Boletim da Indústria Gráfica (BIG) - Edição 72 - 1956

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DA

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BRASIL, GRANDE IMPORTADOR DE IMPRESSOS E’ inegável. Apesar de enfrentar tremendas dificuldades, criadas por nu­ merosos fatores, a indústria gráfica pro­ gride a olhos vistos. Moderniza-se a pas­ sos de gigante, apesar de, como dissemos, ter que lutar contra tudo e contra to­ dos. E, nesta marcha vitoriosa, muitos são os que colaboram : Incansáveis são os importadores de máquinas e acessór:os, que lutando contra o sistema de importação vigente, trabalham para su­ prir a indústria gráfica dos mais moder­ nos mecanismos atualmente fabricados no mundo; lutam as grandes e pequenas emprêsas gráficas, visando oferecer aos brasile ros impressos de melhores qua­ lidades; luta o SEN AI, que, por inter­ médio das suas escolas de artes gráficas, prepara e aperfeiçoa o pessoal que ama­ nhã prestará a sua colaboração ao pro­ gresso da indústria gráfica; luta agora a Casa da Moeda que, por intermédio do seu Serviço de Aperfeiçoamento, incen­ tiva os artistas, com a realização de um certame que há muito tempo já devia ser realizado.

Enfim, todos contribuem com peque­ nas ou grandes parcelas. Mas contribúem! E isso é o que traz o progresso para o nosso ramo, hoje tão conhecido e acatado.

Mas, como sempre, existe alguém que não conhece, ou finge desconhecer, o valôr e a pujança da indústria do Brasil.

Um alguém que deveria ser o primeiro a prestigiá-la e ampara-la, como o faz em todos os outros setores da nossa in­ dústria. Êsse alguém é o próprio go­ verno da Un:ão que, desconhecendo o que fazem os nossos importadores de máquinas, o que fazem as grandes e pe­ quenas indústrias gráficas, o que fazem os nossos fabricantes de material gráfico, desconhecendo inclusive o valor do tra­ balho realizado pelos técnicos da Casa da Moeda, em pról da impressão das nos­ sas notas-dinheiro, despretigia a nossa indústria gráfica, em benefício da indús­ tria de outros países, a quem nada fica­ mos a dever.

E’ quase que inacreditável, mas é verdade, o nosso Governo Federal con­ cede, inclusive, câmbio para a importa­ ção de IMPRESSOS. Todos conhecen os cartões de Natal que são vendidos por nossas livrarias e papelarias. Produtos genuinamente brasileiros, de bom gosto e confeccionados com arte e maestria.

Mas sofre tremenda concorrência dos cartões extrangeiros, principalmente os de origem norte americana que, em na­ da são superiores ao nosso. Não somos jacobinos, apenas somos de opinião que não devemos importar o que podemos

BOLETIM DA INDÚSTRIA GRAFICA

Ano VII JANEIRO DE 1956

N.o 7 2

Redação e Administração: Rua São Bento, 405 - 14.o andar conjunto 1433 - Caixa Postal. 7815 - Telefone 32-4694 — São Paulo Diretor Responsável HERALDO VIEIRA DE CASTRO Composto e impresso nas oficinas da TIPOGRAFIA OSTRENSKY LTDA. Rua Thomás Carvalhal, 286 Fone: 706218 — SAO PAULO PUBLICA-SE MENSALMENTE

fazer aqui mesmo, e isso em benefício da nossa indústria, dos nossos operários e das nossas finanças. Que se importe máquinas, films, acessórios, e outras ma­ térias primas que ainda não fabricamos, ou não fazemos com perfeição, e não o produto já manufaturado, pois estamos capacitados não só para suprir o nosso mercado, como até para exportar para outros países.

Ainda agora, caso recente, chegou ao nosso conhecimento. Outro absurdo permitido pelas autoridades responsáve:s pela concessão de divisas para importa­ ção. Somos também assíduos importa­ dores de ENVELOPES, impressos, ou em branco. Não parece incrível? Mas somos, apesar de fabricá-los com per­ feição. , E coisas impossíveis como esta acontece durante a vigência de um regi­ me de economia, quando os responsáveis por nossas finanças taxam de artigo de luxo até uma armação para óculos. E’ luxo enxergar, ou isso é para que não possamos tomar conhecimento, através da leitura de jornais, das descab das me­ didas como é essa da importação de en­ velopes, cartões de Bôas-Festas e outros impressos?

Os industriais gráficos, os maiores interessados para que cesse êsse estado de coisas, devem, un dos em torno de seus respectivos Sindicatos regionais, dirigir-se às autoridades competentes, exigindo a paralização de importação de impressos.

O Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo amparará qual­ quer iniciativa nesse sentido. Por isso, pedimos aos nossos leitores e a todos os industriais gráficos do Brasil que se di­ rijam á êste BOLETIM, protestando con­ tra essa infantil e prejudicial importação de impressos.

BOLETIM D A IN D Ú STRIA G R Á F IC A

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JEAN

POR

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LIMO UZIN

REORGANIZAÇÃO EX-ALUNO DA ESCOLA KEUFER NA FRANÇA ou REEDUCAÇÃO nas “ Artes Gráficas” ?

Certas palavras têm algumas ve­ zes duplo sentido e levam à confusão.

Aqui, a palavra “Reorganização” pode ser interpretada como “Reforma”, enquanto a palavra “Reeducação” co­ mo “Completar um conhecimento”.

Daremos preferência á segunda, porque devemos reconhecer que todas as tipografias funcionam — 90% bem ou mal — com um sistema de organiza­ ção pessoal e individual. Muitos funcio­ nam em cima de rodas. . . quadradas, mas funcionam!!!

O que falta — e que escapa a mui­ tos industriais gráficos — é a base fun­ damental. Não fazemos questão, dizen­ do “Reeducação Profissional”, de ensinar aos próprios empregadores, aos chefes, aos operários ou aos aprendizes, mas somente fazer-lhes compreender que existe um mecanismo de harmonia no trabalho.

A tipografia, em geral, é o ramo mais complexo de todas as profissões.

E’ neste ramo que temos que tirar a compreensão da execusão de um servi­ ço. E’ preciso desacostumar-se a dizer : “ Quem manda aqui é o patrão. . . ou o ch efe. . . ” quem manda numa oficina gráfica é o serviço a ser executado, o melhor e o mais brevemente possível, dentro de condições simplificadas, afim de que se possa chegar ao ponto de dar satisfação aos freguêses. Tudo isso se faz quando há “Harmon a” numa firma gráfica. A palavra “harmonia” significa, então, organização e educação.

E’ esta educação que escapa, tam­ bém, a muitos empregadores ou chefes, empregados ou aprendizes. Quantos operários impressores são indiferentes aos cuidados que têm que dar a um cli­ chê tramado. Êles conhecem os esforços feitos por seus colegas das clicherias quando efetuam o trabalho.

Dizemos novamente, temos uma profissão muito complexa, cujo nome ant:go era “ Artes Gráficas” e que agora passou a denominar-se “ Indústria Grá­ fica” . Nesta profissão nenhum técnico pode conhecer tudo com prática, mas indiscutivelmente tem que saber teori­ camente a “base”.

Que poderá significar a palavra “Base” no espírito de alguns? A base é o ponto fundamental do nosso ramo de tipografia. Durante vários séculos, os métodos e as práticas nas “Artes Gráfi­ cas” ficaram sem variação nenhuma, o mesmo sucedendo com os procedimentos e as operações origmais.

