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II. COMUNICAÇÃO/PRODUÇÃO

Preservar, catalogar e arquivar, investigar e promover o estudo e a construção de conhecimento, centrado na cultura arquitetónica, artística e patrimonial, são domínios de ação basilares para a Fundação Marques da Silva. Mas a sua missão passa também por dar visibilidade a esse trabalho, apresentando-o, fazendo-o chegar à comunidade de investigadores e à comunidade em geral, seja através de exposições, de livros, de congressos e de encontros, em suma, comunicando-o. Com isto não se pretende apenas dar a conhecer, mas fazer circular conhecimento e contribuir para tomadas de posição conscientes nos domínios onde se exerce a sua ação, estabelecendo ligações significativas entre a memória em arquivo e a realidade que nos rodeia, com outras instituições congéneres, com as cidades e o território onde vivemos. Ações de compromisso com o tempo presente que podem ajudar a valorizar essa herança documental, arquitetónica e artística, e simultaneamente incrementar novos interesses e a adoção de boas práticas, sobre a documentação, sobre o construído. Experiências que são encaradas como espaços de aprendizagem, propiciadores de novos olhares, de novas abordagens. Uma dinâmica que visará sempre a crescente afirmação da imagem da Fundação na comunidade arquitetónica e artística, mas também na cidade, no país e além-fronteiras.

Desde 2020 que a Fundação Marques da Silva apostou na abertura ao público em continuidade dos espaços sede, na Praça do Marquês, no Porto, para apresentação de projetos expositivos, maioritária, mas não exclusivamente, ancorados nos acervos geridos pelo Centro de Documentação. Projetos que são simultaneamente espaços de aprendizagem, pela experiência que têm permitido acumular, seja, por exemplo, ao nível da montagem desses mesmos projetos expositivos, seja colaborando em fóruns com temáticas relevantes. Um desafio que nem a situação pandémica que se fez sentir em 2020-21 fez esmorecer. Uma afirmação que transparece da leitura dos resultados evidenciados neste Relatório. Só em 2022 contabiliza-se a participação, de forma direta e/ou colaborativa em 22 projetos expositivos, sendo que 7 exposições foram produzidas ou acolhidas nos seus espaços, entre o Palacete Lopes Martins e a Casa-Atelier José Marques da Silva e, nas restantes 15, houve uma participação muito ativa, com destaque para a exposição de desenhos de viagem de Fernando

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Távora realizada em Cesena (Itália). Os projectos expositivos implicam um trabalho específico, desde a preparação e acompanhamento da cedência de conteúdos – físicos ou digitais, e a validação da seleção, ao levantamento de necessidades no âmbito da conservação e restauro, à produção, divulgação e finalização desses mesmos projetos, com o consequente processo de controlo do retorno de documentos ou outros materiais originais, quando cedidos.

Muitos destes projetos expositivos desdobraram-se em ações desenhadas na esfera de programações complementares e paralelas, mas muitas outras ações foram também propostas e materializadas especificamente para apresentação de conteúdos, reflexão e debate de temáticas relevantes para os domínios onde a Fundação se movimenta. Ao longo de 2022, para além das exposições, só na sede da Fundação Marques da Silva, realizaram-se 35 iniciativas de caráter público, entre sessões de abertura e encerramento, encontros, conferências, aulas, lançamentos de livros ou visitas guiadas, com destaque para o acolhimento de 2 colóquios e o lançamento de 3 livros, a par de outras iniciativas, que incluem a cedência de espaços para filmagens. Constante a praticamente todas elas, foi a forte afluência de público, a lotar os espaços onde as mesmas se realizaram. Mas, para além dos horizontes físicos da Fundação Marques da Silva, a instituição colaborou, ativamente, como produtora ou enquanto entidade apoiante, em 15 exposições e 13 projetos de diferente natureza, entre os quais se releva o regresso das Conferências Marques da Silva, a participação no Prémio Fernando Távora e na Rede Portuguesa de Arte Contemporânea – Norte, e a atribuição, por parte da Ordem dos Arquitetos do estatuto de Membro Honorário à instituição (no ano anterior tinha sido distinguida Maria José Marques da Silva e Rui Goes Ferreira) e a atribuição do nome de Manuel Graça Dias a um novo Prémio de Arquitetura nacional.

Esta intensa dinâmica abrange também a atividade editorial, visível no número de publicações próprias e em parceria já disponíveis (33 títulos impressos e 26 em formato digital) ou no apoio a projetos externos que nos chegam das mais diversas entidades individuais e coletivas. Um esforço em continuidade com a publicação de novos títulos (entre lançamentos e projetos em preparação) a registar-se também em 2022, ano em que se destacam os projetos de tradução de obras de Fernando Távora por editoras de outros países e onde os resultados se continuaram a construir a partir de parcerias sólidas, como é o caso das Edições Afrontamento, da U.Porto Press e da Circo de Ideias. Para além da edição/publicação, esta área de ação implica garantir a visibilidade nos circuitos de venda da chancela Fundação Marques da Silva.

Transversal a todas estas atividades é a gestão das plataformas comunicacionais e a consequente produção de conteúdos, informativos e de divulgação, com forte presença no universo virtual. Para além da publicação de 6 newsletters, só na página eletrónica (uma página que associa a função da divulgação à função de repositório histórico) foram publicados 177 destaques, multiplicados e ampliados nas redes sociais (Facebook, Instagram e Twitter, com mais de 7.200 seguidores). Uma dinâmica que, noticiando, sinalizando efemérides, produzindo conteúdos, integrando contributos externos, estimulando intercâmbios, dentro e fora do âmbito universitário, dentro e fora do país, com recursos muito limitados, tem vindo a ser determinante para a concretização e sensibilização de públicos. Aqui se destaca, ainda, para além das iniciativas que vão tendo lugar dentro e fora da instituição ou as doações de acervos de arquitetura, o lançamento de 11 novos programas dos dois podcasts da Fundação: Escritos Escolhidos e Passa-a-Palavra: falemos de arquitetura, e a sinalização nas redes de efemérides e de 31 aniversários de arquitetos representados no Centro de Documentação. Esta iniciativa sustentada na investigação interna da documentação existente, e que é já uma tradição interna pretende estimular possíveis caminhos de investigação futura.

Os números indicados são uma conquista, considerando a exiguidade dos recursos humanos da Fundação Marques da Silva, com apenas uma colaboradora a congregar a área da produção/edição/comunicação. A concretização das múltiplas ações programadas e realizadas foi, assim, possível graças à confluência de uma série de contributos: um forte envolvimento da Direção, a flexibilidade e colaboração interna da equipa do Centro de Documentação e da equipa de higienização da Fundação Marques da Silva, reforçada pela contratação temporária de jovens estudantes para assegurar a frente de sala; possível também pela plataforma de colaboração e confiança estabelecida com a Oficina de Conservação e Restauro de Documentos Gráficos da U.Porto Digital, fundamental para a concretização dos projetos expositivos que implicaram a utilização e cedência de documentação original, e para a crescente qualificação da resposta da instituição a solicitações externas; pelos contributos de investigadores que foram partilhando o resultado das suas investigações; pela colaboração e atenção da nossa tradutora para inglês, Gill Stoker, a título sempre voluntário; a experiência que tem vindo a ser reunida através de um conjunto de prestadores de serviços especializados que têm ajudado a encontrar as melhores e mais eficazes soluções nas circunstâncias específicas da nossa área de trabalho; e toda uma série de instituições parceiras que ajudaram a potenciar o alcance da Fundação e cada vez mais consideram esta instituição um parceiro a procurar. Em 2022, na área específica da Comunicação, há ainda que destacar, de novo, o contributo de um estagiário da FBAUP, sob orientação de Cristina Ferreira, Telma Oliveira Dias, que assumiu o design e imagem gráfica da exposição Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência, assim como a responsabilidade do design gráfico do Relatório de Atividades de 2021.

1. Estudar, debater, partilhar e divulgar

Na Fundação Marques da Silva, o primeiro e principal fundamento para a proposição de um programa agregador de ações de divulgação assenta no valioso e heterogéneo património documental (46 acervos de arquitetos/arquitetura e coleções bibliográficas), arquitetónico (desde logo a própria sede) e artístico (coleções museológicas) que a instituição acolhe, trata, estuda e divulga. Cumpre à comunicação tornar visíveis as dinâmicas internas, geradas em torno ou a partir do Centro de Documentação, caso da divulgação de novas doações, da implementação e resultado de campanhas de higienização e digitalização; contribuir para um melhor conhecimento da vida e obra dos arquitetos representados na instituição, através dos vários canais possíveis; acompanhar e garantir a presença da instituição na esfera pública de forma a consolidar uma imagem que tem vindo a afirmar-se como referencial no domínio da Arquitetura e Urbanismo, seja no tratamento documental, no rigor científico das iniciativas e informação por si produzidas ou veiculadas.

Das atividades realizadas presencialmente nos espaços da Fundação (7 exposições e 35 outras iniciativas), um número revelador da crescente capacidade de produção e resposta técnica dos serviços, destaque para a componente expositiva e, entre as várias exposições, Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência, pelo profundo significado que teve no contexto da instituição. Com ela, não apenas se prestou homenagem a uma figura crucial para a existência da própria Fundação, menos de um ano decorrido após o seu falecimento, como se redescobriram as múltiplas vertentes do seu percurso e o quanto continua a ser válido revisitar a obra por si desenvolvida. Foi também uma oportunidade de revisitação da própria história da instituição. Após a desmontagem, 8 das obras de pintura expostas foram doadas pela família à Fundação Marques da Silva, estando em preparação uma nova doação, entre documentos, livros e mobiliário pertencente a António Cardoso, que assim virá ampliar o já significativo núcleo documental doado em vida.

1.1. As exposições na Fundação Marques da Silva

Ao longo de 2022, a Fundação Marques da Silva apresentou 4 exposições por si organizadas, sendo que uma, Bartolomeu Costa Cabral/um arquivo em construção tinha sido inaugurada ainda em 2021, e outra, Cartografia Manuel Botelho: Obra e Projeto, veio rematar um ciclo de ações concretizado através de uma parceria entre várias instituições; e acolheu 3 exposições propostas por outras entidades, mas em cuja produção e montagem participou ativamente. Das 7 exposições que passaram pela Fundação, 6 decorreram no Palacete Lopes Martins e 1 ocupou a área expositiva da Casa-Atelier José Marques da Silva, Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência. As exposições puderam ser visitadas de segunda a sábado, excetuando domingos e feriados, entre as 14h e as 18h. Em termos genéricos, a Fundação Marques da Silva recebeu, nas suas exposições, 1367 visitantes, mas trata-se de uma contabilização redutora, já que deverá ser associado a este número todos aqueles que marcaram presença nas inaugurações e em atividades programadas a partir delas ou delas independentes, igualmente realizadas nas suas instalações: sessões inaugurais, colóquios, workshops, visitas guiadas, debates, lançamentos de livros, etc.

A apresentação sumária das exposições permite igualmente tornar percetível a rede cada vez mais ampla de colaborações e pareceria em que a Fundação se movimenta e sustenta:

- Bartolomeu Costa Cabral / um arquivo em construção

Palacete Lopes Martins, curadoria de Paulo Providência, Pedro Baía e Mariana Couto

De 13 de novembro de 2021 a 7 de maio de 2022

Esta exposição, organizada pela Fundação Marques da Silva, a primeira realizada desde a doação do acervo do arquiteto Bartolomeu Costa Cabral, abriu as suas portas ao público a 13 de novembro de 2021, no primeiro piso do Palacete Lopes Martins, e acabou por encerrar apenas a 7 de maio de 2022. Esta iniciativa contou com o apoio da Ordem dos Arquitectos, do SIPA, do Instituto Politécnico de Tomar e da Faculdade e Arquitectura da U.Porto e com as colaborações pontuais de Irene Buarque, Teresa Pavão e Rui Sanches, Rui Mendes, Catarina

Costa Cabral e Gill Stoker. Ainda durante o mês de abril, foi organizada uma visita guiada por Rui Mendes, arquiteto, investigador, professor e coautor com Bartolomeu Costa Cabral dos projetos de reabilitação atualmente em realização e/ou desenvolvimento para o Bloco das Águas Livres, o Edifício do Martim Moniz e a Escola do Castelo, em Lisboa.

- Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência Casa-Atelier José Marques da Silva, curadoria de Susana Cardoso (filha), Laura Castro (DRCN), Domingas Vasconcelos (CMP), Celso Santos e Leonor Soares (FLUP) e Paula Abrunhosa (FIMS) De 7 de maio a 17 de setembro de 2022

Menos de um ano passado sobre o falecimento de António Cardoso, historiador, artista, professor, investigador e museólogo, um dos fundadores, ex-diretor e membro do conselho geral da Fundação Marques da Silva, a Fundação Marques da Silva conseguiu reunir as condições necessárias para apresentar uma exposição de homenagem a esta figura ímpar. Com esse objetivo, reuniu-se um coletivo de curadores e congregaram-se várias instituições, da DireçãoGeral da Cultura do Norte ao Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto à Faculdade de Belas Artes desta mesma Universidade, contando sempre com o total envolvimento da família de António Cardoso. O projeto foi amplamente visitado e noticiado, tendo sido concretizado um programa paralelo de ações:

- Sessão inaugural, a 7 de maio, com a presença da Presidente da Fundação, do arquiteto Nuno Tasso de Sousa e o coletivo de curadores

- Vamos falar de história, arte e arquitetura / encontro #1, a 18 de junho, com Laura Castro e Rui Jorge Garcia Ramos

- Visita guiada por Susana Cardoso, Domingas Vasconcelos e Paula Abrunhosa, no dia em que António Cardoso faria 90 anos

- Vamos falar de história, arte e arquitetura / encontro #2, a 17 de setembro, com Andrea Soutinho, Celso Santos, Helena de Freitas, João Pinharanda, e moderação de Laura Castro

- Estação Central da Beira. Keeping it Modern Palacete Lopes Martins, curadoria de Paulo Lourenço e Elisiário Miranda

De 14 de maio a 18 de junho de 2022

Esta exposição foi organizada no âmbito do programa Keeping It Modern, iniciativa da Getty Foundation, de Los Angeles, que em 2019 contemplou com uma bolsa o projeto de conservação e manutenção da Estação Central da Beira (1957-1966), em Moçambique, coordenado por Paulo Lourenço, do Instituto de Sustentabilidade e Inovação em Engenharia de Estruturas (ISISE), e por Elisiário Miranda, do Laboratório de Paisagens, Património e Território (Lab2PT). A exposição foi apresentada inicialmente na Escola de Arquitectura, Arte e Design da Universidade do Minho. Na sua passagem pela Fundação Marques da Silva foi ampliada com a mostra de desenhos originais de José Porto, relativos a obras projetadas por este arquiteto, cujo arquivo foi doado à Fundação, para a cidade da Beira, em Moçambique, em meados do século XX.

A sessão de abertura incluiu um encontro com os curadores, moderado por Luís Urbano, seguido de uma visita guiada à exposição.

- Aalto Intemporal - o DNA da Cultura Arquitetónica

Palacete Lopes Martins, conceção de Tore Tallqvist e curadoria de Miguel Borges de Araújo (CEAU), Olii-Paavo Koponen (Tampere University), Pedro Borges de Araújo (IF/MLAG), Sérgio Amorim (CEAU/CITAD) e Luís Urbano (FIMS) De 28 de junho a 17 de setembro de 2022

Organizada pela Universidade de Tampere, o Museu Alvar Aalto e o município de Jyväskylä, esta exposição, com curadoria foi sendo preparada ao longo da segunda década deste século a partir de trabalhos académicos desenvolvidos por alunos do curso de Introdução à História da Arquitetura. Nesta sua passagem por Portugal, passou a integrar um novo módulo, com documentação relativa a projetos de arquitetos portugueses influenciados pela obra de Aalto, nomeadamente Fernando Távora, Raúl Hestnes Ferreira, Alcino Soutinho e Alfredo Matos Ferreira, e complementada ainda por publicações existentes no acervo da Fundação que tiveram particular relevância na divulgação em Portugal da obra daquele que continua a ser o mais aclamado arquiteto finlandês.

A inauguração decorreu no contexto do 5.º Seminário ABLeS (Autofocus Blended Learning eSeminars series), subordinado ao tema EXPERIENCE|PERCEPTION - Revisiting Questions of Perception.

- CONTRAFACTUM: matéria, forma, conteúdo Palacete Lopes Martins, curadoria de Graciela Machado

De 28 de junho a 17 de setembro de 2022

Este projeto, concebido e coordenado por Graciela Machado, foi produzido pela Fundação Marques da Silva em parceria com a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Nasceu em resposta ao Projeto 17 - Geografias, Património Cultural das Fundações, um desafio lançado pelo Centro Português de Fundações. A ideia central desenvolveu-se a partir da procura de entendimento do contexto de produção de uma maqueta em gesso pertencente ao acervo de David Moreira da Silva - “Aquila”, de 1935, maquete do Plano de Urbanização das Termas do Gerês, cuja autoria pertence a José Porto (Engenheiros Reunidos) -, colocando-a em diálogo com uma sua mimetização (réplica construída num lugar de ensino artístico, o Serviço Técnico e Oficinal de Modelação e Moldagem da FBAUP, por Rui Ferro e Alcides Rodrigues) e o espaço onde foi colocada em exibição. A empresa 20|21 assegurou o restauro da maqueta original. Luís Sobreiro produziu e realizou o vídeo relativo a esta intervenção e Patrícia Almeida, o vídeo sobre as ações realizadas na FBAUP.

- THE MATTER OF DATA: Documentary Architecture as Historical Method

Palacete Lopes Martins, curadoria de Ines Weizman

De 28 de setembro a 22 de outubro de 2022

Com curadoria de Ines Weizman, uma arquiteta e académica com particular interesse pelas questões da migração e modernismo colonial, esta exposição fez parte da programação da 9.ª edição do Arquiteturas Film Festival e representou uma oportunidade de dar a conhecer o trabalho de pesquisa desenvolvido pela instituição convidada desta edição do festival, o Centre for Documentary of Architecture (CDA). A programação paralela passou por:

- Sessão inaugural, com conferência da curadora e projeção de 3 curtasmetragens, a 28 de setembro

- Projeção de curtas-metragens apresentadas por Anna Luise Schubert e Ines Weizman, a 29 de setembro

- Projeção de curtas-metragens apresentadas por Anna Luise Schubert e Ortrun Bargholz, a 30 de setembro

- Cartografia Manuel Botelho: Obra e Projeto

Palacete Lopes Martins, curadoria de António Neves, Bruno Baldaia, Carlos Maia, Duarte Belo e Luís Urbano De 12 de novembro de 2022 a 6 de maio de 2023

Esta exposição, que se prolonga até 2023, resulta de uma parceria entre a Fundação Marques da Silva (FIMS), a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), o Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo/FAUP (CEAU/FAUP), o Laboratório da Paisagem, Património e Território (Lab2PT) e a Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho (EAAD-UM); e conta com o apoio à divulgação da Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos (OA-SRN). Em torno dela foram programadas as seguintes ações:

- Sessão inaugural, com apresentação da exposição e do ciclo com Bruno Baldaia, Duarte Belo, Luís Urbano e José Salgado, seguida de visita guiada à exposição por Bruno Baldaia.

- A 6 de maio, já de 2023, o lançamento de uma monografia retrospetiva da obra de Manuel Botelho, a lançar pela Circo de Ideias, e uma mesa redonda com participação de Carlos Machado, Manuel Mendes, Maria José Casanova e Pedro Bandeira, moderada por Jorge Figueira.

Em preparação

A partir da documentação em arquivo no Centro de Documentação da Fundação Marques da Silva e com apresentação prevista para 2023, foi iniciado o trabalho de produção e montagem de uma nova exposição, a apresentar no piso nobre da Casa-Atelier José Marques da Silva: Hestnes Ferreira – Forma | Matéria | Luz, com curadoria de Alexandra Saraiva, Patrícia Bento

Paulo

Em 2022, registou-se um total acumulado de 1367 visitantes a estas exposições, mais de 30% face ao ano anterior, no acesso aos vários projetos expositivos (número que deve ser significativamente ampliado quando associado aos participantes nas várias iniciativas aqui realizadas – naugurações, colóquios, lançamentos, encontros, conferências). A incidência aos sábados validou a opção de a instituição manter o horário proposto de visita ao público que se manteve, de segunda a sábado, entre as 14h e as 18h, de segunda a sábado, excetuando feriados.

1.2. Outras iniciativas

- Bernardo Ferrão e as Artes Decorativas no Oriente e no Mundo Congresso Internacional promovido pelo Círculo Dr. José de Figueiredo, Amigos do MNSR, em parceria com a Reitoria da Universidade do Porto e a Fundação Marques da Silva Com Carmen Heredia Moreno, André das Neves Afonso, Gonçalo de Vasconcelos e Sousa, e moderação de José Sottomayor-Pizarro. Porto, 24 a 26 de março de 2022

A sessão de encerramento do Congresso Internacional Bernardo Ferrão e as Artes Decorativas no Oriente e no Mundo decorreu na Fundação Marques da Silva, num espaço onde simbolicamente se voltaram a reunir os dois irmãos (Bernardo e Fernando Távora) e numa manhã dedicada ao vasto e sumptuoso universo da arte da ourivesaria e joalharia, apresentado pelos conferencistas Carmen Heredia Moreno, André das Neves Afonso e Gonçalo de Vasconcelos e Sousa, moderados por José Sottomayor-Pizarro. Tratou-se de uma iniciativa do Círculo Dr. José de Figueiredo - Amigos do MNSR, que assim continua a homenagear o trabalho pioneiro e ainda hoje incontornável de Bernardo Ferrão no campo das artes decorativas e em particular sobre a produção artística do “Oriente português”. Neste mesmo dia foi lançado o Livro de Atas do Colóquio. A sessão de encerramento contemplou ainda uma visita guiada à Fundação Marques da Silva.

- Uma Vida de Arquitecto

Lançamento do livro de Giorgio Grassi traduzido por José Miguel Rodrigues 25 de março, com a presença dos autores e intervenções de Fátima Vieira, Luca Ortelli e Nuno Brandão Costa

Este livro, Uma Vida de Arquitecto, onde Giorgio Grassi evoca o seu percurso, a sua obra e os amigos que o acompanharam ao longo do caminho percorrido, é terceiro volume a ser publicado no âmbito do projeto de tradução integral para português da obra escrita de Giorgio Grassi, coordenado por José Miguel Rodrigues, o seu tradutor, e editado conjuntamente pela Fundação Marques da Silva e as Edições Afrontamento. A sessão de apresentação, realizada na Fundação Marques da Silva, contou com a presença dos autores, com Fátima Vieira, Presidente da Fundação Marques da Silva, e com os Arquitetos Luca Ortelli e Nuno Brandão Costa. A sessão, altamente concorrida, teve ainda o apoio da FAUP, da Jofebar e da Panoramah!.

- Doação dos Acervos de Alexandre Alves Costa e Sergio Fernandez /Junção dos Centros de Documentação FIMS e FAUP

Cerimónia Oficial / Anúncio Público, 13 de abril, com Alexandre Alves Costa, Sergio Fernandez, Reitor da UP, Presidente da FIMS, Diretor da FSUP, Álvaro Siza e Jorge Figueira

Esta sessão oficial agregou dois momentos: a assinatura do protocolo de doação dos acervos profissionais dos arquitetos Alexandre Alves Costa e Sergio Fernandez à Fundação Marques da Silva, precedida dos testemunhos de Álvaro Siza e Jorge Figueira, seguindo-se o anúncio público da futura junção dos Centros de Documentação da Fundação Marques da Silva e da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, na presença dos respetivos representantes, Fátima Vieira e João Pedro Xavier. A sessão foi presidida pelo Magnífico Reitor da Universidade do Porto, Prof. Doutor António Sousa Pereira. A cerimónia foi gravada em tempo real e encontra-se disponível online.

