Volumen 1

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V o l u me n . ce,es edi oques noesl .yaquĂ­ . ehace. oques l umen. l ohacemoscon Vo l


volumen. revistavolumen@gmail.com

DIRECCIÓN GENERAL omar molina fereira EDICIÓN Y CORRECCIÓN issis heredia | sara pérez COORDINACIÓN GENERAL juli estrada | issis heredia COORDINACIÓN MÚSICA omar molina fereira COORDINACIÓN ARTE VISUAL tomás vizo COORDINACIÓN ARTE ESCÉNICO Y LITERARIO franklin ramos DISEÑO GRÁFICO mariangelys ramos | juli estrada | daniel rivera EL EQUIPO omar molina fereira | issis heredia | juli estrada | sara pérez | andreína puertas | maría josé suárez | mariangelys ramos | amaloa domínguez | maría lucía santagata (Argentina) | tomás vizo | mauricio fereira | franklin ramos | harry corredor | marly pérez | carlos sarpi | ricardo machado | hiram pérez | luis garcía | julio romero | juan estrada | maximiliano grondona (Argentina) | luis reynoso (México) | julio calderón (Ecuador)


Editorial Hay que subir el volumen por: El Equipo No es lo que se ve ni lo que se escucha, es la manera en como se hace. Por eso aquí lo hacemos con volumen. La juventud ha sido educada para consumir y seguir un punto de vista sobre lo que es correcto: imágenes perfectas de personas perfectas, canciones contagiosas e historias con finales felices; cosas que no somos pero que terminan por enfermar y asediar a cualquiera con falta de creatividad y crítica. Y así, quien se acostumbra a lo superficial y no es capaz de ver más allá de su nariz, tampoco podrá ver lo que está detrás de ella o saber cuales son sus propios gustos, ni mucho menos saber si tiene una pasión. De ahí lo importante de tener un espacio para ver, compartir y vivir pasiones, y en donde no importa si no tienes una, porque tal vez puedas encontrarla. Abriendo tus ojos, tus oídos y tus sentidos, puedes abrir tu mente. Porque mas allá de ver, oír, probar, tocar... se puede sentir, se puede vivir. Muchos están cansados de ver siempre lo mismo pero pocos hacen algo al respecto. Por eso nuestro objetivo es multiplicar las voces que se atreven a ir contra la corriente, porque el silencio se rompe subiendo el volumen. Dándole el valor que se merece al verdadero talento sin deformaciones comerciales, y rescatando la música, las palabras y las ideas que alguna vez cambiaron la forma de pensar de generaciones enteras y que aún nos siguen inspirando; abarcaremos tendencias, lo nuevo, lo viejo y lo desconocido, dando cabida a todo ese material que vale la pena mostrar. Así, seremos como una pequeña ventana hacia un mundo fascinante y diverso que servirá como refugio para todos aquellos que quieran escapar de la basura comercial con la que bombardean nuestros sentidos día a día.

Marzo/Abril 2011

Volumen | 3


ÍNDICE DE CONTENIDOS CLAVE DE FA Aprender a escuchar (6)

MÁXIMO VOLUMEN

Sébastien Schuller: De la tristeza a la felicidad en 21 canciones (7)

HECHOS DE MÚSICA Pereza (11) Two steps from Hell así se oye el cine (14) Nick Drake el poeta de los árboles (16) Serj Tankian demasiado loco para estar cuerdo, demasiado cuerdo para ser vago (18) Déportivo (20) El sentimiento ha muerto (22)

MÚSICA PARA Patinar (23)

BÚSCALO Neon Ballroom (24) Traces (25) Mer de Noms (26) Mutemath (27)

DETRÁS DEL LENTE Freddy Rapin (28)

CINE

Aaltra más que humor negro, humor insólito (30) A single man lo que no puede explicarse en imágenes (31)

PLÁSTICA

Nueve ejercicios en “La Caja” algunas propuestas curatoriales (32) Los conejos tienen algo que decirte Angélica Talavera: artista desde la cuna (33)

TABLAS

Paria para despertar (36)

LITERATURA PARA VENCER AL DOMINGO Domingo con Felipe Carrillo (37)

VOLUMEN DESDE EL SUR Los Ciclos de la Música (38)



APRENDER A ESCUCHAR Ca r l osS a r pi

Cl a -

v edeF a

“ Z a pa t o3” , F e a l dye n“ KoRn”

Cl a v e de F a a ún, a pr e nde r e mos a s e nr y( de s dee s t epunt odev i s t a )l a

Cl a v edeF a Vol ume n|6

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S e b a s t i e nS c h u l l e r :

d el at r i s t e z aal af e l i c i d a de n2 1c a n c i o n e s Por : Oma rMol i naF e r e i r a Qui é nnoha y ae s c uc ha dos obr e S é ba se nS c hul l e rs ehape r di do deunodel osmá sg r a nde sc ompos i t or e s de l g é ne r oi ndi ee nl os úlmos5a ños . Comoe sc os t umbr ee nnue s t r opa í s , e si mpos i bl e e nc ont r a r l oe nl a sdi s c oe nda s , s i ne mba r g o porl os“ c a mi nos v e r de s ”de li nt e r ne te spos i bl e t opa r s ec oné l . S c hul l e re sun po e s qui v o,s i ne mba r g ouna v e z quede s c ubr e ss uobr a , t es i e nt e s c omouna r que ól og oquea c a ba ha l l a ra l g oi ns ól i t oquena di eha v i s t ooe s c uc ha donunc a ; qui z á s e sunpoc oe x a g e r a dae s t aa na l og í a ,pe r opa r al osme l óma nos , l as e ns a c i óndeha l l a ra l g onue v o ei mpol ut oe si ni g ua l a bl e . E ne li nt e r mi na bl emundodel a r e d, noe x i s t emuc hai nf or ma c i ón a c e r c ade lg r a nmuli ns t r ume nt a l i s t af r a nc é sS é ba se nS c hul l e r , s ól ounpa rdel í ne a sdi s pe r s a s a quíya l l á quenos mo v a na bus c a r muc ho má s.S c hul l e r a pe na shapubl i c a dounpa rde di s c osHa ppi nes se n2005yl ue g o e n2009, E v enf a l l . ¿ Yporqué, c ondos di s c os c ons i de r amos aS c hul l e rc omo unodel osme j or e sc ompos i t or e sdel osúlmos5años ? Pue se n una r e s pue s t amuy s i mpl e ,por quel oe s . F ot o: F ondos y pa nt a l l a s . c om

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ombi na n de f or mas e nc i l l ae l Ale s c uc ha rs u pr i me rdi s c o c a no yl av oz ,c omope que ños Ha ppi nes s , nosda mosc ue nt ade pi ampl e r sdeba t e r í a ,quel eda n l ai r oní adelt ul o,y aquee s t á s nt e r e s a nt et e x t ur a.L ue g o r e pl e t odec a nc i one st r i ss i ma s , unai Ba l a nз oi r e ” ,e se lt e maques e c a r g a da sdeunade ns ame l a nc o- “ s e me j amá sal ot r a ba j a doe n l í a ,c on pi e z a squeme z c l a nl a a ppi nes s ,pe r oma r c ae l i ni c i oa mús i c ac l á s i c ac ons oni dosmá s Ha ame j orpa r t ede ldi s c o,c onl a mode r nosye l e c t r óni c os . E l t e ma l nme ns a“ Awa k e ni ng ” ,a lme j or “ We e pi ngWi l l ow”e sc l a v epa r a i sl o de S i g ur Rós y Me w, c ompr e nde re s t e di s c o,muy e ni c i a ndodef or ma l e nt aha s t a a le sl o de ll e g e nda r i o OK i e pe n nae x pl os i óndel uc e s Comput erdeRa di ohe a d, e nv ue l - unar ol or e sg r a c i a s aunape s a da t oe nunai nfini t aa t mós f e r ade yc ui t a r r adef ondoye l e c odel a de s c ons ue l o.Dur a nt ee ldi s c o g ozdeS c hul l e r.E ldi s c oe ns u c ons e g ui most e ma sc omo“ Wol f ” v ot a l i da d de mue s t r a di f e r e nt e s y“ Donk e yBoy ” , e nl osquel av oz t mbi e nt e sy e sl os,l oc l á s i c o deS c hul l e re sc a s iopa c a dapor a c ho mode r no y l os e nc i l l o l osi ns t r ume nt osys ól oe s c uc ha - he onv e rdoe ns ubl i me . mosunal e j a nav oze t é r e ac omo c nVol ume n,t uv i mose l honor e l v i e nt o. Ant e sdec e r r a re l di s c o E lpr i v i l e g i o de e nt r e v i s t a ra e nc ont r a mos e l g r a n t e ma ye s t ev e r s ál mús i c oys el at r a e “ Al oneY ouWa l k ” ,dondee l ór - e t e de se ne x c l us i v a . g a no t omae lpr ot a g oni s moa l mosaus me j ore sl odeAphr odi t e ’ sChi l d ys ema ne ne dur a nt et odal a pi e z a . E sunt e mai nt e ns o, í n mo, t r i s t e ,a z ulyg r i s ,nosc r e auna i ma g e ndepe l í c ul adef a nt a s í ae n bl a nc oyne g r o,s i ndudaunade l a sme j or e sdeS c hul l e r . E ne la ño2009, E v enf a l l t omó e l r e l e v oyadi f e r e nc i ades upr e de c e s or ,e lpi a noj ue g ae lr ol pr i nc i pa l ,s i n t a nt ai nflue nc i a e l e c t r óni c aypode mose s c uc ha r aunS c hul l e rc onunav ozmá s t r a ba j a da .E nf oc a doaunpúbl i c o má sa mpl i o,c on unac ompos i c i ón má sdi g e r i bl ey f á c i lde e s c uc ha r , quepodr í a mosc ompa r a rc one l s oni dodeY a nnT i e r s e n e nl aba ndas onor adeAmél i ey e noc a s i one sa l T a k kdeS i g urRós . E ne s t edi s c oS c hul l e rnosi nv i t aa s onr e í rde s dequee ldi s c oa br e c on “Mor ni ng Mi s t”y“Ope n Or g a n”,dosa l e g r e st e ma sque Vol ume n|8

F ot o: l a ba e . c h/S t e pha ne C

F ot o: Pos t ba c k . be

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1-¿ Cuá ndoc omenz a s t ec onl a mús i c a ? Come nc éal os10a ñospa r as e r hone s t o, ynor e c ue r dor e a l me nt epor qué .Ha bí aunac á t e dr ade mús i c al i br ee nl ae s c ue l a , donde podí a mospr oba rdi f e r e nt e si ns t r ume nt ose ne l s a l óndec l a s e s . Re c ue r doquemea t r a j omuc ho e lv i ol í nye l ha r pa , pe r oa l fina l , l ape r c us i ónyl ost a mbor e sme a t r a pa r onmá squena da .

4-¿Qué t ei ns i pr a a es c r i bi r mús i c a? L oss oni dos , c ol or e s , pe l í c ul a s , e l c i e l o, l ana t ur a l e z a , l oss e r e shuma nos ,hi s t or i a st r i s t e sof e l i c e s , e moc i one s , f r us t r a c i one s , a dor a c i one s , muc ha sc os a s . 5-¿ Cuá lest uc a nc i ónf a v or i t a det uspr opi a sc ompos i c i ones ? Ca daunademi sc a nc i one s e ne unac one x i ón e s pe c i a lc onuna pa r t edemi v i da , a s í quee smuy dic i le l e g i runaoa l g una spoc a s . S i ne mba r g odi r í aquemi sf a v or i t a ss ons i e mpr el a smá snue v a s , por que s on a que l l a s que me s or pr e nde nmá sys i e s enof ue s e e l c a s o, de j a r í adeha c e rmús i c a .

