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Injustiça no preço da água

GNR apresenta balanço Operação Censos Sénior 2020

A Guarda Nacional Republicana, durante o mês de Outubro de 2020, realizou a operação “Censos Sénior”, com o objectivo de identificar a população idosa que vive sozinha, isolada, ou sozinha e isolada, através da actualização dos registos das edições anteriores.

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Durante a operação, os militares privilegiaram o contacto pessoal com as pessoas idosas em situação vulnerável, no sentido de sensibilizarem e alertarem este público-alvo para a adopção de comportamentos de segurança que permitam reduzir o risco de se tornarem vítimas de crimes, nomeadamente em situações de violência, de burla, furto e ainda para prevenir comportamentos de risco associados ao consumo de álcool, bem como para a adopção de medidas preventivas de propagação da pandemia covid-19.

Assim, durante a operação, foram realizadas 34 acções em sala e 3652 acções porta a porta, abrangendo um total de 20.747 idosos.

Desde 2011, ano em que foi realizada a primeira edição da operação “Censos Sénior”, a Guarda tem vindo a actualizar a base de dados geográfica, então criada, proporcionando assim um melhor apoio à nossa população idosa, o que certamente contribui, por um lado, para a criação de um clima de maior confiança e de empatia entre os idosos e os militares da GNR e, por outro, para o aumento do seu sentimento de segurança.

Na operação “Censos Sénior 2020”, a GNR sinalizou 42.439 idosos que vivem sozinhos e/ou isolados, ou em situação de vulnerabilidade, em razão da sua condição física, psicológica, ou outra que possa colocar em causa a sua segurança. Destes, 1090 foram identificados no distrito de Leiria.

A GNR continuará a acompanhar os idosos sinalizados, através de visitas regulares às suas residências, no sentido de realizar mais acções de sensibilização e fazer a avaliação da sua segurança, colaborando com as demais entidades locais, na procura da melhor qualidade de vida da população idosa, em especial dos mais vulneráveis.

divulgação/apoio Distrito de Leiria com grandes disparidades no custo Famílias com mais filhos pagam a água mais cara por pessoa

A 5.ª edição do “Estudo Comparativo dos Tarifários de Abastecimento de Água de Portugal”, realizado pela Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN), revela as inúmeras diferenças no preço da água em Portugal considerando o município em que se vive e também a dimensão familiar.

A média da tarifa fixa de abastecimento de água do distrito de Leiria cifrou-se em 2,99€, ligeiramente abaixo dos 3,00€ da média nacional, mas, no que diz respeito à tarifa variável, em 2019, o preço médio no distrito de Leiria (0,90€/m3 consumido) foi superior ao da média nacional (0,81€/m3).

O estudo considerou o consumo diário por pessoa de 120 litros (3,6 m3), valor padrão internacional de consumo por pessoa, e as componentes fixa e variável do tarifário de abastecimento de água para consumo doméstico. Os preços não incluem IVA.

Vendo quadro e comparando, por exemplo, a Marinha Grande (MG) e a Batalha (BT), somando as tarifas fixa e variável, vejamos: uma pessoa que viva sozinha paga 3,71€ (MG) / 4,36€ (BT); uma pessoa que viva numa família de 3 pessoas paga 4,13€ (MG) / 5,01€ (BT); uma pessoa que viva numa família de 5 pessoas paga 2,26€ (MG) / 5,86€ (BT); e uma pessoa que viva numa família de 7 pessoas paga 3,10€ (MG) / 6,87€ (BT). Refira-se que a Marinha Grande não cobra a tarifa fixa às famílias com 5 ou mais pessoas.

Comparando a “justiça” dos preços por pessoa, vemos, no caso da Batalha, que uma pessoa que viva sosinha paga 4,36€, enquanto uma pessoa que viva numa família com 5 pessoas (casal com 3 filhos, por exemplo) paga 5,86€ pelos mesmos 3,6 m3 de água consumida (valor, ainda por cima, a multiplicar por 5 pessoas na factura final!); ou seja, o agregado com 5 pessoas paga 7,5€ euros a mais, por mês, para o mesmo consumo.

Portugal tinha em 2019 um total de 207 municípios com um tarifário específico, de aplicação universal, para as famílias numerosas. Das 16 do distrito de Leiria, não apresentam esta tarifa as autarquias de Batalha, Bombarral, Caldas da Rainha, Figueiró dos Vinhos, Óbidos e Pombal.

