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Centenário e de olho no futuro

trajetória profissional de Zaco. Iniciando os estudos na Escola de Belas artes e Industriais do Paraná, passou pelo Colégio Diocesano, onde começou a assinar como João Zaco Paraná. Em estadia no Rio de janeiro, teve a oportunidade de estudar na Escola Nacional de Belas Artes da cidade e, tempos depois, na Academia Real de Belas Artes de Bruxelas, na Bélgica.

Ao retornar ao Brasil em 1922, Zaco se instalou no Rio de Janeiro novamente, onde passou a receber uma série de encomendas oficiais relacionadas ao centenário da independência do Brasil, devido ao seu prestígio no meio artístico.

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Na ocasião, o escultor recebeu da colônia polonesa no Paraná a encomenda de um monumento para homenagear a data. Zaco então passou a trabalhar com extrema dificuldade em seu ateliê no Rio de janeiro na modelagem de “O Semeador”.

Uma publicação escrita pelo artista plástico Ivens Fontoura conta com o relato de Erbo Stenzel, importante escultor da época que era próximo a Zaco e acompanhou o processo de produção da obra centenária. Ele relata que Zaco recolhia água de chuva e a armazenava em latas e baldes para conseguir trabalhar. A obra foi entregue naquele mesmo ano, mas somente pôde ser inaugurada em 1924.

“Trabalhando no próprio quarto na cidade do Rio de Janeiro, num pequeno espaço que não permitia sequer afastarse a uma distância necessária para alcançar determinados pontos de vista e a visão do conjunto da obra, propiciandolhe controlar as proporções e sua harmonia. Sem contar a falta de água, elemento imprescindível para manter o barro úmido e em condições de trabalho”, conta Erbo ao artista plástico.

Legado centenário

Entre as obras que se encontram expostas pela capital paranaense, estão símbolos que procuravam criar uma unidade comum do que representa – ou deveria representar – ser paranaense. São heranças do simbolismo no Paraná, a obra de Zaco estimula artistas e civis a refletir até os dias atuais.

As mãos fortes de um jovem. Punhos fechados, o braço agarrado à sacola carregada de sementes e o outro em movimento. Prestes a arremessar os grãos. Olhos fixados no horizonte. Pés descalços. As observações feitas pelo gravurista Carlos Henrique Tullio sobre a obra retratam uma realidade do final do século XIX, agora um pouco distante do nosso imaginário.

Ao observar a obra de Zaco, Carlos percebe os nós que seguram a calça, que revelam um agricultor humilde com cabelos ao vento. Grande força física, com veias saudáveis nas mãos e fortes músculos nas costas. Seu semblante angelical praticamente despe a escultura de uma visão realista e afunila-se para uma leitura mais simbólica e idealizada.

Segundo ele, a força desta obra reside na função de semear para colher no futuro. Portanto, o olhar para o horizonte do personagem transmite uma noção de tempo sempre à frente, sempre distante, e sempre caminhando para este além. A fundição em bronze é de grande perfeição sendo impossível perceber as soldas e emendas, comuns neste tipo de trabalho.

“Os significados dessas obras são de grande antiguidade, pois a agricultura nasce da necessidade de plantar as sementes. Outras interpretações também podem ser atribuídas, como: fertilidade, desenvolvimento, esperança e plantar para colher no futuro. É um gênero de composição que existe não só na escultura, mas também na pintura e em rituais de tribos muito antigas em todas as partes do mundo”, explica o artista curitibano. Com o bicentenário da independência do Brasil, os olhos dos curitibanos também se voltaram para a obra em 2022. O legado de Zaco Paraná se mantém vivo na capital paranaense, seja em obras como o Semeador, ou no imaginário daqueles que o admiram.

“Temos a sorte e o orgulho de podermos visitar e observar esta magnífica obra do Zaco aqui na nossa cidade de Curitiba. Que nossos artistas continuem semeando as ideias e ideais para um futuro cada vez mais justo e mais próspero para todos”, ressalta Carlos.

Em 2022, a transação comercial de vendas onlines por meio digital atingiu R$111,8 bilhões em vendas no Brasil. Os dados são das pesquisas feitas pelas empresas NielsenIQ|Ebit, Webshoppers 46 e Bexs Pay, organizações que avaliam empresas virtuais brasileiras possibilitando também aos lojistas a observarem o perfil de consumidores.

Nesse cenário, o empreendedorismo digital ganha força, com investimento e apostas em vendas onlines, mas para ter sucesso, é necessário investir em produções de conteúdos de qualidade e dominar importantes estratégias de marketing digital. Maria Carolina Avis, 28 anos, é professora de Marketing na Uninter. Com longa experiência na área, possui quatro obras publicadas, especialização em gestão de empresas e também em docência no ensino superior. A profissional do marketing diz que as pesquisas mercadológicas