Revista 6ta. Ediçao

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Revista Atelier das Artes 6º Edição


Atelier das Artes

atelierdasartes@live.com.pt Revista Trimestral 6ª Edição Fevereiro 2012 Correcção e Elaboração textos: Sofia Ramalho Débora Rodrigues Administração Hugo Tadeu Carolina Tadeu Sofia Caixeirinho Design Gráfico e Montagem Carolina Tadeu Elaboração de Passo a Passo Sofia Ramalho Teresa Violante Sara Castelo de Carvalho Convidados Especiais Carlos Neves Aline de Carvalho Propriedade

Fórum – Atelier das Artes

Editorial

Editor

Foto: Carlos Neves


s

Estamos de regresso com mais uma Edição da Revista - Atelier das Artes. Uma Edição em que o Romantismo e o Amor são a palavra de ordem, não estivéssemos nós na época mais romântica do ano. Neste Edição terão oportunidade de conhecer um pouco mais da Vila do Amor Óbidos, que faz anualmente, por esta altura, o Festival mais doce do País: o Festival do Chocolate. O itinerário começa pela Vila, passando pelo Festival e termina com as iguarias típicas desta região, uma bela proposta para o Jantar do Dia dos Namorados para surpreender a sua cara-metade. Os já habituais Passos-a-passos também têm lugar de destaque, onde mais uma vez, são apresentados trabalhos de fácil execução e muito mimosos para oferecer a aquela pessoa especial. Mais uma vez são entrevistados artistas de renome, onde as suas artes se destacam pela diferença e pelo espectacular. Um mundo de fantasia por onde vale a pena vaguear. Esperamos que esta Edição seja mais um sucesso e que gostem dela tanto como nós. Até á próxima.

AArtes


Eva

Pirografia

Mini Ă lbum

Arte - Casca de Ovo


( DĂŠbora Rodrigues)

( Carolina Tadeu)

( Sofia Ramalho)

(DĂŠbora Rodrigues)

Especial Brasil


Economia As novas leis do mercado de trabalho Para esta edição da revista Atelier das Artes reservámos um tema bastante actual. As novas reformas das leis do trabalho. Devido à crise económica e financeira, e a solicitações da própria Troika, urge tomar-se medidas de flexibilização laboral. Durante todo este ano serão implementadas novas medidas que prometem alterar a vida laboral de todos os portugueses, prevendo-se que estejam em vigor durante, pelo menos os próximos, 2 anos.

Economia

As medidas são:

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Redução do número de folgas e a possibilidade de se trabalhar ao Sábado, sendo estas remuneradas e não compensadas em dias de folgas. Esta medida terá que ser acordada entre a entidade empregadora e o trabalhador;

Trabalhar em dias feriados passa a ser remunerado a metade do valor estipulado actualmente;

As pontes feitas nos feriados podem valer um desconto no ordenado e/ou nos dias de férias do trabalhador;

Passa a existir um banco de horas do trabalhador, que não pode exceder as 150 horas anuais;

As horas para além do horário de trabalho, não serão pagas, mas poderão ser compensadas em diminuição do tempo de trabalho diário;

Cidadãos no desemprego que aceitem trabalhos onde a remuneração é menor de que o valor do subsídio de desemprego, passam a ganhar 50 por cento deste subsídio para além do seu salário mensal, nos primeiros 6 meses, e 25 por cento nos seguintes;

O valor máximo do subsídio de desemprego desce de 1257 euros para 1048 euros e o período máximo de atribuição passa para 18 meses. No entanto, existe uma excepção para desempregados com mais de 50 anos. De forma a minorar os custos associados ao desemprego das pessoas mais velhas, os subsídios foram alargados até 26 meses;

Os trabalhadores independentes, isto é, a recibos verdes, passam a usufruir de subsídio de desemprego sempre que se encontrem desempregados após passarem 80 por cento ou mais de recibos a uma entidade;

Os casais desempregados e famílias monoparentais beneficiarão de um aumento de 10 por cento sobre os seus subsídios;

Atelier das Artes


Economia 

No segundo semestre deste ano, para os candidatos, acederem a subsídios de desemprego, necessitam de ter descontado pelo menos 12 meses;

Abolição de 4 feriados (2 civis e 2 religiosos);

A medida que está a gerar mais controvérsia é a possibilidade das entidades patronais poderem despedir um trabalhador se este mostrar redução contínua da sua produtividade e da qualidade do seu trabalho. Esta medida será acompanhada de instrumentos de ajuda ao trabalhador de forma a melhorar o seu desempenho no local de trabalho;

O trabalhador será responsabilizado e sancionado por todos os danos intencionais que confira ao seu material laboral;

A antiguidade no posto de trabalho deixa de ser tida em conta na hora quando há despedimento;

Segundo o governo, de forma a alinhar Portugal com a média europeia, nos novos contratos, as indemnizações por despedimento passam, a partir de Novembro, de 20 dias por ano de trabalho para 8 a 12 dias;

Finalizando, para 2013 prevê-se uma redução de 3 dias ao período de férias.

Investigação: Débora Rodrigues Para: Atelier das Artes

6º Edição

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Eva Material necessário: * Folha de EVA vermelha com flores ou corações * Folha de EVA vermelha * Folha de EVA preta * Folha de EVA branca * Folha de EVA cor á escolha * Enchimento * Tesoura

Passo a Passo executado por :

* Lápis * Cola para EVA

Sofia Ramalho

* Caneta preta

Em: Artes da Sofy

Como Fazer:

Fazer

os

moldes

do

coração, pernas, braços e

Cortar todas peças.

