MUSEU DE LAMEGO | apontamentos março 2018

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marรงo 2018

2018


ÍNDICE DESTAQUE | 04 JANTAR DE ANIVERSÁRIO | 14 JANTAR MONÁSTICO | 16 EXPOSIÇÃO | 20

CEDÊNCIA TEMPORÁRIA | 23 PUBLICAÇÃO ONLINE | 24 PRÓXIMAS EDIÇÕES | 36 COMUNICAÇÃO | 37 LOJA | 40



DESTAQUE

O SALÃO NOBRE DO MUSEU MUDOU “Peça” central no percurso de visita ao museu, “rosto” do jantar anual de aniversário e “ponte” com as crescentes iniciativas de fundraising que têm levado ao progressivo restauro e devolução à fruição pública de obras de arte antes em reserva ou simplesmente em mau estado, o Salão Nobre do Museu de Lamego remodelou-se - nova forma, temática e conteúdos - e é agora a principal “montra” de pintura do museu. A acompanhá-lo, o museu publica em forma de catálogo o projeto de remodelação, além de toda a investigação produzida que contou com a imprescindível colaboração de museus, galerias e arquivos não só nacionais, mas também internacionais.

Disponível em forma de e-book, esta publicação é o reflexo da cada vez maior necessidade de renovação das exposições permanentes em ciclos temporais menores, assumindo-se cada remodelação como uma oportunidade para a produção de novo conhecimento ou, no mínimo, a compilação do conhecimento já existente e muitas vezes disperso.

N.º Inv. 53 N.º Inv. 42

N.º Inv. 41

N.º Inv. 54 N.º Inv. 68

N.º Inv. 21

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«Sallam de pinturas»

As Natural «Painting Hall»

N.º Inv. 24

N.º Inv. 22

N.º Inv. 23


A remodelação do Salão Nobre do Museu de Lamego proporcionou uma reflexão sobre o acervo de pintura estrangeira dos séculos XVII e XVIII, sobre o qual muito pouco se sabia, para além da sua ligação ao recheio do antigo Paço Episcopal. Uma primeira abordagem levou ao reconhecimento de que grande parte das pinturas eram reproduções de época, de obras de renomados mestres de origem flamenga e holandesa, dando origem a um projeto de investigação destinado a determinar a sua importância, no contexto da atividade colecionista dos bispos lamecenses, à luz do atual debate internacional sobre cópia pictórica. Por outro lado, este novo papel do Salão Nobre trouxe consigo a opção pouco convencional de assumir a exposição de pinturas cujo deficitário estado de conservação levaria, normalmente, à sua não exibição pública, constituindo esta uma oportunidade de dar a conhecer obras desconhecidas, de outro modo condenadas a continuar a viver anonimamente na “sombra” das reservas, mas de incontornável valor artístico, histórico e científico.

N.º Inv. 26

N.º Inv. 27

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N.º Inv. 44

N.º Inv. 943

N.º Inv. 74

N.º Inv. 55




As novas pinturas em exposição juntam-se assim às já expostas a necessitar de intervenção de conservação ou restauro, num convite ao público a juntar-se ao esforço permanente e diário vivido em todos os museus do mundo: o de preservar e dar a conhecer a herança cultural à sua guarda, no Museu de Lamego materializado no premiado projeto de fundraising “Conhecer Conservar Valorizar”. O catálogo da remodelação do Salão Nobre do Museu de Lamego pretende ser, através da identificação de dados, o seu coligir, a sua análise crítica e o lançamento de novas questões, uma contribuição importante, não apenas para a divulgação do conhecimento já produzido, mas igualmente para a sua evolução futura.





