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Soenga vai ser recriada em Molelos a 20 e 21 de maio

Nos últimos anos, a louça preta de Molelos ganhou novos contornos com o surgimento de jovens oleiros, criativos, determinados em contribuir para não deixar morrer a arte. Estes homens e mulheres têm procurado, não só manter viva a tradição, mas também apostado em novas abordagens, na sofisticação de padrões estéticos, com novos usos e na conquista de territórios, com uma produção muito diversificada e em série e com implantação na economia global.

Molelos tem ainda sete oleiros em atividade, dois dos quais mulheres. O processo de fabricação do barro negro de Molelos está em vias de integrar o Inventario Nacional do Património Cultural Imaterial. A candidatura, da responsabilidade da autarquia, está bem adiantada, esperando-se que esta classificação seja uma realidade dentro de meio ano. Depois disso, os sete oleiros ficarão registados como os detentores do saber fazer artesanal.

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O que é a Soenga?

A Soenga é o processo tradicional de cozedura do barro negro, em que a louça é colocada numa cova pouco funda cavada no solo. Neste buraco, após ser coberto parcialmente com lenha de pinheiro e tapada com torrões de terra, é ateado fogo, deixando-se cozer sob o olhar atento dos artesãos.

A cor negra do barro característica explica-se pela cozedura de tipo redutor, que consiste em abafar com terra a louça na fase final da cozedura, impedindo a entrada de oxigénio. Devido a processos físicos e químicos (falta de oxigénio), as peças tornam-se completamente negras e, em parte, impermeabilizadas.

Nos próximos dias 9 e 10 de junho

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