de maio. Trata-se do Procapcred, destinado a pessoas físicas e jurídicas associadas à cooperativa. O limite de financiamento é de R$ 10 mil por pessoa. O cooperado tem prazo de até 72 meses para pagar, incluindo carência de até 12 meses, com juros pagos trimestralmente. Após cinco anos, pode-se sacar o investimento. E o melhor, a correção é mais alta do que em outras aplicações financeiras. Não é necessário dar garantias e o pagamento pode ser feito mensalmente, semestralmente ou anualmente. Também em 21 de maio a ACIM e o Sicoob assinaram um convênio que garante taxas diferenciadas às empresas filiadas da Associação Comercial em diversos produtos e serviços. “Esta é uma parceria que tem trazido bons frutos para a ACIM e os nossos associados. Isso sem contar que a cooperativa de crédito gera empregos, renda e impostos em Maringá e os co-

Walter Fernandes

Sicoob lança produto e inaugura agência dentro da ACIM

Posto de atendimento do Sicoob Metropolitano: são mais de 27 mil cooperados em Maringá e sete municípios da região

operados têm participação nos resultados proporcionalmente às operações”, ressalta o presidente da ACIM, Marco Tadeu Barbosa. Vale destacar que a sede do Sicoob Central Paraná também fica em Maringá. Atendimento na ACIM Por conta dos fortes laços que estreitam as duas entidades, desde maio está funcionando, no primeiro piso da sede da ACIM, um Posto de Atendimento Cooperativo (PAC) do Sicoob. O objetivo principal, segundo o presidente do Conselho Metropolitano da cooperativa, Luiz Ajita, é oferecer um tratamento diferenciado aos funcionários e associados da ACIM.


Walter Fernandes

Assinatura do convênio entre ACIM e Sicoob, que garante taxas diferenciadas para as empresas associadas

mais de 1,3 mil postos Revista

Junho 2012

45

www.acim.com.br

O dirigente do Sicoob conta que 2004 pelo Metropolitano para alaa cooperativa também tem inves- vancar ações sociais e ambientais e tido em projetos importantes da em 2009 passou a atuar em todo o O Sicoob pretende, em breve, cidade e é uma das mantenedoras Paraná. Apenas no ano passado, o oferecer um horário especial de do Observatório Social de Marin- instituto desenvolveu diversos profuncionamento na agência. “Va- gá, da Biblioteca Digital, do projeto jetos, como de educação financeira, mos aproveitar o grande fluxo de Basquete Sobre Rodas e contribui empreendedorismo, de consumo empresários que comparecem na mensalmente com o Lar Escola da consciente, campanha do agasalho, ACIM à noite para atendê-los de Criança. acessibilidade, entre outros. Foram forma diferenciada, mostrando Ainda em relação ao investi- doados mais de 650 brinquedos e nossos serviços”, explica Ajita. mento na comunidade, Ajita cita o mais de 4,3 mil litros de leite para O ponto de atendimento está Instituto Sicoob, que foi criado em entidades sociais. sendo chamada de “Espaço Empreendedor” e fornece aos interessados serviços de empréstimos, abertura de contas, venda de seguros, consórcios, previdência privada, entre outros. “Estar dentro da ACIM tem um significado especial para nós, pois foi a entidade que impulsionou Sicoob no Brasil a criação da cooperativa. Nossa instalação em sua sede marca uma O cooperativismo de crédito tem andado parceria duradoura e mostra que a passos largos. O Sicoob tem hoje as diretorias das duas entidades estão unidas em ações em prol do de atendimento no Brasil, o que o torna a empresariado de Maringá e região”, sexta maior rede de atendimento bancário. ressalta Ajita.


Mercado

Diferença de idade no trabalho, entre o benefício e o conflito

As tecnologias e o acesso rápido às informações ajudaram a criar uma geração com um comportamento distinto dos profissionais maduros; diferença pode causar conflitos, mas pode trazer mudanças positivas, como a modernização das empresas Rubia Pimenta “dar o sangue” pela empresa para crescer profissionalmente. São magine o seguinte cenário: de pessoas que por terem passado um lado, pessoas na faixa dos 50 por períodos difíceis, como crises anos, educadas dentro de padrões financeiras (lembrando a inflação rígidos de hierarquia e obediên- brasileira de anos atrás), podem cia, que acreditam ser necessário ser receosas a mudanças, ainda

I

mais as bruscas. Do outro lado estão os jovens na casa dos 25 anos, que cresceram dentro de uma democracia e economia estabilizada. Eles são desde pequenos bombardeados por informações, utilizam computado-

Ivan Amorin

www.acim.com.br

O proprietário do La Gôndola, Mário Friedrich, ao lado dos chefs Valdemir Vieira e Gerson da Silva Filho: cada um tem uma característica de trabalho

