O sonho da Princesa Cotonete

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O Sonho da

Princesa

Cotonete Marta Donato

ilustraçþes de Rizal Nugroho


FICHA TÉCNICA Edição: edições Berbequim das Letras ® (Chancela Sítio do Livro) Título: O Sonho da Princesa Cotonete Autora: Marta Donato Ilustrações: Rizal Nugroho Paginação e composição gráfica: Patrícia Andrade Arranjo de capa: Patrícia Andrade 1.ª EDIÇÃO LISBOA, Março 2014 ISBN: 978-989-8711-00-7 Depósito Legal: 368437/13 Marta Donato © PUBLICAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO SÍTIO DO LIVRO, LDA. AV. DE ROMA N.º 11 - 1.º Dt.º | 1000-261 LISBOA WWW.SITIODOLIVRO.PT


Aos meus pais e ao Georgy, que sempre me apoiaram.



Era uma vez um reino, muito distante, feito de algodão. As casas eram cobertas com algodão, os habitantes tinham braços e pernas de algodão, e em todos os jardins crescia a flor de algodão. Quase tudo parecia estar sempre coberto de neve fofa. Lá, nunca chovia, não existiam rios nem mares e, quando os habitantes estavam tristes, não vertiam lágrimas. Na parte mais alta desse reino, existia um palácio, onde moravam o rei D. Algodão, a rainha Dona Alcofa, uma pequena princesa chamada Cotonete, por ser muito magrinha, o cozinheiro Algodão Doce e dois guardas, o Nuvem e o Trovoada. Viviam todos felizes, no entanto algo inquietava a pequena Cotonete. Ela tinha um sonho que não partilhava com ninguém e que a entristecia muito, pois não sabia como torná-lo realidade.

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Certo dia, o rei, preocupado com a princesa, resolveu chamar o mais sábio de todos os magos do reino para o ajudar. Passaram-se vários dias até que o mago chegou, carregado de livros, poções e um grande saco vazio. Quando se encontrou com o rei, este disse-lhe: – Meu velho amigo, tu que és o sábio dos sábios, se conseguires descobrir o sonho da minha pequena Cotonete, e se fores capaz de o tornar realidade, ficarte-ei eternamente grato e dar-te-ei tudo o que me pedires. – Majestade, acreditai que farei os possíveis e os impossíveis para que tal aconteça – respondeu o mago, ajoelhando-se aos pés do rei. – Em troca, peço-vos este saco cheio de moedas de prata. – Moedas de prata? – perguntou o rei. – Mas eu só tenho moedas de ouro, que valem muito mais! – Majestade, eu desejo apenas moedas de prata – respondeu timidamente o mago. – Está bem, está bem! Se fizeres o que te peço, levarás para casa esse saco cheio de moedas de prata. 08



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