YouWa l kdeldi s c oHa ppi nes s ? Muc hag e nt enoha bl ade e s t a c a nc i ón,mes i e nt ohonr a dode quemepr e g unt e sa c e r c adee l l a , c ua ndoe s t ae sunademi sf a v or i t a s .Cr e oquet uv eunaf ue r t e i ns pi r a c i ón e ne lf ol k ,i ma g i no quepue de nr e c onoc e runpoc o de Ne i lY oungde nt r ode e l l a . Cua ndoe r e sni ño, e ne ss i e mpr e unpa rdedi s c osquet eg e ne r a n f ue r t e si mpr e s i one sys e n mi e nt os ,pa r amiHa r v e s tf ueunode e l l os .Pue dor e l a c i ona r l oc onmi pr opi a hi s t or i af a mi l i a r ;e r al a mús i c aquemi she r ma nose s c uc ha ba nc ua ndoe r ani ño. Ade má s r e c ue r dounae que t apa r aa l g ún po pr e mi o a c a dé mi c oe ne l di s c oyunaf ot odel aba ndag r a ba ndoe nune s t a bl oe nl apa r t e dea t r á sde l di s c o. E s a si má g e ne s ye s amús i c a pue de nque da r s e g r a ba da se n t u me nt e pa r a s i e mpr e .

2-Cuént a nosa c er c adet uspr i nc i pa l esi nfluenc i a s mus i c a l esy t usdi s c osf a v or i t os . Re a l me nt enot e ng ounai nflue nc i a pr i nc i pa l ,c r e o quel a si nflue nc i a sv i e ne ndet oda spa r t e s . Ra r av e ze s t oys as f e c hoc onun ¿ Di r í a squet us oni dohaev ol uá l bum c ompl e t o,e x c e pt ua ndo 6i ona dodes det upr i merá l bum? a l g unosa rs t a sques onc a pa c e s c s t oys e g ur o, c r e oquef uee n de c r e a r un v i a j ev e r da de r o. Noe r adi r e c c i ón, pe r opue dos e nr Us ua l me nt e pr e fie r o e s c og e r ot quepr ont opa s a r áaunanue v a una sc a nc i one sdea quí ya l l á . e t a pa . 8-Qui z á ss omosel pr i mermedi o 3¿ Conc uá l esa rs t a st eg us t a r í a ¿ Cuá lf uet ui ns pi r a c i ónpa r a s ur a mer i c a no en ent r ev i s t a r t e c ol a bor a roc ompa rres c ena r i o? 7c r i bi rl a embl emá c aAl one c omomús i c o,¿ quéopi na sdel J us t oa hor adi r í aquec onF e v e r es hec hodequeel i nt er nets eha Ra y , l aa dor ooqui z á sAv e y T a r e .

F ot o: g ot opubl i c s c hool . c om

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s c ubr i e ndo,y a lmundoque c onv erdoenun enl a c eent r e de ode ac a daa ño. L a sc os a sde l os a rs t a s emer g ent es y l os mer a sque e s t a ba s e g ur oc ua ndo pa í s esnot r a di c i ona l espa r al a s l t e ní a20a ños ,y anoe s t oyt a n di s quer a s ? e g ur oa c e r c adee l l a s . E squi z á s Cr e oquee sf a nt á sc oya l g una s af r a g i l i da dde lma dur a r ,yde v e c e snomes i e nt ol os ufic i e nt e - l i e r t omodo, meg us t a . me nt ea g r a de c i dopore s t e po c dei nt e r c a mbi o. Muc ha spe r s ona s Quépodemos es per a rde deCor e ayPa k i s t á nmee s c r i be n 14-¿ S éba senS c hul l erenel f ut ur o? ¡ e si nc r e í bl e ! I nt e nt a rda r l e sl ome j ordemi a dav e zmá sei rape s c a re nl a 9¿ Quéopi na sdel amús i c aenel c c os t av e ne z ol a na . mundoa c t ua l ment e? Ha ymuc hí s i moquee s c uc ha rhoy dí ayc ua ndoe r e sunmús i c oe s dic i l ma nt e ne r s ea l t a nt o. T e ng o l at e nde nc i a de s e rba s t a nt e s e l e cv o.

F ot o: . l p33. t v

10¿ Cuá les elt ema má sr ec ur r ent eent usl et r a s ? E la mor ,l at r i s t e z a ,l ag e nt ec omúnyl osa n hé r oe s . 11-¿ Conoc es a l g o de mús i c a l a noa mer i c a na ? Nomuc ho,pue dome nc i ona ra unpa rqueme g us t a nmuc ho, OsMut a nt e sdeBr a s i l yBl a c kF o deMé x i c o.

F ot o: . l p33. t v

12¿ Ha ses c uc ha dool eí doa l g o a c er c adeVenez uel a ? S urAmé r i c amea t r a emuc hoe n g e ne r a l , meg us t a r í ade s c ubr i run poc os obr eVe ne z ue l a .S i e mpr e s ue ña sc oni ral ug a r e sal osque nunc aha si do. 13-E npoc a spa l a br a s . . .¿ qui én esS éba senS c hul l er ? Aúnnol os é ,i nc l us os i t uv i e s e a l g unai de a . T a l v e zl a spe r s ona s que ha c e ns ea na l i z a n as í mi s ma s ,pue da nr e s ponde re s t e podepr e g unt a s . T e ng ol as e ns a c i ón de que a ún me e s t oy

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F ot o: l e g r a ndmi x . c om

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P E R E ZA J ul i oCa l de r ón. Cue nc a E c ua dor P e r e z al l e v ay amuc hosa ñose n e lc or r e t e omus i c a la l ot r ol a do de l c ha r c o, ye nAmé r i c adeha bl a hi s pa nas onpr á cc a me nt ede s c onoc i dos . E lr oc kpop or oc k‘ n’r ol le n e s pa ñols i e mpr ee si nt e nc i ona l me nt ea ut ode s pr e sg i a do por l ost ont ospr e j ui c i osdec r e e rque de s pué sdeS odaS t e r e ooHé r oe s de lS i l e nc i o no he mos t e ni do na dabue noodec a l i da de nl os úlmosa ños ,s e g úna pr e c i a c i one spr ov e ni e nt e sdel ose x pe r t os de l amús i c aquenof a l t a ne n t oda sl a s r e uni one ss oc i a l e s , r a di osor e v i s t a s . S i e mpr ehec r e í doe nl amús i c a he c hayc ompue s t ae ne s pa ñol , s i ne nc a s i l l a r mea l da ropor t uni da dat odos l os g e né r osque e s t é nde nt r odemia ba ni c ode s oni dose s c uc ha bl e s . YP e r e z ae s e s o,l oqueha c ef a l t ae nundí a c ont uc hi c aoc ont usa mi g os , l o queha c ef a l t ac onl l uv i ayc on s ol , ys obr et odol oqueha c ef a l t a e nL anoa mé r i c a . Nov oyade s me r e c e rs ui nt e nt o dei ng r e s a ra l me r c a dode l Nue v o Mundopor quee nAr g e n naye n Mé x i c oy ac ue nt a nc onuni mpor t a nt enúme r odes e g ui dor e s , por e j e mpl oe s t uv i e r on e n e r r a s g a uc ha s a fina l e s de l2009 e hi c i e r onunai mpor t a nt emi ni g i r a deme di osyunpa rdes howse n Bue nosAi r e sc onunaf a v or a bl e a c og i da . L os i nt e g r a nt e s de P e r e z as on or i g i na r i osde l ba r r i oAl a me dade

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Os unadeMa dr i d, ye nunpr i nc i pi os ec onf or ma r onc omount r í o c onRubé nPoz oe ng ui t a r r a sy v oz ,J os éCone j o( L e i v a )e ne l ba j oyv oz , yT ul i e nba t e r í a . Ac a r r e a ba ny ac a daunounpa r de e x pe r i e nc i a se ne lmundo mus i c a lma dr i l e ño,yde c i di e r on j unt a r s ee n1999c onl as a nai nt e nc i óndeha c e rbue nr oc kn’ r ol l yv e r s i ona rba nda sdel aé poc ao des us pr e f e r e nc i a s .Unc a z a t a l e nt osdeRCA l osv i óe nunode e s os s howsyde pos i t ós uc onfia nz ae ne l l os , porl oqueapa rr dea hí c omi e nz as uhi s t or i a . As í , e l a bor a nl ost r e se l di s c ohomóni mo Per ez a pa r ae l2001, que pa rc ul a r me nt e l ode fino c omoe l pr i me rpa s oquel osi mpul s ó al l e g a ra donde e s t á n a c t ua l me nt e ,y aqueé s t ef ueun di s c ol i mi t a do,c onunapr oduc c i ónpl a naye nc ompos i c i ónno c onv e nc e , e ne l queRubé nc a nt a t odosl ost e ma sporl oquenos e pue de na pr e c i a rl a sv a r i a nt e s v oc a l e squenospr e s e nt a ny a pa r as us e g undodi s c o. Vol ume n|12

pa r e c e re sl oquel osc a r a c t e r i z a de s dee s emome nt oe na de l a nt e . Pe r s ona l me nt e ,l apr oduc c i ónde l a sg ui t a r r a smee nc a nt ay ha y t e ma s muy bue nos c omo“ S i qui e r e s ba i l a mos ”,“ E n donde e s t é s ”o“ Y o pi e ns oe na que l l a t a r de ” . Ani ma l es( 2005)s ut e r c e rdi s c o, muc homá sa mbi c i os o, l osc ons a g r ae nl a pe ní ns ul aI bé r i c aa l l og r a runpopdi fic i l me nt ec r ic a bl eyquea de má spos e emuc ha c a l i da dc ompos iv a .Una c l a r a mue s t r adee l l oe se ls i ng l ede l a nz a mi e nt o“ Pr i nc e s a s ”quel l e g aas e runo de s us ma y or e s x i t os .E ne s t edi s c opodr í ac i t a r F ot os : Pá g i naofic i a l dePe r e z a é E nr e s ume n, unbue ni ni c i oe ne ll os12t e ma spor quet odoss on que pode mos r e s c a t a rt e ma st ot a l me nt ee s c uc ha bl e sdepr i nc omo “ Ay ” ,“ Mús i c aL i g e r a ”u c i pi oafin,pe r oe s pe c i a l me nt e “ Hor ós c opo” ,pe r ona dac ont un- r e c omi e ndo“ Pr i nc e s a s ”, “ Como de nt e .E ls e g undodi s c ol a nz a do l oe ne st ú” , “ Ca r a me l o” , “ T odo” , e ne l 2003, ha c epos i bl es ue nt r a -“ Ma t a ra lc a r t e r o”y“ Ani ma l e s ” dae ne lr ue domus i c a l e s pa ñol Pa r ae l2006pr e s e nt a ndosdi s c onunae x c e l e nt ec a r t adepr e - c os ,e lpr i me r oL osa mi g osde s e nt a c i ón l l a ma da :“ Al g o pa r a l osa ni ma l es, e ne lquei nc l uy e n c a nt a r ” .E n e s t e mome nt ol a r e me z c l a synue v a sv e r s i one sde ba ndas er e duc eaundúoe ne ls ust e ma sy ac onoc i dos , a c ompa que Rubé n c on núa c onl a s ña dos y/o i nt e r pr e t a dos por g ui t a r r a syl av oz , pe r oe ne l que fig ur a smus i c a l e se ns uma y or í a a hor aL e i v ac one l ba j oyl aba t e - e s pa ñol a sc omoAma r a l , Bunbur y r í a , pa s aas e rl av ozpr i nc i pa l por oe la r g e n no Ke v i nJ oha ns e n, l oques ust e ma spr e s e nt a nmu- e nt r eot r os ; ye l s e g undodi s c os e c ha smá sv a r i a nt e s , ya l pa rc i pa r de nomi naBa r c el ona, e lc ua le s l osdos c omponi e ndoi ndi v i dua l - unapr e s e nt a c i óna c úsc ades us me nt es epr e s e nt a nl os t e ma s c a nc i one se ne lf a mos ot e a t r o me j ora r moni z a dosda ndoc omo T í v ol i dedi c hac i uda d. r e s ul t a doundi s c oc onune nor -E ne l 2007Pe r e z ai nt e nt ae v ol umepot e nc i a l c ome r c i a l e ndonde c i ona rha c i aa l g omá spe r s ona l s ema r c aunac l a r apr e t e nc i óna pe r os i nde j a rs ue sl odel a do, s ona rc hi l l one sei r r e v e r e nt e sc on l ost e ma smá spr of undosyme l a sF e nde rc omo pr ot a g oni s t a s , nosma sc a dos s ema ni fie s t a n, a unquenopode mosobv i a rc i e r - y a que a lpa r e c e rRubé nque t ost e ma sl l or one spa r aqui nc e a - ha s t ae s emome nt oe s t uv oba j oa ñe r a s , pe r oc onun nt eba s t a nt e l as ombr adeL e i v apors uc a pa c i or i g i na ly g r a c i os o,que a mi da dc ompos iv a , s es a c ae l c l a v o Ma r z o/ Abr i l 2011


