Revista do Avaí #13

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revista oficial

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#13 • aNO 3 agosto DE 2011 • R$

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Elenco: Conheça os atletas que defendem as cores do Leão no Brasileirão Bastidores: Gustavo Mendes e Mauro Galvão em entrevistas exclusivas Luiz Alberto: “Eu nunca me dediquei tanto a um Clube”

A Era Gallo:

“Eu confio no trabalho desse grupo”

9 771984 736001 ISSN:1984-736X

Com quase 10 anos de experiência fora dos gramados, Alexandre Gallo chegou ao Avaí e participou da reformulação de parte do elenco para a sequência do Brasileirão. “Vamos juntos fazer o Avaí ainda maior”, garante.


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agosto DE 2011


Com a palavra...

Rumo à ISO 9001 P

elo terceiro ano consecutivo entramos em campo para disputar o Campeonato Brasileiro da Série A. Os desafios continuam e a responsabilidade de manter o Avaí Futebol Clube na elite do futebol nacional é uma tarefa árdua que requer dedicação, lealdade e, acima de tudo, investimentos. A cada ano, o Clube cresce e mostra que, através de um planejamento estratégico seguido à risca, é possível figurar entre as principais forças desportivas do Brasil. Um grande exemplo da profissionalização da gestão do Clube é a implantação do projeto para obter o certificado da ISO 9001. O trabalho de busca da excelência e da qualidade na administração começou a sair do papel em 2009 e chega em 2011 com o desafio de atingir a meta até o final do ano. Um objetivo incansável, sem medir esforços, e que tornará o Avaí o primeiro clube do país a conquistar a ISO em todos os setores e segmentos. A união construída entre os funcionários, colaboradores e membros da equipe responsável pela execução do projeto implicará em mais um capítulo de transformação da gloriosa história do Clube. No futebol, as mudanças continuam. E isso faz parte do dia a dia. Este esporte mexe com a emoção e envolve uma série de fatores, inclusive os resultados em campo. A saída de Silas não ocorreu por conta disso e, mais uma vez, mostrou que o Clube obteve, nos últimos anos, uma grande visibilidade internacional. Silas recebeu uma proposta irrecusável do Al Arabi, do Qatar, o mesmo clube do Mundo Árabe que veio buscar no Avaí as referências de Péricles Chamusca em 2010. Silas seguiu seu caminho e deixou um legado na Ressacada. Agora, é a era Alexandre Gallo. Um técnico jovem, promissor, que busca no Avaí a oportunidade de desenvolver um trabalho diferenciado. Gallo acredita no projeto do Clube e tem total confiança da diretoria para obter os resultados que precisamos. Além dele, chegou o profissional Gustavo Mendes, jornalista por ofício, que resolveu deixar o microfone de lado para

alçar voos maiores na área do futebol. Trata-se de uma aposta que vai ajudar muito o Avaí no processo de gestão da área que conta também com a participação de Mauro Galvão, um profissional de alto gabarito. Nos esportes olímpicos do Clube, é necessário exaltar o excelente desempenho das modalidades futsal, basquetebol e ciclismo. O Avaí vem mostrando que não é só de futebol que vive um clube. E lá fora, atletas de destaque provam que os investimentos no esporte amador catarinense são necessários. São os casos da remadora Fabiana Beltrame e do velejador Bruno Fontes. Ambos são torcedores do Avaí e contam, nesta edição, que é possível revelar talentos em casa. E é isso que buscamos a cada dia. Por fim, não podemos esquecer o torcedor. Ele é o nosso maior parceiro no contexto do futebol. É ele quem chora, quem grita e vive intensamente essa paixão. Sem a torcida, o Avaí não teria motivo para existir. É o nosso alicerce. Mas, acima de tudo, o mais importante, é ser sócio e contribuir com o crescimento do Clube. Desta forma, vamos alcançar os patamares que o futuro nos exige. Com as vantagens dos nossos planos, a melhor alternativa é se transformar em um Sócio Coração para podermos estar juntos, na bela Ressacada, mostrando que o nosso amor é azul.

João nilson zunino

Presidente do Avaí f.c.

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editorial

Desistir jamais! O

início do Campeonato Brasileiro da Série A de 2011 não foi o esperado pela grande, apaixonada e sempre presente nação avaiana. Apenas uma vitória em 10 partidas disputadas nos deixa com uma latente preocupação. Faltou raça, suor, empenho e determinação dos atletas? Sem dúvida, não. E os investimentos foram feitos? Com certeza, sim! O elenco foi todo remodelado e, principalmente, reforçado. No entanto, as vitórias não apareceram – é bem certo que, em muitos jogos, elas não vieram graças ao “apito amigo” dos grandes clubes do país, mas o espírito guerreiro que norteia nossa história dá uma renovada esperança de que, no decorrer do campeonato, as coisas vão mudar. A chegada de Alexandre Gallo, técnico que apesar de jovem já tem extenso currículo no Brasil e no exterior, nos apresenta indícios de uma certeira renovação dos ânimos lá para as bandas da Ressacada. Nos últimos jogos, já foi possível notar uma acentuada melhora no rendimento da equipe, que demonstrou padrão de jogo e organização tática. Ainda não é o ideal, mas o caminho para as vitórias já está traçado. A Revista Oficial do Avaí F.C. – Paixão pra toda vida apresenta, nesta edição, o início da caminhada do Leão da Ilha no mais difícil e disputado campeonato de futebol do mundo. As 10 primeiras rodadas do Brasileirão serão esmiuçadas nas páginas a seguir. Como personagem central desta história, Alexandre Gallo, que, além de ilustrar nossa capa, nos conta um pouco mais como aconteceu a renovação da equipe e as polêmicas que cercaram seus primeiros dias no Sul da Ilha. Para o leitor ficar mais familiarizado com as novas caras do time, elaboramos um pequeno guia com os atletas que compõe o esquadrão avaiano. Ao invés das já tradicionais informações sobre o perfil de cada jogador, resolvemos publicar o período de contrato com o Leão. É o Avaí planejando seu futebol em longo prazo. Teremos, ainda, sobre os bastidores do departamento de futebol, entrevistas exclusivas com Gustavo Mendes, Mauro Galvão e Luiz Alberto, parceiro do Clube.

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Além de as inigualáveis colunas de Sérgio da Costa Ramos e Amilcar Neves, esta edição traz, também, as histórias de amor pelo Avaí F.C. dos atletas olímpicos Bruno Fontes e Fabiana Beltrame, que levam as cores de seu Clube de coração aos quatro cantos do mundo. Um projeto avaiano que merece destaque, nesta edição, é a luta do Clube em busca da obtenção do título ISO 9001, que está muito próximo de ser concedido. O Avaí F.C. mais uma vez sai na frente, tornando-se, possivelmente, o primeiro clube do país a receber este certificado em todos os setores. As seções Leoa Avaiana, Avaianos pelo Mundo e Avaianos de Berço também reforçam esta edição, produzida com muito afinco e profissionalismo para você, torcedor avaiano. Mais importante do que acompanhar a revista e participar com críticas e sugestões, é prestigiar nossos atletas na Ressacada. Lá, como diz o refrão, “ninguém ganha do Leão”. Mas, para isso, sua presença é fundamental. A camisa 12 é sua, portanto, vamos juntos, diretoria, comissão técnica, grupo de jogadores e torcida fazer um Avaí F.C. cada vez maior. Boa leitura! Os editores

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elenCo: Conheça os atletas que defendem as Cores do leão no Brasileirão Bastidores: gustavo mendes e mauro galvão em entrevistas exClusivas luiz alBerto: “eu nunCa me dediquei tanto a um CluBe”

a era Gallo:

“eu confio no trabalho desse Grupo”

9 771984 736001 ISSN:1984-736X

Com quase 10 anos de experiênCia fora dos gramados, alexandre gallo Chegou ao avaí e partiCipou da reformulação de parte do elenCo para a sequênCia do Brasileirão. “vamos juntos fazer o avaí ainda maior”, garante.

Capa Nesta edição, nosso editor de fotografia Rubens Flôres capturou um close do técnico Alexandre Gallo. O design é de Isaias Pinto.


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Avaí Futebol Clube

CONTEÚDO DA edição...

o

Fundado em 1 de setembro de 1923 expediente Diretoria Executiva Presidente João Nilson Zunino Vice-Presidente Nilton Macedo Machado

Gerência de Recursos Humanos Ana Paula Laurentino

Secretaria do Futebol Lúcia Dziedicz

Gerência de Logística e Infraestrutura Gilson Luiz Rufino

Superintendência de Negócios Claudio Vicente

Coordenação de Infraestrutura Gilson Luiz Rufino (interino)

Assistente Administrativo Sheina Alves Assessoria de Marketing Thiago Pravatto / Guilherme Sauthier

Planejamento Enio Gomes

Coordenação de Suprimentos Carlos César Souza

Gestão e Finanças Nerto Laudelino Machado

Coordenação de Serviços Gerais Adenir Pedro da Silva

Projetos de Engenharia e Arquitetura David Ferreira Lima

Coord. de Log. de Jogos e de Eventos Carlos Eduardo Bonatelli

Patrimônio e Manutenção Odilon Furtado

Coordenação de Licenciamento Otília Pagani

Coordenação da Qualidade Kelly Priscila Franzoni

Coordenação Comercial Carlos Eduardo de Almeida Ramoa

Ação Social, Comun. e de Filantropia Nesi Brina Furlani

Assessoria Jurídica Dr. Sandro Barreto Dr. Tiago Queiroz

Coordenação de Eventos

Assessorias Especiais Procuradoria Jurídica Tullo Cavallazzi Filho Projetos Especiais Amaro Lúcio da Silva Relacionamento com Consulados Francisco José Battistotti Qualidade Terezinha Gartner

Assessoria de Projetos David Ferreira Lima Scheyla Vanderlinde

Superintendência Executiva Nerto Laudelino Machado Superintendência de Administração Luciano Corrêa

Coordenação de Relac. com Sócios Cláudio Vicente (Interino) Supervisão de Atendimento Maria Inês Halliday

Conselho Deliberativo

Gerência de Futebol Mauro Galvão

Presidente Nereu do Valle Pereira

Coordenação Técnica de Futebol Diogo Fernandes

Superintendências

Ani Souza

Secretaria Geral Andréia Cristina Seemann Borges

Coordenação de Futebol Gustavo Mendes

Relações Internacionais Misaki Tsuruta

Coordenação de Comunicação Vandrei Bion

Coordenação de Saúde Desportiva Dr. Luiz Fernando Funchal Coordenação de Esportes Olímpicos Ivo Badeco

Gerência Financeira e Contábil Maria de Lourdes da Silva

Assessoria de Imprensa Alceu Atherino Neves Gastão Dubois

Coordenação de Contratos Ivone da Costa

Técnico de Futebol Alexandre Gallo

Vice-presidente Alessandro Abreu Primeiro secretário Edmundo Simone Neto Segundo-secretário Flávio da Cruz

Conselho Fiscal Presidente Valdir João Marques Membros Cláudio Silva Henrique Phillipi Luz Glauco Augusto Vieira Rafael Sardá

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#13 – ANO 3 – agosto de 2011

revistadoavai@avai.com.br Jornalistas responsáveis Nikolas Stefanovich SC/JP 2122

Alceu Atherino Neves SC/JP 3245

Editor-chefe Nikolas Stefanovich Editores executivos Alceu Atherino Neves Luciana Pons Editor de arte Isaias Pinto Editor de fotografia Rubens Flôres

Foto da capa Rubens Flôres Colaboradores Alceu Atherino Neves Alexandrino Barreto Amilcar Neves Edmundo Simone Neto Frederico Tadeu Jamira Furlani Luciana Pons Mausé Manoel Bento Rogério Cavallazzi Sérgio da Costa Ramos Vandrei Bion

Repórteres Carla Cavalheiro Felipe Coelho Camila Spolti Pereira Planejamento gráfico Isaias Pinto Revisão Ana Maria Bessa Colaboraram com fotos Avaí Futebol Clube Carla Cavalheiro Geremia Photography Impressão Coan Indústria Gráfica

A Revista do Avaí é uma edição bimestral. Todos os direitos são reservados. É proibida a reprodução total ou parcial de qualquer artigo ou imagem desta obra sem a autorização por escrito dos editores. A Revista do Avaí não se responsabiliza pelo conteúdo das colunas assinadas e dos anúncios publicitários. Todo conteúdo voltado a publicação na revista do avaí deve ser enviado devidamente identificado.

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14 22

brasileirão Dez rodadas separaram o torcedor do grito de vitória! Elenco avaiano As novas caras que formam o time de profissionais do Avaí

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18 era gallo O treinador do Leão confia no trabalho do grupo LA sports A parceria de sucesso de Luiz Alberto com o Leão da Ilha

e mais...

29 30 36

Mauro Galvão quer evitar turbulências O trabalho eficaz de Gustavo Mendes Bruno Fontes: Azul da cor do mar

38 44 52

Fabiana Beltrame: Paixão à primeira remada Orivaldo: O colecionador de recordes do Avaí Homenagem avaiana aos municípios de SC

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Seções e colunas Deu na Imprensa..................... 8 Flagrante Eternizado.............. 10 Sérgio da Costa Ramos.......... 12 Crônica Amilcar Neves........... 34 Elite Azul e Branca.................. 43 Aconteceu no Avaí................... 48 Leoa Avaiana........................... 55 Avaianos de Berço................... 58 Avaianos Pelo Mundo............. 59 Shopping Avaiano.................... 60

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deu na imprensa

Seção cartas

Olá, pessoal da Revista do Avaí Obrigada pelo carinho e atenção! Foi uma honra poder vestir a camisa do Leão na Revista. Assim, desta forma, acredito que eu tenha conseguido passar todo meu amor e dedicação a esse Clube que eu amo tanto, ainda mais com minha filhinha. Realizei um sonho, tenham certeza disso. Estava com receios de fazer as fotos no início, pois passei um pouquinho da idade, mas o Geremia é um ótimo profissional e me deixou muito à vontade. Realmente, sinto muito orgulho em ser avaiana! E agora mais ainda em poder ser a Leoa Avaiana!

Marcos castiel

Goga Kraus / Por e-mail

NOTA DO EDITOR: Goga Kraus, nós é que agradecemos a sua participação na 12ª edição da Revista Oficial do Avaí F.C. Seu perfil de mãe, esposa e torcedora fanática encaixou como uma luva na seção Leoa Avaiana. Parabéns e continue sendo nossa leitora.

roberto alves As notas ao lado foram publicadas no jornal Diário Catarinense, pelo jornalista da RBS, Roberto Alves, nos dias 2 e 18 de junho de 2011, respectivamente.

polidOro jÚnior A nota acima saiu na coluna que o jornalista Polidoro Júnior mantém no jornal Notícias do Dia, em 7 de junho de 2011.

