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SLEEP

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Curto, com mais tiros e menos suspense: é isto, o novo Resident Evil.

A acção de Resident Evil Village decorre três anos depois de Resident Evil 7: Biohazard e, como o nome indica, passa-se numa aldeia. Esta aldeia, que podia ficar num qualquer país europeu de Leste (faz lembrar bastante o imaginário da Transilvânia), foi tomada por uma horda de monstros que não se sabe muito bem de onde vêm. No prólogo do jogo, Mia, a mulher do nosso herói Ethan, é morta a tiro; depois disso, ele e a filha bebé, Rose, são levados a meio da noite para um local desconhecido. Algum tempo mais tarde, Ethan acorda numa estrada florestal, com o veículo em que se deslocava destruído e sem qualquer sinal da filha. É assim que começa a acção.

VAMPIROS GIGANTES

Como se costuma dizer, uma boa história tem de ter um bom vilão; e Resident Evil tem, nada mais, nada menos, que cinco bons vilões. A primeira e a mais conhecida é Lady Dimitrescu, também conhecida por ‘tall vampire lady’. Esta vilã tem um carisma que faz o jogo todo - é no castelo onde vive que se passa o nível mais longo de Resident Evil Village. Depois de a bater, todos os outros são mais fracos, mas a altura só queremos saber o que acontece no fim. Sei que, tradicionalmente, Resident Evil é um jogo linear, cujos níveis nos afunilam para o local seguinte. Mas a linearidade de Village é algo claustrofóbica. A ordem pela qual se derrotam os cinco vilões principais está predefinida e a exploração das várias zonas é muito limitada - não há quaisquer side missions. Os puzzles que se tem de resolver pelo caminho são muitíssimo simples e não chegam para atrapalhar significativamente a progressão. Depois há o Duke, o vendedor que nos fornece armas e upgrades. Aqui há uma tentativa de passar a progressão de Ethan para algo que se assemelha à de um RPG, mas sem nunca chegar a sê-lo.

SUSPENSE VERSUS COMBATE

Esta série de jogos passou, nos últimos episódios, de um jogo em que se tem de limpar várias áreas até chegar ao boss final do nível, para jogos de um terror mais psicológico, com uma utilização inteligente da luz e dos cenários, um conceito que mantém o jogador sempre alerta, à espera do que vai surgir a seguir. No entanto, Village é menos assustador que Resident Evil 7: Biohazard, uma vez que a Capcom decidiu dar mais importância ao combate, tentando equilibrar o terror com os tiros. Village é um jogo relativamente curto: acabei-o em cerca de dez horas num fim-de-semana, e descobri grande parte dos objectos escondidos. Penso que consegui acabá-lo tão depressa, porque joguei a versão Windows e, como sabemos, apontar e disparar contra qualquer coisa num jogo com um rato, é muito mais simples que com um comando de uma consola. Tecnicamente, Resident Evil Village tem uns gráficos muito bem conseguidos e surpreendentemente leves para a qualidade. As únicas vezes em que a gráfica teve alguma dificuldade em digerir o que se passava no ecrã, foi no início das lutas contra os bosses. De resto, a velocidade de actualização no ecrã manteve-se sempre nuns simpáticos 60 fps, mesmo com balas e partículas a voarem pelo ecrã em grandes quantidades. PEDRO TRÓIA

JOGABILIDADE LONGEVIDADE GRÁFICOS SOM

8

8 7 9 9

Editora: Capcom Distribuidora: Ecoplay Plataforma: PlayStation, Xbox, Windows, Google Stadia Site: residentevil.com Preço: €69,99 (Consolas), €59,99 (PC)

História Vilões Curto Linear demais

Resident Evil Village é uma boa continuação da história de Ethan Winters, tem vilões fantásticos e gráficos muito bons. Mas já não está na hora de dar um pouco mais de liberdade aos jogadores?

