QUASOUTONO?!
FICHA TÉCNICA EDIÇÃO: Edições Vírgula ® (chancela Sítio do Livro) TÍTULO: Quasoutono?! AUTOR: Alberto Branquinho CAPA: Patrícia Andrade PAGINAÇÃO: Paulo S. Resende 1.ª EDIÇÃO Lisboa, Fevereiro 2014 ISBN: 978-989-8678-53-9 DEPÓSITO LEGAL: 370301/14 © ALBERTO BRANQUINHO
PUBLICAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO
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ALBERTO BRANQUINHO
QUASOUTONO?!
OBRAS DO AUTOR Prosa: – PRE/TEXTO – Edição de autor – CAMBANÇA – Guiné / morte e vida em maré baixa – Setecaminhos (2ª. edição revista) – CONTOS COM ENCONTROS – Setecaminhos – PARIÇÕES & APARIÇÕES – Fonte da Palavra – CAMBANÇA FINAL (Guiné – Guerra Colonial) – Vírgula Poesia – SOBRE VIVÊNCIAS – Setecaminhos (autor identificado por Alberto Abrunhosa)
Àquele que começa àquele que não vê àquele que tropeça no tropeço de um “porquê?” àquele que vai sair à procura de razão que o ajude a prosseguir eu vou chamar IRMÃO. (“SOBRE VIVÊNCIAS”)
I – A PALAVRA
QUASOUTONO?!
CONSTRUÇÃO DA PALAVRA Longe em pedestal a palavra existia. Caminharam para ela interpelaram arrastaram som a som fonema a fonema letra a letra sílaba a sílaba. Permanecia forte e contida. Assim, sobre tempo e tempo a palavra foi sendo construída.
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A PALAVRA A palavra é instrumento arma de arremesso afago de mão caixa de surpresas equilíbrio entre o ser e o querer dizer. A palavra é instrumento o gesto o jeito de pegar a postura e o balanço do corpo tentam o equilíbrio da palavra. A palavra é podão, lima, cinzel moldura, forma, ideia feita coisa feita ser entre o ser e o querer dizer.
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PALAVRAS FORTES? As palavras não são fortes forte é o sentimento e a ideia dentro das palavras. Mas a voz, a alma de quem atira a palavra acrescenta força e alimento.
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COMUNIC@ÇÃO Eu comunico tu comunic@s ele comunic@ nós comunic@mos todos comunic@mos com @ máquin@ através d@ máquin@ em tempo (quase) re@l de forma rápid@ e muito prátic@. Assim convivemos nestes tempos de solidão informática.
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COMUNICAÇÃO II Não há ninguém aí. É cansaço. Todos partiram para dentro de si. Partiu-se o cordão ou a ligação para ser ouvido do outro lado. A canseira, o cansaço a fadiga falta de dinheiro o muito espaço uma dor mal sentida o medo ou o fado o susto do amanhã ou a noite mal dormida não deixam ouvir nem sentir o outro lado. Tento outro rumo outro sítio, outro endereço convoco a minha fada tento o inglês, o francês o espanhol o esperanto a língua gestual sinais de fumo e, no entanto, espanto: - NADA!
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EQUÍVOCOS As palavras assustam numa vida a dois não pelo que dizem mas pelo que parecem dizer um diz sim outro ouve não e, depois, a meio caminho, negam-se a mão.
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BLOGUEMOS Eu blogo tu blog@s ele blog@ toda a gente mesmo os que não têm cão podem ter um blogue falando de coisas várias ou do seu próprio umbigo. O blogue não ocupa espaço não ladra não come não caga (por vezes fede). Vivam os blogues! (Sans blague…)
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