Mas encontrar um bôer, um afrikâneer, nos barrancos do Rio Madeira, na Amazônia brasileira, no meio da lassidão de dezenas de dragas de garimpo de ouro paradas, pela exaustão do subsolo do leito do rio, e da ação da polícia da Capitania dos Portos, que impedia a atividade garimpeira em área navegável, estava além da probabilidade e da chance do possível! Mas foi exatamente o que aconteceu numa tarde poeirenta, ensolarada e de calor escaldante, em meados de julho de 1994. Encontrei no Rio Madeira, em Rondônia, um bôer disposto a apostar o mais alto dos cacifes, a vida! Numa aposta sem mão, sem nada para mostrar no final da jogada.