DIÁLOGO & AÇÃO

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Carta aberta

Feliz Ano Novo! Espero que seu Natal tenha sido significa tivo e que seus planos para o novo ano sejam relevantes para você, para as pessoas e para Deus. Como já estamos em 2012 e o mundo não acabou como alguns anunciaram ano passado, continuemos anuncia ndo e aprendendo sobre Jesus. Neste ano, aprenderemos muitas coisas novas certamente. Iniciaremos pelos primeiros três Evangelhos, depois viajaremos pelos desertos com Moisés no estudo do Êxodo; leremos as cart as do apóstolo Paulo e veremos seus conselhos para a vida e, quase no fim do ano, pensaremos um pouco sobre a mordomia cristã, pois somos cha mados para uma vida consagrada. Os encontros deste trimestre serão muito proveitosos. Exploraremos, juntos, a terra por onde Jesus passou; con heceremos aspectos de sua cultura, de sua gente, de seus costumes. Até de sua adolescência, falaremos. Afinal, se as crianças podem cantar “Jesus foi criança como eu”, nós também podemos entoar “Jesus foi adolescente como eu”. O que é mais fascinante quando se estuda a vida de Jesus é que, cada vez que você retorna aos Evangelhos, tem novas percepções do texto. Estou anim adíssimo com este trimestre; espero que você também esteja. Ah, e temos também os textos da Div isão de Crescimento Cristão (DCC), em que refletiremos sobre que stões sociais, história dos batistas e missões. Escreva para nós, envie as fotos da sua turm a, dê suas sugestões, afinal, esta revista é feita para você e por você. Abração e paz do Mestre Jesus para tod os nós

. Carlos Daniel 1o Trimestre – 2012

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Expediente

Diálogo e ação

Revista do adolescente cristão ISSN 1984-8595

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scentes (12 a 17 Esta é uma revista destinada a adole Bíblica Dominical a Escol a para lições ndo conte , anos) es (Divisão de scent adole de União a para os estud e bíblicos e outras os temp passa o), Cristã o iment Cresc o do adolescente matérias que favorecem o cresciment áreas ntes difere mais nas

Publicação trimestral da JUERP icações Junta de Educação Religiosa e Publ ileira Bras ta Batis o ençã Conv da CGC (MF) 33.531.732/0001-67 321 Jan.Fev.Mar. 2012 – Ano 80 – N° Endereços RJ Caixa Postal 320 – Rio de Janeiro, 0e 200001-970 – Tel.: (21) 2298-096 2298-0966 Telegráfico: BATISTAS Eletrônico: editora@juerp.org.br Site: www.juerp.org.br Direção Geral Almir dos Santos Gonçalves Júnior Conselho Editorial io Santos Carrie Lemos Gonçalves, Celso Aloís cisco Fran ira, Ferre S. ézer Eben Barbosa, e Boechat Mancebo Reis, Gilton M. Vieira, Ivon José A. S. de Oliveira, João Reinaldo Purim, Lemos Bittencourt, Lael d’Almeida, Margarida ae Souz A. rto Robe ra, Mou o Pedr , Gonçalves Silvino C. F. Netto Coordenação Editorial 16897) Solange Cardoso A. d’Almeida (RP/ Redação Carlos Daniel Conselho Geral da CBB Sócrates Oliveira de Souza Produção Editorial Studio Anunciar

tos.net • (Arte de capa com Imagens: www.sxc.hu e freedigitalpho 84_92832949 de www.sxc.hu) imagens 1368872_68555994 e 12912

Nossa missão: “Viabilizar a cooperação entre as igrejas batistas no cumprimento da sua missão como comunidade local”

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Produção Gráfica Willy Assis Produção Gráfica Distribuição rial Ltda. EBD–1 Marketing e Consultoria Edito 0 Caixa Postal 28.506 – CEP 21832-97 21 6768 Tel.: (21) 2104-0044 – Fax: 0800 E-mail: distribuidora@ebd-1.com.br pedidos@ebd-1.com.br


Sumário Carta aber ta Soltando o verbo (car ta dos leitores) Desenhos da galera Estudo especial Aber tura do trimestre – EBD

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EBD – Tema do trimestre: Os Eva

ngelhos Sinóticos

EBD 1 – Falando sobre Jesus EBD 2 – O contexto histórico de Jesu s EBD 3 – Os primeiros 30 anos de Jesu s EBD 4 – O precursor de Jesus EBD 5 – Contra as forças do mal EBD 6 – O início do ministério de Jesu s EBD 7 – Enfrentando oposição EBD 8 – Na hora da angústia EBD 9 – O prazer de servir EBD 10 – Histórias para quem gost a de aprender EBD 11 – Contando com Deus EBD 12 – Pelo sim e pelo não EBD 13 – Glórias sem fim Entre as letras Aber tura do trimestre – DCC Unidade 1 – Questões sociais É preciso ser tão pobre? Há saída para a fome? O corpo adolescente, como vai? Um hino ao amor Unidade 2 – História dos batistas Minhas origens Princípios batistas Doutrinas batistas Ser batista Unidade 3 – Missões Missões: a igreja em ação A igreja para os outros Além dos mares Muito além das fronteiras Cantinho do poeta Para ser sal (reflexão) Nosso dicionário Mapa da Palestina

16 15 19 23 27 31 35 39 42 45 49 53 57 60 64 65 66 68 70 72 74 76 78 80 82 84 86 88 90 91 93 96 1o Trimestre – 2012

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Soltando o verbo Neste espaço, você tem a chance de dizer para o Brasil o que pensa. Adolescentes, como você, irão refletir sobre o que você diz e emitir, também, a sua opinião.