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Geremia Photography/Avaí F.C.

A nota acima foi publicada na coluna que o jornalista Marcos Castiel mantém no jornal Diário Catarinense, em 12 de junho de 2011.

leoa avaiana da edição passada da Revista do Avaí F.C., Goga Kraus


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flagrante eternizado

O balé da Copa do Brasil

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A histórica participação do Avaí F.C. na Copa do Brasil deste ano teve lances de tirar o fôlego. Separamos para vocês este ao lado, da segunda partida da semifinal contra o Vasco da Gama, na Ressacada. O lateral esquerdo Julinho (emprestado ao clube cruzmaltino no início do Brasileirão) bate de chapa na saída do arqueiro carioca Fernando Prass. A bola caprichosamente beijou o pé da trave e saiu. A plasticidade da imagem captada pelo nosso editor de fotografia, Rubens Flôres, - até parece um movimento coreografado - eterniza o momento que poderia ter marcado o início da recuperação avaiana na partida – poucos minutos antes, o Leão havia tomado o segundo gol. Mas como no futebol não existe a expressão “poderia”, o Avaí deu adeus à competição de cabeça erguida, com a certeza de ter honrado nosso Estado.

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coluna

sérgio da costa ramos

A volta por cima

Só no colo

da torcida O

Avaí nasceu para ser grande, mas este sonho de grandeza requer a permanente vigília da torcida mais apaixonada do Brasil. A nossa torcida. Torcer é um verbo louco. Lucidamente louco, pois torcer admite este paradoxo, mas não admite a infidelidade. Torcedor é um maluco de berço, um doidinho animado, um “vivo” sempre pronto pra correr atrás dos seus sonhos, desde que, em nosso caso, eles sejam azuis e brancos. Torcer é verbo transitivo indireto, cujo “meia” de ligação é o torcedor – esse “desajuizado”. “Torcer”, na verdade, é “distorcer”. Mas sempre a favor do Avaí. Não chega a ser a síndrome de Estocolmo - que leva os sequestrados

à loucura de amar os sequestradores - mas a síndrome da arquibancada, que induz o torcedor a interpretar todos os acontecimentos segundo a cor da camisa do seu time. O preâmbulo vale para dizer: ser Avaí é amar incondicionalmente. Pelo menos enquanto a bola está rolando e os “inimigos” estão ameaçando a nossa grandeza. Não é possível ser “meio torcedor” ou “torcedor de meio tempo”. Enquanto há uma tênue esperança de escapar de uma tragédia esportiva, ou de “virar” um jogo encardido, é obrigação do torcedor colocar seus pulmões a serviço da boa causa.

Amor não se rebaixa

T

emos lições a aprender com a torcida argentina, cujo apoio fanático tem emoldurado as vitórias e as derrotas de grandes clubes, como o Boca Júniors e o River Plate – este, recentemente rebaixado, mas não no amor de sua “hinchada”. Vamos admitir que nossa torcida seja mais “sofisticada”. Ou que sua paixão indomável não aceite malfeitos, planejamentos capengas ou gestões equívocas. Mas ela sabe reconhecer, também, aqueles que trabalharam incansavelmente para levar o Avaí ao altar da série A e de tantas outras glórias. Tudo bem. Como no “Eclesiastes”, há tempo para tudo. Tempo para louvar e tempo para protestar – mas, nunca,

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nunca durante o curso de uma partida de futebol, que poderia ter outro resultado com o nosso apoio passional. Se, ao final do campeonato, houver contas a ajustar, ajustaremos civilizadamente. E juntemos do chão o nosso Avaí, se ele estiver caído, para reerguê-lo com a bravura e o destemor do colo avaiano. É dura, é árdua a batalha entre os 20 maiores clubes do futebol brasileiro. Trata-se do campeonato mais competitivo do mundo. E os noviços, como o Avaí, pagam o seu preço, obrigados a jogar o que os mais tradicionais não jogam, posto que sempre houve, sempre haverá, apitos hostis aos chamados “clubes de menor investimento”.


Nem choro, nem vela

A razão da paixão

N

M

ão é choro, nem vela. É constatação. Metade dos pontos perdidos pelo Avaí na competição teria outra contabilidade, se houvesse exação e lisura numa condução menos tendenciosa de jogos, dos quais dois se tornaram emblemas. Nas vitórias, nos empates ou nas derrotas, os árbitros escolhem o seu lado – e essa balança tem pendido, infelizmente, sempre contra o azurra. Foi emblemático aquele 2 x 2 entre Grêmio e Avaí no estádio Olímpico, em Porto Alegre. Um juiz pernambucano, de nome igualmente “simbólico”, Cláudio “Mercante”, soprou um pênalti invisível para o anfitrião, expulsou injustamente nosso jogador Batista e – não contente – sonegou um pênalti cristalino, mão ostensiva, em favor do visitante. O Avaí não perdeu. Mas teve furtados dois pontos valiosíssimos. Na primeira vitória azurra no campeonato, o enredo foi parecido: o mesmo pênalti duvidoso, a mesma expulsão injusta, em benefício do Atlético Goianiense. A luta e a constância da vontade, ao longo dos noventa minutos, garantiram uma vitória heroica. É como terão que ser todas as nossas vitórias neste campeonato, em que interesses subalternos, vindos do alto, pretendem interferir na tabela – e condenar algumas equipes a um rebaixamento prematuro. Não devemos, é claro, nos esquecer dos nossos próprios erros, dos nossos “meas culpas”, inclusive as da torcida. Nem devemos mascarar a realidade, imputando apenas aos árbitros os resultados não satisfatórios. Mas esse diagnóstico não pode ser feito agora, bem no meio da batalha.

Sérgio da Costa Ramos

Jornalista, torcedor do Avaí e colunista do Diário Catarinense/RBS

estre Armando Nogueira traçou em letras de irônica ourivesaria o perfil do torcedor apaixonado: - A perfeição do futebol não está, como o leitor imagina, dentro do campo; está, certamente, na arquibancada. Ali, feroz ou silencioso, o torcedor exerce o seu dom divino de acertar sempre. Não erra um chute, não erra um drible, não erra um passe. E é precisamente essa soberana competência que o leva a vaiar o próprio ídolo que perdeu o gol; o gol que ele nunca deixou de fazer, lá de cima, chutando as pernas do vizinho. Só o torcedor está autorizado a pronunciar a verdade de cada partida, aquela verdade que o “politicamente correto” não permite aos cronistas esportivos. Todas as torcidas costumam ser sinceras, quando xingam ou quando amam: - Aqui tem um bando de loucos - confessa, com absoluta lucidez, a torcida do Corinthians... O torcedor honesto sabe quando o seu time não vai bem. Quando ele está em ascensão, até a “urucubaca” vai embora. Só a torcida “vê” o interior dos “sopradores de apito” e suas tentativas de subverter resultados. Mas torcer é um verbo poderoso, o único capaz de modificar os maus fados que brotam do campo ou dos bastidores. “Torcer” é transitivo indireto, cujo “meia” de ligação é o torcedor – esse ser humano apaixonado, que flutua sobre a realidade, na tenaz perseguição dos seus sonhos. E a CBF, que não é irracional como a torcida, faz tudo de caso pensado. Atualmente, parece muito interessada em agradar aos gregos – leia-se todos os “tradicionais” - e baianos. Quer mais clubes de Pernambuco e do Nordeste - e menos de Santa Catarina: quer diminuir a representação catarinense na série A, que considera super-representada. Eis um desafio do tamanho do Avaí. Sem a torcida – e seus pulmões – a vitória será apenas um sonho, sem perspectiva de consumação. Mas o Avaí nasceu para vencer batalhas. Não leva sua certidão de nascimento o nome próprio de uma batalha? www.avai.com.br

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Campeonato Brasileiro

reportagem: carla cavalheiro Fotos: rubens Flôres Colaborou: Camila Spolti Pereira

Brasileirão: Dez rodadas separaram o torcedor do grito de vitória! 14

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o colombiano Estrada passa pelo defensor do Fluminense em partida disputada na Ressacada

s máximas de que “Esse Avaí faz coisa” que “depois da tempestade vem a bonança”, são algumas que sempre estão em prática quando o assunto é o Clube do Sul da Ilha de Santa Catarina. O Avaí, diria aquela personagem da novela “não é brinquedo não”. Provoca sempre fortes emoções! O início da temporada 2011 do Campeonato Brasileiro não foi fácil. Após a desclassificação da Copa do Brasil, quando o Clube teve um desempenho histórico, o time iniciou uma trajetória de derrotas e empates na competição nacional. “Um período difícil para quem é torcedor e para quem é dirigente também. Se o torcedor não gosta, nós também não. Só que cabe a nós mudar essa situação e a torcida apoiar. E é o que permanentemente estamos fazendo”, garante o presidente João Nilson Zunino. Entre o dia 21 de maio e o dia 16 de julho, o Avaí enfrentou um turbilhão de situações. A primeira data significou a primeira derrota do time no Brasileirão: 4 a 0 para o Flamengo no estádio Cláudio Moacyr, em Macaé, no Rio de Janeiro. A derrota só não foi tão amarga porque foi uma das poucas, até então na competição, em que o melhor do mundo, Ronaldinho Gaúcho, realizou uma boa partida. Mas não era só isso de ruim que o time enfrentaria nos dias seguintes. No dia 25 de maio, quarta-feira, o time foi desclassificado da Copa do Brasil ao perder para o Vasco por 2 a 0. “Foi um momento difícil não só pela derrota e desclassificação, mas porque o time não rendeu o que poderia para seguir adiante na competição”, avaliou o atacante William. A saída da Copa do Brasil representou foco no Brasileirão. O técnico Silas sabia da responsabilidade de reencontrar a torcida na Ressacada e, diferente da partida contra o Flamengo, onde optou por poupar os titulares para a Copa do Brasil, colocou em campo aqueles que julgou ser o ideal para encarar o Atlético-MG. O time até empolgou. Mas só até o sétimo minuto, quando o recém-chegado Fábio Santos abriu o placar. Dali para frente, o time foi envolvido pela equipe mineira e perdeu por 3 a 1. E não foi só a derrota do placar que o torcedor teve de amargar. Os dias seguintes a despedida do meia Marquinhos Santos, que foi para o Grêmio, e do goleiro Renan, que depois de muito cortejado foi para o Corinthians, também foram tumultuados na Ressacada. Na partida contra o campeão da Copa do Brasil, o Santos, novo revés. A Vila Belmiro, ainda em festa pela conquista, nem notou que Maurício Alves marcou o único gol avaiano na partida, já aos 44 do segundo tempo. Final de jogo: Santos 3 x 1 Avaí. O dia 11 de junho não demorou a chegar. Até o jogo da quarta rodada, novas situações adversas para a equipe. Silas trocou o futebol brasileiro pelo do Catar e coube a Edson Neguinho assumir o comando até que fosse confirmada a contratação de Alexandre Gallo. www.avai.com.br

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Campeonato Brasileiro

Na quarta rodada, um empate. O time ficou nos 2 a 2 contra o América-MG, com gols de Julinho e Cássio. Vale lembrar que foi aos 46 da etapa final, que o zagueiro avaiano converteu o gol de empate, garantindo o primeiro ponto do time na competição. A estreia de Alexandre Gallo no comando avaiano não foi como ele, o time e o torcedor esperavam. O Avaí perdeu por 5 a 0 para o Palmeiras no estádio Canindé, em São Paulo. Na rodada seguinte, nova derrota. Esta foi menos sofrida, mas ainda preocupante. O Avaí perdeu por 1 a 0 para o Campeão Brasileiro de 2010 na Ressacada. Em 29 de junho, um dia muito frio, o Avaí esteve em Porto Alegre. No estádio Olímpico, empatou em 2 a 2 com o Grêmio. Gols de Gustavo Bastos e Robinho. O time esteve diferente em campo. A nova postura agradou o torcedor. Os erros de arbitragem acabaram prejudicando a equipe e gerando a indignação do técnico Alexandre Gallo sobre a expulsão de Batista e um pênalti que favoreceu a equipe gaúcha. “O sentimento é de indignação. Os atletas lutaram, responderam à altura, mas a vitória fugiu da nossa mão. Isso é muito ruim. Felizmente ocorreu o resgate da dignidade, mas fomos prejudicados demais”, declarou após o confronto. Na oitava rodada, o Avaí recebeu o Bahia na Ressacada. Dia de estreia do goleiro Felipe, já que Aleks novamente foi servir à Seleção Brasileira Sub-20. Rafael Coelho reapareceu e abriu o placar aos 19 minutos do primeiro tempo. O Avaí deixou os nordestinos virarem o jogo e coube a Gustavo Bastos, no segundo tempo, garantir o ponto da equipe dentro de casa. Resultado final: 2 a 2. O torcedor, em sua postura de cobrar ações do time, estava na expectativa. O time se mostrava em fase de amadurecimento. A vitória estava muito próxima. Mas não foi na partida contra o Atlético-PR que ela veio. O Avaí jogou bem em Curitiba e de lá voltou com mais um ponto no placar de 0 a 0. A décima rodada seria decisiva. E foi. Jogando em Goiânia, num calor próximo aos 30 graus, o Avaí conseguiu a primeira vitória e o atacante William conseguiu converter seu primeiro gol na competição. “Vamos tirar o Avaí dessa situação. Fiz minha melhor partida até agora no Avaí. E isso me dá mais confiança”, afirma o atacante que quebrou o jejum no Brasileirão 2011. Os donos da casa tiveram a chance de pelo menos empatar. “Armamos um time para não deixar o Atlético-GO jogar. Tivemos grandes oportunidades no primeiro tempo de fazer dois, três gols com tranquilidade e o adversário só teve praticamente a chance do pênalti e perdeu. Armamos uma situação e graças a Deus aconteceu. Os atletas se dedicaram e isso é fundamental. Construímos uma vitória. Não foi por acaso”, avaliou Alexandre Gallo.

