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Profi net sobre APL e PA profi le4

Com Profinet sobre APL, PI fornece um novo protocolo de comunicação, baseado em Ethernet para o nível de campo de automação de processos, que atende todos os requisitos de robustez e simplicidade, com base na nova Camada Física Avançada (Ethernet-APL). Profinet sobre APL garante acesso rápido e contínuo aos dados em dispositivos de campo, em plantas de processo, e combina as vantagens do Ethernet-APL com a comprovada tecnologia Profinet.

Agora, o desafio é integrar mais elementos à nova tecnologia. Perfis de dispositivos PA, nos quais parâmetros e funções importantes são especificados uniformemente entre os fabricantes. Esses perfis de dispositivo levam a sequências de operação idênticas, e comportamento semelhante nos dispositivos de PA durante a engenharia e a operação, independentemente do tipo e do fabricante. Mensagens de erro padronizadas independentes do fabricante, de acordo com a recomendação NAMUR NE107, e consideradas no PA Profile 4, simplificam o manuseio dos dispositivos de campo.

O PA Profile 4 foi implementado, pela primeira vez, em dispositivos de campo com Profinet sobre APL, tornando possível implementar fluxos de trabalho para substituição automática de dispositivos – mesmo entre fabricantes diferentes. Se um dispositivo de substituição for conectado no lugar do dispositivo anterior, o novo dispositivo será automaticamente detectado e parametrizado. Isso restaura a funcionalidade básica do dispositivo de campo.

Com a conclusão do trabalho em torno do dispositivo PA Profile 4, outro marco foi alcançado, no caminho para uma automação de processos flexível e, ao mesmo tempo, mais segura. Em combinação com Profinet sobre APL e sua alta largura de banda, é possível uma integração perfeita do nível de campo em toda a rede Profinet. Para os usuários, isso significa que não apenas a eficiência de operação de uma planta pode ser significativamente aumentada, mas também o esforço necessário para treinar o pessoal de manutenção é reduzido.

Cosan adquire participação na Vale

A Cosan adquiriu uma participação minoritária, correspondente a 4,9% do total de ações ordinárias de emissão da Vale, transação feita por meio de uma combinação de compra direta de ações e uma estrutura de derivativos.

Além disso, uma segunda operação – que corresponde a uma exposição financeira adicional de 1,6% – foi estruturada e, uma vez aprovada pelo Cade, poderá ser convertida em participação direta na Vale.

Esse movimento é mais um passo, na jornada de diversificação de portfólio da Cosan, de atuar em setores onde o Brasil tem clara vantagem competitiva, e de investir em ativos irreplicáveis na cadeia de valor de recursos naturais.

Nos últimos 15 anos, a Cosan vem transformando-se em um dos maiores grupos brasileiros atuantes nessa cadeia. Seus investimentos estão direcionados para os setores de energia renovável (produção, comercialização e transporte), distribuição de gás natural e combustíveis, agricultura (propriedade, produção e logística) e créditos de carbono.

“Temos grande admiração e respeito pela Vale, que é exatamente o tipo de empresa na qual buscamos investir: um ativo global único atuante em um setor fundamental para o Brasil, e estratégico para a transição energética do mundo. A qualidade de suas reservas de minério de ferro e metais básicos (níquel e cobre) é imprescindível para viabilizar a descarbonização siderúrgica e a eletrificação”, afirma Luis Henrique Guimarães, CEO da Cosan. “Essa transação cria uma opcionalidade substancial para os acionistas da Cosan. A Vale é um ativo brasileiro relevante, com alta exposição à moeda estrangeira, e globalmente competitivo. No mais, a Companhia tem um histórico de grande contribuição na gestão das empresas, nas quais tem investido desde o início de seu processo de diversificação de portfólio”, acrescenta o Vice-presidente de Estratégia da Cosan, Marcelo Martins.

Hitachi Energy passa a produzir buchas de alta tensão com tecnologia livre de óleo para aplicação em transformadores sustentáveis

Buchas com tensões de até 550kV feitas com tecnologia (RIP), são completamente secas e à prova de explosão, para reduzir o impacto ambiental e aumentar a segurança.

A Hitachi Energy, líder global em tecnologia para o setor de energia, traz ao mercado nacional uma nova solução para transformadores: as buchas AirRIPflex, com tecnologia Papel Impregnado com Resina (RIP), passam a ser produzidas no Brasil, primeiro país da América Latina a fabricar esse produto. A bucha terá mais que o dobro de capacidade, em comparação com modelos produzidos até então, chegando a 550kV, além de oferecer maior segurança na sua utilização, e reduzir riscos ambientais. A produção será centrada na fábrica de Guarulhos/SP da Hitachi Energy.