COORDENAÇÃO EDITORIAL Luís Sebastian (Museu de Lamego | Direção Regional de Cultura do Norte) TEXTOS Luís Sebastian (Museu de Lamego | Direção Regional de Cultura do Norte) Alexandra Falcão (Museu de Lamego | Direção Regional de Cultura do Norte) INVESTIGAÇÃO Alexandra Falcão (Museu de Lamego | Direção Regional de Cultura do Norte) DESIGN Paula Pinto (Museu de Lamego | Direção Regional de Cultura do Norte) ILUSTRAÇÃO Luís Sebastian (Museu de Lamego | Direção Regional de Cultura do Norte) Paula Pinto (Museu de Lamego | Direção Regional de Cultura do Norte) COMUNICAÇÃO E VÍDEO Patrícia Brás (Museu de Lamego | Direção Regional de Cultura do Norte) FOTOGRAFIA: © Museu de Lamego. José Pessoa; © Museu de Lamego. Paula Pinto; © Artinpl; © Artokoloro Quint Lox Limited / Alamy Stock Photo; © Direção Geral do Património Cultural/Arquivo de Documentação Fotográ ca; © Felbrigg Hall, Norwich. National Trust Images; © Barberini Gallerie Corsini Nazionali; © Museu de Santa Cruz, Toledo; © Museu do Louvre. RMN; © Museu Real de Belas-Artes, Antuérpia. Art in Flanders vzw, Hugo Maertens; © Museu Regional de Beja; © Museus Capitolinos. Roma; © Nelson-Atkins Media Services /Jamison Miller; © Rijksmuseum; RKD-Netherlands Institute for Art History, Haia; © Trustees of the British Museum; © Web Gallery of Art. Emil Krén e Daniel Marx; © Wellcome Library Images. EDITOR Museu de Lamego | Direção Regional de Cultura do Norte LOCAL Lamego DATA DE EDIÇÃO Março de 2018 ISBN 978-989-20-8304-9

12 | APONTAMENTOS



JANTAR ANIVERSÁRIO

JANTAR DE ANIVERSÁRIO 2018 Depois do sucesso de 2017, o Jantar de Aniversário do Museu de Lamego regressa em 2018 mais uma vez sob o mote “Apadrinhe o restauro de uma obra de arte”. O Salão Nobre já está preparado para mais um evento que, além de assinalar os 101 anos da fundação do Museu de Lamego, é um convite ao mecenato. No dia 5 de abril, a partir das 19h30, o Museu de Lamego convida a fazer parte de um evento único... As inscrições estão abertas até 25 de março.

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MADE IN PORTUGAL

JANTAR DE MECENATO

FUNDRAISING DINNER


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Organização|Organisation

Apoios|Support

Liga dos Amigos do Museu de Lamego

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Lamego

Museu de Lamego Largo de Camões 5100-147 Lamego PORTUGAL | Tel +351 254 600 230 | mlamego@culturanorte.gov.pt | www.museudelamego.gov.pt |

C.T.O.E.


JANTAR MONÁSTICO

JANTAR MONÁSTICO 2018 O Jantar Monástico regressa no próximo dia 16 de junho ao Vale do Varosa e volta a centrar-se nos cereais, depois de em 2017 o milho ter sido fonte de inspiração. “Com a mão se parte o pão” é o tema da oitava edição deste evento que é já uma referência na região e que volta a ter como cenário de excelência o Claustro do Capítulo do Mosteiro de Santa Maria de Salzedas. O desafio está lançado para um jantar que promete voltar a surpreender...



Mas, como já vem sendo habitual, o programa do Jantar Monástico começa bem antes, às 15h00, com um conjunto de visitas guiadas ao Convento de Santo António de Ferreirim, Mosteiro de São João de Tarouca, Ponte Fortificada de Ucanha e, como não poderia deixar de ser, ao Mosteiro de Santa Maria de Salzedas. Em 2018, mais uma vez indo ao encontro mais uma vez das expectativas dos “monges”, o Jantar Monástico volta a oferecer a todos os participantes acesso gratuito, ao longo de todo o fim-de-semana, à rede de monumentos Vale do Varosa e ao Museu de Lamego. Os cereais, especialmente o milho, fizeram parte da dieta portuguesa desde a Idade Média. A introdução do milho graúdo durante a expansão portuguesa, no século XVI, viria mesmo revolucionar a alimentação em Portugal, contribuindo para um dos maiores aumentos populacionais do reino até então. Este peso histórico mantém-se na região até à atualidade, encontrando-se ainda hoje ao longo do rio Varosa centenas dos tradicionais moinhos de rodízio. Com menu de chancela da Escola de Hotelaria e Turismo do Douro, serviço da Quinta do Paço, vinhos da Quinta da Pacheca e espumantes Hehn, o Jantar Monástico é uma iniciativa da Direção Regional de Cultura do Norte, Museu de Lamego e projeto Vale do Varosa, com o apoio da Liga dos Amigos do Museu de Lamego, Câmara Municipal de Tarouca, Junta de Freguesia de Salzedas, Centro de Tropas de Operações Especiais e Agrupamento de Escolas Latino Coelho Lamego.

