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A INDÚSTRIA NO METAVERSO

POR PEDRO FERRAZ

OMetaverso é uma espécie de camada da realidade, onde mistura o real com o virtual. Criado pela empresa Facebook - que mudou de nome para Meta e atiçou diversos investimentos - ela vem na tendência que todos os futuristas previam. O mundo virtual e real irão se misturar e se tornar um mercado promissor.

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O foco do Metaverso é a interação social. Assim como as redes sociais, porém com um choque de realidade ainda maior. Especialistas afirmam que em breve, tanto o metaverso quanto a nossa realidade serão uma coisa só. Estamos diante do início da web 3.0, impulsionado com o isolamento durante a pandemia do Corona Vírus. De um modo geral, o metaverso é a criação de versões de mundo real e mundo virtual, simulando situações. Parece um pouco complexo, mas é o caminho natural do que vivemos hoje.

Obviamente, a indústria está de olho nesta nova realidade. Desde seu lançamento, o Metaverso tem atraído olhares de várias frentes industriais. Carros, vestuário, alimentos… Tudo tem uma pontinha sendo influenciada no Metaverso. A indústria já tem a intenção de interagir em diferentes mundos virtuais.

A meta é que empresas reais ofereçam produtos e serviços nesta realidade virtual. Comprar terrenos, casas, viajar, tudo é possível dentro do metaverso. Já existem iniciativas similares que estão de olho no mercado, como criadores de ambientes virtuais.

A INDÚSTRIA NO METAVERSO

Lançamentos do mundo da moda estão sendo cada vez mais comuns no mundo virtual do Metaverso. No dia 1º de setembro ultimo, a Housi recebeu a Renner para uma ação inédita da marca no metaverso. O evento, que foi realizado simultaneamente na unidade da Housi em São Paulo e em seu prédio no ambiente digital. Isso reforça a estratégia phygital da varejista que, pela primeira vez, está levando looks ao mundo do Decentraland. São quatro modelos da nova coleção Primavera-Verão, lançada fisicamente no dia 24 de agosto.

Um dos principais metaversos da atualidade, o Decentraland foi o universo virtual escolhido para abrigar o prédio da Housi, que fica nas coordenadas -70, 42. A plataforma foi o ambiente oficial para a ação da Renner, maior varejista de moda omni do Brasil, que já vem realizando uma série de iniciativas inovadoras no mundo digital.

A Renner é só um dos vários exemplos. O setor de vestuário já viu a grande oportunidade do Metaverso. A Nike já comprou uma fábrica virtual para lançar produtos exclusivos para alguns mundos do me-

taverso. Além da Nike, Gucci e Gap também entraram para disputar tal mercado.

Isso mostra que os usuários do Metaverso estão dispostos a consumir produtos exclusivos das marcas que seguem e tenham alguma admiração, como aconteceu com a Gucci, que vendeu uma versão virtual de uma bolsa em um jogo do metaverso por US$4.000 - Valor superior ao mesmo produto na versão física.

A indústria chinesa levantou US$ 780 milhões (5,46 bilhões de yuans) em financiamento para desenvolver a tecnologia do metaverso. Além de 160.000 empresas chinesas, existem cerca de 20 províncias ou cidades que já estão apoiando a tecnologia, acrescentou o relatório.Além disso, há expectativas de que o tamanho do mercado do metaverso da China cresça para US$ 5,8 trilhões até 2030.

Segundo Rodrigo Portes, autor do livro “Como a indústria 4.0 tem revolucionado o século XXI”, o metaverso industrial é toda a gama de opções que passa a se formar em torno da utilização da realidade virtual. Seja para prever comportamentos ou testar produtos, otimizando recursos e esforços empregados na finalização e desenvolvimento deles.

Portes afirma que o conceito traz muitos benefícios às companhias no que tange a usar a tecnologia como aliada de processos e simulações importantes. Isso ajuda a entender o desempenho da mão de obra e dos produtos desenvolvidos.Dentro das indústrias, o universo meta favorece um ambiente de economia digital, que representa uma grande inovação para o mundo.

Veja as principais vantagens do metaverso industrial:

Monitoramento e análise de dados de máquinas e equipamentos, em modelos digitais; Maior economia nas operações da produção, pois substitui equipamentos físicos para modelos 3D; Redução de riscos de acidentes de trabalho; Correção de falhas em equipamentos; Testes e simulações para aplicar na vida real; Antecipação de cenários, falhas, desempenho e resultados; Otimização da produtividade; Maior economia de energia.

O metaverso já é uma realidade de mercado crescente. No Brasil, 6% dos usuários do Facebook estão dentro do metaverso. Isso significa um mercado de 5 milhões de pessoas, dispostas a consumir, divulgar marcas e mostrar preferências. Além disso, imobiliárias já entram no metaverso para a negociação de terrenos em mundos virtuais. Marcas investem em publicidade de games dentro do metaverso O leque está cada vez maior. E quem não entrar agora, poderá ser tarde mais adiante para competir.

RT

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