Boletim da Indústria Gráfica (BIG) - Edição 22 -1950

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DA

INDÚSTRIA

GRÁFI CA

ÔRGÀO OFICIAL DO SINDICATO DAS I N D U S T R I A S GRÁFICAS NO ESTADO DE SÁO PAULO N Ú M E R O 22____________ SÃ O PAULO, 1.» Q U IN Z E N A DE OU TUBRO DE 1950

ANO I

Indústria tjráíica “ O Jornal” , do Rio, teceu, há dias, interessantes comentários a respeito da situação financeira da indústria gráfica e de jornais no Distrito Federal e São Paulo, baseado em elementos fornecidos pela revista “ Conjuntura Econômica” . Entre outras coisas, dizem o seguinte os referidos comentários do jornal carioca: Os resultados gerais apresentados nos balanços das sociedades que exploram êsse ramo industrial e que têm como sede o Distrito Federal e São Paulo vêm decrescendo no último triênio. A taxa média de lucros sôbre capital, que era de 19,2% em 1947, baixou para 15,6% em 1948 e para 13,6% em 1949. Entretanto nas emprêsas de capital médio (5 a 20 milhões de cruzeiros), o procedimento foi inverso, pois acusaram lucros de 27,3% em 1949, contra 16,9% no ano anterior e 14,9% em 1947. Os maiores recuos verificam-se no grupo das companhias de pequeno capital, nas quais aquelas percentagens passaram de 18,9% para 10,8% e 2,9% de 1947 a 1949. A dimi­ nuição da retentabilidade decorreu dos resultados das emprêsas jornalísticas, onde teve lu­ gar uma queda de 47% sôbre a taxa de lucros obtidos ^em 1948, muito contribuindo para isso o aumento de capital operado por uma grande firma paulista. O ramo de revistas e similares mostrou rendimento pràticamente estável, embora em valores absolutos os lu­ cros tenham quase triplicado. O fato encontra explicação na circunstância de ter sido integralizada em 1949 a maior parte do capital de uma das grandes emprêsas estudadas por “ Conjuntura Econô­ mica” . Em geral, adverte a citada revista, a política de retenção de lucros das firmas que compõem a indústria em aprêço não mudou substancialmente nestes dois últimos anos, exceção feita das emprêsas jornalísticas, que passaram a agir com maior prudência, como se observa pelas suas maiores retenções de lucros em 1949. As sociedades estudadas soma­ ram, em 1949, 87 das quais 23 exploram a indústria de jornais e 7 a de revistas e similares. Das 87 emprêsas em aprêço, 9 distribuíram dividendos acima de 12% sôbre o capi­ tal; 21 distribuíram dividendos até 12% sôbre o capital; 29 não distribuíram dividendos; e 28 registraram perdas em seus balanços. Das 28 que tiveram perdas, 23 eram de capital inferior a 5 milhões de cruzeiros. Das 29 que não distribuíram dividendos, 23 eram de ca­ pital inferior a 5 milhões de cruzeiros. Em números absolutos, o capital das 87 sociedades somava 500 milhões de cruzeiros em 1949, tendo o lucro montado a 86 milhões, e os divi­ dendos a 33 milhões de cruzeiros.


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