edição de 2 a 8 de março de 2012 – número 390
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Tonia Elizabeth ENTREVISTA Portonia.elizabeth@hotmail.com
Tonia Elizabeth é jornalista e também locutora. Atuou como produtora de companhias de publicidade e canais de televisão a cabo e satélite. Foi “hostess” do programa “Entertainment Tonight” por dois anos, na versão brasileira. É também cantora de Brazilian Jazz e gravou e fez shows com artistas consagrados.
Cortinas (e telas) se abrem para Cristina Lago
“
A jovem atriz vem destacando-se nas telas e palcos do Brasil, unindo talento com determinação Conversei com meu pai e expliquei que não era aquilo que eu queria. Decidi estudar dança. E foi impressionante, pois os meus pais me deram muito apoio. Eles são meus grandes incentivadores” Ela ficou famosa entre os membros da comunidade brasileira no exterior por sua performance nos filmes “Blue Eyes” (Olhos Azuis) e “Bruna Surfistinha”, mas Cristina Lago tem muito mais a oferecer. Ela é bailarina, atriz e agora aceita o desafio da sua primeira produção: um curta-metragem. Cristina é paranaense de Foz do Iguaçu, mas muita gente acha que ela é de Ouro Preto do Oeste, em Rondônia, conforme explica: “Às vezes até eu me considero de Rondônia, porque fui para lá com quatro anos. Minha formação foi lá – dos 4 aos 19 anos. Minhas lembranças de infância e adolescência são de Rondônia.” Apesar de sempre ter sonhado ser artista, Cristina chegou a fazer um ano do curso de Direito: “Conversei com meu pai e expliquei que não era aquilo que eu queria. Decidi estudar dança. E foi impressionante, pois os meus pais me deram muito apoio. Eles são grandes incentivadores da minha carreira”. Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde estudou dança e fez o curso do Teatro Tablado: “Minha primeira peça foi ‘O Alfaiate do Rei’, no Teatro Tablado – uma peça infantil, com o Leonardo Brício. Todos os alunos puderam candidatar-se, houve uma bateria de testes e fui aprovada”. Ela começou a estudar dança antes das artes dramáticas: “No começo, me expressar através da dança era mais fácil.” Mas a bailarina foi perdendo espaço para a atriz: “Hoje, uso a dança para me ajudar no meu trabalho de atriz”. Cristina se diz incapaz de escolher entre teatro, cinema e televisão: “Acho que
A atriz conta como conseguiu o papel é como filho. A mãe gosta de todos. Não tem um favorito. Adoraria fazer mais tele- em “Olhos Azuis”: Ela soube do procesvisão. Acho que fiz pouco. Amo cinema! so de seleção e mandou o material. “Eles me chamaram para os testes.” Cristina Foi no cinema que comecei a ser vista”.
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foi escolhida para protagonizar o filme do diretor José Joffily, quase todo em inglês e gravado no Rio e em Pernambuco: “Eu não falava inglês. Pedi ajuda para uma amiga, decorei as falas… e o diretor achou ótimo quando fiz o teste. Tive tutores (para o inglês e para expressão corporal), assisti filmes, fiz muita pesquisa e me preparei.” A atriz menciona também o filme “Bruna Surfistinha”, do qual participou: “Minha personagem é menor, mas o processo de laboratório foi incrível. Dou muito valor a esse processo de construção da personagem. Mas tenho um carinho especial pelo ‘Blue Eyes’ mesmo”. Este filme deu a Cristina dois prêmios de melhor atriz – um deles o “100% Vídeo”– da maior rede de locadoras de vídeos do Brasil, através de voto popular, em 2011. Cristina esteve em cidades da Europa e Estados Unidos, divulgando o filme e participando de festivais. Ela acha que o “Blue Eyes” mostrou uma outra visão sobre o que alguns imigrantes passam ao entrar nos Estados Unidos: “Muitos se assustaram, ficaram surpresos, pois não sabiam que uma coisa assim poderia acontecer. Essa é uma visão nossa. Não é um olhar que eles têm”. Na carreira, são, pelo menos, sete peças, quatro longa-metragens e quatro curtas, como “Um Dia de Maria”, no qual é a protagonista, e o musical “Maré, Nossa História de Amor”. Cristina está no teatro com a peça chamada “Chagall, o Poeta com Asas de Pintor”, que retrata a vida do artista russo Marc Chagall, até o fim de março. A atriz já está ensaiando outra peça, para estreia em abril, enquanto trabalha no seu primeiro projeto pessoal: a produção de um curta-metragem, que conta a história de um casal “doidinho”, Mario e Fia, que se apaixonam. Quanto ao mercado internacional, a atriz revela: “Adoraria trabalhar no Exterior, mas meu foco agora é aqui. Não é um mercado que faça parte da minha atenção imediata, mas que gostaria de participar. Acho que os americanos fazem cinema como ninguém e, claro, tenho vontade de participar disso também”.