46

Revista

Junho 2012


Walter Fernandes

res, celulares e outros eletrônicos com uma habilidade quase nata. Por conta das facilidades proporcionadas pela tecnologia, foram acostumados a obter tudo que desejam rapidamente, seja uma refeição ou uma conversa com amigo. A necessidade de satisfação imediata e o aquecimento do mercado atual geralmente refletem no comportamento deles, tornando-os imediatistas e nem sempre fieis à empresa onde trabalham. Agora una esses dois perfis em um mesmo ambiente de trabalho. O resultado pode ser desastroso ou benéfico, dependendo, sobretudo, da gestão da empresa, segundo a psicóloga organizacional Alice Dias Paulino, docente da UniversiA psicóloga organizacional Alice Dias Paulino diz que para o ambiente de dade Estadual de Maringá (UEM). trabalho ser mais saudável é preciso ter como base a confiança, o respeito “Conviver com o diferente nem e o reconhecimento sempre é uma tarefa fácil. Lidar com pessoas que têm ideias e personalidades distintas, muitas vezes resulta em conflito, independente trabalho estressante. As pessoas perfeccionista e seus pratos têm da idade”, ressalta. começam a agir individualmente, um paladar distinto, que agrada e não com um objetivo comum, o cliente. Diferente do Silva Filho, Ambiente saudável em torno das metas da empresa”, que é bom profissional também, Para tornar o ambiente de tra- fala a psicóloga. mas tem a característica de ser balho mais saudável, a psicóloga Intuitivamente Mário Friedri- mais rápido e organizado, por fala que a receita deve ser baseada ch, proprietário do restaurante isso o colocamos como chef de em três ingredientes: confiança, La Gôndola, seguiu as regras da cozinha. É importante ressaltar respeito e, o mais importante, o psicóloga. A equipe de cozinhei- o papel de cada um e frisar que o reconhecimento. “A confiança é ros que prepara pratos a la carte grupo tem que somar, e não diviestabelecida quando o gestor con- é formada por três pessoas, entre dir”, explica. fia no trabalho dos funcionários e elas Valdemir Franco Vieira, de Silva Filho começou a trabalhar vice-versa. O respeito não significa 60 anos, que trabalha há 15 anos no La Gôndola quase sem expesomente polidez, mas aceitar a ma- na casa, e Gerson Carlos da Silva riência, apenas com um diploma neira de ser e, sobretudo, as limita- Filho, 32 anos, que começou como técnico de cozinheiro na mão. ções do outro. O reconhecimento auxiliar de cozinha há sete anos e “Tinha até desistido da carreira seria o ato de ressaltar o mérito dos hoje ocupa o cargo de chef. quando me chamaram. A parcefuncionários e importância dele Friedrich reconhece que a dife- ria com Vieira foi essencial para para a equipe”, explica. rença de idade pode gerar confli- o meu aprendizado. Na hora do Quando o reconhecimento não tos, mas procura trabalhar os ta- apuro sabia que tinha alguém para é praticado, é comum os membros lentos individuais para conseguir socorrer e dar segurança. Devo da equipe se tornarem competi- o melhor para a empresa. “Vieira, muito do que sei hoje a ele”, afirma. tivos. “Isso leva à desconfiança, por exemplo, é um cozinheiro Vieira é cozinheiro há 45 anos pouco respeito e um ambiente de não tão rápido, mas é caprichoso, e, mesmo após a aposentadoria, Junho 2012

47

www.acim.com.br

Revista


Mercado continua no serviço. Ele diz não se importar em trabalhar com pessoas mais novas e que se adapta bem às exigências atuais do mercado, apesar de não aprovar muito as novidades. “As pessoas só querem saber de comida por peso hoje. O a la carte, que é a refeição preparada na hora com todo capricho e refinamento, diminuiu bastante por conta dessa correria que virou a vida. Acho que hoje é mais fácil ser cozinheiro por causa disso: as refeições estão mais padronizadas”, fala. A confiança no trabalho dos dois, segundo o dono do restaurante, é essencial para o bom andamento da empresa. “Os dois estilos são muito importante para nós”, fala Friedrich.

Lucro multiplicado Um exemplo de boa interação entre pessoas mais novas e as mais experientes, com perfis quase opostos, pode ser visto na construtora Provectum. O engenheiro civil Álvaro Pereira da Silva, 61 anos, fundou a empresa em 1982. Após 15 anos de mercado, o crescimento estabilizou. A situação só viria mudar em 2007, com a entrada do filho de Álvaro, o analista de sistemas Luiz Fernando Silva Bragança, que tinha 27 anos na época. Com um perfil mais moderno e voltado para as inovações tecnológicas, o filho viu a necessidade de informatizar a empresa para agilizar processos. “Eles ainda traba-

lhavam com máquina de escrever, tudo era feito manualmente. Eu entendo, porque foi a forma como aprenderam a trabalhar, mas tudo poderia ser muito mais rápido e eficiente”, conta Luiz. Para colocar as novas ideias em prática foi preciso muita conversa com o pai. “Acostumamos-nos a trabalhar de um jeito e para mudar é normal haver certa resistência. Mas através do diálogo percebi a importância do que meu filho estava propondo e aceitei. Os resultados se converteram em um lucro substancial para a empresa”, conta Álvaro. Já o filho fala que o maior benefício de trabalhar com o pai é a experiência, que o torna mais seguro em suas atividades na