- 2.º seminário CemRestore | Argamassas para a conservação de edifícios do início do século XX - Compatibilidade e Sustentabilidade

27 de abril, com José Pedro Tenreiro, Tiago Inácio, Ana Velosa, António Santos Silva e Luís Almeida, e Cristina Guedes e Francisco Vieira de Campos

O CEMRESTORE, coordenado pela Universidade de Aveiro (Ana Velosa), com a participação da FAUP (Clara Pimenta do Vale) e do LNEC (António Santos Silva), é um projeto financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia. Tem por objetivo o estudo de argamassas do início do século XX em Portugal, procurando aferir as mudanças que ocorreram ao nível da utilização dos materiais e do seu processo produtivo no quadro de eventuais ações de reabilitação. Nesta segunda edição, composta por três sessões e 5 apresentações, participaram José Pedro Tenreiro, Tiago Inácio, Ana Velosa, António Santos Silva e Luís Almeida, e Cristina Guedes e Francisco Vieira de Campos. Para além do apoio da Fundação Marques da Silva, entidade de acolhimento - dois dos casos de estudo apresentados são duas obras de Marques da Silva: o Teatro S. João e a “Nacional” e o edifício “A Nacional” -, o Seminário contou também com o apoio à divulgação da APRUPP e da OASRN.

- “Lá fora é imenso. Aqui dentro é como um útero”

Lançamento do livro Vill´Alcina, de Germana Lópes Souza 28 de junho, com a autora e apresentação de Maria Manuel Oliveira, Sergio Fernandez

De uma visita à Vill’ Alcina, nasceu um livro. Mais que um livro, um objeto artístico desenvolvido por Germana Lópes Souza no âmbito da disciplina de Teoria Geral e Organização do Espaço, enquanto estudante de arquitetura na FAUP, após uma visita a esta casa que se funde na paisagem que a envolve, em Caminha, guiada pelo arquiteto que a desenhou em 1974, Sergio Fernandez. O livro foi publicado com o apoio da Fundação

Marques da Silva e o lançamento contou com a presença do arquiteto Sergio Fernandez e da autora, tendo ainda como convidada para o apresentar a arquiteta Maria Manuel Oliveira.

- GANNO: Homenagem ao Arquiteto Octávio Lixa Filgueiras

Lançamento de Boletim especial, exibição do documentário “Arquitectura do Rabelo” e mostra de livros de Lixa Filgueiras 15 de outubro, com Manuel Martins Rêgo, Maia dos Santos, Pedro Borges de Araújo e Miguel Filgueiras

Foi uma sessão de homenagem ao arquiteto Octávio Lixa Filgueiras, proposta pela GANNO e que a Fundação Marques da Silva acolheu, associando aos testemunhos e à apresentação do Boletim especial, editado por este Grupo de Arqueologia Naval do Noroeste (GANNO) fundado em 1980 pelo arquiteto Octávio Lixa Filgueiras, a projeção do documentário realizado em 1991 por Vítor Bilhete, com guião de Octávio Lixa Filgueiras, sobre o processo tradicional de construção de um barco rabelo. Em complemento, foi ainda organizada uma pequena mostra de livros com publicações de textos e/ou livros de Lixa Figueiros provenientes do acervo doado a Fundação e da coleção particular do arquiteto António Menéres. A sessão contou com a presença de filhos, netos e muitos amigos do homenageado.

- Alexandre Alves Costa, Argumentos 1: em deriva Lançamento do livro

3 de dezembro, com Alexandre Alves Costa e apresentação de Francisco Louçã

Este foi o primeiro volume de um díptico a publicar pela Fundação Marques da Silva em parceria com a U.Porto Press. A apresentação esteve a cargo de Francisco Louçã. Como sublinha Alexandre Alves Costa, “Argumentos não é um livro de arquitetura, é uma tentativa, provavelmente frustrada, de me servir da minha experiência, no seu âmbito, por ela ser o meio mais simples de articular tempo e espaço, de modelar a realidade, de fazer sonhar.”

A sessão, onde pontuavam numerosos amigos do autor, contou com a presença de Luís

Urbano, vice-presidente da Fundação Marques da Silva.

- A Fundação como cenário: Filmagens de Volto Já e de Nada será como Dante Março e abril, Palacete Lopes Martins, Casa-Atelier José Marques da Silva e Jardins, com César Mourão e Pedro Lamares

A beleza e o carácter cenográfico do Palacete Lopes Martins, da Casa-Atelier José Marques da Silva e dos jardins que os envolvem não passam despercebidos a quem os vê ou visita. Não é assim de estranhar que, de novo, tenham sido requisitados como espaços de acolhimento de filmagens. Desta vez foi o espaço escolhido pela produtora Aquele Abraço para, a 3 de março, rodar algumas cenas da minissérie Volto Já, para a SIC-OPTO, protagonizada e realizada por César Mourão; no final deste mesmo mês, a 29, a Fundação recebeu Pedro Lamares e a produtora Até ao Fim do Mundo para realização de filmagens destinadas a 2 programas de Nada será como Dante, série sobre literatura poética semanalmente transmitida na RTP2.

- Visitas de grupos escolares: do Colégio à Academia

Ao longo de todo o ano, para visita à Fundação, às exposições e aos jardins

Foram muitas as visitas realizadas: seja com o objetivo de explorar os jardins nas diferentes estações do ano, caso das crianças que frequentam o infantário do Colégio da Paz; seja para conhecer o espaço e a atividade da Fundação, caso das visitas técnicas dirigidas à OA e à RPAC (março); seja para reconhecer territórios afins, caso de familiares de Marques da Silva ou uma visita especificamente pensada para os colaboradores do Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardozo (junho); ou ainda visitas a estudantes dos cursos de arquitetura, caso de visitas dirigidas a alunos da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, do grupo orientado pelos arquitetos Egas José Vieira e Santa Rita (Universidade Autónoma de Lisboa) e do grupo de estudantes vindos de Leuven, orientado por André Tavares (novembro), sem contar com as visitas guiadas programadas pela instituição ou atendimentos mais personalizados a convidados e visitantes ocasionais. Foram assim múltiplas as oportunidades e perspetivas que se abriram a quem é dado percorrer este espaço.

Quadro Síntese

Títulos/descritivo sumário Visita guiada Encontros / Conferências Outros

1 Bernardo Ferrão e as Artes Decorativas no Oriente e no Mundo 1 1 (encerramento do Congresso)

2 Uma Vida de Arquitecto

3 Doação dos Acervos de Alexandre Alves Costa e Sergio Fernandez / Junção dos Centros de Documentação FIMS e FAUP

4 2.º seminário CemRestore | Argamassas para a conservação de edifícios do início do século XX - Compatibilidade e Sustentabilidade

5 “Lá fora é imenso. Aqui dentro é como um útero”

Seminário

Lançamento de livro

Doação de acervos e cerimónia de Junção dos Centros de Documentação FIMS/FSUP

6 GANNO: Homenagem ao Arquiteto Octávio Lixa Filgueiras Sessão de homenagem

7 Alexandre Alves Costa, Arqumentos 1: em deriva

E ainda…

Lançamento de livro

Lançamento de Boletim e Projeção de filme

Lançamento de livro

8 Volto Já Filmagens

9 Nada será como Dante Filmagens

10 Visitas Guiadas

12

2. Trabalhar em rede: iniciativas fora de portas

Alberto Caeiro, no seu Guardador de Rebanhos, lembrava que “Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo.../ Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer, / Porque eu sou do tamanho do que vejo / E não do tamanho da minha altura[...]” A Fundação Marques da Silva, desde a sua instituição, tem tentado manter a sua atenção ao que se passa para além do seu espaço: para chegar aos outros, para aprender com a experiência de outros, para trazer os outros até si. Essa atenção, vontade de partilha e de aprendizagem contínua é também uma das linhas orientadores do seu plano estratégico e parte da sua missão. O que pressupõe disponibilidade para criar parcerias, participar em projetos e assegurar a transição tecnológica que nos permite encontrar um lugar próprio num mundo marcado pela globalização e pela circulação da informação à esfera planetária. Isto traduz-se em gestos de várias escalas e dimensões, sempre justificados pela relevância no contexto e circunstâncias distintivas desta Fundação.

Ao longo de 2022, isto significou colaborar em 15 projetos expositivos propostos e/ promovidos por outras entidades, nacionais e internacionais, sendo que, em pelo menos 4 houve um forte envolvimento da Fundação, com particular destaque para a exposição apresentada em Cesena, Itália, a partir dos desenhos de viagem de Fernando Távora; e propor e colaborar em mais 13 iniciativas de forte impacto na programação anual da instituição, caso das Conferências Marques da Silva, que em 2022 regressaram à Faculdade de Arquitectura da UP, com Paolo Zermani como conferencista, ou as atividades desenvolvidas com entidades parceiras sempre próximas da esfera da Fundação, como é o Caso da Ordem dos Arquitectos (Geral e Secção Regional Norte), ou mesmo a participação na Rede Portuguesa de Arte Contemporânea, um projeto liderado pela Direção Regional de Cultura do Norte

2.1 Exposições

Em 2022, a Fundação Marques da Silva esteve envolvida em 15 exposições, para além das que produziu ou acolheu na sua sede. Envolvimento esse que passou sempre pela cedência de conteúdos a expor, entre documentação original (material gráfico, fotográfico, maquetas, livros e peças de arte) e/ou conteúdos digitais. Isto significa um amplo e por vezes complexo número de operações a desenvolver, de forma articulada com o Centro de Documentação da Fundação, a Oficina de Conservação e Restauro de Documentos Digitais da UPorto Digital, prestadores de serviços externos e as entidades proponentes destes mesmos projetos expositivos. Sempre tendo em vista a necessidade de salvaguardar a documentação cedida (desde a seleção inicial ao seu regresso, após cedência externa), a creditação e controlo da sua utilização pública, não obstante a consciência da importância de mostrar esses mesmos materiais documentais que, no contexto desses projetos, ganham novas leituras e significado. Esta linha de operações pressupõe assim a identificação dos materiais, a fixação e formalização de condições de cedência com as entidades requerentes, o levantamento de necessidades de intervenção, restauro e montagem (acondicionamento para contexto expositivo e para transporte – sempre considerando o princípio de intervenção mínimo, tendo como base o respeito pelo material original e pela autenticidade dos objetos, assegurando a sua estabilidade estrutural e prevenindo a sua degradação), aferição das condições expositivas dos locais de realização, controlo das operações de levantamento e entrega, acompanhamento e divulgação dos projetos enquanto patentes ao público. Etapas que vão sendo acompanhadas por registos escritos e fotográficos, validados tanto pela Fundação quando pelas entidades proponentes dessas exposições.

Há, no entanto, a referir que, das 15 exposições referidas, 4 foram inauguradas ainda em 2021, mas em 2022 foram noticiadas e tiveram de ser asseguradas todas as operações inerentes às respetivas desmontagens/devolução de documentos. A listagem sumária de todos estes projetos é importante ainda para se perceber o alcance geográfico das mesmas, das temáticas em destaque às múltiplas entidades que as promoveram.

- At Play: Arquitectura e Jogo

Garagem Sul do CCB, curadoria de David Malaud / Nikolaus Hirsch, Cedric Libert, André Tavares e Ivo Poças Martins. Inaugurou 28 de setembro de 2021 a 30 de janeiro de 2022

A exposição At Play: Arquitetura & Jogo foi organizada pelo CCB/ Garagem Sul em colaboração com o CIVA, Bruxelas, e centra-se na ideia de «Criação de Mundos», na aproximação de duas personagens: o arquiteto e a criança. Nesta sua itinerância por Lisboa, integrou referências a projetos de Bartolomeu Costa Cabral, Fernando Lanhas, Manuel Graça Dias, Rui Goes Ferreira, Raúl Hestnes Ferreira e José Carlos Loureiro, conteúdos cedidos pela Fundação Marques da Silva, uma das suas entidades apoiantes.

- 10 Atos 100 Anos

Salão Nobre do TNSJ, curadoria de Gabriella Casella e Francisco Providência Inaugurada a 22 de outubro 2021, prolongou-se até 31 de julho de 2022

Um projeto pensado por Gabriella Casella, com instalação expositiva de Francisco Providência para exibir as “curvas do tempo” que o Teatro projetado por José Marques da Silva no início do séc. XX foi reunindo. Uma história contada em 10 Atos onde, como não podia deixar de ser, o primeiro visa o projeto de Marques da Silva, inclusive as circunstâncias que o enquadram e explicam. A Fundação Marques da Silva apoiou esta iniciativa através do empréstimo de originais do projeto e registos digitais.