Colocar a parte de fora do coração com o estam-

olhos e passá-los para a

pado virado para cima.

EVA.

coração

Virar esta peça, ficando a

No fim dos bracinhos cola-

mais pequeno, colocando

parte lisa para cima, e colar

dos, colar o outro coração

-o por cima do coração

os bracinhos.

com o estampado virado

Centralizar

maior e colar.

o

para cima e deixar uma pequena abertura no fundo.

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Atelier das Artes


Passo a Passo

Aproveitar e fazer a boca do nosso coração com caneta preta.

Montar os olhos e colá-

Colocar

los.

coração mas de modo a

enchimento

no

que a EVA não vinque nem rebente de lado. No final, colar essa abertura.

Escrever uma mensagem

Colar a mensagem na

a gosto.

ponta dos bracinhos.

Colar o coração em cima das pernas.

6º Edição

Colar as pernas como indica a figura.

E por fim temos o nosso coração pronto.

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Foto: Sofia Ramalho



Eva

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Atelier das Artes


Molde

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Entrevista Os trabalhos que apresentamos nesta edição são da autoria de:

Carlos Neves Arte - em casca de ovo AArtes:

Conte-nos como foi que en-

trou para este mundo do Artesanato. Carlos Neves: Entrei para o mundo do artesanato devido à situação económica do país. Fui electricista durante 20 anos, por conta própria e devido à falta de trabalho

Convidado Especial

tive de abandonar o ofício e dedicar á es-

Foto Carlos Neves

cultura em ovos, que até então era um mero hobby. AArtes: Quando e como começou o interesse pela por esta arte?

Carlos Neves: É complicado esta arte cor-

Carolos Neves: Aprendi esta arte na Rho-

no mercado e cativar clientes. Com isto,

desia, agora Zimbabwe, com uma vizinha

posso dizer que não tem correspondido às

que esculpia em ovos de avestruz á nava-

minhas expectativas.

lha. Agora possuo máquinas que dão para desenvolver outro tipo de trabalhos. As avestruzes têm poucos anos em Portugal,

responder às expectativas. É difícil entrar

AArtes: Os seus trabalhos são previamente pensados ou vai tomando forma

cerca de 10 a 12 anos. Assim, antigamen-

á medida que avança?

te, eram os amigos que sabiam que fazia

Carlos Neves: Uns trabalhos são pensa-

este tipo de trabalhos, que me traziam tais ovos para eu esculpir. AArtes: Enquanto profissional/artista como se definiria? Carlos Neves: Defino-me como um dos 100 de todo o mundo, dos 25 que se dedicam a isto a tempo inteiro, e dos 10 melhores! Como uma artista conhecida me diz

dos, e outros vão tomando formas e contornos à medida que os vou trabalhando. AArtes: Que tipo de material utiliza nas suas peças? Carlos Neves: Uso tudo o que é casca de ovo, embora esta técnica possa ser utilizada noutros materiais.

“a minha arte ofusca a dos outros”. AArtes: A sua dedicação a esta arte tem correspondido com as expectativas?

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Atelier das Artes


Arte em casca de ovo AArtes: Em media quanto tempo leva

sem se dar pelo passar do tempo. Só, por

para fazer uma peça?

vezes, quando a vista começa a cansar, é

Carlos Neves: Cada peça tem o seu tempo e depende bastante dos tipos de materiais. Posso levar 45 minutos em ovo de galinha, ou vários meses em ovo de avestruz. Posso também parar e depois voltar a pegar na peça, por achar que lhe falta algo. AArtes: Acredita no artesanato como fonte de rendimento ou de prazer e terapia? Carlos Neves: Acredito e sei que dá como fonte de rendimento e de terapia. Fonte de rendimento como algo óbvio. Quando se

que noto que é tempo de fazer uma pausa. AArtes: Quais são as principais características focadas pelos seus clientes quando lhe pedem a realização de um trabalho? Carlos Neves: O que está em "moda" são os Presépios e o Santo António. Muito sinceramente, são peças que não me seduzem, mas são as mais procuradas. Umas dão-me

gozo fazer, outras

não

tanto.

Quando me pedem alguma peça, - nunca me pediram nada de especial-, pode ser alto-relevo, baixo-relevo, corte puro, eu

está a esculpir numa casca de ovo tudo que

depois vejo o que ficará melhor.

nos rodeia desaparece. Ou se está absorvi-

AArtes: Na sua família existem outros

do na tarefa ou não. Na Austrália, quem faz este tipo de artesanato são as senhoras de idade e em lares. Pelo que dizem, até se esquecem que têm dores, pois estão tão concentradas que não dão pelos males que sofrem. AArtes: Trabalha num atelier? Descreva o ambiente em que desenvolve as suas obras de arte.

artesãos? Carlos Neves: Por enquanto não tenho seguidores na família, nem nesta arte, nem noutra. AArtes: Como faz para conseguir vender os seus trabalhos ? Carlos Neves: Vendo os meus trabalhos em feiras e na internet.