O estudo integral, que contou com o apoio mecenático da Fundação Millennium BCP, está disponível em www.apfn. com.pt/estudoagua/RelatorioEstudoAgua2019.pdf. Luís Miguel Ferraz

Tarifa Fixa Tarifa Variável

MUNICÍPIO

(Por agregado/ mês) 1 Pessoa (Por pessoa/ mês) 3 Pessoas (Por pessoa/ mês) 5 Pessoas (Por pessoa/ mês) 7 Pessoas (Por pessoa/ mês)

Alcobaça Alvaiázere Ansião Batalha

4,00 € 2,54 € 3,22 € 3,56 € 3,42 € 2,60 € 2,44 € 3,06 € 3,25 € 3,63 € * 2,58 € 2,23 € 3,12 € 2,97 € 4,33 € 2,39 € 1,97 € 2,62 € 3,47 € 4,48 € Bombarral 4,50 € 2,16 € 2,53 € 3,27 € 4,28 € Caldas da Rainha 3,09 € 2,00 € 2,88 € 3,37 € 3,77 € Castanheira de Pêra 1,66 € 2,27 € 2,50 € 2,48 € 2,43 € Figueiró dos Vinhos 2,06 € 2,13 € 2,49 € 2,98 € 3,62 € Leiria 4,50 € 1,87 € 2,61 € 2,63 € 2,60 € Marinha Grande ** 2,40 € 1,31 € 1,73 € 2,26 € 3,10 € Nazaré

3,99 € 2,07 € 3,01 € 3,28 € 3,47 € Óbidos 3,00 € 1,62 € 2,49 € 3,09 € 3,65 € Pedrógão Grande 2,50 € 2,13 € 2,32 € 2,29 € 2,42 € Peniche

4,79 € 1,69 € 2,90 € 3,30 € 3,54 €

Pombal

3,30 € 2,02 € 2,02 € 2,02 € 3,94 € Porto de Mós 2,19 € 2,16 € 2,94 € 2,81 € 3,06 € * Tarifa Fixa sofre uma redução para 2,06€ nos agregados com 5 ou mais elementos. ** Isenção da tarifa fixa nos agregados com 5 ou mais elementos.

Jornal da Golpilheira • Janeiro / Fevereiro de 2021 infantil

• 21 Jardim-de-Infância da Golpilheira

Por agora, estamos todos em casa, para evitar o crescimento da pandemia, mas prometemos voltar em breve, cheios de vontade de brincar, aprender e estar com os amigos! Antes de irmos embora, deixámos estes trabalhos para o nosso Jornal... esperamos que gostem!

Sondagem APCOI em Portugal 65% das crianças com obesidade sofrem bullying escolar

Segundo uma sondagem da Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI) junto de 512 encarregados de educação, a maioria revelou já ter tido que lidar com pelo menos um episódio de bullying escolar ou preconceito relacionado com o peso da criança, nos últimos dois anos lectivos.

Insultos, alcunhas e comentários inapropriados foram os principais actos discriminatórios cometidos contra crianças com excesso de peso na faixa etária entre os 6 e os 14 anos. Os episódios reportados foram na maioria realizados por colegas da mesma turma (47%), seguindo-se situações com alunos de outras turmas da escola (40%) e ainda ocorrências com professores ou pessoal não docente (13%). A pandemia da COVID-19 parece ter agravado a situação: 1 em cada 5 crianças com obesidade foi vítima pela primeira vez de um ataque de cyberbullying nas redes sociais relacionado com o seu peso durante os meses de confinamento e ensino à distância.

Para alertar sobre os efeitos do bullying, da discriminação e do estigma associados à obesidade a APCOI junta-se à ECPO (Coligação Europeia de Associações de Pessoas com Obesidade) na campanha “People First #LivingWithObesity” que inclui o lançamento de um spot de vídeo, infográficos educativos e outras acções de sensibilização. Em Portugal, todos os materiais e informações desta campanha serão divulgados no site www.apcoi.pt.

. crónicasdeviagem.2

João Miguel Silva / JoMi

• instagram.com/joaombbsilva • Youtube: JoMi Silver

Durante 348 dias eu decidi pegar na mochila e explorar a Ásia. Não pude viajar mais por causa da Pandemia, mas sou um sortudo por poder ter viajado durante tanto tempo. Já vos contei um pouco dessa história numa entrevista publicada na edição de Março/Abril de 2020 neste jornal.

O meu nome é João, ou JoMi para alguns, sou natural da Golpilheira, tenho quase 31 anos, estudei Bioquímica, fiz mestrado, Erasmus na Turquia 1 ano, trabalhei em Inglaterra 4 anos em Indústria farmacêutica e nunca deixei de seguir o que sinto e o que me faz feliz e, acima de tudo isso, nunca me deixei influenciar pelos “padrões normais” que as pessoas à volta nos impingem. Não digo que o meu estilo de vida esteja certo, mas certamente também não está errado… algo muito importante que tenho aprendido durante as minhas viagens através da interacção com outras culturas é que ninguém está certo ou errado sobre a maneira de viver, desde que não prejudique ninguém à sua volta. É importante respeitar, aceitar as diferenças e apostar no que se sonha sem temer “opiniões” exteriores e abdicar da sua felicidade pela dos outros, que inevitavelmente, irá causar infelicidade dentro de nós.