Os impressores — como muitos hoje — acreditam no provérbio : “ O que baste ao pai. baste ao f i l h o . . . ” Desde alguns anos para cá, de laboriosas e du­ ras existências, os profissionais pensa­ ram que nossa nobre “Arte” poderia e deveria dar lucros.

Começa, então, a procura dos meios, de métodos, de máquinas, com os quais os proprietários das tipografias poderiam ver com satisfação os resultados do trabalho e que só um comerciante pros­ pero os conhece.

O primeiro período da “Organiza­ ção da produção” nas tipografias — e a instalação e disposição dos móveis.

Em grande número de tipografias, de todas as categorias que tivemos a honra de visitar, obtivemos como resul­ tado, descobrir que aqueles que tinham adotado uma organização de coordena­ ção nos serv ços, tinham efetuado a maior economia na produção. Cada secção dispõe-se de modo que tenha um lu­ gar reservado para cada coisa e que cada coisa tenha seu lugar. As máquinas funcionam numa grande harmonia e no mínimo de espaço; isso elimina pos tivamente todos os movimentos inúteis e assim, resulta numa grande economia.

A organização da produção é econo­ mizar tempo inút.l e transformá-lo em produção.

O estudo de um preço de custo só pode ser feito sèriamente se pudermos resumir todas as etapas cumpridas por um serviço que já foi executado.

Durante a última guerra, na Euro­ pa, a Ingraterra tentou um estudo psi­ cológico sobre o estudo da produção dos voluntários, onde o ndáx mo de esforços tinha sido cumprido na experiência do máximo e mínimo tempo-hora. E’ o tempo-hora mínimo que conseguiu dar o máximo de produção.

B O LE TIM DA IN D Ú STRIA G R Á FIC A

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Uma pergunta que tem a sua res­ posta é a seguinte : “ Organzação ou re­ organização, qual das duas é mais fácil a realizar-se?”

Para os técnicos em matéria de or­ ganização, concordamos de boa fé, a primeira é a mais fácil; mas aqueles que passaram tôda a sua exstência nas ofi­ cinas gráficas dirão contrário. Não se­ rá por oposição de idéias, mas somente a teoria de uma parte e a prática de ou­ tra que encontrarão duas teses adversas.

E’ certo que a complexidade de nossa profissão obriga-nos a respe tar provér­ bio dizendo: “ A necessidade faz lei...”

Então será preferível “ Reorgani­ z a r” respeitando de antemão as boas práticas desta oficina que já é especia­ lizada num determ nado trabalho. E’ preciso “ v iv e r ” numa oficina alguns dias, observando o movimento, para dar aprovação , fazer crítica e dar sugestão.

tipos, que provocarão, mais tarde, um tempo de “ nmse en train” .

A insuf ciência de tipos ocasionada por excedente de chapas montadas é, igualmente, uma perda enorme de tempo.

A passagem das caixas de tipos, na maior parte das oficinas gráficas de hoje, não mudaram desde quase há “ vinte anos” . . . Pode-se dizer a mesma coisa de equipagem.

A palavra “Organzação” pode também ser chamada “Classificação”, visto que podemos classificar uma ofi­ cina gráfica em vários setores, secções ou grupos. Cada uma destas classifica­ ções facil ta a contabilidade.

Registramos três tipos de contabi­ lidade : l.o) Contabilidade tempo; 2 .o) Contabilidade Industrial e 3.o) Contabi­ lidade Comerc al. A primeira é esta que se efetua diariamente para a parte inter­ na de uma oficina. São todos os temposhora efetuados pelo pessoal. , Êsses tempos-hora são transformados no escritório, em contabilidade industrial e se acrescenta depo:s a todas as despêsas efetuadas durante um período.

O conjunto desses dois fatores prin­ cipais foi ma o que chamamos contabi­ lidade comercial.

Enfim, o conjunto dos planos duma organização dá uma ídeia do caminho reduz do da eliminação de perdas de tempo e da eficiência nas oficinas grá­ ficas .

PENETRAÇÃO DAS “UTILIDADES” A maior parte das oficinas de com­ posição, ass'm como as tipografias co­ merciais, reduziram tudo o que era sem necessidade e sem utilidade.

O pior de tudo, na indústria gráfica, é a colocação fóra de mão dos moveis antigos e inúteis, que são assim um obs­ táculo para os preços de custo de mão de anos” . . . Pode-se dizer a mesma coisa servar muitas chapas inúteis. Não é so­ mente pelo material que contém, mas também por não deixar movimentar os

M Á Q U I N A S

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RIO DE JANEIRO — Rua São Januário n.° 272 — Caixa Postal, 3344 SÃO PAULO — Rua General Ozório n.° 152 — Caixa Postal, 3420 BELO HORIZONTE — R. Tupinambás, 360 - S/1308 — C. Postal, 1498

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B O LETIM D A IN D Ú STR IA G R Á F IC A

CORRESPONDÊNCIA:

Interessante Sugestão de um Industrial Gráfico O Sindicato das Indústrias Gráfcas recebeu de um associado o segumte ma­ nifesto extensivo também a todos os in­ dustriais gráficos , “ Prezados Colegas.

Aproveito esta reun ao para expôr quanto segue : TODOS SABEM QUE. A INDÚS­ TRIA GRÁFICA, está atravessando o mais negro dos seus momentos; muitos fatores estão contribumdo para que esta crise perdure por muito tempo; faço vo­ tos para que não piore ainda mais.

AUM ENTO DE SALÁRIOS; — Por força da carestia. todos foram forçados a aumentar seus encargos, de l.o de ou­ tubro de 1955, até 30 de setembro de 1956. Ninguém ignora que muitos cole gas que estavam pagando operários, ás vezes inaPvos por falta de trabalho, em suas oficinas, terão agravada sua situa­ ção com mais êste aumento compulsivo de salários.

EM OUTRAS ÉPOCAS NORMAES: — A situação era fácil, aumentávamos 20 % (v nte por cento), de salário e logo os orçamentos eram aumentados em re­ lação ao custo das mercadorias e mão de obra. Hav^a mais procura do que possibildade de produção, de modo que, aos c l:entes não restava outra alternativa do que pagar. . .

NESTE MOMENTO, porém, que existe super produção nas oficinas gráfi­ cas, de todo o terr tório brasile^o, agra­ vando êste mal, que nos fazem os estabe­ lecimentos situados nos Estados, que pagam menores salários aos seus empre­ gados; não só; mas também muita con­ corrência nos fazem os estabelecimentos que, tendo instalado suas oficinas para executar seus trabalhos passaram a acei­ tar encomendas de trabalhos gráficos para executá-los a qualquer preço, por­ que o executam a tempo perdido. (Di zem êles).

Assim sendo, as o f:cinas e estabele­ cimentos que vivem exclusivamente da sua produção GRÁFICA, necessitam for­ mar um bloco massiço para enfrentar e combater todos os males que os assolam.

ECONOM IA E BOM MATERIAL: — A meu ver o primeiro passo a ser dado com firmeza e incontinente é a nomeação de uma comissão para falar e expor ao governo e ao Mhrstro da Fazenda, a situação em que nos colo­

caram os falsos fabricantes de artigos similares — que mesmo não sabendo produzir artigos perfeitos consegu ram elevar as tarifas e as classificações a tal altura qua a aquisição de tais produ­ tos é quase proibitiva. , BORRACHA PARA COBRIR OS CILINDROS DAS M ÁQUINAS : — E’ uma matéria prima indispensável — e que ninguém sabe fabrica-la no Brasil — no entanto, o seu preço que ha pouco tempo passado era de Cr$ 150,00 (Cento e cmcoenta cruzeiros), o metro quadra­ do, hoje não se pode importar e si vem, custará mais ou menos Cr$ 3.000.00 (Três m l cruzeiros) o metro quadrado.