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números DA Série a jogos do avaí F.C. – turno 1ª RODADA

21/05 – 18h30 (sab) Flamengo-RJ 4 x 0

AVAÍ

2ª RODADA

28/05 – 18h30 (sab) AVAÍ 1 x 3 Atlético-MG 3ª RODADA

5/06 – 18h30 (dom) Santos-SP

3 x 1

AVAÍ

4ª RODADA

11/06 – 18h30 (sab) AVAÍ 2 x 2 América-MG 5ª RODADA

19/06 – 16h00 (dom) Palmeiras-SP 5 x 0

AVAÍ

6ª RODADA

26/06 – 18h30 (dom) AVAÍ 0 x 1 Fluminense-RJ 7ª RODADA

29/06 – 19h30 (qua) Grêmio-RS

2 x 2

AVAÍ

8ª RODADA

6/07 – 19h30 (qua) AVAÍ 2 x 2 Bahia-BA 9ª RODADA

9/07 – 21h00 (sab) Atlético-PR 10ª RODADA

16/07 – 18h30 (sab) Atlético-GO 11ª RODADA

23/07 – 21h00 (sab) AVAÍ 12ª RODADA

27/07 – 19h30 (qua) Botafogo-RJ 13ª RODADA

31/07 – 16h00 (dom) AVAÍ 14ª RODADA

3/08 – 19h30 (qua) Ceará-CE 15ª RODADA

7/08 – 18h30 (dom) AVAÍ 16ª RODADA

13/08 – 18h30 (sab) Cruzeiro-MG 17ª RODADA

17/08 – 21h50 (qua) AVAÍ 18ª RODADA

21/08 – 16h00 (dom) AVAÍ 19ª RODADA

28/08 – 18h30 (dom) Figueirense-SC

0 x 0

AVAÍ

0 x 1

AVAÍ

x Inter-RS x

AVAÍ

x Corinthians-SP x

AVAÍ

x São Paulo-SP x

AVAÍ

x Vasco-RJ x Coritiba-PR x

AVAÍ

* Datas e horários podem sofrer alterações por decisão da CBF

quem marcou pelo avaí

2

gols GUSTAVO BASTOS 4’1T Grêmio 2 x 2 Avaí 13’2T Avaí 2 x 2 Bahia

1

O meio-campo Robinho em atuação contra o Bahia na Ressacada

gol FÁBIO SANTOS 7’1T Avaí 1 x 3 Atlético-MG MAURÍCIO ALVES 44’2T Santos 3 x 1 Avaí JULINHO 8’2T Avaí 2 x 2 América-MG CÁSSIO 46’2T Avaí 2 x 2 América-MG ROBINHO 6’2T Grêmio 2 x 2 Avaí RAFAEL COELHO 19’1T Avaí 2 x 2 Bahia WILLIAM 10’1T Atlético-GO 0 x 1 Avaí

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matéria de capa

Era Gallo:

“Eu confio no trabalho desse grupo” 18

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Com quase 10 anos de experiência fora dos gramados, Alexandre Gallo chegou ao Avaí e participou da reformulação de parte do elenco para a sequência do Brasileirão. “Vamos juntos fazer o Avaí ainda maior”, garante. Reportagem: Carla Cavalheiro Fotos: Rubens Flôres

A

lexandre Gallo chegou ao Avaí em meio a um turbilhão de acontecimentos. A boa campanha do Avaí na Copa do Brasil aliada à saída de jogadores e o mau desempenho do time nas primeiras rodadas do Brasileirão eram os assuntos em voga em junho deste ano. Vindo do Al Ain Sports and Cultural Club, dos Emirados Árabes, o treinador chegou para substituir Silas Pereira, que foi para o Catar defender o Al-Arabi. Gallo, que iniciou a carreira de jogador de futebol no Botafogo de Ribeirão Preto (1986), tem quase 10 anos de experiência fora das quatro linhas. Depois de atuar em clubes como Santos, São Paulo e Atlético-MG, iniciou a carreira de técnico como estagiário de Carlos Alberto Parreira, no Corinthians, em 2002. Dois anos depois assumiu o primeiro time, o Villa Nova mineiro. Ainda em 2004, como auxiliar de Wanderley Luxemburgo, foi campeão Brasileiro com o Santos. A trajetória até desembarcar em Florianópolis, esse ano, inclui ainda a Portuguesa, o FC Tokyo, o Sport, o Internacional, o Figueirense, o Atlético-MG, o Bahia, o Santo André, o Náutico Capiberibe e, por último, o Al Ain. “Estou aqui para fazer um grande trabalho. E futebol é isso e, também, continuidade, relacionamento, o dia-a-dia que nós vamos procurar manter com os atletas, a diretoria, a comissão técnica. Sei da força dessa torcida e vamos juntos fazer o Avaí ainda maior”, declarou o treinador no dia de sua chegada à Ressacada.

Gallo no dia de sua apresentação no auditório da Ressacada: experiência internacional em prol do Avaí

O início da era Gallo O

primeiro jogo da era Gallo não teve o resultado esperado de imediato. “Fiz uma análise do que estava acontecendo. Era necessário mudar o perfil do grupo. Começaram a chegar os atletas. E surgiram alguns desconfortos também. Mas tudo dentro da normalidade do futebol. A melhora no desempenho do time é a confirmação das minhas convicções”, constata. Sobre a primeira vitória ter chegado somente na 10ª rodada, Gallo lembra que foi preciso trabalhar e organizar a equipe taticamente. “Precisamos saber quem somos para saber onde podemos chegar. Somos um time que almeja ser muito grande. Por isso temos de correr, de jogar e marcar mais do que os adversários para fazermos um jogo igual. E assim já ocorreu contra o Grêmio. Jogamos de igual para igual em Porto Alegre. Tivemos um belo jogo contra o Bahia, o Atlético-PR e vencemos o Atlético-GO com a convicção de que somos capazes”.

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matéria de capa

Time de guerreiros! A

lexandre Gallo lembra que quando conseguiu fazer com que o elenco avaiano todo compreendesse que as mudanças eram necessárias para que o time evoluísse, os atletas intensificaram a dedicação aos trabalhos e melhoraram a postura. “Era um grupo machucado pelos resultados do início do Brasileiro, do estadual e da Copa do Brasil. Apesar dessas adversidades ainda muito presentes na minha chegada, eu vi um grupo querendo trabalhar, evoluir. Eu confio muito no meu trabalho e no grupo”, garante. Com a ansiedade controlada e o grupo ciente de que é capaz, Gallo pôde iniciar a montagem tática para cada partida. “O resultado tem de vir em cima do que a gente construir. Não quero criar um grupo que ganha uma bola cruzada, um bate-rebate. Temos de fazer um bom jogo e, assim, o resultado estará garantido. E vimos nos jogos que antecederam a vitória contra o Atlético-GO que estamos numa crescente gradual e não vertical”. Para Alexandre Gallo, a maior adversidade desta temporada já passou. “Trocamos a roda do carro com o ele andando. Mudamos parte do grupo durante uma competição. E você alterar um elenco tendo um gigante para enfrentar no domingo e outro para enfrentar na quarta-feira é uma grande dificuldade. Você de repente se depara com um grupo heterogêneo, em que cada um está preparado fisicamente de uma maneira e ainda não está entrosado. É complicado. Ter mexido no começo, acredito que tenha sido o pior do que pudemos enfrentar até agora”, avalia. De acordo com Gallo, o crescimento do time daria ao Avaí a vitória. “Talvez não tenha vindo no momento em que o torcedor esperava. Mas veio. E a vitória não representa alívio. Significa aumento de responsabilidade”. Para o técnico avaiano, uma única vitória não é o suficiente para o clube ter projeções consolidadas no Brasileirão. “A nossa projeção, no momento em que lutamos para sair da zona do rebaixamento, é sempre o próximo jogo. Quando pudermos respirar novamente, saindo do rebaixamento, poderemos visualizar outra situação. Teremos traçado definitivamente o perfil do grupo, até onde ele pode chegar, em que data, em quantos jogos. Depois desse quadro consolidado poderemos almejar o restante da competição”.

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ExperiênciaS - atleta profissional 1986 / 1991 Botafogo – Ribeirão Preto/SP 1991 Vitória S/A – Salvador/BA 1992 / 1996 Santos Futebol Clube – Santos/SP 1996 AA Portuguesa de Desportos – São Paulo/SP 1997 Guarani Futebol Clube – Campinas/SP 1997 / 1998 São Paulo Futebol Clube – São Paulo 1999 Botafogo Futebol Regatas 1999 / 2000 Clube Atlético Mineiro – Belo Horizonte/MG 2001 Sport Clube Corinthians Paulista – São Paulo/SP

Títulos - atleta profissional Vice-Campeão da Copa Bandeirantes 1994 – Santos Futebol Clube Vice-Campeão Brasileiro 1995 – Santos Futebol Clube Campeão da Copa Verão 1996 – Santos Futebol Clube Vice-Campeão Brasileiro 1996 – AA Portuguesa de Desportos Vice-Campeão Torneio Rio-São Paulo 1998 – São Paulo Futebol Clube Campeão Paulista 1998 – São Paulo Futebol Clube Campeão Mineiro 1999 – Clube Atlético Mineiro Campeão Torneio da Ásia 1999 – Clube Atlético Mineiro Vice-Campeão Brasileiro 1999 – Clube Atlético Mineiro Campeão Mineiro 2000 – Clube Atlético Mineiro Campeão Paulista 2001 – Sport Clube Corinthians Paulista Vice-Campeão da Copa do Brasil 2001 – Sport Clube Corinthians Paulista Atualmente Alexandre Gallo é registrado no Conselho Regional de Educação Física de São Paulo – 045222-P/SP e faz parte dos Sindicatos dos Treinadores de Futebol de São Paulo e de Belém do Pará.


Experiência - Treinador profissional 2002 – Sport Clube Corinthians Paulista/SP  Estagiário de Carlos Alberto Parreira 2003 – Grêmio Football Porto Alegre/RS  Auxiliar Técnico de Daryo Pereira 2003 / 2004 – Villa Nova Atlético Clube/MG  Técnico de Futebol 2004 – Santos Futebol Clube/SP  Auxiliar Técnico de Wanderley Luxemburgo 2005 – Associação Portuguesa de Desportos/SP  Técnico de Futebol 2005 – Santos Futebol Clube/SP  Técnico de Futebol 2006 – F.C.Tokyo  Técnico de Futebol 2007 – Sport Club do Recife  Técnico de Futebol 2007 – Sport Club Internacional  Técnico de Futebol 2007 / 2008 – Figueirense Futebol Clube  Técnico de Futebol 2008 – Clube Atlético Mineiro  Técnico de Futebol 2009 – Esporte Clube Bahia  Técnico de Futebol 2009 – Esporte Clube Santo André  Técnico de Futebol 2010 – Clube Náutico Capibaribe  Técnico de Futebol 2011 – Al Ain (EAU)  Técnico de Futebol

Desempenho - técnico de futebol Clubes J V E D AP Villa Nova 20 9 6 5 55,00% Portuguesa 7 3 2 2 52,38% Santos

42 20 11 11 56,34%

FC Tokyo 28 13 7 8 54,76% Sport Recife 28 22 5 1 84,52% Internacional 21 9 3 9 47,61% Figueirense 40 23 9 8 65,00% Atlético-MG 14 4 4 6 38,09% Bahia

39 21 10 8 62,39%

Santo André 7 2 0 5 28,57% Náutico

44 21 8 15 53,79%

Al Ain*

38

19

9

10

57,89%

Avaí F.C. 6 1 3 2 33,33%

títulos - participações em conquistas Campeão Brasileiro 2004  Santos Futebol Clube - (Auxiliar técnico) 3ª colocação no Campeonato Paulista 2005  Santos Futebol Clube – (Treinador) Campeão Pernambucano 2007  Sport Club do Recife – (Treinador) Campeão da Recopa Sulamericana 2007  Sport Club Internacional – (Treinador) Campeão Catarinense 2008  Figueirense Futebol Clube – (Treinador) Vice-Campeão Baiano 2009  Esporte Clube Bahia – (Treinador) Vice-Campeão Pernambucano 2010  Clube Náutico Capibaribe – (Treinador)

TOTAL 334 167 77 90 57.68%

Vice-Campeonato da Etisalat Cup 2011  Al Ain - (Treinador)

(*) Estatísticas do Al Ain são referentes a todas as competições: EAU League, Asia Cup, Etisalat Cup, Radif Cup. Legendas: J – Jogos; V – Vitórias; E – Empates; D – Derrotas; AP – Aproveitamento.

Campeão da Radif Cup 2011  Al Ain – (Treinador)

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elenco avaiano

Velho conhecido da torcida, William voltou em 2011 para reforçar o ataque do Leão

Novas caras no

elenco avaiano Reportagem: Camila Spolti Pereira e Carla Cavalheiro

A

o término da Copa do Brasil, a comissão técnica iniciou a reformulação em parte do grupo avaiano para a disputa do Campeonato Brasileiro. Duas baixas no elenco precisavam ser substituídas imediatamente. A primeira delas, o meia Marquinhos Santos (Grêmio). A outra, a revelação avaiana, o goleiro Renan (Corinthians). “São situações do futebol que não temos como contornar. Não podemos forçar alguém a jogar no Avaí. Te22

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mos de lembrar que os jogadores são profissionais e que sabem o que é melhor para suas carreiras. As portas do Clube estarão sempre abertas para esses jogadores que, enquanto estiveram conosco, honraram o nosso Avaí”, afirma o presidente João Nilson Zunino.


Goleiros

O

goleiro Aleks assumiu imediatamente a vaga do goleiro Renan. O jogador, que durante as primeiras rodadas do Brasileirão foi convocado pela segunda vez para a Seleção Sub-20, é cria das categorias de base do Avaí. Aliás, com apenas 19 anos, Aleks tem um currículo invejável. Em janeiro deste ano fez parte do grupo que foi campeão Sul-Americano no campeonato disputado no Peru. Em setembro de 2010, Aleks foi campeão com a seleção na Copa Sendai, no Japão. Em julho do mesmo ano, na primeira convocação, ele jogou o Torneio Internacional de Assunção, no Paraguai. Sabedor de que um passo se dá de cada vez e que

o Avaí é um celeiro revelador de grandes jogadores, o desafio do goleiro é fazer um bom Campeonato Brasileiro. “Não podemos garantir vitórias, mas sim muita determinação dentro de campo para buscá-las. Vamos usar as derrotas em nosso favor, analisar as falhas e aprender com os nossos erros”, afirma Aleks. O goleiro Felipe, que chegou ao Avaí por empréstimo do Santos, estreou na partida contra o Bahia. “Agradeço ao Avaí pela oportunidade. Vou procurar retribuir com dedicação e boas partidas”, garante. Rafael Santos, que veio do Corinthians, e Fernando, atleta do Avaí, completam a lista dos arqueiros do Clube.

Aleks

felipe

Contrato: De 18/03/2011 A 18/03/2013

Contrato: De 23/06/2011 A 31/12/2011

rafael santos

fernando Contrato: De 03/06/2011 A 31/12/2011

Contrato: De 23/06/2011 A 31/12/2011

Zagueiros

A

os 24 anos, o zagueiro Cássio pode ser considerado um veterano. O jogador que colaborou para o acesso do Avaí à primeira divisão em 2008, também teve participação em outros campeonatos importantes. Um deles foi o Brasileirão em 2009, que resultou em uma vaga para o time azurra na Sul-Americana do ano seguinte. No ano passado, quando a equipe enfrentou a má fase e lutou para não ser rebaixada, o xerife não estava no grupo. Cássio foi campeão brasileiro com o Fluminense.