A Bucha é o componente do transformador que transfere a tensão da linha para dentro do equipamento, ou para o grid elétrico, de forma segura, passando através da parede aterrada. As novas Buchas AirRIPflex têm um grande foco em responsabilidade ambiental: por não possuírem óleo em sua construção, não apresentam risco de contaminação e vaza-

mentos, uma vez que são fabricadas com resina, um material mais seco. Além disso, ao invés da porcelana, elas são produzidas com isolador polimérico (borracha de silicone). Outra característica relevante é que essas buchas são mais compactas, e 50 % mais leves, facilitando o transporte e a instalação em qualquer ângulo de inclinação. Além disso, as buchas são produzidas de forma personalizada, para atender aos mínimos e específicos requisitos de cada projeto proposto. Com isso, a solução entregue é totalmente eficiente para as necessidades dos clientes, trazendo facilidade de instalação e atualização do produto. “Essas soluções que estamos trazendo ao mercado brasileiro vêm para oferecer o que há de mais sofisticado, moderno e ecológico no que diz respeito a produtos para transformadores. As buchas do modelo AirRIPflex trarão maior eficiência para alta tensão, e entregarão desempenho superior em segurança e redução de manutenção recorrente, além de atenderem as necessidades dos nossos clientes em qualquer tipo de ambiente”, afirma, José Paiva, Country Manager da Hitachi Energy.

Holcim fecha desinvestimento no Brasil

A Holcim fechou a venda de seus negócios no Brasil para a CSN – Companhia Siderúrgica Nacional – por um valor empresarial de US$ 1,025 bilhão. A transação inclui as cinco plantas de cimento, quatro estações de moagem, seis locais de agregados, e 19 instalações de concreto pronto.

A aquisição foi considerada neutra, em termos de crédito para a CSN, e sem impacto nos seus ratings, porque a transação não prejudica a liquidez da empresa; e a capacidade adicional de 10,3 milhões de toneladas de cimento ajudará a diversificar o fluxo de caixa da CSN. Mas, a CSN se tornou a 3ª maior do mercado de cimentos após compra da Holcim.

Apesar da venda, a América Latina continua sendo uma região de crescimento estratégico para a Holcim, que, no primeiro semestre deste ano, concluiu uma nova linha de produção de cimento em El Salvador, e expandiu suas operações de agregados também no Equador e na Colômbia. Assim como a CSN, a Holcim também foi às compras, e concluiu a aquisição da divisão Polymers Sealants North America (PSNA) da Illinois Tool Works, e da Izolbet, um dos principais players do mercado de soluções de construção especializadas na Polônia – aquisição que fortalecerá a presença da Holcim no mercado de renovação, isolamento térmico e acabamento, e complementará o recente investimento da Holcim em uma nova unidade de produção de misturas secas, em Cracóvia.

Schlumberger e Gradiant juntas na produção sustentável de compostos de lítio para baterias

A Schlumberger firmou uma parceria com a Gradiant, para introduzir uma tecnologia sustentável, chave no processo de produção de compostos de lítio para baterias, diz o fornecedor global de soluções de água.

Como parte da extração direta de lítio (DLE) NeoLith Energy, da Schlumberger, e do fluxograma de produção, a tecnologia Gradiant está sendo usada para concentrar a solução de lítio e gerar água doce – um elemento crítico na produção sustentável de lítio a partir de salmoura.

“O gerenciamento adequado dos recursos naturais é essencial na produção mineral, e em nenhum lugar mais do que no lítio”, disse Gavin Rennick, presidente do negócio de Nova Energia da Schlumberger. “O crescimento sem precedentes da demanda por esse mineral crítico requer produção de alta qualidade, sem comprometer a sustentabilidade. A integração da tecnologia Gradiant em nosso fluxograma DLE tem sido fundamental em nossa estratégia, para melhorar a sustentabilidade na indústria global de produção de lítio.”

O processo DLE da NeoLith Energy está em nítido contraste com os métodos convencionais de extração de lítio por evaporação, com uma redução significativa de água subterrânea e pegada física, de acordo com a empresa. Atualmente, possui uma planta piloto em Clayton Valley, Nevada, onde está testando isso.

