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Dependência

Novo serviço irá acolher até 100 moradores em situação de rua que estavam no CTA 11

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), inaugurou na Rua Marcos Arruda, 274, na Mooca, o Centro de Acolhida para Adultos Cidade Refúgio II. Com capacidade para acolher 100 pessoas, este é o segundo serviço voltado aos moradores em situação de rua a cumprir o processo de reordenamento da rede socioassistencial iniciado no Centro Temporário de Acolhimento (CTA) 11. O CTA será desmembrado em três novos equipamentos até o final do primeiro semestre de 2023.

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“Além de abrir novos Centros de Acolhida, a Prefeitura de São Paulo está ressignificando aqueles que tinham muitas pessoas sendo atendidas. A gente tinha Centros de Acolhida com 400 pessoas e assim não era possível ter um bom atendimento”, explicou o prefeito Ricardo Nunes.

O novo equipamento conta com uma equipe de 30 funcionários para auxiliar na gestão do espaço e atendimento aos aco- lhidos e a administração é feita pela Organização da Sociedade Civil (OSC) Centro de Capacitação para Vida Projeto Neemias com um repasse mensal para manutenção e operacionalização do serviço de R$ 327.929,67.

O secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento

Social, Carlos Bezerra Jr, destacou que a Prefeitura de São Paulo vem trabalhando na humanização dos equipamentos.

“Temos um maior número de equipamentos na cidade com um menor número de pessoas atendidas para que possa haver um atendimento muito mais pessoal, individualizado e de muito mais qualidade”, disse. Além do acolhimento, o equipamento disponibilizará atividades de convívio, como rodas de conversas, assembleias com a gerência do serviço e reuniões mensais com grupos autônomos dos Alcoólicos e Narcóticos Anônimos, atividades de inclusão social, escolar e profissional, retorno ao convívio familiar e/ou local de origem e dentre outras.

Hoje, quem não tem rede social é considerado ultrapassado e se tornará incomunicável, pois as ligações por telefone estão em extinção. Só restará chamadas por aplicativos de voz e vídeo. Pesquisas apontam que, cada vez mais cedo, as crianças têm acesso às redes sociais. Atualmente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relata que no Brasil, houve um aumento significativo da população com acesso à internet pelo celular. As pessoas utilizam os aplicativos para troca de mensagens de texto, de voz, imagens e vídeos, ou seja, todas as idades “sofrem” interferência do uso da internet, incluindo os idosos, para se sentirem “acompanhados”.

Em função do crescimento desenfreado do acesso à internet e de novas tecnologias, está se elevando o número de pessoas sedentárias e solitárias. “Consequentemente, cada vez mais pessoas buscam ajuda para tratar a autoestima, depressão e fobia social, além de isolamento e dependência dos grandes centros, pois necessitam de conexão da internet, celular e vídeo game”, explica Cristiane Duez V. Santos, psicóloga do NAPP (Núcleo de Apoio Psicológico e Psicopedagógico) da Faculdade Santa Marcelina.

“Além da dependência notória da conexão, podemos falar também sobre a dependência emocional de estar conectado, de saber o que está acontecendo com as pessoas próximas ou consideradas próximas, isto é, hoje, os influen-

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