18 | APONTAMENTOS


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de 15 a 17 de junho

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Museu de Lamego rede de monumentos Vale do Varosa

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www.valedovarosa.gov.pt

PROGRAMA | 15h00 Mosteiro de Santa Maria de Salzedas | 15h45 Visita à Ponte Fortificada de Ucanha | 16h30 Visita ao Convento de Santo António de Ferreirim

menu com chancela

| 17h30 Visita ao Mosteiro de São João de Tarouca | 20h00 qualidade de serviço H

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Visita ao Mosteiro de Santa Maria de Salzedas

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insc 30,00 € adulto | 15,00 € criança (até 10 anos) Mecenas | 25,00 € adulto | 10,00 € criança (até 10 anos)

Inscrições em www.valedovarosa.gov.pt até 8 de junho

vinhos e espumantes

Para mais informações Museu de Lamego | Tel: 254 600 230 E-mail: valedovarosa@culturanorte.gov.pt

Organização

Apoios Liga dos Amigos do Museu de Lamego C.T.O.E.


EXPOSIÇÃO

NOVOS OLHARES SOBRE O MUSEU DE LAMEGO E VALE DO VAROSA EM EXPOSIÇÃO Durante um dia, os participantes na 9ª Maratona Fotográfica FNAC VISEU foram desafiados a promover o Museu de Lamego e a rede de monumentos Vale do Varosa através de olhares incomuns sobre espaços quotidianos. São esses olhares que agora são partilhados em forma de exposição, até ao próximo dia 31 de março, na sala de exposições temporárias do Museu de Lamego.

No dia 16 de setembro de 2017, todos os olhares estiveram postos no património. A 9ª Maratona Fotográfica FNAC VISEU associou-se ao centenário do Museu de Lamego e trouxe à região perto de meia centena de entusiastas da fotografia que, durante um dia, lançaram novos olhares sobre o museu e os monumentos. Depois da maratona, que pretendeu ainda promover a partilha de conhecimentos e estimular o espírito criativo dos participantes, chega agora a vez da exposição fotográfica que apresenta os trabalhos de António Tedim, Miguel Silva e Rui Sousa, primeiro, segundo e terceiro classificados, respetivamente, e de António Almeida e Luís Belo, distinguidos com menções honrosas. 20 | APONTAMENTOS



EXPOSIÇÃO

MUSEU DE LAMEGO: SINCE 1917 Uma experiência imersiva, onde o público também é protagonista, é a proposta de “Museu de Lamego: Since 1917”. A exposição que assinala o centenário fica patente até 31 de março de 2018.

A exposição arranca no exterior com uma instalação de convite à visita, prolongando-se pela principal sala de exposições temporárias, onde o visitante é imerso numa projeção vídeo de 18

MUSEU @ LAMEGO SINCE 1917 Exposição Centenary comemorativa anniversary do centenário exhibition

Museu de Lamego Largo de Camões 5100-147 Lamego PORTUGAL . Tel +351 254 600 230 . mlamego@culturanorte.pt . www.museudelamego.pt .

sensorial. A exposição continua pelas 30 salas de exposição

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metros de comprimento, numa forte experiência

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permanente, através dos “Trilhos da Memória”, momentos em que o visitante “dialoga” com o museu de há 100 anos...

Organização|Organisation

Mecenas|Sponsor

Beira Douro

Apoios|Support Liga dos Amigos do Museu de Lamego

CULTURAL

Direção-Geral do Património Cultural

22 | APONTAMENTOS


CEDÊNCIA TEMPORÁRIA

MUSEU REPRESENTADO NO MUDE Um contador, executado na tradição revivalista do século XIX que recria a forma e a decoração dos pequenos escritórios executados nos Países Baixos, Nápoles e na Alemanha de cerca de 1600, integra até ao próximo dia 15 de julho, a exposição “Tanto Mar. Fluxos Transatlânticos do Design” no MUDE – Museu do Design e da Moda. A peça de mobiliário do Museu de Lamego estará ao lado de outros objetos, numa mostra que se propõe traçar um mapa de fluxos entre Portugal e Brasil, focando a atenção no design e na cultura material de cada país.