Contatos Queria muito que me us contatos aparece cem na revista Diálo Ação, meu nome é go e Sâmara Laís, tenho 18 an os e faç o pa rte da PIB em Caetés 2, Abreu e Lima, PE . CONTATOS: Email e msn: samar alais14@hotmail.co m Twitter: @Samara_N asc God Bless *-*

RESPOSTA: Olá, Sâma

Sâmara Laís PIB Caetés Dois Abreu e Lima, PE ra, thank you! Obrigado

por seu e-mail. Aqui ped ido feito isso, acima estão seus contatos. Espero que pro saudáveis amizades par por cionem a você. Sua poesia saiu na edição do trimestre pas abraço da galera da rev sado. Um ista para toda a sua tur ma aí da PIB. é pedido atendido, por

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Olá, galera! Eu sou aluno da revista Diálogo e Ação e vi que vocês disponibilizam espaço par a os poetas (rs). Posso fazer par te dessa também? Segue em anexo um de minha autoria. Vida longa e próspera a todos. Paulo Henrique dos Reis Jr. Resposta: Olá, Paulo Henrique, claro que pode. Não só você, mas todos os que quiserem. Recebemos sua poesia e já publicamos nessa revista. Abra ção e vida longa pra você também.

A identidade batista Aproveitando que neste trimestre conheceremos um pouco mais sobre a história dos batistas, sugerimos que vocês assistam o vídeo “A identidade batista” feito pelo pastor Israel Belo de Azevedo. O vídeo também está no youtube, mas para sua comodidade disponibilizamos aqui o QR-CODE do vídeo. Para assistir basta instalar um aplicativo em seu celular e "fotografar" o código.

Querido adolescente Envie sua carta para Caixa Postal 320 – Rio de Janeiro, RJ CEP 20001-970 ou seu e-mail para editora@juerp.org.br 1o Trimestre – 2012

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Desenhos da galera Se você tem algum desenho e gostaria de compartilhar, envie-nos um email: editora@juerp.org.br Este trimestre temos um desenho preparado pelo Carlos Henrique, da Igreja Batista Itacuruçá, no Rio de Janeiro. Parabéns, Carlos Henrique.

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DiálogoeeAção AçãoAluno Aluno Diálogo


Estudo especial

Evangelhos Sin... o quê? Evangelhos Sinóticos! Este é o assunto da vez. A palavra “sinóticos” significa “visões paralelas”. Quando falamos dos Evangelhos Sinóticos estamos falando dos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas. Eles são chamados de “sinóticos” porque são bastante parecidos em conteúdo, embora a mensagem central de cada um seja diferente. O Evangelho de João ficou fora deste grupo por ser bastante diferente em conteúdo dos outros três. Mas antes de falarmos com mais detalhes sobre cada livro, vamos conhecer um pouco mais da história que cerca a todos eles.

Imagem: www.sxc.hu/784493_60200268

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Um pouco de história Após a ascensão de Jesus, por volta do ano 30 d.C., os discípulos, conduzidos pelos apóstolos, assumiram o compromisso de anunciar a mensagem de salvação ao mundo. Era uma tarefa difícil já que a religião judaica era muito forte e o império romano afogava qualquer movimento que pudesse se tornar uma ameaça para ele. Mas, apesar das dificuldades, os discípulos pouco a pouco fundavam comunidades nas regiões próximas da Judeia, começando por Jerusalém, depois indo para Samaria, Galileia e mais tarde para a Síria, Grécia, Ásia (na região da atual Turquia) e Itália. Se você quiser conhecer mais desta história, o livro dos Atos dos Apóstolos apresenta como o cristianismo se espalhou rápido nos primeiros anos.

O apóstolo Paulo, ex-perseguidor de cristãos, teve um papel muito importante nessa história. Foi um missionário dedicado que fundou comunidades cristãs principalmente fora de Israel fazendo com que a mensagem de Jesus se espalhasse pelo mundo. Paulo escrevia cartas para estas comunidades a fim de orientá-las sobre como resolver seus problemas da vida cristã diária e de interpretação das Escrituras. Em suas cartas, frequentemente, aparece o termo “evangelho” como o conteúdo da sua pregação, ou seja, a mensagem de salvação em Jesus Cristo. Esta palavra originalmente significava a gorjeta que se dava ao mensageiro portador de uma notícia. Se a notícia era boa, a gorjeta era maior. Mais tarde, passou a significar a própria boa notícia. Imagem: www.sxc.hu/1225994_40195297

"Em suas cartas, frequentemente, aparece o termo “evangelho” como o conteúdo da sua pregação, ou seja, a mensagem de salvação em Jesus Cristo. Esta palavra originalmente significava a gorjeta que se dava ao mensageiro portador de uma notícia. Se a notícia era boa, a gorjeta era maior. Mais tarde, passou a significar a própria boa notícia"