www.acim.com.br

Imediatismo das novas gerações? Muito se fala sobre o pouco comprometimento, imediatismo e até alienação das gerações mais novas que estão entrando ou ingressaram no mercado. O proprietário do La Gôndola, Mário Friedrich, que trabalha há 41 anos com restaurantes, reclama. “Todos os dias chegam currículos em nosso estabelecimento. É impressionante como os jovens mudam de emprego tão facilmente hoje”, relata. Ele também reclama da mudança de visão dos funcionários, que desejam bons salários e cargos altos muito rapidamente. “Antes a pessoa crescia na empresa, e pensava primeiro realizar um bom trabalho para depois ser recompensada. Hoje os funcionários querem tudo muito rapidamente, e não entendem que as promoções fazem parte de um processo de construção de confiança”, explica. O aquecimento do mercado aliado ao ambiente cheio de facilidades impulsiona um novo modo de se relacionar com o mundo, segundo a psicóloga organizacional Alice Dias Paulino. “As conquistas hoje são rápidas: há muitas vagas de emprego e para procurá-las você não precisa sair da frente do computador. Esse imediatismo é uma

48

Revista

Junho 2012

situação que não existia há 20 anos”, fala. Para a psicóloga, é precipitado acreditar que os jovens de hoje são irresponsáveis. “O que existe é um meio farto de opções e um certo individualismo. No entanto, é impressionante o que os jovens conseguem fazer através das redes sociais na internet: campanhas políticas e sociais, e trazendo bons resultados. Embora eles façam esses protestos de certa forma individualmente, em seu computador, isso pode resultar em passeatas ou movimentos políticos. Parece que está surgindo uma nova forma de coletivismo, que ainda precisa ser melhor estudada. Por isso acredito ser um pouco precipitado julgá-los como irresponsáveis”, alerta. O conselho da psicóloga aos empresários que necessitam reter os talentos é implantar mudanças que modernizem a empresa. “As mudanças são sentidas mais fortemente na nova geração, pois ela nasceu junto com a revolução da informática, mas essa nova forma de lidar com o mundo acaba afetando todos os setores da empresa, por isso é importante se adaptar a ela”, fala.


Ivan Amorin

empresa. “Procuro sempre ouvi-lo, porque ele já passou por situações diferentes e tem muito a ensinar”, ressalta. A interação entre os perfis diferentes trouxe benefícios para a empresa. “Eu sou mais arrojado e meu pai é mais conservador. Acredito que isso é bom para dar equilíbrio, pois tem hora que você precisa ousar, mas existem momentos em que é necessário colocar o pé no freio”, relata. Para Álvaro, a vinda do filho resultou também em uma grande ajuda na administração da empresa. “Trouxe um alívio para as minhas costas, que já estavam cansadas. Hoje fico mais encarregado da parte política, enquanto ele carrega o piano”, brinca.

Luiz Fernando Silva Bragança ajudou a modernizar a empresa criada pelo pai, Álvaro Pereira da Silva, mas sempre busca conselho do patriarca

www.acim.com.br

Revista

Junho 2012

49


redaçãO EMPRESARIAL

André Ricardo Lima

Nas teias da língua

www.acim.com.br

Mesmo o mais hábil usuário da língua portuguesa já se viu, vez ou outra, perdido nas teias de nossa inculta e bela flor do Lácio; palavras de mesma grafia ou semelhantes na pronúncia geram dúvidas O português foi convidado pelo amigo brasileiro para assistir a um concerto de piano. No intervalo do espetáculo, o amigo pergunta ao português: – E aí? Está gostando do concerto de piano? – O gajo toca tão bem que eu nem havia percebido que o piano estava quebrado, ô pá! A anedota acima é um feliz exemplo da riqueza de nossa língua. Uma letra a mais ou a menos, o uso de uma preposição ou de outra, ou a mera troca de uma letra pode mudar completamente o significado da palavra ou expressão. Na escrita, é mais fácil perceber esses equívocos. Já na oralidade basta um pequeno desvio de atenção e está instalada a celeuma. A maior parte da confusão de sentido, na linguagem escrita ou na oral, é decorrente da dificuldade de grande parte dos falantes de lidarem com dois tipos de vocábulos: os homônimos e os parônimos. Palavras homônimas são aquelas que se pronunciam da mesma forma e que diferem no sentido. Na lista de exemplos, temos são (3ª p. p. do verbo SER – São garotas inteligentes); são (sadio. - O menino, felizmente, está são) e são (forma reduzida de santo. - São Jorge é o santo guerreiro). Os três vocábulos citados são chamados de homônimos perfeitos, tendo em vista que são iguais na pronúncia e na escrita. Há ainda sessão (espaço de tempo em que se realiza determinada atividade ou parte dela); cessão (ato ou efeito de ceder) e seção (porção 50