A nova solução da Gradiant aumenta o impacto do processo sustentável de extração de lítio, reduzindo o tempo de colocação no mercado e a pegada ambiental do produto, diz a empresa. A tecnologia permite altos níveis de concentração de lítio em uma fração do tempo exigido pelos métodos convencionais, ao mesmo tempo que reduz as emissões de carbono, o consumo de energia e os custos de capital, em comparação com as tecnologias baseadas em calor. Essa integração de tecnologia pode ser aplicada em novos locais de extração e produção de minerais de lítio, abrindo oportunidades para regiões de produção de lítio inexploradas, bem como operações de produção de lítio existentes.

A colaboração permitirá que a indústria de lítio atenda à crescente demanda mineral com um nível anteriormente inatingível de utilização de água, reduzindo simultaneamente o consumo de água doce, e reduzindo as águas residuais, de acordo com Gradiant.

“Estamos entusiasmados por trabalhar com a Schlumberger, com quem somos pioneiros em uma nova era de recuperação sustentável de recursos minerais”, disse Prakash Govindan, COO da Gradiant. “Isso é possível, graças à profunda compreensão da Gradiant da química complexa subjacente aos processos de produção, que é então operacionalizada por aprendizado de máquina e tecnologia digital. O impacto na sustentabilidade do processo integrado da Schlumberger, combinado com as soluções Gradiant, é um divisor de águas para o mercado de produção de lítio. Esta parceria estratégica permitirá a expansão global da tecnologia da Gradiant, nesta importante indústria.”

Stellantis e GME em venda de níquel e sulfato de cobalto para baterias

A Stellantis e a GME Resources Limited assinaram um Memorando de Entendimento não vinculativo (MOU) para a futura venda de quantidades de produtos de níquel e sulfato de cobalto, para baterias do Projeto NiWest NickelCobalt, na Austrália Ocidental (NiWest).

NiWest é um projeto avançado de desenvolvimento de níquel-cobalto, e produzirá aproximadamente 90.000 t/a de níquel para baterias e sulfato de cobalto para o crescente mercado de veículos elétricos. Até o momento, mais de AU$ 30 milhões foram investidos em perfuração, trabalhos de testes metalúrgicos e estudos de desenvolvimento. Um Estudo de Viabilidade Definitivo para NiWest deve começar logo. A localização proposta da instalação de processamento da NiWest fica a aproximadamente 30 km da operação Murrin Murrin, de propriedade da Glencore, a maior operação de níquel-cobalto, na Austrália.

“Todos os dias, a Stellantis está trabalhando para oferecer aos nossos clientes liberdade de mobilidade limpa, segura, acessível e de ponta”, disse Maxime Picat, Diretor de Compras e Supply Chain da Stellantis. “Garantir as fontes de matéria-prima e o fornecimento de baterias fortalecerá a cadeia de valor da Stellantis, para a produção de baterias de veículos elétricos e, igualmente importante, ajudará a empresa a atingir sua meta agressiva de descarbonização”.

Como parte do plano estratégico Dare Forward 2030, a Stellantis anunciou planos de atingir 100% do mix de vendas de veículos elétricos a bateria (BEV), para carros de passeio na Europa, e 50% do mix de vendas de carros de passageiros e caminhões leves nos Estados Unidos, até 2030. A Stellantis será a campeã da indústria na mitigação das mudanças climáticas, tornando-se carbono zero até 2038, com uma redução de 50%, até 2030.

“A Stellantis é um parceiro do mais alto calibre, e a GME está muito satisfeita por ter assinado este MOU, no que esperamos seja o primeiro passo de uma parceria de longo prazo”, disse o diretor administrativo da GME, Paul Kopejtka. “Estamos muito satisfeitos com a forma como nossas conversações progrediram, e agora esperamos avançar nas negociações mais detalhadas em paralelo com o início do Estudo de Viabilidade Definitivo para o Projeto NiWest Nickel-Cobalt. Um acordo definitivo com a Stellantis seria um passo crítico para poder avançar o Projeto NiWest, até as operações comerciais”.

A Stellantis reforçou seu suprimento de hidróxido de lítio de baixo carbono, no início deste ano, assinando acordos com a Vulcan Energy e Controlled Thermal Resources para Europa e América do Norte, respectivamente.

O fechamento do MOU não vinculativo está sujeito às condições habituais de conclusão, incluindo aprovações regulatórias.

Indústria brasileira de fundição acumula altas consecutivas

Em julho, a indústria brasileira de fundição produziu 240.543 t de fundidos, o que equivale a uma alta de +2,0%, em relação a junho/22, e de +8,3%, sobre julho/21. No acumulado do ano, janeiro a julho, o setor produziu 1,625 milhão t. O volume corresponde a um crescimento de +10,8%, no comparativo com o mesmo período de 2021. As informações aqui apresentadas foram compiladas pela ABIFA – Associação Brasileira de Fundição.