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"Os discípulos, conduzidos pelos apóstolos, assumiram o compromisso

de anunciar a mensagem de salvação ao mundo. Era uma tarefa difícil já que a religião judaica era muito forte e o império romano afogava qualquer movimento que pudesse se tornar uma ameaça para ele"

Uma característica do evangelho que Paulo anunciava era a ausência de episódios envolvendo o Jesus nazareno, presente entre os homens e mulheres que, com seus gestos, ações e palavras, revelava a misericórdia de Deus para a humanidade. A mensagem que Paulo anunciava se concentrava muito na visão de um Cristo que havia ressuscitado e que habitava com Deus no céu. Por outro lado, nas diversas comunidades recém-fundadas circulavam memórias de Jesus no seu dia-a-dia e no seu convívio com os discípulos, como seus discursos, suas parábolas e histórias de milagres. Tudo indica que também havia músicas e textos doutrinários que lembravam o nascimento, a morte e a ressurreição de Jesus. Antes que as memórias se perdessem ou fossem contaminadas por ideias que

nada tinham a ver com a mensagem da salvação, alguns homens se comprometeram a registrar na forma de textos as memórias do Jesus humano que habitou entre nós. Era importante resgatar a imagem do Deus que se fez homem para que as comunidades entendessem como viver de maneira justa a partir do modelo Jesus Cristo. É neste contexto que encontramos os “Evangelhos”. O Evangelho de Marcos A primeira obra literária a registrar eventos da vida de Jesus foi o Evangelho de Marcos, mesmo ocupando a segunda posição na lista dos livros do Novo Testamento. Este Evangelho foi escrito com uma finalidade precisa: responder à pergunta “quem é Jesus?” A partir de textos construídos com 1oo Trimestre – 2012 1 Trimestre – 2012

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simplicidade, o autor não desenvolve teorias e doutrinas. Apenas registra o que Jesus fez. Seu objetivo era que o leitor chegasse sozinho à conclusão de que Jesus era o Messias, o Filho de Deus. Originalmente, era um texto anônimo. Somente mais tarde, por volta de 135 d.C., um homem chamado Papias, um líder da igreja, estudando a tradição cristã, disse que o autor seria João Marcos e o texto recebeu o título que temos hoje. Provavelmente, o livro foi escrito entre 65 e 70 d.C. – quase 35 anos depois da ressurreição de Jesus. Com o Evangelho de Marcos, a palavra “evangelho” assume novo sentido. Além de se referir ao conteúdo da mensagem, agora passava a representar um estilo literário novo que influenciou significativamente a história da igreja cristã. "Com o Evangelho

de Marcos, a palavra “evangelho” assume

novo sentido. Além de se referir ao conteúdo da mensagem, agora

passava a representar um estilo literário

novo que influenciou

significativamente a história da igreja cristã"

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Os Evangelhos de Mateus e de Lucas Depois que o Evangelho de Marcos ficou pronto, outros autores também se motivaram a escrever Evangelhos incluindo pontos de vista pessoais e fatos que não foram incluídos por Marcos. Naturalmente, usaram o primeiro Evangelho como fonte de informações e também consideraram outras fontes disponíveis, como testemunhos de pessoas, alguns documentos e o que mais acharam útil. O segundo Evangelho a ser escrito, por volta do ano 80 d.C., foi o Evangelho de Mateus atribuído ao apóstolo Mateus, o antigo cobrador de impostos também chamado Levi. É, sem dúvida, o mais didático (por isso, foi colocado em primeiro lugar) e tem dois objetivos claros: mostrar que Jesus é o “Emanuel”, o Deus conosco que inaugura o reino de Deus, e provar que Jesus é aquele que atende toda a expectativa gerada no Antigo Testamento. Sobre o reino de Deus, Mateus destaca que seus valores são completamente opostos aos valores do mundo e o modelo de homem justo a ser seguido é Jesus. O terceiro Evangelho a ser escrito, o Evangelho de Lucas, é cheio de detalhes e tem por objetivo mostrar que o projeto de salvação que Deus preparou para o homem acontece na história humana. Não é um evento para o além. O livro enfatiza a realidade dos mais


"Depois que o Evangelho de Marcos ficou pronto,

Novo Testamento

outros autores também

se motivaram a escrever Evangelhos incluindo

pontos de vista pessoais e fatos que não foram incluídos por Marcos.

Naturalmente, usaram o primeiro Evangelho como fonte de

informações e também consideraram outras

fontes disponíveis, como

testemunhos de pessoas, alguns documentos e o

que mais acharam útil" Imagem: www.sxc.hu/1213704_431075519

humildes como alvo da graça de Deus em oposição à opressão causada pelos mais poderosos. Foi escrito entre 80 e 85 d.C. e o autor, ao que tudo indica, foi o mesmo do livro de Atos dos Apóstolos. A tradição atribuiu a autoria a Lucas, um médico companheiro de Paulo. Ele não era um apóstolo e, provavelmente, nem conheceu Jesus pessoalmente, mas destaca que fez um cuidadoso estudo de tudo o que aconteceu. O destinatário é um amigo seu chamado Teófilo, provavelmente um não-judeu convertido ao cristianismo.

