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Diaconato Permanente: Lembranças que marcaram o mês de Maio

A Diocese de União da Vitória é uma das pioneiras no Brasil e no Paraná a instituir o Diaconato Permanente, homens casados que mesmo levando suas vidas de trabalho na sociedade e tendo suas famílias, doam parte de seu tempo para o serviço à Igreja, na Administração dos Sacramentos, celebrações, nos trabalhos pastorais, obras de caridade e na formação de lideranças leigas.

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No mês de maio, dois fatos marcaram a Diocese, concernente ao Diaconato Permanente, membros do clero da Diocese.

A PUBLICAÇÃO DO LIVRO DOS 40 ANOS DO DIACONATO PERMANENTE NA DIOCESE

De autoria e organização do Diácono Permanente Ulysses Antônio Sebben, o Livro ‘Diaconato Permanente – Diocese de União da Vitória 40 anos, foi publicado no mês de maio, pela Gráfica e Editora Kaygangue Ltda, de Palmas – PR.

Em suas 195 páginas, o livro traz a história da introdução do Diaconato Permanente na Diocese, a biografia dos vinte diáconos permanentes ordenados até hoje na Diocese e algumas das atividades realizadas por eles, registradas no Estrela Matutina, Jornal Diocesano.

Segundo o Diácono Ulysses, o livro tem o objetivo de fazer memória dos primeiros quarenta anos de existência do Diaconato Permanente na Diocese, assim como manifestar gratidão a Dom Walter Michael Ebejer, hoje bispo emérito da Diocese, que introduziu o serviço diaconal permanente na Diocese, bem como o apoio dos outros bispos que vieram até agora pastoreando a Igreja Particular de União da Vitória.

Diácono Permanente, Ulysses Sebben com seu novo livro.

Como descreveu na Introdução da Obra, a motivação de escrever o livro vem desde 1982, quando em conversa com um dos irmãos no Ministério Diaconal, Diácono Luiz José Nowacki. “O despertar do desejo de ‘guardar a memória’ me foi dado no dia em que, visitando meu irmão de ideal, Diácono Luiz José Nowacki, em sua morada, na localidade de Rio Vinagre, Paróquia de Rio Azul, em meados de 1982, confidenciou-me vários momentos de sua vida passada, que em chamaram a atenção e me levaram ao propósito de, um dia, registrá-los em livros. Evidente que trazemos, ainda, algo da história de cada um dos vinte diáconos permanentes ordenados em nossa Diocese”, escreve o autor.

Narrando esta e as demais histórias, o livro inicia sua cronologia em 1982, quando da ordenação dos primeiros seis diáconos ordenados em fevereiro daquele ano, até a última ordenação, em novembro de 2017.

A obra teve a colaboração de fontes familiares de cada Diácono citado no livro, de arquivos históricos registrados, como o Jornal Estrela Matutina, correção ortográfica por Fahena Porto Horbatiuk, e colaboração de Dom Walter Michael Ebejer, iniciador do Ministério do Diaconato Permanente na Diocese, e um dos pioneiros no Brasil e no Estado do Paraná.

Em palavras registradas na Obra, Dom Walter Michael Ebejer diz: “O Diaconato Permanente é, na prática, uma forma eclesiologicamente superior ao Diaconato Temporário, porque ele permanece como numa modalidade cristalizada, como sinal de serviço a todos, seja ao laicato, seja a toda a Hierarquia. [...] O valo místico do Diaconato Permanente já é por si uma riqueza eclesial incalculável, quase indispensável”. ordenados, em Paula Freitas).

Casado com Iolanda Bueno há 66 anos, Diácono Ulysses é pais de sete filhos, avô de 13 netos, e bisavô de 6 bisnetos.

Quando adolescente, ingressou no Seminário São João Maria Vianney, em 1945, na cidade de Palmas – PR, onde ficou até 1951. Em 1952 passou a residir em União da Vitória, participando da paróquia Sagrado Coração de Jesus, hoje Catedral da Diocese, na qual até o momento exerce o Diaconato.

Diácono Ulysses é também um dos idealizadores deste Jornal Estrela Matutina, junto com o Dr. Mario José Mayer (in memorian), que em 1958, como membros da Congregação Mariana Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e São José, ajudavam na Matriz e pensaram um boletim paroquial, o Estrela Matutina, que após a criação da Diocese, em 1976, passou a ser Jornal Diocesano. No dia 15 de maio deste ano, o Estrela Matutina completou 63 anos de sua criação.

A MORTE DO DIÁCONO PERMANENTE CARLOS ROBERTO STROHMAYER

Se a Obra publicada no mês de maio, sobre a história do Diaconato na Diocese foi motivo de alegria por contar um dos aspectos da história da Igreja Particular de União da Vitória, também o mês ficou marcado com a perda de um destes Diáconos ordenados, sendo ele o Diácono Carlos Roberto Strohmayer.

Terceiro membro do Clero a falecer neste ano, após a morte do também diácono permanente Marcos Vinícius e do padre Silvano Surmacz ambos em março, um vítima de um câncer e outro vítima da Covid-19.

Diácono Carlos estava internado no Hospital São Braz, em Porto União – SC, após ser contaminado pelo coronavírus. Nos últimos dias mesmo tendo se curado da Covid, veio a falecer no dia 31 de maio, aos 60 anos, por consequências causadas pelo corona vírus.

Ordenado Diácono no dia 02 de setembro de 2006, por Dom Walter Michael Ebejer, na igreja do Seminário Diocesano, em União da Vitória, Diácono Carlos residia em União da Vitória e auxiliou em diversas paróquias como Nossa Senhora de Fátima, Catedral, Sagrada Família de Nazaré e Nossa Senhora das Dores. Auxiliou em diversos trabalhos de formação e pastoral também nas paróquias de Porto União: Nossa Senhora das Vitórias e Paróquia São Pedro e São Paulo.

Diácono Carlos durante sua ordenação, com Dom Walter Ebejer em 2006

Filho de Henrique e Júlia Sant’Ana de Andrade Strohmayer, era casado com Claudete Roik e teve três filhos: Carlos Eduardo, Carlos Henrique e Carlos Ericson. Carlos Strohmayer deixa também os netos: Guilherme Felipe; Arthur Dante, Victor Gabriel, Joaquim e Samuel.

Seu corpo foi sepultado no Cemitério Municipal de Porto União – SC.

Em gesto de solidariedade, a Diocese deixa aos familiares, amigos, fiéis das comunidades onde o Diácono atuou, bem como aos demais Diáconos, sentimentos de gratidão pela vida do Diácono Carlos doada à evangelização, e à dos demais Diáconos Permanentes citados na Obra publicada, que fizeram e fazem parte desta Igreja Particular e dos que ainda exercem nela seu Ministério.