Discurso presidente Vera lançamento do livro “A Saga da Colonia Cecilia” de Davirno Agottani

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Instituto Histórico e Geográfico de Palmeira Fundado em 13 de fevereiro de 1955 Registro nº 438, Liv A-02 Cartório de Títulos e Documentos CNPJ 07.217.980/0001-28 Declarado de utilidade pública pela Lei nº 310 de 22 de maio 1955. Discurso da Presidente Vera Lúcia de Oliveira Mayer – 29/06/2013 – Lançamento do Livro “A Saga da Colonia Cecilia” de Davirno Agottani Solenidade realizada em Santa Bárbara – Residência do autor.

Senhoras e Senhores Boa Tarde. Prezados confrades, distintas autoridades já nominadas, minhas cordiais saudações. Antes de qualquer coisa quero parabenizar nosso amigo Sr. Darvino Agttani, por materializar mais pouco a história de Palmeira e dos Palmeirenses em sua obra “A Saga da Colônia Cecília” uma experiência anarquista, vivenciada aqui em Santa Bárbara nos idos anos de 1890 a 1894, num contexto histórico em que a sociedade ocidental fervilhava em novas ideologias, o anarquismo aqui foi e pode ser experimentado. Seguidores ou não de Giovanni Rossi, aqui homens e mulheres europeus viveram intensa experiência, seja pela ideologia anarquista ou em busca de nova vida na América, depositaram aqui a esperança, trabalharam muito, sobreviveram a tantos reveses. Sabemos que de longa data, Sr. Darvino, através da memória e da lembrança dos seus antepassados vem pontuando de modo peculiar a história da Colônia anarquista no Brasil, a Colônia Cecília em Palmeira. Assim a “Saga da Colônia Cecília” numa abordagem feita através da oralidade como fonte, as lembrança e a memória das pessoas, permite-nos um novo olhar para uma história que aqui aconteceu. Se de um lado o anarquismo enquanto ideologia não foi possível, a experiência anarquista em Palmeira é um legado de historias de vida 1


de pessoas que contribuíram para o enriquecimento do pujante município de Palmeira. A história é feita pelos que têm algo para mostrar, pelos que têm o dom de viver deixando marcas, esperando o momento exato para imprimir seu nome na história. E isso é o que o Sr. Darvino esta fazendo hoje, lançando seu livro. A preservação da memória é o ato de não deixar o esquecimento queimar os nomes, enfumaçar os acontecimentos. Os livros têm a nobre função de preservar os nomes, os feitos, as marcas. Tornam indeléveis os acontecimentos e renovam, hoje, sempre e a cada dia, os fatos. Não há como traçar sobrevida sem a herança escrita. O patrimônio se esvai. A própria lembrança se vai com os que a detêm. A tradição oral morre com os seus falantes, daí a importância do papel, o texto, o registro impresso. Somente o que se encontra registrado tem uma posteridade falante por si só. Somente o que se acha grafado tem o poder de sobreviver aos que se vão e o renascer com os que vêem os livros pela primeira vez. Portanto, a história não é o simples registro do passado: é o transportar dos fatos de geração a gerações que lutam todos os dias para que outros dias nasçam com melhores caracteres. Obrigado a todos os que de uma forma ou outra fazem da história, um meio para a transformação da sociedade. Obrigado, em nome do Instituto Histórico e Geográfico de Palmeira de modo especial ao Sr. Darvino e sua família por enriquecerem a história do povo palmeirense com a obra ora lançada. Muito obrigado.

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