Revista

Junho 2012

retirada de um inteiro; divisão de um todo). Estes últimos exemplos são chamados homônimos imperfeitos, visto que se diferem na escrita. Nessa lista, entra também o caso de nosso amigo português. Já os parônimos são vocábulos ou expressões que apresentam semelhança de grafia e pronúncia, mas que diferem no sentido. E aí a lista é imensa: cavaleiro / cavalheiro; flagrante / fragrante; infração / inflação e adiante. Outro fenômeno que normalmente causa dificuldade de interpretação no momento da fala ou da escrita é a ambiguidade. Enquanto a homonímia diz respeito ao fato de um mesmo vocábulo estar ligado a dois ou mais significados, a ambiguidade é a duplicidade de sentido, seja de uma palavra ou de uma expressão de forma a admitir dois sentidos, a exemplo da frase: Comprei uma lima, que, fora do contexto, não esclarece se a compra foi de uma ferramenta ou de uma

fruta. Nesse caso, é preciso recorrer ao contexto linguístico e buscar nele as pistas seguras acerca de qual interpretação se deve seguir. Em todo caso, é sempre bom tomar cuidado para não pedir ao vendedor uma lâmpada florescente no lugar de uma fluorescente, por exemplo. Se a sua intenção é economizar energia, peça uma lâmpada fluorescente, já que, pedindo uma florescente, aquela cheia de florzinhas, duvido muito que haja alguma redução nos gastos. De mesmo modo, quando o professor de português apresentar-lhe uma queixa sobre o acento do sofá, certifique-se de que ele está se referindo ao sinal de acentuação gráfica ou se o problema é algum desconforto no assento do estofado. André Ricardo Lima é Mestre em Linguística pela Universidade Estadual de Maringá e ministra aulas de Gramática e Redação em escolas da rede privada


www.acim.com.br

Revista

Junho 2012

51


CULTURA EMPRESARIAL VALE A PENA OUVIR Alan Maschio – editor

VALE A PENA ASSISTIR Anna Paula Franco – secretária executiva

Light from above – Black Tide

Comer rezar amar, de Ryan Murphy (2010)

Para quem acha que o heavy metal acabou, Light from above é um pequeno alento. A banda é nova para os padrões do estilo: nasceu em 2004, mas ao contrário do rock produzido desde então, a “pegada” é muito pesada, cheia de ótimas sequências de guitarra e com um vocal poderoso, mas compreensível. Lembra – e muito – o metal produzido pelas boas bandas dos anos 1980. Shout, a melhor faixa do disco, é muito rápida.

Baseado no best-seller norte-americano “Comer, rezar e amar”, escrito por Elizabeth Gilbert, o filme homônimo traz a trajetória da jornalista que, após um doloroso divórcio, decide viajar durante um ano pela Itália, Índia e Indonésia, buscando a felicidade ao longo desse caminho e reencontrando os prazeres perdidos. Liz vive uma aventura gastronômica na Itália, encontra a paz espiritual na Índia e o amor verdadeiro na Indonésia. Julia Roberts e Javier Bardem encantam em seus papéis.

Never say die! - Black Sabbath

A rede social, de David Fincher (2010)

“Never Say Die!” é um disco pouco popular da banda liderada pela lenda Ozzy Osbourne, mas, na minha opinião, um dos melhores. São músicas um pouco diferentes da linha mais conhecida do grupo, e de um estilo que deu início à crise que culminou com a saída do líder. Mas as faixas valem a pena – duas, em especial: Never say die, mais hard rock, e A hardroad, com ritmo mais lento, tipo “música de estrada”.

“A rede social” relata a história de Mark Zuckerberg, criador do Facebook, a maior rede social do mundo na atualidade. O prodígio da computação tornou-se bilionário aos 23 anos, mas o sucesso também trouxe problemas. É interessante acompanhar a criação de uma rede social que faz parte do nosso dia-a-dia e o caminho que Mark percorreu para realizar tal feito.

O QUE ESTOU LENDO Welington Vainer – artista gráfico Sketchbooks - As páginas desconhecidas do processo criativo Organizado por Cezar de Almeida e Roger Basseto Editora Pop 272 páginas O livro aborda questões do processo criativo nas artes visuais, amplamente ilustrado com imagens dos cadernos de esboços de 26 artistas contemporâneos brasileiros, selecionados pela diversidade de atuação, incluindo designers, arquitetos, ilustradores, cartunistas, grafiteiros e tipógrafos. “Sketchbooks” é um projeto inédito no Brasil, que serve de inspiração a quem está buscando ou já está percorrendo seu caminho no campo das ideias e quer exercitar sua criatividade nas artes visuais e na vida.

A invenção de Hugo Cabret Brian Selznick Editora SM 534 páginas Hugo Cabret é um menino órfão que vive escondido na central de trem de Paris dos anos 1930. Esgueirando-se por passagens secretas, ele cuida dos gigantescos relógios do lugar. A sobrevivência de Cabret depende do anonimato - ele tenta manter-se invisível porque guarda um segredo, que é posto em risco quando o severo dono da loja de brinquedos da estação e sua afilhada cruzam seu caminho. Um desenho enigmático, um caderno valioso, uma chave roubada e um homem mecânico estão no centro desta história, que procura misturar elementos dos quadrinhos e do cinema.