Tenho vindo a aconselhar e ajudar a abrir horizontes a muitas pessoas à minha volta e quero aqui deixa claro que, se precisares, sabes onde me encontrar (contactos acima)!

Na edição de Maio/Junho de 2020 publiquei a primeira crónica de viagem sobre as comidas nos diversos países por onde andei. Vou agora desenvolver um pouco mais sobre a cultura de cada um deles, dividindo esta rubrica em várias partes, com a minha perspectiva sobre a cultura, gastronomia, paisagem, histórias e muito mais. Espero que gostem...

De mochila às costas pela Ásia: Singapura

Singapura possui um balanço perfeito entre a Natureza e o Urbanismo. É um país minúsculo, talvez o único do mundo que tenha obtido a sua independência pelo facto de os colonizadores (na altura, a Malásia) não gostarem deles e os terem expulsado. Singapura sofreu em poucos anos dezenas de mudanças, durante a segunda guerra mundial pertenceu ao Império britânico, Japão e Malásia, sendo forçada a adoptar as línguas, horários e hábitos, até finalmente adquirir a independência e tornar-se uma das maiores potências mundiais actualmente e um dos melhores sítios do mundo para se viver. A qualidade de vida é extremamente alta, as escolas apostam muito na cultura, música, arte e dão imensa liberdade às pessoas. É ao mesmo tempo um país com imensas regras: é proibido fumar em locais públicos e na rua, e mandar lixo para o chão dá multa, bem como é ilegal vender e comer pastilhas, tornando-o um dos países mais limpos do mundo!

Estive apenas 5 dias e fiquei fascinado, a limpeza é um facto, poderíamos andar descalços ou comer do chão que cada superfície está incrivelmente limpa e desinfectada, a segurança e o respeito estão a níveis difíceis de descrever e as pessoas são supersimpáticas e abertas.

Adorei andar a pé pela cidade e sentir que apesar de estar numa metrópole superconcentrada, não ouvia o som dos carros, não existiam buzinadelas e tudo é tão verde em todo o lado. Dá a sensação de que estamos numa selva com prédios e penso que as minhas fotografias conseguem ajudar a exprimir isso.

Quais as minhas dicas? Andar a pé, experimentar a comida e interagir com as pessoas. Apesar de Singapura ser uma cidade considerada cara, é possível comer por menos de 5 euros nas “food corners” (comida de esquina) e a comida é deliciosa. Existe uma influência enorme da China, Japão, Índia e outras culturas, que torna a comida tão irresistível que só vais querer experimentar tudo o que vês. Para dormir, consegui bons sítios a 10 euros por noite em hotéis cápsula, com pequeno-almoço incluído e existem diariamente vários eventos ao ar livre com concertos e teatros (lembram-se que referi que eles apostam muito na cultura?). Resumindo, é possível explorar Singapura com apenas 30 euros por dia e explorar das zonas mais urbanísticas às reservas naturais.

Top 5 de locais a explorar em Singapura: Gardens by the Bay, Resevoir, Marina Square, Little India e Clarke Quay. Fora isto, aconselho todos a andar pelas ruas, sentar nos locais mais tradicionais e experimentar a comida. Provavelmente irão ter pessoas a sentarem-se ao vosso lado e a tentar saber de onde são e porque estão ali, não tenham receio, abram os vossos horizontes, partilhem e irão receber tanto deles e ainda serem convidados a ficar nas suas casas com as suas famílias e jantar com eles.

Espero que tenham gostado deste testemunho, se tiverem mais perguntas já sabem onde me encontrar. Para a próxima edição falarei da Malásia, não percam. Obrigado!

“Duck noodles” (noodles de pato), deliciosos

Fotos do autor Marina Bay, o hotel mais caro e luxuoso Jardins “Gardens by the Bay” Cascata interna no aeroporto mais luxuoso do mundo

.rumos&andanças.

Márcio Lopes • Docente do IPLeiria

marcio.c.lopes@ipleiria.pt

A Floresta Portuguesa enquanto Identidade Nacional

Segundo a Global Forest Watch, entre 2010 e 2019, o Planeta perdeu 24 milhões de hectares da sua cobertura de árvores. No período 2002-2019, a perda de cobertura arbórea da Terra foi de 16%. De acordo com a mesma fonte, nas últimas duas décadas, Portugal perdeu 45% da sua cobertura arbórea, cerca de 1 milhão de hectares. De acordo com o 6.º Inventário Florestal Nacional (IFN6), que tem por base o ano de 2015, 67,2% da ocupação do solo em Portugal continental é feita de floresta, matos e pastagens, o que representa um aumento de 8,3% no decénio 2005-2015. Segundo Orlando Ribeiro (1995), “a fisionomia da vegetação é por certo o sinal mais expressivo de um território…”. É a sua vestimenta vegetal onde ainda se ouve o cacarejar agudo dos açores (Accipter gentilis). Do ponto de vista das espécies, podemos considerar que a floresta portuguesa ainda se mantém autóctone, onde os pinheiros-bravos e mansos representam 26%, o sobreiro 23%, a azinheira 11% e os carvalhos e castanheiros 5%, i.e., 65% da floresta.