O Evangelho de João e outros Evangelhos O Evangelho de João foi o último a ser escrito (entre 95-100 d.C.). Parece que o autor deste Evangelho se baseou em fontes totalmente distintas dos três anteriores compondo uma obra bastante particular. Considerando as cenas em que as histórias se passam e os discursos de Jesus, ele é muito diferente dos outros três. Por isso, não faz parte do grupo dos Evangelhos Sinóticos. Seu objetivo é mostrar que Jesus é Deus e

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é o Cordeiro perfeito que tira o pecado do mundo. Tudo para combater o movimento gnóstico que estava contaminando a doutrina da igreja daquele tempo dizendo que Jesus não podia ser Deus por ter natureza humana. Posteriormente, outros Evangelhos surgiram e supostamente contariam trechos da vida de Jesus. Mas nenhum deles foi considerado inspirado. Talvez, você já tenha ouvido falar em Evangelho de Maria Madalena e Evangelho de Judas. Eles fazem parte de um conjunto de textos chamados “apócrifos”. Muitos deles contêm histórias fantasiosas sobre Jesus e tentam influenciar o leitor com conceitos errados sobre Jesus.

Algumas dicas para ler e estudar os Sinóticos Para finalizar, aqui vão algumas dicas para que você consiga estudar os Evangelhos com mais profundidade: Inicialmente, conheça cada livro individualmente. Tente identificar a sequência de ideias do autor. Com que objetivo ele estaria escrevendo aquele livro? Para qual público? Como isso influencia a mensagem e o texto? Como Jesus é apresentado? Qual a relação entre o Jesus apresentado e a sequência de mensagens do livro? Agora que você já conhece cada Evangelho, tente cruzar as informações. Quais as semelhanças? E as

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Podemos dizer que nosso objetivo é reinterpretar os princípios da mensagem para o nosso tempo. Isso já é um grande desafio!

Chamamos isso de “releitura”. Embora naquele tempo não houvesse

internet, cinema, shopping centers, os problemas do homem são todos parecidos independentemente da época

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"Sempre leve em conta os textos ao redor dos versículos que você

considerar importantes. Evite criar regras com apenas um versículo. Conhecer o contexto é fundamental.

A pergunta que

devemos responder é: O que este versículo quer dizer no meio desse texto todo?”

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diferenças? Como as informações se completam? Concordam em todos os pontos? Lembre que os textos foram escritos para um público cerca de 2.000 atrás. Teremos grande dificuldade de entender alguns aspectos culturais e textuais. Isso é natural, mas não impede que estudemos a Bíblia. Podemos dizer que o nosso objetivo é reinterpretar os princípios da mensagem para o nosso tempo. Isso já é um grande desafio! Chamamos isso de “releitura”. Embora naquele tempo não houvesse internet, cinema, shopping centers, os problemas do homem são todos parecidos independentemente da época. Sempre leve em conta os textos ao redor dos versículos que você considerar importantes. Evite criar regras com apenas um versículo. Conhecer

o contexto é fundamental. A pergunta que devemos responder é: “O que este versículo quer dizer no meio desse texto todo?” Lembro-me bem das palavras da professora nas aulas da EBD quando era adolescente na Segunda Igreja Batista do Rio de Janeiro: “texto sem contexto é pretexto para confusão”. Isso vale para tudo na vida! Sempre que tiver dúvidas, pergunte ao seu professor da EBD ou ao pastor. Eles podem ajudar bastante. Seguindo estas dicas, você terá o seu caminho como estudante da Bíblia bastante facilitado. Agora, chega de conversa e mãos à obra! ________________ Jakler Nichele Nunes professor na EBD de jovens da Igreja Batista Itacuruçá Rio de Janeiro, RJ.

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Abertura do trimestre Os Evangelhos Sinóticos (Aprendendo sobre Jesus) Objetivos: Os estudos deste trimestre têm o objetivo de levar os adolescentes a conhecerem um pouco mais sobre o que os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas dizem sobre Jesus, sobre seu contexto histórico, sobre suas experiências. Lembrando que o termo sinótico é devido à semelhança existente entre esses três Evangelhos.

Estudos da EBD EBD 1 – Falando sobre Jesus (Mateus 1.1-17; Marcos 1.1; Lucas 1.1-4) EBD 2 – O contexto histórico de Jesus (Mateus 22.15,23; Lucas 2.1-7; 3.1,2) EBD 3 – Os primeiros 30 anos de Jesus (Marcos 6.3; Lucas 2.39-43, 46-52) EBD 4 – O precursor de Jesus (Mateus 3.4-17) EBD 5 – Contra as forças do mal (Lucas 4.1-13) EBD 6 – O início do ministério de Jesus (Marcos 1.14,15; Lucas 4.16-21) EBD 7 – Enfrentando oposição (Marcos 2.3-8, 16,17; 3.1-6) EBD 8 – Na hora da angústia (Mateus 8.23-34) EBD 9 – O prazer de servir (Marcos 3.1-19; Lucas 6.12-16) EBD 10 – Histórias para quem gosta de aprender (Marcos 4.1-9; Lucas 18.18-30) EBD 11 – Contando com Deus (Marcos 5.21-29, 34-43; Lucas 7.20-23) EBD 12 – Pelo sim e pelo não (Marcos 8.27-33) EBD 13 – Glórias sem fim (Lucas 9.28-36)

Autor das lições As lições da EBD deste trimestre foram escritas por Carlos Daniel de Campos, casado com Vânia Bucco. O autor possui formação em teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, bacharel em Ciências Contábeis pela UFMT e especialização em Contabilidade e Finanças pela Faculdades Cândido Rondon (MT). Atualmente é pastor de adolescentes na Igreja Batista Itacuruçá na Tijuca, no Rio de Janeiro e redator da revista Diálogo e Ação da JUERP.