- What? When? Why Not?

Exposição e Colóquio

Casa da Arquitectura, curadoria de Jorge Figueira e Bruno Gil Inaugurou a 29 de outubro de 2021 e manteve-se aberta ao público até 24 de abril de 2022

A exposição What? When? Why not? Portuguese Architecture foi pensada no contexto do projeto de investigação (EU)ROPA – Rise of Portuguese Architecture, que tem na Fundação Marques da Silva uma das suas entidades parceiras. A exposição é reflexo público deste projeto de investigação que assim pretende identificar, problematizar e disseminar o conceito de “arquitetura portuguesa” no contexto nacional e internacional, confrontando a sua história, ideias e métodos, com um mundo em transformação, apresentando o tema em várias dimensões disciplinares e interdisciplinares, e convocando diversas sensibilidades. A exposição contempla a reprodução de múltiplos documentos provenientes do Arquivo da Fundação Marques da Silva, cedidos em momentos vários, e com mais 13 expressamente cedidos para este projeto expositivo. No âmbito desta exposição, aconteceram as seguintes iniciativas:

- a 30 de outubro | realização de um colóquio internacional, onde, depois da apresentação realizada na Fundação Marques da Silva, em julho de 2019, Jorge Figueira e Bruno Gil, os coordenadores de (EU)ROPA - Rise of Portuguese Architecture, e os investigadores nucleares Ana Vaz Milheiro, Carlos Machado e Moura, Carolina Coelho, Eliana Sousa Santos, Gonçalo Canto Moniz, José António Bandeirinha, Luís Miguel Correia, Nuno Grande, Patrícia Santos Pedrosa e Rui Lobo voltaram a partilhar os resultados alcançados em cada uma das respetivas linhas de investigação. Os oradores convidados para este momento em particular foram Hans Ibelings, Cristiane Muniz e Fernando Viégas.

- 5 de março | O 1.º Debate do Ciclo “Temas Contemporâneos na Arquitetura Portuguesa, organizado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e pela Casa da Arquitectura em parceria com a Fundação Marques da Silva. A coordenação científica e moderação esteve a cargo de Jorge Figueira e Bruno Gil. Na sessão de abertura esteve presente a Presidente do Conselho Diretivo da Fundação, Fátima Vieira, juntamente com Nuno Sampaio, Diretor Executivo da Casa da Arquitectura. O programa reuniu os contributos de Ana Vaz Milheiro, José Pedro Monteiro, Ana Fernandes, sobre o tema “What Colonialism?”; Patrícia Santos Pedrosa, Jorge Figueira, Helena Souto e Zaída Muxi, sobre “What Women?”

- 2 de abril | O 2.º debate do ciclo “Temas contemporâneos na arquitetura portuguesa”, desenhado no contexto da exposição “What? When? Why not?

Portuguese architecture” reuniu Carolina Coelho, Bruno Gil, Mário Krüger e Gonçalo Byrne em torno da questão “What research?”.

- In Conflict

Participação portuguesa na Bienal de Veneza, curadoria de Depa Architects e Miguel Santos Exposição e Catálogo Veneza (2021) e Lisboa (2022)

No âmbito da Representação Oficial Portuguesa da Biennale Architettura 2021, os curadores, o atelier depA architects (Carlos Azevedo, Luís Sobral e João Crisóstomo) e o curador-adjunto Miguel Santos, selecionaram dois projetos referentes a dois arquitetos da Fundação Marques da Silva: Manuel Teles (Bairro do Aleixo) e Sergio Fernandez (Bairro do Leal). A Fundação cedeu as digitalizações do projeto para o Bairro do Leal e apoiou a libertação dos direitos de utilização pública de documentação relativa ao Bairro do Aleixo. Depois de Veneza, a exposição foi apresentada em Lisboa, no piso nobre do Palácio Sinel de Cordes.

- Manuel Botelho. Projeto e Obra

Exposição, Galeria da FAUP, com curadoria de António Neves, Bruno Baldaia, Carlos Maia, Filipa Guerreiro e Duarte Belo De 26 de janeiro a 9 de março de 2022

Tratou-se de uma primeira iniciativa programada no contexto de um conjunto alargado de ações que tinham como propósito dar a conhecer o singular percurso de Manuel Botelho (entre 1980 e 2010, Manuel Botelho foi docente nesta Faculdade), um arquiteto cuja produção cruza os territórios da arquitetura, do design de objetos, a reflexão teórica vertida para a escrita e a docência. Assim se começou também a assinalar a salvaguarda do seu acervo profissional com a doação à Fundação Marques da Silva e da entrega da sua biblioteca à Escola de Arquitectura, Arte e Design da Universidade do Minho. Comissariada por António Neves, Bruno Baldaia, Carlos Maia, Filipa Guerreiro e Duarte Belo (Território Manuel Botelho), a Exposição, que decorre de um trabalho de identificação e inventariação da obra do Arquiteto Manuel Botelho levada a cabo pelos comissários com o apoio de Bruno Castro, João Costa e Rui Ferreira, bolseiros da Universidade do Minho, resulta de uma parceria entre a FAUP, a Fundação Marques da Silva, o Laboratório da Paisagem, Património e Território e a Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho. - 23 de fevereiro |mesa redonda “Manuel Botelho. Professor” que reuniu seis arquitetos que, enquanto alunos ou docentes, se cruzaram com Manuel Botelho: António Neves (introdução), Jorge Reis (moderação), Conceição Melo, Eduardo Fernandes, Inês Beleza e José Manuel Soares.

- Sound it: Rádio Antecâmara / “Livros Pedidos”

CCB – Garagem Sul, curadoria de Alessia Allegri e Pedro Campos Costa / Susana Ventura Exposição e instalação sonora de João Galante de 15 de março a 4 de setembro de 2022

Susana Ventura, a autora do podcast Aforismos Espaciais, foi uma das vozes convidadas pela Rádio Antecâmara para colabora neste projeto onde o som foi o protagonista. E foi com a participação desta arquiteta que foram evocadas memórias da mítica Casa de Albarraque, desenhada por Raúl Hestnes Ferreira. A sua residência no contexto da exposição Sound it: Rádio Antecâmara, tornou possível observar alguns registos pertencentes ao acervo deste arquiteto, cedidos pela Fundação Marques da Silva.

- Território Manuel Botelho

Exposição, Garagem Avenida (Guimarães), com curadoria de António Neves, Bruno Baldaia, Carlos Maia e Duarte Belo De 6 de abril a 18 de maio de 2022

Tratou-se do segundo momento do ciclo de diferentes exposições desenhadas em torno da obra e acervo do arquiteto Manuel Botelho, iniciado na FAUP. Aqui, cruzando dois olhares distintos que se intersectam e relacionam: por um lado o registo fotográfico documental, produzido por Duarte Belo (fotógrafo, arquiteto e antigo aluno de Manuel Botelho), do percurso pelo território de espaços construídos e de objetos do arquiteto bem como pelos espaços do seu quotidiano; por outro lado, através das Maquetes realizadas para esta mostra, pelos bolseiros da EAAD-UM (Bruno Castro, João Costa e Rui Ferreira), assim como desenhos e esboços e fotografias. Nela foram apresentadas 7 obras determinantes que permitem entender e caracterizar a produção do Atelier Manuel Botelho ao longo do tempo.

6 de abril | sessão de abertura com Paulo Cruz, Carlos Maia, Duarte Belo e Manuel Mendes

18 de maio | sessão de encerramento: visita guiada (Carlos Maia), apresentação do livro (Duarte Belo e Bruno Baldaia) e mesa-redonda (Filipa Guerreiro, Luís Tavares Pereira, Mariana Carvalho e Paolo Melis, moderada por João Cabeleira)

- “Rememorar” | Igreja de São Carlos Borromeu de Angra do Heroísmo

I Estação do ciclo de exposições LUGARES DO SAGRADO, com curadoria de Diana Goncalves dos Santos 23 de abril a 24 de julho de 2022

A Nova Igreja de São Carlos Borromeu de Angra do Heroísmo, projetada, após o terramoto de 1980, por Fernando Távora e José Bernardo Távora, acolheu a primeira estação de um ciclo de exposições programadas pela Direção Regional de Cultura - Governo dos Açores para valorização do património cultural de temática religiosa dos Açores, num ciclo intitulado “Lugar do Sagrado”. A exposição concebida para este espaço - Rememorarapresenta o resultado de um trabalho de seleção de objetos com relevante valor simbólico e artístico para a comunidade de São Carlos, juntamente com um conjunto de documentação inédita relativa ao projeto, pertencente ao acervo da Fundação Marques da Silva. 28 de maio | Lançamento do catálogo

- NENHUM SÍTIO É DESERTO. Álvaro Siza: Piscina de Marés (1960-2021)

Galeria de Exposições da FAUP, com curadoria de Teresa Ferreira e Luís Urbano 18 de maio a 1 de julho de 2022

Esta exposição veio propor um olhar renovado sobre uma obra de referência no contexto da arquitetura mundial, a Piscina das Marés, ilustrando as suas múltiplas vidas através de um conjunto de elementos desenhados, fotográficos, audiovisuais, maquetas e objetos – muitos deles inéditos – que permitem reconstituir uma narrativa crítica do processo de projeto, construção e reabilitação do edifício ao longo das últimas seis décadas. Entre estes registos, constam alguns livros e periódicos cedidos pela Fundação Marques da Silva.

- Do que vejo. Aurélia de Souza

Museu da Quinta de Santiago, curadoria de Cláudia Almeida e Filipa Lowndes Vicente

De 9 de junho a 4 de setembro de 2022

A iniciativa insere-se na evocação do 1.º centenário da morte da artista, sendo parte de um programa mais extenso que congrega sete entidades parceiras e que culminará em maio de 2023, com o lançamento de um Catálogo Raisonné. A exposição parte do acervo da autarquia, uma série de 21 obras da artista que abarcam as várias temáticas desenvolvidas no decorrer da sua atividade artística, complementando este universo estético e visual com outras obras provenientes de coleções particulares e públicas, entre as quais, uma pintura proveniente da coleção de pintura de José Marques da Silva, cedida por esta Fundação, “Bebé e Lilita”.

- Manuel Graça Dias: o Arquiteto Arquitetonicamente Incorreto

Círculo da Arquitetura, Oeiras, curadoria de António Faísca

22 de setembro a 12 de novembro de 2022

O Círculo de Arquitetura do Município de Oeiras, com o apoio da Fundação Marques da Silva, produziu esta exposição que “visa enaltecer e homenagear” o trabalho de Manuel Graça Dias, três anos passados sobre o seu prematuro desaparecimento. A exposição apresenta uma seleção de dezoito projetos, entre os quais se destacam o Pavilhão de Portugal para a Expo’ 92, em Sevilha, e o Teatro Azul, em Almada. Para além de esquissos e desenhos de projeto, a exposição integra ainda um conjunto de maquetes relativas a vários dos projetos expostos, quase totalmente pertencentes ao acervo doado à Fundação Marques da Silva.

25 de outubro e 8 de novembro | visitas guiadas por Egas José Vieira

- I viaggi di Fernando Távora

Galleria del Ridotto, Cesena, Itália, curadoria de Antonio Esposito, Saverio Fera, Giovanni Leoni e Giorgio Liverani

23 de setembro a 11 de dezembro de 2022

No âmbito da Festa dell´Architettura 2022, o Departamento de Arquitetura da Universidade de Bolonha, em parceria com a Fundação Marques da Silva, apresentou na Galleria del Ridotto, em Cesena, a exposição I viaggi di Fernando Távora. Tomando como ponto de partida a seleção já feita em 2017 por José Bernardo Távora, foram agora expostos em Itália, pela primeira vez, mais de 80 desenhos originais da autoria do arquiteto Fernando Távora, realizados entre 1960 e 1997. No âmbito deste projeto foram realizadas as seguintes iniciativas:

- 23 de setembro | sessão de abertura com os representantes do Departamento de Arquitetura da Faculdade de Bolonha, Fabrizio Apollonio e Elena Mucelli, dos curadores e de Paula Abrunhosa e Ana Freitas

20 de outubro | conferências de Raffaella Maddaluno e de Giorgio Liverani

25 de novembro | apresentação dos livros Diario di bordo e Dell´organizzazione dello spazio com a presença dos tradutores, de Madalena Pinto da Silva e de Fernando Barroso

10 de dezembro | sessão de encerramento com a participação de Elisabetta Bovero, Luísa Távora, Antonio Esposito e Giorgio Liverani, seguida de uma visita à exposição.