A floresta portuguesa é antiga e faz parte indissociável da identidade nacional. E a árvore mais antiga de Portugal é o pinheiro, com as suas variadas espécies, mas sobretudo o Pinus pinaster. Para Suzanne Daveau, após um longo período de desflorestação na Europa durante a época romana e a Idade Média, houve uma mutação da cobertura vegetal na Europa, e o pinheiro-bravo é considerado por muitos como a espécie indicadora de uma regressão dos ecossistemas naturais. Reza a lenda (André, J. e Cordeiro, M., 2015) que as primeiras sementeiras de pinheiro-bravo do Pinhal do Rei em Leiria foram espalhadas pela Rainha Santa Isabel e que teriam sido trazidas de Landes, através do Golfo da Biscaia (Gasconha) pelos marinheiros de D. Dinis. Ainda há muita controvérsia sobre a fundação do Pinhal de Leiria (uma das primeiras florestas plantadas no mundo e quase exterminada em 2017). O que se sabe é o que o rei D. Dinis, o rei lavrador, foi o seu grande impulsionador. Na verdade, o Pinhal de Leiria vem desde o século XIII e fora estrategicamente aumentado pelo rei D. Dinis no século seguinte. E também não é certo que os primeiros pinheiros da Mata Nacional tenham sido os bravos (Pinus pinaster), na medida em que há antigos vestígios de pinheiro-manso (Pinus pinea) nas proximidades de São Pedro de Moel. Segundo Orlando Ribeiro, é provável que o pinheiro-bravo tenha sido introduzido na Península Ibérica durante a Idade Média e que seja das árvores mais antigas entre nós, com a sua maior difusão a partir do século XV.

Segundo Luís Neto (2016), o primeiro documento de protecção de árvores no País é de 13/07/1310, assinado por D. Dinis, sobre o corte de árvores no Campo de Ourique e das matas dos abades de Alcobaça. Ainda de acordo com este autor, citando Jorge Arroteia (2009), na Idade Média, a zona de Leiria e a bacia do Lis apresentavam uma formação vegetal multifacetada com pinhal, carvalho, ulmeiros, castanheiros, oliveira-brava (zambujo) e azinheiras. Tratava-se de uma diversidade resultante, segundo Orlando Ribeiro, da combinação de um clima temperado setentrional e meridional e da proximidade ao mar.

As actividades industriais e comerciais que foram alterando as estruturas da Idade Média foram, em simultâneo, devastando a floresta portuguesa, consoante a necessidade de produtos de lenha, a pastorícia, o crescimento urbano e a construção naval. Até ao final do século XIX, a floresta em Portugal foi vista apenas como um recurso de exploração para o progresso da vida humana. Nos últimos 150 anos, a área florestal do País quintuplicou – representava 7% em 1845 e, actualmente, cobre 36% do solo –, mas a visão que ainda temos da floresta é apenas de exploração económica e de muita incúria.

A grande perda de biodiversidade advém das tensões antrópicas (feitas pela mão do homem) e, cá em Portugal, os incêndios têm sido a causa antrópica predominante. Segundo o INE (Estatísticas do Ambiente, 2019), em 2019 houve 10.832 incêndios rurais com uma área ardida de 42 mil hectares. Mesmo no terrível e horrendo ano de 2017, houve 31,6% de matos ardidos, 43,7% em 2018 e 37,8% em 2019 No ano de 2015, a área total ardida de matos foi de 59,3%. Ou seja, o grande foco de incêndio neste País não são as florestas de eucaliptos, mas sim os matos selvagens e devolutos. Aliás, os eucaliptos e os ancestrais pinheiros-bravos deste país geram quase 6 mil milhões de euros de exportação. Assim, como diz David Attenborough (2020), a verdadeira tragédia do nosso tempo tem sido o declínio da biodiversidade do Planeta. Quanto maior for a biodiversidade, mais segura é a vida na Terra. E nós ainda não começámos a olhar para a floresta portuguesa sob este prisma irrecusável.

Foto do autor Pinheiro manso (Pinus pinea)

.templosda nossaterra.

José Eusébio

Médico veterinário

Igreja de Casais dos Ledos

A construção desta capela foi iniciada em 11 de Setembro de 1976.

A mesma foi inaugurada posteriormente, já em 1984, no dia 6 de Maio.

A construção da mesma foi resultado da contribuição do povo dos Casais dos Ledos, Casal do Arqueiro, Casal do Marra, Pinheiros e outros.