PURPURINA; Em 1949 — era im­ portado ao preço de Cr$ 40,00 (quarenta cruzeiros cada quilo, posto em nossa fábr:ca — hoje custará mais ou menos Cr$ 200,00 (duzentos cruzeiros o quilo.)

EXISTE UMA FÁBRICA que d z poder atender as necessdades do país, porém na realidade, não satisfaz na qualidade e pede reis mêses de prazo para a entrega, cobrando Cr$ 200,00 (duzentos cruzeiros) o quilo.

FILMS FOTOGRÁFICOS-DROGAS ARTIGOS GRÁFICO PARA FOTOLITO e outros artigos que no Brasil não são fabr cados ainda; e os que fabricam não correspondem ás necessidades. P er­ gunto: Porque não consegu r do Governo e do Ministro da Fazenda, que passe pa­ ra a l.a categoria todas essas matérias primas que não são ainda fabricadas na quantidade e qualidade necessária para os bons trabalhos?

POSTO QUE: Na l.a categoria cons­ tam todas as matéras pr mas indispensá­ veis ao bom andamento das indústrias, porque “ a nossa” indústria gráfica deve continuar a ser prejudicada tão altamen­ te? po:s tem, suas matérias primas clas­ sificadas nas 3.a., 4.a e 5.a categorias.

PROPONHO: — Seja nomeada uma conrssão formada de litógrafos, tipógra­ fos, encadernadodores, etc., enfim, de to­ dos, cada um na sua especialidade, para que o estudo sei a perfeito e completo.

JULGO NECESSÁRIO QUE : — O Sindicato patronal do R'o de Janeiro seja convidado a nomear algum repre­ sentante, para nos acompanhar nesta representação. Estou certo que, ace tará com prazer êste convite, por ser de in­ teresse de toda a classe gráfica bra­ sileira.

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BO LETIM D A IN D Ú STR IA G R Á FIC A COOPERATIVA IMPORTADORA DE MATERIAL E M AQUINAS GRA­ FICAS: — Convido todos colegas a co­ laborarem, no estudo do regulamento e sistema de funcionamento desta coope­ rativa. em organização, mesmo os que não pretendam ser quotistas no mo­ mento.

Esta entidade terá o f m de amparar e auxiliar todos os colegas que neces­ sitarem boa matéria prima., de máquina e acessórios, a preços bem mais economicos do que os atuais.

Sou o único fundador amda vivente deste Sindicato; sou fundador da Co­ operativa de Seguros (Sociedade Coope­ rativa Gráfica de Seguros Contra Aci­ dentes do Trabalho).

Assim sendo, antes de deixar-vos é meu firme propósito ver realizado o meu antigo sonho de ver a classe amparada por uma entidade que nos auxilie e ori­ ente, na aquisição de material e máqui­ nas que cada industr al gráfico vier a necessitar” .

OS

ASSOCIADOS ADMITIDOS RANTE O ANO DE 1955

DU­

Alcançou grande sucesso a campa­ nha iniciada pela Diretoria do Sindicato, em prol do aumento do quadro associa­ tivo. Durante o ano de 1955 tivemos o prazer de registrar a adesão das seguin­ tes firmas gráficas de São Paulo: Luiz Cunha — Editor, Tipografia “ O Calvá­ rio ” . Editora Dona Leopoldina Ltda., Litotipográfica Jacareí Ltda., Grafitec — Gráfica Técnica Ltda., Delphim M. O li­ veira, Sacco & Veraszto Ltda., Ed tôra Txetê Ltda., Tipografia Irmãos Aquino Ltda.. Gráfica Urupês Ltda., Artes Grá­ ficas Segurança Ltda., Gráfica Impera­ dor Ltda., Litoarte Ltda., G. Fonseca & Santos Ltda., Indústria Gráfica Furest Ltda., Empreza de Public dade Diário da Região, Emprêsa Editora O Pensa­ mento Ltda., Gráfica Aliança Ltda., Fer­ reira, Filho & Cia., Gráfica Biblos Ltda.

Editora Belfort — Imprensa e Propa­ ganda Ltda., Tipograf a Cruzeiro Ltda., Editora Urbis Ltda., Bernardinelli & Fi­ lho Ltda. e Frankental & Cia. Ltda.

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da composição com cunhas trilaterais 32 x 48 cm. da folha 36 x 52 cm. da composição na mesa 36 x 52 cm.

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DE IANEIRO D. F.

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A VELOCIDADE S U P E R F IC IA L DOS CILINDROS DAS M Á Q U IN A S OFFSET ^

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W ALDEM AR A. DE OLIVEIRA de Impressão Offset da Escola de Artes Gráficas do SENAI

Nas máquinas offset, os cilindros porta-chapas, porta-borracha e contrapressão são ligados e movimentados por meio de engrenagens e possuem cada um, a mesma velocidade nos eixos e nos seus rebordos que é o lugar onde se en­ contram seus verdadeiros diâmetros. A parte rebaixada dos cilindros compensá-se com forros até que êstes alcancem o nível dos rebordos, se ponham em contacto um com o outro e se consiga a compressão necessária para fazer com que a tinta se transmita da chapa à bor_ racha e desta ao papel. Se as pressões estão corretas, a transmissão da tinta se faz satisfatoriamente e a resistência da chapa para o desgaste, melhora sen­ sivelmente.

Porém, se as pressões estão irregu­ lares surgirão vários defeitos entre os quais o da velocidade superficial dos cilindros. Êsse defeito se manifesta quando o ponto de contacto dos cilindros se desloca, devido a um dêles possuir maior diâmetro (mais fôrro) que o ou­ tro. Êsse desajuste nas pressões pode ocasionar a deformação da imagem no papel e o desgaste da chapa. A defor­ mação da imagem trará um defeito ir­ reparável nas impressões coloridas. As tiragens poderão se perder, devido a não ser possível registrar as côres posteriores de uma policromia com a imagem da primeira, já impressa e deformada, ori­ unda do defeito acima citado.

Se o cilindro porta-chapa estiver com maior diâmetro do que o porta-bor­ racha, o resultado da impressão será uma imagem menor do que a imagem contida na chapa. Para uma perfeita im­ pressão é preciso que a conformação dos pontos da retícula da imagem, no papel, se aproxime, o ma^s possível, da confor. mação dos pontos da retícula da imagem, contidos na chapa. Se um dos cilindros estiver com maior diâmetro do que o ou­ tro, terá, também, menor velocidade na sua superfície, e como consequência os pontos da retícula da imagem serão mai­ ores ou menores, ocasionando dessa fo r­ ma o aumento ou a redução da imagem.

Essa formação se dá somente no senti­

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do do movimento de rotação dos cilin­ dros.