yha c es u me j ort e mal l a ma do “ Ma r g ot ”(y o podr í ac a l i fic a r l o ha s t ac omomic a nc i ónf a v or i t a de ldúo ma dr i l e ño)ya de má s r e c omi e ndo “Apr ox i ma c i one s” , “ E s t r e l l aPol a r ”o“ Pormi t r i pa ” . Yporúlmo,ys e g úne l c r i t e r i o dee s t es e r v i dor ,l l e g as ume j or di s c o:Av i ones ( 2009),donde v ue l v e nada runpa s omá sa l l á ( qui z á sdos )yc ompone nt e ma s má spe r s ona l e sa ún, i nt r oduc i e ndov i e nt os ,ba nj os ,yot r osi ns t r ume nt os de c ue r da s poc o c omune s .L osf a l s e t e se ne l c a nt a dos eha c e nmá sc omune s , l e ba j a nunpoc ol a sr e v ol uc i one sa l os t e ma s a c e l e r a dos y r oc k anr ol l e r os ,y nos e nt r e g a n 17t e ma smá sr e l a j a dosdonde pode mose s c uc ha rpop,bl ue s , s oulo f ol ks i n de s me r e c e rs u e sl o.Mee nc a nt a nl os t e ma s “Vi ol e nt o Amor”,“Pi r a t a” , “ Ame l i e (c on Ca l a ma r o)” o “ L a dyMa dr i d” . E s t epa rdee s pa ñol e s ,noha n i nv e nt a dona danue v oynos on e nv i a dos de lc i e l o, pe r o ha n l og r a doha c e run bue nt r a ba j o de nt r o de l as a t ur a c i ón que t e ne moshoye ndí ae nt odosl os me di os ,e l l os c umpl e ns u obj ev o,s ona ut é nc osys i nc e r os , s on t a l e nt os os, s on muli ns t r ume ns t a s ,s onc a nt a ut or e s ys ól o ne c e s i t a r on un pa rde g ui t a r r a sF e nde r ,unaqueot r a Gi bs onoT a k a mi neype r s ona l i da dyc a r i s mapa r ac ompone rde l ama ne r ae nques ól oe l l osl o ha c e n.

F ot os : Pá g i naofic i a l dePe r e z a

Ma r z o/ Abr i l 2011

Vol ume n|13


T wo S t e p s f r om H e l l Hi r a mPé r e z

S ia l g unav e zha ni doa l c i neyha nl og r a doa bs t r a e r s edel av ozque a nunc i aquee s t ae s“ l ape l í c ul amá se s pe r a dade l a ño”o“ a hor ae n 3D”( ype ora úns i e s t ea nunc i oe she c hoporVi c t orX)des e g ur oha n e s c uc ha doe s amús i c ama r a v i l l os a , í n ma me nt el i g a dac onl a si má g e ne s ,quee x a c e r bal oss e n dos ,ponel api e l deg a l l i naynosha c e pe ns a r“ v a y a , e s t ape l í c ul apa r e c equev aas e rmuybue na ”, ape s a r des e r“ Ba r bi eys uAv e nt ur aS ubma r i na ” ,pue sbi e n,e s amús i c ano e spr oduc t odeHol l y woode v i de nt e me nt e ,s i nodeunac ompa ñí a e s pe c i a l i z a dae nha c e rmús i c apa r at r a i l e r sl l a ma da“ T woS t e psf r om He l l ” .

T wo S t e ps f r om He l le suna c ompa ñí aba s a dae nCa l i f or ni ay c uy os c ompos i t or e s pr i nc i pa l e s s on s us dos f unda dor e sNi c k Phoe ni xyT homa sJ . Be r g e r s e n. Conuna a mpl i a di s c og r aae s s or pr e nde nt equenos e a nmá s f a mos oss il osoy e nmi l l one sde pe r s ona se ne l mundo, s i e ndol a r a z ón e l he c ho de ques ól o e ne n un á l bum publ i c a do, I nv i nc i bl e,l osot r os11s ól os on di s c osde moquel epa s a nal os e s t udi osyquel l e g a nanos ot r os pora l t e r na v a sl e g a l e sc omoY ou T ube( l ama y or í adel a sv e c e s ) . Ca da di s c o, c a da c a nc i ón de T woS t e ps f r om He l le sé pi c o e nt odas uc onc e pc i ón, de s dee l a r t edec a daunodes ust r a ba j os ( g r a c i a sa l S r . S t e v e nR. Gi l mor e ) , pa s a ndoporuna sc ompos i c i one s quenospe r mi t e ni ma g i na r nosa Ar a g or n,S poc koc ua l qui e rot r o pe r s ona j enos ól odel a spe l í c u- def or mama g i s t r a l l oc ua l , uni do l a s ,s i nodenue s t r amá si nt e r na aunos a r r e g l os s or pr e nde nt e s i ma g i na c i ón,l uc ha ndoc ont r as u ha c e n que s us c a nc i one s s e Né me s i s( unodes usdi s c os ) . pa r e z c a n,pe r onol l e g a nas e r Y ae nt r a ndo e n ma t e r i a ,l a s a bur r i da s y muc ho me nos c ompos i c i one sdes usc a nc i one s r e pe v a s . s ons uma me nt ec ompl e j a s , us a n- E nc a da unades us c a nc i one s do or que s t a se nt e r a sy c or os i nt r oduc e n a l g ún e l e me nt o Vol ume n|14

nue v o que l a ss e pa r a de l a s de má s , de s dee l us odes i nt ez a dor e sys oni dos e l e c t r óni c os ha s t ar e mi ni s c e nc i a sde lCa r i be c omo l a s que e s c uc ha mos e n “ Hy pnos i s ” . Ca dauno de s us di s c ose s t á n c ompue s t osdet e ma ss i mi l a r e s , Ma r z o/ Abr i l 2011


dondepr e domi naunouot r oi ns t r ume nt ooe sl oa unque ,pa r a s e rv e r da de r a me nt efie l e sas u na t ur a l e z a“ t r ai l e r i sc a”;e s t os di s c os e s t á nc ompue s t os por c a nc i one smá squepa r e c i da se n s una t ur a l e z amus i c a l , pa r e c i da s e ns ug é ne r ol mi c o. Une j e mpl o c l a r í s i model oa nt e r i ore sl oque

e nc ont r a mos e n e l di s c o Pa t hog en,donde l ac ompa ñí a s a l edes ue sl oc l á s i c oye nt r a del l e noe ne lmundodel amús i c ae l e c t r óni c a , s ubg é ne r oi nde fini do,l og r a ndo c a nc i one s de c a r a c t e r í sc a s s obr e s a l i e nt e s , pa rc ul a r me nt e me e nc a nt a “ Wa rofAng e l s ”yl ama ne r ae n

c omo c a mbi a n de r i t mo,muy pr og r e s i v a .As ími s mo e s muy r e c ome nda bl e“ T woS t e psF r om He a v e n” , de l di s c oAl l Dr umsGo t oHel l ,c a nc i ónquede mue s t r a l av a r i e da dque e ne n, pa s a ndo des ut r a di c i ona l é pi c aaunac a nc i ónquel opr i me r oquenost r a e al ame nt ee sl ana v i da d.

F ot os : Pá g i naofic i a l deT woS t e psF r omHe l l

S i t upa s a dot uv ounpoc odepe l í c ul a s , v i de oj ue g os , l i br osf a nt á sc osos e nc i l l a me nt ee ne sc or a z ón, OneS t ept oHel l t er e mont a r áal ose s pa c i osmá s r e mot osdet ume nt e . Ma r z o/ Abr i l 2011

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Nick Drake el poeta de los árboles. Por: Omar Molina Fereira En la historia de la música popular moderna, han existido grandes compositores que han alcanzado gran reconocimiento; podemos nombrar algunos grandes como Bob Dylan, Roger Waters, John Lennon y Paul McCartney, sin embargo, hay otros que a pesar de estar al mismo nivel de estos grandes creadores de éxitos, nunca lograron tener la misma fama y aún así ser masivamente influyentes en las recientes generaciones de músicos. Este es el caso del británico Nick Drake, un artista que en su corta carrera publicó un total de tres discos: “Five Leaves Left”, “Bryter Layter”, “Pink Moon”, con un característico sonido muy acústico, con tintes de jazz y folk, de un tono quizás sombrío e introspectivo; dejó su marca como un prodigio que durante su fugaz existencia nos brindó un legado que permanecerá vivo eternamente. Nicholas Rodney “Nick” Drake, nace en la antigua Rangún (hoy día Yangón) en lo que fuera Birmania (hoy Myanmar), el 19 de junio de 1948. Sus padres eran funcionarios del gobierno británico en el sudeste asiático, lo que ocasionaba un constante proceso de reubicación y mudanzas. Era el menor de dos hermanos; en el seno de una familia muy apegada a la música. Desde muy pequeño su madre lo impulsó a aprender a tocar el piano y a escribir su propia música. El carácter y la personalidad de Drake fueron evolucionando con el tiempo; a medida que crecía se convertía en un ser muy cerrado, volcaba sus emociones en la música, antes de los 20 años ya tocaba saxofón, clarinete, piano y guitarra. Muchos dicen que era asocial y desentendido del mundo, acá no criticaremos sus problemas, adicciones y otros asuntos personales, nosotros preferimos concentrarnos en sus virtudes y verlo como un genio incomprendido, que consiguió refugio en la música.