VALE A PENA NAVEGAR www.acim.com.br

O programador de web e desenvolvedor web Elton Nakamura indica os seguintes sites: www.gizmodo.com.br: todos os assuntos da tecnologia num só lugar: lançamentos, notícias, reviews, gadgets e curiosidades da era digital www.jalopnik.com.br: para os amantes do mundo automotivo esse é o site perfeito para saber tudo sobre carros, suas histórias, curiosidades, lançamentos e notícias www.thinkgeek.com: loja online americana de produtos para os geeks, roupas, brinquedos, acessórios, objetos, eletrônicos e muitas outras peças legais que todo nerd gostaria de ter; a loja entrega no Brasil

52

Revista

Junho 2012

Indicações para o Cultura Empresarial podem ser enviadas para o e-mail textual@textualcom.com.br


acim news “Formação de instrutores internos e externos” será o tema de um dos cursos que o Centro de Treinamento e Desenvolvimento da ACIM realizará em julho. De 9 a 25, sempre as segundas, terças e quartas-feiras, das 19 às 23 horas, a consultora e psicóloga organizacional e clínica Elizabete Willemann ministrará o curso. Os participantes aprenderão mais sobre o papel e perfil do instrutor, comportamento ético e relacional do instrutor, formas de conquistar a atenção dos participantes, técnicas de oratória, processo de análise com feedback, entre outros. Para mais informações sobre este curso e outros que serão realizados em julho, os telefones do Centro de Treinamento e Desenvolvimento são (44) 3025-9631 e 3025-9632.

Walter Fernandes

cursos

Associado do mês

Desde janeiro de 2011 está presente em Maringá a Gelateria Max, com sorvetes artesanais à moda italiana e cuja empresa foi criada por um italiano radicado no Brasil. “Além da textura especial, os sorvetes são feitos com produtos naturais. O sorvete de pistache é feito com pistache mesmo, e não com aromatizantes”, brinca o sócio da empresa, Lucas Moreira Camerini. Ele conta que resolveu montar a Gelateria em Maringá por conta do clima quente da região. A ideia deu tão certo que apenas dez meses após o início das atividades na avenida Cerro Azul foi inaugurada uma filial no shopping Avenida Center. “Todos os equipamentos e parte da matériaprima são importados da Itália. Também damos ênfase ao treinamento dos funcionários e à excelência nas condições sanitárias. Acredito que tudo isso agradou, e o marketing boca-a-boca só fez aumentar a nossa clientela”, conta. Para manter o movimento de clientes também no inverno, o empresário investiu no Max Gourmet, um espaço na loja da avenida Cerro Azul que funcionará a partir deste mês. Serão oferecidos cafés italianos, cappuccinos, fondues, biscoitos artesanais, entre outros. Também haverá música ao vivo, em parceria com escolas de música da cidade. A Gelateria Max fica na avenida Cerro Azul, 258 (telefone 3024-9292), e também na praça de alimentação do Shopping Avenida Center.

Tudo para festa num só local

Revista

Junho 2012

53

www.acim.com.br

De 15 a 17 de junho fornecedores de produtos e serviços para a festa participam da sexta edição da Feira Festas & Noivas, realizada pela ACIM no Excellence Centro de Eventos. Oito mil pessoas devem passar nos 78 estandes de bufês, bandas, fotógrafos, empresas de decoração, agências de viagem, entre outros fornecedores da cadeia. A entrada custa R$ 2 por pessoa e o horário de atendimento será das 14 às 22 horas. Estão programados desfiles em cortejo e um concurso cultural que premiará os autores dos melhores vídeos sobre festas, com produtos e serviços para festas, como bufês e trajes.


acim news Cônsul argentino visita ACIM

Walter Fernandes

O cônsul da Argentina no Paraná, Hector Gustavo Vivacqua, visitou a ACIM em 10 de maio. Na ocasião, ele pôde conhecer detalhes do funcionamento e projetos da ACIM e foi recepcionado pelo presidente da entidade, Marco Tadeu Barbosa. Vivacqua é advogado, diplomata de carreira e ocupa o cargo desde agosto de 2008. Já participou de missões diplomáticas no Egito, Estados Unidos e Uruguai.

Últimos estandes da Ponta de Estoque não superior a 10 dias; certidão negativa de tributos municipais fornecida pela prefeitura, com data de emissão não superior a 30 dias; cópia do Alvará de Localização, que comprova que a empresa tem loja em Maringá, e a relação de funcionários que irão trabalhar na feira com os números da CTPS/PIS para encaminhamento ao Ministério Público do Trabalho. Em quatro dias o evento, que tem organização do ACIM Mulher, deverá receber 200 mil consumidores.