- António Carneiro, o poeta com pincéis

Museu da Quinta de Santiago (Matosinhos), curadoria de Cláudia Almeida 29 de outubro de 2022 a 26 de fevereiro de 2023

Esta exposição retrospetiva representou uma oportunidade única de redescoberta de António Carneiro, um artista nascido há 150 anos em Amarante, mas que residiu grande parte da sua vida na cidade do Porto, tendo encontrado no mar e nas praias de Leça inspiração para várias das suas aclamadas “paisagens”. Aqui se reúne um conjunto invulgar de quadros, alguns deles pela primeira vez apresentados lado a lado num mesmo espaço expositivo. São obras maioritariamente provenientes da coleção do Município de Matosinhos, mas também das coleções de várias instituições nacionais que se associaram a esta iniciativa, entre as quais a Fundação Marques da Silva, a quem pertence um retrato de Marques da Silva desenhado por António Carneiro, que tal como Marques da Silva foi professor da Escola de Belas Artes do Porto, em 1928.

- Vida e Segredo Aurélia de Souza 1866-1922

Museu Nacional Soares dos Reis, curadoria de Maria João Lello Ortigão de Oliveira de 24 de novembro de 2022 a 21 de maio de 2023

O Museu Nacional Soares dos Reis, em parceria com os Amigos do MNSR – Círculo Dr. José de Figueiredo, organizou a exposição Vida e Segredo Aurélia de Souza 18661922, mais uma das ações integradas no programa evocativo que tem vindo a percorrer e congregar um conjunto de entidades para assinalar o primeiro centenário desta artista. A Fundação Marques da Silva voltou a colaborar através do empréstimo da pintura a óleo sobre tela da autoria de Aurélia de Souza pertencente à coleção de José Marques da Silva, “Bebé e Lilita”, e da partilha de dados relativos a outra obra da autoria desta artista parte da coleção da Fundação Marques da Silva.

- Fernão Simões de Carvalho: Arquitetura 1960-1999 / O Moderno Brutalista

Círculo de Arquitetura, Oeiras, curadoria de Joana Malheiro e António Faísca

De 30 de novembro de 2022 a 18 de março de 2023

A exposição Fernão Simões de Carvalho Arquitetura 1960-1999 / O Moderno Brutalista, mais uma iniciativa do Círculo de Arquitetura de Oeiras, veio dar visibilidade ao percurso deste arquiteto e urbanista, nascido em Luanda, em 1929, com obra desenvolvida três países, Angola, Brasil e Portugal e cujo arquivo documental foi doado à Fundação Marques da Silva, uma das entidades apoiantes da iniciativa. A exposição, integrou ainda uma parceria com a Faculdade de Arquitetura de Lisboa e os contributos do CiAUD e do Arquivo Histórico Ultramarino. Uma programação paralela a decorrer em 2023, composta por visitas guiadas à exposição e a obras deste arquiteto, acompanha a exposição.

Em preparação

Já confirmada para 2023, está também a exposição La Ciudad en Disputa / The City in Dispute, a apresentar na Galeria La Virreína (Barcelona, Espanha), e na qual a Fundação Marques da Silva vai colaborar, preparando a cedência de documentação proveniente dos acervos de Sergio Fernandez, Alfredo Matos Ferreira e Alcino Soutinho. E também a exposição Políticas de Habitação em Lisboa: da Monarquia à Democracia, promovida pelo Arquivo Municipal de Lisboa e com curadoria científica de Gonçalo Antunes, para o Museu de Lisboa (Palácio Pimenta, Pavilhão Preto).

2 10 Atos 100 Anos

9 NENHUM SÍTIO É DESERTO. Álvaro Siza: Piscina de Marés (1960-2021)

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2.2 Outras iniciativas

A proposição e participação em iniciativas com outras entidades vai para além das exposições, com a participação ou divulgação de pelo menos 13 outras ações, num total que ultrapassa as duas dezenas de eventos, quando consideradas todas as iniciativas que se desenham em torno destas ações. No que se refere a ações presenciais, destaque para dois momentos, o regresso das Conferências Marques da Silva, após a interrupção forçada dos anos de pandemia. Uma iniciativa de periodicidade anual, lançada em 2008 e que desde então, entre conferencistas nacionais e internacionais, se assume como um fórum de reflexão e debate para temáticas diretamente relacionadas com a área programática da Fundação Marques da Silva. Mas também a presença, enquanto entidade parceira, em dois grandes Prémios de Arquitetura, o Prémio Fernando Távora, promovido pela OASRN, e um novo Prémio Manuel Graça Dias. E, em contínuo, a resposta a pedidos de outras entidades para além mesmo do âmbito estrito da Arquitetura, como é o caso da visita organizada com a Irmandade da Lapa ou da iniciativa Fora de Portas, com particular incidência no campo disciplinar da Engenharia. Da mais alta importância foi ainda a inclusão no projeto da Rede Portuguesa de Arte Contemporânea a Norte.

Mais uma vez, a listagem sumária destas iniciativas revela a extensão e relevância desta rede de parcerias e colaborações. Não contabilizadas nem listadas foram as várias iniciativas que a Fundação Marques da Silva divulgou, nas suas redes sociais e newsletter, a pedido das entidades que as promoveram, por não integrarem um envolvimento direto da instituição na sua realização para além do referido apoio. Inserem-se neste quadro, sobretudo, ações da FAUP e do Círculo Dr. José de Figueiredo, Amigos do MNSR.

- A presença de Marques da Silva no Cemitério da Lapa

29 de julho, visita guiada por José Pedro Tenreiro, Cemitério da Lapa

Esta visita guiada foi a terceira das cinco visitas propostas pela Irmandade da Lapa para o Ciclo de 2022 e contou com o apoio da Fundação Marques da Silva. José Pedro Tenreiro percorreu os lugares onde repousam várias gerações das famílias Marques da Silva e Lopes Martins, enquanto ia revelando as surpreendentes histórias que a partir deles e entre eles se podem contar. Um percurso iniciado no jazigo desenhado por Maria José e David Moreira da Silva, onde se encontra depositado José Marques da Silva, e que veio a concluir-se, depois de uma passagem pelos jazigos de Bernardo Marques da Silva e de António Lopes Martins, na capela mortuária projetada por Marques da Silva para Amélia Lopes Martins. Uma visita a demonstrar que há muito para dizer sobre este tema.

- Paolo Zermani: Arquiteturas Italianas / Conferência Marques da Silva 2022

29 de novembro, 18:30, Auditório Fernando Távora (FAUP)

Depois de dois anos suspensas, as Conferências Marques da Silva regressaram ao Auditório Fernando Távora (FAUP) e trouxeram, pela primeira vez ao Porto, Paolo Zermani para falar sobre “Arquitecturas Italianas”. A apresentação ficou a cargo da arquiteta Ana Francisca Silva, autora de uma dissertação de mestrado sobre este professor e arquiteto que, em 2018, foi galardoado com o prémio Antonio Feltrinelli para a Arquitetura. A abertura foi assegurada por representantes das duas instituições organizadoras, o Diretor da FAUP, João Pedro Xavier, e o Vice-Presidente da Fundação Marques da Silva, Luís Urbano.

- 18.ª edição do Prémio Fernando Távora

4 de abril, sede da OASRN, com Armando Rabaça, Maria Neto, Paulo Moreira e Susana Ventura Anúncio do vencedor da 18.ª Edição do Prémio

3 de outubro, sede da OASRN, Conferência de Margarida Quintã e Luís Ribeiro da Silva e Conversa com Maria João Seixas Trata-se de uma iniciativa da OASRN realizada em parceria com a Fundação Marques da Silva, a Câmara Municipal de Matosinhos e a Casa da Arquitectura, e com o patrocínio da Ageas Seguros. No júri desta edição, a Fundação Marques da Silva foi representada pelo Arquiteto José Bernardo Távora, filho de Fernando Távora e membro do Conselho Geral desta instituição. A vencedora da 18.ª edição foi Inês Vieira Rodrigues que agora irá empreender uma “Viagem às arquiteturas energéticas insulares”.

- 2.º Colóquio “Organizar, Preservar e Comunicar a Memória da Arquitetura: os Arquitetos e os Arquivos de Arquitetura de Portugal, Inglaterra e o Brasil” Webinar, 20 de abril, organizado pelo CIDEHUS

Luís Urbano, Vice-Presidente da Fundação Marques da Silva, foi um dos oradores do 2.º Colóquio Organizar, Preservar e Comunicar a Memória da Arquitetura: os Arquitetos e os Arquivos de Arquitetura de Portugal, Inglaterra e o Brasil, iniciativa com coordenação científica do investigador do Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora (CIDEHUS) Paulo Batista. A sua participação, a segunda nestes encontros, debruçou-se sobre o processo de incorporação do arquivo do Arquiteto José da Cruz Lima. O colóquio, em formato webinar, foi transmitido em direto, via Facebook do CIDEHUS e permanece disponível online.

- Autofocus Blended Learning eSeminars

Conferências da neurocientista Kate Jeffery e do arquiteto-filósofo Gareth Griffths Webinar #3 e #4, 24 e 26 de maio /

Conferências de Alberto Pérez-Gómez, Juhani Pallasmas e Steven Holl #5, a 27 de junho, projeto coordenado por Pedro Borges de Araújo e Sérgio Amorim

A edição #3 e #4 dos Autofocus Blended Learning eSeminars (ABLeS) teve como tema Space. DIY [Do it yourself] e decorreu em maio; a edição #5, teve como tema Experience | Perception. O programa ABLeS, onde se cruzam Arquitetura, Filosofia e Ciências, resulta de uma parceria de três centros de Investigação: Instituto de Filosofia/Mind Language Action Research Group (FLUP); Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo (FAUP); e Centro de

Investigação em Território, Arquitetura e Design/G1 (Faculdades de Artes e Arquitetura da Universidade Lusíada - Norte (Porto). Este ano, envolveram a participação de nomes de referência do panorama internacional como, Kate Jeffery, Gareth Griffths, Alberto PérezGómez, Juhani Pallasmas e Steven Holl. Trata-se de um projeto coordenado por Pedro Borges de Araújo e Sérgio Amorim.

- Inovação Fora de Portas – Engenharia Civil à mostra De maio a novembro de 2022

A iniciativa “Inovação Fora de Portas” procura revelar o conhecimento que sustenta muitas das obras e infraestruturas fundamentais para o desenvolvimento e modernização das cidades do Porto, Gaia e Matosinhos, e resulta da colaboração entre o Porto Innovation Hub, o Departamento de Engenharia Civil da FEUP (DEC/FEUP), o Município do Porto, a Reitoria da Universidade do Porto e a Gaiurb, tendo a Fundação Marques da Silva, a Casa da Arquitectura, a Ordem dos Arquitectos e a Ordem dos Engenheiros como instituições apoiantes.

28 de maio | Sessão sobre o Teatro Nacional São João. Conferência e Visita Guiada por Esmeralda Paupério e Ângela Melo, com moderação de Bárbara Rangel; lançamento da revista SBO #27, Bondade, dor, amor, ódio: acerca das fachadas do Teatro Nacional de São João; exibição de filme documental de Luís Martinho Urbano e Tiago Monteiro sobre o restauro das fachadas do TNSJ.

15 de julho | Sessão sobre a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, com Pedro Ramalho e Eduardo Marques, moderada por Bárbara Rangel; lançamento da revista SBO #28: Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, o concurso e a obra, 1988-2000; exibição de filme documental de Luís Martinho Urbano e Tiago Monteiro sobre a FEUP; visita guiada ao edifício.

5 de novembro | Sessão sobre o Terminal Intermodal de Campanhã, com Nuno Brandão Costa, Elza Mendes, Renato Bastos e Rita Guedes, moderada por Bárbara Rangel.