O contador à guarda do Museu de Lamego é um contributo para este diálogo. Exportadas para toda a Europa, estas pequenas peças portáteis possuíam frentes com portas que tapavam um interior com pequenas gavetas agrupadas em torno de um compartimento central, ocupado por uma gaveta ou por um pequeno armário com porta. Para ver no MUDE, no Palácio dos Condes da Calheta, em Lisboa, até dia 15 de julho.

23 | APONTAMENTOS


PUBLICAÇÃO ONLINE

HISTÓRIA DO MOSTEIRO DE SANTA MARIA DE SALZEDAS AGORA TAMBÉM EM E-BOOK Depois de ter disponibilizado ao público a pré-visualização

versão em e-book da obra “A Faiança Portuguesa

[resumo]

de Olaria na Intervenção Arqueológica no Mosteiro de São João de Tarouca”, o Museu de Lamego e Vale do Varosa voltam a responder às mais variadas solicitações e alargam também o acesso à obra “Mosteiro de Santa Maria de Salzedas. Da fundação à extinção”, através da sua edição em formato digital. Publicada desde 2014, a sua disponibilização online, de acesso livre, cumpre o objetivo de chegar ao maior número de pessoas possível.

Da autoria da investigadora Ana Sampaio e Castro, a obra reflete a evolução de um edifício que começou a ser construído em 1168, mas que terá tido a sua génese bem antes, no local hoje conhecido como “Abadia Velha”. Em o “Mosteiro de Santa Maria de Salzedas. Da fundação à extinção”, a autora percorre os caminhos deste espaço a partir de diversos pontos de vista: o da geografia, da historiografia, das origens, do espaço monástico e do território.

24 | APONTAMENTOS



Neste contexto, nunca é demais relembrar que a grande maioria dos cartórios monásticos da região centro desapareceram no incêndio ocorrido em 1841 no edifício do Seminário de Viseu, para onde também tinham transitado, entre outros, os cartórios dos mosteiros cistercienses de São João de Tarouca, São Cristóvão de Lafões e São Pedro das Águias, na sequência da extinção das Ordens Religiosas em 1834. A investigação condensada em “Mosteiro de Santa Maria de Salzedas. Da fundação à extinção” AUTOR Ana Sampaio e Castro

procurou por isso respostas não apenas na pouca

TÍTULO

documentação que chegou até nós, mas

O Mosteiro de Santa Maria de Salzedas: Da fundação à extinção

igualmente na Arqueologia clássica e nas novas

EDITOR

vertentes da Arqueologia da Arquitetura.

Vale do Varosa/Direção Regional de Cultura do Norte LOCAL Lamego

Ana Sampaio e Castro é licenciada em História,

ANO

variante Arqueologia pela Faculdade de Letras

2014

da Universidade de Coimbra, e mestre em

Depósito legal

História e Arqueologia da Expansão Portuguesa

374315/14 ISBN

pela Universidade Nova de Lisboa, com o tema “Cerâmica europeia de importação no Mosteiro

978-989-98708-2-6 Impressão e acabamento Tipografia Voz de Lamego, Lda

de São João de Tarouca (séculos XV – XVIII). Desde 2014, é bolseira de doutoramento da Fundação para a Ciência e Tecnologia em Arqueologia Histórica, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, com o tema “Povoamento Rural no Vale do Rio Varosa: Da reconquista à Segunda Dinastia”.

26 | APONTAMENTOS



PUBLICAÇÃO ONLINE

CISTER NO DOURO Depois de “A Faiança Portuguesa de Olaria na pré-visualização

Intervenção Arqueológica no Mosteiro de São

[resumo]

João de Tarouca” e do “Mosteiro de Santa Maria de Salzedas. Da fundação à extinção” o catálogo “Cister no Douro” passa a estar também disponível em forma de e-book. De acesso livre a partir de www.museudelamego.gov.pt e www.valedovarosa.gov.pt, o Museu de Lamego e Vale do Varosa continuam a disponibilizar o conhecimento produzido ao longo dos últimos cinco anos.