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EBD 1 Falando sobre Jesus (Mateus 1.1-17; Marcos 1.1; Lucas 1.1-4)

1 de janeiro Neste trimestre, aprenderemos ou lembraremos a vida de Jesus. Nossos livros serão os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas que são os chamados Eva nge lhos Sinó tico s, pois compartilham de uma estrutura parecida ou de uma mesma visão (sin: igual; óptico: visão). Existem mais de 200 versículos semelhantes nos três Evangelhos , poré m, mes mo nes sas histórias parecidas existe uma dife renç a na form a em que elas foram contadas e nos elementos que foram incluídos ou excluídos. Se você ler o estudo especial no início da revista terá mais informações sobre esses Evangelhos.

Imagem: www.sxc.hu/714639_16139136

Leituras diárias Segunda – Mateus 1.1-17 Terça – Marcos 1.1-20 Quarta – Marcos 1.21-46

Quinta – Lucas 1.1-4 Sexta – Lucas 3.23-38 Sábado – 2Timóteo 3.16 Domingo – Lucas 3.1,2 1o Trimestre – 2012

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Era uma vez... Geralmente, quando as aulas da escola iniciam, a professora de Português pede uma redação com o tema: “Minhas férias”. Às vezes, é meio desesperador, pois a pessoa olha para os amigos escrevendo que viajaram para lá ou para acolá e ela passou todas as férias em casa. Isso já aconteceu com você? É claro que não é pecado nenhum passar as férias em casa e, cá entre nós, tem gente que nem viaja, apenas escreve ali na redação para parecer “importante”. Se a pessoa ficou em casa ou se viajou é o "de menos"; o importante é escrever a redação e ganhar uma nota, mas aí aparece a pergunta: “como começar esse texto?” Como iniciar uma história? Não sei se Mateus, Marcos ou Lucas tiveram essa "crise", mas se você leu os textos do encontro de hoje deve

ter percebido que cada um começou de uma forma, de um jeito, com seu próprio estilo, contudo, a proposta dos três autores é a mesma: falar sobre Jesus. Assim como no exemplo da escola, o objetivo é o mesmo: falar sobre as férias. Estilos Talvez, o início de Mateus seja o mais conhecido. É a genealogia de Jesus. Por falar nisso, sei de muita gente que pula essa parte do Evangelho quando vai lê-lo (e também as genealogias que aparecem no livro de Gênesis), mas é importante ler, pois também é evangelho. Na descrição feita por Mateus saímos de Abraão e chegamos a Jesus passando por 42 gerações. Mateus escreveu para um público judeu, por isso, era importante relacionar a descendência de Jesus.

"A palavra apócrifo vem do grego apokryphos, que significa “oculto” e é o nome dado a certos livros que não fazem parte da Bíblia por não serem considerados inspirados por Deus, pois esses livros destoam, tem ensinamentos conflitantes com o restante da Palavra de Deus, o que não acontece com os livros que estão na Bíblia que conhecemos. A palavra pseudepígrafos também vem do grego e significa escritos falsos e foram os livros que surgiram durante os séculos II e III d.C." Imagem: www.sxc.hu/432896_93353233

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"Lucas, por sua vez, é

mais “acadêmico” em seu livro. Ele diz que vários escritos já existiam,

mas que ele pesquisou, investigou e resolveu

escrever seus relatos e

enviá-los para seu amigo Teófilo. Lucas também

escreveu o livro de Atos que, se observarmos,

seria uma continuação de seu Evangelho"

Marcos é um Evangelho muito dinâmico, no sentido de que tem muita ação. Ele inicia de forma direta: “Aqui começa a boa notícia de Jesus Cristo, o Filho de Deus” (Marcos 1.1 – NBV). O evangelho de Marcos já começa com Jesus adulto, diferentemente dos outros dois (Mateus e Lucas); ele não narra o nascimento do Messias. Lucas, por sua vez, é mais “acadêmico” em seu livro. Ele diz que vários escritos já existiam, mas que ele pesquisou, investigou e resolveu escrever seus relatos e enviá-los para seu amigo Teófilo. Lucas também escreveu o livro de Atos que, se observarmos, seria uma continuação de seu Evangelho. E você, se fosse contar a história de Jesus, como começaria?