26 de novembro | Sessão sobre o i3S, com João Pedro Serôdio, Serôdio Furtado & Associados Arquitectos; Rui Furtado, afaconsult; Claudio Sunkel, i3S, moderada por Bárbara Rangel; lançamento da revista SBO #29: i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto; exibição de filme documental de Luís Martinho Urbano e Tiago Monteiro sobre o i3S; visita guiada ao edifício.

- Rede Portuguesa de Arte Contemporânea / Norte

A 20 de maio, na Casa das Artes, a RPAC – Norte (Rede Portuguesa de Arte Contemporânea), lançou o novo website que, para além das entradas correspondentes a cada um dos 13 Centros de Arte/Arquitetura que a compõem, disponibilizou ainda, graças à parceria entre a Google Arts & Culture e a Direção Regional de Cultura do Norte, o acesso a 14 exposições virtuais. Numa e noutra vertente, a Fundação Marques da Silva esteve presente, disponibilizando conteúdos. Assim como ainda a 2 de março, aqui se realizou uma das visitas técnicas programadas para apresentação da instituição a colaboradores das restantes entidades. De 17 de junho a 5 de agosto, todas as sextas-feiras, às 15:00, o projeto Norte Contemporâneo levou também à TSF as entidades parceiras da Rede Portuguesa de Arte Contemporânea (RPAC) - Norte. A Fundação, representada pela sua Presidente, Fátima Vieira, participou na emissão do dia 22 de julho. Foi ainda realizado o vídeo promocional, protagonizado pela Presidente e gravado na sua sede. Recentemente, já em 2023, a Fundação Marques da Silva foi reconhecida pelo Ministro da Cultura como membro da Rede Portuguesa de Arte Contemporânea.

- Prémio Manuel Graça Dias dst - Ordem dos Arquitectos, Primeira-Obra e atribuição do título de Membro Honorário da Ordem dos Arquitectos à Fundação Marques da Silva

27 de outubro, Dia Mundial da Arquitetura, sede da Ordem dos Arquitetos, Lisboa

Este novo Prémio é uma iniciativa da Ordem dos Arquitetos que transporta a dupla intenção de revelar novos valores na arquitetura portuguesa e celebrar Manuel Graça Dias. Trata-se de um concurso bianual que se dirige a autores de obras de arquitetura que tenham sido construídas nos primeiros oito anos após a sua inscrição como membro na OA (nesta primeira edição, entre 2014 e 2021), com o autor(es) da obra distinguida a receber o valor pecuniário de 20.000€, o convite para uma apresentação e a ter uma oportunidade de a publicar através dos meios da OA.

A Fundação Marques da Silva é parceira institucional deste Prémio. Na mesma sessão onde foi anunciado o Prémio, foi também atribuído o título de Membro Honorário da Ordem dos Arquitetos à Fundação Marques da Silva. Um gesto de reconhecimento do trabalho e ações desenvolvidas nacional e internacionalmente pela Fundação “da investigação e produção de conhecimento científico, conferências, atividade editorial e reflexões disciplinares sobre os temas que prestigiam a arquitetura e o nosso património disciplinar e científico.”

- Saal – Miragaia

20 de novembro de 2023, Miragaia

Este projeto, um percurso por Miragaia, que resulta de uma residência do arquiteto Ricardo Medina ao longo do ano de 2022, foi produzido pelo Coletivo de Investigação Teatral

CONFEDERAÇÃO no âmbito do programa Cultura em Expansão/Câmara Municipal do Porto, para o Polo de Miragaia. Tendo como objetivo perceber o que aconteceu neste território no período que se seguiu ao 25 de Abril de 1974, nomeadamente os esforços, motivações e movimentações que tiveram lugar durante o tempo que decorreu o processo

SAAL – Serviço de Apoio Ambulatório Local, a investigação deste arquiteto cruzou-se com o trabalho desenvolvido pela Brigada Técnica de Miragaia - a equipa coordenada pelo arquiteto Fernando Távora (1923-2005), fundada em 1976 – e pela intensa colaboração mantida com a Associação de Moradores de Miragaia. A Fundação Marques da Silva foi uma das entidades apoiantes, cedendo conteúdos documentais.

- 50 anos ISCTE ao longo de 2022

Em 2022, o ISCT celebrou a passagem de 50 anos da fundação do ISCTE, cujo Campus foi projetado por Raúl Hestnes Ferreira entre 1976 e 2012. Entre as várias iniciativas programadas, foi lançado um website e produzidos, por Ana Rita Mateus, vídeos com os testemunhos de Alexandra Saraiva e Bernardo Miranda. A Fundação Marques da Silva associou-se à efeméride, nomeadamente através da cedência de conteúdos para as duas iniciativas.

- Projeto Museológico do Centro Interpretativo e Etnográfico do Soajo

Junho de 2022

A Fundação Marques da Silva apoiou o projeto museológico que foi realizado pelo Centro Interpretativo e Etnográfico do Soajo, através da cedência de conteúdos pertencentes ao Arquivo Fernando Távora.

- Homenagem a Arquiteta Maria José Marques da Silva em Rio Covo Santa Eugénia

11 de setembro, Rio Covo, Barcelos

Com a presença da Presidente do Conselho Diretivo da Fundação Marques da Silva, a 11 de setembro, dia da freguesia de Rio Covo Santa Eugénia, a Junta promoveu uma sessão de homenagem à Arquiteta Maria José Marques da Silva, pelo contributo que, ao longo da sua vida, deu para o desenvolvimento desta freguesia.

- Montagem de Percurso expositivo no Super Bock Arena–Pavilhão Rosa Mota

A partir de janeiro, no Pavilhão Rosa Mota, Porto

A Secret Spots, desde janeiro de 2022, lançou um programa de visitas guiadas ao Porto Super Bock Arena

– Pavilhão Rosa Mota, no Porto. Para acompanhar e enquadrar os visitantes sobre a história daquele espaço emblemático da cidade do Porto, projetado por José Carlos Loureiro, foi montado um percurso expositivo onde se mostram peças desenhadas do projeto cedidas pela Fundação Marques da Silva.

10 50 Anos Iscte

11 Projeto Museológico do Centro Interpretativo e Etnográfico do Soajo

12 Homenagem a Arquiteta Maria José Marques da Silva em Rio Covo Santa Eugénia - Barcelos

13 Percurso expositivo de suporte à visita guiada ao Super Bock Arena–Pavilhão Rosa Mota

3. Atividade editorial

A atividade editorial é uma das áreas estratégicas da Fundação Marques da Silva, enquanto instrumento privilegiado de valorização do património documental e enquanto reflexo de uma abertura e incentivo à prática da investigação. No seu conjunto, os já 59 títulos publicados (33 impressos e 26 em formato digital) têm em vista a construção e democratização do conhecimento que tem vindo e continua a ser alcançado nos campos disciplinares de ação prioritária desta instituição: Arquitetura, Urbanismo e Património. Concretizando, esta dinâmica editorial distribui-se por cinco linhas orientadoras: os livros que dão a conhecer ou se constroem a partir do património documental da instituição (caso das monografias sobre obras de Marques da Silva, das coleções em torno do acervo de Fernando Távora e dos vários catálogos publicados); livros que resultam de iniciativas promovidas pela Fundação (caso das Conferências Marques da Silva, da quase totalidade das edições em formato digital, etc.); livros com temáticas relevantes ou de autores que se inserem no âmbito da ação programática da Fundação (caso da publicação de teses de doutoramento, da coleção Giorgio Grassi Opera Omnia Sic, da coleção A Escolha do Porto, ou da mais recente publicação de Alexandre Alves Costa); assim como a colaboração com editoras de outros países para publicação de traduções ou de investigações que versam obras de autores portugueses. Com a publicação de Vill’Alcina, a Fundação abriu também uma nova linha de publicações, onde se explora uma vertente mais artística e ousada, seja do ponto de vista do conteúdo, seja do ponto de vista gráfico.

É de sublinhar que a materialização de uma grande parte destes projetos passa pelo estabelecimento de parcerias, com destaque para as Edições Afrontamento. Devem, contudo, ser ainda referidos outros projetos colaborativos, seja com a Circo de Ideias ou a U.Porto Press, mas também com editoras internacionais para publicação, nas respetivas línguas de origem, de obras traduzidas de Fernando Távora. Paralelamente, são cada vez mais os títulos publicados com o apoio da Fundação Marques da Silva ou com a inclusão de conteúdos por si cedidos, de catálogos de exposições a livros de atas de colóquios ou trabalhos autorais, muitos deles da autoria de investigadores cujas pesquisas passaram pelo Centro de Documentação da Fundação Marques da Silva.

Em paralelo, a instituição continua a apoiar todo um conjunto de outras publicações de outros autores e/ou editoras, que requerem a cedência de conteúdos documentais. Numa outra perspetiva, a Fundação Marques da Silva tem iniciada uma linha de produção de produtos de merchandising (cadernos de notas e puzzles) e apoiou a Reitoria da Universidade do Porto/Casa Comum para produção de um conjunto de artigos a partir de elementos gráficos inspirados no projeto de Marques da Silva para o Teatro São João. Tem, contudo, em vista a produção de uma linha autónoma.

Este esforço editorial tem sido acompanhado pela necessidade de garantir a difusão dos títulos por si editados a um público o mais abrangente possível. As edições das Fundações podem ser adquiridas presencialmente na sede da instituição ou através da loja online, onde também se encontram 20 outros títulos em consignação. Fora de portas, nos circuitos comerciais, a Fundação Marques da Silva tem 40 itens (entre livros e merchandising) distribuídos em regime de consignação por 25 pontos de venda.

Sempre que possível, a Fundação Marques da Silva participa em ações promocionais e/ou de divulgação editorial, bem como incentiva a criação de laços de cooperação com outras entidades, de forma a promover canais de comunicação e difusão das suas publicações. Em 2022, continuou a marcar presença nas Feiras do Livro: em Lisboa (de 25 de agosto a 11 de setembro), no Parque Eduardo VII, no Pavilhão da Blau e das Edições Afrontamento; e no Porto (de 26 de agosto a 11 de setembro) nos jardins do Palácio de Cristal, no Pavilhão da U. Porto Press e das Edições Afrontamento. Outros momentos de grande visibilidade passaram pela organização de sessões de lançamento que, em 2022, privilegiaram a opção pela Fundação Marques da Silva como local de realização. Uma opção validada pela forte afluência de público.

3.1. Projetos desenvolvidos no âmbito da Fundação

Em 2022, a Fundação Marques da Silva promoveu o lançamento de 3 novos títulos, viu ser lançada uma versão em língua italiana do Diário de Viagem de Fernando Távora em Cesena, um novo Mapa de Arquitetura sobra a obra de Rui Goes Ferreira, na Madeira, e deixa em fase avançada de publicação 6 novos projetos editoriais. Ficam ainda preparadas as bases contratuais para publicação da versão em francês e em inglês do livro de Fernando Távora Da Organização do Espaço

Sessões de lançamento de livros realizada em 2022, na Fundação Marques:

- Uma vida de arquiteto, de Giorgio Grassi e com tradução, notas e prefácio de José Miguel Rodrigues, o terceiro volume da coleção Giorgio Grassi, opera omnia sic a ser publicado em parceria pela Fundação Marques da Silva e Edições Afrontamento. Neste livro, o autor faz uma análise retrospetiva da sua vida, fazendo-a acompanhar de um registo da obra projetada e construída, uma espécie de guia explicativo do seu trabalho, e por um álbum de amigos. O seu lançamento decorreu a 25 de março de 2022, na presença do autor e do tradutor. A apresentação esteve a cargo de Luca Ortelli e Nuno Brandão Costa.

- Vill’ Alcina, de Germana Lópes Souza, editado pela Fundação Marques da Silva. Escrito na primeira pessoa, num tom poético, este livro com acabamento personalizado, relata a experiência de conhecer a casa Vill’Alcina, projetada pelo arquiteto Sérgio Fernandez e construída em 1974 em Caminha, norte de Portugal. A sessão de lançamento decorreu a 28 de junho, na presença da autora e do arquiteto. A apresentar esteve Maria Manuel Oliveira.

- Argumentos 1: em deriva, de Alexandre Alves Costa, editado pela Fundação Marques da Silva em parceria com a U. Porto Press, o primeiro de um díptico integrado na Coleção Transversal. São textos “em deriva”, textos que expressam o desejo de experiência da beleza, da justiça e da liberdade. O lançamento decorreu a 3 de dezembro, na presença do autor e com apresentação de Francisco Louçã.