Acompanhou de longe a reação do grupo que seu irmão gêmeo Rafael integrava. “Vamos trabalhar e buscar as vitórias para evitar esse sufoco”, diz Cássio. Um pouco mais novo no Clube, mas também com o mesmo compromisso de vencer, Gian chegou ao Leão vindo do Vasco no início deste ano. Ele reconhece que o Campeonato Brasileiro não é fácil por se tratar de uma competição longa, envolvendo os maiores times do país. ”Temos de entrar firmes e com muita disposição desde o

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elenco avaiano

início para que, no final, a gente possa comemorar quem sabe um título ou classificação para Libertadores”. Dirceu, que conquistou três títulos pelo Coritiba, reforça a equipe azurra. “Eu não tenho dúvida da qualidade do grupo e, aos poucos, nos encaixamos e recuperamos os pontos perdidos no Brasileiro. Vou dar o máximo de mim”, afirma. Gustavo Bastos se integrou ao Avaí na reta

Thiago Sales

Gustavo Bastos

Contrato: De 01/07/2011 A 31/12/2012

Contrato: De 01/05/2011 A 31/12/2011

gian

cláudio caçapa

cássio

Contrato: De 01/01/2011 A 31/12/2011

Contrato: De 21/07/2011 A 31/12/2011

Contrato: De 08/02/2011 A 31/12/2012

branca

dirceu

Contrato: De 15/04/2008 A 31/12/2011

Contrato: De 01/06/2011 A 31/12/2011

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final da Copa do Brasil. Ele afirma que a equipe está muito focada. “Nosso grupo tem muita qualidade. O torcedor pode vir para a Ressacada apoiar o time porque ainda vamos dar muita alegria”, garante. Thiago Sales, Branca, Cláudio Caçapa e Welton Felipe, que veio do Atlético-MG, completam a lista dos defensores à disposição de Alexandre Gallo.

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Welton Felipe Contrato: De 21/06/2011 A 31/12/2011


Laterais

A

lguns já são antigos conhecidos da torcida avaiana. Outros estão entrando no Clube agora. Porém, uma coisa os laterais do Avaí têm em comum: todos querem a recuperação do Leão no Campeonato Brasileiro. O lateral-direito Daniel, que estava no Internacional, foi apresentado em junho no time azurra. Ele garante dedicação para ajudar o Leão a alcançar seus objetivos. “Todo o grupo vai dar o máximo para o Avaí melhorar o desempenho no nacional. E com certeza conseguiremos”, declara.

Gustavo, também lateral-direito, sabe bem como é jogar no Leão. O jovem começou a carreira no juvenil do Clube e fez parte do elenco na conquista do acesso à série A, em 2008. “Farei tudo pelo Avaí, para que seja uma boa campanha e para ficarmos na frente do Figueirense”, implica o irmão do meia Marquinhos Santos. Bons resultados também são objetivos dos laterais-esquerdo Pará e Romano e de Arlan, lateral-direito recentemente apresentado.

romano

pará

Contrato: De 03/01/2011 A 02/01/2012

Contrato: De 04/01/2011 A 04/01/2014

gustavo Contrato: De 01/08/2010 A 30/11/2011

daniel Contrato: De 13/06/2011 A 31/05/2012

Arlan Contrato: De 02/07/2011 A 02/07/2013

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elenco avaiano Volantes

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ormado por jogadores experientes, o grupo de volantes do Avaí promete suar a camisa. Fabiano é um deles. Passou por times como São Paulo, Internacional, Santos e também pela seleção brasileira. Experiência que busca levar aos gramados para conquistar vitórias. “A torcida pode confiar. Estamos muito determinados”, afirma. Experiência também faz parte do currículo de Batista, Acleisson e Diogo Orlando. O trio atuou em times de ponta do futebol brasileiro e promete trabalhar in-

marcos paulo Contrato: De 22/07/2011 A 31/12/2011

cessantemente. “Temos de nos empenhar muito para que o Avaí continue na série A. É quase uma obrigação”, afirma Acleisson. “Espero que a torcida confie no grupo. Temos de trabalhar muito, porque é um jogo difícil após o outro”, fala Diogo Orlando. O grupo de volantes conta ainda com a importante participação do jovem e polivalente Bruno, que também atua na zaga, além do recém-chegado Marcos Paulo, vice-campeão da Copa do Brasil pelo Coritiba.

acleisson Contrato: De10/01/2011 A 31/12/2012

batista Contrato: De 17/01/2011 A 30/05/2012

bruno Contrato: De 12/07/2011 A 12/07/2014

fabiano Contrato: De 21/01/2011 A 31/12/2011

diogo orlando Contrato: De 10/01/2011 A 10/12/2011

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Meias

O

s meias Cléverson e Pedro Ken chegaram ao Avaí com a difícil missão de substituir o maior ídolo da torcida azurra, Marquinhos Santos. Quando estava na Chapecoense, Cléverson foi um dos protagonistas para a conquista do campeonato Catarinense 2011 pela equipe do Oeste. Pedro Ken iniciou a carreira no Coritiba por onde jogou quatro anos. Antes de chegar à Ressacada estava no Cruzeiro. A dupla se diz preparada para espantar o “fantasma” de Marquinhos Santos. “Da minha parte não vai faltar vontade e raça”, afirma Cléverson. “O Marquinhos é um ídolo da Ressacada e será uma grande responsabilidade assumir essa posição. Vou dar o meu melhor”, diz Pedro Ken. Para o colombiano Estrada será preciso muita concen-

tração pra se destacar no campeonato nacional. “O Brasileiro é muito difícil, mas estamos focados em alcançar resultados positivos. O apoio da torcida também é muito importante para a equipe. Precisamos desse incentivo”, afirma. Robinho está de volta ao Avaí, depois de ter lutado com o time para evitar o rebaixamento no ano passado. Garante querer evitar que a situação desagradável se repita. “Estamos esperançosos para brigar por uma vaga em outro campeonato”. A mesma garra se pode esperar de Dinelson, Leandrinho e Caíque, que completam o time do meio de campo avaiano.

leandrinho Contrato: De 01/07/2011 A 01/07/2015

cléverson Contrato: De 10/06/2011 A 10/06/2012

estrada

robinho Contrato: De 01/05/2011 A 31/05/2014

caíque

Contrato: De 08/02/2011 A 31/12/2011

Contrato: De 20/07/2011 A 31/12/2011

dinelson Contrato: De 15/05/2009 A 15/05/2012

pedro ken Contrato: De 01/06/2011 A 31/12/2011

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elenco avaiano Atacantes

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ste ano a responsabilidade de balançar a rede pelo Avaí no Campeonato Brasileiro vai ficar por conta de quatro atacantes. Rafael Coelho está no Avaí desde o início da temporada. Apesar de ter sido revelado no rival alvinegro, ganhou a confiança da torcida e teve participação decisiva em vários jogos. Por saber da responsabilidade da sua posição, reforça o comprometimento. “Atacante vive de gols. Tenho treinado bastante finalização e estou focado no que tenho de fazer para ajudar a equipe. Precisamos esquecer tudo e nos concentrar ainda mais”. William retornou ao Avaí este ano depois de passar pelo Grêmio e ser destaque na Ponte Preta. O jogador, que

já é ídolo da torcida, estava no grupo de acesso do Leão em 2008 e na conquista do campeonato Catarinense em 2009. “Temos muita coisa pela frente. São 38 rodadas e esperamos lutar para uma boa classificação. Nunca fui de prometer gols, mas sempre lutamos pela vitória. Agora não será diferente. Fiquei muito aliviado após marcar o primeiro gol. Foi uma evolução minha e de todo o grupo. E esse crescimento irá continuar”, encerra William. Maurício Alves e Anderson Lessa, apresentado em julho, somam-se aos citados à disposição do técnico.

Maurício Alves Contrato: De 01/01/2011 A 31/12/2011

rafael coelho Contrato: De 01/01/2011 A 31/12/2011

Anderson Lessa Contrato: De 11/07/2011 A 11/07/2012

William Contrato: De 04/02/2010 A 04/02/2013

fernando Contrato: De 03/06/2011 A 31/12/2011

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planejamento 1

Mauro

Galvão

“Proposta agora é manter a regularidade para evitar novas turbulências” M

auro Galvão chegou ao Avaí no final do ano passado com a missão de montar o time para o início da temporada 2011. Participou da estruturação da equipe que chegou às semifinais da Copa do Brasil e acompanha de perto a nova fase do time após a chegada de Alexandre Gallo. “Do ano passado para cá perdemos 14 jogadores. É uma mudança grande. E perdemos jogadores importantes como o Émerson, o Caio e o Eltinho. Eles eram fundamentais. Procuramos recuperar, trazer jogadores que têm identificação com o Avaí. O time quase chegou à final do Catarinense e por pouco não faturamos o tricampeonato. Fizemos uma boa participação na Copa do Brasil, um feito inédito para o Clube. E, claro, se você chega à semifinal, você sonha com o título. E não aconteceu. Isso gerou um desânimo momentâneo no grupo que veio aliado ao assédio dos jogadores e ao Silas. Uma situação normal pela boa campanha que fizemos na Copa do Brasil. Saiu o Marquinhos Santos, o Renan, o Julinho e depois o técnico. Desclassificação do estadual, da Copa do Brasil e mudanças no

time e no comando técnico foram ações quase que simultâneas ao início do nacional”, recorda Mauro Galvão. Para o dirigente avaiano, um fator externo contribuiu para que a primeira vitória do time na temporada fosse conquistada. “Temos de jogar contra uma certa proteção a algumas equipes. O Avaí tem de ser mais eficiente, tem de fazer um pouco mais. Jogamos contra o Santos na Vila Belmiro e sofremos com as faltas questionáveis e um gol anulado. Tivemos depois o jogo contra o Grêmio que foi um assalto. Com isso, de dois em dois pontos perdidos, o time foi se complicando. Esses pontos fazem falta. Mas serão recuperados”. Mauro Galvão diz que a situação da primeira vitória não é sinal de conforto. “O foco principal é sair da zona do rebaixamento para depois continuar crescendo. Vamos voltar àquela regularidade que tantas alegrias deu ao torcedor avaiano”, conclui.

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Planejamento 2

Gustavo

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Nada resiste ao trabalho Reportagem: Carla Cavalheiro Fotos: Rubens Flôres

C

om trabalhos realizados no Fluminense, no Macaé e no Náutico - onde trabalhou com o técnico Alexandre Gallo, Gustavo Mendes chegou ao Avaí para reforçar o departamento de futebol do Clube. “Cheguei para somar. Com o Mauro Galvão e os demais responsáveis pela administração do futebol estamos conseguindo reestruturar o time”, garante. Para ele, o mais importante desde sua chegada ao Clube é que a diretoria compreendeu que era preciso agir antes que a luz vermelha acendesse em definitivo. “Isso foi muito positivo. Talvez não tenhamos conseguido tudo que procuramos porque não foi possível trazer todos os jogadores que projetamos. Mas não faltou trabalho e nem tentativa para qualificarmos a equipe. O treinador - que a gente também confiou (Alexandre Gallo), aos poucos começou a usar as novas peças e já conseguiu dar uma nova cara para o time. Apesar de termos conseguido a vitória tardiamente, o torcedor passou a olhar de maneira diferente para a equipe”. Gustavo confirma que a evolução do time e a conquista da primeira vitória geraram ansiedade. “O trabalho maior foi do treinador para controlar a ansiedade. Do lado de fora, só dizíamos: ‘Nós apoiamos vocês! ’ E tem uma frase que eu disse após aquele empate doloroso contra o Bahia: ‘nada resiste ao trabalho’. Se a gente sabe o que está fazendo, tem que passar tranquilidade”. Segundo Gustavo, a primeira vitória não foi a principal meta a ser buscada desde que ele chegou ao Avaí. “Quando um paciente chega numa emergência sangrando, o médico primeiro estanca o sangue. Não foi diferente com o Avaí. Precisávamos, naquele momento de derrotas e muitos gols sofridos, parar de perder e de levar gols. Em seguida, quase que junto, iniciamos a revolução na equipe. Mudança de treinador. Mudança de filosofia. Começamos a merecer mais as vitórias porque a luta passou a ser dife-

rente. Vieram os empates e quatro jogos sem perder. A vitória surgiria naturalmente. E aconteceu”. A saída de Marquinhos Santos, do goleiro Renan, do lateral Julinho e do técnico Silas, aliada à chegada de Alexandre Gallo e às contratações gerou uma série de especulações na imprensa. “Era preciso um choque de gestão e toda mudança gera desconforto. Eu e Gallo somos duas pessoas extremamente exigentes e chegamos ao Clube juntos. Só que maximizaram uma crise que não existiu. Existiu um desconforto que não foi possível ajeitar e cada um seguiu seu caminho”. Gustavo acompanhou cinco rodadas até chegar a primeira vitória. Para ele, este foi um momento de alívio. “Tirou uma carga que estava nos ancorando. Tiramos um freio de mão que estava puxado. Era um adversário a mais para enfrentar”. Sobre contratações, afirma que para o que foi projetado, o Clube encerrou as atividades. “Porém, a janela fecha só em setembro. Se houver alguma situação pontual, vamos contratar sim”. O dirigente tem uma projeção até o encerramento do primeiro turno. “É uma aposta minha. Primeiro temos de sair da zona do rebaixamento. E de uma forma consolidada. No máximo, até a virada do turno, temos de estar fora e sem perspectivas de voltar. Se fizermos nossa parte, não precisaremos torcer pelos maus resultados dos outros”, encerra.

“Nada resiste ao trabalho. Se a gente sabe o que está fazendo, tem que passar tranquilidade.”

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Parceria

Luiz Alberto:

compromisso com o AvaĂ­ 32

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“Eu nunca me dediquei tanto a um Clube como ao Avaí” O

empresário Luiz Alberto de Oliveira chegou ao Avaí no segundo semestre de 2007. Missão: mudar a cara do Avaí, passando necessariamente pela preparação de um time que pudesse dar ao Clube um título e o acesso à série A. O Avaí subiu para a primeira divisão após 30 anos, conquistou o bicampeonato estadual, disputou a Sul-Americana e a Copa do Brasil com sucesso. Histórias que o torcedor bem conhece. No final do ano passado, optou por se afastar do Clube. A “separação” durou pouco. Menos de seis meses depois, Luiz Alberto está de volta ao Avaí. Enfrentará mais uma missão complicada. O time não conquistou o esperado triestadual. Também não conquistou a Copa do Brasil após um desempenho histórico. Para complicar, iniciou o Brasileirão de forma insatisfatória. “A partir de três anos de uma parceria, começa o desgaste. E é um desgaste natural. Eu precisava dar um tempo, cuidar da minha empresa, da minha família. Tinha uma viagem marcada para fechar uma parceria com o FC Tókio (Japão) e eu não poderia ficar tão próximo à montagem do time para esta temporada. Eu me afastei, mas nunca deixei de ser parceiro do Avaí”, garante o empresário.