16 | Volumen

Marzo/Abril 2011


Nick Drake de la música ya que en sus propias palabras “no tenía más nada que decir”. Se refugia en su casa, mientras luchaba con la depresión que sufría desde muy joven. En 1974, muere a causa de una sobredosis de antidepresivos. Nick Drake ha ganado notoriedad póstumamente, muchos artistas han declarado que fue una pieza importante en su formación como músicos, por tanto ha crecido su popularidad en los últimos años. A pesar del poco nivel de ventas que generaron sus discos en la época de lanzamiento, el legado de Drake se ha fundamentado en su emotiva composición y brillante manera de tocar guitarra, sin su música quizás jamás hubiésemos tenido a gente como José González, Elliot Smith, Jeff Buckley, Robert Smith o Peter Buck, quizás otros más. Su luz brillará eternamente. Drake graba en 1969 su primer disco “Five Leaves Left”, con apenas 20 años; en una época donde el folk en Inglaterra era relegado por el rock psicodélico. En “Five Leaves Left”, Drake nos recuerda un poco a Leonard Cohen en su manera de componer los arreglos de guitarra, aunque quizás más intricados, con una leve influencia de jazz. Es un disco muy apegado a la naturaleza; Drake tomaba muchos elementos como el sol, la luna, las estrellas, los árboles, el agua y las nubes en sus canciones; dejando ver su apego por lo natural logrando crear una sensación muy pastoral en su obra. Quizás una de las cosas más impresionantes de Drake en este disco, es el tinte otoñal que nos deja en cada canción, especialmente en temas como “Day is Done”, “Time Has Told Me”, “The Thoughts of Mary Jane” y “Saturday Sun”. Luego en 1970, Drake graba su segunda placa “Bryter Layter”, en este disco experimenta con un sonido más cercano a lo que sería el

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pop de la época. Algunos temas tienen una similitud con los de aquél compositor inglés Burt Bacharach, quizás por una instrumentación diferente a la del primer disco. Sin embargo mantiene el mismo sentimiento de “Five Leaves Left”, destacando un par de brillantes temas como “Northern Sky” y “One of These Things First”.

“Now we rise everywhere”

and

we

are

En octubre de 1971, Nick Drake en el período de dos noches, realiza en su totalidad su tercer y último disco “Pink Moon”, álbum en el cual Drake se decide grabar el mismo la voz, guitarra y piano. Es su disco más íntimo, casi que podemos sentir su fragilidad como artista, como persona; su voz se convierte en un hipnótico canto de añoranza y melancolía. Hay varios temas que no podemos dejar de lado en este último disco, “Pink Moon”, “Things Behind The Sun”, “Which Will”, “From The Morning”. Luego de lanzar “Pink Moon”, Drake decidió retirarse del mundo Volumen | 17


serj tankian

Demasiado loco para estar cuerdo, demasiado cuerdo para ser vago por: Issis Heredia

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imágenes: www.serjtankian.com/

Con la misión de difundir la diversidad y la comprensión a través de la música, la poesía y el activismo, este artista nos sorprende al abrir nuevos canales de sonido y expresiones musicales en solitario a través de mezclas que combinan rock, música clásica, electrónica, jazz, sonidos árabes además de su extraordinaria voz. Serj Tankian, el líder vocal de System Of A Down (SOAD) ha tenido un creativo y productivo trabajo que muchos no conocen por ser proyectos personales y paralelos a la banda pero que se han ido manifestando con mayor intensidad luego del anuncio en mayo de 2006 del receso prolongado de SOAD a partir de lo cual Tankian se liberó, o más bien, se encerró en el estudio de su casa en Los Ángeles escribiendo, grabando y produciendo Elect The Dead que finalmente fue lanzado el 23 de octubre de 2007.

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Así, muchos matices pueden apreciarse incluso en una misma canción, en donde se puede pasar de lo más enérgico a lo más tranquilo con la versatilidad de la potente voz de Serj, que adquiere más protagonismo. Y además de que cada canción tenga variedad en sí misma, el álbum completo nos envuelve en temas que van desde lo más agresivo como “Money” y “The Unthinking Majority” pasando por lo divertido con “Lie Lie Lie” hasta llegar a temas llenos de nostalgia como “Feed Us” o “Saving Us” y sombríos como la pieza que da nombre al disco, “Elect The Dead”. Es por ello que las 12 canciones están plenamente recomendadas aunque mis favoritas son “Baby”, “Sky Is Over”, “Empty Walls” y “Lie Lie Lie”. Elect The Dead es completamente Serj y deja ver su personalidad con sus ya conocidas letras incisivas de confrontación y crítica que a la vez llevan mensajes de amor, conciencia y activismo, además de mostrar la influencia musical derivada de su origen libanes, sus raíces armenias y su vida estadounidense. Aquí no hay barreras entre Serj y los oyentes porque él tomo las decisiones, escribió las letras, tocó casi todos los instrumentos, realizó la grabación, los arreglos musicales y la producción. Seguidamente, Tankian lanza un CD bonus con versiones acústicas de algunos temas además de otros sencillos excelentes como “Falling Stars” y “Blue” (compuesta para Amnistía Internacional), siendo esto un abrebocas de lo que iba a ser su primer Marzo/Abril 2011

álbum en vivo llamado Elect The Dead Symphony el cual fue presentado como rock experimental sinfónico y que es una versión orquestal de todos los temas de su primer disco además de otros inéditos. Este espectáculo fue grabado en 2009 con el acompañamiento de la Orquesta Filarmónica de Auckland de Nueva Zelanda y finalmente lanzado el 9 de marzo de 2010 en CD / DVD, CD y LP. Y con la misma energía que lo caracteriza Tankian siguió trabajando y para el 21 de septiembre de 2010 presenta su álbum más reciente bajo el nombre de Imperfect Harmonies a través del cual nos enseña una nueva combinación entre elementos electrónicos y orquestales, una mezcla entre lo sintético y lo orgánico a la que Serj llama “electro-orquesta de jazz-rock”, una composición bastante original y diferente a los sonidos comerciales. Este álbum se destaca por su alto nivel de energía, movimiento y frescura además de continuar con la variedad de sonidos, las letras de protesta y por supuesto las influencias musicales y culturales que tanto identifican a Serj. En “Imperfect Harmonies” destacan “Deserving”, mi favorita porque parece algo optimista, además de “Left Of Center”, “Borders Are” “Yes, It's Genocide” y “Gate 21”. Pero lo que pocos saben es que Serj, además de escribir y grabar discos, también ha combinado arte y activismo trabajando desde el 2002 como co-fundador del “Axis of Justice”, una Organización sin fines de lucro que se

esfuerza por reunir a músicos y aficionados de la música para luchar por la justicia social a través del arte y diferentes medios como la radiodifusión a través de la “Axis Of Justice Radio Network”. Igualmente, Serj fundó en 2001 el sello discográfico “Serjical Strike Records” que como él afirma, busca con cada lanzamiento crear, a través de la diversidad, un refugio contra las plagas musicales de la cultura comercial. Como escritor, Serj publicó un libro de poesía en 2002 llamado “Cool Gardens” y planea publicar otro llamado “Glaring Through Oblivion” en 2011. Paralelamente ha trabajado en varios proyectos cinematográficos, de televisión y un musical, “Prometheus Bound” que será este año. Y para los fans de SOAD que se preguntan que pasará con la banda, les avisamos que este enero el grupo anunció que están preparando algunas presentaciones luego de tan largo descanso. Volumen| 19


Déportivo

La nueva ola del rock francés por: María José Suárez

Hace más de una década, tres chicos de 7 años se conocieron en un colegio en Bois-d’Arcy, un barrio parisino del distrito de Versalles. Estos petits franceses crecieron, y con el correr de los años cambiaron los crayones por una pelota de fútbol, por las chicas, y sobre todo, por la música. Es así como inspirados por Les Wampas, Noir Desir y Sloy –referencias obligadas dentro del rock francés- nace la banda Déportivo, que conforman Jérôme Coudane (Voz y Guitarra), Richard Magnac (Bajo y coros) y Julien Bonnet (Batería y Coros). Su ópera prima Parmi Eux o “Entre Ellos” es lanzada en el 2004, que al principio no llega a tener un éxito comercial relevante; sin embargo los muchachos se hacen sentir recibiendo buenas críticas, el rumor se corre y la fanaticada comienza a crecer; tanto así que sacan una edición de luxe en el 2005 donde se incluyen dos nuevas canciones. Ésta producción está cargada con Volumen| 20

elementos crudos y un sonido simple propio del post-punk revival; riffs sencillos, melodías pegajosas y tempos rápidos, que te introducen en un torbellino de velocidad vertiginosa y ritmo acelerado; tal es el caso de “1000 Moi-même”, donde nos hablan acerca de la existencia y convivencia de todos los “yo” internos que una persona puede albergar dentro de sí. Pero luego este torbellino se transforma en una suave brisa que aún te mantiene en el aire, ahora plácidamente, pues sus baladas parecen infinitas y exudan serenidad; como muestra de ello “alambiqué” nos relata los buenos momentos de una historia de amor complicada que aún no se resigna a morir. “Parmi Eux” es la representación perfecta de lo que un primer álbum debería ser, directo y sin pretensiones, donde la banda se muestra al desnudo, en su estado más básico, dejándote con ansias de escuchar su próximo material. Tiempo más tarde lanzan 2

imágenes: www.myspace.com/deportivoofficial

promos, el primero con la canción “Les bières aujourd’hui s’ouvrent manuellement” (Las cervezas de ahora se abren a mano) un cover de Christophe Miossec, en el cual participa Arnaud Samuel (Massive Attack) tocando el violín; en esta versión la voz se hace más ligera y despegada siendo la música la que gana intensidad, especialmente en el coro donde el violín sublima la canción por completo. Luego sacan “La Brise” (La brisa) que junto con la anterior volveríamos a escuchar en el 2007, en su segunda producción discográfica titulada Deportivo (sin acento) producida por Gordon Raphael (The Strokes). Éste será un álbum más experimental, igual de rápido e intenso, pero con madurez; en él se incorporan una guitarra rítmica, instrumentos de viento-metal, y hasta leves matices de reggae que pueden sentirse en la canción “Suicide Sunday (Part Two)” con la que demuestran la influencia de Manu Chao Marzo/Abril 2011


en su música, del cual también se inspiran líricamente. Una muestra de su crecimiento lo constituye sin duda “I might be late” cuya cadencia sencilla y etérea ofrece un agradable contraste al estilo preponderante de la agrupación. Tras la separación de Noir Désir a finales del 2010, Déportivo ha sido llamado a ocupar la plaza de esta agrupación, como una suerte de reemplazo, y aunque en cierta forma constituye un halago -dada la amplia trayectoria que tuvieron y la enorme influencia que siguen siendo para muchos músicos en Francia- creo que ni existirá un nuevo Noir Désir, ni Déportivo debería quedarse bajo la sombra de otra agrupación, pues su música ha demostrado ser un respiro de aire fresco en la escena musical francesa. Ahora, cuando en cuestión de días sacarán su tercer disco “Ivres & Debutants” (Ebrios y Principiantes) podemos escuchar el sencillo promocional que lleva el mismo nombre y que encarna la progresión coherente de la banda, con un estilo mucho más refinado, cuyo estribillo y riff –altamente contagiosos- tendrás pegados por días y te demostrarán, por si aún tienes dudas, que son los nuevos portadores de la llama del rock francés. N.A.: La idea de formar una banda surgió como una broma, comenzaron a grabar canciones y sacaron 3 demos y 2 singles antes de formalizar su primer trabajo discográfico. El nombre Déportivo proviene del fútbol pues a los tres les gusta este deporte, y sienten que refleja el espíritu de Marzo/Abril 2011

equipo que hay que tener tanto en la música como en el césped. Déportivo no tiene traducción en ningún idioma, su referente más parecido es la palabra española “deportivo” salvo que acentúan la letra “E” para que sea sonora en francés. En cuanto al idioma de las canciones, Jérôme (quien es el principal compositor) incorpora canciones en inglés por ser ésta la lengua materna de su novia.