Segundo informações recolhidas, antes desta capela, existiu outra mais ou menos no mesmo local, construída em 1918, por promessa de um militar da 1.ª Grande Guerra.

Sobre o assunto, transcrevo o seguinte, que recebi de uma pessoa amiga:

“A capela foi mandada construir por José Batalha, natural dos Casais e que fora militar da I Grande Guerra. A mãe deste senhor fez uma promessa de mandar erguer uma capela em honra de Nossa Senhora do Rosário, caso o filho voltasse com vida, porém, essa senhora faleceu pouco antes do regresso do filho a Portugal. A Guerra terminou a 11/11/1918 e José Batalha, em cumprimento da promessa que a sua mãe fizera, logo após o seu regresso, iniciou a construção da Capela (fins de 1918, início de 1919) e a construção durou cerca de 2 anos, tendo sido inaugurada em 1922”.

A Padroeira dos Casais dos Ledos é Nossa Senhora do Rosário. A festa em sua honra celebra-se neste lugar no 1.º domingo de Outubro.

Fotos do autor

.política.

André Sousa

Presidente da JSD Batalha

Contra a ferradura, pela liberdade lutar

A (re)eleição do Professor Marcelo Rebelo de Sousa confirma, acima de tudo, a salvaguarda de um país democrata, social, progressista, respeitador do estado de direito e das suas instituições. Constata-se, além disso, que a maioria dos portugueses revê-se no centro, em posições moderadas e que a alternativa ao actual governo passará pela conquista de grande parte desse eleitorado. Mas nem tudo são boas noticiais neste país à beira-mar plantado. Com a aproximação dos partidos do centro aos extremos políticos, iniciada pelo Governo de António Costa em 2015 aquando da aliança aos partidos de extrema-esquerda, legitimou o voto útil nos partidos extremistas, anti-sistema e radicais. A teoria da ferradura, defendida inicialmente pelo escritor francês Jean-Pierre Faye, demonstra as parecenças totalitárias e autoritárias entre os partidos de extrema-esquerda e extrema-direita. A ascensão ao poder destes partidos tende a transformar os países em democracias iliberais ou mesmo em estados ditatoriais, manipulando a opinião pública, enfraquecendo as instituições e a separação de poderes e diminuindo as liberdades individuais e colectivas, através da suposta superioridade intelectual, moral e ética dos seus líderes. Estes partidos tendem a criar inimigos e “fake news” para chegar ao poder e legitimar as suas políticas. Acontece na Hungria com o regime nacionalista de Viktor Orbán e o suposto problema da imigração, acontece na Polónia com o Partido Lei e Justiça e a suposta teoria internacional anti-polaca. Na Venezuela, os inimigos preferidos de Nicolás Maduro são os capitalistas selvagens americanos. Já na Bielorrússia, o problema de Aleksandr Lukashenko, há 26 anos no poder, são os neoliberais ao serviço das nações estrangeiras. André Ventura e o partido Chega tentam trilhar o mesmo caminho, através dos “Portugueses de Bem”, dos “imigrantes de Iphone” e da suposta insegurança e criminalidade (em 2020, Portugal foi considerado o 3.º país mais seguro do Mundo!). No Bloco de Esquerda e no PCP, a retórica é antiga e repetitiva, do malvado euro e o lucro dos bancos alemães contra os trabalhadores portugueses.

As evidências parecem confirmar a teoria da ferradura dos partidos extremistas do espectro político e das políticas antidemocráticas assim que chegam ao poder, levando geralmente a um aumento da pobreza e da corrupção. Tudo para a sua perpetuação no poder. Tudo para salvar a nação contra um inimigo artificialmente criado. Cabe aos portugueses não cair no engodo e aos responsáveis políticos democratas e moderados demonstrar que a Democracia é o único regime que garante a liberdade, o desenvolvimento e o respeito pelos direitos humanos. Esqueçam a luta entre direita e esquerda, a verdadeira luta que teremos nos próximos anos será pela liberdade contra o totalitarismo.

.agricultura.

José Jordão Cruz

Engenheiro Técnico Agrário

DR

Preparação de terreno e plantação de vinha - 1

Para instalar uma vinha nova, é muito importante planear bem a sua instalação, pois o elevado custo de uma plantação de vinha que se quer de qualidade, a começar pela aquisição do enxerto pronto (planta já enxertada pelo viveirista, ou seja o multiplicador de plantas de videiras), cujo porta-enxerto deve ser bem enraizado e isento de doenças, nomeadamente do lenho. É muito importante que o viveirista seja certificado, dando garantias de qualidade varietal e de sanidade…

Também se pode instalar só o bacelo bravo / porta-enxerto, procedendo-se no ano seguinte à enxertia no local definitivo, com a casta pretendida.

