4 minute read

IMPORTÂNCIA DO MANEJO DO PASTEJO NOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO LEITEIRA

Saúde do úbere deve ser prioridade nas fazendas

mente necessitam de tratamento. Um dos intuitos da cultura é fazer com que as bactérias responsáveis pela MSC não passem despercebidas, não sirvam de veículo e não comprometam os animais saudáveis.

Advertisement

Para o melhor entendimento do potencial problema das bactérias causadoras de mastite subclínica é recomendado o exame de cultura microbiológica do leite em animais que apresentarem CCS > 200 mil células/ml, e de todos os novos casos de infecções subclínicas (CCS <200 mil na análise anterior e > 200 mil na análise atual), dos animais pós-parto (principalmente novilhas) e de mastite clínica.

De acordo com informações da OnFarm, quanto aos benefícios da cultura, vários projetos sobre a avaliação da tecnologia apontam para uma relação custo-benefício de acima de 1:5; ou seja, a cada R$1,00 investido na tecnologia, o retorno é de R$5,00. Considerando que o aumento da CCS acarreta grandes prejuízos ao produtor de leite e à indústria láctea, a cultura se torna uma ferramenta indispensável para a produção leiteira (ainda mais que hoje há opções para que o pecuarista adote um sistema de cultura com zero de investimentos em estrutura ou equipamentos).

Pelos motivos apresentados neste texto fica evidente a importância da adoção de estratégias para o monitoramento e controle da mastite subclínica no rebanho. Os prejuízos acarretados pela doença podem ser substanciais e irreversíveis, fato que deve direcionar ainda mais os produtores para o caminho da prevenção.

Referências bibliográficas:

• BARBOSA, L.F.D.S.P. Impacto da mastite subclínica na reprodução de vacas

leiteiras. 2013. x , 61 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista

Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de

Botucatu, 2013. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/96668>. • Hand, K. J.; Godkin, A.; Kelton, D. F. Milk production and somatic cell counts: A cow-level analysis. J. Dairy Sci. 95:1358–1362. 2012.

• Hudson, C. D., A. J. Bradley, J. E. Breen, and M. J. Green. 2012. Associations between udder health and reproductive performance in United Kingdom dairy cows. Journal of dairy science 95:3683-3697. • Lavon, Y., G. Leitner, U. Moallem, E. Klipper, H. Voet, S. Jacoby, G. Glick, R. Meidan, and D. Wolfenson. 2011b. Immediate and carryover effects of Gram-negative and

Gram-positive toxin-induced mastitis on follicular function in dairy cows.

Theriogenology 76:942-953. • Vasconcelos, J.L.M; Santos, R.M. Impacto da mastite sobre o desempenho reprodutivo, MilkPoint, 2015. Disponível em: <https://www.milkpoint.com.br/ colunas/jose-luiz-moraes-vasconcelos-ricarda-s antos/impacto-da-mastite-sobre-o-desempenho-reprodutivo-95616n. aspx>.

Acesso em: 06/07/2022.

PASTAGEM

Eliana Geremia, Especialista em Desenvolvimento de Mercado - Mosaic Fertilizantes - eliana.geremia@mosaicco.com Marcell Alonso, Gerente de Pecuária - Mosaic Fertilizantes - marcell.alonso@mosaicco.com

Controle da altura dos pastos melhora desempenho dos animais

Dentro dos sistemas de produção animal a pasto, o baixo consumo de forragem foi, por muitos anos, indicado como limitador do desempenho animal, devido ao seu “baixo valor nutricional”. Porém, ao longo dos últimos anos diversos trabalhos demonstraram que as plantas forrageiras quando bem manejadas oferecem adequado valor nutritivo. Esses trabalhos indicam ainda que o monitoramento da frequência e da intensidade do pastejo quando controlados através da altura dos pastos melhoram o desempenho dos animais.

Nesse sentido, o manejo do pastejo tem como principal objetivo identifi car qual é o ponto ótimo entre as necessidades das plantas forrageiras manterem sua área foliar e a melhoria e/ou aumento da produção animal por área.

Para que se possa otimizar a produção de leite com utilização de pastagens, é necessário compreender a fi siologia das plantas forrageiras e suas características estruturais, tais como: relação folha:caule, população de perfi lhos, produção e composição morfológica da massa de forragem. Também deve-se compreender de que forma essas características poderão interferir no consumo de nutrientes pelos animais em pastejo ao longo do dia e, consequentemente, infl uenciar a produção de leite/animal/dia.

De maneira geral, quando as condições de temperatura, luz, água, correção e adubação do solo estão adequadas, o desenvolvimento das plantas forrageiras acontece de forma acelerada e intensa. Nessas condições, temos um aumento signifi cativo na produção de folhas verdes, o que permite alto acúmulo líquido de forragem. Em outras palavras, o crescimento é maior que a senescência e morte foliar. Além disso, é nessa fase de desenvolvimento da planta que teremos as maiores concentrações de nutrientes. Com o passar do tempo, o processo de senescência inicia-se devido a competição por luz no interior do dossel forrageiro e nas porções mais próximas do solo. Essa competição e baixa incidência de luz levam a planta ao alongamento de colmos, com o objetivo de aumentar a quantidade e qualidade de luz que chega até à superfície do solo. Quando esse processo se inicia, normalmente o produtor percebe que a massa de forragem por hectare aumenta; no entanto, como ponto negativo desse processo temos uma queda considerável no teor de proteína bruta e aumento na fração fi brosa da planta, reduzindo sua digestibilidade. Outro fator que devemos observar é o efeito negativo e limitante que os colmos têm sobre a profundidade do bocado dos animais em pastejo e, consequentemente, sobre o volume de forragem apreendida em cada bocado deferido. Ou seja, pastagens com alta participação de colmos nos extratos superiores reduzem a capacidade do animal explorar a planta forrageira e aumentar a massa do bocado. Quando isso acontece, o animal passa maior tempo em busca de locais de pastejo que favoreçam o seu consumo, aumentando o seu gasto energético nesse processo.

Em contrapartida, quando trabalhamos com metas de manejo do pastejo que permitem alta porcentagem de folhas verdes com baixa proporção de colmos, os animais aumentam a profundidade na qual exploram o dossel forrageiro, reduzem o número de bocados deferidos, apresentam bocados mais pesados e reduzem o tempo

This article is from: