Paraty 94

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Revista editada a partir dos trabalhos do Estudo do Meio feitos pelos alunos da Turma 94, sob orientação dos professores,

Ana Carolina C. G. Coradini Ana Carolina A. Prado Yoshii Ana Paula Nascimento Pedrini André Valença Tunes Beatriz Mesquita Mitre Bruna Barcellos de Oliveira Erika Sugeno Gennari Flavia Canton Pladevall Gabriel Cesario da Costa Gabriel Diniz Abrão Gabriel Marcos Teixeira Gustavo Rodrigues de Marco Iago Fernandes de Sousa Igor Nogueira B. Dias de Oliveira Joaquim Lacerda Janequine Larissa Costa Moraes de Araujo Luis Arthur Otaviano P.Galhano Luis Carlos Pralong Eiras Luiza Del Nery Forghieri Maria Isabela de Souza Assis Mariana Broggi Nathália Chelotti Nathalia Marques Cordeiro Pedro Otávio M. L.Fernandes Rafael Abrahão Silva Oliveira Regina Pereira Alves de Amorim Rodrigo Mathias Jacopetti Rodrigo Rascio Saito Talles Martins da Silva Tatiana Torrano de Almeida Teresa Pereira Bucci Victoria Boutros Youssef Yago Imafuku de Carvalho


Ao leitor Paraty é uma cidade histórica, do tempo colonial. Era porto de ouro e diamante, além de açúcar e café e, em 1870, a cidade recebeu um avanço com a inauguração de ferrovias. Possui rios que funcionavam como defesa natural; várias baías, auxiliando, por exemplo, na produção de energia nas usinas nucleares. A natureza é exuberante: percebemos isso principalmente no “Caminho do Ouro”, onde é preservada. Apesar da preservação existente, a presença da usina nuclear de Angra dos Reis é motivo de preocupação. Ela se encontra num pólo econômico, abastece essa área e usufrui da energia presente (urânio e plutônio). Mas se não tivermos controle de sua produção e dos erros humanos, pode ser prejudicial, apesar de muito eficiente. Esta viagem contribuiu para nosso aprendizado e nosso crescimento pessoal. Ela representa o fim do ensino fundamental, e uma passagem para a nossa próxima fase. Contribuiu para fortalecermos os laços com nossos amigos e nos despedirmos daqueles que poderão ir embora ou se separar de nós.


Paraty foi fundada por volta de 1600. O primeiro povoado ficava no outro lado do rio, onde se ergueu uma igreja a São Roque. Por volta de 1640 os índios que viviam onde hoje é Paraty foram expulsos e a cidade se mudou para o lugar atual. Mas agora com a nova padroeira: Nossa Senhora dos Remédios. Paraty ganhou importância no século XIX porque servia de porto que levava o ouro de Minas Gerais para Portugal. Durante esta época de riqueza, vários sobrados começaram a ser construídos e Paraty se tornara o segundo porto mais importante do Brasil. Quando o ciclo do ouro terminou, Paraty passou a se dedicar à produção de cachaça. A melhor pinga do Brasil foi produzida aqui. E o nome da cidade acabou virando sinônimo da bebida. Terra da Cachaça "Vestiu uma camisa listrada e saiu por aí... Em vez de tomar chá com torrada ele tomou Paraty." - Assis Valente A música é de Assis Valente, mas foi popularizada pela voz de Carmem Miranda. Depois da cachaça, o porto de Paraty foi usado para embarcar, diretamente para Portugal, o café vindo do Vale do Paraíba. Foi outro "boom" econômico na história da cidade.


Após a abolição da escravatura, em 1888, Paraty foi esquecida. A população foi reduzida a menos de um vigésimo da original. Dos 16.000 habitantes restaram apenas 600. Em 1954 foi aberta uma estrada que ligava Paraty ao interior, pelo Vale do Paraíba. Mas só na década de 70 a cidade se recuperou. A rodovia Rio-Santos ligou Paraty aos dois maiores centros do país. E, desde então, a cidade viu surgir um ciclo de turismo que dura até os dias de hoje.