Restam poucos estandes da 22ª edição da Feira Ponta de Estoque, de um total de 325 lotes. A feira será realizada pela ACIM e Sindicato do Comércio Varejista de Maringá e Região (Sivamar) em julho, no Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro. Para participar, os expositores devem ser filiados à ACIM e/ou ao Sivamar há mais de seis meses e devem estar com a mensalidade em dia. Devem ainda apresentar cópia do CNPJ, com data de emissão

www.acim.com.br

O combate à clandestinidade na venda de gás de cozinha foi tema de uma reunião, em 9 de maio, na ACIM, com a presença de mais de 200 pessoas, entre elas, o promotor Maurício Kalache, o especialista em Regulação do Programa Gás Legal da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Marcelo Silva, e o coordenador geral da ANP, Alcides Araújo dos Santos. Silva ressaltou a importância do apoio da prefeitura para avançar com o projeto de acabar com a irregularidade. “Em relação aos revendedores irregulares não temos competência legal para fechar o estabelecimento, nos limitamos a interditar a atividade, por isso, precisamos da prefeitura. A ANP tem grande força em relação aos agentes regulares”. Numa fiscalização em Maringá, Sarandi e Marialva no final de abril foram feitas oito interdições de estabelecimentos irregulares. No

54

Revista

Junho 2012

Walter Fernandes

Contra a clandestinidade no comércio de gás

início do programa Gás Legal, desenvolvido pela ANP, um ano e meio atrás, havia 36 mil revendas autorizadas para a venda de gás, que cobriam 74% dos municípios brasileiros. Atualmente há 48,2 mil revendas, presentes em 84% das cidades. No Paraná, este índice chega a 90%. As 17 empresas revendedoras de gás ligadas ao programa Empreender, da ACIM, utilizarão formas para divulgar aos consumidores que trabalham dentro da legalidade.


Novos associados

da ACIM

Walter Fernandes

A partir deste mês a Revista ACIM traz a relação de novos associados. Neste mês, as empresas filiadas entre abril e maio

Fórum de Negócios Internacionais “Oportunidades de negócios com o mercado asiático” foi o tema da oitava edição do Fórum de Negócios Internacionais, realizado pelo Instituto Mercosul em 17 de maio, no Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro, durante a Expoingá. O tema foi discutido pelo vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China do Rio de Janeiro (CCIBC-RJ), Marcio Abdenur, pelo presidente da Câmara do Comércio e Indústria Brasil-Japão no Paraná, Yoshiaki Oshiro, e pelo especialista em mercado asiático Boniperti Oliveira. No mesmo dia, antes do evento, Abdenur e Oshiro estiveram na ACIM (foto) e falaram sobre os trabalhos que vêm sendo desenvolvidos pelas Câmaras de Comércio que integram, bem como sobre o comércio entre o Brasil e os dois países asiáticos. Coube ao novo presidente do Instituto Mercosul, Cezar Couto, recepcionar os visitantes.

ACIM na Expoingá

Revista

Gata Piro Gesso Vitória Gold Cap Tapetes Personalizados Guenky Gás Happy Day Decorações e Artigos para Festas IBA Transportes Imobiliária Vida Nova Impormix J.L. Etiquetas Jandi Enxovais Jet Chicken Judite Massas Legui Molas Lira Pet Comércio e Distribuidora Lotérica Mandacaru Luxo Mana Mana Modas Maria Isadora Marmoraria União Mary Victor Mazinho Auto Elétrica Mazzali Mecânica Paradiesel Metal Service MK2 Estética Automotiva Montana Country MPX RH NPE Locações NTTBR Telecomunicações Onix Apoio para Eventos Paraná Pescado Pedras Decor Pet Shop Onda Animal Planet Gospel Postnet Posto Lilo Pré-escola Meu Tempo de Infância Raft e Ragu Realce Cabeleireiros Reciclagem Mauá Reginaldo Nunes Ferreira Restaurante Temperos e Sabores da Lu Salão Modelle Lima Sevencar Centro Automotivo Sol e Lua Star Point Valor Assessoria Veneza Colchões Via Ingá Confecções Via Z Confecções Vinicius Mattioli Pires de Souza Vsell Informática e Wmill

www.acim.com.br

A 40ª edição da Expoingá, realizada entre 10 e 20 de maio, recebeu mais de 500 mil visitantes, que puderam acompanhar os leilões, shows, desfrutar do parque de diversões e da praça de alimentação, entre outros. E a ACIM mais uma vez contou com um estande no pavilhão azul do Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro, durante a feira. Os visitantes puderam conhecer o portfólio de produtos e serviços da ACIM, adquirir estandes da Feira Ponta de Estoque e responder questionamentos do departamento de Pesquisa e Estatística da ACIM (Depea), para pesquisas sobre a imagem da Associação Comercial, campanhas do comércio, entre outros. Uma ação promocional também foi realizada: uma produtora ficou à disposição dos visitantes para gravar um minivídeo para o concurso cultural da Feira Festas & Noivas, que acontecerá neste mês.

100% Modinha Academia da Música Adesig Advogados Anderson e Anderson Alvo Treinamentos Angeumar Antônio Serviços Médicos Are Consultoria Empresarial Armandos Bar Art Form Art Madeira Art Mix Uniformes Art Vidro Decor Artes Salomão Atualize Apoio Mercadológico Australia Action Board Automecânica Maringá Benatti Centro Odontológico Brioche Crocante Cafeteria Mais Café Carlos Roberto Bordin Transportes Casa de Frangos Alves Centro de Educação Infantil Prim'arte Ciranda Cirandinha Cirúrgica Cidade Verde Cliniluz Comércio de Lanches OGS Conceptus Floricultura e Decoração Construfer Corpus Face Esthetic Center Cris Modas Cristal Materiais Gráficos Decore Glass Dental Soares Depósito Quental Depósito Valente Di Lucky Digital Copy Soluções Dinamis CEI Doutora Lúcia Padilha Odontologia Eden Beer EPS Corretora Escola Caminho Suave Educação Infantil Escritório Santos de Contabilidade Estação GSM Farmácia Ultraprev Farmácia Uniprev Fernandiesel Ferramental Fina Estampa Fitama Comercial Fonte Real Pesquisa e Consultoria