Suponhamos que o cilindro portachapa possua maior diâmetro do que o porta-borracha. Neste caso os pontos da imagem contidos na chapa passam para a borracha, reduzidos de tamanho. Se o cilindro porta-borracha possuir maior diâmetro os pontos da imagem serão re­ produzidos em ponto maior. Consulte o chchê n.° 1 e verifique como é verdade o que se afirma a respeito da redução ou ampliação dos pontos da imagem contida na chapa. , Sabendo tirar proveito dêsse jôgo de pressão, qualquer impressor pode conseguir, .nas .suas policromias, perfei­ tos registros. É sabido que o papel, após sua primeira passagem na máqu:na, se deforma sob o efeito da pressão, dila­ tando se e ocasionando o aumento da imagem. Ora, conhecendo-se essa varia­ ção mecânica do papel, qualquer impres­ sor pode imprimir a primeira côr de suas policromias fazendo com que o ci­ lindro porta-chapa possua maior diâme­ tro (alguns décimos de milímetro a mais) que o cilindro porta-borracha. Os pontos da imagem, sendo menores na borracha, voltam ao tamanho natural, no papel, dependendo isso da dimensão da dilatação do papel. Êsse recurso precisa ser aplicado com muita precaução, pois, em caso con­ trário surgirão outros defeitos como o desgaste dos pontos da grana, da imagem etc. Êsses defeitos são, pois, de ordem mecânica.

Existe, todavia, um outro defeito de ordem física, também corrigível até um certo limite, por meio do recurso da ve­ locidade superficial dos cilindros. É o fenômeno da dilatação ou retração do papel sob o efeito da temperatura. Sa­ bemos que sofrendo os efeitos da tempe­ ratura as febras do papel se dilatam, quando há umidade no ambiente, ou se retraem, se o ambiente estiver muito sêco. Acompanhando a dilatação ou retra­ ção das fibras a estrutura do papel au­ menta .ou diminui. No caso de já se ter impresso a primeira côr de uma policro-

B O LETIM D A IN D Ú STR IA G R ÁFIC A

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VELOCIDADE SUPERFICIAL DOS CILINDROS. DEMONSTRAÇÃO EXAGERADA DA PASSAGEM DE UM PONTO DA C H APA P A R A A BORRACHA. Na L IN H A DE CON­ TACTO REGULAR, os ângulos, traçados do centro dos cilindros para a periferia,• demons­ tram que, estando os cilindros com o mesmo diâmetro, a velocidade na periferia é igual, tanto em um cilindro como no outro. Daí concluir-se que os pontos contidos na chapa são regularmente transmitidos para a borracha. Na L IN H A DE CONTACTO IMAGINÁRIA*» os mesmos ângulos demonstram que, devido ao cilindro porta-chapa ter maior diâmetro, possui maior superfície do que o cilindro porta-borracha. Como ambos possuem a mesma velocidade nos eixos, facilmente se conclui que o cilindro porta-chapa possui menor ve­ locidade na superfície. Observe-se que o ponto de contacto imaginário do cilinro portachapa é maior do que o ponto de contacto imaginário do cilindro porta-borracha. Ora, um cilindro de diâmetro menor faz seu giro mais rapidamente do que um cilindro de diâmetro maior. Logicamente, os pontos da imagem do cilindro porta-chapa, diminuem de tamanho ao ser transportados para o cilindro porta-borracha. Essa demonstração pode ser feita inversamente, ou seja, aumentando-se o diâmetro do cilindro porta-borracha e diminuindo-se, proporcionalmente, o diâmetro do cilindro porta-chapa.

Página 12 mia e de ter registrado modifica­ ção acentuada na temperatura, o papel se dilatará ou se retrairá. Nestes casos será difícil o registro das côres posterio­ res, devido à imagem impressa encon­ trar-se maior ou menor que a imagem da chapa da côr seguinte.

Há três recursos para se evitar ou corrigir a dilatação ou retração do papel.

O primeiro recurso é o chamado de temperatura ambiente. Nos países de temperaturas muito contrastadas como regiões muito fria no inverno ou muito quente no verão, existem, no interior das secções de impressão das oficinas gráficas, aparelhos destinados a contro­ lar a temperatura do ambiente. Quando faz muito frio a sala de impressão é aquecida e a umidade diminuei. Quando faz muito calor o ambiente é refrescado por meios de vapores de água fria. No meio da sala de impressão existe um ter­ mômetro destinado a registrar as mu­

BOLETIM DA IN D Ú STR IA G R Á FIC A danças da temperatura. Devido a esse recurso, dificilmente o material offset sofre deformações, pois, êsses apare­ lhos mantêm uniforme a temperatura do ambiente.

O segundo recurso é o do alonga­ mento da chapa. Êste alongamento é por meio de máquinas especiais. V eja­ mos uma delas, a máquina francêsa cha­ mada “Reperex”, idealizada por Mazurier, chefe de impressão do grande e mundialmente afamado estabelecimen­ to offset Delaporte, de Paris. Para compensar a deformação do papel, re­ tira-se a chapa da máquina impressora, prende se a chapa na máquina “Repe­ rex” e por meio de dispositivos apro­ priados alonga-se o zinco de acordo com a deformação apresentada pelo papel. Os clichês ns. 2 e 3 mostram, em detalhe, o funcionamento de uma máquina Reperex.

d e r>egzsÍT>o

Máquina REPEREX utilizada para alongar chapas offset. No clichê, pode~ae ver uma chapa que está sendo alongada, e observar inclusiveí, os parafusos de aperto, a ioda dos volantes que ocasionam o alongamento da chapa, e as letras graduadas de registro, que a máquina possui para registrar cores.

BO LETIM

13

DA IN D Ú STRIA G R ÁFIC A

Conjunto de uma lente de registro, móvel, graduada e luminosa, pertencente à máquina REPEREX. Há quatro lentes de registro, iguais a esta em cada máquina Reperex...

A máquina Reperex pode alongar cha­ pas grandes até dois ou três milímetros sem que a mesma se parta ou se inutili­ ze. Outra vantagem importante desta máquma é a de poder executar o alon­ gamento do z nco tanto no sentido de rotação dos cilindros como também, nos sentidos laterais da chapa. Sua eficiênc'a tem sido comprovada nos melhores estabelecimentos europeus do ramo offset.

O terceiro recurso é o da chamada velocidade superficial, que consiste, co­ mo já foi visto, no aumento ou na dimi­ nuição dos liâmetros dos cilindros porta-chapa ou porta.borracha. O recurso ma^s comum, no Brasil, é o da velocdade superficial, assim mesmo desconheci­ do em parte por muitas firmas novatas em offset. Raras emprêsas há, entre nós, que utilizam o recurso da chamada tem­ peratura ambiente. Nenhuma existe — dentre as conhecidas como as maiores — que tenha uma máquina Reperex para o recurso do alongamento da çhapa. Na real dade, no Brasil, as casas de offset tentam sempre dois estratagemas muito simpies:

1. °) esperar algum tempo o papel voltar a seu tamanho normal; 2 . °) procurar equilibrar, o melhor

possível, o registro das côres se­ guintes; Antes de aplicar o recurso da velo­ cidade superficial dos cilindros. No pri­ meiro caso, o tempo de espera, perdido, é o grande fator desfavorável. No se­ gundo caso, tratando-se de uma deforma­ ção pequena, pode se. às vêzes, conseguir um registro satisfatório. O recurso da velocidade superficial é de aplicação li­ mitada, e, às vêzes. até perigosa, devido ao registro poder ser conseguido somente no sentido de rotação dos cilindros e uni­ camente até certo ln r te . Grandes de­ formações do papel não podem ser recu­ peradas, sem que se esponha a superfície da chapa ao perigo da destruição, des­ gastando-lhe os pontos da grana e da imagem. Êste desgaste provém do atrito que o cilindro de maior diâmetro ocasio­ nado de menor diâmetro. Se o papel se dilata ou se retrai, pode-se, pois, atévcer­ to limite, aumentar ou diminuir o diâ metro dos cilindros porta chapa e pprta-

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BOLETIM D A IN D Ú STR IA G R Á F IC A

borracha fazendo-se com que os pontos da reticula aumentem ou diminuam na borracha. Convem ressaltar aqui, que, sempre que houver um aumento de pres­ são no cilindro porta-chapa, deve haver uma redução correspondente no cilindro porta-borracha. a fim de evitar-se o ex­ cesso de pressão. O recurso da veloc dade supeificial é inoperante para o regis­ tro das cores nos sentidos laterais. Êlé só age no sentido de rotação dos cil ndros. Como se vê, para neutralizar a de­ formação da imagem nos sentidos latera s, só existe um recurso — o do alon­ gamento da chapa — fàcdmente realiza­ do pelas máquinas tipo Reperex. Volte­ mos ao recurso da velocidade superficial.