Déportivo en la 2.0: www.deportivo.fr (facebook) deportivomusic y también deportivo.officiel (myspace) deportivoofficial

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t

El sentimiento ha muer o por: Julio Romero

Honestamente creo que nadie podría estar seguro acerca de que hablan las canciones de La Vida Boheme. Pero cuando escucho “el sentimiento ha muerto” no puedo dejar de pensar que hace referencia a Sentimiento Muerto, la legendaria banda de rock venezolana liderada por Cayayo. Más que estar enfrascados en el pasado, venerando a las viejas glorias, deberíamos ver hacia el presente y lo que las bandas actuales pueden ofrecernos. Por años Sentimiento Muerto fue la cúspide del rock nacional y un perfecto ejemplo de cómo eran las cosas en aquellos tiempos. La música y la tecnología han avanzado, los tiempos cambian, la música seguirá pero, para algunos, el sentimiento definitivamente no es el mismo. En los últimos años ha sido increíble el incremento del apoyo al rock nacional, hasta tal punto que considerar vivir de la música, cosa que antes era un simple sueño, se ha convertido en la meta. ¿Qué ha cambiado? ¿Es la música que se hace ahora mejor que la que se hacía entonces? Muchas cosas han cambiado: no podemos negar las bondades que la tecnología ha hecho por nuestros músicos. Ahora absolutamente todas las bandas tienen Facebook, Twitter, Myspace y demás. El internet no sólo es la mejor forma de autopromoción

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sino que es casi totalmente gratis. ¿Qué mejor manera de hacerse propaganda que por facebook?, ¿Qué mejor manera de hacer saber sobre sus próximos toques que por Twitter? ¿Qué mejor manera de hacer escuchar su material que por Myspace? Es cierto que antes era muy difícil ingresar al pequeño mundo del rock venezolano. Para conocer a una banda nueva eran muy pocas las opciones, a menos que estuvieras metido completamente en la movida musical, debías tener algún amigo que te diera a oír algo de su música o por suerte estar en el local el día que se presentaron, sin olvidar esas ocasiones en que escuchabas una de sus canciones por la radio, ligando que no hubieran dicho aún el nombre de la banda o que lo repitieran y esperando, literalmente pegado a la radio, a que la canción sonara de nuevo. En general, la música no sólo no era accesible a todo el mundo sino que no era un ambiente que motivara el ingreso de nuevos fanáticos. Hoy en día, gracias al internet, no hay que ser un rockero consumado para que la música llegue. Si escuchamos una canción que nos gusta, utilizamos SoundHound para saber el nombre de la banda que la toca y simplemente vamos a Myspace y escuchamos todo el material que hayan subido. Si los

queremos ver tocar en vivo nos enteramos por Twitter. Pero nada es perfecto, y si bien la música llega a más personas también se convierte en un fenómeno “moderno”. Ahora el apoyo implica a un gran número de personas que no te siguen sólo por tu música sino por esa corriente que señala quienes son “de pinga” y quienes simplemente no tienen lo necesario. Para ir a un toque no sólo es relevante que tan buena sea la banda sino que tan a la moda esté y, cada vez más, se ven personas que no van al toque por la música sino por la rumba, se ven grupos de mujeres histéricas esperando para ver a algún artista que les atraiga pero de cuya música no pueden dar una opinión coherente. Actitudes que llegan a ser más que irritantes para las personas que verdaderamente aprecian la música y el espectáculo. Si el precio para la difusión del talento nacional es un montón de fanáticos de la moda pues que así sea. Pero, para quienes vivimos los viejos tiempos y no podemos olvidar lo que es sentirse parte de algo grande, para los que vieron a PAN tocando en el Teatro Nacional o (para los más jóvenes) si iban a todos los toques de Luz Verde y recuerdan a sus primeros fanáticos, para nosotros, el sentimiento ha muerto. Ha llegado la nueva era del rock venezolano.

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patinar

MĂşsica para

fheart and his magic band - zig za

rolLing stones - gimMe shel captai n beefheart his magic band - zig zag wanderer d and the velvetandundergroundsatellite the rolLing stones - gimMe shelter lou reed and the velvet underground- satellite of love

otoriousnotorious big big- -going back to ca going back to cali the cardigans - my favorite game cardigans my favorite ga the clash - armagideon time marley - slave drivertime the bob clash armagideon j-live - hush the crowd

b marley - slave driv j-live - hush the crowd queen - bohemian rhapsody queen - bohemian rhapsody

tom petty - last dance with maryjane

om petty - last dance with maryjane Marzo/Abril 2011

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S

i hemos de describir “Neon Ballroom”, el tercer álbum de la banda australiana Silverchair, debemos hablar de intensidad. El trío nos trajo hace más de una década un baile lleno de matices, intensos sonidos, emociones, cambios, pensamientos, que hoy en día aún resuenan no sólo con el público que maduró con ellos desde sus días de prodigios del grunge “from the land down under”, sino también con los nuevos oyentes, que necesitan una descarga eléctrica y lírica de sentimientos. Daniel Johns, vocalista, guitarrista, pianista y principal compositor de la banda, quien batalló durante un largo tiempo contra la depresión, adicción y anorexia; entrega líricamente todo de sí mismo, abarcando temas que van desde los desórdenes alimenticios hasta su lucha personal contra las pastillas y la ansiedad. Chris Joannou (bajo) y Ben Gillies (batería) se destacan también, por proveer un sonido más pesado y serio, totalmente acorde con la maduración del grupo para entonces. El resultado final es un álbum que nos lleva por un viaje personal de negación, ingenuidad, ira y desesperanza. El álbum abre con una de las mejores canciones del grupo, “Emotion Sickness”, un ingenioso juego de palabras en inglés por su semejanza con la frase ‘motion sickness’; pieza dramática, apoyada en una comVolumen| 24

Silverchair

neon ballroom por: Andreína Puertas

posición entretejida de piano y cuerdas, y que detalla la desesperación ante la adicción. Seguidamente comienza lo que bien podría ser el himno de toda esta década, “Anthem for the Year 2000”, una oda a lageneración X, esa que se prepara, se queja, se cuestiona todo, pero que se apoya no en armas, sino en un riff matador y un beat inconfundible. Continuando con esa línea intensa, más adelante están “Black Tangled Heart”, la cual Johns declaró trata sobre el suicidio; “Paint Pastel Princess”, una engañosa canción con un tema muy serio: los antidepresivos. NB no se mueve en un entorno de sillas plateadas y coros coloridos, como los trabajos posteriores de Silverchair. Es el soundtrack del antidepresivo, de la lucha contra la adicción, de los momentos oscuros… y no podría sonar mejor.

imágenes: www.chairpage.com/

1. Emotion Sickness 2. Anthem For The Year 2000 3. Ana's Song (Open Fire) 4. Spawn Again 5. Miss You Love 6. Dearest Helpless 7. Do You Feel The Same 8. Black Tangled Heart 9. Point Of View 10. Satin Sheets 11. Paint Pastel Princess 12. Steam Will Rise

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T

Peter Bradley Adams por: Luis Reynoso

oma un momento, frena un poco, respira lentamente, vuelve a aquel espacio en el que la paz y los sueños se encuentran, en donde los caminos recorridos coinciden y escuchas los sonidos siempre presentes. Es en esta atmósfera en la que entiendo debió crearse una obra como Traces de Peter Bradley Adams, quien a través de suaves armonías y mensajes de entrañable nostalgia demuestra la riqueza de la música folk norteamericana. La simplicidad es la que dota a Traces de profundidad, cada una de sus canciones son un claro ejemplo de cómo las emociones y los mensajes honestos, pueden ser transmitidos mediante muy poco. Esto es perceptible en el cálido abrazo que se recibe con el tema “For you”, que nos envuelve en un dulce consuelo y en un aura de fortaleza. A su vez “Family name” contribuye con el espíritu contemplativo e introspectivo de Traces advirtiéndonos de no olvidar nuestras raíces y mantener nuestras esperanzas al recorrer los caminos en los que se dispersa la vida. Con “I cannot settle down” (única canción cuya autoría es ajena) Adams nos habla sobre los sueños involucrados en este andar, en la eterna búsqueda del sentido de nuestra vida, de su dinamismo y de la esperanza de encontrar siempre un mejor lugar, incluso en un sitio más allá del cielo. Marzo/Abril 2011

Comúnmente en la escena folk, los artistas privilegian la letra sobre la música, ya que consideran que lo primero es la parte más importante de su mensaje, pero con Adams, parece que todo parte de la melodía: así se demuestra en este álbum donde la música tiene una especial preeminencia, creando cierto "ambiente folk” donde la interpretación vocal está al servicio del sonido general del álbum, el cual tiene vestigios de las viejas baladas rock and roll y un poco de bluegrass. Finalmente, desde un enfoque aún más subjetivo, diré que, como suele pasar, la música nos vincula a un momento, a un lugar o a una persona determinada. En mi caso más de una de las canciones de este álbum me permitrían expresar de otra manera esta idea: “Un abrazo grande, eterno”.

Traces

imágenes: www.peterbradleyadams.com/

1. Family Name 2. For You 3. Trace Of You 4. I Cannot Settle Down 5. I Won't 6. From the Sky 7. Darkening Sky 8. I Tell Myself 9. Heart of a Girl 10. Something Bout You Lately 11. Walk Away 12. Awaken

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a perfect circle Mer de Noms Mer de Noms (Mar de nombres, en francés) es el primer álbum de la banda A Perfect Circle que actualmente está conformada por Billy Howerdel como guitarrista líder, y por Maynard James Keenan quien a su vez es el vocalista de Tool. En primera instancia la banda estuvo conformada por Paz Lenchantin (bajo), Troy Van Leeuwen (Guitarra) y a Tim Alexander (batería). Lanzado al mercado el 23 de mayo de 2000, Mer de Noms definitivamente es el álbum de mayor éxito de la banda y viene con canciones de gran profundidad, tanto en la parte lírica como en los arreglos musicales en los que resaltan guitarras muy melódicas y dramáticas, por así decirlo. Entrando en la parte lírica destacan canciones como: Orestes, Breña, Judith y Three Libras. Judith, sin duda una de sus mejores canciones, podría definirse de la mejor manera como “controversial” ya que habla directamente de la religión católica, sus dogmatismos y sus fines Volumen| 26

por: Mauricio Fereira

sin importar las formas de llegar a ellos. Así, cargada musicalmente de mucha energía y dinamismo, Judith se concibe como una canción muy poderosa. Three Libras, una grandiosa pieza en la que se combinan los violines y las guitarras con la versátil voz de Maynard, termina siendo una canción muy emotiva, además de desesperada por el deseo y la tragedia. No podía terminar esta reseña de Mer de Noms en donde Maynard nos hace recorrer el antiguo y nuevo testamento con Judith y Magdalena respectivamente, sin resaltar Orestes (para mí la mejor canción del álbum) cuyo nombre proviene de un personaje de la mitología griega que tiene la necesidad de matar a su madre por el honor. Finalmente y apartando la lírica, Orestes en su composición musical presenta magníficos arreglos de guitarra que resultan en melodías muy emotivas y que desembocan en un final cargado de energía y emoción.