O mercado interno absorveu 87,5% da produção brasileira de fundidos, no acumulado de 2022 (1,423 milhão t). No mesmo período de 2021, a demanda interna de fundidos produzidos no país foi de 1,265 milhão t. No comparativo interanual (janeiro a julho 22/21), o setor fechou com alta de +12,5% do consumo interno de fundidos produzidos localmente. Os embarques de fundidos, a partir do Brasil, somaram 202.381 t, entre janeiro e julho. Em relação ao mesmo período de 2021, a queda foi de (0,2%). No comparativo julho22/junho22, a baixa foi expressiva: (14,5%).

Em valores, as exportações de peças fundidas aumentaram +19,6% no ano, em relação ao mesmo período de 2021. Na base de comparação julho22/junho22, foi registrada uma queda de (15,7%). E em julho, a indústria brasileira de fundição empregou 62.579 colaboradores.

Fonte: ABIFA – Associação Brasileira de Fundição

Aço Verde do Brasil lança Certifi cado de Emissões de CO2

Para atender empresas que buscam a redução dos impactos ambientais e a garantia do consumo responsável de recursos, a Aço Verde do Brasil – AVB –, lançou seu Certificado de Emissões Equivalentes de CO2 (CECO2). Emitido para os clientes e parceiros da siderúrgica, o documento atesta o recebimento de um produto de Aço Verde carbono neutro, rastreado e certificado, com emprego de fontes renováveis de energia, e utilização do biocarbono nos altos-fornos da usina. O certificado garante ainda que os clientes finais, daqueles que compram o aço verde, receberão um produto de com baixa emissão de CO2.

“O Certificado de Emissões de CO2 da Aço Verde do Brasil beneficia toda a cadeia, desde a produção até a venda. Essa iniciativa busca atender um mercado que demanda mais transparência em processos sustentáveis, e que reduzam os impactos ambientais”, afirma Sandro Raposo, Diretor de Sustentabilidade e Novos Negócios da AVB – primeira usina siderúrgica carbono neutro do mundo.

A empresa possui o melhor indicador brasileiro para emissões de CO2, por tonelada de aço bruto, produzido nos anos de 2018, 2019, 2020 e 2021. No último ano, atingiu, no Inventário anual de gases efeito estufa (GEE), o valor de 0,02 tCO2 e/t aço, enquanto a média global do setor siderúrgico é de 1,84 tCO2 e/t aço. O inventário de GEE da AVB é realizado conforme a metodologia da Worldsteel Association, que segue o Protocolo GHG e a norma ISO 14064, sendo verificado anualmente pela empresa de auditoria externa Société Générale de Surveillance, SGS. A emissão do Certificado da AVB atesta a neutralidade das emissões de gases de efeito estufa, considerando a produção do aço verde a partir do uso do biocarbono nos altos-fornos da empresa, oriundo das florestas plantadas de eucalipto, emprego de fontes renováveis de energia, e não utilização de combustíveis fósseis nos processos. Foi a partir esse modelo de produção que a empresa brasileira conquistou o certificado de primeira usina siderúrgica carbono neutro do mundo. A AVB também recebeu, pelo 2º ano consecutivo, o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol. O Selo Ouro certifica o inventário anual de emissões de CO2, pelo alcance do mais alto nível de qualificação, demonstrando que foram cumpridos todos os critérios de transparência, para publicação e verificação da emissão de gases do efeito estufa. A AVB também foi reconhecida pela principal associação do setor siderúrgico do mundo, a WorldSteel Association, em função da sua participação no relatório anual de emissões de CO2, do programa “Climate Action”, integrando o seleto grupo de empresas – 15% das indústrias associadas – que possuem a menor intensidade de emissões de CO2, no mundo. Os membros da WordSteel representam cerca de 85% da produção mundial de aço.

Amcham projeta comércio BR-EUA recorde

Os primeiros nove meses de 2022 registraram US$ 67,3 bilhões, em trocas de bens entre Brasil e EUA – valor recorde para o período, e aumento de 36% (ou US$ 17,8 bilhões), em relação ao mesmo intervalo de 2021, aponta levantamento da Amcham Brasil.

Os dados são do Monitor do Comércio Brasil-EUA. O documento, publicado trimestralmente pela Câmara Americana de Comércio, aponta também que a corrente de comércio entre os dois países deve ultrapassar a marca inédita de US$ 80 bilhões, em 2022.