Importante também é fazer análises de solo, para melhor podermos escolher o porta-enxerto, a adubação de fundo e a correcção do pH do solo, e até análises mais completas para detectar doenças do solo, nomeadamente os nemátodos.

No caso de se ir instalar a nova vinha no mesmo terreno aonde já havia outra, deve o terreno ser cultivado com cereais, pelos menos, durante 3 anos. Como os cereais são culturas consideradas esgotantes, o terreno fica muito mais limpo de infestantes, nomeadamente gramíneas, e sanitariamente mais apto a receber a cultura da vinha de futuro, pois os nemátodos são microorganismos que não deixam desenvolver o sistema radicular das plantas. Neste período em que semeamos os cereais, estes microorganismos pouco ou nada sobrevivem.

Após estes cuidados, devemos preparar bem o solo, com uma lavoura profunda de cerca de um metro, nunca inferior a 80 cm. Nunca se deve fazer esta operação com o terreno muito húmido, pelo que a prática deve ser feita no Verão. Aproveitar esta operação para se incorporar os nutrientes necessários, conforme os resultados das análises.

A época de plantação vai desde Dezembro (em certos locais) até fins de Maio, no caso de não se conseguir fazer mais cedo, devido a condições climatéricas desfavoráveis, nomeadamente, chuvas intensas.

As plantas, quer sejam os bacelos bravos ou barbados ou já enxertados os enxertos prontos, devem ter um bom desenvolvimento radicular, com o mínimo de 3 raízes bem conformadas, não descurando uma boa solidificação na zona da enxertia como um bom desenvolvimento da parte aérea da planta. Devem cortar-se as raízes, de modo a facilitar a plantação. Se utilizarmos um abre-covas, as raízes devem ser cortadas de modo a que fiquem com 7,5 / 10 cm de comprimento. Se se plantar com ferro / hidro-injector, as raízes devem ser cortadas de modo que fiquem com 3 a 4 cm de comprimento. Isto, no caso de se plantar a videira já enxertada, pois no caso de enxertos prontos, já estão convenientemente preparados os lançamentos e podados, pelo que não será necessário podar a parte aérea. No caso de se plantar o bacelo bravo ou barbado / porta-enxerto, a poda da parte aérea será num único lançamento de 2 olhos.

.combatentes.

Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes

2021: ano de soluções, que não nos faltarão, com tantos sabichões

Está vencido 2020, quiçá, um dos anos mais problemáticos e traumáticos para a generalidade dos portugueses, talvez com excepção de uma significativa parte da geração que combateu nas guerras coloniais, dadas as profundas sequelas físicas e psicológicas que nela ainda perduram.

Entretanto, chegados a 2021, é legítima a esperança de que as vacinas que vão surgindo para combater a pandemia do Covid-19 tenham a eficácia que todos desejamos, libertando-nos, finalmente, das imensas angústias que este vírus nos tem provocado.

Todavia, é preciso termos consciência de que as vacinas, mesmo que de eficácia já confirmada, não geram, só por si, o “milagre” de nos libertar, de um dia para o outro, quer da pandemia, quer dos terríveis estragos que tem provocado nas nossas vidas, em especial no âmbito socioeconómico, mas também no da saúde, seja física ou mental; isto ao contrário do que muita gente parece julgar, não apenas pelo que já vai dizendo, como, pior do que isso, pelo comportamento cívico, em nosso entender muito censurável, que vem assumindo.

Comungamos das preocupações das entidades públicas, designadamente as responsáveis pela área da saúde no nosso país, que, diariamente, alertam, infelizmente não com o sucesso necessário, para o excesso de confiança de demasiada gente que, se, até aqui, já se julgava imune ao vírus (para já não falar nos negacionistas militantes…), agora, que a vacina já começou a ser aplicada, deve julgar, pelos seus comportamentos descuidados, que o vírus já desapareceu, como se este tivesse medo da dita, quando a realidade é que talvez nem daqui a seis meses tenhamos a imunidade de grupo suficiente para podermos deslocar-nos de um lado para outro, confraternizarmos em família alargada ou em grupo, com a segurança mínima, necessária.

Sabemos que estes comportamentos menos cívicos não são exclusivos do povo português, mas, sem dúvida, que nós continuamos a fazer jus aos nossos antepassados lusitanos, sobre o quais, já há mais de dois mil anos, o célebre imperador romano, Júlio César, terá dito: “Há nos confins da Ibéria um povo que não se governa nem se deixa governar”. Para infelicidade nossa, continuamos como há 2000 anos.