imágenes: www.aperfectcircle.com/

1. "The Hollow" 2. "Magdalena" 3. "Rose" 4. "Judith" 5. "Orestes" 6. "3 Libras" 7. "Sleeping Beauty" 8. "Thomas" 9. "Renholdër" 10. "Thinking of You" 11. "Breña" 12. "Over”

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L

o que empezó como una colaboración juguete, por diversión y admiración floreció en un proyecto diversificado, intenso y refrescante. Lectoras, lectores: bienvenidos a un nuevo sonido – la ‘matemática muda’. Mutemath se formó en Estados Unidos a principios de los 2000, resultado de la interacción entre Paul Meany, vocalista, y Darren King, baterista. Tras dar los primeros pasos en la dirección musical que buscaban, se completó la formación con la entrada de Greg Hill en guitarra y Roy Mitchell-Cárdenas en el bajo. Hicieron su gran entrada de la mano de su “Reset EP”, que cimentó su sonido con el uso ya característico de sintetizadores y guitarras suaves pero potentes. Esa fórmula, si bien complaciente para todos los oídos (expertos o no), les sirvió para abrirse las puertas a una gran oportunidad. Fue su primer álbum el que ciertamente les concedió su bien merecido status. Mutemath es una compilación de lo que llamamos rock alternativo, un toque de electrónica, una pizca emo (sin la deprimente lírica) y pop (del bueno, por supuesto). En un comienzo fue lanzado independientemente, hasta conseguir su audiencia, y promovido fuertemente online y por redes sociales, la naciente estrategia para bandas nuevas. Con un total de 13 canciones, nos da un paseo comandado por la sutil pero emocional voz de Meany y refor-

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MUTEMATH mutemath

por: Andreína Puertas

“We're good ol' boy rock 'n' roll with just way too many electronic gadgets and gizmos, and the music we make is the result of that collision"-Paul Meany (Enero, 2006 – Tucson Weekly)

zado por la batería contagiosamente rítmica de King; las letras, si bien inteligentes y profundas, no están sobre-escritas, mantienen una hermosa cualidad de sencillez que se presta al mismo tono de la banda: una evolución de sonidos electro-rockeros con suaves texturas. La mezcla lírica oscila desde la búsqueda de un Dios en “Stare At The Sun”, pasando por “Break The Same”, detallando la lucha que todos tenemos en común, hasta el single promocional “Typical”, una oda la individualidad, que les significó su primer éxito, y cuyo video sobresalió por ser todo menos típico. Uno de los aspectos más admirables del álbum, y de la banda en general, fue que su éxito y calidad les permitió abrirse paso por múltiples festivales, como el famoso Lollapalooza. Mutemath consiguió una nueva audiencia y logró expandirse con su participación en el soundtrack de la película comercialmente famosa Crepúsculo (con su Spotlight), pero es su inicio el que deben buscar para comprender la trayectoria de esta banda: un grupo es más que su hit comercial; totalmente cierto para este caso. Los invitamos a escuchar mas allá de lo ‘mudo’, los invitamos a ser matemáticos a todo Volumen.

imágenes: www.myspace.com/mutemath/

Mutemath Mutemath (2006) Warner Bros. (US) 1. Collapse 2. Typical 3. After We Left Our Homes 4. Chaos 5. Noticed 6. Plan B 7. Stare at the Sun 8. Obsolete 9. Break the Same 10. You are mine 11. Control 12. Picture 13. Stall Out 14. Reset Volumen| 27


detrásdelLente

FREDDY RAPIN

por: Julizett Estrada

Rapin es un francés consagrado a la creación de imágenes. Sus fotografías, superposiciones y dípticos, nos remiten a una variada gama de sensaciones, siempre a través de un velo de suavidad, imágenes como extraídas de un ballet. En Volumen quisimos entrevistarlo para conocer un poco más su proceso creativo. 1. Cuéntanos sobre tí. Tengo 37 años, soy un contemplativo que ama la vida en sí misma aunque no siempre se comprendan sus misterios. 2. Lo típico : ¿Desde cuándo has estado tomando fotos ? Me dedico a la fotografía desde 1994, año en el que era estudiante de arte. Descubrí el poder de una trabajo de Nan Goldin algo en mi cambió. Desde entonces acecho los instantes que mueren. Creo que uno puede congelar para siempre los momentos de nuestra existencia. 3. ¿Qué tipo de fotografías prefieres ? Me gusta la fotografía íntima, que dice la verdad sin maquillaje. 4. Tu trabajo es abundante en desnudos. ¿Cuál es el propósito ? La representación de cuerpos en la vida cotidiana, en la simplicidad de la existencia; la intimidad en su fragilidad ambas son efectivamente las

nociones que me interesan; la desnudez, que es el estado de la naturaleza, y que me encanta contraponer con mis imágenes de paisajes, los extremos de la existencia: la vida, la muerte, el amor. El tiempo pasa y eso lo veo en mis modelos, los vientres más redondos, las arrugas que aparecen, las heridas y/o las alegrías de la vida que se van marcando. Las personas que fotografío son mis amigos y amigas, en sus contextos de vida, su temporalidad y sin duda reflejando sus estados de ánimo a traves de los míos. Esta proximidad me devuelve a pensar en la noción reconfortante de que un cuerpo desnudo deshace los artificios y las decoraciones de moda, permanecera intemporal... y eso quedará grabado en papel.

Es como crear la ilusión de inmortalidad. 5. Varias de tus piezas presentan una ambientación calmada, frágil, como capturadas en medio de una danza. ¿Cómo percibes tú tus propias fotos ? ¿Cómo creas semejantes ambientes ? Es que me intereso por encima de todo en la fotografia, es el reencuentro, el partir una escritura artistica comun. Si la imagen sale bien y refleja el ballet, los tormentos y las alegrias del fotografiado y de la fotografia, entonces para mi la foto funciona. Mis composiciones, identificadas con el nombre de las personas representadas, solo tienen interes si ellas existen en su propia verdad. El deseo de cear pasarelas entre los mundos, las sensibilidades, las épocas, me animan a asociar mis imagenes de simples palabras, textos poeticos como los de Emily Dickison, Mimy Kinet a los que le tengo un afecto particular, pero tambien de Jacques Prévert, Paul Eluard, Arthur Rimbaud... Sus escritos vienen a veces a acompañar mis imágenes, a reforzarlas afinando la asociación narrativa de las fotografías. 6. ¿Cuál sería la mejor música para acompañar tus fotos ? Diría que "Canción Mixteca", del album "Paris-Texas" de Ry Cooder, y "Ave Verum Corpus" de Mozart.

imágenes: www.freddy-rapin.com/

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7. Compártenos algunas de tus inspiraciones en el ámbito fotográfico. Nan Goldin, Paolo Roversi, Bettina Rheims, Peter Lindbergh, JL Sieff, Mona Kuhn, Gilbert Garcin... 8. Dado que ésta es una revista musical, no podíamos dejar de indagar sobre tus gustos musicales. Mozart, Tom Waits, Georges Winston, Arvo Pärt, Pink Floyd, Thomas Fersen... También me atraen otros sonidos como la música sacra, las mismas voces humanas, la música contemplativa, y las melodías sin letra. 9. Estamos casi listos. De tus fotografías, ¿Cuál es tu favorita y por qué ? Diría que aquella que no he creado todavía. 10.¡Listo! ¿Cuáles son los proyectos de Freddy Rapin en el futuro cercano? Bueno, seguiré trabajando en la asociación de imágenes, en la forma de dípticos, para hacer evolucionar el concepto hacia una conformación fotografía/pintura gráfica. Por otra parte, en eco a mi serie “La rayure” preparo un trabajo antropológico más cercano a lo humano, sobre su existencia pasajera.

¿Quiéres saber más de Freddy y sus fotografías? Puedes visitar su galería en el sitio

www.freddy-rapin.com

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AALTRA

más que humor negro, ¡humor insólito!

¿Cuántas veces no se ha llevado al cine la historia de una persona luchando y superando las adversidades de la vida? ¿Cuándo no hemos visto una película acerca de alguien que sufre un accidente y por ello decide replantear su vida? Afortunadamente, los guionistas/directores/protagonis tas de AALTRA, Benoît Delépine y Gustave Kervern, tuvieron una idea mucho más original; porque ¿Quién dijo que tienes que convertirte en una mejor persona a causa de quedar en una silla de ruedas? Aaltra cuenta la historia de unos vecinos (Gus y Ben) que se odian a muerte, y que en medio de una pelea, tienen un accidente con un tractor quedando confinados a una silla de ruedas. Luego de unos fallidos intentos suicidas, deciden emprender un viaje juntos hasta Finlandia, para demandar a la compañía que fabricó el tractor. Esta “Road Movie” está cargada de situaciones absurdas, llenas de humor negro e insólito, en donde los protagonistas -sin mostrar ningún tipo de escrúpulos-

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juegan con los sentimientos de culpa que generan en la sociedad las personas con discapacidad. En el ámbito musical, tenemos que el tema principal de la película, interpretado por la banda “Les Wampas”, ofrece el final perfecto a la hilarante última escena, pues como un fondo anecdótico nos permite recordar los momentos más graciosos del film y sentimos que los personajes llegaron al final de su viaje, y al sitio al que pertenecen. Sin embargo, durante toda la trama encontramos tres momentos musicales significativos; el primero de corte ochentoso, donde cantan “Boule de Flipper” (bola de pinball) de la francesa Corynne Charby; que trata acerca de cómo vas por la vida “rodando” o marchando por diferentes sitios inesperados, cosa tremendamente apropiada para cantarle a dos inválidos ¿cierto? El próximo tiene lugar en un concierto de punk, en donde los protagonistas quedan atrapados junto con adolescentes exacerbados por la música y el contenido violento de la letra, y por último se encuentra el cover de la canción “Sunny” de Bobby Herbb, esta vez interpretado por el actor y director Bouli Lanners, quien con drásticos cambios en la letra nos hace olvidar el sentido fresco y “soleado” de la canción original, dando paso a una versión melancólica, llena de despecho y de odio hacia Sunny. Aunado a esto, la película, bella-

imágenes: www.availableimages.com

Por: María José Suárez Dirección y Guión: Benoît Delépine y Gustave Kervern. Producción: Vincent Tavier y Guillaume Malandrin. Música: Les Wampas. Fotografía: Huges Poulain Montaje: Anne-Laure Juegan. Vestuario: Isabelle Girard. Paises: Bélgica y Francia. Año: 2005. Género: Drama. Duración: 92min.

mente filmada en blanco y negro, pese a tener un presupuesto escaso, y es además un perfecto ejemplo del tan conocido y a veces cliché refrán que nos dice que “una imagen vale más que mil palabras”, pues sus pocos diálogos se ajustan perfectamente a la trama; en la que gran parte de los hechos se explican perfectamente con las tomas, la mayoría de ellas de larga duración. No obstante, en este viaje personal que los personajes deciden emprender -para bien o para mal- descubrirán que tienen más cosas en común de lo que podrían pensar y sobre todo, de lo que les gustaría admitir. ¿Qué pasará cuando lleguen a su destino final? Si eres una persona de criterio abierto, y tu mente está libre de cuantos prejuicios trata de imponer nuestra “moralmente correcta” sociedad acerca del tema, no dejes de ver AALTRA. Las risas corren por cuenta de la casa. Marzo/Abril 2011


