Mas a lua cobrindo nosso zinco, salpicava de estrelas nosso chão, tu pisavas nos astros distraída. Tire o seu sorriso do caminho, que eu quero passar com a minha dor. São Paulo dá cafe, Minas dá leite e a Vila Isabel dá samba. Pois há menos peixinhos a nadar no mar do que os beijinhos que eu darei na sua boca. Brasil, meu Brasil brasileiro, meu mulato inzoneiro, vou cantar-te nos meus versos. Queixome às rosas, mas que bobagem, as rosas não falam, simplesmente as rosas exalam e o perfume que roubam de ti. Tu não te lembras da casinha pequenina, onde o nosso amor nasceu? Tinha jum coqueiro do lado, que, coitado, de saudade, já morreu. Quem não gosta de samba, bom sujeito não é, é ruim da cabeça, ou doente do pé. Quando oiei a terra ardendo, qual fogueira de São João, eu perguntei a Deus do céu, pro que temanha judiação? Meu coração, não sei porque, bate feliz, quando te vê, e os meus olhos ficam sorrindo, e pelas ruas vão te seguindo, mas mesmo assim, foges de mim. A minha casa fica lá detrás do mundo, onde eu vou em um segundo, quando começo a pensar, e o pensamento parece uma coisa à toa, mas como é que a gente voa, quando começa a pensar! Caía, a tarde feito
Academia Brasileira de Letras apresenta
As letras que o Brasil canta