Junho 2012

55


acim news Ministra do STJ esteve na ACIM

Qual a oposição do CNJ em relação aos cartórios de foro judicial que são privatizados no Paraná? O Paraná ainda tem alguns cartórios privatizados, porque o poder Judiciário foi conivente e esses cartórios foram sendo dados aos parentes e aderentes dos desembargadores. A perspectiva é que os cartórios extrajudiciais sejam extintos, quando de serventia judicial. A senhora comandou uma varredura em 22 tribunais estaduais. Como avalia a Justiça do Paraná? A justiça paranaense tem muitos problemas, problemas de estrutura dominaram durante muito tempo. Acho que existe atualmente uma administração muito boa, com um presidente (Miguel Kfouri Neto) muito atento, ao que me parece. Muitos erros de gestão estão sendo

Walter Fernandes

A ministra do Superior Tribunal de Justiça, Eliana Calmon, esteve em Maringá, em 23 de maio, para participar de mais uma edição do Congresso Jurídico Integrado de Maringá (Conjuri). E durante sua estada em Maringá, ela visiou a ACIM, onde concedeu entrevista rápida:

corrigidos. O Paraná tem um corregedor (Lauro Augusto Fabrício de Melo) empenhadíssimo. É um momento importante para o Paraná e o tribunal está melhorando. Qual a dificuldade de punir os magistrados no Brasil? Há muito corporativismo. Mas hoje está mais fácil por causa da resolução 135, que foi julgada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal, o que faz com que tenhamos maior dinâmica de atuação. Mas é um trabalho difícil, porque não contamos com apoio da magistratura. Os processos começam, ficam nas prateleiras e prescrevem.

Nova lei para os motoristas profissionais

www.acim.com.br

Controle de jornada e tempo de espera e de descanso são algumas das alterações na legislação que trata da categoria de motoristas profissionais (lei 12.619/2012). O tema foi assunto de uma reunião realizada em 16 de maio na ACIM e que contou com a explanação dos advogados Marcelo Silva e César Eduardo Misael de Andrade. Um dos pontos estabelecidos pela lei é que é dever do motorista profissional “submeter-se a teste e a programa de controle de uso de droga e de bebida alcoólica, instituído pelo empregador, com ampla ciência do empregado”. Em caso de recusa, será considerada infração disciplinar, passível de penalização. A lei também assegura ao motorista profissional

56

Revista

Junho 2012

intervalo mínimo de uma hora para refeição, além de intervalo de repouso diário de 11 horas a cada 24 horas e descanso semanal de 35 horas. Nas viagens de longa distância, que segundo a nova lei são aquelas em que o motorista fica fora da base da empresa e de sua residência por mais de 24 horas, o profissional terá direito a intervalo mínimo de 30 minutos para descanso a cada quatro horas ininterruptas de direção. Silva ressalta que em relação a estes intervalos, o “ônus da prova é do empregador”. “Controle da jornada de trabalho do motorista vai ser a alma desta nova lei para o controle de custos da empresa e formação de preços”, destacou Silva.


Como o plano diretor que alterou as regras para a instalação de novos empreendimentos na avenida Colombo tem gerado dúvidas, a ACIM realizou um encontro em 11 de maio, com a participação de 200 empresários, contabilistas, corretores de imóveis, o Secretário de Planejamento de Maringá, Walter Progiante, o diretor de planejamento, José Vicente Socorro, e o vereador Humberto Henrique. Pela lei vigente do plano diretor, a instalação de indústrias na via está proibida, já que a intenção da prefeitura é diminuir o tráfego rodoviário e transformar a Colombo num boulevard residencial. Porém, uma resolução aprovada pelo Conselho de Planejamento no final de abril irá permitir a instalação de pequenas indústrias e atacados nas vias comerciais da cidade, inclusive na avenida Colombo, desde que o empreendimento não seja nocivo à população, que não seja preciso elaborar relatório de impacto ambiental, nem plano de gerenciamento de resíduos e cujo capital social não seja superior a R$150 mil. A resolução ainda não entrou em vigor. O técnico da prefeitura José Vicente Socorro explicou que o alvará continua valendo para as empresas estabelecidas naquela via independente do ramo de atuação, mas os novos empreendimentos deverão obedecer à lei complementar 916. Outro impeditivo ressaltado por ele foi em relação às vias paisagísticas, que não podem ter comércio e serviços. As exceções são o Parque dos Pioneiros e Parque do Ingá, que estão enquadrados no eixo D graças a uma lei da década de 1970. “É preciso ficar atento às características de cada tipo de exigência do zoneamento da cidade, para verificar se as empresas poderão se instaladas em determinadas localidades”, destacou Socorro. A reunião foi realizada porque vários