Carlos Neves: Não tenho atelier, como costumo dizer ainda não passei a fase da garagem. Mas estou só, num ambiente escuro, onde a única luz que tenho direcciona -se sobre o meu trabalho, e não dá para ter nada que me desperte os sentidos do que estou a fazer. Não posso embalar ao som de música, posso distrair-me e lá se vai o trabalho. O grau de concentração é muito elevado, trabalha-se com espessuras de 1,25 mm a 0,035 mm, não dá para emendar ou reconstruir. Mas é uma realização em cada corte que dou, e procura-se sempre mais e mais, daí as longas horas 6º Edição

Foto Carlos Neves

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Entrevista AArtes: Qual é a sua formação? Fre-

to, regionais, artes decorativas contempo-

quentou algum curso específico ou fa-

râneas, etc… No meu entender, façam fei-

culdade?

ras, sim, para todos, mas separadas, assim quem vai comprar sabe para onde vai e o

Carlos Neves: Tenho o 9º ano português

que vai encontrar.

e o 12º ano inglês. Resumindo, quando re-

Ou é feira de artesanato ou, pura e sim-

gressei de África, recuei nos estudos.

plesmente, não o é. E deixo outra questão:

AArtes: Na sua opinião o que deveria

quem regula as feiras?

ser feito para que as pessoas aderis-

Enquanto isto acontecer, caminhar-se-á de

sem mais à compra de peças artesa-

mal para pior. Tem de haver uma grande

nais e por quem?

filtragem, senão, não estou a ver como será o futuro.

Carlos Neves: O artesanato em Portugal está mal e vai continuar mal até as pessoas

AArtes: Para terminar, tem algo a

aderirem mais às compras.

acrescentar a esta entrevista?

Nesta pergunta vou ser muito crítico. Pura e simplesmente os órgãos que nos tutelam não funcionam. Podemos

fazer

tudo

menos

artesanato

mas, logo que façamos descontos, mais

Carlos Neves: Bem hajam mais entrevistas, e bem divulgadas, para que todos saibam com que linhas se traçam os caminhos do artesanato.

tarde ou mais cedo é-nos atribuída uma

Entrevista Realizada por:

carteira profissional como artesãos. Contra

Soledade Lopes

mim falo.

Para: Atelier das Artes

Não reconheço nessas entidades pessoas capazes e com saber suficiente para avaliar o meu trabalho e me poder atribuir uma carteira profissional. Toda a gente organiza "feiras de artesanato" embora muitas delas, considere que só se encontra autênticas contrafacções artesanais oriundas da China, revenda, etc Confundem artesanato com artigos regional ou tradicional, embora possam estar aliados, de artesanais têm poucos. Por exemplo: na área da cortiça conheço 1 ou 2 senhores que fazem carros, castelos, e algumas coisas mais, com cortiça. Quem anda em feira de artesanato com chapéus de chuva, malas, malinhas, etc, como Artesanato??? Isto não é artigo artesanal. E digo mais. As feiras de artesanato estão mal porque fizeram delas feira de artesana-

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Atelier das Artes


Foto: Carlos Neves


Foto: Soledade Lopes

Foto: Carlos Neves


Foto: Soledade Lopes

Foto: Carlos Neves 6º Edição

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Foto: Carlos Neves


Vencedora Desafio Super Blog Porque são os pequenos gestos que fazem a diferença. http://abelhita-pequenosgestos.blogspot.com/ Telefone: 91 735 73 10 email: pequenosgestos.abelhita@gmail.com

Blog: http://cantinho-da-corartesdecorativas.blogspot.com Traga a ideia e deixe o resto comigo

Criações da Mina

Trabalho executado por : Bárbara dIAS Em: BD Artes Decorativas Blog: http://bdartesdecorativas.blogspot.com

Blog: http://criacoesdamina.blogspot.com/ E-mail: criacoesdamina.bijuteria@gmail.com


Galeria de Trabalhos

Trabalho executado por: Trabalho executado por: Bárbara

Teresa Violante

Dias

Em: TEARTES

Em: BD Artes Decorativas

Trabalho executado por: Trabalho executado por: Sílvia Marques

Sofia Caixeirinho Em: Atelier Arco Íris

Em: SM Bijuteria

Trabalho executado por: Maria João Cerqueira Em: Cantinho da Cor

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Trabalho executado por: Marina Ribeiro Em: Criaçoes de Mina

Atelier das Artes


Galeria de Trabalhos Trabalho executado por: Maria João Cerqueira Em: Cantinho da Cor

Trabalho executado por: Cláudia Sofia Em: Oasis Das Contas

Trabalho executado por: Bárbara Dias Em: BD Artes Decorativas Trabalho executado por: Teresa Violante Em: TEARTES

