Gestión de proyectos - Parte 1

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organizacionais e a governança corporativa. Este artigo apresenta a síntese de uma dissertação de mestrado, defendida no Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento PPGEGC, da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, cujo objetivo foi propor um o modelo de planejamento da comunicação organizacional para a implantação de projetos estratégicos de TI. A metodologia de construção do modelo compreendeu: pesquisa bibliográfica, documental e estudo de caso exploratório, realizado na empresa Weg S.A, localizada no Estado de Santa Catarina, Brasil. A questão norteadora do estudo objetivou responder como a comunicação organizacional pode viabilizar, e/ou acelerar, e/ou consolidar a implantação de projetos estratégicos de TI, partindo-se do pressuposto que a comunicação organizacional pode ser vista como o substrato onde as atividades ocorrem, sendo imprescindível às organizações da Sociedade da Informação e do Conhecimento. Como resultado, espera-se que o modelo proposto possa facilitar a implantação de projetos estratégicos de TI, servindo de instrumento para a gestão da mudança. Palavras chaves (Keywords): Planejamento de Comunicação Organizacional. Tecnologia da Informação.Projeto Estratégico de TI.

1 Introdução Transformações em tempo real são observadas na sociedade contemporânea. A informação instantânea e acessível conecta os seres humanos planetariamente transformando o mundo no que os teóricos chamam de realidade complexa. Na expectativa de compreender esta sociedade/organização complexa, Morin (1990) argumenta que é necessário o estabelecimento de uma reforma no pensamento humano, um novo paradigma, principalmente na forma como organizamos e articulamos as informações sobre este mundo. Para Morin (1990, p. 78) o pensamento complexo não se reduz nem à ciência, nem a filosofia, mas permite a comunicação entre elas, servindo-lhe de ponte. O autor complementa “o modo complexo de pensar não tem utilidade somente nos problemas organizacionais, sociais e políticos, pois um pensamento que enfrenta a incerteza pode esclarecer as estratégias no nosso mundo incerto [...]”. É neste mundo complexo que vislumbramos uma vida organizacional cada vez mais focada no conhecimento. O conhecimento, como ressalta diversos autores, configura real fator – insumo para a obtenção de vantagens competitivas e inovação e a conseqüente manutenção das organizações no mercado globalizado. (NONAKA; TAKEUCHI, 1997; SVEIBY, 1998; SENGE, 1999; DRUCKER, 2002; DAVENPORT; PRUZAK, 1998; CASTELLS, 2005). Para Castells (2005) o conhecimento sempre esteve presente nas organizações, mas a tecnologia, a partir da “chegada” dos computadores, transformou definitivamente a vida organizacional. Castells (2005) define esta nova organização/sociedade informacional e em rede, e nos dá a dimensão do papel da TI neste contexto. Segundo o autor, vivemos uma revolução sem similar ao que se viu anteriormente na história da civilização moderna. O cerne desta transformação está suportado pelas TI, processamento e comunicação. Para o autor, “a TI é para esta revolução o que as novas fontes de energia - o motor a vapor, eletricidade, combustíveis fósseis, e energia nuclear - foram para as revoluções industriais sucessivas”. (CASTELLS, 2005, p. 68). Neste cenário organizacional complexo, em hipertexto e em rede, (MORIN, 1990; NONAKA; TAKEUCHI, 1997; CASTELLS, 2005) ganham destaque os projetos estratégicos de TI. Projetos estratégicos de TI são intensivos em novos conhecimentos e acarretam geralmente grandes

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