A SINGLE MAN Lo que no puede explicarse en imágenes

George tiene que enfrentar su último día, los relojes y su tic-tac indican desde el principio que hay una cuenta regresiva. “A single man” o “Sólo un hombre” es la historia de George Falconer (Colin Firth) un profesor universitario quien tras perder a Jim (Matthew Goode), su pareja por 16 años, no le encuentra sentido a la vida y planea su fin. A lo largo de la película lo acompañaremos entre recuerdos de su pasado y seductores instantes de su presente mientras re-descubre las pequeñas cosas que hacen que valga la pena vivir. La ópera prima del diseñador de modas Tom Ford, basada en el libro homónimo de Christopher Isherwood, es una obra poética y delicada en donde la música tiene, en varias oportunidades, la función de aislarnos junto a George del resto de su entorno. Particularmente, la pieza “George’s Waltz” da una sensación de soledad y distanciamiento que separa al protagonista de sus vecinos, a quienes observa desde una ventana. Vecinos que representan esa sociedad que siempre lo situará del otro lado Marzo/Abril 2011

de la cerca por su homosexualidad y de la cual, en consecuencia, nunca formará parte. Este efecto se repetirá en varias ocasiones, como cuando camina en dirección contraía a una multitud, en estos casos la música ahoga la mayor parte del sonido de ambiente en las secuencias, dándonos la misma sensación a la que, más adelante, hará referencia Kenny (Nicholas Hoult) cuando dice: “nacimos solos, morimos solos. Y mientras estamos aquí, estamos totalmente encerrados en nuestros propios cuerpos”. Eso es lo que logra la música en este caso; encerrarnos en el cuerpo de George, apartarnos del resto. En otros momentos, la banda sonora enfatiza esos instantes de abstracción en que el protagonista se entrega a sus sentimientos y deja de pensar. Lapsos que a su vez son realzados por el cambio de matices en las imágenes pasando de tonos pálidos, casi mórbidos, a vívidos y sensuales colores, reflejo de sus sensaciones. Otra pieza llamativa es “Becoming George”, en esta Abel Korzeniowski y Shigeru Umebayashi incluyen un leve y casi imperceptible sonido metálico que hace de sustituto al tic-tac de un reloj. Este por mas imperceptible no nos permite olvidar que el tiempo sigue en movimiento de forma implacable. Aparte de la música hay que destacar la convincente actua-

imágenes: www.asingleman-movie.com

Por: Tomás Vizo Dirección: Tom Ford. Guión: Tom Ford y David Scearce (basados en la novela de Christopher Isherwood). Producción: Tom Ford, Chris Weitz, Andrew Miano y Rober t Salerno. Música: Abel Korzeniowski y Shigeru Umebayashi. Fotografía: Eduard Grau. Montaje: Joan Sobel. Vestuario: Arianne Phillips. País: Estados Unidos. Año: 2009. Género: Drama. Duración: 99 min.

ción de Colin Firth, pilar fundamental que sostiene toda la cinta a través de una representación sentida y sincera de la vida de este introvertido hombre. Julianne Moore, por su parte, lo secunda y juntos logran crear un aura de confianza y comodidad propia de dos personas que se conocen de toda la vida.La película cuenta con una extraordinaria fotografía de encuadres perfectos, diálogos bien logrados y un estilismo que no puede ser menos que catalogado de exquisito, lo que no es de extrañar teniendo en cuenta que la película fue dirigida por quien en su momento rescataría a la casa Gucci de la bancarrota.

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Nueve ejercicios en “La caja” por: Maribel Anaya

E

l pasado 11 de febrero se inauguró una exposición cuyas características seguramente la convierten en uno de los eventos más trascendentes del año en materia de artes plásticas. En una ciudad en la cual los museos están desapareciendo, los espacios de investigación y exposición del arte se han ido reduciendo. Las exposiciones se van convirtiendo en eventos más bien aislados en pequeñas galerías, no en actividades más amplias y de mayor formato, como podría ser. Ante este panorama muchos jóvenes no esperamos que se nos brinde un espacio para divulgar los resultados de nuestras investigaciones. La muestra Ejercicios. 9 propuestas curatoriales es el mejor ejemplo no sólo del voto de confianza que se deposita en la investigación, sino del interés de los jóvenes por formar parte del engranaje de producción y organización de la actividad artística de nuestro país. La exposición es el resultado de los proyectos de investigación que fueron desarrollados por los

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estudiantes del taller La curadu/oría de exposiciones o la organización del caos 2010-2011, dictado en la Escuela de Letras de la Universidad Central de Venezuela, por la profesora y también curadora de arte Lorena González. El escenario que recibió estos nueve ejercicios fue la sala “La Caja”, del Centro Cultural Chacao. Los jóvenes investigadores son Bernarda Chaparro, Nastascha Contreras, Víctor Estrada, Josefina Longa, Francisco Marrero, María Mercedes Guerra, Víctor Osorio, Juan Peraza y Rebeca Pérez; quienes curaron, respectivamente, a los artistas Elisa Abadí, Magdalena Fernández, Víctor Estrada y Colectivo Anónimo, Pietro Daprano, Emilio Narciso, MBA, Javier Rodríguez, Rafael Serrano, y José M. Del Pozo. Resalta de esta muestra no sólo la variedad de tendencias, técnicas y temáticas abordadas por los artistas, sino la ardua labor de los curadores, quienes a través de sus textos nos aportan una interesante y bien construida lectura de las piezas seleccionadas y nos invitan a la reflexión, la observación y la discusión. La exposición se clausura la primera semana de marzo. Marzo/Abril 2011


Los conejos tienen algo que decirte por: Julizett Estrada

Angelica Talavera: artista desde la cuna Dedicarse al arte no es cosa fácil. Para este número, bombardeamos a preguntas a Miss Hask, nacida bajo el nombre de Angélica Talavera, para que nos comentara sobre su trabajo, además de sus impresiones sobre la conceptualización del arte y la escena nacional. Graffer, pintora, interventora de las calles... ¿Dirías que eres artista? ¡Sí! Soy todo eso y un poquito más; me he esforzado mucho en ampliar mi umbral de técnicas con estudios y experiencias externas e internas en relación con mi crecimiento personal y madurando mi persona y pensamientos con temas de amor, bondad, humildad, calma, igualdad; ya que he pasado por momentos muy oscuros en mi vida que me enseñaron a apreciarla aún más y a madurar aceleradamente, a inspirarme más que nunca, y soy artistas desde que nací, lo sé, siempre tenía un lápiz en la mano cuando otros niños presumían juguetes, y zapatos, siempre fui callada pero peliona de niña y creo que aún lo soy, ¡pero menos callada! Nací para Marzo/Abril 2011

imágenes: www.flickr.com/people/angelicatalavera/

las artes y el desarrollo de la creatividad siempre fue muy fácil para mí, cualquier papelito era para mí un lienzo… si vieran todos los papelitos que me rodean... tienen muchas formitas. También puede ser cualquier cosa, sin mencionar mi otro trabajo que habla por sí solo, bueno así espero. Siempre digo: todo es potencialmente pintable y aplico esta ley completamente, la libertad es una decisión propia y yo soy libre. Para mí hay dos clases de artistas: el que nace y el que se hace en el camino, los dos existen, pero el que nace le sale sólo del alma y se nota, fluye de las venas y no se tiene que esforzar por algo que es súper natural, los que se hacen sufren mucho, miran mucho para los lados y no entienden que la libertad de ser artistas es el simple hecho de hacer lo que se quiere, cuando se quiere, sin tiempo ni espacio; (el tiempo no existe para un artista); además no repara mucho en los pensamientos ajenos sobre su persona y su trabajo, porque es un luchador apasionado, que busca la verdad y pelea por sus sueños e ideales, no sé si me explico con este texto… la sensa-

ción explícita de ser artista, hablo de esto con lucidez porque así lo siento. Ser artista, ser mujer. ¿Afecta? Me imagino que sí pero, como dije antes, yo soy libre y me desplazo entre machos, gays, féminas y etc, como si fueran árboles en un bello jardín del Edén y sólo soy yo misma, demuestro lo que tengo sin miedo a nadie, ni al que dirán, creo en mí lo suficiente como para ignorar cualquier ser negativo, no les doy importancia a los entes negativos que me rodean sean personas o situaciones externas. Pero sé que existen y por ello siempre estoy alerta para esquivar estas piedritas que se atraviesan en el camino. En tu trabajo, ¿Por qué tantos conejos? ¿Algún significado en especial? ¡¡¡Conejos!!! Representan la ternura y la debilidad, yo la fortalezco, la enrudezco, es comparar a la mujer hoy en día atropellada desde hace siglos por el espécimen masculino. Yo digo que la mujer debería ser como mis conejos, dentro de ese cuerpo Volumen| 33


delicado y estilizado poseer un ser duro, fuerte y sacar un poco ese lado masculino que tenemos dentro, pero eso sí sin nunca apagar nuestro lado bondadoso y amoroso, materno, para ganarle la partida a este mundo injusto, no hacer una competencia con nuestros compañeros, no, que por cierto los amamos mucho: son nuestro complemento, pero algunos no se han dado cuenta de eso y ese punto lo tenemos que esclarecer nosotras con coraje y no dejarnos joder nunca más, y estoy convencida que hay muchas así, yo soy así. Además el conejo me parece muy expresivo. Si hicieran un video de tu obra, ¿Cuál sería la banda sonora? Bueno, he pasado por tantas etapas musicales que de verdad me costaría decidirme pero, en este momento que ando relax, me gustaría que fuera una canción de indie; por ejemplo un rock-indie femenino de The brothers, Sonic Youth, Power Cat, Air, también me agrada mucho Team Sleep, ¡es lo que me tiene mas fiebrúa ahorita! El arte en Venezuela: ¿Underground, comercial, o una tercera vía? Ninguna. Es un desastre, aquí todo está disperso, me gustaría que alguna vez fuéramos mas como el mercurio que siempre se junta… pero nada hay una actitud de arrogancia en un mercado decadente de arte y caduco si sigue así, muchos farsantes y falsos artistas-diseñadores, oportunistas que no se han dado cuenta que su trabajo es malo. Volumen| 34

La otra también que se ha puesto de moda es el arte y el diseño, cuando en realidad es algo más viejo que Matusalén, pero sus propulsores de ahora andan como si hubieran descubierto a América (en un vaso de agua), cuando realmente siempre estuvo allí. Pero es algo que llegó como un boom y una moda en vez de formar parte de nuestra cultura, por eso notas que el diseño es de baja calidad y hasta infantil, ni hablar de los acabados. ¡Ir a una feria “de diseño”! Y lo que venden es pura bisutería como en el Mercado del Cementerio pero artesanal… ¿Desde cuando el diseño es bisutería? Lo que nos dejó la escuela Bauhaus no fue eso, pero tengo que destacar que siempre hay una luz y un iluminado en los mercaditos y galerías, ¡y hurra por ellos! Hacen falta muchos iluminados, sé que hay más pero tiene que salir de sus casas y reclamar lo que por derecho es de ellos, gracias a dios que existen, pronto cambiara este sistema desordenado, o eso espero.