Trabalho executado por: Samantha Gomes Em: Samy Art’s 6º Edição

Trabalho executado por: Marina Ribeiro Em: Criaçoes de Mina

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Arte Reborn Não se sabe ao certo, quando e onde surgiu, ou mesmo quem inventou a Arte Reborn, ao redor do mundo ouve-se diferentes versões e várias pessoas que declaram-se “criadoras” desta arte. O que na verdade se sabe é que desde os primórdios da humanidade o homem já tentava reproduzir a sua própria imagem e semelhança, e a partir daí também surgiu a ideia de fabricar bonecas cada vez mais realísticas. A restauração ou repintura de bonecas sempre existiu, inclusive no pós- guerra, onde as mães restauravam os brinquedos dos seus filhos. Agora não podemos afirmar que este seria o “princípio” da Autêntica Arte Reborn, já que a restauração de bonecas utilizavam-se materiais e técnicas bem diferentes. Recentemente, por volta do final dos anos 80, lançou-se no mercado bonecas bebé fabricadas em vinil com formas e aspectos muito parecidos com bebés recém-nascidos reais. Alguém em algum lugar teve a brilhante ideia de desmontar uma dessas bonecas, provavelmente, uma da marca espanhola Berjusa ou Berenguer, pintando-a por dentro e por fora, recriando assim uma aparência com detalhes e tom de pele muito mais real e natural. A partir dos anos 90, com a chegada da internet, as imagens desses bebés ganharam o mundo e passaram a conquistar milhares de admiradores e coleccionadores que chegaram a pagar pequenas fortunas em leilões por esses bebés. A constante busca de aperfeiçoamento e realismo gerou um enorme seguimento voltado para a Arte Reborn, hoje existem os chamados moldes ou kit Reborn fabricados exclusivamente para essa arte, não sendo mais necessário desmontar e nem remover a tinta e acessórios de fábrica. Um dos mais renomados fabricante de kits reborns, Pat Secrist da Secrist doll Co., passou a usar o termo “Famosos , pois refazer (re-doing) o bebê já não era mais preciso, utilizando o kit em “branco” fabricado por ele. Mas é muito comum ouvir-se ambos os termos quando se refere à Arte. Com o crescimento e expansão da arte Reborn através da Internet, muitas pessoas se interessaram em aprender sobre como criar um bebé quase real. Infelizmente a Arte Reborn foi e vem sendo destorcida por alguns. Técnicas falsas de pintura foram expostas de forma que ensinasse a forma do mais “fácil e simples” em criar um bebe quase real. O resultado a muito que se encontra em sites de comercialização livre, é o que podemos chamar de bonecas “maquiadas”, justamente por pessoas que aprenderam técnicas completamente fora do padrão e da integridade da Arte Reborn e que em muitas vezes estão longe de serem chamados de Autênticos Bebés Reborn, causando frustração e decepção para alguns coleccionadores que os adquirem. Por esse motivo, com o crescimento e a expansão da Arte Reborn, deve crescer também a exigência do público consumidor para que a Arte Reborn continue sendo vista com respeito e admiração das pessoas no mundo inteiro.

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Atelier das Artes



Entrevista Os Trabalhos que apresentamos nesta edição são da autoria de:

Aline de Carvalho

Arte Reborn AArtes:

Conte-nos como foi que en-

trou para este mundo do Artesanato. Aline de Carvalho: Aos 10 anos aprendi a fazer croché e a pintar em panos de pratos com a minha mãe, depois interessei-me por pintura em telas, mas sempre para passar o tempo, mas quando conheci a arte reborn apaixonei-me perdidamente. AArtes:

Quando e como começou o

interesse por esta arte? Aline de Carvalho: Fez dois anos, descobri a arte pela internet e conheci pessoas ligadas ao meio reborn, como estava relacionado com pintura e bebés, as minhas grandes paixões, fiquei fascinada. AArtes: Enquanto profissional/artista como se definiria? Aline de Carvalho: Apenas uma curiosa, satisfeita pelo trabalho que desenvolvo e do encanto que um bebé reborn provoca nas pessoas. AArtes: A sua dedicação a esta arte tem correspondido com as expectativas? Aline de Carvalho: Acredito que sim, pois estou agradecida por esta gerar sonhos. AArtes: Os seus trabalhos são previa-

há medida que avança? Aline de Carvalho: Os bebés são idealizados pelas futuras mães, que os imaginam e lhes passam a dar vida, escolhendo a cor dos olhos, a cor dos cabelos, o tom de pele, manchas entre outros detalhes, mas existe também as réplicas que são feitas a partir de fotos de bebés de verdade e são eternizadas através dos bebés reborn, que tem o peso e o tamanho de um bebé de verdade. AArtes: Que tipo de material utiliza nas suas peças? Aline de Carvalho: É tudo importado, uso diversos tipos de materiais, por exemplo: tintas, vernizes, cabelos semelhantes ao de um recém-nascido, olhos de acrílico ou vidro, vinil e imãs, entre outros.

mente pensados ou vai tomando forma

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Atelier das Artes


Especial Brasil AArtes: Em media quanto tempo leva

acreditava que tínhamos que saber de tudo

para fazer uma peça?

na vida, costurar, cozinhar, pintar, bordar

Aline de Carvalho: Depende de cada be-

etc.

bé, mas geralmente leva entre 20 a 30 di-

AArtes: Como faz para conseguir ven-

as, a parte mais demorada é o implante do

der os seus trabalhos ?

cabelo, pois é colocado fio a fio para dar um ar de realismo igual a uma cabeça de um bebé de verdade. AArtes: Acredita no artesanato como fonte de rendimento ou de prazer e terapia? Aline de Carvalho: Particularmente acredito que é um mistura de tudo, já que o artesanato é uma riqueza que temos em diversas culturas que deve ser cultivada e valorizada diariamente, usamos como tera-

Aline de Carvalho: Uso a internet como ferramenta de trabalho é a divulgação principal e os correios que levam os bebés até às suas futuras mães. AArtes: Qual é a sua formação? Frequentou algum curso específico ou faculdade? Aline de Carvalho: Sou assistente social, formada pela universidade Tiradentes e especializada nas artes por curiosidade.