A melhor aplicação do recurso da velo­ cidade superficial se faz ao imprimir a prm eira côr das policromias. É preferí­ vel aumentar o diâmetro do,cilindro por­ ta-chapa, a f m de obter-se uma imagem menor na borracha. A própria defor­ mação mecânica do papel, sob o efeito da pressão, fazendo-o aumentar de ta­ manho, se encarrega de aproximar a imagem do seu tamanho natural. Ao apl car êsse recurso na primeira côr dos impressos a ciômo, relembre-se aqui mais uma vêz, que ao aumentar o diâ­ metro do cilindro porta-chapa deve-se diminuir proporc^onalmente o diâmetro do cilindro porta-borracha. Qualquer descuido provoca um descontrole ou e x ­ cesso de pressão entre a chapa e a bor­ racha. Embora, de ma^s fácil controle o cilindro de compra-pressão não deve exercer muita pressão contra a borracha pois provocaria uma dilatação exagera., da do papel e a deformação dos pontos da imagem, além dos limites previstos.

VALIOSOS PRÊMIOS NO SALÃO NACIONAL DE ARTES GRÁFICAS

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS IMPORTANTE Ao pagarem suas mensalidades ao Sindicato das Indústrias Gráfi­ cas observem a que classe perten­ cem e a côr do recibo apresentado.

Classe A Cr$ 300,00 — Amarelo Classe B Cr$ 200,00 — Verde Classe C Cr$ 150,00 — Rosa Classe D Cr$ 100,00 — Azul PRIM EIRO CONGRESSO GRÁFICO Como complemento do salão, a Ca­ sa da Moeda promoverá, ainda êste ano, o I Comgresso Brasileiro de Artes Gráfi­ cas, já estando em andamento as primei­ ras providências nesse sentido.

I

Um artístico simbolo de Gutemberg será lançado por ocaSxão da grande Ex. pos:ção de A rtes Gráficas, que a Casa da Moeda realizai á dentro em breve quan­ do o público terá oportunidade de co­ nhecer o que de melhor se produz no Brasil no campo da rotogravura, - offset” . talho doce, tipografia, “ silkscreen” , litogiafia, xilogravura e ponta sêca.

O vaLoso troféu esculpido em bron­ ze representando a herma do grande in­ ventor, será assim uma espécie do “ oscar” das artes gráficas e enriquecerá a galeria de símbolos de celebridades pro­ fissionais existentes nessa Repartição Fe­ deral.

M ILHARES DE CARTAZES CO LO ­ RIDOS Organizado em base modernas e v i­ sando criar um ambiente de maior pres­ tigio para as artes graf cas em nos^o pais, o I Salão Nacional de Artes Gráfi­ cas vem despertando o mais vivo interêsse e entus:asmo por parte de importantes entidades culturais e industriais, notadamente no Rio e em São Paulo.

A “ Rio Gráfica Editora” acaba de ofertar ao Salão Milhares de cartazes coloridos, o que representa valiosa con­ tribuição para a intensiva propaganda do certame em todo o país.

CONFECÇÃO DE PRÊMIOS Um grupo de artistas, constituído dos profe:LÔres Leopoldo de Lima Cam­ pos (gravura e medalharia); Virgílio da Silva Filho e Adolfo Augusto Hungerbühler (escultura) e Armando Pacheco (desenho) tomou a seu cargo a confecção das medalhas de ouro, prata e bronze, bem como os diplomas a serem conteú­ dos como prêm os aos vencedores, além de exemplares da estatueta de Gutem­ berg.

O trabalho dessa equipe representa, pela sua inspiração- gôsto artístico e per. feição técnica um conjunto de peças de raro valor O I Salão Nacional de Artes Grá­ ficas, cujas inscrições, serão abertas no corrente mês, vai construir uma grata surprêsa para o público que, embora fa­ miliarizado com o primoroso aspecto dos nossos jornais, livros, revistas e outras publicações, não tem uma idéia de con­ junto das conquistas alcançadas pela in­ dústria gráfica brasileira nestes últimos anos.

B O LETIM DA IN D Ú STR IA G R AFIC A

'J lo tic iá r io

* O Governador do Estado assinou lei reajustando os venchnentos da car­ reira de linoPpista pela seguinte fo r­ ma: I — os da classe L passam a clas­ se Q; II — os da classe K passam para a classe P e III — os da classe J pas­ sam para a classe O. * Em assembléia geral ordinária reali­ zada pela SAIB — Sociedade Anôni­ ma Impressora Bras leira foi eleito para preencher a vaga de Presidente o Sr. Geraldo José Smith de Vascon­ celos. Na mesma ocasião foram eleitos os novos membros do Conselho Fiscal que são os seguntes: Srs. João Gon­ çalves, Ângelo Clerle e Francisco Finamore. * A maior impressora da Europa está sendo montada nas ofcm as da emprêsa sueca Karlstads Mekaniska Verkstad a ped do da fábrica de papel suéca Kvarnsveden, pertencente ao consórcio Stoia Kopparberg. A gigan­ tesca máquina entrará em funciona­ mento no mês de Abril de 1956. Mede 110 metros de compr;mento e tem uma capac dade de 600 metros de im­ pressão por minuto, correspondente a 300 toneladas em 24 horas. * O chefe do Sei viço de EspeciaPzação e Aperfeiçoamento da Casa da Moeda, Sr. Othon Seivulo de Vasconcelos, anunciou à imprensa carioca que por ocasião do I Salão de Artes Gráficas, a reaFzar-nos em princ pios do ano de 1956, será apiesentado um novo pro­ cesso de impre. são, ainda não difund do em nosso país. O sistema consiste na impressão em cores de todo e qual­ quer material, tais como cartão, fibras, made ra, plástico, v :dro, metal, etc. * As fibras à base de petróleo estão sendo usadas pela primeira vez na fa­ bricação de papel. O novo produto é de três a dez vezes mais resistente que o papel comum feho de trapos ou polpa. O papel é também muito res stente aos produtos quimcos, ao mofo, às bactérias e aos efeitos da luz.

Esse papel xe. iste 200 vezes mais à ação de dobrar.