Tudo começou com uma exposição que queria ser única e que pretendia dar voz à vontade de chamar a atenção para a importância da Ordem de Cister no Douro. Em 2014, uma instalação multimédia, que viria a ser distinguida com o Prémio Reynaldo dos Santos, totalmente sustentada por som e imagem, instalava-se na estação de Metro do Porto da Casa da Música. Em 2015 a opção de divulgar o património cisterciense duriense e de contribuir para a consolidação da sua investigação materializava-se na edição em catálogo de “Cister no Douro”. Três anos depois “Cister no Douro” volta a estar em destaque, agora com a sua disponibilização online. 28 | APONTAMENTOS



COORDENAÇÃO EDITORIAL

Indo além do convencional formato de catálogo de

Luís Sebastian | Nuno Resende

exposição, esta obra procurou reunir um conjunto

COORDENAÇÃO CIENTÍFICA Nuno Resende

diversificado de investigadores que, no todo, contribuíssem para uma visão geral e

AUTORES DOS TEXTOS Ana Sampaio e Castro | Ana Cristina Sousa | Célia Taborda | David Ferreira | Hugo Barreira | Lúcia Rosas | Luís Corredoura | Luís Sebastian | Maria Leonor Botelho | Manuel Pedro Ferreira | Miguel Rodrigues | Nuno Resende | Salvador Magalhães Mota DESIGN GRÁFICO

multifacetada do fenómeno cisterciense na região, à luz do conhecimento atual. Treze investigadores aceitaram o desafio,

Cristina Dordio

construindo um diálogo com e entre os objetos, as

FOTOGRAFIA

ideias, as formas, os textos e contextos, no

Ana Sampaio e Castro | Biblioteca Nacional Digital | Bruno Marques. DCRN © | Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa | Diocese de Lamego | Hugo Pereira. DRCN © | Instituto Geográfico do Exército | José Pessoa. Museu de Lamego. DRCN © | Luís Corredoura | Luís Sebastian. Museu de Lamego. DCRN © | Nuno Resende | Pedro Martins. DRCN © | Sofia Catalão. DRCN ©

sentido de (re)construir ruínas e fragmentos,

EDIÇÃO

património.

DCRN | Museu de Lamego | Vale do Varosa ISBN

procurando desenhar uma imagem com maior definição do passado, da memória coletiva e do

Organizado cronologicamente, em “Cister no Douro” cruzam-se saberes sobre um conjunto de

978-989-98657-9-2 DEPÓSITO LEGAL 395817/15

edifícios cistercienses erguidos ainda durante a Idade Média – Santa Maria de Aguiar, São Pedro das Águias, Santa Maria de Salzedas, São João de Tarouca e Santa Maria de Arouca – ou, como no caso de Tabosa, erguido durante a época Moderna.

30 | APONTAMENTOS



PUBLICAÇÃO ONLINE

MOSTEIRO DE SÃO JOÃO DE TAROUCA. HISTÓRIA, ARQUITETURA E QUOTIDIANO Disponibilizar de forma acessível uma pré-visualização

apresentação geral do conhecimento reunido ao

[resumo]

longo de 17 anos de investigação históricoarqueológica foi o grande objetivo, em 2016, com a publicação da obra “Mosteiro de São João de Tarouca. História, Arquitetura e Quotidiano”. Dois anos depois, o objetivo passa a ser alargar o conhecimento do primeiro mosteiro cisterciense a ser construído em Portugal ao maior número de pessoas possível. A partir de agora, a obra passa também a estar disponível em forma de e-book.

“Mosteiro de São João de Tarouca. História, Arquitetura e Quotidiano” nasceu da necessidade de dar apoio a quem visita o complexo monástico, tendo apostado, por este motivo, na vertente comunicativa. Partindo da investigação realizada ao longo das últimas duas décadas pelos investigadores Luís Sebastian e Ana Sampaio e Castro, na obra desconstroem-se conceitos e criase um fio condutor que faz o leitor recuar até ao século VI e a partir daí (re)descobrir as origens da Ordem de Cister e a construção do Mosteiro de São João de Tarouca, entrando na sua história e no seu quotidiano. 32 | APONTAMENTOS



Fundado em 1140, o Mosteiro de S. João de Tarouca começou a ser construído em 1154. Com a igreja sagrada em 1169, a construção da totalidade do complexo monástico encontrava-se então ainda longe de estar completa, o que apenas viria a acontecer já no início do século seguinte, com a conclusão da ala dos monges conversos. Referência espiritual dentro da Ordem, no século XVII o mosteiro vai sofrer obras que ampliação que vão continuar no século XVIII com a construção de um monumental dormitório de dois pisos e a reformulação da cerca de clausura. TEXTOS Luís Sebastian | Patrícia Brás