Apagar a luz vermelha Com quase 10 anos de experiência, a LA administra a carreira de mais de 40 jogadores. Deste total, mais de uma dezena está integrada ao Clube do Sul da Ilha de Santa Catarina. “Nosso projeto é fazer carreira para o jogador e fazer investimentos para que o clube possa crescer e, posteriormente, a gente ganhar”, afirma Luiz Alberto. O empresário confessa que a boa relação com o presidente João Nilson Zunino e a desclassificação do time da final do Catarinense abreviaram seu retorno. “Era minha obrigação, uma questão moral. É uma situação complicada, mas o desafio motiva. É hora de todo avaiano, de todo aquele que gosta do Avaí, ajudar o Clube. Eu vou ajudar sempre”. O empresário afirma que não teve interferência na desmontagem do time no final do ano passado. Também não esteve presente na formação da equipe para esta temporada. Confirma, no entanto, que participou da decisão para a saída do técnico Silas e para a chegada do técnico Alexandre Gallo. “Depois de saber da proposta do Al-Arabi ao Silas, conversei com ele e com o presidente Zunino. Disse ao Silas que a estrutura lá é ótima e a proposta financeira nunca

seria alcançada por um clube brasileiro. Não tinha como ele negar a proposta. O Gallo foi uma indicação nossa. Uma conversa que já durava um ano. Ele segue a linha do Muricy Ramalho. Trabalha com o elenco que tem. Aliás, isso é uma coisa que sempre deixo claro. A gente monta o elenco. O técnico escala o time”, enfatiza.

Jogadores Sempre questionado sobre sua ligação com os times do Paraná – Luiz Alberto foi parceiro do Paraná Clube e mantém parceria e um plantel no Coritiba, o empresário é enfático. “Eu nunca me dediquei tanto a um clube como me dediquei ao Avaí. Quando chegamos em 2007, a folha salarial era muito baixa e não havia jogadores com contrato maior do que seis meses. Foi um ano de planejamento, de revolução do futebol. Preparamos o Avaí e subimos contra times com orçamento maior do que a gente”. Luiz Alberto não critica os momentos ruins enfrentados pelo time até então nessa temporada. “Estou muito envolvido com o Avaí. A situação não é fácil. Temos consciência. Mas, vamos trabalhar para tirar a equipe deste momento crítico. É o ano da negociação das cotas de televisão. Esse ano não podemos cair. Não vamos medir esforços. Se precisar colocar dinheiro, vamos colocar”, garante. Só que para atingir a meta, Luiz Alberto sabe da necessidade de reforçar o time. Participou das recentes contratações do Clube. “Quando for um jogador de qualidade, eu quero que venha para o Avaí. O mais importante na contratação de um atleta é encontrar jogador com qualidade, que tenha bom futebol, independente de ter experiência, ter fama. O importante é um jogador que contribua com o Avaí, que vista a camisa do Clube”. Luiz Alberto convoca o torcedor. “É peça fundamental. O Avaí teve uma ascensão muito grande e não podemos brecar isso. O primeiro passo é manter o time e o fortalecer financeiramente para ficarmos com os principais destaques. Nesse tempo em que fiquei fora, aprendi muitas coisas. Mas confesso que senti falta desse relacionamento que nunca tive em outro clube. Por isso que temos um projeto amplo de investimento e crescimento do Avaí. A única certeza é de que eu tenho compromisso com o Avaí e com o presidente João Nilson Zunino”.

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crônica

amilcar neves

INQUIRINDO O FUTURO A

ndo cá com minha matemática fazendo contas. A gente faz contas para prever o futuro. Por exemplo, para saber quanto dinheiro vai sobrar no fim do mês. Ou faltar. A resposta correta é a segunda: sempre falta dinheiro antes do fim do mês. A primeira alternativa é apenas uma hipótese acadêmica, para dar a impressão de que a gente examina todas as alternativas do problema. Se sobrasse dinheiro no dia 30, enfim, isso não seria um problema, mas um assombro. Encerrada agora a 10ª rodada, julgo que se tem aqui um bom ponto de avaliação do Brasileirão 2011. Dez jogos em 38 é praticamente um quarto do campeonato, a metade do primeiro turno. Dá para se ter uma ideia do que está acontecendo e fazer alguns cálculos com base mais sólida, mais fundamentada. Com menor risco de erros, portanto. Com o apoio da matemática, a primeira conclusão a que se chega é que dificilmente o Avaí será campeão este ano (lembremo-nos que, em maio, chegamos muito perto do título da Copa do Brasil). Essa dificuldade nasce da comparação com o Campeonato Catarinense deste ano, muito embora tenhamos começado o estadual em condições bem mais precárias do que este início de nacional: lá, só fomos fazer o primeiro pontinho na 5ª rodada, num empate à la Seleção Brasileira, de 0 a 0, com o Metropolitano. Já aqui, pontuamos na tabela bem antes, ainda na 4ª rodada, em empate à la Avaí, de 2 a 2, com o América de Minas. Digo bem antes porque são 20 times agora contra 10 34

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no estadual, o que, calculado direitinho, nos dará o primeiro ponto no Catarinense como se tivesse ocorrido apenas na 10ª rodada, comparativamente falando. Ainda assim, mesmo com este início mais promissor no Brasileirão, o título não está fácil de ficar, este ano, em mãos azurras. Cálculos bem feitos podem nos ajudar a esclarecer esta afirmação. Com a humildade que é característica da gente desta Ilha e deste Estado - porém com a determinação inquebrantável dessa mesma gente de alcançar seus objetivos -, o Avaí iniciou o certame em último lugar na tabela, a única posição que permite o máximo crescimento possível, matematicamente falando, dentro da competição. Em 10 jogos, avançamos duas posições. Mantido esse ritmo de evolução, e não há nada que invalide essa justa expectativa, subiremos oito posições até o derradeiro jogo, o que nos dará a 12ª colocação e uma vaga na Copa Sul-Americana - o retorno. Contas à parte, o que acho mesmo é que vamos superar em muito esses números, conservadores demais para as gloriosas tradições avaianas. Cobrem isso de mim lá em dezembro, não se esqueçam!

Amilcar Neves

Avaiano, engenheiro mecânico e escritor com oito livros de ficção publicados, os quais nem todos leram


O É GOL é o Título de Capitalização do torcedor. Por apenas R$ 6,00, você adquire o seu Título, concorre a prêmios de até R$ 500 mil e dá uma força para o Avaí, já que o resgate vai para o nosso Leão investir em infraestrutura, novas contratações e proporcionar muitas alegrias ao torcedor avaiano. Para saber mais, acesse: www.egoldoseutime.com.br.

É comprar, torcer e ganhar! É proibida a venda de título de capitalização a menores de dezesseis anos. Art. 3º, I do Código Civil. CNPJ: 01.599.296/0001-71. Proc. SUSEP nº: 15414.001682/2010-63. A aprovação deste título pela SUSEP não implica, por parte da Autarquia, em incentivo ou recomendação à sua aquisição, representando, exclusivamente, sua adequação às normas em vigor. Ao adquirir um É GOL, você automaticamente autoriza que o resgate do Título seja repassado ao seu clube. www.avai.com.br revista oficial AVAÍ F.C. 35


Personalidade Avaiana 1

Bruno fontes Azul da cor do mar Reportagem: Felipe Coelho Fotos: Assessoria Bruno Fontes

P

ara ele não importa se faz chuva ou sol. Bruno acorda pensando no vento. Se não estiver ventando muito forte, ou fraco demais, o dia torna-se perfeito para cair na água e praticar sua paixão: o iatismo. Bruno Fontes, campeão brasileiro de vela, tem uma rotina puxada de treino. São seis dias da semana trabalhando em dois turnos. Pela manhã, normalmente malha duas horas com seus preparadores físicos Felipe Soncini e Leonardo Teixeira. Além da corrida e da musculação, Bruno treina em um simulador. No período da tarde vai velejar sob o olhar atento do técnico Bruno Di Bernardi. “São em média três horas na água, realizando treinos de resistência e manobras de agilidade. Sombra e água fresca, só nos intervalos”, brinca o velejador. Bruno Fontes nasceu em Curitiba e se mudou para Florianópolis com apenas dois anos de idade. Manezinho de coração, hoje, aos 31 anos, continua fiel à Ilha que o adotou. O velejador, que escolheu o bairro Itacorubi para morar, é um orgulho brasileiro no esporte, acumulando prêmios nacionais e mundiais. Foi cam-

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peão Sul-Americano em Mar Del Plata, na Argentina, cinco vezes campeão brasileiro e oito vezes campeão catarinense. Ganhou medalhas de ouro e prata nos Jogos Sul-Americano em Buenos Aires e Medellín, e medalha de prata na Copa do Mundo na Holanda. Todo este sucesso levou o campeão brasileiro a ocupar a quinta posição no ranking mundial.

Dificuldades e persistência

O

Iatismo ainda é um esporte de pouca difusão no Brasil. Especialmente se compararmos com paixões nacionais como o futebol ou vôlei. Entre um dos fatores que dificultam a propagação do esporte está o alto custo do equipamento. Bruno sabe bem disso. No começo da carreira enfrentou dificuldades por não ter patrocínio. “Meu pai bancava tudo. Algumas vezes tive de desistir de viagens devido aos altos gastos com o material”, destaca. O atleta começou a velejar quando tinha oito anos no Lagoa Iate Clube. Iniciou com um pequeno veleiro na


No mar, o grande companheiro de Bruno é o barco...

categoria Optimist, destinada a crianças de 7 a 15 anos. Quando completou quinze, evoluiu para as categorias Pinguim e Sniper, esta última usando um barco para dois velejadores. Chegou, enfim, a categoria Laser, destinada a adultos, onde alcançou seus principais títulos. Hoje, Santa Catarina tornou-se um estado reconhecido nacionalmente pelos talentos na vela. Temos, além de Bruno Fontes, outros representantes olímpicos como os irmãos Araújo, André Fonseca, Marcelo Gusmão e Matheus Dellagnelo, que recentemente trouxe mais um título mundial para o Estado. Bruno, com seu talento, foi um dos maiores colaboradores para este cenário.

Nos quatro cantos do mundo

S

e o azul do mar faz os olhos do velejador brilhar, o azul do Leão da Ilha enche o coração de Bruno com orgulho. Avaiano desde a infância, o atleta lembra como se fosse hoje o primeiro jogo que assistiu do Clube azzura. “Foi em 1992, contra o Brusque. O Avaí ganhou de 1x 0”, relembra. Quando era criança chegou a jogar futebol de salão pela Elase. Como está sempre viajando, toda vez que passa pela Ilha Bruno não perde uma oportunidade de ver o Leão jogando: “Sempre que estou em casa vou aos jogos com amigos ou a convite da Unimed e Eletrosul, que também são meus patrocinadores”.

...na terra, em suas viagens internacionais, a camisa do Avaí

Mesmo com a agenda lotada, Bruno ainda encontra tempo para acompanhar o seu time do coração. Procura se informar sobre o desempenho do Leão pelo computador: “Para acompanhar o dia a dia do time uso a internet, já que sempre estou fora do Brasil”. Quando está em terra firme confessa que arrisca bater uma bolinha com os amigos, porém com cuidado para não se lesionar.

Palestras e futuro

H

oje, Bruno divide a carreira de iatista com a de palestrante. Com a palestra intitulada “A Vida é um Desafio” conta um pouco de sua história, falando da sua trajetória como esportista, das dificuldades enfrentadas e do sucesso na profissão. Procura passar a jovens e empresários o conhecimento que acumulou durante estes anos se valendo de atitude, foco e perseverança. O atleta está se preparando para o Pré-Olímpico em Londres que acontece no início de agosto. Em outubro, vai velejar no Pan Americano disputado no México e, em dezembro, tenta o mundial em águas australianas. “A meta são as Olimpíadas de Londres em 2012. E, com certeza, a camisa do Avaí estará comigo”, comemora.

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Personalidade Avaiana 2

Fabiana Beltrame

paixão à

primeira remada Reportagem: Carla Cavalheiro fotos: Rubens Flôres e álbum pessoal

O

dia 18 de junho de 2011 é especial para a manezinha Fabiana Beltrame. Foi nesta data, em Hamburgo, na Alemanha, que ela conquistou a medalha de ouro na segunda etapa da Copa do Mundo de Remo. Ela, que competiu no single skiff peso leve, superou o resultado da etapa anterior, realizada em Munique, também na Alemanha, quando ficou em quarto lugar. Esta é a primeira medalha de ouro do Brasil no remo em etapas da Copa do Mundo. “Não tenho palavras para descrever a felicidade daquele momento que pude compartilhar com meu marido e minha filha, que estavam lá comigo para dividir essa conquista”, afirma. Fabiana figura entre as três melhores remadoras do mundo. Iniciou a prática do esporte no Clube Náutico Francisco Martinelli, à sombra da ponte Hercílio Luz. Atualmente, mora no Rio de Janeiro, onde treina no Clube de Regatas Flamengo e se prepara para os jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em outubro. “O uniforme vermelho e preto é uma questão profissional. Eu e meu marido acompanhamos todos os jogos do Avaí”, garante.

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Fabiana é sinônimo de dedicação. Desde que optou por ser atleta do remo, coleciona momentos de ascensão. A rotina intensa de treinamentos proporcionou à atleta títulos regionais, brasileiros, sul brasileiros, até que, em 2004, Fabiana se tornou a primeira remadora brasileira a participar de uma Olimpíada. Fabiana se classificou para Atenas e terminou a participação em 15º lugar. Em 2008, foi a Pequim e ficou em 19º. Em 2010, após um ano sem competir por causa da gravidez de Alice, Fabiana emplacou o terceiro lugar na Copa do Mundo de Remo, na Suíça. Terminou a competição em quarto lugar, 13 centésimos atrás da terceira colocada. Este ano reinicia uma nova trilha de vitórias. “Meu foco agora é o Pan-Americano. Vou fazer o meu melhor. Depois, meu foco serão as Olimpíadas e aí terei tempo para pensar se vou mudar de categoria ou fazer uma parceria”, diz. Confira a seguir como foi o papo da Revista do Avaí com esta manezinha avaiana ilustre:


Gabriel Mendes /Divulgação

Revista do Avaí – O remo não é um esporte tradicional no Brasil. Muito menos quando se trata de mulheres. Porém, você nos orgulha por figurar entre as três melhores remadoras do mundo. Quando você iniciou a prática, imaginava um dia estar nos holofotes esportivos? Fabiana Beltrame – Nunca passou pela minha cabeça ser remadora. Comecei por brincadeira e porque sempre gostei de esportes. Eu e uma amiga minha, a Denise, passeávamos na Beira Mar e víamos os atletas treinando. Ficamos interessadas e resolvemos então ir até o Clube Náutico Francisco Martinelli, onde nos inscrevemos na escola de remo. Posso dizer que foi paixão à primeira remada. Quando começamos, nem pensávamos em competir. Foi um processo natural. Logo estávamos competindo e vencendo todas as regatas. Mesmo assim, não imaginava que pudesse chegar tão longe. Os objetivos foram aparecendo aos poucos e eu fui conquistando metas e querendo mais.