Página 15 * Em pleito realizado no dia 10 de de­ zembro p. p.o foi eleha a nova Dire­ toria do Sind cato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas do Rio de Ja­ neiro. O novo presidente daquele ór­ gão de classe será o Sr. Giovani Francisco Amadeu. * A f ;rma Aligngn; & Filhos transferiu suas instalações da Rua São Caetano 942 para novo e amplo prédio pró­ prio sito à Rua Cachoeira. Ao Sr. José Alignani e aos demais componentes da f rma apresentamos os ncsros votos de prosperidade e felcidades. * Já tiveram inicio os trabalhos da cons­ trução da futura séde da S/A — In­ dústrias Gráficas F. Lanzara. O novo prédio que será localizado à Avenida L ns de Vasconcelos será um dos mais modernos da indústria gráfica de São Paulo. * Denunciam os jornais cariocas: “ En­ velopes de papel, de vários formatos e para vários fins, são importados pelo Brasil. Nos primeiros seis meses de 1956 as estatísticas reg straram a im­ portação de envelopes num total de 553 quilos e no valor de Cr$ 14.316,00.

A distribuição da importação de en­ velopes por países de procedência foi a seguinte: Estados Unidos 451 qu;los e Grã-Bretanha, 102 qu los. Cada qui­ lo de envelopes importado no primeiro semestre de 1955 custou em média Cr$26,00. Entre outras coisas de es­ tarrecer que acontecem neste país. coisas de arrepiar os cabelos, reg^trese a importação de envelopes” . Não há de ser nada enquanto não precisar­ mos importar. . . bras leiros. * Dando prosseguimento à vitoriosa campanha para aumento do quadro de associados do nosso Sindicato vá­ rias propostas têm sido encaminhada aos industria!s gráficos. Cumpre-nos entretanto registrar mais uma adesão.

Trata se da firma Frankental & Cia. Ltda., estabelecida à Rua Ribeiro de Lima, 779. * Inscreveram-se no Sindicato das In­ dústrias Gráficas as seguintes novas firmas gráficas de São Paulo: MarPm, Totzek & Cia., estabelecidos à Rua Galvão Bueno 658; A. Bottecchia & Irmãos, estabelecidos à Rua Javarí 450; Igreja Adventista da Promessa, à Rua Margarlno Torres 771; Leornardo Corbo, estabelecido à Rua Á lvaro Fragoso 22; Walter Julio & Telesca, estabelecidos à Rua da Assembléia 384.

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BO LETIM D A IN D Ú STR IA G R Á F IC A

SOCIEDADE COOPERATIVA GRÁFICA DE SEGUROS CONTRA ACIDENTES DO TRABALHO O ano de 1956, que ora se inicia, poderá trazer aos industriais gráficos, se assim êles o quizerem, grandes satisfa­ ções e prosperidade. E’ lógico que todos querem compartilhar e todos querem progredir porém, muito poucos sabem realmente agir de maneira a ir de en­ contro àquele progresso. O principal fa­ tor, aquele que realmente nos leva á prosperidade é, não há dúvida, a eco­ nomia. ‘‘A Economia é a base da prosperida­ d e ” , diz o velho sábio ditado e seguindo-o, terão os industr ais gráficos aquilo que almejam.

Veja você, industrial gráfico, pois isto também acontece em sua firma : A distribuidora “ A ” de papel lhe oferece determinada mercadoria por, vamos su­ por, CrS 10.000,00. Outra dstribuidora, neste caso a “ B ” lhe oferece mercadoria superior por CrS 6.000,00. Depois de pouco pensar — existe grande número de industriais gráficos que siquer tempo para pensar têm — você dá preferência à mercadoria que lhe oferece a distrbuidora “ A ” . Você naturalmente con­ siderará isso um contra-senso e coisa que jamais aconteceu. Mas podemos ga­ rantir que acontece, inclusive com você próprio. E é fácil explicar: Você, de acordo com a legislação em vigor, é obrigado a fazer o seguro contra acidentes do trabalho. Ao reno­ var o seu seguro você não procura fazer com que diversas seguradoras lhe apre­ sentem uma espécie de orçamento — assim como os seus fregueses fazem com você — para chegar à conclusão da que maiores vantagens pode lhe ofe­ recer. Não, você assina a prim era pro­ posta que lhe cái às mãos sem ao menos ler as condições gerais impressas no ver­ so dessas mesmas propostas. Você as­ sina. paga e. . . isso graças à sua previ­ dência, sai grandemente prejudicado.

E’ por isso que insistimos junto aos industriais gráficos que amda não são çooperados. Veja você, anal se e depois, temos certeza, irá preferir a Cooperativa para a renovação do seguro contra aci­ dentes do trabalho de sua oficna grá­ fica. Se a seguradora “ A ” lhe oferece o seguro por Cr$ 10.000,00, se a “ B ” lhe oferece por CrS 10.000,00, se a “ C ”

lhe oferece por Cr$10.000,00, se o IA P I lhe oferece por Cr$ 10.000,00 e se o Cooperativa lhe oferece por Cr$ . . . .

1 0 . 000 . 00 com a devolução, oportuna­ mente, das sobras verificadas no exercí­ cio (40% em média), qual a seguradora que você vai preferir? As primeiras — note que as tarifas de seguro são guais para todos as seguradoras, não havendo por isso diferença do valor a ser pago — lhe oferecem o seguro por Cr$. . .

10.000. 00 e a Cooperativa por C r $ .., 6 .000. 00 e você prefere as Cias. par­ ticulares!

Se, como dissemos ac:ma, “ a eco­ nomia é a base da prosperidade” você, industrial gráfico, ainda não pensou em fazer economia e em reduz:r os seus gastos ao mínimo. Você pràticamente esbanja dinheiro o ano inteiro e pode ser considerado um eterno Papai Noel.

Pense po's nesta situação e veja depo‘s quantos benefícios você usufruirá fazendo economia. Começe então reno­ vando o seu seguro na Cooperativa Gráfica de Seguros, uma Entidade que per­ tence a todos os industriais gráficos de São Paulo e por isso também a você própro.

NOVO COOPERADO Satisfaz-nos not;c ar a adesão de mais uma firma gráfica ao quadro de associados quotista da Cooperat.va. Tiata-se da Gráfica Urupês Ltda. sita à Rua Spartaco 215.

OS ASSOCIADOS DA COOPERATIVA continuação Ferrera, F lho & C;a., Grafica A rbahr S/A., Gráfica Alpha S/A., Gorgatti & Guzzoni. Gráfica Atlas Ltda., Gráfica Artística Ltda., Gr^f ca Brasil Ltda., Gráfica Bandeirante Ltda., GráFca Cestar Ltda., Gráf ca Irmãos Gib n S/A., Gráfica Isbra Ltda., Gr cfica Kuroishi, Gráfica Martini S/A., Gráfica São Luis S/A., Graf tec — Gráf ca Técn;ca Ltda., Gilberto Garcia & Irmãos, Gráf ca Aliança Ltda., Gráfica Itamarati Ltda., Heitor Cunha & Cia. Ltda., HePos S/A. — Indústr a & Comérc o, Hennies & Cia. : continúa no próximo número

B O LETIM D A IN D Ú STR IA G R Á FIC A

17

Açora é fácil contar folhas de

papel em pilhas!

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XXI OUTORGA DE CARTAS DE OFICIO ________ _ O QUE FOI A SOLENIDADE REALIZADA N A ________ ’ ESCOLA DE ARTES GRÁFICAS DO SEN AI Realizou-se no dia 18 de Dezembro de 1955, ás 15 horas, na Escola de Artes Gráficas do SENAI, sita à Rua Muniz de Souza, 3, a XXI Ou­ torga de Cartas de Oficio e Certificados aos alu­ nos que concluiram os cursos mantidos por aquela instituição de ensino.