Com a extinção em 1834 das Ordens Religiosas em Portugal, a igreja é convertida em paroquial e os edifícios correspondentes às dependências

INVESTIGAÇÃO

monásticas e respetivo recheio vendidos em hasta

Luís Sebastian | Ana Sampaio e Castro

pública. O comprador dos edifícios destinou-os ao ILUSTRAÇÃO Luís Sebastian

desmantelamento para venda e reaproveitamento da pedra, processo que só terminaria já nos

REGISTO GRÁFICO

primeiros anos do século XX, com o total

Luís Sebastian | Hugo Pereira | Sílvia Pereira

desaparecimento das dependências medievais e a

RECONSTITUIÇÃO 3D E RENDERING

profunda ruína das restantes ampliações mais

Paulo Bernardes | Clara Rodrigues (Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho)

tardias. Monumento Nacional, em 1998, iniciou-se a

EDITOR

escavação arqueológica do conjunto, processo que Direção Regional de Cultura do Norte / Museu de Lamego / Vale do Varosa

decorreria até 2007, paralelamente a múltiplos LOCAL

trabalhos de restauro no edifício da igreja.

Lamego

Em 2009, o Mosteiro de São João de Tarouca é ANO 2015

inserido no projeto Vale do Varosa, no âmbito do qual é completado o restauro da igreja, é

DESIGN

musealizada a área arqueológica e recuperada

Companhia das Cores, Design e comunicação Empresarial

parcialmente a cerca de clausura e é instalado um

ISBN

Centro Interpretativo na Casa da Tulha, antigo

978-989-98708-7-1

Celeiro de século XVIII.

34 | APONTAMENTOS



36 | APONTAMENTOS

PRÓXIMAS EDIÇÕES ONLINE


COMUNICAÇÃO

MUSEU DE LAMEGO MUSEU DE LAMEGO Largo de Camões 5100-147 Lamego (+351)254600230 mlamego@culturanorte.gov.pt www.museudelamego.gov.pt /museu.de.lamego /museudelamego /c/museudelamego

N 41º05’50’’

W 7º48’22’

37 | APONTAMENTOS


COMUNICAÇÃO

VALE DO VAROSA (+351)254600230 (Museu de Lamego) mlamego@valedovarosa.gov.pt www.valedovarosa.gov.pt /valedovarosa /valedovarosa /valedovarosa Mosteiro de São João de Tarouca Centro Interpretativo N 40º 59' 41'' W 7º 44' 48'' Mosteiro de Santa Maria de Salzedas Núcleo Museológico N 41º 03' 18'' W 7º 43' 32'' Convento de Santo António de Ferreirim Centro Interpretativo N 41º 03' 10' W 7º 46' 32''

38 | APONTAMENTOS

Ponte Fortificada de Ucanha N 41º 02′ 56″ W 7º 44′ 48″ Capela de São Pedro de Balsemão N 41º 06′ 25″ W 7º 46′ 59″


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Visite-nos e partilhe a sua experiência de visita ao Museu de Lamego e à rede de monumentos Vale do Varosa.

ATÉ BREVE!

39 | APONTAMENTOS


LOJA 40 | APONTAMENTOS

SEGUNDA-DOMINGO | 10h00 - 18h00


OS NOSSOS MECENAS


OS NOSSOS PARCEIROS


Museu de Lamego Largo de Camões 5100-147 Lamego

Tel: (+351) 254600230 E-mail: mlamego@culturanorte.gov.pt Site: www.museudelamego.gov.pt Facebook: www.facebook.com/museu.de.lamego

Horário Segunda a domingo das 10h00 às 18h00. Encerra a 1 de janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de maio, 8 de setembro (feriado municipal), 25 de dezembro.

Gratuito aos domingos e feriados até às 14h00 para todos os cidadãos residentes em território nacional.

Serviço Educativo Visitas orientadas/comentadas à exposição permanente e exposições temporárias, mediante marcação prévia.

Biblioteca De segunda a sexta-feira, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00, mediante contacto prévio.

Auditório 100 lugares

43 | APONTAMENTOS


CATÁLOGO

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