Com o uniforme do Clube de Regatas Flamengo, Fabiana posa à beira da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro

REVISTA DO Avaí – De Floripa para o Rio de Janeiro. Por

que a mudança?

Fabiana Beltrame – Nunca tive a intenção de mudar, mas foi um processo natural. Meu técnico na época foi demitido do clube e não tive muita escolha. Ou me mudava para o Rio ou ficava estagnada. O remo de Santa Catarina nunca mais foi o mesmo. Sempre foi um formador de atletas de seleção brasileira, mas atualmente não tem evoluído.

A avaiana Fabiana Beltrame exibe com orgulho suas medalhas: entre as três melhores do mundo

Revista do Avaí – Quais são as melhores recordações de sua carreira até agora? Fabiana Beltrame – Sem dúvida a medalha de ouro na Copa do Mundo, não só por ter sido a primeira do país, mas porque pude dividir essa alegria com a minha família, levar a Alice (filha) ao pódio. Foi tudo muito emocionante e nunca vou esquecer. A medalha de bronze, que conquistei no ano passado na Copa do Mundo de Lucerna, também teve um gosto muito especial, porque foi totalmente inesperada. E não poderia deixar de mencionar a classificação olímpica em 2004, quando me tornei a primeira remadora brasileira a participar das Olimpíadas. As primeiras Olimpíadas foram como um sonho para mim. Tudo era novidade e meu resultado foi muito legal, surpreendente. Já em Pequim eu já estava um pouco mais experiente, mas não consegui melhorar minha colocação devido a uma preparação fraca. Isso serviu para que eu intensificasse minha rotina de treinamento e melhorasse meu desempenho. www.avai.com.br

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Personalidade Avaiana 2 Fico muito triste com isso e um dia quero poder contribuir para a melhoria do esporte na cidade. Revista do Avaí – Como é o trabalho no Flamengo e

como você consegue se manter no esporte? Fabiana Beltrame – O remo dos clubes aqui do Rio tem bastante incentivo da diretoria, porque foi com esse esporte que muitos deles começaram. Está no estatuto: não pode fechar as portas. A rivalidade do campeonato estadual é que mantém o remo do Rio. O Flamengo me dá apoio total, principalmente porque a presidente Patrícia Amorim foi atleta e entende o nosso lado também. A Petrobrás e o Bradesco são patrocinadores da Confederação Brasileira de Remo e nos repassam uma boa ajuda para nos dar mais tranquilidade de treinar. O investimento nas categorias de base é essencial para o crescimento do esporte. Agora, mais do que nunca, com a realização dos Jogos Olímpicos aqui no Brasil, temos de fazer bonito. O trabalho começa agora para que possamos colher bons frutos lá na frente. Recentemente, também fechei um patrocínio com a Adidas, que vai me ajudar muito nessa empreitada até 2016. Revista do Avaí – Dizem que existe o futebol e os demais esportes no Brasil. Como você avalia esta situação no que diz respeito ao incentivo às demais práticas esportivas no país? Fabiana Beltrame – Infelizmente é uma realidade. Não temos como competir com o futebol, que é a paixão nacional e traz muito mais retorno financeiro para os clubes e patrocinadores. Os outros esportes têm mais visibilidade e incentivo em ano de Pan-Americano e Olimpíadas. Isso nunca vai mudar. Só acho que deveria ter um planejamento em longo prazo para que os outros esportes possam ter um crescimento, conquistando mais resultados expressivos e, consequentemente, mais visibilidade e investimento.

Revista do Avaí – Como é sua relação com o Avaí? Fabiana Beltrame – Sempre fui torcedora do Avaí,

mas confesso que nunca acompanhei muito os jogos. Depois que comecei a namorar o Gibran é que comecei a me interessar mais. Ele acompanha todos os jogos, vibra, torce! E eu torço junto. Quando não dá para ver na TV, acompanhamos pela internet. Revista do Avaí – Como concilia as funções de mulher,

mãe e remadora?

Fabiana Beltrame – A rotina diária não é fácil. Depois que se tem um filho, o descanso, que é essencial para o esporte, não é mais o mesmo. As tarefas domésticas aumentam muito e o dia tem de ser bem dividido. Mas depois que entra na rotina, tudo flui naturalmente. Tenho muito apoio do meu marido que também é remador. O Gibran Cunha, avaiano roxo! Treino duas vezes por dia. Pela manhã a Alice vai conosco para o clube e à tarde ela vai para creche e assim consigo descansar e treinar. Revista do Avaí – Quais os próximos objetivos? Fabiana Beltrame – Estou treinando muito forte. An-

tes das Olimpíadas de Londres, meu objetivo é o Pan-Americano de Guadalajara. O remo feminino nunca conquistou uma medalha nas Olimpíadas e já faz mais de 20 anos que não vem uma medalha de ouro no Pan. Depois, começo a me preparar para o pré-olímpico para tentar, mais uma vez, a vaga para os jogos em Londres. Revista do Avaí – Que sonho ainda não realizou? Fabiana Beltrame – Meu maior sonho como atleta é

ganhar uma medalha olímpica. Vou continuar treinando duro pra isso.

principais conquistas Atenas 2004: classificação Olímpica para Atenas 2004 Pequim 2008: classificação Olímpica para Pequim 2008 Nova Zelândia 2010: quarto lugar no Campeonato Mundial da Nova Zelândia 2010 Bronze: medalha de bronze na Copa do Mundo de Remo da Suíça 2010 Prata: medalha de prata na Regata Pré-Olímpica 2007 Ouro: campeã Sul-Americana 2002, 2005 e 2010 e campeã da etapa de Hamburgo da Copa do Mundo de Remo da Alemanha 2011

Família unida no pódio em Hamburgo: avaianos de coração

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Nota do Editor – Agradecimento especial a Elisiane Beltrame, prima e torcedora fervorosa da Fabiana e do Avaí, que não poupou esforços em estreitar o caminho entre a Revista do Avaí e a vitoriosa avaiana.


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O fanático

dona ilda - 100 anos Um sonho realizado Dona Ilda Olegário Campos, que chegou ao centenário no último dia 14 de junho, conheceu a Ressacada e os jogadores avaianos Reportagem: Vandrei Bion FotoS: jamira furlani

C

em anos. Vocês podem imaginar o que significa isso? São dez décadas, 1,2 mil meses, 36,5 mil dias, 876 mil horas e 52,5 milhões de minutos. Esses números especificam a matemática do tempo e da vida que passa, mas que também é duradoura. Você já parou para pensar o que representa chegar aos 100 anos e ter ainda um grande sonho? É possível, veja o caso de dona Ilda Olegário Campos, torcedora fanática do Avaí. Dona Ilda chegou ao centenário no último dia 14 de junho e fez apenas um pedido à família: “Quero ir à Ressacada conhecer os jogadores”. Acompanhada de uma neta e de um bisneto, dona Ilda chegou sorridente, sem qualquer tipo de indisposição. Pelo contrário, trouxe ânimo, alegria e bom astral. Junto com ela, vieram dois quadros que são guardados como relíquias, com fotos do time Campeão Catarinense de 1973. Logo na chegada, dona Ilda foi recepcionada pela diretora Social do Clube, Nesi Furlani, e encontrou o atacante William. Entre um papo e outro, ela revelou que no dia dos jogos fica muito nervosa e, às vezes, não consegue acompanhar a partida. Nem pelo rádio. Depois de conversar com o presidente João Nilson Zunino e com o gerente de futebol, Mauro Galvão, a torcedora recebeu uma camisa oficial das mãos do técnico Alexandre Gallo. Sem

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vaidade, dona Ilda conversou com o grupo de jogadores e disse que eles precisam ter fé. “Vocês, acima de tudo, devem acreditar em Deus e ter fé no que fazem. Só assim o Avaí vai melhorar em campo”, disse dona Ilda. Após as fotos com o grupo profissional, a torcedora de 100 anos entrou no carro e voltou para o bairro Capoeiras, no Continente, onde mora há 12 anos. Nascida no Centro, em Florianópolis, dona Ilda Olegário Campos é viúva e tem 12 filhos, o mesmo número da idade que ela tinha quando o Avaí foi fundado, paixão que carrega no coração há quase 88 anos.

Técnico Gallo entrega uma camisa do Leão para dona Ilda: paixão não tem idade


coluna

elite azul e branca In memoriaM Tullo CavallazZi Divulgação/Avaí F.C.

VIRANDO ESCRITOR

M

omento inesperado na vida do Seu Tullo, foi quando o convidaram para escrever uma coluna de jornal. Não que o convite não tivesse acontecido em outras oportunidades, mas é que o compromisso diário, com um jornal e ainda sem ser jornalista esportivo, fez com que o “maestro” pedisse um tempo para pensar... Não deu outra. “- Se for para defender o Avaí, tô dentro.” E iniciou, já no dia seguinte, aquelas que seriam suas primeiras linhas numa rápida, porém inesquecível, incursão nas “letras futebolísticas”.

DANDO A LARGADA

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epois de um tempo na “imprensa convencional”, descobriu que existia uma coisa chamada linha editorial que não era muito a praia dele. Mudou-se então para a internet e de saída largou sua primeira postagem, referindo-se ao blog que ficaria marcado na história do Avaí: “Compromisso - esta é uma coluna informal com comentários e notícias a respeito do Avaí F.C. e o único compromisso é com a verdade. Neste espaço, denunciaremos e daremos o nome de todos aqueles que, propositadamente, tentem denegrir as ações do Clube e de seus atletas. Nada ficará sem resposta. Não aceitaremos o tal “de ouvi dizer, me telefonaram, um conselheiro me disse etc”. Vamos fazer pressão contra a mentira, a calúnia e a fofoca”. Dito e feito.

SOLTANDO FAÍSCAS

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ssim que entrou já foi soltando faíscas, avisando que não estava ali para agradar e sim para defender o Avaí que, segundo ele, naquele momento “estava sendo muito maltratado pela imprensa”. Aí já largou uma das primeiras notas “Dando um tempo - Vou ficar dois dias sem escutar o noticiário esportivo, vou dar um tempo, minha pele fica toda ‘empipocada’ com as tolices que são ditas como se fossem coisas sérias. É duro escutar o cara dizer em alto e bom tom: tenho de falar porque me pagam para isso”.

APAIXONADO PELA TORCIDA

S

eu Tullo, ao falar da torcida do Avaí, dizia aos quatro ventos: “Vocês já notaram ou sentiram que o Avaí tem um jeitinho de família. Que a relação entre torcedores é mais respeitosa e alegre? Que mística envolve esse time para que pareça a cada jogo, uma reunião de parentes, de amigos? De todos os lados de Santa Catarina surgem torcidas organizadas, que vem se juntando as da Grande Florianópolis para cantar e torcer pelo alviceleste da Ilha. Os adversários que nos visitam encantam-se com a Ressacada e com a cordialidade com que são recebidos pela educada torcida avaiana.”

Arthur e Katherine, no Engenhão, netos do seu Tullo que inspiravam o blog

ELE NÃO ERA DE FERRO!

Q

uando começava a semana em que tinha jogo na Ressacada, seu Tullo parecia o homem do tempo. A preocupação dele era saber se no dia do jogo estaria frio ou chovendo, para que a renda não fosse afetada. Era mania já dos tempos de Adolfo Konder. Certa vez, em maio de 2008, o Estado conheceu uma das mais pesadas frentes frias da história, mas para sorte dele (e nossa) não tínhamos jogo na semana e assim ele lascou no blog: “Com ventinho soprando no pescoço. São dezenove horas agora e a temperatura está em nove graus e descendo cada vez mais. Que bom que não tem jogo para nós neste fim de semana. Deus é pai. Gosto muito de futebol e me sinto na Ressacada como se estivesse em casa, mas se tivesse jogo hoje levaria uma manta Parahiba para botar em cima das pernas, que eu não sou de ferro. Arre égua, tá frio para caracas!!!”. Uma semana depois, empatamos com o Fortaleza em 2 x 2, numa temperatura de 35 graus!

A PROIBIÇÃO DA CERVEJA...

