Gestión de proyectos - Parte 1

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2. Revisão de Literatura Pretende-se nesta revisão de literatura abordar os fundamentos teóricos que vão subsidiar a compreensão do proposto neste trabalho. 2.1 Inovação em processos Há uma distinção na literatura entre inovações técnicas (novas tecnologias, produtos e serviços) e inovações administrativas, que envolvem procedimentos, políticas e formas organizacionais (Daft e Becker, 1978; Damanpour, 1987; Kimberly e Evanisko, 1981). Embora esta distinção não seja uma unanimidade, é bastante difundida. Linton (2009) destaca que o termo inovação administrativa é usado para caracterizar também as inovações sociais, as quais envolvem novas atividades que não efetam diretamente as habilidades centrais de produção e tecnologia que os processos estão baseados (tradução livre). Este artigo utiliza a fundamentação teórica que suporta as inovações administrativas, mais precisamente a inovação em processo. A inovação em processo é uma mudança na maneira que um produto é feito ou um serviço é prestado (Robey, 1986; Zmud, 1982). É ainda a introdução de novos métodos, procedimentos e responsabilidades dentro de uma organização (Davenport, 1992). A Financiadora de Produtos e Projetos (FINEP – 2006) define inovação como sendo a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas (Coral, et. al. 2008). A inovação em processos considera a introdução de um novo processo produtivo ou melhoria significativa no processo já existente. De acordo com Fürnsinn, Günther e Stummer (2007), além de gerar um grande impacto na produtividade, a inovação em processos permite que a empresas obtenham melhora de desempenho em fatores como qualidade e flexibilidade de sua produção. 2.2 Comunicação estratégica nas organizações A informação e os processos de comunicação sempre estiveram presentes na evolução das estratégias empresariais e na própria evolução das organizações. Por isso, hoje, muito mais do que em épocas passadas, torna-se necessário entender a complexidade que envolve a informação e os processos comunicacionais na gestão estratégica das organizações. Afinal, vivemos numa era de ritmo acelerado de transformações e contextos cada vez mais complexos, onde as organizações precisam buscar novas lógicas de gestão para enfrentar a competitividade (WERUTSKY, 2008). A comunicação tem duas dimensões que funcionam em um modelo de dupla hélice de forma dinâmica e contínua: uma normativa, remetendo ao ideal da comunicação, ou seja, informar, compartilhar, compreender; e outra funcional, cunhada a partir do século XVI, ligada ao progresso técnico, remetendo à idéia de transmissão e de difusão, que é simplesmente necessária ao funcionamento das relações humanas e sociais. (WALTON, 2006, p. 10). No âmbito empresarial a comunicação é identificada como comunicação organizacional. O escopo da comunicação organizacional estratégica pode ser compreendido como “a orquestração da dinâmica interativa entre empresa, seus diversos públicos e meio ambiente” (IASBECK ,2002). O autor postula que para gerir e, conseqüentemente, planejar a comunicação, deve-se ampliar a sensibilidade para “captar um vasto leque de fenômenos significativos que contribuem sensivelmente para determinar e redirecionar caminhos e atalhos a serem seguido


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