Apócrifos e pseudepígrafos Calma, não são palavrões. A palavra apócrifo vem do grego apokryphos, que significa “oculto” e é o nome dado a certos livros que não fazem parte da Bíblia por não serem considerados inspirados por Deus, pois esses livros destoam, tem ensinamentos conflitantes com o restante da Palavra de Deus, o que não acontece com os livros que estão na Bíblia que conhecemos. A palavra pseudepígrafos também vem do grego e significa escritos falsos e foram os livros que surgiram durante os séculos II e III d.C. Não se sabe a quantidade exata desses livros, mas estima-se que seja algo em torno de 280 obras. Entre os Evangelhos que não são considerados inspirados por Deus, os mais conhecidos são: O Evangelho de Tomé (século I) é uma visão gnóstica dos supostos milagres da infância de Jesus; O Evangelho dos ebionitas (século II) é uma tentativa gnóstico-cristã de perpetuar as práticas do Antigo Testamento; O Evangelho de Pedro (século II) é uma falsificação gnóstica; O Proto-Evangelho de Tiago (século II) é uma narração que Maria faz do massacre dos meninos pelo rei Herodes; O Evangelho dos egípcios; O Evangelho arábico da infância (?) 1o Trimestre – 2012

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registra os milagres que Jesus teria praticado na infância, no Egito, e a visita dos magos de Zoroastro; O Evangelho de Nicodemos (séculos II ou V) contém os Atos de Pilatos e a Descida de Jesus; O Evangelho do carpinteiro José; A História do carpinteiro José; O Passamento de Maria (século IV) relata a assunção corporal de Maria e mostra os estágios progressivos da adoração de Maria; O Evangelho da natividade de Maria (século VI) promove a adoração de Maria e forma a base da Lenda de Ouro, livro popular do século XIII sobre a vida dos santos; O Evangelho de um Pseudo-Mateus (século V) contém uma narrativa sobre a visita que Jesus fez ao Egito e sobre alguns dos milagres do final de sua infância; O Evangelho dos doze; O Evangelho de Barnabé; O Evangelho de Bartolomeu; O Evangelho dos Hebreus; O Evangelho de Marcião; O Evangelho de André; O Evangelho de Matias;

O Evangelho de Pedro; O Evangelho de Filipe. Concluindo Muitos podem ter sido os escritos durante os primeiros séculos, mas os quatro Evangelhos que temos em nossas Bíblias é que foram reconhecidos pela igreja, pelos cristãos dos primeiros séculos como sendo aqueles inspirados por Deus. Cremos que foi o próprio Deus quem conduziu todo esse processo de formação da Bíblia. Alguém pode se perguntar se é errado ler um desses livros apócrifos, a resposta é que não é errado, mas que, se lermos, devemos ter claro em nossa mente que não são Bíblia; são apenas livros. Certamente que quem procurar um desses livros para ler é porque já leu os Evangelhos bíblicos e poderá, por si só, perceber a diferença. Convido você para lermos juntos as histórias sobre Jesus contidas em Mateus, Marcos e Lucas nos próximos três meses em que estudaremos essa revista. Até domingo que vem.

Exercite sua memória

“Toda a Escritura nos foi dada por inspiração de Deus e é útil para nos ensinar o que é verdadeiro e para nos fazer compreender o que está errado em nossas vidas; ela nos endireita e nos ajuda a fazer o que é correto”.(2Timóteo 3.16 NBV)

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EBD 2 O contexto histórico de Jesus (Mateus 22.15,23; Lucas 2.1-7; 3.1,2)

8 de janeiro

Imagem: www.sxc.hu/304445_6310

Comecemos o encontro de hoje com duas perguntas: primeira: “Em que ano você nasceu?” Segunda: “Qual era o contexto histórico desse ano?” Se olharmos rapidamente na internet descobriremos muitas coisas. Por exemplo, quem era o presidente do País, ou o governador do Estado, se o desemprego estava alto ou baixo ou se a população era maior ou menor, entre muitas outras coisas. Hoje, queremos pensar um pouco no contexto histórico do tempo de Jesus. Como era a vida em Jerusalém naquela época? Vejamos alguns itens.

Leituras diárias Segunda – Lucas 1.1-25 Terça – Lucas 1.57-80 Quarta – Tiago 1.3,4

Quinta – Lucas 2.2.20 Sexta – Lucas 2.21-40 Sábado – Mateus 22.1-14 Domingo – Mateus 22.15-22 1o Trimestre – 2012

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Pax Romana

Palestina

Quando Jesus nasceu, o imperador romano era Augusto; ele morreu em 14 d.C. e deixou o império em paz, prosperidade e com estabilidade. Suas fronteiras estavam seguras e definidas. Em 40 a.C., o Senado romano nomeou Herodes, o Grande, rei da Judeia. Ele governou até o ano 4 a.C. quando, então, seu reino foi dividido entre seus três filhos. Foi esse Herodes que reconstruiu o templo em Jerusalém, contudo, foi o mesmo que ergueu altares para deuses pagãos. Após a morte de Herodes, o Grande, a Palestina tornou-se uma província administrada por quatro pessoas, cada um com uma parte, o que chamamos de tetrarcas. Eram eles:

Espremida entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo, a Palestina tem sido, desde tempos remotos, objeto de disputa entre muitos povos, não por causa de seu território, de apenas cerca de 27.000 Km², nem por suas riquezas naturais, bastante escassas. A cobiça advém de sua posição estratégica, por constituir uma ligação natural entre a Ásia e a África, e de sua importância religiosa, pois abriga lugares sagrados para judeus, cristãos e muçulmanos. Na época de Jesus contava com, aproximadamente, 600 mil habitantes. Flávio Josefo, o famoso historiador judeu, registra que o imperador César, baixou um decreto isentando os judeus de participarem dos exércitos romanos e liberando-os para praticarem livremente a religião de seus pais.