pia e que se torna prazerosa a partir do re-

AArtes: Na sua opinião o que deveria

sultado alcançado.

ser feito para que as pessoas aderis-

AArtes: Trabalha num ateliê? Descreva o ambiente em que desenvolve as suas obras de arte. Aline de Carvalho: O meu ateliê é a minha casa, o meu cantinho, onde desenvolvo os bebés que são feitos com muito cuidado e carinho para as suas futuras mães.

sem mais à compra de peças artesanais e por quem? Aline de Carvalho: Acredito que o artesanato é uma grande riqueza pelos seus detalhes, mas esta pode delimitar um público restrito que conhece a sua grandiosidade, infelizmente falta que as autoridades competentes, reconheçam a valorização das su-

AArtes: Quais são as principais carac-

as culturas e incentivem também como

terísticas focadas pelos seus clientes

fonte de rendimento.

quando lhe pedem a realização de um trabalho? Aline de Carvalho: Todas as mães salientam as veias nos bebés, as manchas de nascença, o peso do bebé, os cabelos, todos querem pentear os bebés e querem os bebés em tempo recorde.

AArtes: Para terminar, tem algo a acrescentar a esta entrevista? Aline de Carvalho: Quero agradecer a todos pelo carinho e a oportunidade de ser convidada para participar com uma entrevista e mostrar um pouco do meu artesanato com a arte da técnica reborn.

AArtes: Na sua família existem outros artesãos?

Entrevista Realizada por:

Aline de Carvalho: A minha mãe ensinava

Carolina Tadeu

a todos os filhos um pouco de tudo, ela

Para: Atelier das Artes - Especial Brasil

6º Edição

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Vencedora Concurso De Natal

Morada. Rua Pai達 2-B, Odivelas 2675-495 Odivelas Telefone: 210 158 763

http://www.atelierarcoiris.blogspot.com/ email: atelier-arcoiris@hotmail.com

http://www.4pontosdecor.com/

Trabalho executado por : Ana Augusto Em: 4 Pontos de Cor Blog: http://www.4pontosdecor.com/ Blog: http://te-artes.blogspot.com/


Pirografia - Passo a Passo Material necessário: * Pirógrafo. Peça a ser trabalhada (neste caso um porta-chaves de madeira em forma de coração). * Argola para porta-chaves *

De se nho

pret e nd ido

Papel químico. * Lápis de cor (daqueles que os miúdos usam na escola).

Passo a Passo executada por :

* Verniz * Pincel

Teresa Violante

Como Fazer:

Transferir o desenho com papel químico ou desenhar à mão livre .

Em: TEARTES

Contornar o desenho com

Insistir mais, onde se pre-

o pirógrafo.

tende

cor

mais

intensa

(mais queimado) ou traços mais largos.

Mudar de ponteira para pequenos detalhes ou desenhos diferentes (trabalhar com as diversas ponteiras do pirógrafo, consoante o gosto ou o desenho que se

Colorir as partes pretendi-

Finalizada a peça, passar

das com os lápis de cor,

verniz com o pincel, deixar

consoante

secar.

(opcional).

o

gosto

Terminar colocando a argola no porta-chaves.

pretende).

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Atelier das Artes


NOTA: A pintura com os lápis de cor é opcional, ao natural, só com o colorido dos diversos tons de queimado, também fica muito bonito. Teresa Violante


Galeria de Trabalhos Trabalho executado por: Marina Ribeiro Em: Criaçoes de Mina

Trabalho executado por: Samantha Gomes Em: Samy Art’s

Trabalho executado por: Maria João Cerqueira Em: Cantinho da Cor Trabalho executado por: Sílvia Marques Em: SM Bijuteria

Trabalho executado por: Sara Castelo de Carvalho Em: Os pequenos gestos da Abelhita

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Trabalho executado por: Teresa Violante Em: TEARTES Atelier das Artes


Galeria de Trabalhos Trabalho executado por: Teresa Violante Em: TEARTES

Trabalho executado por: Sara Castelo de Carvalho Em: Os pequenos gestos da Abelhita

Trabalho executado por: Marina Ribeiro Em: Criaçoes de Mina

Trabalho executado por: Bárbara Dias Em: BD Artes Decorativas Trabalho executado por: Marina Ribeiro Em: Criaçoes de Mina 6º Edição

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Mini Álbum Material necessário: * Base de corte; Bisturi; Dobradeira; Tesoura; Régua de corte; Cola para Scrapbooking (Do Crafts); Fita cola dupla face; Cortador de cantos; Fitas decorativas; Pérolas; Botões; Cartão prensado; Cartolina para Scrapbooking (Papermania) ; Folhas de papel decorativo para Scrapbooking (Papermania); Almofadas de relevo (Stix2); Pré-

Passo a Passo executado por :

cortados Sixxiz, Mariane Design; Pounches Martha Stewart; Flores para

Sara Castelo de Carvalho

Como Fazer:

Em: Os pequenos gestos da Abelhita

Escolher um ou dois papéis decorativos a gosto, para a capa e cortar na mesma medida e cola-se um em cada verso do cartão.

Começar por cortar a folha de cartão prensado em tamanho A6. Esta representa uma das capas do álbum.

Repetir o processo para fazer a segunda capa do mini álbum, ou seja a contracapa.