Lançamento de outros projetos editoriais:

- Mapa de Arquitetura Rui Goes Ferreira, o primeiro sobre o território madeirense, em formato digital e impresso, publicado pela Secção Regional da Madeira da Ordem dos Arquitectos, em parceria com a Fundação Marques da Silva e com o apoio da Secretaria Regional de Cultura da Madeira. A coordenação do projeto coube a Madalena Vidigal, arquiteta e investigadora, neta de Rui Goes Ferreira. O lançamento deste roteiro que percorre 22 obras deste arquiteto, decorreu a 4 de outubro, no Museu de Fotografia da Madeira

- Fernando Távora, Diario di bordo, tradução para língua italiana do Diário da viagem de 1960, com tradução e textos introdutórios de Antonio Esposito, Giovanni Leoni e Raffaella Maddaluno. Esta edição da LetteraVentidue, contou com o apoio da Fundação Marques da Silva e da família Fernando Távora. O seu lançamento decorreu em Cesena, a 25 de novembro, no âmbito da exposição I Viaggi di Fernando Távora. Na apresentação, para além dos tradutores/autores, estiveram presentes Madalena Pinto da Silva e Fernando Barroso. Nessa ocasião, fez-se também uma apresentação em Cesena do livro Dell’ organizzazione dello spazio, de Fernando Távora, a tradução para italiano, por Carlotta Torricelli, do livro de Fernando Távora, Da organização do espaço, lançado em 2021 pela editora Nottetempo com o apoio da Fundação Marques da Silva e da família Fernando Távora.

Em preparação

- A Escrita do Porto: Construção de uma Identidade, de Eduardo Fernandes, o segundo fascículo a editar no âmbito da coleção A Escolha do Porto, contributos para a actualização de uma ideia de Escola. O livro, com prefácio de Jorge Correia, à imagem do anterior, será editado em parceria pela Fundação Marques da Silva, as Edições Afrontamento com o apoio do Lab2PT- Laboratório de Paisagens, Património e Território da Universidade do Minho e do Centro de Documentação da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto. Nele serão abordadas as questões que o autor associa à génese da “Escrita do Porto”, indissociável da figura de Fernando Távora e da sua obra teórica, desenhada e construída.

- Teoria e Desenho da Arquitectura em Portugal, 1956-1974: Nuno Portas e Pedro Vieira de Almeida, de Tiago Lopes Dias, livro a publicar pela Fundação Marques da Silva em parceria com as Edições Afrontamento. Este livro representa a passagem a livro da tese de doutoramento do autor, apresentada na Universidat Politècnica de Catalalunya, em 2017. Trabalho de investigação que partiu de uma hipótese que pretende questionar as leituras canónicas da arquitetura portuguesa como prática essencialmente empírica e intuitiva, mas não independente de uma estruturação teórica que conheceu um desenvolvimento ímpar nos anos 1960.

- Paolo Zermani: Arquiteturas Italianas, projeto que fixará em livro a conferência proferida por Paolo Zermani para o Ciclo Conferências Marques da Silva em 2022. A publicação será lançada em língua portuguesa pela Fundação Marques da Silva e será o 8.º título a ser publicado nesta coleção.

- O tomo II do volume 1, do projeto editorial As raízes e os Frutos. palavra desenho obra (1937-2001), com investigação, organização e notas de Manuel Mendes. Este segundo livro dá notícia do estudo compreendido por Fernando Távora entre 1944 e 47, e registado em manuscritos próprios e em anotações de livros da sua biblioteca. Este projeto editorial é materializado pela parceria estabelecida entre a Fundação Marques da Silva, a FAUP e a U. Porto Press.

- No âmbito do projeto Giorgio Grassi Opera omnia sic, que tem em vista traduzir para português toda a obra escrita de Giorgio Grassi, com coordenação científica, tradução e notas de José Miguel Rodrigues, estão em preparação mais dois volumes: #1 A construção lógica da arquitectura e #2 A arquitectura como ofício, seguido de Heinrich Tessenow, Observações Elementares sobre o Construir. Esta coleção é coeditada pela Fundação Marques da Silva e as Edições Afrontamento.

- Novo Antigo, coordenado por Teresa Cunha e com a participação de David Ordoñez e Eleonora Fantini, a publicar em coedição pela FAUP, Fundação Marques da Silva e Edições Afrontamento. É um projeto que pretende introduzir um novo e mais profundo olhar sobre práticas de intervenção no construído, ao documentar todo o seu processo (o antes, durante, depois) e não apenas o resultado final, como é prática frequente nas publicações da especialidade. A investigação já realizada centra-se na obra de Fernando Távora e Alcino Soutinho.

- Tradução para língua inglesa dos escritos de Fernando Távora Da Organização do Espaço e O Problema da Casa Portuguesa, projeto a desenvolver pelo Politécnico de Milão, Polo Territoriale di Mantova, com a editora Franco Angeli, e que conta com o apoio da Fundação Marques da Silva e da família de Fernando Távora.

- Tradução para língua francesa do texto de Fernando Távora Da Organização do Espaço com tradução de François Dufaux, projeto a desenvolver pela editora Parenthèse com o apoio da Fundação Marques da Silva e da família de Fernando Távora.

1 7 chancela IMS (2 títulos esgotados)

2 7 Conferências Arquiteto José Marques da Silva (1 título esgotado)

3 4 Monografias José Marques da Silva

4 3 Fernando Távora: ‘minha casa’ (1 reeditado)

5 3 Giorgio Grassi, opera omnia sic

4 mapas de arquitetura (2 reeditados, 1 novo título)

6 Litografias IMS (1 esgotada)

2 catálogos 2 cadernos de notas (1 reeditado)

1 Espanhol (Da Organização do Espaço)

2 Italiano (Da Organização do Espaço) + (Diario)

5 centenário da Avenida 1 puzzle 1 Inglês (Da Organização do Espaço)

10 textos de conferências/ comunicações

3 textos soltos

6 1 As raízes e os Frutos 1 Roteiro de viagem

7 1 A escrita do Porto 1 tese

8 5 Trabalhos académicos/ livros de arquitetura

9 1 Argumentos 1

10 1 Outros

1 1 A escrita do Porto 1 Francês (Da Organização do Espaço)

2 2 Giorgio Grassi, opera omnia sic 1 Inglês (Da Organização do Espaço)

3 1 As raízes e os frutos

4 1 Trabalhos académicos/ livros de arquitetura

5 1 Novo/Antigo. Fernando Távora

6 1 Conferência Marques da Silva

3.2. Distribuição comercial e ações promocionais

A Fundação Marques da Silva continuou, ao longo de 2022, a garantir a circulação das suas edições através de uma rede que conta com 25 pontos de distribuição (14 no Porto, 8 noutros locais e 2 em livrarias virtuais), nos quais se inclui a própria Fundação, com um ponto de venda físico e uma loja online. No total, a Fundação Marques da Silva mantém 41 itens em consignação (entre livros e merchandising), traduzidos em 677 exemplares distribuídos pelos seguintes pontos de venda:

Quadro Síntese:

Ref.ª Porto (cidade/distrito) Lisboa Outros locais Livrarias Virtuais

Títulos/ exist. Pontos de venda Títulos/ exist. Pontos de venda Títulos/ exist. Pontos de venda Títulos/ exist. Pontos de venda

1 27 / 66 AEFAUP 13 /27 A+A 1 /19 CES (Coimbra) 10 /16 Quântica

2 15 / 39 Serralves 23/66 BLAU 1 /7 CAPC (Coimbra) 2 /2 mbooks

3 7 /30 CP 1 /2 TDM II 1 /16 Theatro Circo (Braga)

4 9 / 9 I2ADS 16/69 DGLAB 3 /10 Museu Ferroviário (Entroncamento)

5 14 /36 Circo de Ideias

6 1 /9 DGLAB ADP 7 25 /52

2 /79 U.Porto Press

11 11 /25 OASRN

12 14 /19

13 11 /23

14 19 /22 Livraria Juvenil

Na Loja da Fundação Marques da Silva, para além dos títulos, cadernos de notas, cartazes e puzzle com chancela da instituição, disponibiliza, em regime de consignação, 20 outros títulos sobre temas ligados a arquitetos ou à arquitetura portuguesa, dos seguintes autores/editoras:

J. Carlos Loureiro (1); Ana Cotter (1); editora Dafne (6); livraria A+A (5); Edições Afrontamento (1); da editora “a.mag” (1); de Álvaro Leite Siza (1); AMDJAC - A Mochila do João, Associação Cultural (1); Tchoban Foundation (1); Circo de Ideias (2).

Reconhecendo, apesar do esforço que tem vindo a ser empreendido, que as estruturas de venda ainda revelam uma escala contida de circulação comercial, não deixa de ser significativo que, ao longo de 2022 tenham sido vendidos 222 livros, 60% das vendas a serem realizadas na ou pela Fundação e os restantes 40%, através das consignações em vigor.

3.3. Apoios a projetos editoriais externos

A documentação contida nos acervos à salvaguarda da Fundação Marques da Silva é frequentemente requisitada para cedência de imagens digitais para publicações de caráter científico ou de divulgação, académicas ou para finalidade comercial, de caráter nacional e internacional. Só em 2022, cerca de uma centena de investigadores, seja para realização de trabalhos académicos, apresentação de conferências ou projetos expositivos em curso requisitaram conteúdos digitais. Mas também para os mais diversos projetos editoriais, nacionais e internacionais. Aqui se destaca, para além de artigos para revistas digitais de Alexandra Saraiva, Mariana Couto, Eduardo Fernandes, a cedência de conteúdos para 8 dos que foram, entretanto, publicados:

- SBO #27, “Bondade, dor, amor, ódio: acerca das fachadas do Teatro Nacional de São João”, lançada em maio, editada pelas Edições Afrontamento e pela FEUP no contexto do projeto Fora de Portas – Engenharia Civil à Mostra;

- Domingos Tavares, Fernando Távora em Aveiro - O Edifício Municipal, coeditado pela Dafne Editora e pelo Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto;

- Elli Mosayebi, Michael Kraus (coord.), The Renewal of Dwelling. European Housing Construction 1945-1975, publicado pela Triest Verlag

- Maria do Rosário Monteiro, Mário Ming Kong e Maria João Pereira Neto (ed.), Tradition Innovation. Leiden: CRC Press/Balkema, 2021. (Livro de atas do VI colóquio internacional PHI, com os artigos de J. M. Couto Duarte & M. J. Moreira Soares, “Fernando Távora’s Japan through books: a fascination with tradition in search of innovation”, e de R. Maddaluno, “The Italian Tradition of the practice of design: Alcino Soutinho and the Gulbenkian journey of 1960-1961”).

- Cláudia Almeida, Filipa Lowndes Vicente, Do que vejo. Aurélia de Souza Catálogo da Exposição. Matosinhos: CMM, 2022.

- Diana Gonçalves dos Santos (coord.), REMEMORAR: I Estação, Igreja de São Carlos Borromeu. Catálogo da Exposição. Angra do Heroísmo: SREAC/DRAC, 2022.

- Jesko Fezer, Umstrittene Methoden: Architekturdiskurse der Verwissenschaftlichung, Politisierung und Partizipation im Umfeld des Design Methods Movement der 1960er Jahre. Hamburg: adocs, 2022.

- Pedro Carrilho e António Abreu (coord. ed.), Manuel Graça Dias: arquitetura 1985-2018 / O Arquiteto Arquitetonicamente Incorreto. Catálogo de exposição. Oeiras: Município de Oeiras, 2020

4. Através do mundo digital: produzir, noticiar, partilhar

O desenho de estratégias e a criação de condições para dar a conhecer ao maior número de pessoas, e não apenas aos investigadores ou público especializado no domínio da Arquitetura, implica divulgar e informar o trabalho desenvolvido nas suas várias frentes, com a maior eficácia possível, na circunstância dos meios que tem à sua disposição. Pressupõe que a informação divulgada permita sensibilizar para a relevância das temáticas e ações que se vão abordando ou desenvolvendo, e que seja feito um esforço consciente de harmonização dos vários suportes informativos que a instituição consegue gerir e onde os canais digitais, num mundo cada vez mais acessível e global, adquire uma particular relevância.