U

m dos assuntos mais polêmicos era a proibição da cerveja ao redor do estádio. Seu Tullo saiu em defesa da torcida e lançou as sete dúvidas cruéis. 1. Se comprar a cerveja além dos 400 metros do epicentro do estádio da Ressacada, pode tomá-la na faixa de Gaza? 2. Se o delegado decidir arbitrar uma fiança, será somente sobre aquela cerveja? 3. Serei obrigado a me submeter ao bafômetro na entrada do estádio? 4. Trazer isopor com cerveja no porta-malas de meu carro é desobediência civil? 5. Cerveja sem álcool tem de ser submetida a exame de laboratório para verificar se é autêntica? 6. Meu amigo e companheiro de jogos reside pertinho da Ressacada. Poderei ingerir bebidas alcoólicas em sua casa, uma hora antes do jogo? 7. Meu caro, você não acha que eles estão de gozação com a gente? www.avai.com.br

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eternoS Ă­doloS

Orivaldo:

O colecionador de recordes 44

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Reportagem: Felipe Coelho fOTOS: RUBENS fLÔRES

O

s números impressionam: foram 10 anos como titular, 59 gols, 413 partidas e quatro campeonatos brasileiros vestindo a camisa do Avaí. Orivaldo não só construiu uma carreira invejável no futebol, como também colecionou recordes. Foi o atleta que mais jogou partidas pelo time e disputou o maior número de brasileirões pelo Avaí. Tirando uma breve passagem de quatro meses pela Chapecoense, em 1978, o famoso lateral esquerdo dedicou uma década de fidelidade ao Clube azzura. Manezinho da Ilha, Orivaldo começou a jogar bola aos 11 anos com o melhor amigo Balduino, ex-jogador de times como Avaí, Figueirense e Grêmio. Jogavam em um pequeno time, O Fiambreria Dona Clara, mercearia do mercado público que cedia o uniforme para os garotos baterem bola. Aos 16 anos, seu amigo Balduino foi jogar no Flamengo de Capoeiras e convidou o colega Orivaldo para entrar no time. A partir de então uma série de acasos daria rumo à vitoriosa carreira de Orivaldo. Talentoso, Balduino foi parar no juvenil do Avaí. Convidou, como de costume, o parceiro para assistir um treino onde iria jogar contra o time titular profissional. Na hora em que o treino iria começar, um dos laterais não apareceu. Badu, como era chamado Balduino, falou com o treinador: “Não podemos jogar só com 10 jogadores. Eu tenho um amigo que está na arquibancada e sabe jogar nesta posição”. Mais uma vez Badu convocava o melhor amigo. Era a primeira vez que Orivaldo pisava em solo avaiano. “Joguei numa quarta-feira. Na sexta-feira mandaram me chamar. Estava contratado”. Orivaldo foi e mostrou que era bom de bola naquele dia. O show impressionou a todos. Ele estava no lugar certo, na hora certa. Foi contratado como titular profissional, mas como era menor de idade, tinha 17 anos, seu pai teve de autorizar a sua entrada para o time. Começava a ganhar seu primeiro salário: modestos 500 cruzeiros, que na época pareciam uma pequena fortuna para Orivaldo.“Eu enlouqueci com aquele dinheiro”, relembrou rindo. Fez uma estreia tímida, em um amistoso com

o Paissandu de Brusque. “Joguei os últimos 15 minutos. Toda minha família foi ver o jogo. Minha mãe estava lá, era a maior torcedora. Nunca perdeu uma partida, nem sob chuva e trovoada!”. A sua primeira partida pelo Avaí em um campeonato estadual aconteceu em março de 1972, quando já jogava há três meses no time. Foi em Joinville, contra o Caxias. Antes do jogo, Orivaldo descobriu durante um treino que não estava escalado para a partida. O treinador na época, Zezé, havia convocado o então lateral esquerdo Raulzinho. Durante o treino, Raulzinho insistiu para bater a última falta. Ao chutar a bola, distendeu um músculo da coxa. Não havia outro lateral disponível a não ser Orivaldo. Mais uma vez, a sorte batia a sua porta. Orivaldo embarcou como o novo lateral esquerdo, posição que assumiu em cima da hora, já que estava acostumado a jogar como direito, e para o delírio da torcida foi o melhor jogador naquela partida em Joinville. Como prêmio ganhou um moto rádio. “Eu nunca esqueço, foi o meu primeiro presente ganho da imprensa. Foi um dos maiores presentes que eu poderia ganhar na época”, lembrou. O lateral brilhou na década de 70 no Leão. Construiu uma trajetória de sucesso, que o levou a disputar jogos com duas lendas do futebol: Garrincha e Pelé. O encontro com o Mané aconteceu em 1972, numa partida contra o Olaria. Orivaldo ficou responsável por marcar Garrincha. A direção, sabendo do talento e das chegadas fortes de Orivaldo, fez um pedido ao lateral esquerdo avaiano. Pediu gentilmente que o atleta não chegasse com tanta força no Mané, pois ele, no final da carreira, estava ali para um jogo de apresentação. O Leão perdeu naquele dia por 2 x 0. No ano seguinte, Orivaldo cruzaria com outro ídolo, o Rei Pelé. Foi em uma agitada partida contra o Santos, no Adolfo Konder. Em certo momento do jogo, o goleiro mandou a bola para Orivaldo. Quando ele percebeu que o Rei estava vindo em

Como atleta, em dois momentos: no Orlando Scarpelli, em 1976, disputando a bola com Zequinha do Grêmio-RS, pelo Campeonato Brasileiro, e posando com a inesquecível equipe do Santos do rei Pelé, em 1973, no Adolfo Konder

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eternoS ídoloS

sua direção para driblá-lo, não pensou duas vezes, agarrou a bola com as duas mãos para protegê-la. A imagem de Pelé vindo para cima da bola foi tão assustadora, lembra o lateral avaiano, que o instinto falou mais alto. Não foi um pênalti porque a bola ainda não estava em jogo. Naquele dia o Avaí, apesar de ter jogado com garra, perdeu de 2 a 1 para o Santos. A história virou lenda e hoje é contada por Orivaldo que ri ao relembrá-la. Outra passagem divertida da carreira de Orivaldo aconteceu em um clássico em 1974. O Avaí estava ganhando de 1 x 0

quando Marcos, ex-ponteiro esquerdo do Figueirense, chutou uma bola que Orivaldo acidentalmente cabeceou fazendo um gol contra. Balduino, percebendo a tragédia, correu e em segundos desfez um dos nós da rede, abrindo um rasgo na lateral. Chamou o juiz, na época João Borja Neto, e o convenceu na malandragem que a bola havia entrado pela lateral e que o gol contra não existiu. Conseguiu e, assim, o Avaí ganhou a partida. Em 1979, o famoso lateral esquerdo decidiu abandonar os campos. Aos 27 anos, Orivaldo encerrava a carreira de jogador para iniciar outra, como técnico industrial: “temi que o futebol viesse a acabar comigo, então decidi acabar com o futebol antes. Já tinha 29 anos e achava que tinha contribuído o bastante”. Foram dez anos de Avaí, dedicação reconhecida em 2009, quando Orivaldo foi homenageado pelo Clube, eternizando sua marca na Calçada da Fama do Memorial dos Atletas do Avaí Futebol Clube. Recentemente se aposentou, após trabalhar 30 anos na Celesc. Mesmo após se dedicar tantos anos à profissão e ao seu time do coração, Orivaldo, hoje com 59 anos, ainda não sossegou. Montou uma empresa de confecção feminina com a esposa, onde ambos trabalham. Tem uma rotina pesada. Acorda às 6h30 da manhã e só chega em casa às 20 horas. Quando não está no trabalho, suas paixões continuam as mesmas de 30 anos atrás: a família e o futebol. Continua um eterno apaixonado pelo time e não perde uma partida. É tanto amor pelo Leão que sua netinha Nicolle, de sete anos, não podia torcer por outro time. A menina é fanática pelo Avaí e já conspira com o avô para que sua irmãzinha, Valentina, de nove meses, torne-se a mais nova avaiana da casa. Alguém aí ainda duvida? Com a camisa comemorativa dos 413 jogos, Orivaldo apresenta, orgulhoso, as netas avaianas Nicolle e Valentina

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administrativo

ISO 9001 Clube projeta melhorias para o cliente avaiano Reportagem: Camila Spolti Pereira fOTOS: RUBENS fLÔRES

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tenta ao crescimento e visibilidade que tem conquistado nos últimos anos, a diretoria do Avaí projeta implantar, até o final de 2011, o certificado ISO 9001 - norma internacional que estabelece requisitos para o Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) de uma organização. De acordo com a coordenadora do setor de qualidade do Avaí, Kelly Priscila Franzoni, o objetivo principal é beneficiar o cliente. “Com a implementação da ISO 9001 queremos melhorar a qualidade organizacional e assim conquistar a satisfação do cliente, seja ele torcedor, associado ou fornecedor”, afirma. O superintendente de negócios do Avaí, Cláudio Vicente, explica que, com o crescimento do Clube, observou-se a necessidade de uma gestão profissionalizada. “Há cinco anos o Avaí tinha apenas 30 funcionários. Agora, temos 123. Se queremos competir com os grandes clubes do mercado, precisamos profissionalizar”, detalha o superintendente. Vicente destaca que o grande desafio não será implantar o certificado, mas sim dar continuidade ao trabalho. “Não queremos deixar nossa missão apenas em um quadrinho bonito na parede, mas estender aquele objetivo para o espírito de quem trabalha aqui”, explica.

Kelly Priscila Franzoni

Cláudio Vicente

O que muda?

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om a ISO 9001, todos os departamentos do Avaí irão operar de forma estruturada e padronizada. Para isso, todos estão passando por um processo de avaliação, onde são definidas formas de melhorar os procedimentos de cada setor, como, por exemplo, dando maior agilidade aos trabalhos. Após definida as alterações, os funcionários passam por treinamentos. “Não quer dizer que os profissionais não façam um bom trabalho, mas o treinamento é para eles assimilarem melhor as mudanças uma vez que agora há uma padronização”, comenta Vicente. De acordo com o superintendente, a estruturação em todos os setores é o grande diferencial do Avaí. Segundo ele, clubes chamados “grandes” como o Grêmio e o Internacional têm o certificado ISO 9001. “Porém, a norma é somente para o atendimento ao cliente. O objetivo do Avaí é implantar em todas as áreas, desde o almoxarifado até a secretaria do Clube”, acrescenta. Em agosto está marcada uma auditoria interna para verificar se ainda há pontos de melhoria na gestão do Avaí e, em novembro, o auditor da ISO faz a visita oficial. Até o final de 2011, o Clube ainda deve colocar em prática outros dois projetos focados na profissionalização da gestão: instalação de software de gestão e plano de cargos e salários para funcionários. www.avai.com.br

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aconteceu no avaí Jamira Furlani/Avaí F.C. Vandrei Bion/Avaí F.C.

colaborou: vandrei bion

departamento de futebol vai a Conselho deliberativo

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a reunião extraordinária realizada no dia 19 de julho, o Conselho Deliberativo do Avaí Futebol Clube recebeu para um bate-papo com os conselheiros o coordenador de futebol Gustavo Mendes. Durante uma hora, o profissional atendeu a todas as perguntas e falou do planejamento até o final do campeonato. Segundo ele, dentro de mais algumas rodadas, o Avaí deixará a zona do rebaixamento. Gustavo ressaltou também que mais dois ou três reforços serão contratados para a continuidade da competição.

Dia do Futebol

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Ciclismo campeão

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equipe de ciclismo do Avaí/FME Florianópolis / APGF venceu, no dia 17 de julho, a 8a etapa do Campeonato Estadual de Ciclismo, realizada na cidade de Penha. Essa foi a segunda vitória seguida com dobradinha na competição. O primeiro lugar ficou com Rodrigo do Nascimento e o segundo com Gustavo Zorzo. Na etapa anterior, Rodrigo foi o campeão e Rubem Mastella chegou em segundo. Divulgação/Avaí F.C.

Vandrei Bion/Avaí F.C.

Avaí participou, nos dias 19 e 20 de julho, de um evento organizado pelo Floripa Shopping em comemoração ao Dia do Futebol. Uma exposição com as camisas que homenageiam as cidades catarinenses no Campeonato Brasileiro esteve à disposição do público no pátio central do shopping. O torcedor avaiano pode ver, também, as taças conquistadas pelo Leão da Ilha nos campeonatos estaduais de 2009 e 2010. Para as crianças, a estrutura montada disponibilizou jogos e brincadeiras, com distribuição de brindes. O ponto alto do Dia do Futebol foi a presença dos atletas Cássio, Rafael, Pedro Ken e Felipe, que deram autógrafos e bateram fotos com os torcedores.

sáveis pelo PROERD - Programa Educacional de Resistência às Drogas - nas escolas da Grande Florianópolis. Na ocasião, Cláudio Vicente fez a doação de duas camisetas oficiais do Avaí Futebol Clube autografadas pelos jogadores. As camisas foram sorteadas no evento de formatura dos alunos participantes do projeto. Ao todo, participam do PROERD de São José aproximadamente quatro mil pessoas.

PROERD

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o dia 10 de junho, o então superintendente administrativo do Avaí, Cláudio Vicente, hoje superintendente de negócios, recebeu, no estádio da Ressacada, a visita do cabo Polli e do soldado Alexandre, ambos do 7º Batalhão da Polícia Militar de Santa Catarina, respon-

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Adilson Turnes/Ituporanga/Avaí F.C.

Escolinha oficial em Ituporanga

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Avaí lançou, no dia 9 de julho, a Escolinha Moitas/Avaí Showboll, em Ituporanga. O projeto atende cerca de 500 crianças e adolescentes da região, na faixa etária de 6 a 18 anos. Durante a inauguração, foram entregues os primeiros kits contendo meia, calção e camisetas personalizadas da escolinha. A solenidade contou com a presença do prefeito Osni de Fragas e diretores do Moitas. Pelo Avaí, estiveram presentes o superintendente de negócios, Cláudio Vicente, a diretora social, Nesi Furlani, e a coordenadora de licenciamento, Otília Pagani.

Alceu Atherino/Avaí F.C.

areia média para deixar o gramado ainda mais macio e bonito. Adenir Pedro da Silva (foto), que está no Clube desde 1983, quando a Ressacada foi inaugurada, foi o grande responsável por esta atividade. A estreia do novo gramado aconteceu no dia 21 de julho, quando o Avaí recebeu, no estádio da Ressacada, o Internacional-RS, em partida válida pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A.

Celular do Avaí

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ocê já pensou em um presente especial para o Dia dos Pais? Ainda mais para um pai avaiano? Pois bem, a grande oportunidade está no celular personalizado do Avaí, que chegou ao mercado no mês de julho. O aparelho Nokia X2-01, fruto de uma parceria do Clube com a TIM, já está à venda nas lojas Multisom que também integra o projeto. O celular, de cor prata, traz um distintivo do Avaí, em laser, na parte externa, e uma série de conteúdos referentes ao Clube como: wallpapers, vídeos, imagens, textos e aplicativos para as redes sociais. Por R$ 279,90, os sócios levarão para casa o telefone, além de uma camiseta personalizada do Avaí. Os associados podem ainda comprar o kit em dez vezes de R$ 27,90. Já os não sócios, poderão adquirir o smartphone por R$ 299,90, à vista, ou em dez vezes de R$ 29,90.

Grama de inverno

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urante quinze dias do mês de julho, o gramado do estádio da Ressacada passou por uma ampla reforma. Com o objetivo de deixar a grama mais forte e resistente ao frio do rigoroso inverno do Sul do país, foram realizados os trabalhos de corte, remoção de palha, adição de adubo, plantio da semente de inverno e colocação de

Avaí é Top of Mind 2011

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Avaí Futebol Clube recebeu, no mês de junho, pelo terceiro ano consecutivo, o prêmio Top of Mind 2011. O Clube foi homenageado como a marca mais lembrada de Santa Catarina no quesito time de futebol na Grande Florianópolis e demais regiões do Estado. A pesquisa, que chega à décima-sétima edição, é uma realização do Instituto MAPA em parceria com o Jornal A Notícia. O evento contou com o apoio da Federação das Indústrias de Santa Catarina - Fiesc, da AM Construções e da Martinelli Advocacia Empresarial e o patrocínio da Fecomércio, do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo www.avai.com.br

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Jamira Furlani/Avaí F.C. Divulgação / Avaí F.C.

aconteceu no avaí

Ciclismo vicecampeão brasileiro

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o dia 24 de junho, o ciclista Rafael de Barros Gasparine, da equipe Avaí /FME Florianópolis / APGF, confirmou sua boa fase e conquistou o vice-Campeonato Brasileiro Sub-23 na categoria contra relógio. O atleta percorreu os 27 km do percurso com o tempo de 34’17, sendo superado apenas por Alexandre Maranelli, que fez um tempo de 33’42. A medalha de bronze ficou com Joel Prado Júnior, com o tempo de 35’25. A prova foi realizada em São Paulo.