Walter Fernandes

Alvarás para estabelecimentos na avenida Colombo

empresários procuraram a ACIM alegando dúvidas sobre o tema. A empresária Maria Alice de Albuquerque Borges, associada há pouco mais de um ano e que atua no atacado e varejo de papelaria, foi uma delas. Quando ela escolheu a avenida Colombo para instalar a empresa, as discussões sobre as alterações na via estavam no início. “Quando o local de funcionamento foi locado não havia qualquer tipo de impedimento. Agora estou apreensiva, pois meu alvará foi negado duas vezes”, lamenta Alice. Ela procurou um advogado e vai impetrar um mandado de segurança para continuar exercendo a atividade. “Não sou contra as alterações comerciais para a avenida, quero apenas que elas sejam feitas respeitando um entendimento junto aos empresários. Há muitos trabalhadores que dependem dessa avenida”, justifica. Em relação ao trabalho da ACIM, Alice elogia a entidade. “Quando fui procurar a entidade com dúvidas sobre o assunto, logo fui atendida e a diretoria realizou esta reunião. Recebi um atendimento excelente”, ressalta.

www.acim.com.br

Propaganda eleitoral “Propaganda eleitoral e demais regras para as eleições 2012” foi o tema da palestra proferida pelo advogado especializado em direito eleitoral Ulisses Maia, em 24 de maio na ACIM. Participaram do encontro publicitários, representantes de veículos de comunicação e fornecedores de materiais de campanhas políticas. Revista

Junho 2012

57


penso assim

Felipe Bernardes

Walter Fernandes

A melhor opção de investimento

www.acim.com.br

Com as novas regras, quando a Selic, que é a taxa básica de juros da economia responsável por remunerar os títulos públicos, estiver igual ou menor que 8,5% por ano, a poupança irá render 70% da Selic. Ou seja, com a taxa juros de 8% ao ano, o rendimento da poupança será de 5,6% no ano. Isso significa que a poupança só irá proteger os investimentos contra a inflação

Costumo pensar que a vida muitas vezes pode ser comparada a um cobertor curto, em que falta abrigo em determinadas situações, como quando focamos apenas no trabalho e esquecemos a família e a saúde. Na tríade do investimento, composta por liquidez, rentabilidade e segurança, também não é possível unir os três em apenas uma aplicação. É preciso escolher a melhor opção de acordo com os objetivos do investimento. Por exemplo: se o investimento é de curto prazo, é preciso segurança. Se o investimento é de longo período, acima de três anos, o foco será a rentabilidade. Mesmo com essas regras básicas, encontramos no Brasil algumas distorções por falta de educação financeira da população. Há o senso comum de que a poupança é a aplicação mais segura. Mas, qual é o real risco da poupança? Ele está atrelado ao banco em que foi feita a aplicação. Caso a instituição quebre, o dinheiro que está depositado na poupança será assegurado pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para investimentos de até R$ 70 mil por CPF e por instituição financeira. Em aplicações de valor superior perde-se o excedente. A poupança, aliás, recebeu destaque na mídia nas últimas semanas devido às alterações na forma de remuneração feita pelo governo federal. Com as novas regras, quando a Selic, que é a taxa básica de juros da economia responsável por remunerar os títulos públicos, estiver igual ou menor que 8,5% por ano, a poupança irá render 70% da Selic. Ou seja, com a taxa juros de 8% ao ano, o rendimento da poupança será de 5,6% no ano. Isso significa que a poupança só irá proteger os investimentos contra a inflação. Nos investimentos sempre avaliamos a relação risco versus retorno e tem-se o consenso de que o risco do investimento é proporcional ao retorno, será? A aplicação tida como risco zero da economia são os títulos públicos, investimento em que se empresta dinheiro ao governo, para que o mesmo pague suas contas. Ao término do prazo estipulado, o governo devolve o valor emprestado com juros (da taxa Selic). Mas, onde está o risco? Quando empresto dinheiro ao governo o risco é de que o próprio não me pague. Em casos de empréstimo aos bancos, o risco são estas instituições quebrarem. Quem pode quebrar antes, o governo ou um banco? Creio que são os bancos, até porque quem manda na impressão da moeda é o governo. Em casos de insolvência “coloca-se a máquina para funcionar e imprime moeda” para circulação. Como já disse anteriormente, com a alteração, a poupança renderá 70% da taxa Selic, tendo um risco maior que títulos públicos e fugindo do óbvio: para assumir riscos maiores do que os de títulos públicos, o retorno da aplicação tem que ser superior. Mas a poupança paga menos e o risco é maior. Algumas boas alternativas para não colocar as economias em risco são os títulos públicos do tipo NTN-B, que são atrelados à inflação e aos fundos de renda fixa. Alerto que não são todos os fundos de renda fixa que são bons. Analise sempre quais os ativos em que os fundos são comprados; o histórico de rentabilidade; taxa de administração; fuja dos fundos de renda fixa ruins e só aceite os que historicamente pagam mais do que 100% da taxa do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Felipe Bernardes é contador e agente autônomo de investimentos

58

Revista

Junho 2012


www.acim.com.br

Revista

Junho 2012

59



Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.