Relatório da revisãodo sector de Saúde

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Cobertura Nos últimos anos, o governo investiu muito no aumento do acesso à água potável e serviços de saneamento, construindo mais de 1.100 poços e mais de 16.000 latrinas. A secção de resultados acima descreve as tendências de cobertura dos principais aspectos da saúde ambiental, água e saneamento.

4.8.1 NECESSIDADES E CONSTRANGIMENTOS Pode-se resumir as principais necessidades e constrangimentos na área de saúde ambiental em Moçambique como as seguintes: Orientação Estratégica: actualmente não existe nenhum plano estratégico para orientar as actividades de saúde ambiental. O PESS tem objectivos específicos para esta área, mas estes não foram transformados em indicadores para o DSA. O MICOA junto com o MISAU estão no processo de elaboração do Plano de Saúde Ambiental e a SANA foi o primeiro passo de preparação deste plano. A conclusão deste plano ajudaria na definição dos papéis e responsabilidades para esclarescer como os diferentes sectores iriam trabalhar juntos. Orientaria também o desenvolvimento do plano estratégico para o DSA que por sua vez iria definir um canal de apoio financeiro dentro do MISAU. O DSA, no entanto, não demonstra neste plano os indicadores relacionados ao seu trabalho nem um mecanismo claro de financiamento. Abordagem multissectorial: Apesar do mecanismo de coordenação estabelecida, a coordenação entre sectores não é forte. Os sectores participantes não têm linhas claras de responsabilidade ou autoridade, e as actividades não são definidas de forma clara. Mesmo dentro do MISAU existem muitas oportunidades de colaboração entre departamentos e divisões que podem ser explorados, de modo particular na área de saúde pública e doenças infecciosas emergentes. Financiamento: o financiamento para as actividades básicas de saúde ambiental é escasso. Por exemplo, não há disponibilidade de financiamento para continuar as actividades de IEC em grande escala, embora os materiais educacionais desta campanha estejam ainda em circulação. Os técnicos de medicina preventiva trabalham a nível comunitário para promover boas práticas de higiene, mas a falta de transporte é um problema enfrentado regularmente. Os veículos disponíveis nos centros de saúde são normalmente usados para as actividades de PAV em brigadas móveis, e na maior parte das vezes essas viaturas não têm espaço suficiente para levar mais técnicos.

4.9

NUTRIÇÃO

Resultados Alguns aspectos da nutrição já foram discutidos na secção 4.1, Saúde Materno Infantil. De acordo com indicadores chave de nutrição (Tabela 7), Moçambique apresentou pouco progresso nesta área nos últimos anos. A subnutrição crónica em crianças com menos de cinco anos de idade aumentou ligeiramente de 41% em 2003 a 44% em 2008. A percentagem de crianças com menos de cinco anos de idade abaixo do peso para a sua idade diminuiu de 24% a 18% no mesmo período e não houve mudança na prevalência de subnutrição aguda (4%). Os dados do IIM 2008 demonstram que 16% dos recémnascidos apresentava peso neonatal baixo. Este indicador pode ser usado para representar o nível de subnutrição materna. TABELA 7. INDICADORES NUTRICIONAIS Indicadores Nutricionais Subnutrição crónica CU5/altura para idade Insuficiência do peso CU5/peso para a idade Subnutrição aguda CU5/peso para altura

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IDS 2003 41% 24% 4%

IIM 2008 44% 18% 4%


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