Alceu Atherino/Avaí F.C.

Alceu Atherino/Avaí F.C.

Sul (BRDE) e da Tractebel Energia. O vice-presidente, Nílton Macedo Machado, recebeu o prêmio na sede da Fiesc e destacou a importância do certificado. ”É com muito orgulho que recebemos, pelo terceiro ano seguido, o prêmio Top of Mind,que exalta as melhores marcas do Estado. O resultado desta premiação reflete o nosso planejamento estratégico, que busca a excelência na gestão e a satisfação do nosso torcedor por meio de conquistas”.

polis, tiveram a oportunidade de conhecer de perto toda a infraestrutura do estádio. Ao todo, 32 crianças, acompanhadas por quatro professores, percorreram, durante 90 minutos, os corredores da Ressacada, conhecendo as arquibancadas sociais, os camarotes, as áreas Vips, o centro de treinamento e o memorial dos atletas.

Doação I

O Paz e Harmonia no Futebol

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odas as semanas, quase que diariamente, a diretoria social do Avaí recebe, na Ressacada, crianças de escolas públicas e particulares de todo o Estado de Santa Catarina. As visitas fazem parte do Projeto Paz e Harmonia no Futebol, que foi criado pela ASSTA – Associação Social e Cultural dos Torcedores do Avaí, e que é executado por Nesi Furlani, responsável por todas as atividades sociais do Clube. No dia 5 de julho, alunos da 2ª e da 5ª séries da E.E.B. Muquem, que fica no bairro Rio Vermelho, em Florianó-

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Avaí realizou, durante os meses de junho e julho, a Campanha do Agasalho 2011. O ponto alto das arrecadações aconteceu durante as partidas entre Avaí e Fluminense, válida pela 6ª rodada da série A, e Avaí e Internacional, válida pela 11ª rodada. A campanha de arrecadação do Avaí recebeu o apoio da RIC Record e da Associação Florianopolitana de Voluntários (AFLOV). Todas as doações foram destinadas às entidades carentes.

Doação II

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erca de mil peças de roupa foram doadas, no dia 28 de junho, pela creche municipal Monteiro Lobato, localizada no bairro Carianos, ao Avaí Futebol Clube. O material foi adquirido durante uma gincana realizada pela entidade com os alunos. De acordo com a diretora Juliana da Matta


Jamira Furlani/Avaí F.C.

Homenagem aos 34 anos da acic

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o dia 11 de junho, o Avaí Futebol Clube, através do vice-presidente Nílton Macedo Machado, entregou uma camisa autografada ao presidente da Associação Catarinense para a Integração do Cego (ACIC), Jairo da Silva. A homenagem é uma reverência aos 34 anos de trabalhos prestados pela entidade às pessoas com deficiência visual. A entrega aconteceu na sala da presidência da Ressacada e contou com a presença dos diretores do Clube Nesi Furlani e Enio Gomes.

Conselho Deliberativo

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coordenador das categorias de base e técnico da Seleção Brasileira Sub-20, Ney Franco, esteve, no dia 3 de junho, no estádio da Ressacada. Recepcionado pelo presidente do Avaí, João Nilson Zunino, Ney Franco conheceu os projetos de ampliação do estádio e da construção do novo centro de treinamento. Ney Franco conheceu também os camarotes, a área Vip da Ressacada e gostou do que viu. “Impressionante a estrutura do Avaí. Chama a atenção o luxo e conforto dos camarotes. O Avaí hoje é um dos clubes mais modernos e estruturados do Brasil”. Após o tour pela Ressacada, o treinador recebeu das mãos do presidente um kit especial do Avaí e uma camisa personalizada. O presidente João Nilson Zunino destacou a importância da visita. “O Ney é um excelente profissional. Ele tem as portas abertas aqui na Ressacada. É importante receber a visita da CBF sempre, afinal, ela é a instituição gestora do nosso futebol. Precisamos estar em contato contínuo”.

Vandrei Bion/Avaí F.C.

Conselho Deliberativo do Avaí Futebol Clube elegeu, no dia 15 de junho, um novo presidente durante reunião extraordinária. O professor Nereu do Vale Pereira, 83 anos, foi eleito com 80 votos dos 98 conselheiros presentes na reunião. O seu concorrente, o conselheiro Décio Sardá Junior, ganhou nove votos. Outros nove conselheiros não votaram por ocuparem cargos diretivos dentro do Clube. Além de Nereu do Valle Pereira, Alessandro Abreu (vice-presidente), Edmundo Simone Neto (1º secretário) e Flávio da Cruz (2º secretário) compõem a mesa diretora do Conselho Deliberativo do Avaí até o final de 2013, quando uma nova eleição será marcada.

Ney Franco na Ressacada

Vandrei Bion/Avaí F.C.

Ribeiro Leal, a doação foi uma contribuição para a Campanha do Agasalho. “Aproveitamos o momento e realizamos uma tarefa da gincana voltada para a obtenção de roupas. Estamos à disposição para ajudar as pessoas neste inverno e por isso resolvemos doar ao Avaí”. A diretora social do Clube, Nesi Furlani, recebeu o material e o encaminhou à Ação Social da Capela Santa Rita de Cássia, localizada também no bairro Carianos.

Da esquerda para a direita: Alessandro Abreu (vicepresidente), Nereu do Vale Pereira (presidente) e Edmundo Simone Neto (1o secretário)

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avaí catarinense

Avaí

homenageia

municípios

catarinenses Q

uando o Avaí está em campo, o Estado de Santa Catarina é representado nas competições nacionais e internacionais. Com a missão de sempre bem destacar o povo catarinense, o Avaí tem por costume, desde o seu retorno à elite do futebol Brasileiro, em 2008, de entrar em campo com a bandeira do Estado. Pensando em ampliar esta divulgação, durante o Campeonato Brasileiro de 2011, o Clube está realizando uma série de homenagens aos municípios catarinenses. Em todos os jogos, seja em Florianópolis ou fora de Santa Catarina, além da bandeira, levada pelos atletas, os goleiros do Avaí trazem em seus uniformes uma imagem de um ponto turístico de um determinado município. O critério utilizado na escolha leva em consideração que, nos jogos fora de casa, a camiseta do goleiro estampa um símbolo de alguma localidade da Grande Florianópolis. Nos jogos disputados na Ressacada, a homenagem se estende aos demais municípios do Estado. Outro ponto a ser destacado é que se leva em conta a data de aniversário do local a ser referenciado. “O Avaí procura, com esta ação, estar cada vez mais próximo dos municípios catarinenses. Começamos com a bandeira do Estado.

Avaí amplia projeto

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GOleiro Aleks exibe a camisa que homenageia o município de Tubarão

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om o sucesso e com a repercussão das homenagens, o Clube decidiu ampliar o projeto e instituiu nos municípios da Grande Florianópolis o Boteco Avaiano, que consiste em reunir autoridades, jogadores, torcedores, sócios, ex-atletas e convidados em um ambiente temático. Segundo a coordenadora de licenciamento do Avaí, Otília Pagani, a ação será realizada pelo menos uma vez por mês. “O Boteco Avaiano vai acontecer sempre que o Avaí for jogar fora de Santa Catarina e o município que receber o Boteco Avaiano estará, também, sendo homenageado através da camisa de nosso goleiro”. O primeiro Boteco foi realizado no dia da partida Atlético Goianiense 0 x 1 Avaí, (16 de julho), quando uma estrutura especial foi montada no bar Challé de Vidro, na cidade de Biguaçu. Com a presença de craques da atualidade e do passado, o


Agora, partimos para uma ação de mais proximidade, que é retratar um símbolo de cada cidade na camisa do goleiro. Uma ação simples, porém, de muita simpatia e respeito às demais localidades de Santa Catarina”, comenta João Nilson Zunino, presidente do Avaí. A iniciativa do Clube em homenagear os municípios de Santa Catarina é inédita e surgiu no final do campeonato Catarinense de 2011. Na oportunidade, os goleiros Renan (ex-Avaí) e Aleks (Seleção Brasileira e Avaí) trouxeram em seus uniformes uma foto do Desbravador, símbolo da cidade de Chapecó, na partida diante da Chapecoense. Em seguida, no jogo contra o Flamengo, que abriu a participação do Avaí no Brasileiro, os goleiros avaianos apresentaram na camisa a ponte Hercílio Luz, maior cartão-postal de Florianópolis. Já na partida contra o Atlético-MG, o uniforme trouxe uma imagem da “Maria Fumaça” para referenciar a cidade de Tubarão, que completou 141 anos no dia 27 de maio. Na sequência, na partida diante do América-MG, os goleiros do Avaí trouxeram as imagens do santo padroeiro da cidade, e da ponte estaiada, dois pontos turísticos de São José, município vizinho a Florianópolis. No dia da partida Avaí x Fluminense, foi a vez de Lages receber a justa homenagem. A imagem da Catedral Nossa Senhora dos Prazeres emoldurou a camisa do goleiro Aleks. A cidade de Itajaí, no Litoral Norte Catarinense, também teve a sua vez, durante o jogo Avaí x Bahia. O goleiro Felipe entrou em campo com uma camiseta especial que trouxe a imagem do porto, um dos cartões postais do município. Na ocasião, uma comitiva de autoridades esteve no estádio da Ressacada e assistiu à partida no camarote presidencial. Outro município da Grande Florianópolis foi Santo Amaro da Imperatriz, que completou 53 anos no dia 10 de julho. No jogo contra o Atlético Paranaense, em Curitiba, os goleiros do Avaí exibiram símbolos alusivos ao município que fica cerca de 30 quilômetros de Florianópolis.

espaço contou com a apresentação de um talk show especial com o objetivo de trocar idéias e experiências sobre a carreira de atleta. Houve ainda a apresentação da camisa em homenagem a Biguaçu, sorteio de ingressos para a Balada Sertaneja, que iniciou às 22 horas daquele dia, a entrega das camisas aos vencedores da promoção “10 mil avaianos no twitter”, além de sorteio (entre os participantes) de uma viagem para acompanhar a delegação no jogo entre Corinthians x Avaí, dia 30 de outubro, no Pacaembu, em São Paulo.

Chapecó, São José e Itajaí (na sequência) foram algumas cidades de Santa Catarina já destacadas pelo Avaí F.C.

o primeiro Boteco Avaiano foi realizado no município de Biguaçu

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leoa avaiana

Francini

Gevaerd Ferreira www.avai.com.br

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Fotos: Geremia (www.photogeremia.blogspot.com); Make up: Nana Souto; Cabelo: Alex Noronha & Robson Leno; Making of: Bolaxa Coral; Assistente de fotografia: Janilson Melo; Produção: Milene Goulart; Filmagem: Fabiano Pereira.

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Fotos: Geremia Photography/Avaí F.C.

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Leoa Avaiana desta edição é a recepcionista Francini Gevaerd Ferreira, ou simplesmente Fran. Natural de São José, ela tem 24 anos e é do signo de Leão. Fanática pelo Avaí, seu grande sonho é bater uma foto com o elenco do Avaí no estádio da Ressacada. Será que seu sonho vai se realizar? O ensaio fotográfico é assinado pelo fotógrafo Geremia.

Troca de passes Nome completo: Francini Gevaerd Ferreira Apelido: Fran Altura: 1,73 cm Peso: 61 kg Cintura: 38 cm Data nascimento: 09/08/1987 Naturalidade: São José Signo: Leão Profissão: Recepcionista Música que gosta: On The Floor Jennifer Lopez Filme: Saga Crepúsculo Comida preferida: Arroz, feijão, bife e fritas. Jogador que mais gosta: Renan, ex-goleiro do Avaí negociado com o Corinthians-SP. Minha Frase preferida: Quem você escolhe para perto de você, revela seu caráter. A vida é simples. Basta tomar decisões e não se arrepender. Sonho: Tirar uma foto com o time do Avaí F.C.

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Fotos: Divulgação/Avaí F.C.

avaianos de berço

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1) Fernanda Klemba, 1 ano; 2) Artur Alves do Valle Ribeiro, 4 anos; 3) Felipe e Pedro, filhos do conselheiro Alessandro Abreu; 4) Robson Fernandes Vieira Filho, com os pais Roseli e Robson; 5) Arthur Bueno Mohr de Carvalho, 1 ano; 6) Arthur Porto Schnaider; 7) Bernardo, 1 mês; 8) Eduarda Conceição Marques; 9) Georgia da Silva Vieira; 10) Maria Eduarda, 9 anos, no Rio de Janeiro; 11) Rafael, Arthur e Mateus Fernandes; 12) Vitor, filho de Jorge Silveira e de Thais de Pinho; 13) Maitê de Almeida Matos. 58

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Fotos: Divulgação/Avaí F.C.

avaianos pelo mundo

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1) Renata Rosangela Oliveira, na Time Square, em Nova Iorque; 2) Renato Silvy Teive e Sabrina Teive, no Teatro Amazonas, em Manaus; 3) Carlos Zandomênico, em Ushuaia, extremo Sul da Argentina; 4) Carlos Zandomênico, no extremo Norte da Argentina; 5) Alissa Azambuja, no Hyde Park, em Londres; 6) Elis e Diego, no Centro de Guayaquil, no Equador; 7) Giovan Silva, em Machu Picchu, Peru; 8) Jimena Furlani e Eliza Coral, na Disney - Magic Kingdom, em Orlando, EUA. www.avai.com.br

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shopping avaiano

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camisa Polo infantil: R$

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gibi Turminha do Leão R$ ,90 Kit 2 peças

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uniforme 2011

em ação O

Avaí F.C. estreou, no Brasileirão, seu mais novo uniforme, considerado um dos mais modernos do país. Para destacar esta bela vestimenta, apresentamos uma sequência de fotos do manto avaiano sendo utilizado nas partidas do Brasileirão de 2011. Confira!

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Fotos: Rubens Flôres/Avaí F.C.

manto avaiano


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Hoje começa uma nova era. Após treze anos da privatização do seu parque gerador, a Eletrosul volta a gerar energia para o Brasil com o início das operações do Complexo Eólico Cerro Chato. Energia limpa e renovável gerada através da força dos ventos para milhares de brasileiros viverem um novo tempo. Um tempo de grandes conquistas. Eletrosul, energia para novos tempos.

Novos ventos movem o Brasil


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