Com efeito, esta questão de não nos deixarmos governar deve fazer parte do nosso ADN que, em contrapartida, parece ter-nos dado determinadas e especiais características, designadamente de uma rara estirpe de clarividência e inteligência, únicas entre os povos que habitam o planeta Terra. Se não, vejamos dois ou três exemplos: 1 – No futebol português, os milhões de adeptos da modalidade, além de quase todos fanáticos irracionais do seu clube favorito, são também os maiores experts na matéria, quanto a metodologias do treino, superando largamente, nas tácticas e na técnica, qualquer treinador, seja de que equipa for. 2 – Na política e arte da governação, quase todos sabem mais que os que exercem o mister. Aliás, para os nossos milhões de experts, que são quase todos menos os que estão nesse exercício, os termos “político” e “governante” são sinónimos de incompetente e corrupto. Todavia, dá-se aqui um paradoxo, quando tais sumidades não têm qualquer problema em reeleger políticos efectivamente corruptos, já julgados e condenados pela justiça, com argumentos de pasmar: tais políticos “governaram-se”, mas também fizeram “obra”; isto como se tal “obra” tivesse sido custeada por estes! 3 – Finalmente, a pandemia veio revelar-nos outra extraordinária faceta de milhões de portugueses, que também sabem muito mais de medicina do que qualquer profissional da área, incluindo virologistas, epidemiologistas e afins, pois se não fosse a “incompetência” de toda esta “gentalha” provavelmente nem a pandemia, sequer, cá tinha chegado. E, então, relativamente, às actuais ministra da Saúde e directora-geral da DGS (isto para já não falar no “monhé” e no “celinho”…), para toda esta miríade de iluminados estamos perante o supra-sumo da incompetência e nós, portugueses, temos tido tanto azar que a “velha” até apanhou o vírus e, para nossa desdita, nem este foi capaz de lhe “limpar o cebo”.

O principal responsável pelo conteúdo deste artigo só tem de se curvar reverencialmente perante tantos e tão “sapientes” concidadãos! Mas, não raro, assalta-o uma dúvida: como é que esta ditosa pátria portuguesa, que tais filhos tem, ainda continua na cauda da Europa, em termos de desenvolvimento económico e social, literacia, riqueza média “per capita”, etc., etc.?

Cuidem-se, caríssimos, cuidem-se. E dêmos tempo ao tempo para, em 2021, conseguirmos livrar-nos do “bicho”.

Homenagem ao Meu Amigo “Manel”

Abrir o livro…

Era frequente encontrar o Manuel Rito, após a minha despedida do serviço do Município, em algumas das minhas caminhadas pela Célula B. Normalmente, ele passava por ali, a seguir ao almoço, no desempenho de funções do seu CRG. Éramos conhecidos, já de há longa data, sendo normal conversarmos os dois.

A sua curiosidade era bastante grande sobre o motivo da minha recente despedida do Município, ocorrida em Agosto de 2017. Aflorei este assunto com ele, algumas vezes, aquando do acompanhamento do “Manel” em sua casa, no decurso da depressão que o voltou a atacar em Julho de 2019; conversávamos muito os três, pois a sua esposa estava sempre presente, enquanto o acompanhei.

A melhor maneira de prestar a minha homenagem ao meu amigo “Manel” é “abrir o livro” e falar um pouco dos motivos que levaram a que me despedisse do serviço do Município, do cargo de Médico Veterinário Municipal e de Autoridade Sanitária Veterinária Concelhia. Eu era funcionário do Município há mais de 35 anos!

Quando me despedi, fui criticado por bastante gente, desde colegas médicos veterinários e bastantes veterinários municipais, por colegas do município e não só, por pessoas que se relacionavam comigo e até por amigos. Até houve um colega que me disse que eu era burro, ao que eu lhe perguntei: “conheces quase todos os colegas, quantos a nível nacional faziam o que eu fiz?” Ao que ele me respondeu: “Nenhum, só tu!”, tendo-lhe eu retorquido: “Por isso é que o Eusébio é diferente”. E diziam-me que tinha feito mal, com aqueles anos todos de serviço, nunca me devia ter despedido, aguentava mais algum tempo e por mais um “pouquinho” saía com a reforma por inteiro.

Alguns desses amigos até se afastaram de mim e algumas dessas amizades nunca mais foram iguais, até me atrevo a dizer que, se calhar, nunca mais o serão. E sabem… algumas haviam de cerca de trinta anos de amizade sincera, julgava eu. Afinal, andava enganado. É claro que existiam amigos comuns com a principal pessoa que provocou o meu despedimento.

Sabem meus amigos, o dinheiro não é tudo na vida, acho que a nossa saúde, a todos os níveis, e a nossa vida têm muito mais valor do que o dinheiro. O dinheiro é importante, para conseguirmos viver e ter uma vida digna, mas sem ele conseguimos viver, sem a saúde é que é muito mais difícil viver. E o dinheiro não compra a vida nem consegue comprar alguma da saúde. A nossa vida e a nossa saúde valem muito mais do que todo o dinheiro do mundo.