de su trabajo, y apuntar a la individualidad de los estilos y artistas, el mensaje es EXISTISMOS Y AQUÍ ESTAMOS… ¡SOMOS JÓVENES Y LUCHAMOS POR LO NUESTRO! Hace unos años también te dedicabas a la fotografía. ¿Has abandonado ese campo? La fotografía para mí es un amante ejecutivo, cuando vuelve de viaje me acuesto con él y me lo gozo. Viviste en Argentina un tiempo, ¿Qué tal? Una experiencia donde maduré mucho en mis aspectos débiles y me di cuenta de lo que podía dar al mundo y a mí misma, y que me encontraba en el comienzo de una gran carrera. Es un lugar muy bello donde abunda el arte y la cultura, es un éxito de país porque no tiene petróleo y todo está muy bien, limpio y ordenado, creo que deberíamos aplicar sus buenas cosas aquí. Aprovecho esta pregunta para decir que

Eres la mente detrás de Caracas Street Art. ¿Cuál es la filosofía detrás del blog? Ups, pues sí. La filosofía de Caracas Street Art (caracasstreetart. blogspot.com) es la inclusión de la mayor cantidad posible de artistas para la difusión y reconocimiento Marzo/Abril 2011


no entiendo porqué el Venezolano se ha convertido en un ser tan inescrupuloso; sé que no todos, pero sí, realmente considero que los valores están desapareciendo. Algunos lo sueñan, otros realmente lo persiguen, pero ¿realmente se puede vivir del arte? Quien sueña realiza cosas y si lo persigues, aún más. Sí se puede vivir de arte, yo vivo de y por el arte, pero el problema no es el arte, es la crisis en la que vivimos, que no sólo es una crisis

económica sino también intelectual (arrechamente). Aquí la solución es trabajar, estudiar y echarle pichón y después en el tiempo libre seguir trabajando, hay que ser inteligente, mientras los demás están desperdiciando su tiempo jodiéndose la vida tú estás echándole pichón y sigues adelante aceleradamente y sabes mover las fichas, también hay que dejarse de esa mente underground toda pajúa y ficticia; estudiar ese pensamiento, porque lo único que hará por tí es llevarte a la quiebra y a la oscuridad, pero bueno tómate unas cervecitas de

vez en cuando o una copita de vino para que no te vuelvas loco… ¡Tampoco a lo ermitaño! La evolución del arte está innegablemente relacionada al progreso tecnológico. Nuevas pinturas, soportes, softwares... ¿Dirías que eres una purista o te arriesgas a mezclar? Yo soy un mezclote si de esto se trata, el purismo se lo dejo a los pures… Tengo la tecnología y la se usar. ¿¿Los artistas deben mantenerse anónimos bajo un seudónimo, o mostrarse con nombre y apellido? Depende qu es lo que quires conseguir. Por ejemplo si quieres vender tu imagen sería bueno que dieras la cara, y también por cuestiones de negocios... si no te importa pues no lo haces. Otro ejemplo: si tuviera un negocio que aplicara a muchas áreas y personas no diría que es mío y menos en un país tan peligroso. No sé, depende en gran parte de lo que quiera el artista y como se sienta... es demasiado complejo decir sí o no a esta respuesta, de verdad que es algo muy ambiguo. ¿Dónde veremos a Miss Hask próximamente? De gira por toda Venezuela con la marca Pinta-t, ¡difundiendo y pintando!

+ DE MISS HASK:

angelicatalavera@gmail.com (twitter) @misshask (flickr) angelicatalavera

Marzo/Abril 2011

Volumen| 35


PARIA

por: Maribel Anaya

C

uando leemos los clásicos de la literatura griega es inevitable remitirnos al tiempo en que los hombres podían dirigirse a los dioses; a la era en la que, de vez en cuando, los dioses descendían del Olimpo tentados por la belleza o los atrevimientos de los mortales. Pero esa comunión se quebrar y, desde entonces, no ha sido restaurada. Las artes son, en parte, intentos por restaurar ese vínculo perdido; o por recordarnos que alguna vez existió, que no estamos tan solos… o quizás lo que nos recuerdan es, precisamente, la irremediable orfandad de divinidad en que ha quedado la humanidad. Estos ecos son lo primero que nos encontramos en Paria. Este montaje, dirigido por Diana Peñalver y llevado a escena por Teatro La Bacante, nos pasea por varios elementos del teatro tanto clásico como contemporáneo. Un coro enmascarado viste con zapatos de tap en medio de una escenografía impresionante, que pareciera estar grabada en el espacio con un cincel. Volumen| 36

para despertar

El trabajo vocal de los actores hace que sus cantos retumben en la sala y en los cuerpos de los espectadores; el vestuario, las máscaras y la iluminación vienen a conformar el todo, que se traduce en un viaje maravilloso. Teatro La Bacante ha trabajado anteriormente con textos narrativos o poéticos con el fin de extraer de ellos lo que la misma agrupación denomina su “naturaleza teatral”. Este particular viaje tiene, esta vez, su base en aforismos y fragmentos del pensador y escritor rumano E. M Cioran. Las reflexiones surgidas son abundantes. Paria es, sencillamente, la música que despierta a la Ciudad Triste; aquella en la que ahora sólo se escuchan toques marciales y donde hay cada vez más prohibiciones que se imponen bajo el engañoso lema “para nuestro bienestar”. El encuentro con Paria es algo que no podemos perdernos. La primera temporada de Paria terminó el pasado 20 de febrero, pero estamos a la espera de una segunda temporada, de que la música de Paria suene y resuene en nosotros muchas madrugadas más, y de que al fin las Ciudades Tristes despierten. Marzo/Abril 2011


Literatura para vencer al domingo por: María Lucía Santagata

No hay dudas: los domingos absolutamente quietos. Hay quien dice que es porque ese día ni siquiera Dios trabajó, otros aseguran que es porque en la televisión sólo pasan películas malas, un par juran que es por la escasez de negocios abiertos; particularmente creo que es porque simplemente sabemos que al día siguiente nos augura el inicio de otra semana laboral. Leer es una buena manera de enfrentarlos. Si hay un escritor que se adapta perfectamente a la melancolía de un domingo, combinada con el humor necesario para afrontar el lunes, ese es Alfredo Bryce Echenique. Peruano, de prolífica carrera, cuenta con gran número de novelas, cuentos y ensayos en su obra. Algunos están ambientados en el Perú de los años 1950, repletos de nostalgia y tonos sepias; otros en Europa, tanto en España, Francia e Italia, ya con tintes post-Mayo

El amor y los corazones rotos se mezclan en una historia en donde abundan no solo los malentendidos y las situaciones tragicómicas, sino también las reflexiones sobre el devenir de nuestra existencia cuando nos encontramos subidos al tren del enamoramiento. Digna de ser leída en pleno duelo post-ruptura amorosa como también en el cénit de un noviazgo, esta novela sorprende por su prosa

del ’68, televisión color y punk en las radios. Cual-

honesta y por la forma de mostrar que, incluso en

embargo, a la hora de empezar por uno, quizás

Con un café, con una cerveza helada, con un vaso

quiera de estos últimos puede ser perfecto aperitivo los peores momentos, el humor y la esperanza pueden hacer más llevadera cualquier situación. para un domingo gris, verde o anaranjado. Sin para devorar en un día, valdría la pena correr a cualquier librería y buscar La última mudanza de Felipe Carrillo. ¿Por qué? Porque más allá de ser un libro cuya edición de bolsillo es sumamente barata, es una novela corta y repleta de humor, a pesar de los infortunios del personaje que le da nombre a la obra.

de licor, con un buen pedazo de pastel, La última mudanza de Felipe Carrillo se disfruta llueva, nieve o truene. Eso sí: no se olvide de agregar, como acompañamiento, un profundo tango despechado. Con el ambiente ya armado, puede sumergirse en las peripecias, disparates y sarcasmos de un hombre abandonado, que, como nos sucede los domingos, debe dar un paso valiente para volver a empezar. Emprenda la aventura con él.

Marzo/Abril 2011

Volumen| 37


A TODO VOLUMEN DESDE EL SUR

Los ciclos

Progresión en la forma y no en la esencia por: Maximiliano Grondona

Desde que recuerdo siempre me ha fascinado hacer teorías de lo mundano, de lo común, de lo diario, aquello que todos los días tenemos frente a nosotros y jamás nos paramos a analizar. También desde muy pequeño la técnica ha sido cruzar teorías de disciplinas lejanas y dispares, cruzando aquellas que, preferentemente utilizan cada una un lado distinto del cerebro para pensarse. El resultado –nunca genial pero sí interesante- se ha visto en hipótesis sobre el arte en el futbol, los colores en la matemática, entre otros. Pero aquí, lo que nos concierne es, ya saben, la música. Y porque no, como influye la filosofía de la historia en ella. Desde el Antiguo Egipto con lo que se llamó el –eterno retorno-, pasando por Grecia y sus Edades de la Historia, hasta nuestros días con distintos autores, la historia suele ser vista desde un concepto cíclico. La historia se repite. Todo vuelve. Spengler, por ejemplo, concebía la historia como un continuo suceder de ascensos y caídas. Y así es (podrán discutirlo libremente) como yo veo la música. Fuera de toda concepción lineal o progresiva, veo la música como algo totalmente cíclico, con una progresión que está en su forma pero no en su esencia, en su calidad y no en Volumen| 38

otras manifestaciones donde siempre vuelve a repetirse. Y, siendo más especificos, estosascensos y caídas en la música ocurren aproximadamente cada diez años. Sí, cada década, desde mi punto de vista, es buena o mala, un ascenso y una caída, con sus atenuantes, excepciones, grises y todo lo que uno quiera encontrarle, pero objetivamente cíclicas. Los 90, la mayoría de nosotros la recuerda con cariño –musicalmente, claro- vuelven a surgir discos clásicos, el grunge colma todo, el metal se afianza y no muere, resurge Inglaterra y su britpop, el rock en español repunta increíblemente, y hasta el punk de la mano de Green Day hace crecer nuevas crestas en todas partes del mundo. Ahora, para probar nuestra hipótesis retrocedamos y avancemos una década respectivamente desde los 90. Los 2000, ¡década infame! Grandes bandas desaparecen y otras, cuando menos horripilantes llegan a los escenarios, el rock prácticamente es erradicado de todo medio, cumbia reggaeton y pop manufacturado es todo lo que se escucha, y hasta los ya nombrados Green Day parecen formar parte de este movimiento; no creo que les cueste mucho estar de acuerdo con esto. Pero ¿qué pasa con los 80? Aquí podrían decir que la

teoría flaquea, estoy seguro que pueden nombrar varias bandas que alcanzan su fama en esta década y que valen la pena. Me pueden nombrar a Queen, Michael Jackson tal vez. Pero no, eso no cambia las cosas, la música New Age, los sintetizadores, one hit wonders irritables, esas baterías eléctricas, el hair metal, el glam, Paula Abdul. No señores, los 80… ¡los 80 son los peores! Repitamos el ejercicio hacia atrás y no hace falta aclarar nada sobre los 70 siendo la época dorada del rock, y en cuanto a los 60, aunque tengamos a los Beatles y los Rolling Stones sobresaliendo, la lista de bandas simplonas, aburridas, sin talento e híper producidas hasta el punto que dan risa es infinita. Repitiendo hacia atrás la hipótesis, el siglo XX parece cumplir muy bien con la teoría, de ahí para atrás, los ciclos se hacen más largos. Y mas allá de las polémicas que la teoría genere, hay, eso sí, una buena noticia, Comenzamos el 2011, y si la teoría se cumple, y los mayas se equivocan, nos espera una década de bonanza y nuevas glorias. Que así sea. N.A: Y tal vez (siguiendo con el ciclo histórico)… ¡Haya un Mark Chapman para Justin Bieber! Marzo/Abril 2011



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