O eixo central da informação veiculada pela instituição sustenta-se nos projetos que a instituição vai desenvolvendo, na riqueza dos acervos da instituição e na singularidade dos espaços onde se encontra sedeada. Numa instituição onde cuidar a memória é uma ideia basilar, regra geral e sempre que possível, a informação relativa a muitos eventos é também acompanhada, após a sua realização, de registos que fazem o seu balanço. É ainda uma prática continuada da instituição, a produção de novos conteúdos, sempre difundidos através das várias plataformas digitais: Site, Facebook, Instagram, Twitter, Youtube e Vímeo. As Newsletters, para além de destacarem momentos específicos da programação interna, são outro canal importante de divulgação, muitas vezes complementado pelo envio de emails direcionados para a divulgação e/ou convites de iniciativas específicas. Assim, à imagem dos anos anteriores, manteve-se, em 2022, na Fundação Marques da Silva, a prática de sinalizar as atividades programadas pela Fundação ou que contam com a sua participação, os atos de doação ou de receção da nova documentação; a realização de campanhas de higienização e digitalização; a sinalização de efemérides como sejam o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, o Dia Internacional dos Museus ou as Jornadas Europeias do Património, mas também a evocação do Dia Mundial do Livro, da Poesia, do Teatro, da Dança, da Fotografia e da Arquitetura; ou outras efemérides, como a já tradicional referência às datas de nascimento dos arquitetos representados na instituição através da divulgação de documentos e/ou informação sobre o seus percursos, pessoais e/ou profissionais (31). Foi ainda dada continuidade aos dois podcasts que a Fundação Marques da Silva produz, com o apoio da Casa Comum para a sua gravação e difusão, Escritos Escolhidos e Passa-a-Palavra: falemos de arquitetura, com a publicação de 11 novos programas. Transversal a esta prática de difundir, promover, partilhar conhecimento e a atividade da instituição é a procura de nunca se abdicar de um sentido de rigor e de sintonia com o tempo que se vive. Grosso modo, e para além de todos planos de comunicação desenhados em torno das exposições e iniciativas já enunciadas neste Relatório, pode-se ainda sistematizar a ação desenvolvida em 2022, com a referência aos seguintes núcleos:

- Doações

Foram publicadas notícias relativas às doações de acervos de arquitetura e/ou bibliográfico dos arquitetos Margarida Coelho, Germano de Castro Pinheiro, Domingos Pinto de Faria, Manuel Botelho, Filipe Oliveira Dias, sempre contextualizadas face aos seus percursos pessoais e profissionais com uma apresentação sumária dos conteúdos doados.

- Campanhas de higienização, reacondicionamento e digitalização

Foram sendo produzidas, ao longo do ano, notícias que permitiram dar a conhecer e acompanhar as várias campanhas em larga escala de higienização e digitalização (interna e externa) de documentação pertencente à Fundação Marques da Silva. O que permitiu, a quem segue as redes sociais da Fundação, saber a relevância dessas ações, conhecendo que acervos estavam a ser contemplados e o alcance do trabalho realizado. Notícias que foram sendo acompanhadas de registos fotográficos sobre o trabalho em si ou sobre documentação que estas operações foram revelando. Informações importantes para divulgar boas práticas de salvaguarda documental, mas também relevantes para quem as pretende consultar e manipular.

- Podcasts

Durante o ano de 2022, a Fundação Marques da Silva continuou a produzir conteúdos próprios para divulgação através dos dois podcasts produzidos em parceria com a Casa Comum da Reitoria da UP: Escritos Escolhidos e Passa-a-Palavra: falemos de arquitetura. O primeiro, com o foco na produção escrita dos arquitetos representados no Centro de Documentação da instituição, contabiliza, no final do ano, 28 programas. O segundo, com 19 edições lançadas, Passa-a-Palavra: falemos de arquitetura é feito a partir e para a comunidade de arquitetos. Estes programas foram idealizados e produzidos por Paula Abrunhosa com o apoio técnico de Paulo Gusmão. Estes programas encontram-se disponíveis no canal da Casa Comum e em Spotify. Em 2022, com 11 novos programas, foram estes os temas:

Escritos Escolhidos:

#23: Mário Bonito: Da arquitectura abstracta à arquitectura realista (1956)

#24: Agostinho Ricca: Somente duas palavras (2001)

#25: António Cardoso: Laranjo: uma poética de libertação e de rigor (1985)

#26: Manuel Graça Dias: Ruas e Estradas (2005)

#27: Manuel Botelho: Da Poética na Arquitectura (2005)

#28: Nuno Portas: Do síndroma da Torre à confusão post na arquitetura (1984)

Passa-a-Palavra: falemos de arquitetura:

#15: Gonçalo Byrne: La Petite Maison du Lac, Lago Léman, Le Corbusier - Corseaux

#16: Manuel Aires Mateus: San Carlo alle quatro fontane, Francesco Borromini - Roma

#17: Ricardo Bak Gordon: Ponte sobre o Tejo ou Ponte 25 de Abril - Lisboa

#18: Ricardo Carvalho: Casa Barragán, Luis Barragán - México

#19: José Adrião: Caminhos para a Acrópole, Dimitris Pikiomis - Atenas

- Aniversários de arquitetos

Ao longo de 2022 foram sinalizados os aniversários de 31 arquitetos, num gesto que tem como objetivo primeiro divulgar algo sobre os seus percursos pessoais ou sobre a obra por eles desenvolvida, ao mesmo tempo que se revelam documentos ou peças constituintes dos acervos doados e, portanto, pertencentes ao Centro de Documentação da instituição. Pretende-se, assim, simultaneamente, suscitar o interesse pela investigação destes mesmos núcleos. Aqui se contam histórias, se procuram factos menos conhecidos ou até desconhecidos do público, num olhar transversal a todos, independentemente do seu maior ou menor reconhecimento público. Assim, em 2022 falou-se de: Manuel Marques de Aguiar (a partir de trabalhos desenvolvidos ao longo da década de 50), Carlos Carvalho Dias (com a notícia da abertura de Sistema de Informação no Arquivo Digital da Fundação) e David Moreira da Silva (revelando correspondência com Juan Honold Dünner), em janeiro; Alexandre Alves Costa (publicando o desenho “Arquitetura: Energy - Marina Abramovic”) e Bartolomeu Costa Cabral (partilha do vídeo sobre o atelier da Rua da Alegria), em fevereiro; Alfredo Matos Ferreira (frames sobre as filmagens durante o período do SAAL); Luiz Botelho Dias (uma caricatura feita por Manuel Marques de Aguiar), Mário Bonito (lançamento do #23 de Escritos Escolhidos: Da arquitectura abstracta à arquitectura), e Maurício de Vasconcellos (com um desenho sobre a requalificação do Coliseu dos Recreios, em Lisboa) em março; Manuel Graça Dias (falou-se do encontro das cores no desenho para a nova sede do Expresso/Sojornal na rotunda da Bela Vista, em Lisboa), Manuel Teles (notícia da sua participação na equipa de Niemeyer para o projeto do Casino Park Hotel, na Madeira), Sergio Fernandez (citação do elogio proferido pro Jorge Figueira durante a cerimónia de doação) e António Menéres (publicação da fotografia que foi o passaporte para a sua participação no Inquérito), em abril; Luiz Alçada Baptista (um desenho do CODA: uma habitação na Serra da Estrela) e João Queiroz (a placa do atelier com informações sobre o lugar de origem), em junho; Octávio Lixa Filgueiras (o alçado poente das instalações fabris da SONAE, na Maia e Fernando Távora (um mapa-múndi desenhado por Távora com roteiros de viagens assinalados), em agosto; Maria José Marques da Silva (mulher-arquiteta entre homens, como duas fotografias, como aluna e à frente da Associação de Arquitetos, o confirmam), José da Cruz Lima (os vários cineteatros projetados por este arquiteto) e Fernando Lanhas (desenhos do projeto para o Museu Monográfico de Conimbriga) e Nuno Portas (fotografia da Seminário de Metodologia do Desenho, que deu em Sevilha) em setembro; José Porto (notícia de um ainda pouco conhecido Anteprojeto para um estádio distrital no Porto), José Marques da Silva (o polémico projeto para o Concurso ao Monumento ao Marquês de Pombal, em Lisboa) e Fernão Simões de Carvalho ( a singularidade da casa de Queijas), em outubro; Alcino Soutinho (um desenho da viagem ao Norte de África), Rui Goes Ferreira (o Bloco Comercial do Largo da Igrejinha., como exemplo de posicionamento sobre o património), Francisco Granja (o CODA: hotel à beira-mar) e Raúl Hestnes Ferreira (o “apelo ao sol”, desenho dos seu tempo de formação no Porto), em novembro; José Carlos Loureiro (uma casa “presente como um reino”, do CODA à construção e vivência da casa para si projetada), Alfredo Leal Machado (a escola de regentes agrícolas em Coimbra, como sinal do que haverá ainda para descobrir sobre a obra deste arquiteto) e Manuel Botelho (a vertente poética da Casa em Ponte da Barca, patente numa fotografia do próprio autor do projeto), em dezembro.

- Efemérides

Em 2022, foram sinalizadas as seguintes efemérides: a 8 de março, o Dia da mulher, com uma notícia sobre os testemunhos de mulheres arquitetas para o podcast Passa-a-Palavra; a 27 de março, o Dia mundial do Teatro, com um desenho de Maurício de Vasconcellos, do Coliseu dos Recreios; a 23 de abril, o Dia Mundial do Livro, com uma notícia sobre livros antes de serem livros, a partir do acervo de Raúl Leal; a 29 de abril, o Dia Mundial da Dança, com a publicação de um desenho para o Hotel Bergere, de José Porto; a 18 de maio, o Dia Internacional dos Museus, notícias sobre as exposições patentes ao público, nesse dia de entrada livre; e 19 de agosto, o Dia Mundial da Fotografia, com uma fotografia de Francisco Ascensão sobre a obra de restauro e requalificação do edifício “A Nacional”.

- Postal de Natal

Como é já tradição, na Fundação Marques da Silva, o postal de natal é sempre uma composição gráfica feita a partir desenhos ou documentos provenientes dos acervos do Centro de Documentação. Este ano não foi exceção, tendo sido usado como base um esquisso do interior do Cinema Batalha, pertencente ao projeto de requalificação do Cinema Batalha, da autoria do Atelier 15, obra concluída e inaugurada exatamente a 9 de dezembro deste ano.

- E muito mais

Considerando as plataformas virtuais de divulgação e os conteúdos nelas veiculados, os campos elencados não cobrem a totalidade das publicações, desde logo plasmados nas 6 newsletters e em muitas outras notícias que dão conta dos projetos editoriais em curso, de ofertas para a Biblioteca corrente, assim como notícias relativas à atualidade (da condecoração atribuída ao arquiteto Bartolomeu Costa Cabral, ao falecimento de figuras relevantes para a instituição: António Cardoso, José Carlos Loureiro, Francisco Laranjo ou Luís Ferreira Alves); ou mesmo, em resposta a pedidos de apoio à divulgação emitidos por outras entidades, maioritariamente provenientes da FAUP e do Círculo Dr. José de Figueiredo, Amigos do MNSR.

É importante referir que a Fundação Marques da Silva registou 262.516 entradas no seu Site, num ano em que foram publicados 177 destaques, na sua grande parte com desenvolvimento em campos internos, desde logo em “Outras Iniciativas”, “Exposições” e “Visitas Guiadas”. No Facebook, Instagram e Twitter, as publicações alcançaram um número superior, com o Facebook a contabilizar 188 destaques, excluindo eventos e álbuns. Em termos de seguidores das redes sociais, contabilizam-se os seguintes números, que, em todas as plataformas, mesmo sem recurso recorrente a campanhas promocionais, revelam uma tendência de crescimento:

Facebook – 7.200

Instagram – 1.805

Twitter – 414

A avaliação destes resultados não pode, contudo, deixar de ser enquadrada pelo número de visitantes presentes em visitas às exposições, o número elevado de participantes em iniciativas pontuais não contabilizados e as circunstâncias em que este trabalho se desenvolve: com recursos humanos e tecnológicos limitados e sem orçamentos significativos direcionados para este domínio.