Hans o Faz Tudo

Elenco Ana Madalena Nery lua, rainha, coro Camila Caputti mãe, boneca, princesa, coro

Apresenta

Carolina Futuro (Brasília e Curitiba) sereia, coro Kacau Gomes (Rio de Janeiro) sereia, coro Sílvio Batistela rei, coro Leandro Muniz principe, trapaceiro 1, coro Wladimir Pinheiro pai, trapaceiro 3, coro Laura Castro Ida, coro João Maia Hans Christian Anderson

Ao piano: Cristina Bhering Libreto Karen Acioly e Jorge Bastos Direção Karen Acioly Par titura original Rober to Bürgel Arranjos vocais Deco Fiori Cenografia Cica Modesto Cenotécnico execução André Salles Cenotécnico viajando Renatinho Silva Figurinos Juliana Nicolay e Karen Acioly Camareira Mabel Flores animadas Magda Modesto Animação Andrés Lieban

Adereços e pequenos objetos Gisele Goldemberg Supervisão de movimentos StevenHarper Iluminação Carina Camuratti Iluminação execução Luís Otávio S o n o r i z a ç ã o Sergio M i l l e r d e S o u z a Design Jade Mariani Produção G.L. Produções culturais Direção de Produção Pablo Castellar Pro d u ç ã o E xe c u t i v a Fa b i a n o B o e c h a t Produtora local (Brasília) Sheila Aragão Produtora local (Curitiba) Nina Ribas

Ha$ s O faz tudo

Agradecimentos: Karine Carvalho, Estevão Lutz, Alice L. Barbosa, Ciro Nogueira, Dora A.A.L. Barbosa, JoãoLutz, Rico Cavalcanti, Lúcia Coelho, Neko Pedrosa, Lucas Pedrosa, Edson Santos, Rita De Rose, Caio De Rose, Adelina Fernandes, Lucimar Silva, Marilim Carvalho, Edson dos Santos. e Ricardo Moreno.

Contatos para venda de espetáculos: pablo@gl.art.br Tel: (21) 2295-0730

Patr o c í ni o

De: Karen Acioly e Jorge Bastos Par titura or iginal: Roberto Bürgel Direção: Karen Acioly

Sobre a Composição e direção musical Hans Christian Andersen, um universo de óperas.

Em toda ópera, por mais que variem sabor e recheio, sempre se encontram dois ingredientes: Paixão e Dor. É que nesse mundo onde o idioma é a Música, a Razão passa invariavelmente pelo Coração – que, como se sabe, adora os extremos. Na obra de Andersen, talvez mais do que em qualquer outro autor para crianças, esses elementos também estão sempre lá. Às vezes, em forma de amores impossíveis, como aquele do Soldadinho de Chumbo pela Bailarina de Papel ou da Pequena Sereia pelo Príncipe. Noutras, na tristeza que sopra nos que sentem saudade ou solidão, sejam Crianças, Patinhos Feios ou Reis. Sim, pois mesmo em suas mais divertidas histórias há sempre um tom menor, a nos lembrar que na Vida como no Mar existem marés.

Assim sendo, musicar os contos de Hans foi um prato cheio, principalmente a partir de um libreto-poesia no qual a vida do menino Hans e suas obras se completam o tempo todo. E se em sua mágica literatura há espaço para o fantástico e o real, também nesta minha música todos os estilos musicais foram bem-vindos. E o espetáculo foi surgindo. Acrescente-se a isso uma direção inspirada, um elenco de vozes excelentes e inspiradoras, as formas e luzes de outros refinados poetas e eis a nossa ópera miniatura. Digna daquelas estantes imaginadas pelo magnífico Hans, com sua platéia de brinquedos e flores em trajes de gala a flertar com nossos sonhos.

Roberto Bürgel Compositor e diretor musical

Sobre a Direção A opereta “Hans o faz tudo” abraça carinhosamente o seu público, convidandoo a refinar e apurar seus sentidos, seu olhar, sua escuta, suas tantas outras percepções...

Para onde olhar? Como escolher? O que ouvir? Como ouvir? Como contar?

A criança pode, então, escolher um ponto-de-vista e o lugar de onde quer assistir ao espetáculo. Ela mesma vai desenhar, com o seu imaginário pessoal e intransferível, as ligações entre as histórias encenadas; se quiser.

A intenção de todos nós, então, foi a de construir um espaço onde a criança pudesse estar dentro da ação, sem artifícios.

Um espaço em que a narrativa se desdobra em experiência. Dessa forma, a aventura de Hans passaria a ser a aventura, também, da própria criança, na platéia.

Aos adultos cabe, igualmente, a escolha: longe ou perto? Dentro ou fora?

Elenco, iluminação, cenografia, figurinos, música, corpo – em tudo buscamos fazer o inconsciente transbordar, e não tivemos vergonha em nos deixar levar pelo mar, pela noite e pelo frio, por príncipes, princesas, rainhas, luas, sereias e toda a sorte de imagens que nos inspiram os contos de Hans Christian Andersen. Deixamos o vento nos soprar... assim como fez Hans...

Karen Acioly (Diretora e co-autora) Dedicamos este espetáculo a nosso menino-passarinho Braguinha

Sobre a Autoria Sinopse Dispensam qualquer apresentação, é claro, os Contos de fadas contados para crianças, de Hans Christian Andersen, com raízes profundas em nossas infâncias.

Hans, o faz-tudo, entretanto, se propõe a retomar não um conto ou outro em particular, mas vários deles, a cujas gêneses assistimos no palco, criando, com isso, uma nova fábula, toda centrada na história da criança-adolescente Andersen.

O libreto do espetáculo parte da biografia do escritor, que é, por si só, das mais romanescas: nascido em uma cidade pequena da Dinamarca, no início do século XIX, em uma família pobre – o pai era sapateiro – e órfão aos 11 anos de idade, Hans fugiu de casa ao vislumbrar, em uma trupe de teatro, uma possível mudança em sua vida – até então, sem perspectivas. Aprendeu também a ler e descobriu que podia escrever poemas, romances e, escutando o que contava o vento, os famosos Contos – além de traçar sua própria história e destino.

Há anos – ou melhor, há vários espetáculos – Karen Acioly vem esmiuçando a infância de alguns personagens que se tornaram adultos conhecidos e queridos. Foi assim com o músico Villa-Lobos (Tuhu, o menino Villa-Lobos, 1997), com o pai da aviação, Santos Dumont (Os meus balões, 2001), e até mesmo com Benjamin Oliveira (A excêntrica família Silva, 2000), o primeiro negro palhaço de circo, que trouxe a música brasileira para os picadeiros, até então bem “italianos”.

Com Hans Christian Andersen não seria diferente e, desde o início, a intenção nunca foi a de privilegiar algum dos seus Contos, mas a infância “patinho feio” daquele que se tornaria um dos mais belos escritores, em todo o mundo.

Dividindo com Karen o texto da peça, para mim, a novidade – e grande diversão! – foi ser avisado de que seria um “libreto”. Já envolvido com o Faz-tudo, não poderia deixar de fazê-lo. E, com a espetacularidade de Karen, mais a maestria de Roberto Bürgel, nada, em cima do palco, é tão complicado assim: tudo flui e resulta na magia de uma opereta que homenageia, sobretudo, o próprio teatro.

Jorge Bastos (co-autor)