Acho que foi a decisão de toda a minha vida que mais me custou a tomar. Mas não estou nada arrependido de a ter tomado, nem ainda nunca me arrependi. Na altura, achava que a tinha que tomar, contra tudo e contra todos, custasse o que custasse, e inclusive até contra elementos da minha própria família. Hoje, não tenho dúvidas de que foi a decisão mais acertada que tomei.

Eu estava quase em depressão, na altura, apenas eu me apercebendo de tal. A situação que eu estava a começar a atravessar era a mesma que o “Manel” tinha vivido há cerca de 25 anos, quando foi atacado pela primeira vez pela depressão. Nessa altura, o “Manel” foi traído pelos amigos, em quem ele confiava. Eu estava também a ser traído por pessoas em quem confiava, acima de tudo por uma pessoa, que julgava e se fazia de minha amiga. E eu julgava que o era.

O “Manel” não foi, nem era capaz de fazer aos amigos o que eles lhe fizeram a ele. Eu, como o “Manel”, também não era capaz de fazer a ninguém o que me fizeram a mim, o que me fez um amigo. E não éramos capazes de o fazer por sermos “bons de mais”, tanto o “Manel”, como eu. Dr. Eusébio

divulgação/apoio

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.saúde.

Ana Maria Henriques

Médica Interna

Guia para 2021

Todos desejámos um 2021 melhor que 2020, com menos preocupações, mais amigos e família e mais actividades ao ar livre. O mês de Janeiro deixou muito a desejar, com mais do mesmo. Não sei como vamos ultrapassar esta doença, nem sei o que virá depois dela. Já sabemos muito, mas ainda há muito a descobrir, no entanto ela está aqui, todos já sabemos qual o nosso papel e sabemos que passa por nós o seu controlo. A gestão da doença e dos recursos para a resolver não tem sido fácil, nem sempre correcta nem consensual, mas eu acredito que todos faremos o nosso melhor.

Quando passamos muito tempo em casa, descobrimos que algumas coisas que sempre nos incomodaram se tornaram insuportáveis. A nossa casa deve ser funcional, limpa e agradável. A ciência diz-nos que somos mais felizes quando temos de escolher entre menos opções. Será que precisamos de tanta roupa ou de tantos talheres diferentes. Não considero o minimalismo a solução para todos, mas será que damos utilidades aos três quebra-nozes, quando compramos sempre nozes descascadas? Alguém pode estar mesmo a precisar daquelas toalhas de mesa que nunca usamos. Uma casa com menos coisas torna-se mais fácil de arrumar e limpar, com menos lixo e pó acumulados. Menos trabalho a limpar, torna as tarefas domésticas mais simples e menos stressantes, logo mais saudáveis.

Nas consultas que faço a jovens e adolescentes, pergunto sempre: qual é o teu desporto? Encontrarmos uma actividade física de que gostamos é uma arte que deve ser trabalhada preferencialmente nestas idades. O hábito de praticar uma actividade física (de que se goste) fica enraizada e criamos uma necessidade saudável. Com todas as limitações e privações que sofremos actualmente, temos de adaptar a nossa actividade física, mas nunca devemos deixar de a praticar. Se jogamos numa equipa, fazemos treinos em conjunto online, se gostamos de caminhadas, descobrimos um percurso isolado, se praticamos natação... experimentamos coisas diferentes.

A alimentação caseira é um benefício das restrições actuais. Planear as refeições, fazer compras bem organizadas e descobrir novas receitas. Preparar refeições, orientar crianças em tele-escola e, ainda por cima, estar em teletrabalho não é tarefa fácil, mas com organização e colaboração de todos é possível. Todos temos saudades da comida de alguns restaurantes (e os restaurantes também têm saudades nossas!), levantar a comida em segurança também é possível.

Já todos sabemos que não devemos estar muito tempo ao telemóvel, no tablet ou a ver televisão, mas agora trabalhamos e temos aulas desta forma. É difícil um equilíbrio saudável no que toca a tempo de écran, parece que já não sabemos fazer nada sem o telemóvel na mão. Será que ainda temos rádios em casa? E aquele monopólio com peças em falta? O tempo em família deve ser aproveitado para conversas, é uma arma contra o desânimo e a tristeza.

Ao longo deste ano, vou tentar descrever as atitudes mais saudáveis a ter nesta nova realidade. Como sobreviver aos dias fechados em casa, como manter uma actividade física, como comer bem e como resistir ao uso do telemóvel.

.impressões. Por Luísa M. Monteiro

A Canja

Nunca em lado nenhum comi uma canja tão saborosa quanto a que é preparada pela minha mãe. Tento fazer igual, com meia galinha que ela me deu. Depois de o caldo ferver um bocado, o meu filho entra na cozinha e diz-me: — Cheira à Golpilheira! [ou seja, à casa da avó]

Centro Hospitalar de Nossa Senhora da Conceição R. Principal, 26 • Brancas 2440-090 Batalha

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