• Arquelau, chamado Herodes, o Etnarca, governou a Judeia de 4 a.C. a 6 d.C. • Um romano governou a Judeia de 6 d.C. até 41 d.C. • Herodes Antipas governou a Galileia e parte da Transjordânia de 4 a.C. a 39 d.C. • Herodes Filipe ficou com as terras do norte até 34 d.C.

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Diálogo e Ação Aluno

Geografia O relevo, muito acidentado, é fator decisivo no regime das chuvas: a Galiléia, encostada aos 2.800m do Monte Hermom, recebe tanta água quanto as cidades mais úmidas do Brasil. A planície do Saron (abaixo do Carmelo), a região montanhosa da Palestina central e a Transjordânia são também tão regadas como a região do ABC paulista. Infelizmente, as chuvas caem praticamente todas entre novembro e


Maquete do segundo templo de Herodes em exposição no jardim do Hotel Holyland em Jerusalem e a estátuta do imperador romano Augusto, contemporâneo do nascimento de Jesus

março, e em pequena quantidade em outubro e abril. O verão é totalmente seco. O relevo faz com que essa água escorra imediatamente, quase sem penetrar no solo, bem pobre em argila, não conseguindo conservá-la. Galileia Os galileus eram, geralmente, desprezados pelos líderes religiosos de Jerusalém e Jesus era de Nazaré, uma cidadezinha sem muita importância da Galileia, isso contribuía ainda mais para que os líderes religiosos perseguissem a Jesus. Entretanto, a maior parte de seu ministério desenvolveu-se ao redor do mar da Galileia.

Alimentação Uma grande parcela da dieta alimentar no calor da Palestina era composta por vegetais. Quando se comia carne era devido a visitas importantes. Também fazia parte da dieta: cereais (milho, trigo), peixes e pão. Lavar as mãos antes das refeições, que eram, praticamente, duas – café-da-manhã e ceia no fim da tarde – era essencial e considerado como um dever religioso (Marcos 7.3). O templo O templo é sob todos os pontos de vista o centro de Israel. O primeiro 1o Trimestre – 2012

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A sinagoga

d.C. e deixou o império em

Existia um só templo, que ficava em Jerusalém, porém, existiam muitas sinagogas que eram frequentadas semanalmente pelos judeus e eram lá que eles prestavam seus cultos. É como se fossem nossas igrejas hoje. O costume da sinagoga deve ter se originado após a volta do cativeiro da Babilônia.

estabilidade. Suas fronteiras

As festas

Em 40 a.C. o senado romano

Três festas exerciam, em Israel, um papel importante; eram momentos em que o povo fazia questão de se reunir para manifestar a solidariedade que unia seus membros e para celebrar as grandes intervenções do Senhor, libertador de seu povo. São três as festas de peregrinação: Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos ou Tendas.

"Quando Jesus nasceu o imperador romano era

Augusto, ele morreu em 14 paz, prosperidade e com

estavam seguras e definidas. nomeou Herodes, o Grande,

rei da Judéia. Ele governou até o ano 4 a.C. quando, então, seu reino foi dividido entre seus três filhos"

edifício foi construído por Salomão e destruído quando Jerusalém foi conquistada em 587 a.C. por Nabucodonozor. O segundo templo, reconstruído após a volta do exílio e inaugurado em 515 a.C., era muito mais modesto. Foi reedificado por Herodes em bases completamente novas. Inclusive, muitas vezes, se designa a história judaica entre 538 a.C. e 70 d.C. pelo nome de período do Segundo Templo.

Sugestão Foi nesse tempo que Jesus viveu. Sugiro que você pesquise mais coisas sobre aquele momento da história. Ajudará na sua visão do pano de fundo por onde Jesus andou, orou e ensinou.

Exercite sua memória “Mas o anjo lhes disse: ‘Não tenham medo. Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria, que são para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador que é Cristo, o Senhor’”. Lucas 2:10-11

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EBD 3 Os primeiros 30 anos de Jesus (Marcos 6.3; Lucas 2.39-43, 46-52)

15 de janeiro A Bíblia não dá muitos detalhes sobre o que Jesus fez durante seus primeiros 30 anos de vida. Existem muitas especulações, porém nenhuma é bíblica. Há pessoas que acreditam que Jesus tenha ido à Índia aprender com os grandes gurus toda a sabedori a que ensinou posteriormente, entr e outr as hist ória s. Entr etan to, para nós, os que cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus, essas historieta s não importam, pois o que precisamos saber sobre Jesus é o que está reve lado nos Evangelhos. No capítulo 2 de Lucas há, contudo, uma citação sobre o iníci o da adolescência de Jesus. Pode ser que você que este ja lendo a revista nesse momento tenh a, também, doze anos.