Na avaliação da Amcham, o ano de 2022 registrará recorde no comércio bilateral, com valores inéditos de importações e exportações. “Essa projeção se ancora no aumento da demanda, e na elevação dos preços internacionais de itens importantes da pauta bilateral. Em um cenário externo mais turbulento, Brasil e Estados Unidos têm contribuído para a segurança mútua, no fornecimento de energia e de insumos estratégicos”, aponta Abrão Neto, vice-presidente Executivo da Amcham Brasil. Os dados do Monitor da Amcham Brasil estão disponíveis gratuitamente.

As importações do Brasil, vindas dos EUA, seguem crescendo em ritmo forte, e superior ao das exportações (44,1% contra 26%). Em valores absolutos, as compras brasileiras dos EUA foram recorde, de US$ 39,4 bilhões. Embora ainda esteja em nível muito elevado, o crescimento se tem reduzido ligeiramente, na comparação com o 1º semestre.

O valor das exportações do Brasil para os EUA, de US$ 27,9 bilhões, estabeleceu novo recorde no acumulado do ano. Embora seu crescimento (+26%) se dê em ritmo menos intenso que o das importações, ele ocorre de forma mais disseminada, com destaque para petróleo bruto, ferro gusa, café, madeira e equipamentos de engenharia. O último recorde havia sido no mesmo período de 2021. Em um contexto de incertezas no cenário externo e de choques de cadeias de produção, o comércio entre Brasil e EUA tem ajudado ambos os países a fortalecerem a sua segurança. Nota-se crescente participação no comércio bilateral de produtos do setor de energia, insumos e bens essenciais para a produção de alimentos. O Monitor do Comércio Brasil-EUA, da Amcham, também traz análises do desempenho comercial, por regiões e principais estados brasileiros.

O BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social financiará a implantação de uma usina da CRI GEO Biogás, destinada à produção de biogás e energia elétrica, a partir de resíduos biodegradáveis. A usina está sendo construída no município de Elias Fausto, nos arredores da região industrial de Campinas/SP.

O apoio do Banco à empresa será de R$ 44 milhões, ou, aproximadamente, 80% do valor total do investimento, de R$ 56,2 milhões. Recursos serão repassados pelo Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC), no âmbito do Programa Fundo Clima, complementado com funding próprio do BNDES.

Contando com dois biodigestores, gasômetro e motogeradores, a planta terá uma potência instalada de 2,15 MW para geração de energia elétrica, e capacidade para produzir anualmente 4,5 milhões m³ de biometano (biogás purificado), além de mais de 9 mil toneladas anuais de biofertilizantes. A usina deverá entrar em operação em março de 2024.

O projeto contribui para a mitigação das mudanças climáticas, promovendo o uso de biocombustíveis, em substituição ao diesel e ao gás natural de origem fóssil. Calcula-se que as emissões evitadas de CO2, ao longo dos 20 anos de vida útil do projeto, cheguem a 1,76 milhão de toneladas, o que equivale às emissões geradas por 44 mil veículos circulando, nesse mesmo período.

BNDES apoia produção de biocombustível e energia elétrica a partir de resíduos industriais

O empreendimento aproveitará resíduos biodegradáveis de grandes indústrias, localizadas nas imediações da planta. Com isso, além de assegurar o descarte adequado desse material, o projeto ainda promoverá a captura do metano (gás de efeito estufa 34 vezes mais nocivo na atmosfera que o CO2), que seria emitido pela decomposição dos resíduos orgânicos. Parte da energia elétrica gerada será consumida pela própria CRI GEO Biogás, e o excedente será injetado na rede de distribuição da concessionária de energia local. O biometano produzido poderá substituir o diesel consumido na frota da CRI GEO Biogás, além de ser comercializado para indústrias que atualmente consomem combustíveis fósseis, tais como gás natural, GLP e diesel. Já o biofertilizante, subproduto 100% orgânico, gerado no processo produtivo, será aproveitado como adubo, nas áreas agrícolas da região. A CRI GEO Biogás surgiu da parceria entre o Grupo Crivellaro, atuante no ramo de reciclagem e destinação correta de resíduos industriais, e a GEO Energética, recentemente renomeada para Geo Biogás & Tech, empresa que possui 10 anos de experiência, construindo e operando plantas de biogás, sediada em Londrina/PR, que, através de seu setor de P&D, desenvolveu um processo biotecnológico para a produção de biogás, a partir do reaproveitamento de resíduos.