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Brasil responderá por um terço das exportações mundiais de carne

Para o USDA, a previsão de aumento das exportações se baseia em uma oferta mais restrita por concorrentes como Uruguai e Argentina e um aumento de demanda pela China

O Brasil deve responder por um terço das exportações mundiais de carnes em 2023, segundo estimativa do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA na sigla em inglês), atingindo participação 8,12% maior que a de 2022, ou quase 30% superior à registrada em 2020.

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De acordo com o estudo americano, enquanto as exportações dos demais países ou mesmo os totais tendem a regredir (caso, por exemplo, da carne suína), todas as exportações brasileiras sinalizam para um incremento significativo, com variações que vão desde 3,93% (carne bovina), passam por 5,38% (carne suína) e chegam a quase 7% no caso da carne de frango.

Para o USDA, a previsão de aumento das exportações de carne bovina se baseia em uma oferta mais restrita por parte de concorrentes como Uruguai e Argentina e um aumento de demanda por parte da China. Com relação à carne suína, o que prevalece é o preço mais competitivo e a possibilidade de maiores exportações para China, Japão e Chile, pois estes mercados reduziram suas compras na União Europeia.

A maior exportação de carne de frango é favorecida pela ampla gama de itens oferecidos para diferentes mercados. Mas os suprimentos exportáveis terão a seu favor, também, preços ligeiramente mais baixos das rações e suas matérias-primas.

Já as exportações brasileiras de carne suína atingiram no primeiro trimestre 274,8 mil toneladas, volume 15,7% maior que as 237,5 mil toneladas embarcadas entre janeiro e março de 2022. No mesmo período, a receita das exportações totalizou US$ 646,3 milhões, saldo 29,6% maior que o total obtido nos três primeiros meses de 2022, com US$ 498,5 milhões.

N Meros Da Abpa

Em março, as exportações da proteína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) alcançaram 106,9 mil toneladas, informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 16,9% as vendas registradas no mesmo período de 2022, quando foram embarcadas 91,5 mil toneladas. Em receita, as vendas de março totalizaram US$ 248,9 milhões, número 30,8% superior ao obtido em março de 2022, quando a receita alcançou US$ 190,3 milhões.

Apoio da Federação

Em recente visita às instalações da Pasa, em Paranaguá, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Carlos Valter Martins Pedro, reafirmou seu apoio à indústria, destacando o apoio ao setor portuário.

Principal destino dos embarques, a China importou 109,6 mil toneladas entre janeiro e março, número 25,6% superior ao registrado em 2022, com 87,2 mil toneladas. No mesmo período, também se destacaram as vendas para Chile, com 21,3 mil toneladas (+96,8%), Filipinas, com 17,8 mil toneladas (+8), Singapura, com 15,9 mil toneladas (+25,8%), e Japão, com 7,2 mil toneladas (+36,9%).

Polin Sia Francesa

“Não sabia que tínhamos índices de produtividade tão expressivos no Porto de Paranaguá. Acredito que temos a responsabilidade de disseminar essas informações para a mentalização do industrial paranaense em relação ao valor do nosso porto. Eu fiquei pessoalmente impressionado com a sua eficácia. Isso nos motiva a valorar os investimentos que estão sendo feitos em relação à indústria do Paraná. A atividade portuária está na pauta da Fiep”, considerou o presidente da Federação.

A Polinésia Francesa autorizou as importações de carne de frango proveniente do Brasil. As vendas deverão atender o mercado de food service do país, especialmente para a ampla rede hoteleira, que tem no turismo o principal setor econômico. “O mercado franco-polinésio tem um bom potencial para produtos de maior valor agregado já tradicionalmente consumidos pelo mercado europeu como peito de frango. Nosso foco será o mercado B2B, conhecido pelos elevados níveis de exigência, o que reforça o reconhecimento dos players internacionais pela qualidade e elevados controles sanitários estabelecidos pelos exportadores brasileiros”, de acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Segundo Paulo Meneguetti a expectativa é grande junto à atual gestão da Fiep porque houve uma dinâmica na Federação consoante à retomada de crescimento nacional. “Entre as forças de defesa da indústria, a Fiep é uma trincheira muito importante para o setor industrial do Paraná. Nos cabe apresentar as demandas e buscar apoio para nossas necessidades, seja nas reformas em andamento, como a trabalhista, a fiscal ou a tributária. O Brasil precisa ser passado à limpo e a Fiep tem poder para centralizar esse debate no Paraná”, frisou Meneguetti. n

Com o novo mercado aberto, o Brasil passa a ter nove registros de aberturas para produtos do setor agropecuário neste ano, e reforça o reconhecimento dos players internacionais pela qualidade e elevados controles sanitários estabelecidos pelos exportadores brasileiros. Em janeiro, o Egito abriu mercado para o algodão e a Argélia para bovino vivo.

Já em fevereiro, o Chile autorizou as importações de mucosa intestinal, ovos férteis e aves de um dia (codorna), o Panamá para sêmen bubalino, o México de carne suína e a Malásia de gelatina bovina. Em março, tivemos a abertura do México para carnes bovina, além da carne de frango da Polinésia n