Leituras diárias Segunda – Mateus 1.1-17 Terça – Mateus 1.18-25 Quarta – Mateus 2.1-12

Quinta – Mateus 2.13-23 Sexta – Lucas 2.41-52 Sábado – João 1.1-18 Domingo – Marcos 6.3 1o Trimestre – 2012

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A festa

A busca

Quando lemos esse texto de Lucas percebemos que Jesus vivia uma vida normal como um menino judeu daquela época. Assim, todos os anos, como era o costume, sua família ia para Jerusalém para a festa da Páscoa. Importante lembrar que eles iam para Jerusalém porque moravam em Nazaré, na região da Galileia (veja o mapa). Segundo a Lei dada por Moisés em Êxodo 23.14-17, todo homem judeu precisava participar de três festas anuais: Páscoa, Pentecostes e Tabernáculo. Como muitos judeus moravam distante de Jerusalém, escolhiam uma das festas para participar. Vemos que José ia anualmente à festa da Páscoa, que celebrava a saída do povo hebreu do Egito (Êxodo 12). Provavelmente Jesus estivesse aguardando por aquela viagem, pois quem é que não gosta de viajar para um local cheio de novidades, como provavelmente deveria ser Jerusalém? Afinal, lá ficava o templo, lá era o local onde grandes acontecimentos do povo judeu tomaram formas. E você, gosta de viajar? Sua família celebra anualmente alguma festa? No Brasil é comum todas as famílias se unirem no Natal. Para a família de Jesus, celebrar a Páscoa era lembrar o que Deus havia feito por eles no passado, resgatando-os do Egito. E, para nós, será que celebrar o Natal é, realmente, lembrar a vinda de Jesus à terra?

Após a festa, as famílias costumavam voltar juntas e, geralmente, as mulheres iam à frente com os filhos menores e os homens, com os filhos mais crescidos, atrás. Provavelmente, Maria pensou que Jesus estivesse com José e vice-versa. O fato foi que quando perceberam já tinham andado bastante e tiveram que voltar para buscar o filho. Isso me fez lembrar uma amiga cujo pai se esqueceu de buscá-la no colégio. Todos os colegas dela foram embora e quando a professora ligou para o pai, ele disse que havia se esquecido completamente. Hoje é engraçado contar, mas quando aconteceu, para minha amiga, não foi nada legal.

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Diferentemente de minha amiga, que foi encontrada por seu pai chorando porque havia sido esquecida, José e Maria encontraram Jesus calmamente conversando com, nada mais nada menos, os Mestres da Lei. Para se ter uma ideia, é como se hoje você pegasse o que está aprendendo em matemática aí na sua escola e fosse para a universidade discutir com os doutores em matemática de lá. Quando os pais de Jesus o encontraram penso que tiveram três surpresas: • Encontraram Jesus seguro e no meio dos doutores da Lei; • Os doutores estavam impressionados com a sabedoria do menino;

• Ouvir de Jesus que ele estava tratando de negócios do Pai. É certo que o menino judeu possuía um ritmo mais intenso de estudos da Bíblia que nós temos, mas o interesse demonstrado por Jesus é incrível. Você, adolescente, tem o hábito de conversar sobre a Bíblia com seu professor ou professora de EBD ou seu líder ou com o pastor da igreja? Infelizmente, a maioria das pessoas não estuda a Bíblia e preferem receber tudo “mastigado” no sermão do pastor. Que tal comprar um caderno de anotações e, neste trimestre, enquanto for lendo os textos ir anotando aquilo que você entende, suas dúvidas e os princípios que você consegue captar no texto?

Imagem panorâmica atual da cidade de Jerusalém para onde Jesus viajou com sua famíla quando ainda era um adolescente

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A revelação Quando Maria encontra Jesus e pergunta por que ele fez aquilo, sua resposta foi outra pergunta: “por que vocês estão me procurando?” E em seguida mais outra: “não sabem que preciso estar na casa de meu Pai?” O versículo 50, do capítulo 2, diz que eles não entenderam o que ele quis dizer. Nessa passagem, Jesus refere-se a Deus como "meu Pai", ou seja, ele revela uma ligação íntima com Deus. Contudo, isso não lhe sobe à cabeça, e o versículo 51 diz que Jesus voltou para Nazaré com seus pais e lhes era obediente. Que exemplo!

Às vezes só porque conseguimos algumas notas boas no colégio (o que é mais que obrigação) nos achamos no direito de exigir coisas dos nossos pais, mas aprendemos com Jesus que a humildade precisa ser cultivada desde cedo. Ele era o Filho de Deus, acabara de chamar Deus de "Meu Pai", poderia ter ficado ali, se quisesse, mas preferiu voltar com seus pais e, diz o texto, era obediente a eles. Espero que, mesmo com essa pequena história sobre os primeiros 30 de anos de Jesus, possamos aprender com ele, que é nosso Mestre em tudo, como agir com os assuntos referentes a Deus e à família.

Maquete do segundo templo de Herodes em exposição no jardim do Hotel Holyland em Jerusalem

Exercite sua memória “Maria, porém, guardava todas essas coisas em seu coração”. (Lucas 2.51b)

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