Razer Kaira Pro for Xbox

Criados especificamente para as consolas da Microsoft (Xbox One e Series X e S), os novos Razer Kaira Pro são uma boa solução para os utilizadores desta plataforma. Diferenciando-se do modelo base (Razer Kaira), a versão Pro diferencia-se pela iluminação Razer Chroma RGB, presente na face dos auscultadores (personalizável por software), pela maior autonomia (com a iluminação desligada), pelo microfone (Razer HyperClear SuperCardioid) removível e pela presença de uma ligação adicional Bluetooth 5.0, que permite usar estes auscultadores com qualquer dispositivo compatível com esta norma. A construção, embora em plástico, é bastante robusta, com um bom sistema de extensão da bandelete, almofadas de espuma com memória (Memory Foam) e um acabamento em tecido FlowKnit - tudo istogarante um conforto bastante elevado, mesmo após uma utilização prolongada. Os Razer Kaira Pro estão equipados com vários comandos que permitem o rápido ajuste das duas definições, como regular o volume do som reproduzido e do captado pelo microfone. Os altifalantes Razer TriForce Titanium de cinquenta milímetros têm uma qualidade de som muito boa e a sua configuração de fábrica está optimizada para destacar as frequências médias, ou seja, as vozes, em vez de estar focada nas elevadas ou nas baixas. Poderá sempre configurar o som ao seu gosto, caso prefira destacar outro tipo de espectro sonoro. O microfone consegue anular quase por completo qualquer tipo de ruído ambiente, focando apenas na voz, de forma mais eficaz que qualquer outro tipo de microfone de arquitectura cardioide. Existe ainda um segundo microfone, colocado no corpo do auscultador direito, ideal para quando estiver a usar estes auscultadores para falar ao telefone, dispensando assim a utilização do microfone principal que, diga-se de passagem, é pouco prático para uso na rua. Finalmente, estranhámos a impossibilidade de ligar estes auscultadores a um PC através do cabo USB-C para carregar

a bateria. GUSTAVO DIAS

FUNCIONALIDADES EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO PREÇO / QUALIDADE

8 9.5 8 8.5

Distribuidor: Razer Contacto: razer.com/eu-en Preço: €169,99 s Utilização confortável s Desempenho do microfone HyperClear SuperCardioid t Ligação USB-C não permite usar no PC

FICHA TÉCNICA

n Resposta de frequência: 20 Hz – 20 kHz n Impedância: 32 OHM n Dimensão dos altifalantes: 50 mm n Ligação: Xbox Wireless, Bluetooth 5.0 n Peso: 330 gr

PONTO FINAL

Os novos Kaira Pro são excelentes auscultadores para usar com as consolas Xbox, existindo uma app que permite ajustar todo o tipo de parâmetros, como som e iluminação. Esperávamos que a USB-C permitisse mais que apenas carregar a bateria.

Asus ROG Gladius III Wireless

Com a chegada da terceira geração da família de ratos ROG Gladius, a Asus conseguiu manter o design assimétrico e a ergonomia que sempre se destacaram por permitir uma utilização confortável, independentemente do tipo de pega, com a palma da sua mão, ou seja, adapta-se na perfeição a quem costuma usar o rato só com a ponta dos dedos, com um posicionamento mais ao tipo de garra ou com toda a palma da mão. Em contrapartida, a Asus conseguiu reduzir significativamente o peso, de 130 para 89 gramas, valor esse que é ainda mais baixo no modelo com cabo: 79 gramas. Além disto, a Asus conseguiu introduzir um novo encaixe (ROG Push-Fit Switch Socket II), que permite alternar os switches utilizados, que tanto podem ser os novos ROG Micro mecânicos de três contactos (que garantem uma durabilidade de setenta milhões de cliques), como os da última geração de switches Omron de cinco contactos. A iluminação Aura Sync RGB continua presente, sendo possível sincronizar com outros componentes e periféricos compatíveis, bem como utilizar três tipos de ligação: USB-C (o cabo disponibilizado tem um acabamento em tecido), Bluetooth 5.1 LE e 2,4 GHz. O tipo de ligação poderá fazer a diferença em termos de autonomia - com Bluetooth podemos chegar às 85 horas, valor que baixa para as 55, se usarmos a de 2,4 GHz. E quão rápida é essa ligação? É suficiente para garantir os valores anunciados pela Asus, como os 1000 Hz de taxa de polling, essencial para tirar partido do novo sensor óptico que a Asus utilizou no novo ROG Gladius III Wireless. Este garante uma precisão máxima (óptica) de 19 mil dpi, mas que por software pode chegar aos 26 mil o que é, no meu entender, um exagero completamente inutilizável. Para finalizar, temos memória interna capaz de gravar até cinco perfis de utilizador, gravar os efeitos de iluminação, e as funções dos seis botões programáveis. GUSATAVO DIAS

FUNCIONALIDADES EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO PREÇO / QUALIDADE

9,5 9

Distribuidor: Asus Site: rog.asus.com/pt Preço: €109,99 s Redução de peso significativa s Encaixe usa mais tipos de switches s Precisão do sensor

9

FICHA TÉCNICA

n Resolução: 19 000 dpi n Tipo de sensor: óptico n Iluminação RGB: Sim (Asus Aura Sync) n Botões programáveis: 6 n Ligação: Wireless (RF 2,4 GHz, Bluetooth) e USB-C (cabo fornecido) n Dimensões: 126 x 67 x 45 mm n Peso: 89 gr

9

PONTO FINAL

O novo ROG Gladius III Wireless está significativamente mais leve, mas mantém a ergonomia de sempre. A precisão melhorou bastante, não só pelo novo sensor, como pela possibilidade de escolher o tipo de switches que pode instalar, graças ao novo encaixe, mais universal.

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