(Fonte: http://www.eco-paraty.com/br/historia/index.htm)


VÍDEO FILOSÓFICO

No vídeo de filosofia, mostramos as diversas “Paratys” que se transformaram com o tempo; os ciclos que passaram pela cidade, transformando sua economia; os monumentos e símbolos religiosos e maçônicos, relacionando-os aos filósofos. O resultado pode ser conferido no endereço:

http://bit.ly/filo94


Nossa viagem no Google Earth

Nas aulas de Inglês e Geografia, fizemos um trabalho no programa Google Earth. Nosso objetivo era selecionar fotos, elaborar legendas em inglês e português para mostrar o caminho do São Luis até os pontos importantes ao longo da viagem a Paraty. Tivemos que saber a latitude e longitude para localizar os lugares perfeitamente. Acesse o endereço abaixo. Mande abrir ou salvar. Clique no arquivo KMZ e será direcionado ao Google Earth.

http://bit.ly/turma94


MAÇONARIA NA ARQUITETURA E NA SOCIEDADE

Em nossa viagem à Paraty, visitamos o Centro Histórico da cidade e aprendemos sobre a maçonaria existente nela. Ao final do século XIX, a maçonaria abandonou a cidade, por causa de seu declínio econômico. Mesmo indo embora, ela deixou suas marcas por toda a cidade. Na época da maçonaria em Paraty, existiam 33 quarteirões, pois na maçonaria são 33°, e existia um fiscal para cada quarteirão da cidade. Um dos pontos mais importantes da cidade são os marcos de esquina, que são feitos em pedras, em três esquinas. Na quarta esquina nunca vai


ter, pois são somente três pra que formem o triângulo da maçonaria. A maçonaria transformou a cidade: percebemos sua presença nas fachadas das casas, onde tudo é simétrico e calculado. Além disso, a maçonaria e sua arquitetura ajudaram na sociedade pois, por exemplo, eram nos marcos de esquina que eram faladas a novas leis e, além disso, os marcos de esquina ajudavam na segurança da cidade.


Em nosso trabalho de simetria, utilizamos fotos que tiramos dos locais visitados em Paraty. As fotos que escolhemos para o trabalho demonstravam as simetrias de translação, rotação, e reflexão, razão áurea e o pentagrama. Estas simetrias foram encontradas em janelas, portas, flores, no reflexo de objetos na água, e em conchas, entre outros.



Nair da Cruz Fontes, 53 anos, é funcionária pública do bairro Ilha das Cobras, Paraty. Com dois filhos e pouco estudo, contou-nos um pouco sobre sua vida em Paraty e todas as dificuldades que passa para manter sua família. *Como você sobrevive economicamente aqui em Paraty? *Nair: Trabalhando. Sou funcionária pública da Escola Mangueira.

*Quais as principais dificuldades vividas pela população local? *Nair: Principalmente a saúde e educação. Veio até uma faculdade, mas era muito cara. Meu filho mesmo teve que ir ao Rio de Janeiro.

O meio ambiente é preservado?Você observa alguma ação do governo para garantir essa preservação? Exemplifique. *Nair: Mais ou menos. Nas escolas, vejo que não. Por exemplo, o merendeiro da escola da minha neta plantou uma árvore para ensinar as crianças sobre o meio ambiente. Depois de um mês, a prefeitura mandou cortá-la . Era a árvore que deixava sombra para as crianças. Já pensou em deixar a cidade para “tentar a sorte” em outro local? Por quê? *Nair: Não, porque acho que ficaria louca, tenho medo de acabar me arrependendo.

Imagem: http://www.tatiananardi.com/120mm_2008.html


ARTES Nas aulas de Artes, cada aluno pintou uma paisagem com características impressionistas. O Impressionismo é um movimento que cria uma nova visão conceitual da natureza utilizando pinceladas soltas, dando ênfase na luz e ao movimento. Em cada pintura de paisagem utilizamos as cores primárias que são: azul, amarelo, e vermelho.


Trabalho do aluno Gabriel Marcos Teixeira


Trabalho da aluna Victoria Boutros Youssef


Saco do Mamanguá : paraíso entre Rio e SP

Entre Rio de Janeiro e São Paulo, um braço de mar surpreende avançando continente adentro por 8 quilômetros. Cercado por montanhas cobertas de Mata Atlântica, o Saco do Mamanguá, em Paraty, é o único lugar do Brasil com formação similar à dos fiordes depressões geológicas comuns nos países escandinavos. Engloba duas ilhas, 33 prainhas, dezenas de riachos e um manguezal.

