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da Santidade

“Sois chamados à santidade. E é no e pelo casamento que deveis caminhar para ela.”

Pe. Henri Caffarel - Viver a Missão com Alegria

E o iniciamos da melhor forma, em Adoração ao Santíssimo Sacramento, com uma meditação sobre as Bodas de Caná como plano de fundo: vida em comunidade, reconhecer que “falta vinho”, intercessão de Maria, “fazer o que Ele manda”, transformar a vida em “vinho novo”. Todo o processo da busca da santidade.

Com o coração transbordante de alegria, mais uma vez agradecemos aquele privilégio, rezando a oração oficial do encontro: “Pai Santo, estamos aqui diante de Ti para louvar-Te e agradecer-Te pelo grande dom da família. Nós Te pedimos pelas famílias consagradas no sacramento do Matrimônio, para que possam redescobrir todos os dias a graça recebida e, como pequenas Igrejas domésticas, saibam testemunhar a Tua presença e o amor com o qual Cristo ama a Igreja. Amém!”.

E por falar em santidade, por providência divina, o Pe. Crispim Guimarães, então Secretário Executivo Nacional da Pastoral Familiar e chefe da delegação brasileira no conclave, foi presenteado com a relíquia do casal Luís Beltrame Quattrocchi e Maria Corsini, casal beatificado e patronos do encontro, que hoje encontra-se na ermida construída na sede do

Secretariado Nacional da Pastoral Familiar, em Brasília.

Seguindo a linha testemunhal do encontro, ouvimos lindas histórias sobre o caminho e a busca da santidade. Mas gostaríamos de destacar a palestra do casal australiano Daniel e Leila Abdallah sobre o Perdão como Caminho da Santidade. Ao expor sua história da perda de três filhos de uma só vez, em um terrível acidente de automóvel que matou cinco crianças e do seu perdão ao seu algoz, nos fez refletir sobre todo um caminho de fé percorrido desde a mais tenra infância. Temos aprendido de fato a lição que Jesus nos deixou? Amar sem esperar nada em troca, amar quem nos faz mal, perdoar sete vezes sete, amar cada vez mais. Sim, esse é o remédio para tudo!

Ressaltamos também a importância dos momentos de intervalo entre as palestras, em que pudemos ser abordados, com muita alegria, por tantos casais, equipistas ou não, de todos os cantos do mundo, em várias línguas, que nos indagavam ou reconheciam pelo símbolo das Equipes de Nossa Senhora gravado em nossas camisas. Confraternizar com tantas pessoas, de muitos lugares, de línguas diversas, e que, mesmo de máscara, podiam revelar através do olhar a linguagem universal do amor... um grande Pentecostes!

E, à tarde, participamos em um local privilegiado, ao lado do altar-mor da

Praça São Pedro, da missa de encerramento do Encontro, com a presença do Santo Padre. Ao final, ele nos enviou em missão dizendo:

“Queridas famílias: convido vocês a continuarem o caminho escutando o Pai que chama vocês: tornem-se missionários nos caminhos do mundo! Não caminhem sozinhos! Vocês, jovens famílias, busquem ser guiadas por quem conhece o caminho, vocês que estão mais à frente, tornem-se companheiras de viagem para os outros. Vocês que estão perdidos por causa das dificuldades, não se deixem vencer pela tristeza, confiem no amor que Deus colocou em vocês, supliquem ao Espírito todos os dias para reavivá-lo. Anunciem com alegria a beleza de ser família! Anunciem às crianças e aos jovens a graça do matrimônio cristão. Deem esperança a quem não a tem. Ajam como se tudo dependesse de vocês, sabendo que tudo deve ser confiado a Deus. São vocês a ‘costurar’ o tecido da sociedade e de uma Igreja sinodal, que cria relações, multiplicando o amor e a vida. Sejam sinal do Cristo vivo, não tenham medo do que o Senhor pede a vocês, nem de serem generosos com Ele. Abram-se a Cristo, ouçam-no no silêncio da oração. Acompanhem os mais frágeis, cuidem dos solitários, refugiados, abandonados. Sejam a semente de um mundo mais fraterno! Sejam famílias com um coração grande! Sejam o rosto acolhedor da Igreja! E por favor, rezem, rezem sempre! Que Maria, nossa Mãe, socorra vocês quando não houver mais vinho, seja uma companheira no tempo do silêncio e da provação, ajude vocês a caminhar junto com seu Filho Ressuscitado”.

E nós nos esvaziamos de nós mesmos, e então, com nossas talhas repletas de vinho novo, voltamos nossos olhos para o horizonte, sem esquecer jamais do que lá aprendemos. Que possamos seguir juntos esse caminho...