Para fazer as folhas interio-

Com a fita-cola de dupla

Com a ajuda da guilhoti-

res, ou seja, as páginas do

face cola-se os dois lados

na, cortar um pedacinho

nosso mini álbum, utiliza-se

para reforçar a página.

da folha de forma a uni-

papel

decorativo

de

220

formiza-la e a que esta

gramas, em tamanho A5.

fiquei ligeiramente mais

Dobra-se ao meio, transfor-

pequena que a capa.

mando-o num bloco A6.

38 10

Atelier das Artes


Passo a Passo

Usam-se envelopes para criar bolsas nas páginas do álbum. Começa por fecharse o envelope, pela marca que se encontra na figura, de modo a torna-lo o mais pequeno possível.

Depois deste fechado, fazse uma dobra conforme ilustrado na imagem, criando duas alturas.

Cortam-se os lados do envelope, para desta forma abrir as bolsas do álbum.

De forma a reforçar o envelope e a decorar o mesmo, cola-se na parte frontal das duas frentes um papel decorativo a gosto e acerta-se as pontas com a guilhotina.

Cola-se o envelope, agora

Decorando a gosto com

as bolsas do álbum, à pági-

fitas e pré cortados.

Ficando assim com duas

Utilizam-se os furadores deco-

Utilizam-se os cortado-

bolsas para colocar foto-

rativos para decorar as pági-

res Sizzix e Mariane De-

grafias, ou mensagens.

nas e a capa.

signs para fazer umas

na que já tinha sido criada.

(Repetimos este pro-

cesso de criação de páginas e bolsas quantas vezes necessárias, ou seja, quan-

etiquetas

tag,

previa-

tas páginas desejar que o álbum tenha.

mente moldadas, con-

De forma a criar diversidade no álbum

forme a imagem.

pode fazer-se algumas páginas sem bolsas, apenas com o espaço para colar uma fotografia ou escrever uma mensagem.)

6º Edição

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Mini Álbum

Passa-se à decoração da capa do álbum, com a ajuda de um pounche pode fazer-se algumas flores.

Utiliza-se a fita-cola de dupla face para ajudar a decorar a capa com as folhas perfuradas.

E com a ajuda de flores, pérolas, fitas, pré-cortados e papéis decorativos decora-se a gosto a capa, as páginas e a contracapa.

Agora passa-se à perfuração das capas e das páginas para colocar as argolas. Com um furador faz-se os primeiros furos nos locais que pretendemos e de seguida, com a ajuda de um lápis, marcam-se todas as páginas e a contra capa, para que os furos fiquem todos no mesmo nível.

Depois da capa e contra capa, e todas as páginas

estarem

furadas,

colocam-se as argolas.

Numa das etiquetas tag colam-se, no início do mini álbum, as almofadas de relevo com uma mensagem.

Para finalizar este mini álbum, atam-se umas fitinhas de cetim nas argolas para lhe dar um ar mais amistoso.

40 10

Atelier das Artes


A vantagem destes mini ĂĄlbuns ĂŠ que pode ir-se adicionando e retirando pĂĄginas, e construindo bolsas segundo a sua necessidade e a utilidade mais desejada.


Vencedora Concurso Patchwork Embutido

http://artesebijuxdadiana.blogspot.com/ Telefone: 91 258 21 12 email: diana1979@live.com.pt

http://bdartesdecorativas.blogspot.com/

http://www.artesdamiudapintinhas.blogspot.com/ email: miudapintinhas@gmail.com

Trabalho executado por : Lurdes Ribeiro Em: Magia das Cores http://astralhasdasol.blogspot.com/

Blog: http://magiadascores2010.blogspot.com

http://dehartes-artesanato.blogspot.com/


Óbidos Óbidos é uma vila do distrito de Leiria, que

que corresponderia a cerca de 1/10 da po-

se situa na região Centro Oeste. É sede de

pulação do município. A área amuralhada

município com 142,17 km² de área e 10

era já nessa época idêntica à actual, ou se-

875 habitantes (de acordo com os dados

ja: 14,5 hectares.

de 2001) e está subdividido em 9 freguesias.

Esta Vila, com o terramoto de 1755, sofreu alterações no aspecto do casco e no seu traçado árabe e medieval. Foi também palco das lutas da Guerra Peninsular e da Revolta do 25 de Abril ficando ligada ao movimento heróico dos capitães de Abril. Foi de Óbidos que nasceu o concelho das Caldas da Rainha, anteriormente chamado de Caldas de Óbidos. A 16 de Fevereiro de 2007, o castelo da cidade recebeu o diploma de candidata co-

Figura 1: Mapa de Óbidos

Este nome tem origem no termo latino oppidum, significando «cidadela», «cidade fortificada». Os Romanos e Visigodos marcaram presença nesta vila. Nas suas proximidades ergue-se a povoação romana de Eburobrittium. Em 1148 é tomada aos Mouros, e recebido a primeira carta de foral (que visava esta-

mo uma das sete maravilhas de Portugal. Esta Vila é muito rica em Monumentos, destacando-se o Castelo que é talvez o mais conhecido de todo o país. De origem árabe, foi ampliado e reparado várias vezes depois da conquista pelos cristãos. Com o terramoto de 1755 ficou muito danificado, e no século XX, já em ruínas, foi recuperado para instalar a primeira Pousada do estado Português em edifício histórico.