No Mamanguá, vivem tartarugas, peixes, cavalos marinhos e golfinhos. O grande destaque, porém, só


pode ser visto à noite, na completa ausência de luz: os plânctons - minúsculos seres que compõem a base de nossa cadeia alimentar - se movimentam aleatoriamente e, quando agitados, brilham como vaga-lumes submersos, num espetáculo visto apenas em águas quentes de locais extremamente preservados. Tamanha integridade só existe graças ao esforço de ambientalistas e caiçaras em impedir a devastação. A seguir, a entrevista com um morador da região.

(Fonte: http://vidaeestilo.terra.com.br)


Artesanato e Natureza Em nossa visita a uma praia no Saco do Mamanguá, conversamos com Almerenda Ricardo, 43 anos, que mora lá durante sua vida inteira. Aprendeu a fazer artesanato, com seu irmão mais velho, aos 12 anos e, hoje em dia, vive disso. Já trabalhou também com pesca e pensa em voltar, agora que essa atividade está mais lucrativa. Nunca foi à escola, pois só chegou à cidade quando já havia completado 16 anos. Acredita em Deus, mas não segue nenhuma religião. Tem 3 filhos, sendo uma delas já casada, que frequentaram a escola até a 4ª série.

Como os moradores da região sobrevivem em questões econômicas? As pessoas sobrevivem com a pescaria, artesanato, como caseiro, jardineiro, empregada etc. Quais são as principais dificuldades que a população local enfrenta? A falta de luz e a estrada não asfaltada. Já pensou em deixar a cidade para “tentar a sorte” em outro local? Sim, e ainda penso. É mesmo? Por quê? Para conseguir uma melhoria econômica O meio ambiente local é preservado? Você observa alguma ação do governo para garantir essa preservação? Exemplifique.


Tudo é preservado, existem ações do governo para manter a preservação, como helicópteros passando para vigiar de mês em mês. Além disso, existe autorização para quem trabalha com artesanato retirar a madeira para trabalho.


Paraty: um patrimônio histórico. Paraty, assim como outros locais do Brasil; também foi colonizada; porém levou grande importância no período do ouro e diamante(como porto e centro de descarga), tornou-se uma importante zona econômica durante os séculos XVIII e XIX.


Na foto, mostramos uma das ruas de seu centro histórico; que é considerado patrimônio histórico, pois está muito bem preservado e é uma das poucas cidades que é do período do ouro. Por ter sido muito importante nos anos anteriores, e hoje em dia, como turismo. Percebemos as correntes nessa rua, e em algumas outras, pois são justamente para conter a passagem de veículos, tendo assim uma melhor preservação desta área. A foto nos mostra, que Paraty era uma cidade muito rica, pois as casas possuem cantos de pedras e detalhes no telhado. Também podemos ver, que ao contrário de hoje em dia, Paraty possuía as ruas mais baixas no centro, foi feito isto por uma razão bem simples: para quando a maré subir, lavar as ruas, e não molhar as casas.


Energia Perigosa

Atualmente, o mundo procura novas fontes de energia. Alguns países, para abastecer sua população que vem crescendo consideravelmente; outros, para substituir uma fonte de energia já esgotada. Surgiram, então, as usinas nucleares. Teoricamente, essa fonte de energia é atrativa: é limpa, não ocupa espaço e não depende de condições geográficas. Porém, há muitos problemas por trás dessa energia. Angelina Galiteva, presidente do Conselho Mundial de Energia Renovável disse que “nenhuma outra fonte de energia causa tanto temor quanto a opção nuclear”. Hà países como a França, que usa 75% da energia vinda de usinas nucleares em seus territórios. Se, um dia, uma dessas usinas tiver um vazamento, como o de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, os danos seriam irreparáveis; os resíduos atômicos depositar-se-iam no solo, mas permaneceriam lá; sem contar os inúmeros problemas que seriam causados à população. Outro grande problema são os resíduos atômicos, que devem ser armazenados e isolados por muito tempo. Ainda que esses resíduos sejam pequenos e compactos, devem-se tomar todas as precauções necessárias, pois eles continuam emitindo radioatividade.


Por esses problemas, os países que contribuíram para a construção de, atualmente, 400 usinas nucleares no mundo, deveriam reavaliar sua decisão, pois o homem tem capacidade e tecnologia suficiente para desenvolver uma fonte de energia mais barata e que dê mais segurança a todos.

Teresa Pereira Bucci


O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.”

Cora Coralina


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