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G R Á FIC A S
N O ESTA DO DE S Á O P A U LO NÚMERO 21
SÃO PAULO, 2 .* QUINZENA DE SETEM BFsO DE 1950
ANO I
ENSINO PROFISSIONAL DAS ARTES GRÁFICAS Os conceitos abaixo, a propósito do ensino profissional das artes gráficas, são do prof. Bruce Butles, e foram extraídos de um dis curso proferido no Instituto Carnegie de Tecnologia, de Pittsburgh, Estados Unidos. Naturalmente não se referem êsses conceitos à formação do trabalhador gráfico propria mente, mas daqueles que se dedicarão à di reção de estabelecimentos gráficos. “ Em que consiste o ensino profissional nas artes gráficas? Ao responder esta pergunta, devo mencionar o programa do Instituto Car negie de Tecnologia, que se baseia em muitos anos de experiência neste campo particular. “ Assim é que o seu objetivo é proporcionar aos estudantes um sólido núcleo de perícia prática e um compreendimento do ofício, su plementado por tantos conhecimentos prá ticos nos princípios e nas técnicas quantos um homem possa absorver em um curso de dois a quatro anos de permanência no De partamento de Impressão. “ Um homem que tenha terminado o nosso curso será capaz de fazer sair, numa emer gência, um jornal êle mesmo, pois não será graduado, por exemplo, antes que possa ma
nejar a máquina Linotipo e outras máquinas de compor. A probabilidade é que nunca terá que praticar êsses conhecimentos, mas os mesmos lhe serão inestimáveis mais tarde nas milhares de decisões que deverá fazer na administração do negócio ou na produção co mercial. Além disso, terá suficientes conhe cimentos na tipografia para poder desenhar de novo a capa de um livro ou a primeira página de um jornal, e igualmente melhorar a qualidade tipográfica de qualquer impresso, e, ainda, saberá algo acêrca das relações entre empregados e empregadores, tão necessárias para a cooperação eficaz com os operários a fim de alcançar uma produção elevada. “ Estas são apenas algumas das qualificações que um homem propriamente treinado deve ter no campo das artes gráficas, depois de graduado por uma escola profissional. Como bem se entende, deve ter também co nhecimentos a respeito de contabilidade grá fica e outros inerentes a qualquer ramo co mercial. “Um homem que tenha tais qualificações será benvindo em qualquer firma gráfica que o empregue, já que traz consigo a eficiência e a qualidade do seu mister” .