JUNHO/2020 ESPECIAL EMBRAER
BOLETIM VIRTUAL SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP)
NESSA EDIÇÃO:
POR QUE LUTAR PELA REESTATIZAÇÃO DA EMBRAER? @pstusjcampos pstu.org.br
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O FUTURO DA EMBRAER E DOS EMPREGOS DEPENDE DA REESTATIZAÇÃO
Os trabalhadores da Embraer e do setor aeronáutico se veem novamente diante de um futuro incerto após a ruptura do acordo com a Boeing e com a crise no setor da aviação mundial em razão da pandemia. Uma situação que ameaça os empregos, bem como a existência da própria empresa e suas fornecedoras. A situação traz à tona novamente o debate sobre a reestatização da Embraer que, mais do que nunca, se mostra necessária. O PSTU defende que a Embraer precisa voltar a ser 100% estatal, sob controle dos trabalhadores. Confira como isso é necessário e possível! PÁGINA 2 DE 10
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NAS MÃOS PRIVADAS, EMPREGOS E SOBERANIA NUNCA ESTARÃO GARANTIDOS
Nos últimos dois anos, a direção da Embraer e os acionistas tomaram medidas temerárias para entregar a empresa para a Boeing, paralisando investimentos, promovendo demissões, cortes de custos e abandono de novos projetos. Medidas que deixaram a empresa em uma situação extremamente vulnerável. A “quase venda” mostrou que os acionistas, a maioria grandes fundos de investimentos estrangeiros, não pensaram duas vezes em abrir mão do principal e mais dinâmico negócio da Embraer por lucro rápido, mesmo que isso fosse representar a desnacionalização completa da empresa. >> PÁGINA 3 DE 10
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“O fato é que eles não se importam com os trabalhadores, que estão novamente sob o fantasma das demissões, e os interesses do povo brasileiro. Sob controle privado, a Embraer sempre estará sob risco e ameaça de destruição”, diz Herbert Claros, trabalhador da Embraer e dirigente sindical. Voltar às mãos do Estado, sob controle dos trabalhadores, é a única forma da Embraer voltar a ter um projeto estratégico, de desenvolvimento tecnológico e soberano, com geração de empregos.
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DINHEIRO PÚBLICO SUSTENTA LUCRO DE ACIONISTAS ESTRANGEIROS
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O BNDES anunciou, na semana passada, um socorro de US$ 300 milhões para a Embraer, valor que pode chegar até a US$ 600 milhões. Mais uma vez, são os cofres públicos garantindo a sobrevivência da fabricante de aviões, que, mesmo depois de privatizada, nunca deixou de receber dinheiro público. Foram mais de R$ 100 bilhões desde 1994. “Reestatizar a Embraer é devolver a empresa às mãos do povo brasileiro e direcionar dinheiro público para uma empresa pública, que atue a serviço dos interesses nacionais e não de um punhado de acionistas estrangeiros.” Toninho Ferreira é ex-trabalhador da EMBRAER e presidente do PSTU em SJC PÁGINA 5 DE 10
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SÓ COMO ESTATAL, O POTENCIAL DA EMBRAER PODE SE DESENVOLVER O mercado mundial de aviação é dominado por grandes monopólios, que recebem volumosos aportes do Estado e marcado por forte competitividade. O fortalecimento da Embraer neste mercado internacional só pode se dar com uma política exatamente contrária ao que os defensores da venda da empresa tentaram fazer. Sua condução não pode estar submetida à busca pelo lucro rápido nas mãos de acionistas privados. A empresa precisa ser parte de um projeto estratégico de defesa da soberania do país. >>
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As possibilidades são diversas, seja nos setores da aviação comercial, executiva ou de Defesa. Existe uma demanda por aeronaves comerciais de curta distância que poderia ser explorada pela Embraer ou ainda a diversificação de sua produção, com mais desenvolvimento tecnológico e integração com outros ramos industriais. Porém, nas mãos do setor privado, a busca pelo lucro rápido, sem relação com um projeto de soberania nacional, seguirá fragilizando a empresa e resultando na sua destruição. Daí que o futuro da Embraer só é possível com sua reestatização.
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UMA ESTATIZAÇÃO SOB CONTROLE DOS TRABALHADORES
O PSTU defende que a Embraer precisa ser reestatizada, com controle 100% estatal, e, mais do que isso, que a empresa esteja sob a direção dos trabalhadores. Os funcionários da Embraer produzem a riqueza da empresa, detêm todo o conhecimento científico e operacional da produção, do projeto à decolagem dos aviões. São os únicos que têm interesse e, de forma democrática, podem impedir a corrupção, defender os empregos e buscar o desenvolvimento científico em prol dos interesses do povo brasileiro. >> PÁGINA 8 DE 10
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O governo de Bolsonaro e Mourão já mostrou que não é capaz de levar à frente esta luta, pois tem um projeto entreguista e capacho do imperialismo dos EUA. A luta pela reestatização é uma tarefa da classe trabalhadora, suas organizações e todos os setores que defendem um país soberano.
FORA BOLSONARO E MOURÃO JÁ! PÁGINA 9 DE 10
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MAIS SOBRE A CAMPANHA EM DEFESA DA REESTATIZAÇÃO DA EMBRAER O PSTU quer debater com cada trabalhador e trabalhadora da Embraer a necessidade e a viabilidade da reestatização. Seguiremos discutindo os vários aspectos que reforçam esta saída, como a disputa comercial internacional no setor e as possibilidades da Embraer estatal, os interesses imperialistas e dos monopólios da aviação, o papel covarde do governo e da burguesia brasileira, o que é Controle Operário, entre outros. Acompanhe nossos próximos boletins e materiais.
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