belecer um Concelho e regulamentar limites e privilégios) em 1195, sob o reinado de D. Sancho I. D. Dinis ofereceu Óbidos a sua esposa D. Isabel como prenda de casamento e esta Vila ficou a pertencer assim a Casa das Rainhas. Acolheu inúmeras rainhas de Portugal, designadamente Urraca de Castela, Rainha Santa Isabel, Filipa de Lencastre, Leonor de Aragão, Leonor de Portugal, e

Figura 2: Castelo de Óbidos

muitas outras, deixando todas elas, benefícios á Vila. Em 1527, viviam 161 habitantes na vila, o 6º Edição

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Óbidos A Igreja de São Batista também é um pon-

A Porta do Vale ou Senhora da Graça é a

to de referência na Vila. Em 1309 foi cons-

porta de acesso á Vila pelo lado Nascente.

truída pela Rainha Santa Isabel como le-

No seu interior está uma capela oratória

prosaria e com uma capelinha em homena-

em homenagem á Nossa Senhora da Gra-

gem a S. Vicente. Foi aumentada e remo-

ça, restaurada no ano de 1727 em cumpri-

delada ao longo dos séculos e em 1636 é

mento de uma promessa da filha de um

tornada sede da paróquia de S. João Batis-

magistrado que morreu de amores contra-

ta do Mocharro (outrora sediada fora das

riados por um jovem obidense.

muralhas).

Figura 5: Porta do Vale

A Rua Direita, a Rua Principal de Óbidos liga a porta da Vila ao Paço dos Alcaides.

Figura 3: Igreja de São Batista

A Porta da Vila, a entrada principal foi construída pelo Rei D. João IV como forma de agradecimento a Nossa Senhora pela protecção dada na Restauração da Independência em 1640.

Figura 6: Rua Direita

A Igreja de São Pedro foi construída na época Medieval e da sua construção inicial apenas conserva os vestígios do antigo portal gótico na fachada. Figura 4: Porta da Vila

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Atelier das Artes


Regiões e Costumes Nesta igreja foi sepultada a pintora Josefa

Rodrigo Sanchez dão início a mais obras de

de Óbidos (1630-1684) e o Padre Francisco

remodelação. Um século mais tarde é a vez

Rafael da Silveira Malhão (1794-1860).

do Prior Doutor Francisco de Azevedo Caminha fazer obras de remodelação, mudando completamente o estilo artístico da Igreja.

Figura 7: igreja de São Pedro Figura 9: Igreja de Santa Maria

A Capela de São Martinho encontra-se defronte á Igreja de São Pedro. Foi instituída em 1331 pelo Padre Fernandes, beneficiado da Sé de Lisboa.

A Igreja de São Tiago foi mandada construir por D. Sancho I, em 1186, e era a Igreja de uso da Família Real quando visitavam Óbidos que a enriqueciam com obras de arte. Com o terramoto de 1755 foi completamente destruída e reconstruída em 1772.

Figura 8: Capela de São Martinho

A Igreja de Santa Maria é a Igreja matriz de Óbidos e o principal templo desta Vila.

Figura 10: Igreja de São Tiago

Não se conhece a data exacta da sua construção mas sabe-se que pertenceu às vá-

A Ermida de Nossa Senhora do Carmo situa

rias religiões que por ali passaram. No sé-

-se fora das muralhas e não se sabe quan-

culo XV foi totalmente reformado pela Rai-

do foi construída. Diz-se que foi um Monu-

nha D. Leonor e as obras arrastaram-se

mento em homenagem a Júpiter e foi sede

até ao século XVI. Supõe-se que foi forte-

de paroquia de São João Batista.

mente atingida pelo terramoto de 1535, pois em 1570 estava quase em ruínas. Foi aí, que a Rainha D. Catarina e o Prior D. 6º Edição

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Óbidos Com o terramoto de 1755 teve que sofrer obras de remodelação em meados do século XX por acção da Direcção Geral dos Edifícios e dos Monumentos Nacionais.

Figura 13: Ermida de Nossa Senhora de Monserrate Figura 11: Ermida de Nossa Senhora do Carmo

E para finalizar a visita pelos templos da O Santuário do Senhor Jesus da Pedra também é um ponto de referência da Vila de Óbidos. Inaugurado em 1747, está situado na estrada das Caldas da Rainha. Arquitectado pelo Capitão Rodrigo Franco, tem a particularidade de unir um volume cilíndrico com um polígono hexagonal, um jogo de simetrias faz deste templo único no nosso

Vila, temos ainda o Pelourinho, símbolo do poder Municipal, situado por cima do chafariz da Praça Santa Maria; o Telheiro, situado junto ao Pelourinho nesta Praça que serviu de mercado até ao início do século XX; e o Aqueduto, mandado construir pela Rainha D. Catarina de Áustria e totalmente custeado por ela.

país e um local de grande devoção.

Figura 12: Santuário do Senhor Jesus da Pedra

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Figura 14: Pelourinho e Telheiro

De todos os Templos que Óbidos tem para

Óbidos destaca-se também pela variedade

nos mostrar, falta falar ainda da Ermida de

de eventos que organiza ao longo do ano,

Nossa Senhora de Monserrate, situada em

como por exemplo: Óbidos Vila Natal, Fes-

Arrabalde, é um pequeno monumento com

tival do Chocolate, a Semana Santa, Maio

um portal barroco, destaca-se pelo seu re-

Barroco, a Temporada de Cravo, Junho das

vestimento de azulejos da primeira metade

Artes, o Mercado Medieval, a Semana In-

do seculo XVII.

ternacional de Piano e o Festival de Ópera.

