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Vida profissional

Após alguns meses formada, me surgiu a oportunidade de trabalhar junto do Professor Marcelo Gallo, em uma assessoria no município de São Carlos Ali trabalhei em uma assessoria voltada aos trabalhaores e trabalhadoras do SUAS, sendo para mim, além de um local de trabalho, um espaço de aprendizado. Posterior a esse trabalho, ainda realizei outro trabalho no município na Conferência Municipal de Assistência Social, sealizando a relatoria das pré conferências e da Conferência.

No final de julho de 2017, apesar de ter a oportunidade de prosseguir com outros trabalhos em São Carlos, fui chamada pela Prefeitura de São Bernardo do Campo para assumir um concurso que havia passado, concurso esse que permaneço até hoje

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Assumir esse concurso exigiu-me uma nova organização de vida Mudei de cidade, retornando inicialmente para residir em São Paulo e posteriormente oficialmente mudo-me para São Bernardo do Campo. Reorganizar-me e me readaptar a morar em São Paulo, foi um processo inicialmente conturbado. Refazer amizades, fazer novas amizades, me reconhecer no território foi desafiador.

Trabalhei aproximadamente 1 ano e 9 meses na Secretaria de Habitação. Ali, ao mesmo tempo que encontrei grandes profissionais que me ensinaram quase tudo que sei do Trabalho social na área da Habitação aprendi com elas, servidoras públicas de carreira, vivi o processo posterior a troca de gestão/partido político e enfrentei o desmonte da política habitacional e do trabalho técnico social da Secretaria. Ainda assim, pude aprender algumas coisas importantíssimas como a dimensão de território, e o significado material, mas também subjetivo do que significa um lar para uma pessoa, seja um barraco de madeira ou uma casa de alvenaria Por outro lado, descobri o assédio moral e iniciei um processo de adoecimento.

Consigo então, após algumas articulações, com apoio inclusive das outras servidoras transferência para a Secretaria de Assistência Social - SAS, no Departamento de Gestão do SUAS, local que estou até os dias de hoje Nesse departamento, componho a equipe de Vigilância Sociassistencial, realizando monitoramento dos termos de parceria e também, realizando diagnósticos socioassistenciais, elaboração de instrumentais, preenchimento de sistemas, elaboração de planos, textos e outros materiais.

Trabalhar no SUAS, é sempre desafiador, com algumas possibilidades e diversos limites políticos e institucionais, seja pelo RH enxuto para a demanda de trabalho, pelas burocracias ou pela lentidão dos sistemas Ainda assim, para mim, é um trabalho do qual gosto muito, onde trabalho com pessoas queridas e aprendo cotidianamente.

E foi, nesse ambiente de trabalho em 2019 que observando os registros sobre antedimento de pessoas LGBTQIAPN+s que notei a ausencia dessa informação, gerando a dúvida se a política de assistência social do município não estava atendendo ou se não estava registrando o atendimento dessa população nos CRAS, CREAS e CENTRO POP . A partir de 2020, então, pelo menos na proteção básica, conseguimos incluir no instrumental de estatítica esse campo, mas foi a partir desse terrerno fértil que esse projeto de pesquisa começou a ser gestado