Victor Tafuri, de Irmãos Knorich & Cia. Ltda.; Cris-

Os trabalhos foram presididos pelo Engenheiro ítalo Bologna, diretor do Departamento Regional da IV Região do SENAI e à mesa assentaramse mais as seguintes autoridades: Sr. Geraldo Azezevedo Martins Terra, representante da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Sr. Dante Giosa, Secretário do Sindicato das Indústrias Grá­ ficas no Estado de São Paulo, que paraninfou a turma e mais o Prof. João Franco de Arruda, Di­ retor da Escola.

balhos apresentados por alunos da Escola e tam­

Receberam Cartas de Ofício na ocasião os se­ guintes alunos: Ironildes Maria Matheos, Darcy Spagiari e Antonio Machado, da Cia. Melhoramentos de São Paulo; Basilio Caraponale, do Escritório Levy Ltda.; Rubens Simões Vaz e Antonio Manoel Pimentel, da S/A. O Estado de São Pau­ lo; João Batista Olivo, de J. Gozo; Walter de Paula Souza, de Rosenhain S/ A. — Ind. e Comércio; João Fernandes de Souza, de J. L. Borges & Cia. Ltda.; Cilas Coelho, de Salerno & Cia.; Luiz Gonzaga Delgado, da Gráfica São Luiz S/A.; Osvaldo Carrera e Fernando Go­ mes, de Assumpção Teixeira S/A.; An­ tonio Lourenço, das Industrias Reunidas Irmãos Spina S/A.; Francisco Lourival Torelli, da Impressora São Paulo; João Franco Gomes e Edmund Kaklelis, da Emp. Gráfica da Revista dos Tribunais Ltda.; Nelson Gouvêa e Odair Martines, da S/A. Diário da Noite; Milton Marano do Diário Popular; Rubens Pretti, da Cia. Paulista de Papéis e Artes Grá­ ficas; Delcio Gavax, da Fundação Casper Libero, Sérgio Delmino Nogueira, de L. Andreotti & Cia.; José Henrique de Oliveira Neto, da São Paulo Editora S/ A.; Loreto Réa, da Tipografia Gutenberg; Maria Mendes Martins e Argemiro de Souza, de Gráfica Asbahr S/A.: Waldemar da Costa Nunes, de Bellintani & Montenegro; José Pessioni, de Brandão & Cia. Ltda.; Julice Abraão da Silva, da Gráfica Martini S/A.; João

tovam Cardoso, da Indústria Gráfica Siqueira S/ A. e Nelson Bento Hernandes, de Vva. Domingos Urruselqui. Ás 13 horas houve visita á exposição de tra­

bém visila á todas as dependências da mesma.

Os pais dos alunos puderam então, tomar conhe­ cimento das diferentes fases de instrução que fo­ ram ministradas aos seus filhos e inteirarem-se de todos os permenores referentes à Escola.

Cumpre assim, a Escola de Artes Gráficas doSENAI,

sob

a

direção

do Prof.

João Franco de

Arruída, mais uma etapa de sua utilissima e pa­ triótica existência.

Os flagrantes ao lado foram colhidos durante a X X I Outorga de Cartas de Ofício na Escola de Artes Gráficas do SENAI. Na pá­ gina anterior vemos o Sr. Dante Giosa,

Secretário

do

Sindicato

das Indústrias Gráficas, que paraninfou a turma, quando entrega­ va uma das Cartas. Abaixo vemos uma das seções da Escola (tipo­ grafia), quando visitada por pa­ rentes de alunos.

Nesta página, ao alto, vemos os componentes da mesa, respec­ tivamente, Srs. Geraldo de Aze­ vedo Martins Terra, representan­ te da Federação das Indústrias; Engenheiro ítalo Bologna, diretor do Departamento Regional do SE­ N A I da IV Região; Dante Giofia, paraniilfo e representante do Sindicato das Indústrias Gráficas e Prof. João Franco de Arruda, diretor

da Escola.

Na foto do

meio vemos o Engenheiro ítalo Bologna quendo entregava a Car­ ta de Ofício a um dos diplomandos e, finalmente, vemos o Sr. Geraldo de Azevedo Martins Ter­ ra, desta vez representando a In­ dústria

Gráfica

Siqueira

S/A.,

quando cumprimentava o aluno Cristovam Cardoso, daquela firma gráfica.

NOSSA CAPA Da lesta realizada na Escola de Artes Gráficas do SENAI, por oca­ sião da XXI Outorga de Cartas de Ofício, são os flagrantes da capa do Boletim. Numa delas, ao alto, vemos a assistência que lotou com­ pletamente as dependências da Es­ cola, quando entoava o Hino Nacio­ nal Brasileiro. A outra, abaixo, du­ rante a outorga de cartas de ofí­ cio.

BOLETIM D A IN D Ú STR IA G R A F IC A

Página 20

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Dispõe sôbre a aposentadoria dos associados dos Institutos e Caixas de Previdência Social, estabelecendo fonte de receita e dando outras providências. “ 1 — Visa o Projeto instituir a apo­ sentadoria definitiva para os associados maiores de 55 anos que tenham pago, menos, 60 contribuições mensais (5 anos), sendo integral para os que contém 35 anos de serviço, e com 80% para os que contém, apenas, 30 anos de serviço, ex­ cluídos os que já se encontraram apo­ sentados por fôrça do art. l.o da Lei 593, de 1948.

2 — As fontes de receita, além das normais atualmente existentes, seriam obtidas mediante selos especiais de valor igual a Cr$ 20.00 devidos : a) nos bilhetes de loterias que te­ nham livre curso no território nacional; b) nos atos translativos de proprie­ dade móveis ou imóveis, — desde que o valor seja igual ou superior a . . .

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c) nas petições iniciadas dos pro­ cessos judiciais cujo valor seja igual ou superior a Cr$ 100.000,00; d) nos depósitos bancários quando atingirem pela primeira vez a CrS. . .

100 . 000 , 00 ; e) nas declarações do imposto de renda, desde que a renda bruta seja igual ou superior a CrS 100.000,00; f) em todos os recibos passados à União, aos Estados, aos Municípios, às Autarquias e às Instituições paraestatais, desde que de quantia igual ou superior a CrS 100.000.00; g) nas guias de importação ou ex­ portação de valor igual ou superior a Cr$ 100.000,00; h) nas ações e cotas de sociedades civis e mocerciais desde que o capital subscrito seja igual ou superior a CrS. . .

500.000,00; i) nos quadros de horário de tra­ balho; j) nos passaportes; k) nos balanços de sociedades ci­ vis e comerciais; l ) nos recibos de emplacamento — anual dos automóveis particulares; m) da taxa de 2 % sôbre o valor das apostas em corridas de cavalos.

3 — Ainda para atender aos encar­ gos previstos no Projeto, os Institutos e Caixas neles aplicariam 20% dos lucros líquidos apurados nas carteiras de aci­ dentes do trabalho.

B O LE TIM D A IN D Ú STR IA G R ÁFIC A

GUIA

DA

Página 21

INDÚSTRIA GRÁFICA

ACABAMENTO, MAQUINAS DE CIA. T. JANÉR, COMÉRCIO & INDÚSTRIA. Avenida Anhangabaú, 96 — 11.o andar — Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239, Fone: 51-9121.

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*

Havendo culpa recíproca no ato que de­ terminou a rescisão do contrato de tra­ balho o tribunal de trabalho reduzirá a indenização — que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador — por metade.