Atelier das Artes


Regiões e Costumes Iremos dar destaque ao Mercado Medieval

de ver as maiores obras de arte esculpidas

e ao Festival do Chocolate.

em chocolate.

O Mercado Medieval começou no ano de 2002 e transforma-se por completo na época medieval, recuando no tempo torna-se no maior palco da história. O espaço envolvente “obriga” a que os visitantes se insiram nas actividades e se envolvam na história. Figura 17: Escultura em chocolate

Conta

também

com Passagens de Modelos de chocolate, demonstrações de vários chefs portugueses de cozinha e Cursos de chocolateria. Sem dúvida um óptimo pretexto para visiFiguras 15: Mercado Medieval

O Festival do Chocolate é o maior evento organizado pela Vila e a palavra de ordem é sem dúvida: chocolate

tar Óbidos! Para além desta arte, Óbidos destaca-se por outro tipo de arte: as verguinhas. Artesanato de origem italiana que se foi perdendo ao longo dos anos, até que Bordalo Pinheiro, numa das suas viagens o trouxe de volta a Portugal. A Oficina das Artes, ou como é mais conhecida – a Oficina do Barro ensina há 20 anos esta arte aos obidenses.

Figura 16: Festival do Chocolate

Com o sucesso do evento, as actividades são cada vez mais e consequentemente a melhor e maior qualidade é visível para quem visita o evento todos os anos. Já conta com vários concursos: Concurso Internacional de Receitas de Chocolate, Concurso Chocolatier Português do Ano, Concurso Montras em Chocolate e o Con-

Óbidos conta com uma rede de Museus e Galerias onde podem ver toda a sua arte: o Museu Principal, o Museu Paroquial, o Museu Abílio de Mattos e Silva, a Galeria NovaOgiva e a Galeria da Casa do Pelourinho.

curso Ourives de Chocolate.

Investigação: Sofia Ramalho

O ponto obrigatório do Festival é sem dúvi-

Para: Atelier das Artes

da a Exposição das Esculturas onde se po6º Edição

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Óbidos - Gastronomia Carneiro Assado Ingredientes: 

1 carneiro médio

125 gr de margarina

100 gr de toucinho

4 cebolas

4 dentes de alho

2 folhas de louro

1 ramo de salsa

2,5 dl de vinho branco

1 colher de chá de colorau

500 gr de batatas para assar

sal

pimenta

Preparação: Para o tempero do carneiro, picam-se duas cebolas, os alhos e o toucinho, juntam-se 50 gr de margarina, colorau, 1 dl de vinho branco e tempera-se com sal grosso e pimenta. Arranja-se o carneiro e barra-se com a mistura anterior. Forra-se uma assadeira com as restantes cebolas cortadas em rodelas, e sobre elas colocase o carneiro, o ramo da salsa e o louro. Deixa-se repousar assim durante 24 horas num local fresco. No dia seguinte, dá-se uma fervura nas batatas com casca, temperadas de sal, durante poucos minutos. Quando terminada, escoa-se a água e deixa-se arrefecer um pouco e retira-se a pele às batatas. Quando for para confeccionar o carneiro, este rega-se com o restante vinho e dispõem-se à volta as batatas. Espalha-se o resto da margarina cortada em cubos sobre o carneiro e as batatas. Leva-se a assar no forno, regando, de vez em quando, com o molho que se vai formando.

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Atelier das Artes


Regiões e Costumes Trouxas-de-ovos Ingredientes: 

1 L de água

1 kg de açúcar

11 gemas

1 ovo

Preparação: Leve ao lume a água e o açúcar até obter uma calda em ponto de fio (para verificar o ponto de fio, deve colocar uma gota da calda no polegar e outra no indicador, ao unir e afastar os dedos, a calda deve formar um fio). Bate-se conjuntamente as gemas e o ovo. Ao preparado inicial, vão adicionando-se colheres de sopa da gemada anterior. Uma a uma, deixam-se ferver em lume brando até ficarem bem passadas. Retire com uma escumadeira. Repita o processo até terminar as gemas. Apare as trouxas de modo a ficarem quadradas, meta dentro de cada quadrado as aparas e enrole. Para finalizar regue as trouxas com a restante calda.

6º Edição

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Óbidos - Gastronomia Lampreia de Ovos Ingredientes: 

300 gr de açúcar

6 gemas

1 dl de água

50 gr de amêndoa pelada e laminada

Fios de ovos

Drageias de chocolate ou fruta cristalizada (para enfeite)

Preparação: Leve ao lume a água e o açúcar e deixe ferver até obter ponto pérola (para verificar o ponto pérola, examina-se se na extremidade do fio, que escorre da colher, se forma uma bola). Retire do lume, espere que arrefeça um pouco e junte, aos poucos, às gemas previamente batidas, mexendo rapidamente e sem parar. Em seguida, junte a amêndoa e leve de novo ao lume para engrossar um pouco. Numa travessa, disponha os fios de ovos, com a forma de lampreia e cubra-os com o creme de ovos preparado. Enfeite com fios de ovos e com frutas cristalizadas e/ou drageias de chocolate.

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Atelier das Artes


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