N.° 46
ANO IV Fevereiro de 1 953
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INDUSTRIA
GRÁFICA
oficial do sindicato
DAS I ND U S T R I AS GRÁF I CAS NO ESTADO DE SAO PAULO
Ainda a crise da Energia Elétrica I ■
EM o Sindicato das Indústrias Gráficas recebido diversas queixas contra o fornecimento da energia elétrica, que agora se faz sentir ainda com mais intensidade. Perguntam alguns se devem e podem fazer um acordo com os empregados a fim de que sejam compensadas as horas perdidas por falta de fôrça. É natural que o empregador, para não se ver prejudicado queira que os seus empregados trabalhem algumas horas extras a fim de perfazerem o total das horas diárias de trabalho. De certa forma devem e podem os empregadores assim proceder, desde que êsse horário não seja contra os interêsses dos empregados. A maioria dos reclamantes alegam que a energia elétrica deixa de ser fornecida geralmente durante duas horas diárias, entre 8 e 10 horas. Nesse horário nenhum empregado sugeitar-se-ia a tê-la como horário de almoço como querem alguns industriais gráficos. O mais interessante nesse caso seria a entrada dos empregados ao serviço às 10 horas, prolongando-se depois a tarde por mais algumas horas. Outros alegam que não desejam modificar o horário de entrada e saída por não concor darem os empregados com essa pretensão do empregador. Porém uma coisa é clara; é o empregador que estabelece o horário de trabalho em sua indústria, desde que ela não ultra passe os limites do horário considerado de trabalho diurno. E o trabalho diurno é considerado desde às 5 até às 22 horas. O mais interessante ainda é o qúe os senhores industriais gráficos, por intermédio de uma comissão subordinada ao Sindicato das Indústrias Gráficas, estabelecessem um novo horário de trabalho na indústria gráfica. Sendo o assunto de especial importância para os industriais gráficos esperamos que seja solucionado o mais brevemente e da melhor forma possível êsse problema sem dúvida complexo, mas que de certa forma poderá ser solucionado pelo menos em parte. Em outras ocasiões temos falado sôbre o assunto, porém os que mais interêsse têm em ver solucionado o problema são justamente aqueles que menos iniciativas tomam a fim de que seja formada a comissão acima mencionada. Se todos ficarem de braços cruzados, espe rando que o Sindicato das Indústrias Gráficas solucione o caso de cada um separadamente, verão, numa época não muito longe de que poderiam colher melhores frutos com uma união da classe a fim de que o problema fôsse discutido e resolvido conjuntamente. Não são boas as perspectivas quanto a um melhor fornecimento de energia por parte da Ligth e a melhor solução seria realmente o acordo de compensação de horas de trabalho com os empregados. Esperamos que, a fim de serem resolvidos os problemas, os próprios industriais gráficos tomem a iniciativa do movimento que será apoiado pelo Sindicato. I