*

Comprovado que o empregado destratou um superor hierárquico, é de ser confir­ mada a sentença que julgou procedente a sua dispensa.

*

O empregado que sem prévia autorização do empregador sái a passear com o carro da empresa, causando-lhe danos, comete ato de indisciplina e dá justo motivo para ser dispensado.

*

O empregado que recebe suas férias em dinheiro e dá recibo não pode, posterior­ mente, pleitear recebe-las em dobro, pois, apesar das férias deverem ser gozadas em tempo e não recebidas em dinheiro, se­ ria uma situação imoral que o Direito não pode subscrever.

*

E’ ato de probidade funcional aquele, pra­ ticado pelo empregado, que aconselha o freguês do estabelecimento congênere que vende mais barato.

*

O empregado que se afasta do serviço ab­ ruptamente, por ver recusado o seu pe­ dido de adiantamento salarial, é indisci­ plinado, e, se participou, no da anterior, de paralização do serviço, embora por êsse fato, segundo acordo, não possa ser punido, agrava a indisciplina.

*

Dá justa causa para a dispensa o empre­ gado que faz agiotagem dentro da emprêsa, em empréstimos a colegas, preju» dicando o serviço e a produção.

REG IO N AL DO TR A B A LH O *

Não comete abandono de emprego o em­ pregado que comprovou ter faltado por motivo de doença.

*

O empregado que requer prorrogação de licença fica obrigado a interessar-se pela solução final do seu pedido. Afastando-se incorre em abandono quando é indeferido o requerimento.

*

Comete falta de abandono do emprego quem se ausenta do serviço por mais de trinta dias sem a menor satisfação ao em­ pregador.

*

Sendo difícil a situação economica da em­ presa é preferível isenta-la do cumprimen­ to de sentença normativa que concede au­ mento, que admitir a redução salarial pre­ vista no art. 503 da Consolidação das Leis do Trabalho.

*

O adicional noturno é computável para efeito de pagamento de repouso semanal.

*

Desde que são idênticas as funções e o trabalho é de igual valor, procede o pe­ dido de equiparação de salário, nos têrmos do art. 461 da Consolidação das Leis do Trabalho.

*

Os dias de falta por doença embora re­ munerados, não podem ser descontados nas férias, valendo apenas, em sendo mais de seis, para diminuir o número de dias daquele benefício, de acordo com a ta­ bela fixada pelo art. 132 da C. L. T.

*

Comprovado o ato de improbidade não tem o empregado direito ao aviso prévio e á indenização.

CALENDÁRIO

DE

Com a chegada do ano de 1956 che­ gam também as primeiras obrigações a serem cumpridas pelos industriais grá­ ficos. Primeiramente temos o imposto sindical, chave mestra para o pagamento de todos os demais impostos, inclusive para a obtenção da Patente de Registro.

O Sindicato das Indústrias Gráficas já distribuiu as guias para o recolhimento desse imposto e as firmas que ainda não as receberam poderão solicitar um novo jogo para que possam cumprir essa obri­ gação. Êsse imposto é recolhido ao Ban­ co do Brasil, sito à Rua Álvaro Penteado nesta Capital e a importância varia de acordo com o capital registrado. Em nos­ so Boletim de Dezembro publicamos a tabela referente ao imposto sindical. O prazo para o referido recolhimento en­ cerra-se no dia 31 de janeiro e a partir do dia 1 de fevereiro o mesmo será co­ brado com acréscimo de 10% de multa.

Após o pagamento do imposto sin­ dical os industriais gráficos deverão pro­ videnciar a remessa ao Sindicato das Indútrias Gráficas da 2.a via da guia de recolhimento, a fim de que fique pro­ vado a quitação do mesmo. Às firmas que não enviarem a 2.a via ao Sindicato, não serão enviadas as guias para o re­ colhimento no exercício seguinte. * Os industriais gráficos devem provi­ denciar os papéis para obtenção da Patente de Registro, na Delegacia Fis­ cal, sita à Rua Florêncio de Abreu, 770. São os seguintes os documentos necessários para a renovação da paten­ te de comércio ou de fabrico: 1) Pa ­ tente anterior; 2) Fichas de selos “ ad valorem ” ; 3) Comprovante do impos­ to sindical recolhido em 1956 e a ficha de inscrição devidamente preenchida.

O prazo para requerer a renovação da patente encerra-se no dia 29 de fevereiro próximo. * Durante o mês de janeiro teremos apenas um feriado. Trata-Se do dia 25 quando se comemora mais um aniver­ sário da fundação de São Paulo. P er­ derão o direito à remuneração desse dia os empregados que faltaram ou chegaram atrazados à oficina na se­ mana de 16 a 22 de janeiro. Além desse feriado teremos 5 domingos cu­ jas remunerações não serão devidas aos faltosos nas seguintes semanas: 1, na semana de 19 a 25 de dezembro; 8 . na de 26 de dezembro a 1 de janeiro; 15, na de 2 a 8 de janeiro; 22, na de 9 a 15 de janeiro e 29, na de 16 a 22 de janeiro.

INFORMAÇÕES * Até o dia 15 de janeiro os industriais gráficos deverão providenciar a escri­ turação e selagem dos livros Registro de Vendas a Vista e Registro de Com­ pras, correspondente às transações efetuadas durante a segunda quinzena do mês de dezembro. As mesmas es­ criturações e selagens, corresponden­ tes à primeira quinzena do mês de ja ­ neiro. deverão ser providenciadas até o dia 31 de janeiro. * Até o dia 31 de Janeiro também de­ verá ser providenciada a escrituração e selagem no livro de Registro de Du­ plicatas, correspondente ao mês de de­ zembro. Depois dos prazos fixados por lei os tributos àcima serão acrescidos de 20% se a firma fôr autuada pela fiscalização e de 10% se o recolhimen­ to fôr feito por iniciativa do contribu­ inte. * Até o dia 31 de janeiro os industriais gráficos deverão providenciar o reco­ lhimento devido aos Institutos de A po­ sentadorias e Pensões (IA P I — IA P C — IA P E T C ), assim como o recolhi­ mento das contribuições complemen­ tares (SESI — SEN A I — SESC — SENAC — L B A ). A partir do dia 1 de fevereiro essas contribuições, que se referem ao mês de dezembro de 1955, serão acrescidas de juros de móra de 1% ao mês. * No mês de janeiro pagam-se no Te­ souro Municipal, na Repartição arrecadadora sita à Rua São Bento 373, ou nos estabelecimentos bancarios au­ torizados, os Impostos de Licença e de Publicidade, dentro de 30 dias con­ tados da data do recebimento do res­ pectivo aviso, o Imposto de Veículos particulares; os de propulsão humana até o dia 15 e a motor e fluviais para passageiros até o dia 31. * Até o dia 15 de janeiro os industriais gráficos deverão providenciar a re­ messa, ao Departamento da Receita sito à Alameda Barão de Lim e;ra, acompanhadas de um memorando, das segundas vias das notas fiscais emi­ tidas durante o mês de dezembro de 1955. * Solicitamos aos industriais gráficos que não deixem de preencher o ques­ tionário informativo da indústria grá­ fica, que juntamente com as guias do imposto sindical, foram distribuídos no mês de dezembro. Êsse questionário é utilíssimo para esta entidade e pos­ sibilita-nos fornecer qualquer infor­ mações que nos fôr solicitada por pos­ síveis freguezes.

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